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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

AAARGH (site negacionista)

Não, isto não é uma expressão de lamentação. Isso é a "L'Association des Anciens Amateurs de Récits de Guerres et d'Holocaustes", um site de negação (denial. org) francofônico (mais precisamente, da Bélgica). Eles mencionaram nosso blog em sua recente newsletter. Citaram a publicação de Nick sobre a controvérsia dos arquivos de Arolsen (Nick pode comentar depois, se assim desejar), e também nos apresentou como sendo uma "segunda geração de antirrevisionistas". Só que sinto que o termo "antirrevisionistas" é um equívoco - não somos contra o revisionismo. Ou melhor dizendo, somos anti-"revisionistas" (sim, entre aspas).

O editor da Newsletter também mostra o habitual desleixo "revisionista", ao escrever:
Ce site présente les liens suivants avec d'autres anti-révisionnistes:
(este site apresenta os seguintes links com outros antirrevisionistas:)
- e citando os links que temos em nossa barra lateral do blog. Penso que ele (a) não notou que colocamos o link do fórum CODOH [01] e do VHO [02], e também para vários sites que não compartilham nada com o "revisionismo".

Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Sergey Romanov
http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2006/05/aaargh.html
Tradução: Roberto Lucena

[01] CODOH

[02] VHO: um dos maiores sites de negação do Holocausto que hospeda vários textos e arquivos de livros de negacionismo em vários idiomas, incluindo o português. Hospedado por Michael Santomauro, um notório "revi" antissemita de Nova York.

sábado, 16 de junho de 2012

Morre negacionista francês Roger Garaudy

Morreu filósofo Roger Garaudy, figura do negacionismo do Holocausto

Roger Garaudy
O filósofo Roger Garaudy, antigo líder dos intelectuais comunistas franceses e figura do negacionismo do Holocausto, morreu na quarta-feira na região parisiense com 98 anos, informaram hoje fontes da câmara de Chennevires e dos serviços funerários.

Autor do livro "Os mitos fundadores da política israelense" (1996), foi condenado dois anos mais tarde por contestação de crimes contra a humanidade, após ter provocado uma viva polêmica.

A sua obra foi saudada pelo regime islâmico iraniano, pelo antigo dirigente líbio Muammar Kadhafi, pelo responsável do movimento xiita libanês Hassan Nasrallah e pelas autoridades sauditas.

Num perfil divulgado hoje, intitulado "Desaparecimento de Roger Garaudy, de Stalin a Maomé", o diário comunista Humanité saúda aquele que "desempenhou, para um número elevado de intelectuais comunistas da época stalinista, o papel hoje totalmente impensável de 'filósofo oficial'" do Partido Comunista Francês.

Nascido a 17 de julho de 1913 em Marselha (sul) numa família protestante, Roger Garaudy converteu-se ao catolicismo e depois ao islamismo nos anos 1980.

Professor de Filosofia e doutor em Letras, aderiu ao Partido comunista em 1933. Detido em 1940, esteve 30 meses num campo na Argélia. Em 1945, entrou para o comité central do partido e em 1956 para a comissão política.

Em 1945 foi eleito deputado e em 1951 perdeu o cargo. Foi reeleito para a Assembleia Nacional (1956-58) e depois para o Senado (1959-62).

No final dos anos 1960, torna-se o "enfant terrible" do Partido Comunista devido às suas tomadas de posição contestatárias. Depois de ter denunciado a normalização na Tchecoslováquia e qualificado o dirigente comunista da época George Marchais de "coveiro do PC", é excluído do partido em maio de 1970.

Fonte: Lusa/Sic Notícias (Portugal)
http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2012/06/15/morreu-filosofo-roger-garaudy-figura-do-negacionismo-do-holocausto

Ver mais:
Roger Garaudy - "revisionistas" - biografias - 01
Morreu Roger Garaudy, o filósofo que aderiu ao negacionismo (Diário Digital, Portugal)

domingo, 6 de julho de 2008

O que une neonazistas e extremistas islâmicos

(Foto)Neonazistas alemães consideram heróicos os atos da Al Qaeda

Radicais de direita e extremistas islâmicos têm inimigos comuns. Resta saber se isso pode levar a uma aproximação real desses grupos.

(Foto)Manifestação neonazista na Baviera, 2004

Logo após o 11 de setembro de 2001, os extremistas de direita da Alemanha, da Bélgica e da Holanda expressaram sua satisfação pelos atentados da Al Qaeda contra os Estados Unidos. Desde então, uma parte cada vez maior da opinião pública suspeita da existência de paralelos ideológicos entre os terroristas islâmicos e os extremistas de direita. E, de fato, existem pontos em comum.

Tanto extremistas de direita como radicais islâmicos rejeitam o Estado de direito democrático e as eleições diretas. Ambos encaram o capitalismo norte-americano, a ideologia de esquerda e o judaísmo como os seus piores inimigos. E gostariam de ver Israel desaparecer do mapa. Ambos acreditam que o "decadente Ocidente" está fadado ao fim, muito embora tenham visões diferentes sobre o que deve vir depois.

Extremistas de direita exigem umalei consuetudinária única, válida para todos; muçulmanos radicais têm uma visão muito parecida. Ao fantasiarem seus futuros atos heróicos, os neonazistas alemães – agrupados em pelo menos cem grupos em todo o país – não deixam de mostrar reverência aos atos terroristas da Al Qaeda e de outras organizações extremistas islâmicas.

"A famosa tagarelice dos racistas alemães"

(Foto)Estudantes iranianos repudiam manifestação de solidariedade de extremistas de direita alemães a presidente Ahmadinejad, 2006

A frustração dos neonazistas durante a última Copa do Mundo, em que a amizade entre os povos foi celebrada em todo a Alemanha com as cores da bandeira do país, se dissipou logo após os mísseis do Hisbolá atingirem Israel. A interpretação dos adeptos do Hisbolá, Hamas ou Hizb ut Tahrir, segundo a qual os mísseis teriam finalmente atingido em cheio Israel e conseqüentemente também os Estados Unidos, é compartilhada pelos idealizadores de um futuro "reino teuto-germânico racialmente puro", agrupados em torno de Horst Mahler, ex-terrorista da Facção do Exército Vermelho (RAF) e posterior ideólogo de extrema direita, do ativista Christian Worch, de Hamburgo, e do líder neonazista SS-Siggi Borchardt, de Dortmund.

Em seu entusiasmo pelo "fim próximo" do Estado de Israel, tão odiado por eles, alguns grupos neonazistas chegaram até a manifestar a disposição de contribuir com dinheiro para a realização desse objetivo. Só que a tentativa de restabelecer antigos contatos com fundamentalistas islâmicos não teve muito êxito. Uma das razões, segundo propagou o Hamas, seria a "famosa tagarelice desses racistas alemães".

(Foto)Manifestação de radicais islâmicos em Düsseldorf, 2000

O boato de que representantes do Hizb ut Tahrir gostariam de ter aceitado a proposta é muito questionável. Afinal, são justamente eles que têm que manter a mais absoluta discrição neste momento. E que os neonazistas e extremistas de direita tivessem conseguido reunir uma quantia que efetivamente valesse a pena, isso também é questionável. O que se comenta é que eles teriam preferido guardar tudo no próprio bolso.

Jürgen Hoppe (sm)

Fonte: Deutsche Welle
http://www.deutsche-welle.de/dw/article/0,2144,2150071,00.html

sábado, 14 de junho de 2008

Antropologia - neonazismo usa internet para propagar seus ideais

A intolerância e o ódio racial encontraram um potente meio para se propagar: a internet.

Uma pesquisa aponta o crescimento rápido de páginas virtuais destinadas à disseminação do racismo e do ideário de superioridade da ´raça ariana´: em 2002 elas eram cerca de 8 mil e em 2007 já totalizavam 12,6 mil. O estudo procurou identificar quem são os neonazistas, em que portais se encontram, como operam na internet e quais são os discursos que usam para validar suas visões.

A antropóloga Ana Dias, autora da pesquisa, afirma que um dos maiores desafios foi driblar os mecanismos que dificultam a identificação imediata do conteúdo das páginas racistas. Segundo ela, em geral, essas páginas são muito densas tanto em hipertextualidade quanto em multimídias (ícones, vídeos e imagens ocupam dezenas de bytes), dificultando sua localização por mecanismos de busca.

Os dados mostram que há, no Brasil, mais de 150 mil simpatizantes de movimentos neonazistas, racistas e revisionistas, sendo que cerca de 100 mil são ativistas.

- Não são adolescentes que se juntam a um movimento por diversão. Trata-se de um grupo de pessoas que acredita em suas idéias e está disposto a pô-las em prática.

Discursos distorcidos

Segundo Dias, há dois discursos que sustentam as idéias desses grupos: o genômico, que se baseia na premissa de que a ´raça ariana´ possui genes superiores e foi escolhida por Deus para promover o desenvolvimento da raça humana; e o discurso mitológico, que cria mitos e se apropria de outros para construir o ideário ariano.

Um dos mitos mais fortes é o do sangue ariano, que seria responsável pela conexão transcendental existente entre os arianos. Para esse grupo, se esse sangue permanecer puro, ou seja, se não houver mistura de raças, a raça ariana evoluirá e se tornará eterna.

A pesquisadora cita exemplos como o da página norte-americana National Alliance, na qual está expressa a preocupação de seus integrantes com a formação de líderes que sejam capazes de lutar pelos ´direitos´ dos brancos. Já na página do grupo brasileiro Valhalla88 aparecem o ódio ao negro e ao judeu e a recusa a mistura inter-racial.

Graças à denuncia feita pela antropóloga e por outros internautas ao Ministério Público, essa página foi retirada do ar.

Fonte: Jornal do Brasil(clipping do site da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão/Procuradoria Geral da República)
http://pfdc.pgr.mpf.gov.br/clipping/marco/antropologia-neonazismo-usa-internet-para-propagar-seus-ideais/

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