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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Estado Islâmico (EI) - Programa Canal Livre

Como vez por outra alguém aborda o assunto, por alguns sempre associarem a temática da segunda guerra com Oriente Médio (na atualidade, não no período da segunda guerra), muitas vezes de forma inapropriada, seguem abaixo alguns vídeos de debate sobre o Estado Islâmico já que não dará pra colocar alguns textos no momento, a menos que alguém queira traduzir (algo que preste).

Eu diria que o vídeo principal pra assistirem, caso não queiram ver os demais pois os vídeos são longos, este vídeo é o do Canal Livre da TV Bandeirantes com o prof. Salem Nasser como convidado, só que o vídeo tá separado em quatro partes num servidor do UOL. Há mais de um debate em vídeo nos links, divididos em partes e mais três em vídeos inteiros. Caso alguém suba o vídeo inteiro pro Youtube (que estão divididos em links), removerei os links do UOL. Tem outro programa mas depois acrescento o link. Links:

Observação 1: removeram o primeiro vídeo inteiro (e aberto) que constava no Youtube e não há cópia disponível. Assistam os demais.

Não creio que o vídeo removido foi este (não lembro direito pois há mais de um), exibido provavelmente em novembro de 2015, só tem um trecho do debate, mas aparenta ser o sobre "Atentado na França" (mas há um debate anterior que foi cortado):
http://noticias.band.uol.com.br/canallivre/entrevista.asp?id=15724439&t=retrospectiva-2015---parte-6

Outro debate: Atentado na França - Parte 1
http://noticias.band.uol.com.br/canallivre/entrevista.asp?id=15678350&t=atentado-na-franca---parte-1
Atentado na França - Parte 2
http://noticias.band.uol.com.br/canallivre/entrevista.asp?id=15678355&t=atentado-na-franca---parte-2
Atentado na França - Parte 3
http://noticias.band.uol.com.br/canallivre/entrevista.asp?id=15678357&t=atentado-na-franca---parte-3
Atentado na França - Parte 4
http://noticias.band.uol.com.br/canallivre/entrevista.asp?id=15678358&t=atentado-na-franca---parte-4

Segue abaixo outros vídeos que considerei interessante sobre o tema já que o povo (generalizando) prefere ver vídeos que ler.

Programa antigo/anterior (TV Bandeirantes): Canal Livre - O Estado Islâmico
https://www.youtube.com/watch?v=xhlW18-W3p0


Estado Islâmico - TV e Rádio Unisinos
https://www.youtube.com/watch?v=LY2VBB6xCiM


Espaço Público recebe Salem Nasser - Espaço Público
https://www.youtube.com/watch?v=5n0BzZ_I3Pk


Canal Livre debate os conflitos no Oriente Médio – parte 1
http://tvuol.uol.com.br/video/canal-livre-debate-os-conflitos-no-oriente-medio--parte-1-04024C9C346ED0913326
Canal Livre debate os conflitos no Oriente Médio – parte 2
http://videos.bol.uol.com.br/video/canal-livre-debate-os-conflitos-no-oriente-medio--parte-2-04020C9C346ED0913326
Canal Livre debate os conflitos no Oriente Médio – parte 3
http://videos.bol.uol.com.br/video/canal-livre-debate-os-conflitos-no-oriente-medio--parte-3-04020E18356ED0913326
Canal Livre debate os conflitos no Oriente Médio – parte 4
http://tvuol.uol.com.br/video/canal-livre-debate-os-conflitos-no-oriente-medio--parte-4-0402CC9C346ED0913326
Canal Livre debate os conflitos no Oriente Médio – parte 5
http://videos.bol.uol.com.br/video/canal-livre-debate-os-conflitos-no-oriente-medio--parte-5-04028C9C346ED0913326

Observação 2: mas não menos importante. Só uso o termo "ISIS" quando alguém tem problema de entender a sigla EI, que é a correta em português, "ISIS" é mais outro anglicismo que a mídia brasileira impõe (ou tenta impor) por estupidez, macaquice. Não há necessidade alguma do uso desse anglicismo. É vergonhoso ver 'jornalistas' não usando o idioma oficial do país quando existe tradução do termo.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Redes sociais deram voz a legião de imbecis, diz Umberto Eco

Escritor italiano Umberto Eco
Foto: Reuters
Segundo escritor, 'idiotas' têm o mesmo espaço de Prêmios Nobel

Crítico do papel das novas tecnologias no processo de disseminação de informação, o escritor e filólogo italiano Umberto Eco afirmou que as redes sociais dão o direito à palavra a uma "legião de imbecis" que antes falavam apenas "em um bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade".

A declaração foi dada na última quarta-feira (10), durante o evento em que ele recebeu o título de doutor honoris causa em comunicação e cultura na Universidade de Turim, norte da Itália.

"Normalmente, eles [os imbecis] eram imediatamente calados, mas agora eles têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel", disse o intelectual.

Segundo Eco, a TV já havia colocado o "idiota da aldeia" em um patamar no qual ele se sentia superior. "O drama da Internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade", acrescentou.

O escritor ainda aconselhou os jornais a filtrarem com uma "equipe de especialistas" as informações da web porque ninguém é capaz de saber se um site é "confiável ou não".

Fonte: Terra
http://noticias.terra.com.br/educacao/redes-sociais-deram-voz-a-legiao-de-imbecis-diz-umberto-eco,6fc187c948a383255d784b70cab16129m6t0RCRD.html

Observação: caso alguém queira comentar a opinião do Umberto Eco, fiquem à vontade, eu não vou emitir opinião pra não 'influenciar' os comentários caso alguém queira fazer (porque quando a gente emite alguma opinião as pessoas tendem a querer rebater o que foi dito ou dizer que concorda, ignorando o texto).

domingo, 25 de maio de 2014

Segurança máxima em Bruxelas devido a ataque que fez quatro mortos no Museu Judaico

Na Bélgica há este domingo três eleições: europeias, regionais e municipais.
Agentes na cena do crime no sábado em Bruxelas Nicolas MaeterlinckK/AFP
A segurança em Bruxelas, a capital belga, foi reforçada e as forças policiais colocadas em alerta máximo neste domingo de eleições devido ao ataque antissemita de sábado no Museu Judaico, em que morreram quatro pessoas - o ferido grave morreu este domingo.

O ataque ocorreu por volta das 14h50 (hora de Lisboa) de sábado e matou duas mulheres e um homem. Duas das vítimas mortais eram um casal israelita com cerca de 50 anos que tinha vindo de Tel Aviv.

“O nosso país e todos os belgas, independentemente da língua, origem ou crença, estão unidos contra este ataque odioso a um centro da cultura judaica”, disse no sábado o primeiro-ministro Elio Di Rupo, citado pela AFP. O primeiro-ministro garantiu que todos os recursos de que a Bélgica dispõe serão utilizados para encontrar os responsáveis pelo crime. As ruas à volta do museu foram fechadas.

No sábado, a polícia chegou a deter um indivíduo que saiu do museu pouco depois do tiroteio, que acabou depois por libertar e é agora uma testemunha. Há outras testemunhas que dizem terem visto duas pessoas a saírem de um carro estacionado junto do museu. Depois, um atirador começou a disparar. As câmaras de videovigilância mostram ainda uma pessoa a sair a pé do museu.

O vice-primeiro-ministro belga, Didier Reynders, chegou ao museu pouco depois do tiroteio. “Não se consegue deixar de pensar que foi um acto anti-semita, mas a investigação é vai revelar se foi ou não”, declarou, citado pelo jornal britânico The Guardian.

Mais tarde, no Twitter, disse ainda: “Estou chocado com os crimes cometidos no Museu Judaico, estou a pensar nas vítimas que vi e nas suas famílias.” Reações de repúdio ao sucedido vieram ainda de Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia e do Presidente francês François Hollande.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse, num comunicado, que estes crimes são “o resultado de um incitamento sem fim contra os judeus e o seu Estado”. Há uma comunidade de 42.000 judeus na Bélgica, metade em Bruxelas.

Os líderes da comunidade judaica fizeram paralelos entre este crime e o assassínio de quatro judeus numa escola francesa, em 2012, levado a cabo por Mohamed Merah, um atirador inspirado pela Al-Qaeda. “Isto faz realmente lembrar o que a França viveu quando o senhor Merah atacou uma escola judaica”, disse Maurice Sosnowski, presidente do Comitê Coordenador das Organizações Judaicas Belgas, citado pela Reuters. “É apavorante. Nunca imaginaria algo do gênero a acontecer em Bruxelas”.

PÚBLICO. 25/05/2014 - 10:47
(atualizado às 16:18)

Fonte: Público (Portugal)
http://www.publico.pt/mundo/noticia/quarta-vitima-do-tiroteio-de-bruxelas-em-estado-extremamente-critico-1637384

terça-feira, 16 de julho de 2013

França prende neonazi norueguês suspeito de planejar ataque terrorista

França prende músico norueguês suspeito de planejar ataque terrorista
Por iG São Paulo | 16/07/2013 12:50

Descrito como neonazista, Vikernes recebeu manifesto de Breivik, que deixou 77 mortos na Noruega há quase 2 anos

Um norueguês neonazista simpatizante do assassino em massa Anders Behring Breivik foi preso nesta terça-feira sob suspeita de planejar "um grande ataque terrorista", disseram autoridades francesas.

Julgamento: Breivik é considerado são e sentenciado a 21 anos por ataques
AP. Foto de 1994 mostra o músico Varg Vikernes, que foi preso na França sob suspeita de terrorismo

O escritório do procurador de Paris identificou o suspeito como Kristian "Varg" Vikernes. Em uma declaração, o Ministério do Interior disse que o suspeito foi preso em sua casa em Correze, no centro rural da França. Segundo o órgão, Vikernes representa "uma ameaça potencial à sociedade".

A mulher francesa de Vikernes, Marie Cachet, também foi presa, disse o escritório do procurador. Ela recentemente adquiriu quatro rifles, afirmou o Ministério do Interior. Investigadores estão agora avaliando como as armas de fogo foram obtidas e qual o objetivo de sua aquisição.

Descrito pelas autoridades francesas como neonazista, Vikernes recebeu no passado uma cópia do manifesto de Breivik, que deixou 77 mortos na Noruega em 2011.

Infográfico: Saiba como extremista executou plano de ataque na Noruega

Breivik colocou uma bomba no centro de Oslo e lançou um ataque a tiros na ilha de Utoya em julho de 2011. Ele foi sentenciado a 21 anos no ano passado.

Imagem: TV exibe vídeo de Breivik estacionando van com explosivos

Vikernes, 40, era conhecido nos círculos noruegueses de black metal no início dos anos 90 sob o nome artístico de Count Grishnackh. Ele tocou em várias bandas de black metal, incluindo a Mayhem.

Em 1994, ele foi sentenciado a 21 anos pela morte a facadas de Oystein Aarseth, membro da Mayhem, e por ataques incendiários contra três igrejas. Após ser solto em 2009 depois de servir 16 anos, ele se mudou para a França com sua mulher e três filhos.

Depois de ser libertado da prisão, ele continuou a gravar músicas sob o nome de Burzum. Em seu site, Vikernes debateu o manifesto de Breivik, mas também o criticou por matar noruegueses inocentes.

Endosso: Extrema direita apoia visão de Breivik sobre Islã

O manifestou de 1,5 mil páginas de Breivik descreveu sua planejada cruzada contra os muçulmanos, que ele dizia "estarem tomando o controle da Europa e que poderiam apenas ser derrotados por uma violenta guerra civil".

*Com AP e BBC

Fonte: BBC/AP/IG
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2013-07-16/franca-prende-musico-noruegues-suspeito-de-planejar-ataque-terrorista.html

Ver mais:
França prende norueguês suspeito de preparar ataque terrorista (RFI, Portugal)

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Polícia decreta prisão preventiva de quatro suspeitos de agredir militante de esquerda de 18 anos

Clément Méric, o jovem agredido por skinheads
na noite desta quarta-feira, 5 de junho de 2013,
se encontra atualmente em estado de morte cerebral.
Entre os suspeitos detidos para interrogatório está o suposto autor dos golpes de soco inglês que causaram a morte cerebral da vítima. Ele seria um jovem de 20 anos ligado a movimentos neonazistas. Episódio reacende a discussão sobre grupos de extrema-direita na França

Depois de prometer uma açao rápida, o ministro do Interior da França, Manuel Valls, anunciou nesta quinta-feira a prisao preventiva de quatro suspeitos de envolvimento na agressao cometida na noite desta quarta-feira, no centro de Paris. Um grupo de três skinheads atacou o estudante e militante de extrema-esquerda Clément Méric, de 18 anos, que teve a morte cerebral decretada. Segundo a polícia, o suspeito de ser o autor dos golpes de soco inglês que mataram Méric seria um jovem de 20 anos.

O incidente aconteceu próximo às Galerias Lafayette, em uma área nobre da capital francesa. Os skinheads fariam parte do grupo radical Juventude Nacionalista Revolucionária. A JNR é um movimento neonazista que repudia o casamento entre pessoas do mesmo sexo e se guia por ideias ultranacionalistas. Serge Ayoub, fundador do grupo, entretanto, negou qualquer ligação com o caso.

Clément Méric era estudante da SciencesPo., uma das mais prestigiadas universidades francesas, e era conhecido no meio político de esquerda.

O Partido de Esquerda, ao qual Clément Méric era filiado, convocou seus militantes para uma passeata em homenagem ao jovem nesta quinta-feira, às 18h30, horário local, 13h30 no horário de Brasília, na Praça Saint-Michel, região central de Paris.

Os estudantes da SciencesPo. também farão uma homenagem a Méric, hoje à tarde, em frente ao Instituto de Ciências Políticas da universidade.

O episódio reacende a discussão sobre os grupos de extrema-direta na França. O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, declarou que o governo vai estudar todos os meios legais para destruir esses "grupos de inspiração neonazista que prejudicam a República". Disse Ayrault ao Senado: "Nossa responsabilidade é encontrar respostas jurídicas e políticas para que movimentos racistas, antissemitas e homofóbicos sejam combatidos".

Já no outro lado do espectro político, a líder de extrema-direita Marine Le Pen, negou ligação de seu partido, a Frente Nacional, com os agressores e criticou o que chamou de generalização de esquerda.

Fonte: RFI/France24
http://www.portugues.rfi.fr/franca/20130606-jovem-militante-de-esquerda-e-agredido-por-skinheads-no-centro-de-paris

terça-feira, 9 de abril de 2013

Um dos casos mais grotescos desde a redemocratização do país em 1985 (congresso brasileiro)

O assunto poderia ser "off topic" (assunto fora do tema do blog) mas não é tão "off" assim, se é que chega a ser.

Eu já achava a presença deste cidadão na presidêcia da Comissão de Direitos Humanos do congresso uma aberração (não só na presidência dela como na mesma), uma coisa grotesca e talvez um dos casos mais aberrantes desde a redemocratização do país em 1985 com o fim da ditadura, pra não citar as declarações com racismo e homofobia já exibidas na mídia, mas o vídeo de ontem deve ser a cereja do bolo em cima da aberração que é esse caso grotesco, simplesmente repulsivo: ‘Ninguém afronta Deus e sobrevive', diz Feliciano sobre morte de John Lennon. Podem ver nesse link também.

No final do vídeo é dito isso: "Eu queria estar lá no dia em que descobriram o corpo dele, ia tirar o pano de cima e ia dizer: me perdoe, John, mas esse primeiro tiro é em nome do Pai, esse é em nome do Filho e esse é em nome do Espírito Santo".

Dizer o quê de um discurso lunático e amoral desses?

O músico britânico não foi morto com 3 tiros e sim com 5 tiros a queima-roupa por um psicopata chamado Mark Chapman que está preso até hoje pelo assassinato banal que praticou motivado (declarações do mesmo) pela busca da fama (assassino de Lennon queria fama, BBC), Mark Chapman, o assassino, queria ficar famoso matando alguém conhecido, e acabou ficando (se é que alguém 'são' quer esse tipo de "fama").

A frase do Lennon (assunto também citado no vídeo) nos anos sessenta foi feita como uma crítica ao sucesso desmedido da banda na época, em "off", pruma jornalista que publicou a frase fora de contexto pra criar polêmica e vender jornal (coisa que parte da mídia faz até hoje), criando consequentemente o estrago pois os grupos fanáticos da época nos EUA (que era onde os Beatles fazia mais sucesso) usaram o caso pra extravazar a fúria religiosa que professavam (é fácil encontrar vídeos no youtube com gente da Klan dando declarações e gente no Sul dos EUA queimando os discos da banda por fanatismo religioso, confiram no link) e que pelo visto o caso serve até hoje como retórica pra discurso religioso fanático e amoral. Esse caso pode ser visto facilmente (caso alguém queira assistir mais detalhes) na Antologia dos Beatles (saiu em DVD e tem espalhada pelo youtube) ou no documentário britânico The Compleat Beatles.

É tanta estupidez, distorção e conduta reprovável (justificar o assassinato feito por um psicopata pra "impressionar" plateia, metendo religião no meio) que a gente se pergunta se deve comentar um caso desses pois pode acabar aumentando a audiência disso num país onde uma parte da população não age civicamente, não se engaja em quase nada, e essas mesmas pessoas que não agem civicamente costumam cobrar de todo mundo que o povo do país deva ser "assim e assado", um "modelo" ou "exemplo", quando os mesmos não costumam dar exemplo algum ou só ficam resmungando dizendo que nada no país presta com um discurso moralista, vitimista, complexado e nauseante. Sem mencionar o crescimento desse tipo de fanatismo religioso no país.

Com esse caso a gente se pergunta até que ponto o descaso com o combate ao racismo vai chegar se uma pessoa dessas, além de assumir a presidência dessa comissão no congresso, nem sequer foi removido pelos deputados que já fizeram a sacanagem com a população de pô-lo na presidência disto.

Muita gente chega perguntando como o negacionismo do Holocausto e extremismo de direita cresce no país, este caso é ilustrativo pois o crescimento desse tipo de extremismo cresce por isso: por descaso, omissão (de entidades, sociedade civil, partidos, governos, Ministério Publico etc), comportamentos anti-humanista, falta de educação e apego ao conhecimento, falta de civismo etc.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Divergências políticas

Antes de qualquer post sobre qualquer outro assunto no blog acho que alguns avisos são necessários em virtude da tal "orkutização" da web. Não creio que seja necessário explicar o que é "orkutização", mas se for o caso não há problema, até porque cada pessoa entende a palavra de uma forma mesmo que a forma mais simples seja a mais correta (migração de usuários do Orkut).

Sei que o termo "orkutização" soa como "elitista" (pra uns) mas o problema é real pois com o declínio da rede social do Google (o Orkut) a tendência é da baixaria que estourou (e fez "sucesso") naquela rede migre ou pro Facebook (algo que já vem ocorrendo) ou se espalhe na web, e creio eu (pelo menos não tenho paciência) que muito pouca gente vai 'aturar' esse tipo de postura (baixaria, falta de educação e prepotência) na web.

Em relação a fórum de discussão sobre "Revisionismo" do Holocausto, Holocausto, Segunda Guerra etc, ler o post sobre o RODOH. O RODOH existe acho que desde 2003 e continua ativo em sua segunda edição, em virtude do corte feito pelo Yuku (servidor que hospedava anteriormente o fórum).

Mas gostaria de deixar registrado isso aqui pra não ter que futuramente voltar a escrever sobre o assunto sendo obrigado a repreender (e me desgastar) algumas pessoas e os atos maliciosos das mesmas tentando puxar o pessoal do blog pra bate-boca com "revis" brasileiros (e outros grupos) conforme já tentaram fazer aqui em comentários deixados no blog por perfis sem identificação, em 2012. Talvez seja a razão principal deste post que já estava em rascunho desde o ano passado.

Esse comentário é direcionado a um grupo minúsculo de brasileiros no exterior, uma vez que a grande maioria de brasileiros fora do país (e muitos deles leem o blog) não se apresenta dessa forma condenável, muito pelo contrário, a maioria se apresenta de forma elogiável e não é de criar confusão, portanto os comentários neste post não são pra vocês (maioria) e sim pra meia dúzia de gatos pingados, que mesmo em número desprezível conseguem perturbar bastante.

A impressão que tive desse grupo minúsculo de brasileiros que estão fora do país e que entram em discussões políticas na rede foi a pior possível, e por achar que uma maioria não deve pagar pelo comportamento repulsivo de meia dúzia de pessoas, o famoso excluir as "maças podres" do restante, é bom deixar essa questão de uma vez por todas registrada. O grupo minúsculo ao qual me dirijo quando se mete em discussões políticas não têm a mínima condição de discutir nada, e mesmo assim ficam aporrinhando até encher a paciência de qualquer um em virtude de comportamentos neuróticos ou anti-éticos (questionáveis).

"Ah, mas eles não podem comentar nada?", poder pode e ninguém vai impedir, a questão aqui é outra: contanto que esse pessoal não me meta (e o pessoal do blog) no meio das neuroses deles eu não dou a mínima pra essas psicoses desse pessoal ou se eles queiram direcionar isso pra encher a paciência de outras pessoas, se eles saem pelados na rua com uma melância ou algo do tipo, eu particularmente não dou a mínima mesmo. O problema surge quando eles vêm pra junto querendo meter o povo (do blog e afins) no meio dessas psicoses deles, aí a questão deixa de ser de 'ponto de vista' ou "divergência política" e passa a ser pessoal.

A impressão que esse grupo minúsculo (que citei acima) me causou é de que, por não terem uma visão clara do que se passa país e por já possuírem uma visão distorcida do mesmo (muitos nem se interessam pela história do Brasil, acham que o país foi formado há algumas décadas), e por se sentirem meio à parte das sociedades onde estão (a meu ver esse é um dos motivos centrais desse tipo de comportamento desse pessoal, pois se não se sentissem à margem dos países não estariam enchendo o saco de outros brasileiros), essas pessoas começam a pôr pra fora certos ressentimentos que possuem em relação ao Brasil (achando que todo mundo compartilha desse "sentimento" deles) usando as discussões acirradas (temas políticos onde há radicais comentando) ou com forte apelo emocional pra pôr esses recalques pra fora.

Algo não muito recomendável, uma vez que a maioria das pessas não rechaça essa postura deles de cara por hipocrisia (pra não dar uma "do contra" ou não criar atrito com essas pessoas), o que não significa que as pessoas estejam gostando dos comentários agressivos, rancorosos e preconceituosos contra o país. O que estou comentando pode parecer (e acho que é) óbvio pra muita gente, pra mim pelo menos sempre foi, mas por incrível que pareça há pessoas que são tão desconectadas do mundo que creio eu que vivem algum tipo de fantasia paranoide ou num "universo paralelo" de ficção.

Resultado concreto desse tipo de postura: essas pessoas acabam criando brigas extraordinárias (eu mesmo presenciei várias e não gostei) quando na maioria dos casos (quando a discussão é interna com pessoas do país) a coisa não tenderia a esse extremo.

Fica o recado a essas pessoas de que o povo do país (brasileiros) sabe se virar sozinho e pelo menos eu dispenso esse tipo de "ajuda", apesar da mídia 'partidarizada' do país tentar passar outra imagem pro mundo de que tudo vai mal e o "céu" é país A, B ou C. O resultado concreto desta partidarização é o descrédito que a mídia no país está angariando desde a última década (qualquer pessoa no país sabe disto que estou comentando).

O povo não necessita desse tipo de "ajuda" nonsense e inconsequente de terceiros "iluminados", que acham que sabem mais que os outros, pra resolver problemas políticos dentro do país, principalmente na questão do extremismo.

Alguém pode ler e achar que estou sendo duro demais, mas se tivessem visto o que esse pessoal já aprontou achariam que estou sendo brando pois o que esse pessoal merecia de fato é de um esporro muito pior que o "dado" neste texto (e põe pior nisto).

Se essas pessoas não têm controle emocional pra se envolver em questões políticas onde precisa haver uma certa 'frieza' em lidar com as mesmas, mesmo que seja algo difícil de se ter, seria melhor que elas não se envolvessem nesse tipo de discussão pois quando se metem só causam problema.

O país não está a beira do precipício, como disse acima, e digo isso porque essas pessoas por lerem apenas o que a mídia partidarizada do país escreve, essas pessoas começam a achar que estamos no meio de um caos e que quem critica isso é "mentiroso" ou "comunista" e todo aquele bla bla bla histérico digno da Guerra Fria, fora as fantasias com 1001 bobagens em relação a conflitos políticos mundo afora.

O pedido para não se intrometerem se dá em virtude de que essas pessoas não ajudam a resolver problema algum, quando não pioram ou criam um, e pelo que vi geralmente é um comportamento mais pra chamar atenção do propriamente ação política, por isso que causam tanto problema (por serem porralocas ou despolitizados).

Nenhum brasileiro precisa desse tipo de "ajuda" pra lidar com problemas de extremismo e racismo, há instituições no país que tratam disso junto com a sociedade e se em casos extremos as pessoas recorrem as mesmas. Aproveitar-se do problema pra tentar chamar a atenção de terceiros é algo no mínimo repulsivo e asqueroso.

Outra coisa que sempre me incomodou é um certo sentimento de aversão ao país por parte destas pessoas ao mesmo tempo em que não desgrudam do Brasil, e por que comento isto? Se alguém sente aversão seria normal que as pessoas se distanciassem do problema (do país), mas o que ocorre? Essas pessoas malham o país e ao mesmo tempo ficam grudaaso naquilo que "supostamente" odeiam ou "sentem" desprezo, como se a nacionalidade da pessoa se alterasse (deixar de ser brasileiro) pelo fato de A, B ou C sentir "nojinho" de ser brasileiro. Seria até bom que deixassem de ser, mas coerência não costuma ser o forte da minoria barulhenta.

A maioria dos brasileiros ou boa parte deles (eu incluso) não gosta de gente que odeia o Brasil, não é algo retórico, é algo sério mesmo, literal, sem meio termo. Criticar o país é uma coisa, odiar e tentar ridicularizar o país com comentários preconceituosos de gente cretina é outra bem diferente.

Esse comportamento patológico de complexo de vira-latas (complexo de inferioridade) de "O Brasil é uma merda" é algo que me deixa tão ou mais furioso como as cretinices revimanés, portanto pra esse grupo minúsculo que entra nas discussões com intuito de atiçar intriga ou que por se sentirem excluídos no exterior ficam querendo chamar atenção, procurem ajuda onde vivem ou retornem ao país, ou então não encham o saco. Caso queiram encher o saco mesmo assim, não ponham os outros no meio disso. Não estou sendo irônico, os comentários neste post são literais mesmo, quando eu sou irônico eu geralmente aviso, e meu aviso aqui foi outro.

Pensem duas vezes antes de trazer pra junto da gente esse tipo de recalque pois nunca perguntam a gente o que nós (eu) pensamos disso, e é mais ou menos isso o que penso da questão. Blog não é "psicólogo" e creio eu que ninguém tem saco pra aturar neurose de brasileiro deslocado no exterior. Web não é clínica psiquiátrica pra tratar surto, há locais apropriados pra se tratar esse tipo de problema.

Acho que é a primeira vez que comento abertamente isso até porque não quero contato com gente com esse perfil, pra eu vir comentar é porque a coisa já extrapolou qualquer limite aceitável faz tempo mas achava que não veria esse tipo de coisa aqui no blog. Já perturbaram muito e acho que a coisa já deu, saturou, passou dos limites há bastante tempo. São pessoas que geralmente escondem o caráter radical, tentar angarias nossa confiança pra depois soltar a paulada pra cima da gente em forma de briga como forma de chamar atenção. O problema é que (opinião pessoal) quando quero ver estrela eu assisto filme ou vejo um vídeo de música, escuto disco etc, assistir "mimimi" (choradeira) enfadonho não dá.

Outro aviso bastante importante (e esse é pra todo mundo): não cheguem aqui comentando sobre sites "revisionistas" como se fossem "novidade" ou como se ninguém aqui soubesse da existência dos mesmos, o pessoal do blog sabe muito bem quais os principais sites desse tipo e afins, portanto ninguém aqui precisa ser "avisado" disso. Tampouco tragam discussões que criarem em redutos "revis" porque resolveram se entocar inconsequentemente (porque deveriam se inteirar do assunto para só então pensar se vale a pena fazer isso) em discussões com "revisionistas", fascistas etc. Eu só participo do fórum RODOH, não participo e não entrarei em nenhum fórum "revi" brasileiro. Quem "precisa "de "debate" (barraco) pra divulgar esse lixo negacionista são os "revis", e ninguém tem obrigação de discutir nada, quem tem que provar o que negam são eles, não o inverso.

Finalizando: não é porque as pessoas aqui são contra neonazis/fascistas, racismo/antissemitismo, "revisionistas" que automaticamente são alinhadas com direita ou esquerda, ou com defesa cega (e questionável) da política externa de Israel em relação a palestinos, ou que nós compartilhamos automaticamente do pensamento político de A, B ou C que por ventura possa comentar aqui. Parece algo óbvio o que escrevi (e é, pra quem é normal ou com um pingo de bom senso) mas sempre me causou perplexidade a forma como essas pessoas simplesmente ignoram ou nem sequer perguntam o que a gente pensa politicamente do gesto delas. Acho que não perguntam pra evitar uma resposta deste tipo.

Pronto, agora acho que já dá pra postar normalmente. Boa noite.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Neonazi capturado em Portugal é extraditado para a Alemanha para cumprir pena na prisão

Da The Associated Press 19 de Setembro, 2012 9:02 AM

Neonazi Gerhard Ittner
BERLIM - Promotores da Bavária afirmaram que um neonazi alemão, que passou sete anos foragido até ser capturado em Portugal, foi extraditado para a Alemanha para cumprir a sentença de prisão.

O promotor do Ministério Público de Nuremberg-Fuerth disse quarta-feira que Gerhard Ittner, de 54 anos, foi levado para a Alemanha na terça-feira onde começará a cumprir sua pena de 33 meses de prisão por calúnia, ódio racial e outros crimes.

Ittner foi condenado em 2005, mas fugiu antes que pudesse ser preso. Foi capturado pelas autoridades portuguesas em abril e tem estado sob custódia desde então.

Oficiais da Bavária disseram que o membro do agora morto Partido da União do Povo Alemão era um conhecido negador do Holocausto que usava a internet para espalhar propaganda de extrema-direita entre 2002 e 2004.

Fonte: AP/Calgary Herald
http://www.calgaryherald.com/news/NeoNazi+captured+Portugal+extradited+Germany+serve+prison+term/7265700/story.html
Tradução: Roberto Lucena

Ver mais:
Sieben Jahre auf der Flucht: Neonazi Ittner gefasst (Nordbayern.de, Alemanha)

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Hungria vê renascer um antissemitismo soterrado durante ditadura comunista

Budapeste - Entre antigas lideranças do regime nazista perdoadas, criminosos de guerra nazistas em liberdade e outros incidentes que refletem uma tolerância do governo conservador com a extrema direita, a Hungria ainda enfrenta um de seus velhos fantasmas, o antissemitismo.

Em Budapeste há 17 anos, Laszlo Csatary, chefe da polícia do gueto judeu da cidade eslovaca de Kosice (Kassa em húngaro, Kaschau em alemão) durante a Segunda Guerra Mundial, não havia sido perturbado até agora pelas autoridades, apesar das informações sobre seu passado apresentadas há dez meses pelo Centro Simon Wiesenthal, com sede em Jerusalém.

O Centro denuncia o papel de Laszlo Csatary, de 97 anos, na morte ou deportação de 15.700 judeus de Kosice.

A justiça húngara indicou em 16 de julho "problemas" na investigação iniciada em setembro de 2011, baseando-se em informações do Centro, principalmente por causa da distância temporal e geográfica dos fatos, assim como pela localização no exterior das testemunhas sobreviventes.

No ano passado, um tribunal de Budapeste absolveu "por falta de provas" o húngaro Sandor Kepiro, suspeito de crimes de guerra em 1942 na Sérvia, então anexada pela Hungria, aliada da Alemanha nazista. Kepiro morreu alguns meses depois, aos 97 anos de idade.

Renascimento de um "culto Horthy"

Nos últimos anos, a Hungria viu renascer um antissemitismo soterrado durante muito tempo sob a ditadura comunista, oculto por razões ideológicas para explorar a fibra do combate antifascista da Segunda Guerra Mundial.

Prova disso é o ressurgimento do "culto" a certas lideranças nazistas, principalmente ao aliado de Adolf Hitler, Miklos Horthy, regente que ficou no poder de 1920 a 1944, cujo nome foi recentemente atribuído a um parque e que tem sua imagem exibida em bustos e estátuas em localidades húngaras.

O escritor Joszef Nyirö, membro da direção do Partido Nazista da Cruz Flechada, foi homenageado durante uma recente cerimônia na presença do presidente do Parlamento, Laszlo Kövér, membro do partido no poder (Fidesz), e do primeiro-ministro conservador, Viktor Orban.

O renascer de um "culto Horthy", iniciado pelo partido de extrema direita Jobbik (16,71% nas eleições legislativas de 2010), mas apoiado por lideranças do Fidesz, coincide com uma multiplicação dos incidentes de caráter antissemita.

Em janeiro, o pianista húngaro Andras Schiff, que vive nos Estados Unidos, cancelou seus concertos na Hungria, depois de ter sido chamado de "judeu desgraçado" na internet.

Em março, o escritor húngaro de origem judaica Akos Kertész, de 80 anos, deixou a Hungria, pediu asilo político no Canadá e se queixou de ter sido ameaçado por simpatizantes da extrema direita e do governo conservador.

No início de maio, a Federação de Comunidades Judaicas da Hungria (Mazsihisz) denunciou a discriminação racial contra um ator húngaro, Joszef Szekhelyi, que havia sido marginalizado em um festival cultural por suas origens.

No início de junho, o Grã-Rabino Jozsef Schweitzer, de 90 anos, foi insultado na rua: "Ódio a todos os judeus", disse uma pessoa. O governo húngaro denunciou essa agressão verbal.

Fonte: FP (France Presse)
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2012/07/17/interna_mundo,312501/hungria-ve-renascer-um-antissemitismo-soterrado-durante-ditadura-comunista.shtml

sábado, 16 de junho de 2012

Morre negacionista francês Roger Garaudy

Morreu filósofo Roger Garaudy, figura do negacionismo do Holocausto

Roger Garaudy
O filósofo Roger Garaudy, antigo líder dos intelectuais comunistas franceses e figura do negacionismo do Holocausto, morreu na quarta-feira na região parisiense com 98 anos, informaram hoje fontes da câmara de Chennevires e dos serviços funerários.

Autor do livro "Os mitos fundadores da política israelense" (1996), foi condenado dois anos mais tarde por contestação de crimes contra a humanidade, após ter provocado uma viva polêmica.

A sua obra foi saudada pelo regime islâmico iraniano, pelo antigo dirigente líbio Muammar Kadhafi, pelo responsável do movimento xiita libanês Hassan Nasrallah e pelas autoridades sauditas.

Num perfil divulgado hoje, intitulado "Desaparecimento de Roger Garaudy, de Stalin a Maomé", o diário comunista Humanité saúda aquele que "desempenhou, para um número elevado de intelectuais comunistas da época stalinista, o papel hoje totalmente impensável de 'filósofo oficial'" do Partido Comunista Francês.

Nascido a 17 de julho de 1913 em Marselha (sul) numa família protestante, Roger Garaudy converteu-se ao catolicismo e depois ao islamismo nos anos 1980.

Professor de Filosofia e doutor em Letras, aderiu ao Partido comunista em 1933. Detido em 1940, esteve 30 meses num campo na Argélia. Em 1945, entrou para o comité central do partido e em 1956 para a comissão política.

Em 1945 foi eleito deputado e em 1951 perdeu o cargo. Foi reeleito para a Assembleia Nacional (1956-58) e depois para o Senado (1959-62).

No final dos anos 1960, torna-se o "enfant terrible" do Partido Comunista devido às suas tomadas de posição contestatárias. Depois de ter denunciado a normalização na Tchecoslováquia e qualificado o dirigente comunista da época George Marchais de "coveiro do PC", é excluído do partido em maio de 1970.

Fonte: Lusa/Sic Notícias (Portugal)
http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2012/06/15/morreu-filosofo-roger-garaudy-figura-do-negacionismo-do-holocausto

Ver mais:
Roger Garaudy - "revisionistas" - biografias - 01
Morreu Roger Garaudy, o filósofo que aderiu ao negacionismo (Diário Digital, Portugal)

domingo, 8 de abril de 2012

Historiadores contra revisionistas

Uma trintena de especialistas em século XX participam em uma obra que enmienda o enviesamento ideológico do polêmico ‘Diccionario Biográfico Español’ (Dicionário Biográfico Espanhol).

Tereixa Constenla Madrid 7 ABR 2012 - 18:58 CET


Franco passando em revista em
Logroño, 1938, ante forças
legionárias italianas. / EFE
Apresentar o livro En el combate por la historia (Ediciones Pasado y Presente) como um contradicionário, uma réplica corrigida das falidas resenhas do século XX incluídas no Dicionário Biográfico Espanhol da Real Academia de História (RAH), é um astuto ardil comercial, mas que faz um fraco favor à causa que motivou a todos, editor e historiadores, que se somaram ao projeto. Sem querer, ele fomenta a visão de que a história espanhola do século XX pode ser contada sob dois pontos de vista e que os historiadores estão loteados nos mesmos grupos daqueles da Guerra Civil. E na verdade os únicos grupos possíveis são óbvios: historiadores bons e historiadores maus.

A maioria dos 33 especialistas reunidos para este projeto levam anos investigando o século XX e gozam de reconhecimento. Há, além disso, alguns que participaram do Dicionário como Fernando Puell ou Carlos Barciela. “Eu não estou nem com uns ou com outros, mas o que não se pode é justificar o golpe de Estado. Un golpe é um golpe e não um Glorioso Levante, e tampouco se pode chamar só de 'grupo nacional' a uns porque de iguais nacionalidades eram tanto uns como outros. O problema daquela obra é que algumas tantas vozes contaminaram o resto, é um livro que saiu imbecilizado”, afirma Fernando Puell, professor de História Militar no Instituto Universitário Gutiérrez Mellado da UNED e coronel reformado, que contribuiu com 40 biografias para a coleção da RAH e que analiza as operações militares durante a Guerra Civil e o papel do Exército durante o regime franquista no livro da editora Pasado y Presente.

Para Carlos Barciela, catedrático de História e Instituções Econômicas da Universidade de Alicante, ele não gosta da etiqueta de contradicionário. "Eu não faço contrainvestigação nunca. Fiz investigação e o que se vai publicar é o trabalho de muitos anos de estudo”, pontualiza. Colaborou com o Dicionário com cerca de umas 200 biografias de engenheiros agrônomos, recompiladas durante oito anos, e duas entradas para En el combate por la historia. Na parte que dedica à reforma agraria, ele demonstra que foi um aspecto capital para os sublevados: “Resultou como agressivo que desde agosto de 1936 começam a promulgar decretos que têm como finalidade paralizar a reforma agrária da República e devolver as terras a seus proprietários”.

O enviesamento ideológico e o escasso rigor que impregnavam algumas biografias sobre o século XX encarregadas pela Real Academia de História indignaram no ano passado a Gonzalo Pontón, histórico editor de Crítica que agora fundou a editora Pasado y Presente. Ele pediu a Ángel Viñas que coordenasse uma obra que sintetizasse com rigor o ocorrido entre 1931 e 1975, com a atualização do investigado nos últimos anos, e que gerou um volume de quase 1.000 páginas. “Aqui há uma escola historiográfica muito sólida e sensata, e não podíamos permitir que os historiadores espanhois fossem aqueles representados pela RAH”, expõe Viñas.

Quase ninguém disse não. Entre os 33 assinantes figuram alguns dos maiores especialistas no período: Paul Preston, Julio Aróstegui, Julián Casanova, Enrique Moradiellos, Ricardo Miralles, José-Carlos Mainer, Josep Fontana e Eduardo González Calleja. “Estão representadas três gerações: uma dos mais antigos Elorza ou Fontana; a intermediária com gente como Casanova e a mais jovem que está fazendo um trabalho muito rigoroso como Jorge Marco, Gutmaro Gómez Bravo ou José Luis Ledesma”, afirma o coordenador da obra, que ataca o revisionismo — e alguns expoentes do mesmo — num duro epílogo.

O volume inclui as biografias de 12 protagonistas do período (Aguirre, Azaña, Companys, Franco, Pasionaria, Carrillo, Largo Caballero, Mola, Negrín, Prieto, Primo de Rivera, Rojo e Serrano Suñer), além de 41 capítulos sobre as questões mais destacáveis da Segunda República, da Guerra Civil e do Franquismo (entre outros: anarquistas, reforma agrária, conspirações, operações militares, nacionalismos periféricos, a violência, a Igreja, o exílio, a repressão ou a política externa da ditadura). "Se faz uma atualização — ou resposta— ao Dicionário e a toda uma onda de revisionismo que é feita pela direita entusiasticamente defendendo que a Guerra Civil e a Ditadura foram meros acidentes e que metade do país estava enfrentando a outra metade. Foi reunida gente séria que investigou cada tema", assinala Josep Fontana, catedrático de História Econômica e autor de uma trintena de obras. "Pessoalmente, quando se desataram as iras com o Dicionário, tampouco aceitei criticar a obra em conjunto. O que é imperdoável é que se tenha a montado sem controle e que uma parte anule a validez da obra inteira. Eu espero que este livro seja uma ajuda para pôr as coisas no seu lugar", confia Fontana.

Franco, por Paul Preston...

Dizer que Franco foi uma figura medíocre não explica como chegou ao poder absoluto (...) ao lhe comparar com Hitler e Mussolini, e ele teve muito em comum com ambos, tropeça-se com o fato de que Franco tinha o hobby de jogar loteria e que ganhava de vez em quado.

A falta de escrúpulos em bombardear povos asturianos e o uso de mercenários marroquinos revelaram que Franco sentia pelos trabalhadores de esquerda o mesmo desprezo racista que lhe haviam despertado as tribos do Rif.

Levou a cabo uma guerra de terror, na qual a matança de tropas contrárias se veria acompanhada de uma repressão sem piedade da população civil. Ele se propôs a realizar uma inversão em terror para estabelecer a edificação de um regime duradouro.

A partir de 1953, começou a forjar uma nova imagem: a de pai do povo. Foi o momento em que na prática se retirou do posto de Chefe do Executivo (...) restou-lhe as obrigações rotineiras que cumpria ao estilo de um monarca.

...e por Luis Suárez

Montou um regime autoritário, mas não totalitário, já que as forças políticas que lhe apoiavam, a Falange, o Tradicionalismo e a Direita, ficaram unidas num Movimento e submetidas ao Estado.

Ao produzir a revolução de outubro de 1934, Franco foi chamado a Madrid como conselheiro do ministro, colaborando na extinção da revolta sem tomar parte das operações.

Uma guerra longa de quase três anos lhe permitiu derrotar um inimigo que em princípio contava com forças superiores. Mas ele, faltando possíveis mercados, e contando com a hostilidade da França e da Rússia, estabeleceu estreitos compromissos com Itália e Alemanha.

Em 22 de novembre de 1966, Franco se apresentou ante às Cortes a Lei Orgânica do Estado, que foi aprovada em referendo por uma maioria muito considerável. O regime dava a si mesmo uma Constituição, que Franco considerou como um êxito pessoal.

Arquivado em: Francisco Franco Guerra civil RAH Paul Preston Luis Suárez Fernández Guerra civil española Guerra Civil Espanhola Segunda república española Reales Academias Guerra Franquismo Instituciones culturales Historia contemporánea Historia Conflictos Cultura

Fonte: Seção de Cultura do jornal El País (Espanha)
http://cultura.elpais.com/cultura/2012/04/07/actualidad/1333817885_831167.html
Tradução: Roberto Lucena

Observação: eu não concordo com a linha editorial desse jornal espanhol, só que relevo algumas coisas que saem na seção de Cultura pois dá pra serem lidas e (se for possível) ter alguma tradução. No mais, como disse antes, não gosto desse jornal. Digo isso porque por vezes gente mal intencionada querendo fazer graça ou encher o saco, ou simplesmente com "pensamento binário" ou enviesado, pelo fato de uma pessoa traduzir um texto de um jornal altamente enviesado, acham que a pessoa que traduziu o texto concorda integralmente com um jornal. O pensamento binário(pensamento de "torcida", "ou está comigo ou contra mim") no Brasil, infelizmente, é um fato, e que leva um país ao radicalismo, alienação e polarização da população.

Eu iria trocar o título do post mas achei por bem mantê-lo embora a troca seria mais apropriada ao tema, o título era esse "Brasil e Espanha, países com sérios problemas de memória histórica", pois ambos possuem o mesmo problema e comportamento parecido com esse tipo de assunto, um fanatismo doentio (pleonasmo), além da desonestidade latente, pra distorcer o passado por falta de coragem em assumir erros históricos, e tanto as populações têm culpa na coisa como as elites desses países. Nunca vi tanta semelhança (no pior sentido do termo) pra distorcer o passado e tentar criar uma mitologia em torno de ditaduras(a da Espanha com o franquismo e as do Brasil, com Vargas e a ditadura civil-militar de 1964-1985) que ocorreram em ambos os países. Maldita estupidez cultural hereditária.

quarta-feira, 21 de março de 2012

França: suspeito é delinquente que virou jihadista

Policial monta guarda em frente à residência
onde o suspeito está encarcerado. Foto: AFP
Mohammed Merah, 23 anos, suspeito dos sete assassinatos ocorridos em Toulouse e Montauban, sul da França, é um francês de origem argelina com antecedentes criminais e que, depois de passar por Paquistão e Afeganistão, se declara jihadista da Al-Qaeda.

Entrincheirado num prédio de Toulouse com várias armas, segundo alega, ele reivindica ser um mujahedine (combatente de Deus) e um membro da Al-Qaeda, segundo o ministro do Interior, Claude Guéant.

Nascido em 10 de outubro de 1988 em Toulouse, possui relações com pessoas ligadas ao salafismo e jihadismo e realizou duas viagens, uma ao Afeganistão e outra ao Paquistão, segundo ainda o ministro.

Conforme o site da revista Le Point, Merah tentou entrar para a Legião Estrangeira em 2010, mas foi expulso da corporação em seu primeiro dia. Atualmente trabalhava como serralheiro em Toulouse, no sul da França.

O modus operandi deste pistoleiro de scooter, que matou a sangue frio três militares, três crianças e um professor judeus, remetia desde o início da investigação a alguém treinado e acostumado com o manejo de armas. Segundo uma fonte policial, recentemente foi negado a ele seu pedido de entrada no exército.

Guéant descreve o suspeito como "determinado, com muito sangue frio". Testemunhos, citados na terça-feira pelo procurador de Paris, François Molins, o descrevem como um homem branco, com uma silhueta delgada e com mais ou menos 1,70 m. Uma testemunha disse ter visto o assassino usando uma minicâmera.

O suspeito explicou aos negociadores que "queria vingar a morte de crianças palestinas", ao atacar a escola judaica. "Foi menos explícito no caso dos militares, mas disse que o fato de que alguns poderiam ser de confissão muçulmana ou parecer de origem norte-africana nada teve a ver com sua decisão, e que queria atacar o exército francês por suas intervenções no exterior", explicou Guéant.

O suspeito era vigiado há vários anos pela DCRI (Direção Central da Inteligência Interna), acrescentou. "Ele cometeu várias infrações de direito comum, incluindo algumas com violência", segundo o ministro. Segundo uma fonte policial, foram 18 no total. Uma fonte ligada à investigação informou que ele também foi detido, no final de 2010, em Kandahar, no Afeganistão, por fatos de direito comum.

Seu irmão, também ligado à filosofia salafista, foi detido para a investigação nesta quarta-feira. Sua mãe, que os policiais querem que negocie com o filho, se negou a fazer isso porque disse não ter nenhuma influência sobre ele.

"Ele é uma pessoa normal, como qualquer outra na rua", afirmou um dos vizinhos do suspeito, Eric Lambert, afirmando que, entre os moradores jovens do local, Merah "não é o que mais fazia barulho". A investigação deve determinar se este indivíduo atuou sozinho ou com a ajuda de uma célula e se ele pertence à Al-Qaeda como reivindica.

"Os 'lobos solitários' sempre têm a tendência de se inscrever numa organização maior", afirma um especialista em questões terroristas, Jean-Pierre Filiu, professor do Instituto de Estudos Políticos de Paris. "Falamos muito de seu possível perfil, de seu complexo de grandeza, de superioridade. Isso permite representar-se de forma muito mais megalomaníaca".

Suspeito cercado

Um jovem francês de origem argelina, identificado como Mohammed Merah, está cercado desde a madrugada desta quarta-feira em um apartamento no bairro residencial Croix-Daurade, em Toulouse. Ele é suspeito de cometer três ataques que deixaram sete vítimas fatais desde 11 de março. No mais grave deles, na segunda-feira, quatro pessoas morreram, incluindo três crianças, em uma escola judaica.

Segundo o ministro do Interior da França, Claude Guéant, Merah afirmou que pertence à rede terrorista Al-Qaeda e que cometeu os ataques para vingar as crianças palestinas e castigar o Exército francês.

Fonte: AFP/Terra
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5676804-EI8142,00-Franca+suspeito+e+delinquente+que+virou+jihadista.html

Observação: Nas matérias que saíram logo após o ataque (Assassino em série da França seria paranóico racista), associaram o ataque a um possível extremista de direita em virtude dos alvos, muçulmanos árabes e judeus foram vitimados pelo então jihadista (radical islâmico). Portanto está descartada a possibilidade do autor ser um Anders Breivik II embora o tipo de ataque alvejando muçulmanos e judeus remeta a um radical de direita europeu.

A pergunta que fica do caso é: de que serviu tanto monitoramento se não conseguiram abortar o ataque do assassino em série com motivações políticas?

Conheça as vítimas dos ataques na França

Ver mais:
Atirador de Toulouse pode não ter atuado sozinho (Euronews)
Suspeito de ataques na França era monitorado havia anos (BBC/IG)
Polícia da França aperta cerco contra atirador (Reuters Brasil)
França: atirador diz que agiu sozinho e adia rendição (AFP/Terra)
Atentados raciais na França podem ajudar Sarkozy em eleição (Reuters Brasil)
Ministro francês: Suspeito diz que foi instruído por Al-Qaeda no Paquistão (AP/BBC)

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Alemanha: Governo alemão decide criar um registro central de neonazistas

Banco de dados vai centralizar informações sobre ativistas de extrema direita tidos como violentos. Objetivo é facilitar investigações sobre crimes de motivação neonazista.

A Alemanha espera vencer a luta contra os crimes cometidos por neonazistas com a ajuda de um banco de dados central com quase 10 mil registros. O governo alemão decidiu nesta quarta-feira (18/01) criar um arquivo que une informações das autoridades regionais e nacionais de segurança sobre extremistas de direita tidos como violentos e seus contatos.

A intenção é identificar com maior rapidez conexões dentro de certos grupos. O exemplo veio do banco de dados antiterrorismo, no qual estão registrados há anos dados sobre ativistas islâmicos tidos como perigosos.

No novo banco de dados estão informações como nome, endereço e data de nascimento. Uma ferramenta de busca permite descobrir dados adicionais, como número de conta corrente, telefone, e-mail e ficha policial. Por insistência da ministra alemã da Justiça, Sabine Leutheusser-Schnarrenberger, essa ferramenta de pesquisa terá, a princípio, validade de quatro anos. Um possível prorrogação deverá ser definida depois de uma avaliação dos benefícios do recurso.

A criação do registro é uma consequência da descoberta tardia de que a série de assassinatos neonazistas que abalou a opinião pública na Alemanha, em novembro passado, foi cometida por um grupo de neonazistas. A motivação extremista do assassinato de nove imigrantes e uma policial só foi reconhecida anos depois dos crimes. Segundo especialistas, a falha na investigação foi provocada pela falta de troca de informações entre os muitos serviços de investigação envolvidos.

Crimes desvendados com anos de atraso

O trio de Zwickau: Zschäpe,
Böhnhardt e Mundlos
No início de novembro, após a descoberta de dois corpos carbonizados num trailer em chamas na cidade de Eisenach, no estado da Turíngia, a polícia alemã reuniu provas de que um mesmo trio neonazista fora responsável pela morte de uma policial, em 2007, e o assassinato de oito pequenos comerciantes turcos e um grego, ocorridos entre 2000 e 2006. A autoria, o motivo e a correlação entre os crimes permanecia desconhecida até então.

Os dois corpos encontrados no trailer eram de Uwe Mundlos e Uwe Böhnhardt, ativistas de extrema-direita procurados pela polícia por diversos roubos a bancos, juntamente com Beate Zschäpe, a companheira de moradia deles. O trio formava o núcleo de um grupo autointitulado Clandestinidade Nacional-Socialista (NSU, na sigla em alemão). Zschäpe incendiou o apartamento em que morava com Mundlos e Böhnhardt em Zwickau, também na Turíngia, e se entregou à polícia poucos dias depois.

As armas de serviço da policial morta e de seu colega foram encontradas no trailer incendiado. Nas ruínas do apartamento, os investigadores acharam a arma que matou os comerciantes estrangeiros, cujos assassinatos eram até então um mistério.

Suspeita se recusa a depor

As investigações sobre a série de assassinatos cometidos pelos neonazistas se mostra mais difícil do que o esperado porque a principal acusada se nega a falar. O diretor do Departamento Federal de Investigações (BKA), Joerg Ziercke, afirmou em Berlim nesta quarta-feira que a principal suspeita, Beate Zschäpe, ainda se recusa a falar com os investigadores.

"Os outros suspeitos que estão sob custódia também são muito monossilábicos", disse o chefe da BKA. Ele, entretanto, se mostrou confiante de que, devido à contundência das provas, "alguns dos acusados logo falarão". Além de Zschäpe, há quatro outros suspeitos de cumplicidade em prisão preventiva.

MD/dpa/rtr
Revisão: Alexandre Schossler

Fonte: Deutsche Welle (Alemanha)
http://www.dw.de/dw/article/0,,15674170,00.html

Ver mais:
Berlim aprova criação de banco de dados central sobre neonazistas (EFE/Terra)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Clandestinidade Nacional-Socialista causa alarme na Alemanha

A ministra alemã da Justiça disse que
era hora de analizar a atuação do
serviço secreto sobre a cena neonazi.
A pior hipótese parece se confirmar: a justiça alemã crê que uma dezena de assassinatos até agora sem esclarecimento são obra de uma mesma célula neonazista.

Neste domingo (13.11.2011), durante uma visita à cidade de Leipzig, a chanceler alemã, Angela Merkel, admitiu se sentir preocupada pelo que pode se esconder por detrás de dez assassinatos atribuídos a um comando neonazi, cometidos na última década em distintas partes de Alemanha. O caso deixa em evidência estruturas e procedimentos “que não podíamos imaginar. Por isso devemos prestar atenção sempre a qualquer forma de extremismo”, apontou a chefe de governo alemão.

O ministro do Interior, Hans-Peter Friedrich, repetiu Merkel, qualificando os assassinatos pela primeira vez como atos de terrorismo. “Ao que parece estamos lidando com uma nova forma de terrorismo de extrema-direita”, disse Friedrich, aludindo aos resultados parciais das investigações. Elas sugerem que uma mesma célula neonazi tirou a vida de oito pequenos empresários turcos e um grego, entre os anos de 2000 e 2006, e a uma policial alemã, em 2007. Nenhum desses casos havia sido resolvido.

Os três supostos assassinos não eram de todo desconhecidos das autoridades alemãs. Na década de noventa eles se ligaram ao grupo de extrema-direita Defesa da Pátria, da Turíngia; mas a polícia perdeu o rastro deles. “Isto demonstra a tendência deste e outros governos em ignorar o extremismo de direita e o perigo que representam sua ideologia e sua estrutura”, assinalou a presidenta do Partido Verde, Claudia Roth, no sábado (12.11.2011). A se confirmar as suspeitas dos investigadores, este seria um dos piores casos de violência neonazi na Alemanha desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Se autodenominavam como Clandestinidade Nacional-Socialista

O achado dos cadáveres desses neonazis permitiu
relacionar assassinatos até então não resolvidos.
Os investigadores começaram a relacionar os assassinatos quando dois dos três suspeitos, Uwe M. e Uwe B., apareceram mortos em um automóvel que eles mesmos incendiaram, imediatamente antes de se suicidar com uma pistola. Os dois neonazis haviam acabado de roubar um banco - sua fonte de financiamiento, segundo o seminário Der Spiegel – quando perceberam que vários policiais haviam seguido a pista deles. A arma registrada da agente assassinada foi encontrada no automóvel dos homens.

A terceira integrante do grupo neonazi, Beate Z., foi presa em 8 de novembro, acusada de haver ateado fogo à casa que os três compartilhavam na cidade alemã de Zwickau, Estado federado da Saxônia, com a intenção aparente de destruir toda informação comprometedora. Der Spiegel informou que a pistola usada para matar os nove imigrantes foi encontrada na habitação comum. Outro achado importante: um vídeo de quinze minutos com testemunhos dos neonazis.

No vídeo, o trio - autodenominado Clandestinidade Nacional-Socialista - confessa ter assassinado os empresários e a agente policial, mostra fotografias de algumas das vítimas e atribuem a si outros atentados; entre eles, a explosão de uma bomba em 2004 que deixou 22 pessoas feridas numa rua de Colônia habitada sobretudo por imigrantes turcos. O grupo adverte na gravação que, “se não se produzem mudanças fundamentais na política, na imprensa e na liberdade de expressão”, realizaria novos ataques.

Forças de segurança alemãs estariam implicadas?

Uwe M., Beate Z. e Uwe B, os três membros do
grupo neonazi Clandestinidade Nacional-socialista.
Os dez assassinatos já haviam causado certo grau de comoção na Alemanha, mas a nova reviravolta que tomaram as averiguações pertinentes converteram o assunto em um delicado tema de política interna; não só porque volta a realçar a inconsistência da luta contra a violência racista e xenófoba praticada sistematicamente pela ultradireita, uma censura que se faz ao Estado, no geral, sem que ninguém dê um passo a frente para responder pelas omissões. Senão porque, neste caso, instituições concretas poderiam terminar assumindo responsabilidades.

Longe da prisão de uma quarta pessoa, suspeita de ter facilitado sua permissão para conduzir e até seu passaporte para apoiar as atividades dos neonazis em questão, o que atraiu a atenção da opinião pública alemã neste 13 de novembro foi a reportagem do diário Bild, segundo o qual novos indícios apontam inclusive que os neonazis podiam ter cúmplices nas forças de segurança, que podiam estar implicadas nos crimes cometidos pelo grupo Clandestinidade Nacional-Socialista ou, na melhor das hipóteses, ter conhecimento deles, o que explicaria como tiveram tanto sucesso atuando durante mais de dez anos sem serem descobertos.

Citando fontes governamentais - entre elas, o especialista em assuntos de política interna, Hans-Peter Uhl –, o jornal alemão reportou o confisco de documentos de identidade na casa dos neonazis, que em geral, só são obtidos por investigadores que trabalham incógnitos para o serviço de inteligência alemão. A ministra da Justiça, Sabine Leutheusser-Schnarrenberger, disse que seria necessário esclarecer como se se deu a atuação do serviço secreto no seio das organizações de extrema-direita na última década; o PKG, Grêmio Parlamentar de Controle, que supervisiona o trabalho do executivo e dos serviços de inteligência, dedicará-se nessa tarefa nos próximos dias.

Autor: Evan Romero-Castillo
Editora: Claudia Herrera Pahl

Fonte: Deutsche Welle (Alemanha)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,15529659,00.html
Tradução: Roberto Lucena

domingo, 12 de dezembro de 2010

Filme - Diário de um Skin (2005)

Seguindo e agradecendo o apontamento do Daniel, disponibiliza-se abaixo o vídeo do filme "Diário de um Skin"(2005), em espanhol, baseado no livro do jornalista Antonio Salas(pseudônimo) sobre o (sub)mundo neonazi na Espanha.

O filme baseado no livro homônimo, serve de referência para entender o fenômeno em questão, pois o padrão de ação desses bandos são muito parecidos apesar das diferenças nacionais e regionais, fora o absurdo da "transposição ideológica"(se é que há um termo apropriado pra explicar a bizarrice) de um movimento fascista de cunho alemão em sua origem, com toda simbologia original referente à Alemanha (do regime nazi), pra bandos de países de diferentes, com composições étnicas diversas, diferentes contextos históricas etc.

Há outro vídeo(que será colocado depois) de um pequeno documentário sobre o Antonio Salas e as filmagens originais desses bandos.

Mas voltando ao filme, o vídeo não tem legenda em português(pelo menos no Youtube) mas creio que pra quem fala português conseguirá assistir o vídeo sem 'tantos problemas' apesar das diferenças dos idiomas. O filme está dividido em 9 partes no Youtube, as demais partes seguem nos links abaixo do primeiro vídeo(referente à primeira parte), em sequência.



Diário de um skin - parte 2
Diário de um skin - parte 3
Diário de um skin - parte 4
Diário de um skin - parte 5
Diário de um skin - parte 6
Diário de um skin - parte 7
Diário de um skin - parte 8
Diário de um skin - parte 9

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Grupo skinhead ataca 3 gays na avenida Paulista, diz polícia

Rapaz foi medicado em hospital da capital após ser atacado na Avenida Paulista

Foto: Werther Santana/
Agência Estado
Reduzir Normal Aumentar Imprimir Três homossexuais foram agredidos na manhã do domingo por um grupo de skinheads na avenida Paulista, em São Paulo, segundo a Polícia Militar. Um dos homens foi encontrado desmaiado na altura do número 459 da Paulista, após a agressão, por volta das 6h30.

A PM recebeu uma chamada e, ao chegar ao local, testemunhas informaram que um grupo de jovens havia corrido em direção à estação Brigadeiro do Metrô. A polícia conseguiu alcançar o grupo e deteve os cinco suspeitos de agressão. Segundo a Polícia Civil, quatro deles são menores.

Eles foram levados para o 5º DP (Aclimação). Duas das vítima da agressão foram levadas ao pronto-socorro Vergueiro e um delas foi logo liberada. A outra, menos ferida, foi à delegacia prestar depoimento.

Fonte: Terra
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4791105-EI5030,00-Homem+e+agredido+por+suposto+grupo+de+skinheads+na+Paulista.html

sábado, 16 de outubro de 2010

Estudo aponta que extremismo é gerado mais por questões sociais e menos por ideologia


Extremistas: mais coisas em
comum que coturnos
 Extremistas de todas as colorações – desde os anarquistas munidos de coquetéis molotov, passando por terroristas islâmicos até skinheads neonazistas – têm algo em comum, diz estudo.
Para os jovens radicais, fatores de ordem social são mais determinantes do que convicções políticas: isso é o que afirma o recente estudo "Extremistas sob a Perspectiva Biográfica", idealizado pelo Departamento Federal de Investigações na Alemanha e realizado em cooperação com o Instituto de Pesquisa Social e Consultoria Política (RISP) da Universidade de Duisburg-Essen.

Os pesquisadores responsáveis entrevistaram 39 extremistas políticos entre dezembro de 2004 e dezembro de 2008 e detectaram diversas semelhanças entre suas biografias. A maioria dos entrevistados encontra-se hoje na prisão.

Aparentemente, diz o estudo, as ideologias dos entrevistados não poderiam ser mais díspares. No entanto, a convicção política acaba sendo um fator de segunda ordem no processo de radicalização, analisam os pesquisadores.

Desejo de inclusão

Os jovens, de acordo como o estudo, são mais atraídos pelo sentimento de pertencimento a um grupo do que por pontos de vista políticos, diz Thomas Kliche, pesquisador na área de Psicologia e Política da Universidade de Hamburgo.

"A ideologia ocupa um lugar muito secundário nas biografias desses extremistas. Nessa idade, eles nem ao menos compreenderam o alcance dessas ideias. Eles apenas sentem que o grupo os elogia, dizendo que são bons e fortes", descreve Kliche.

Jovens radicais são detidos com frequência
No entanto, acentua o pesquisador, nem todo jovem é suscetível ao fascínio da identidade grupal. Entre os entrevistados para o estudo do BKA, praticamente todos vinham de famílias com problemas e, por isso, desenvolveram um interesse exacerbado pelo grupo social nos quais circulam.

"Muitos infratores vêm de lares destruídos ou suas famílias não estão em condições de dar a eles o sentimento de segurança, calor humano, a sensação de serem bem-vindos. É aí que entra o grupo na jogada", afirmou o pesquisador à Deutsche Welle.

Extremismo por acaso?

O estudo detectou que muitos dos entrevistados, além de terem famílias com sérios distúrbios emocionais, tentam se integrar à sociedade por outros caminhos. Na maioria dos casos, eles interromperam a vida escolar ou a formação profissional ou foram mal-sucedidos nesses âmbitos, o que faz com que tenham necessidade de compensar suas deficiências.

De acordo com o estudo, a identificação de uma pessoa com uma ideologia extremista em particular depende mais do acaso do que de sua tendência para determinada convicção política. Religião e política são, para os entrevistados, irrelevantes, ao contrário de aspectos sociais como solidariedade ou apoio emocional.

Não raras vezes, a ânsia de pertencimento ou integração a determinado grupo leva à violência e ao abuso de drogas. A maioria dos entrevistados já havia demonstrado comportamento delinquente antes de se aliar à cena radical em questão, levando o autor da pesquisa a concluir que os chamados "crimes politicamente motivados" muitas vezes não têm, de fato, uma motivação ideológica real.

Autora: Sarah Harman/dpa (sv)
Revisão: Simone Lopes

Fonte: Deutsche Welle(Alemanha)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,6046901,00.html

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Rússia proíbe livro de Hitler para combater extremismo

MOSCOU (Reuters) - Promotores russos proibiram nesta sexta-feira o livro semi-autobiográfico de Adolf Hitler "Mein Kampf" (Minha Luta), de 1925, em uma tentativa de combater a crescente fascinação por políticas de extrema direita.

(Imagem) Uma anotação de 1924 com uma foto de Hitler é exibida em Paris (reuters_tickers)

Banido na Alemanha desde a 2a Guerra Mundial, o livro delineia a visão de Hitler de supremacia racial. Apesar de incluir trechos anti-semitas e anti-russos, o livro tem sido promovido por alguns grupos russos de extrema direita.

O livro tem uma "perspectiva militar que justifica a discriminação e a destruição de raças não-arianas e reflete ideias que, quando implementadas, deram início à 2a Guerra Mundial", disse em comunicado promotoria-geral russa.

"Até agora, o 'Mein Kampf' não era reconhecido como extremista", disse o comunicado, anunciando a proibição do livro e sua inclusão numa lista federal de materiais extremistas. O livro estava disponível nas lojas e online, segundo o comunicado.

Extremistas russos atacaram trabalhadores imigrantes de nações pobres da Ásia Central e do Cáucaso que vão à Rússia e frequentemente buscam empregos subalternos e vivem em condições precárias, assim como estudantes africanos e asiáticos e russos sem aparência eslava.

Ao menos 60 pessoas morreram e 306 ficaram feridas em ataques racistas na Rússia no ano passado, de acordo com a Sova, organização não-governamental em Moscou que rastreia violência racista.

A proibição foi instaurada depois que um departamento regional da promotoria buscou novas formas de combater o extremismo e descobriu que o livro estava sendo distribuído na região de Ufa.

Hitler ditou o livro para seu assistente Rudolf Hess enquanto estava em uma prisão na Baviera depois da frustrada tentativa de golpe conhecida como o "Putsch de Munique" em 1923. O livro explica sua doutrina de supremacia racial alemã e suas ambições de anexar áreas gigantescas da União Soviética.

Na Alemanha, é ilegal distribuir o livro exceto em circunstâncias especiais, como para pesquisa acadêmica. Mas o livro está disponível em outros lugares, como a livraria online amazon.co.uk.

Mas a proibição fará pouco para restringir material que promove o nazismo na Rússia, disse Galina Kozhevnikova, do Sova.

"Eu tenho a sensação de que pessoas precisavam divulgar que estavam combatendo o extremismo", disse ela sobre a proibição do livro. "Ainda estará disponível na Internet, é impossível impedir que seja distribuído", disse ela.

(Reportagem de Conor Sweeney)

Fonte: Reuters/Swissinfo
http://www.swissinfo.ch/por/internacional/Russia_proibe_livro_de_Hitler_para_combater_extremismo.html?cid=8564116

domingo, 16 de novembro de 2008

De desajustado a terrorista: a história de um jovem alemão

Em sua última mensagem em vídeo, Breininger insinua morrer por Alá

O caso Eric Breininger deixa claro que está surgindo uma nova geração de terroristas, motivada por outros motivos. A princípio, o terrorismo islâmico estava muito distante. Agora, ele está entre nós.

Eric Breininger é o rosto de uma geração de terroristas que quer levar o Jihad, a "guerra santa", para o Ocidente. Em um ano, ele se transformou de aluno de escola de uma pequena cidade alemã em terrorista internacionalmente procurado.

Eric é do tipo simpatizante. Um pouco gorducho e sempre vestido na última moda, ele lutava dia após dia por reconhecimento na vida pacata que levava na cidade de Neunkirchen, no estado alemão do Sarre. Ele queria participar dos acontecimentos e não ser chacoteado como outsider.

Seus pais eram separados. Eric morava com a irmã na casa da mãe. Seu rendimento na escola era mediano. Nas horas de lazer, ele jogava futebol, fumava haxixe, bebia álcool, entrava freqüentemente em brigas e tinha problemas com a polícia.

Nem bronzeamento artificial nem carne de porco

Em dezembro de 2006, Eric, que hoje está com 21 anos, começou a trabalhar como entregador de encomendas, além de freqüentar a escola de comércio. Um trabalho com conseqüências assoladoras. Ele conheceu um paquistanês que lhe falou entusiasmado da interpretação extremista do Corão. Um divisor de água em sua vida.

Ele jogou fora o crucifixo que carregava no pescoço, queimou CDs e camisetas no jardim, não foi mais à academia de ginástica, deixou de fazer bronzeamento artificial, parou de jogar futebol. Para ele, só uma coisa contava – o islamismo radical. Não passou um ano e Eric se convertera ao islamismo.

No seu círculo de correligionários, com quem rezava conjuntamente na mesquita de Neunkirchen, ele encontrou o que procurava – reconhecimento, respeito e a convicção de que era algo melhor, de pertencer a um grupo que conhecia a verdade.

Mobiliário do quarto vendido através do comércio eletrônico

Jovem é procurado internacionalmente

Eric aprendeu árabe e passou a se chamar Abdul Ghaffar el Almani. Passou a evitar amigos e tendências da moda. Ele parou de fumar, de beber e não comia mais carne de porco. Casou na mesquita perante um imame com uma jovem alemã que, a partir de então, passou a usar a burka. A relação não durou muito. "Ele queria que eu cozinhasse, limpasse e que tivesse filhos algum dia. Ele também falou que procuraria ainda outra mulher", comentou sua esposa após tê-lo deixado.

Em julho de 2007, Eric largou a escola e vendeu o mobiliário de seu quarto através do comércio eletrônico. Dois meses depois, deixou a Alemanha na direção ao Egito. Mais tarde, ele partiu para o Paquistão. Enquanto isso, em casa, alguns de seus irmãos de fé, o assim chamado Grupo de Sauerland, construíam bombas e foram descobertos pela polícia, que entrou em ação.

Em março de 2008, ele escreveu à irmã que queria lutar por Alá no Afeganistão. O Departamento Federal de Investigações (BKA) ficou sabendo e imprimiu fotos de Breininger para as unidades estacionadas no Afeganistão. As autoridades da área de segurança pressupunham que Breininger esteve num campo de treinamento de terroristas no Paquistão.

"Não planejo nenhum atentado contra a Alemanha"

"Eu me encontro no Afeganistão e, pessoalmente, não planejo nenhum atentado contra a República Federal da Alemanha. Quando se acompanham as notícias na imprensa alemã, logo se nota que o povo alemão é ludibriado pela política", afirmou o procurado em sua mais nova mensagem em vídeo.

Esta não dá motivos para despreocupação: especialistas em terrorismo estão seguros de que Eric irá se explodir no ar. Com metralhadora e turbante, ele anunciou em páginas de internet islamitas: "Como quer Alá, ele me levará como jihadi [guerreiro do Jihad] para si". Segundo um alto funcionário da área de segurança, o jovem é muito perigoso.

Especialistas em terrorismo estão de acordo que Breininger também poderia ter se tornado neonazista. No seu caso, trata-se de reconhecimento, de atenção. A causa por que luta é secundária. Foi uma coincidência o fato de ele ter se tornado terrorista. Para os jihadistas, ele é um "idiota útil", como afirmou um funcionário. Seu nome Abdul Ghaffar el Almani não significa nada mais que o "servo do todo misericordioso".

Benjamin Wüst (ca)

Fonte: Deutsche Welle
http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,3736630,00.html

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