O assassinato de judeus de Liepaja, Letônia, foi documentado em numerosas fontes. As SS e o Chefe de Polícia Emil Dietrich registrram a maioria deles em seu diário (ver nota de rodapé 40 aqui). Dietrich foi enforcado por um tribunal militar dos EUA na prisão de Landsberg-am-Lech em 22 de outubro de 1948. Entre 15 e 17 de dezembro de 1941, três esquadrões alemães e letões assassinaram 2749 judeus, principalmente mulheres e crianças, nas dunas de Skede, próximo à Liepaja. Os eventos foram registradas nestas infames fotografias por Carl-Emil Strott, que foi condenado e setenciado no julgamento de Grauel e outros em Hanôver em 1971. Mais das fotografias de Strott podem ser achadas nesta discussão.
Além disso, se não fosse o fato de que os negadores são estúpidos o suficiente para espernear sobre 'julgamento espetáculo' e 'forjado', os assassinatos em Liepaja foram demonstrados por pesquisas demográficas de Anders e Dubrovskis, que examinaram o censo nazista de 30 de agosto de 1941 nos arquivos do Estado letão, e compararam-no com outras fontes demográficas como as do censo soviético de fevereiro de 1935, do Salão de Nomes no Yad Vashem, da lista de deportados para o interior soviético, do julgamento de Grauel, dos registros residenciais, da lista de "Coleção de Metais", dos relatórios das Schutzpolizei, registrados do campo em Stutthof, e da 'Comissão Extraordinária para Investigação de Crimes Fascistas' soviética.
Sua pesquisa é outro cravo na tumba da reputação do fraudulento 'demógrafo' Walter Sanning. Como eu apontei neste mesmo blog, Sanning desonestamente pretendia que estimativas demográficas nazistas de janeiro de 1943 se referissem a dados da população soviética como se fossem de junho de 1941. Este enabled him para afirmar que a maioria dos judeus tinha ou fugido ou sido deportados para o interior soviético como parte da política de 'scorched earth' de Stalin. Anders e Dubrovskis demonstram que apenas 209 judeus de Liepaja(de uma população judaica de 7140) foram deportados e um máximo de 300 fugiram.
Liepaja aqui nos dá uma extrema demonstração da bancarrota da negação do Holocausto. Para negar que os nazis deliberadamente assassinaram mulheres e crianças de Liepaja, negadores tem que ignorar a existência de um diário escrito a mão pelas SS e o Chefe de Polícia, fotografias tiradas por um perpetrador que fora julgado numa corte da Alemanha Ocidental, um censo que os nazis levaram a cabo dois meses após invadirem a Letônia, e os dados residenciais coletados pelos nazistas em 1942, mostrando que muitas das pessoas nos mais recentes censos foram assassinadas. Tal negação só pode ser uma deliberada cegueira em relação a evidência do genocídio.
Nota de rodapé: meu obrigado a KentFord9 no fórum RODOH por desenhar minha observação aos dados demográficos.
Fonte: Holocaust Controversies
Por Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2008/04/liepaja.html
Tradução(português): Roberto Lucena
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sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Liepaja - Holocausto na Letônia
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sábado, 8 de novembro de 2008
Merkel alerta para perigo de racismo e anti-semitismo no país
Sinagoga de Hannover em chamas, em 1938
Chanceler federal Angela Merkel convoca população do país a evitar racismo e anti-semitismo, ao lembrar os 70 anos da noite em que nazistas atacaram em massa estabelecimentos pertencentes a judeus no país.
Antes do início das cerimônias que marcam os 70 anos da noite do 9 para o 10 de novembro de 1938, chamada pelos nazistas de "Noite dos Cristais" – um pogrom que deixou vários judeus mortos, sinagogas incendiadas, estabelecimentos destruídos e milhares de homens confinados a campos de concentração – a chanceler federal alemã, Angela Merkel, conclamou os habitantes do país a evitarem "o racismo e o anti-semitismo".
A Reichspogromnacht (noite do pogrom do "Terceiro Reich"), que precedeu o Holocausto nazista, deixou mais de 1300 mortos em conseqüência de aprisionamentos em campos de concentração, ferimentos ou suicídios desencadeados pelo medo e pelo desespero.
Dia inesquecível
Merkel, em seu podcast de vídeo semanal, afirmou que o 9 de novembro é um momento de reflexão a respeito "dos mais terríveis acontecimentos da história alemã", bem como um dia de lembrança positiva, referindo-se à queda do Muro de Berlim, que se deu no 9 de novembro de 1989.
A lembrança do dia do pogrom do ano de 1938, segundo a premiê, "obriga os alemães a agir decisivamente contra o racismo e particularmente contra o anti-semitismo em toda a sociedade". O Parlamento alemão acaba de aprovar uma lei contra manifestações de anti-semitismo, após longas desavenças entre os partidos políticos.
Lembrança
Homens da SA em marcha nazista pelas ruas de Berlim em 1938: cartazes conclamando a população a boicotar estabelecimentos pertencentes a judeus
No domingo, a chanceler alemã participa de uma cerimônia de lembrança da noite do 9 de novembro de 1938, conduzida pelo Conselho Central dos Judeus na maior sinagoga do país, localizada em Berlim. Construída em 1904, a sinagoga foi bastante danificada no pogrom de 1938, não tendo, no entanto, sido completamente incendiada, provavelmente porque os nazistas temiam a destruição de prédios próximos no centro da capital.
Na Alemanha, viviam cerca de 600 mil judeus antes da Segunda Guerra Mundial. Depois de 1945, eram 12 mil. Hoje, vivem no país mais de 110 mil judeus, a grande maioria originária do Leste Europeu, principalmente da Rússia e dos países da ex-União Soviética.
Alto número de delitos
De acordo com a Sociedade Alemã-Israelense, o anti-semitismo cresce no país. Nos primeiros nove meses deste ano, foram registrados cerca de 800 delitos motivados por uma postura anti-semita, com um saldo de 27 feridos.
Em Berlim foi aberta a exposição It's burning – Anti-Jewish Terror in 1938 (Está queimando – Terror anti-semita em 1938). A mostra, que acontece dentro da Nova Sinagoga da capital alemã, inclui fotografias pouco conhecidas, que elucidam a violência e a humilhação pública a que os judeus foram expostos durante o "Terceiro Reich".
Um museu em homenagem àqueles que auxiliaram os judeus a sobreviver durante a ditadura nazista também foi inaugurado há pouco no centro de Berlim. O acervo do museu contém, além de fotografias, documentos a respeito de mais de 250 "heróis silenciosos", que arriscaram suas vidas fornecendo comida e assistência a judeus escondidos em abrigos ilegais entre 1938 e 1945.
Agências (sv)
Fonte: Deutsche Welle(08.11.2008, Alemanha)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,3774708,00.html
Chanceler federal Angela Merkel convoca população do país a evitar racismo e anti-semitismo, ao lembrar os 70 anos da noite em que nazistas atacaram em massa estabelecimentos pertencentes a judeus no país.
Antes do início das cerimônias que marcam os 70 anos da noite do 9 para o 10 de novembro de 1938, chamada pelos nazistas de "Noite dos Cristais" – um pogrom que deixou vários judeus mortos, sinagogas incendiadas, estabelecimentos destruídos e milhares de homens confinados a campos de concentração – a chanceler federal alemã, Angela Merkel, conclamou os habitantes do país a evitarem "o racismo e o anti-semitismo".
A Reichspogromnacht (noite do pogrom do "Terceiro Reich"), que precedeu o Holocausto nazista, deixou mais de 1300 mortos em conseqüência de aprisionamentos em campos de concentração, ferimentos ou suicídios desencadeados pelo medo e pelo desespero.
Dia inesquecível
Merkel, em seu podcast de vídeo semanal, afirmou que o 9 de novembro é um momento de reflexão a respeito "dos mais terríveis acontecimentos da história alemã", bem como um dia de lembrança positiva, referindo-se à queda do Muro de Berlim, que se deu no 9 de novembro de 1989.
A lembrança do dia do pogrom do ano de 1938, segundo a premiê, "obriga os alemães a agir decisivamente contra o racismo e particularmente contra o anti-semitismo em toda a sociedade". O Parlamento alemão acaba de aprovar uma lei contra manifestações de anti-semitismo, após longas desavenças entre os partidos políticos.
Lembrança
Homens da SA em marcha nazista pelas ruas de Berlim em 1938: cartazes conclamando a população a boicotar estabelecimentos pertencentes a judeus
No domingo, a chanceler alemã participa de uma cerimônia de lembrança da noite do 9 de novembro de 1938, conduzida pelo Conselho Central dos Judeus na maior sinagoga do país, localizada em Berlim. Construída em 1904, a sinagoga foi bastante danificada no pogrom de 1938, não tendo, no entanto, sido completamente incendiada, provavelmente porque os nazistas temiam a destruição de prédios próximos no centro da capital.
Na Alemanha, viviam cerca de 600 mil judeus antes da Segunda Guerra Mundial. Depois de 1945, eram 12 mil. Hoje, vivem no país mais de 110 mil judeus, a grande maioria originária do Leste Europeu, principalmente da Rússia e dos países da ex-União Soviética.
Alto número de delitos
De acordo com a Sociedade Alemã-Israelense, o anti-semitismo cresce no país. Nos primeiros nove meses deste ano, foram registrados cerca de 800 delitos motivados por uma postura anti-semita, com um saldo de 27 feridos.
Em Berlim foi aberta a exposição It's burning – Anti-Jewish Terror in 1938 (Está queimando – Terror anti-semita em 1938). A mostra, que acontece dentro da Nova Sinagoga da capital alemã, inclui fotografias pouco conhecidas, que elucidam a violência e a humilhação pública a que os judeus foram expostos durante o "Terceiro Reich".
Um museu em homenagem àqueles que auxiliaram os judeus a sobreviver durante a ditadura nazista também foi inaugurado há pouco no centro de Berlim. O acervo do museu contém, além de fotografias, documentos a respeito de mais de 250 "heróis silenciosos", que arriscaram suas vidas fornecendo comida e assistência a judeus escondidos em abrigos ilegais entre 1938 e 1945.
Agências (sv)
Fonte: Deutsche Welle(08.11.2008, Alemanha)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,3774708,00.html
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