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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Vídeo inédito sobre a Noite dos Cristais

Noite dos Cristais em documenário produzido pela FIERJ com imagens inéditas na TV brasileira. Documentário fruto de dois anos de pesquisas de imagens e
digitalização reunindo um número sem precedentes de
imagens dos dias 9, 10 e 11 de novembro de 1938, mais de
10 minutos de fotos e filmes, pemitindo ter uma nova leitura sobre
o que aconteceu com os judeus na Alemanha, Áustria e Tchecoslováquia.


Contribuição de Graciela.

Note: Unpublished video about the Night of Broken Glass(Crystal Night).

domingo, 9 de novembro de 2008

Merkel lembra horror nazista contra judeus e pede que ninguém se cale

Da EFE
Gemma Casadevall
.

Berlim, 9 nov (EFE).- A chanceler alemã, Angela Merkel, lembrou hoje o "horror" gerado pelos "pogroms" nazistas contra os judeus, e defendeu não se calar diante do anti-semitismo presente, sejam provenientes da extrema-direita ou dos que questionam o direito de Israel existir, seja do "Hamas, Hisbolá ou Irã".

"Os 'pogroms' - ondas de atos violentos contra judeus na Alemanha e na Áustria em diferentes ocasiões durante o Terceiro Reich - não foram o primeiro capítulo do anti-semitismo nazista, mas abriram as portas para a catástrofe das catástrofes", disse Merkel na sinagoga de Rykestrasse, em Berlim, nos 70 anos da "Noite dos Cristais" (Kristallnacht").

"Naquela noite, as sinagogas queimaram, depois queimou toda a Alemanha, depois toda a Europa", prosseguiu. Merkel pediu que ninguém cometa o erro de ontem e não se cale agora diante de outras formas de anti-semitismo.

A grande vergonha do cidadão da época foi "não dar um grito" enquanto arrancavam seus vizinhos judeu, comunista, social-democrata ou cigano de suas casas, "pois achava que a coisa não era com ele". Da mesma forma, seria vergonhoso agora não se fazer nada diante de quem "ameaça a existência de Israel", afirmou.

"A xenofobia, o racismo e o anti-semitismo não devem ter mais cabimento na Europa", disse, e isso deve se estender também ao mundo árabe e a outras partes do planeta.

Merkel lembrou os "pogroms" de 9 de novembro de 1938 como "a noite que representa o início do Holocausto", enquanto a presidente do Conselho Central dos Judeus da Alemanha, Charlotte Knobloch, sua experiência, como uma menina de 6 anos de Munique.

"O medo de percorrer essas ruas de comércios devastados com meu pai me acompanhou por toda a vida", disse. "O medo continua", acrescentou, seja pelas lembranças ou diante do aumento das forças dos neonazistas, para quem a Alemanha não pode "baixar a guarda".

Da sinagoga de Rykestrasse, a maior da Alemanha, Merkel e Knobloch traçaram uma parábola do horror do Terceiro Reich ao anti-semitismo atual. Da mesma forma que quase todos os templos judeus, esta sinagoga foi incendiada durante os "pogroms". As chamas não a destruíram, mas os nazistas a reduziram a estábulo para cavalos.

No ano passado, a sinagoga reabriu suas portas, restaurada com o retorno da Torá (livro de lei dos judeus), em um ato que simbolizou o milagre do lento, mas efetivo, retorno da comunidade judaica ao país do Holocausto.

A "Noite dos Cristais" representou o incêndio de mais de mil sinagogas na Alemanha e na Áustria. Cerca de 300 templos ficaram reduzidos a cinzas, 7,5 mil comércios judeus foram destruídos e 91 pessoas morreram.

No dia seguinte, aconteceu a prisão e deportação de 30 mil judeus para campos de concentração. Ao término da Segunda Guerra Mundial (1945), o número era de milhões.

O ministro da propaganda nazista da época, Joseph Goebbels, falou de uma "explosão espontânea de ira" pelo assassinato, em Paris, do diplomata alemão Ernst von Rath por um jovem judeu.

Ele próprio se encarregou de propagar uma onda anti-semita a partir da Prefeitura de Munique. Depois, houve uma operação articulada pela Gestapo (Polícia secreta), SA (guarda do Exército) e SS (guarda especial), em meio à cumplicidade e ao entusiasmo de parte da população e à passividade ou à impotência de outros.

O dia 9 de novembro concentra grande carga histórica na Alemanha. Essa data recorda a "Noite dos Cristais", 70 anos atrás, e também a queda do Muro de Berlim, em 1989.

"A noite da alegria, a noite da vergonha", resumiu hoje o jornal "Der Tagesspiegel", diante das duas datas.

Os "pogroms" de 1938 continuam envergonhando a Alemanha atual, pois simbolizam o início de uma perseguição que levou ao Holocausto, que deixou o saldo de 6 milhões de judeus mortos.

A queda do Muro de Berlim representou não só o fim de décadas de divisão na Guerra Fria, mas também a bipolaridade em blocos da Alemanha e do resto do mundo.

Para Berlim, foi uma façanha heróica, o triunfo da revolução pacífica contra o regime comunista de Moscou.

A comemoração da queda do Muro de Berlim foi discreta este ano. Apenas uma oferenda floral na Bernauerstrasse, uma das ruas que foi dividida pelo Muro e onde ainda se conserva um fragmento dele.

A grande ocasião para recordar a noite mais famosa na história da Berlim recente fica para 2009, coincidindo com o 20º aniversário da abertura de fato da fronteira inter-alemã. EFE

Fonte: G1/EFE
http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL855486-7084,00-MERKEL+LEMBRA+HORROR+NAZISTA+CONTRA+JUDEUS+E+PEDE+QUE+NINGUEM+SE+CALE.html

Especial: Pogrom do 9 de novembro de 1938(Noite dos Cristais)

Especial: Pogrom do 9 de novembro de 1938

Na noite do 9 para o 10 de novembro de 1938, instituições judaicas foram demolidas e sinagogas incendiadas em toda a Alemanha. Os homens judeus acima de 18 anos foram humilhados, amedrontados, presos e enviados a campos de concentração.

Propagados pelos nazistas como uma "revolução popular", os ataques foram preparados e encenados pelo regime nazista, após o assassinato de um diplomata alemão em Paris por Hershel Grynszpan.

O pogrom (a palavra que vem originariamente do russo remete a um ataque violento a determinado grupo e seu ambiente. Historicamente o termo é usado para designar atos em massa contra judeus e outras minorias européias) de novembro de 1938 marca, até hoje, uma guinada na história do continente.

Os ataques que se tornaram conhecidos como "Noite dos Cristais" (em referência aos vidros quebrados dos estabelecimentos comerciais destruídos em massa) foram o sinal definitivo de que o regime nazista não conheceria limites em relação à perseguição aos judeus. As apreensões daquele dia eram o prenúncio do genocídio cometido na Segunda Guerra e o primeiro passo rumo ao que o regime nazista viria a chamar de Endlösung (solução final) para o extermínio dos judeus.

Leia mais sobre a perseguição aos judeus na Alemanha nazista, projetos de recuparação da memória do período e vida judaica no país hoje.

Fonte: Deutsche Welle
http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,3766192,00.html

sábado, 8 de novembro de 2008

Maurice Bavaud - Suíça homenageia estudante que tentou matar Hitler

O presidente suíço lamentou esta sexta-feira que o seu país tenha falhado todas as vias diplomáticas para impedir que os nazis executassem um estudante suíço que tentou matar Hitler há 70 anos

Maurice Bavaud era estudante de teologia e tinha 25 anos quando foi executado na famosa prisão de Ploetzensee, em Berlim, depois de ter levado a cabo uma tentativa falhada de assassinar Adolf Hitler numa parada nazi em Munique a 9 de Novembro de 1938.

Por coincidência, Bavaud levou a cabo o atentado horas antes da Kristallnacht, ou Noite de Cristal, na qual os nazis destruíram sinagogas e lojas de judeus em toda a Alemanha e Áustria. «Ele parece ter antecipado a tragédia que Hitler traria para o mundo inteiro», afirmou o presidente Pascal Couchepin num comunicado no seu site oficial. «Por isto ele merece a nossa lembrança e reconhecimento».

Bavaud, que considerava o líder nazi um perigo para a Suíça, para o Cristianismo e para toda a Humanidade, foi preso alguns dias depois do seu atentado e, depois de ter sido torturado pela polícia secreta Gestapo, confessou os seus planos.

A Suíça, que seguiu uma política de neutralidade em relação à Alemanha antes e durante a Segunda Guerra Mundial, falhou na intervenção do caso Bavaud que foi guilhotinado em Maio de 1941.

A história deste estudante é pouco conhecida fora da Suíça, ao contrário do grupo de militares alemães que tentaram matar Hitler em 1944, quase seis anos depois do atentado de Bavaud. Este último serve de mote ao filme Valkyrie, de Tom Cruise, no qual o actor norte-americano desempenha o papel principal.

Fonte: Sol(Portugal)
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Internacional/Interior.aspx?content_id=115926
História de Maurice Bavaud e sua carta:
http://www.cyranos.ch/bavaud-e.htm

Merkel alerta para perigo de racismo e anti-semitismo no país

Sinagoga de Hannover em chamas, em 1938

Chanceler federal Angela Merkel convoca população do país a evitar racismo e anti-semitismo, ao lembrar os 70 anos da noite em que nazistas atacaram em massa estabelecimentos pertencentes a judeus no país.

Antes do início das cerimônias que marcam os 70 anos da noite do 9 para o 10 de novembro de 1938, chamada pelos nazistas de "Noite dos Cristais" – um pogrom que deixou vários judeus mortos, sinagogas incendiadas, estabelecimentos destruídos e milhares de homens confinados a campos de concentração – a chanceler federal alemã, Angela Merkel, conclamou os habitantes do país a evitarem "o racismo e o anti-semitismo".

A Reichspogromnacht (noite do pogrom do "Terceiro Reich"), que precedeu o Holocausto nazista, deixou mais de 1300 mortos em conseqüência de aprisionamentos em campos de concentração, ferimentos ou suicídios desencadeados pelo medo e pelo desespero.

Dia inesquecível

Merkel, em seu podcast de vídeo semanal, afirmou que o 9 de novembro é um momento de reflexão a respeito "dos mais terríveis acontecimentos da história alemã", bem como um dia de lembrança positiva, referindo-se à queda do Muro de Berlim, que se deu no 9 de novembro de 1989.

A lembrança do dia do pogrom do ano de 1938, segundo a premiê, "obriga os alemães a agir decisivamente contra o racismo e particularmente contra o anti-semitismo em toda a sociedade". O Parlamento alemão acaba de aprovar uma lei contra manifestações de anti-semitismo, após longas desavenças entre os partidos políticos.

Lembrança

Homens da SA em marcha nazista pelas ruas de Berlim em 1938: cartazes conclamando a população a boicotar estabelecimentos pertencentes a judeus

No domingo, a chanceler alemã participa de uma cerimônia de lembrança da noite do 9 de novembro de 1938, conduzida pelo Conselho Central dos Judeus na maior sinagoga do país, localizada em Berlim. Construída em 1904, a sinagoga foi bastante danificada no pogrom de 1938, não tendo, no entanto, sido completamente incendiada, provavelmente porque os nazistas temiam a destruição de prédios próximos no centro da capital.

Na Alemanha, viviam cerca de 600 mil judeus antes da Segunda Guerra Mundial. Depois de 1945, eram 12 mil. Hoje, vivem no país mais de 110 mil judeus, a grande maioria originária do Leste Europeu, principalmente da Rússia e dos países da ex-União Soviética.

Alto número de delitos

De acordo com a Sociedade Alemã-Israelense, o anti-semitismo cresce no país. Nos primeiros nove meses deste ano, foram registrados cerca de 800 delitos motivados por uma postura anti-semita, com um saldo de 27 feridos.

Em Berlim foi aberta a exposição It's burning – Anti-Jewish Terror in 1938 (Está queimando – Terror anti-semita em 1938). A mostra, que acontece dentro da Nova Sinagoga da capital alemã, inclui fotografias pouco conhecidas, que elucidam a violência e a humilhação pública a que os judeus foram expostos durante o "Terceiro Reich".

Um museu em homenagem àqueles que auxiliaram os judeus a sobreviver durante a ditadura nazista também foi inaugurado há pouco no centro de Berlim. O acervo do museu contém, além de fotografias, documentos a respeito de mais de 250 "heróis silenciosos", que arriscaram suas vidas fornecendo comida e assistência a judeus escondidos em abrigos ilegais entre 1938 e 1945.

Agências (sv)

Fonte: Deutsche Welle(08.11.2008, Alemanha)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,3774708,00.html

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