Desde 'O jovem Törless' (1966) a 'Diplomacia', que estreia na próxima sexta-feira, poucas filmografias no continente que pisamos (o velho) vivem tão perenemente torturadas pela memória. A História Contemporânea está nas mãos de Volker Schlöndorff (Wiesbaden, 1939) uma ferramenta para fazer perguntas, para abrir cabeças. E assim até chegar a sua obra mais conhecida, mais premiada e mais dolorosa: 'O tambor', sobre a novela de Günter Grass; um filme que lhe valeu tanto o Oscar como a Palma de Ouro. "A única saída é Europa", comenta este alemão criado e formado na França em um inglês polido. E o diz em Valhadolid onde há algumas semanas apresentava seu último trabalho, um regresso ao ponto zero do que somos. Acaba a Segunda Guerra Mundial e o regime nazi claudicante sonha com a possibilidade de arrasar tudo desde as bases. A primeira coisa: Paris inteira.
Pe: Não lhe parece que ao reivindicar no estado atual das coisas a diplomacia sonha com o passado, em coisas de um século atrás?
Re: Não tenho isso claro. Talvez o mundo dos diplomatas da Primeira Guerra Mundial já não exista, mas a diplomacia necessária sim. Agora mesmo estava lendo sobre a Ucrânia, e me perguntava: como resolver o conflito se não através da diplomacia? Não há outra opção. O papel diplomático é prevenir uma guerra antes de que ela comece ou ajudar a acabar com alguma que já tenha começado. Porque os militares podem começar uma guerra mas não são capazes de acabá-la, limitam-se a lançar bombas.
Pe: Falamos então de política...
Re: Não, de diplomacia. A diplomacia é um trabalho muito nobre que lamentavelmente se perdeu. Os políticos se empenham em desempenhar trabalhos diplomáticos, mas não os podem fazer bem porque têm que se preocupar com as próximas eleições. Por outro lado, os diplomatas são empregados do Estado durante 30 anos, e eles sim podem entender as dinâmicas sociopolíticas melhor que ninguém. Aqui está o problema.
Pe: De novo um filme sobre a Segunda Guerra Mundial. A pergunta é talvez muito simples: Por que?
Re: Porque segue sendo necessário. Não temos memória suficiente. Creio sinceramente que dentro de 100 anos ainda seguiremos falando da Segunda Guerra Mundial. E a razão é que segue sendo a última grande guerra na Europa. E sempre falamos da última. Quando era criança, acompanhava meu pai, que era médico rural na ribeira do Reno. As pessoas da época então ainda seguiam falando de Napoleão como se tudo houvesse acontecido ontem. A memória tem seus próprios mecanismos: quando mais nos distanciamos de alguns fatos, mas se convertem esses em mito. Quando contemplamos as pinturas de Goya não pensamos em sua época, senão nele aqui e agora.
Pe: Mas, não se cansa de tanto insistir?
Re: o que me cansa é ver que às vezes insistir não serve para nada. Cada vez mais a Segunda Guerra Mundial é reduzida ao Holocausto. O que é uma estupidez. Se hoje em dia você pergunta a um norte-americano sobre a guerra, tudo o que diz é que os alemães trataram de aniquilar os judeus e que os norte-americanos entraram nela para acabá-la e salvar os judeus. Isso é a guerra graças a determinado cinema.
Pe: Seu esforço é quase messiânico...
Re: Minha filha de 22 anos me pergunta às vezes: por que você fala uma vez ou outra da Segunda Guerra Mundial? A razão é simples: nasci em 1939. E o mesmo pode se dizer para explicar meu interesse pelos estados totalitários. Sou um produto de Hitler e Stalin. A Europa nasceu do medo aos estados totalitários.
Pe: Já que você mencionou. Para que serve a Europa hoje?
Re: Para nos proteger da possibilidade do totalitarismo e para nos proteger de nós mesmos. Quando existia a ameaça de um estado totalitário, durante a Guerra Fria, juntar-nos era algo mais fácil. É quando essa ameaça desaparece que tudo se fez mais difícil. Suponho que se não fosse por minhas origens eu estaria mais interessado na democracia e como fazê-la funcionar.
Pe: Seu filme fala da França e da Alemanha, os lugares nos quais cresceu e os dois países que formam o núcleo da Europa...
Re: eu sou o filho da guerra e em particular das relações entre França e Alemanha; de sua reconciliação. Cheguei a Paris pela primeira vez em 1955, dez anos depois da guerra. Foi a primeira cidade que conheci na minha vida que não havia sido destruída pela guerra. Surpreendeu-me muitíssimo. Perguntava-me: era esse o aspecto que Berlim e Frankfurt tinham no passado?
Pe: Eu tentava lhe perguntar antes se acredita que agora vivemos o que se forjou então?
Re: Sem dúvida. Pertencemos a esse momento que conta o filme ao final da guerra. Não é mais necessário ver Merkel para se dar conta disso. Comporta-se como se fora o general no comando da Europa dizendo a todo mundo o que tem que fazer. Está abrindo velhas feridas e, na verdade, eu a fiz saber disso em pessoa. Mas pra ela é indiferente. Quando estava preparando o filme, cada dia ao abrir o jornal lia sobre o programa de austeridade de Merkel. No ato seguinte vinha Sarkozy dizendo que era necessário seguir o modelo alemão. Tenho a sensibilidade de que quando um francês fala em seguir o modelo alemão instintivamente lhe dá por exclamar: Heil Hitler!
Pe: Não lhe parece algo exagerado comparar aquela época com esta?
Re: De forma alguma. Os nazis sempre tiveram em mente a construção de uma nova Europa liderada pela Alemanha. Justo como agora. Göring era um grande europeísta.
Pe: E você, considera-se europeísta?
Re: sou um europeísta apaixonado e estou muito preocupado. O que parece não se entender é que as mentalidades são mais importantes que as leis. O modelo alemão não se pode exportar. Se um alemão deve cinco euros a um amigo, não poderá dormir por noites até que lhe tenham devolvido o dinheiro. Se lhes baixam os impostos para que tenham mais dinheiro para consumir, em lugar de fazer isso, eles meterão todas as suas economias no banco. É uma atitude protestante. O problema é que os economistas que dirigem a Europa não entendem de mentalidades.
Pe: Já que se anima a falar de alta política, como de longe ou perto vê a saída para a crise?
Re: a crise colocou sobre a mesa tudo o que estava escondido debaixo do tapete. Creio que inventar o euro e o impor da noite para o dia foi uma verdadeira ousadia. A princípio para todo mundo pareceu que não estava tão mal, mas agora nos damos conta de que os fundamentos da Europa não eram tão sólidos depois de tudo isso. Agora compreendemos que há que levar a cabo um debate mais sério, e que todo mundo deve ser incluído neste debate, ainda que sejam da extrema-esquerda ou da extrema-direita. Afinal, os europeus é que decidirão o que a Europa têm que ser, não os políticos nem nós os artistas. Billy Wilder dizia do público que separados todos são idiotas, mas juntos são um gênio. E dos europeus se pode dizer o mesmo.
LUIS MARTÍNEZ
Atualizado: 08/11/2014 05:39 horas
Fonte: El Mundo (Espanha)
http://www.elmundo.es/cultura/2014/11/08/545d0240ca474168668b456d.html
Título original: 'Merkel abre viejas heridas'
Tradução: Roberto Lucena
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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
segunda-feira, 5 de maio de 2014
A crise na Ucrânia, os desdobramentos - II (a caminho da fragmentação e da guerra)
Eu fiz um resumo em março aqui sobre os desdobramentos da ascensão de neonazistas ao governo da Ucrânia depois do golpe de estado que depôs o presidente daquele país, resumo com um histórico recente da razão da tensão e conflito na área já que parte da mídia brasileira na ocasião "evitava" comentar o assunto de forma correta por conta de um viés pró-norte-americano, viés recorrente e habitual da maior parte da mídia brasileira, uma vez que o assunto é grave pra ficarem com esse tipo de sectarismo informativo e desinformação por fanatismo político e ideológico.
O problema citado acima também está ocorrendo em vários sites de notícia (estrangeiros) como a BBC, que de tão enviesada, mais parece propaganda oficial do governo dos EUA que site de notícias (a BBC conseguiu ser mais parcial na questão que até as redes de notícia dos EUA).
Indo ao ponto, uma das razões, ou a principal, da tensão como já ressaltado antes no link acima é a provável instalação de bases da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte, na Europa só chamam de NATO) cercando a Rússia, principalmente na Ucrânia que é uma região sensível (área direta de influência russa) cheia de ódios sectários e problema geográfico (pois fecharia o cerco de vez à Rússia).
A mídia não costuma comentar que a Rússia tentará evitar que coloquem bases da OTAN na Ucrânia, de todas as formas possíveis. Narram os fatos como se isto fosse algo irrelevante quando é o epicentro da discórdia. Se não citam esse tipo de "detalhe", na verdade estão passando uma informação pela metade.
A OTAN é uma instituição datada e anacrônica, resquício da Guerra Fria, feita pra contenção militar e econômica da expansão do bloco socialista na Europa (que não existe mais desde a desintegração da União Soviética em 1991) mas que continua na ativa pra cercar a Rússia. Mais por interesses norte-americanos que europeus.
Pra quem não está informado, havia um acordo feito ainda por Gorbachev para que a OTAN não se expandisse pro leste e principalmente pra Ucrânia. Com a ofensiva via golpe de Estado na Ucrânia pra aproximar a mesma da UE e da OTAN, esse acordo foi pro ralo. Os russos se sentem traídos pelos Estados Unidos e pela UE por terem descumprido esse "acordo" décadas depois de uma forte integração da Rússia com a própria UE e os EUA. Aqui a matéria com o Gorbachev criticando abertamente os atos dos EUA e UE com a expansão da OTAN na Ucrânia: Gorbachev blasts NATO eastward expansion
Quem quiser ler em português, só achei esse link.
Mais sobre a questão (em inglês, coloquem no tradutor do Google os links):
Former U.S. Senator Bill Bradley delves into a misunderstanding over NATO expansion that brought decades of grief
Treaty on Conventional Armed Forces in Europe
Nato's action plan in Ukraine is right out of Dr Strangelove
Comentei antes que a UE e os EUA estavam "brincando com fogo" achando que iriam controlar nazistas (fascistas) no poder da Ucrânia e eis uma amostra do resultado: mais de 40 pessoas queimadas até a morte num edifício sindical em Odessa, numa área de maioria étnica russa. Além da própria separação da Crimeia como consequência do golpe de Estado na Ucrânia.
Isso é só uma amostra do que ideologias racistas e extremistas com poder bélico são capazes de fazer. Não precisaria nem citar o caso pois a segunda guerra é um exemplo grande o suficiente e bem conhecido da maioria das pessoas sobre os estragos do fascismo. Pelo visto parece que muita gente não "aprendeu" nada com os erros do passado.
A Ucrânia aos poucos está se fragmentando, caminha pruma guerra civil ou guerra entre países. As partes étnicas russas não querem ficar (e dificilmente ficarão, a não ser pela força e destruição) sob o controle de um governo anti-russo em Kiev e tendem à secessão (separatismo), e as partes ucranianas (étnicas), apesar do apoio ainda ao governo golpista, de quebra está descontente com o "xarope" (pacote econômico) que a União Europeia e os EUA pretendem dar (via FMI) ao que sobrar da Ucrânia. O povo foi atrás do "paraíso" (falsas promessas não cumpridas aproveitando o ódio sectário da população) e estão a caminho do purgatório.
As medidas (xarope) do FMI:
Empréstimos à Ucrânia dependem de austeridade "impopular e dura"
FMI oferece à Ucrânia um pacote de 19,5 mil milhões de euros embrulhados em austeridade
Ucrânia: População receia austeridade exigida pelo FMI
2014 é centenário da Primeira Guerra Mundial, parece que querem "celebrar" em "grande estilo" com mais sangue.
Foto tirada desta matéria.
______________________________________________________________________
A discussão do assunto é obviamente aberta, mas só um aviso: no post anterior rolou uma discussão nonsense nos comentários. Nonsense porque começou a se discutir primeiro uma coisa (o assunto do post) e um comentário ou dois depois descambaram pra pregação de "doutrina política". Obviamente não serei "catequizado" com pregação desse tipo, e acho até infantil esse comportamento. Acho uma pretensão descomunal alguém achar que me "doutrina" ou me leva na conversa com idolatrias, idealizações sem muita base e bobagens desse tipo, até sugiro a não tentarem usar desse tipo de artifício (retórica) pois consigo desmontar fácil esse tipo de pregação e só vai restar vir xingar por não ter o que dizer. A "discussão" (se é que houve) acabou com uma agressão (xingamento), que eu poderia revidar, cheguei a responder mas cortei, pois não vale a pena. É um tipo de discussão idiota, pueril, sem relevância. Discutir esse tipo de assunto na base da catequese, não dá.
Ao pessoal que idolatra países, como já comentei antes, nesse tipo de questão eu olho sempre primeiro pro lado brasileiro depois pros outros. A quem achar estranho, norte-americanos costumam fazer o mesmo (com o país deles) e a maioria dos povos do mundo. Obviamente que não passo por cima de questões humanitárias, mas acho bizarro ver brasileiros querendo discutir conflitos políticos graves em briga de torcida organizada ou disputa de futebol, comportamento imbecil e pueril mas que existe. Já vi pilhas de comentários assim nas matérias sobre a questão e um pior que o outro.
Uma parte da população não sabe se ver como povo, como nação, e fica querendo que você, por não pensar como eles e não sofrer do complexo de vira-latas, passe a se comportar como eles na marra pra que eles não se sintam "isolados" e "sofram sozinhos" por se comportarem dessa forma. Mas eu não irei me comportar desta forma. Quem sofrer de vira-latice (complexo de vira-latas), cure-se disso, as pessoas mundo afora não dão a mínima pra esse comportamento chorão, cheio de autopiedade e autodestrutivo (complexado) de uma parte dos brasileiros. Se você acha que está "abafando" com esse comportamento, saiba que as pessoas em geral acham esse comportamento repulsivo, insuportável, asqueroso. A maioria irá sentir asco de você. Há problemas no mundo inteiro e nenhum país estrangeiro irá resolver nossos problemas. Esse comportamento complexado (complexo de vira-latas) é um comportamento vexatório e que só causa constrangimentos.
Mas retornando ao assunto, não estamos na segunda guerra nem na guerra fria, o mundo hoje é outro, quer alguns gostem de ler isso ou não. A direita brasileira vive em estado de neurose e transe constante tentando insuflar e propagar ideias obtusas como se ainda estivéssemos na Guerra Fria (uma parte que insufla isso nem sequer acredita nessas coisas, mas sabem que há uma massa com senso crítico baixo, ou nenhum, que digere esse tipo de panfletagem), achando que o povo não percebe esse tipo de manipulação política. Se a pessoa quer viver numa realidade paralela fictícia, problema de quem quiser viver assim, mas não peçam pra eu chancelar esse tipo de idiotice pois não irei fazê-lo.
Mas por que faço sempre essas advertências?
Pouca gente comenta no blog, mas muita gente lê. E eu sei mais ou menos o perfil político de uma parte que lê. A parte democrática não cria problemas com discussão e é muito bem-vinda, mas a parte autoritária e neurótica cria muitos problemas e desgaste discutindo. Pelo que já li de comentários, sempre chega alguém com esses comportamentos que descrevi acima querendo que a gente concorde com certas bobagens que pregam e não irei concordar. Essas pessoas não discutem, só querem fazer pregação, discussão é algo muito diferente de pregação e não é sinônimo de consenso, uma discussão pode acabar sem concordância. Discussões são feitas com argumentos e não com retórica. Não me incomodo em passar por "chato" e ser do contra se eu estiver convicto de que estou certo e outra pessoa estiver errada. Quem quiser vir pregar ou tentar levar a gente na conversa com "teorias da conspiração" e paranoias, procure um divã e vá descarregar isso lá.
Vejam que a maior parte do post foi só de advertência por conta do que já li de bobagens (e agressões) em outros posts e em cima do comportamento agressivo das pessoas em redes sociais. Triste isso.
Ver: A crise na Ucrânia, os desdobramentos (um resumo)
O problema citado acima também está ocorrendo em vários sites de notícia (estrangeiros) como a BBC, que de tão enviesada, mais parece propaganda oficial do governo dos EUA que site de notícias (a BBC conseguiu ser mais parcial na questão que até as redes de notícia dos EUA).
Indo ao ponto, uma das razões, ou a principal, da tensão como já ressaltado antes no link acima é a provável instalação de bases da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte, na Europa só chamam de NATO) cercando a Rússia, principalmente na Ucrânia que é uma região sensível (área direta de influência russa) cheia de ódios sectários e problema geográfico (pois fecharia o cerco de vez à Rússia).
A mídia não costuma comentar que a Rússia tentará evitar que coloquem bases da OTAN na Ucrânia, de todas as formas possíveis. Narram os fatos como se isto fosse algo irrelevante quando é o epicentro da discórdia. Se não citam esse tipo de "detalhe", na verdade estão passando uma informação pela metade.
A OTAN é uma instituição datada e anacrônica, resquício da Guerra Fria, feita pra contenção militar e econômica da expansão do bloco socialista na Europa (que não existe mais desde a desintegração da União Soviética em 1991) mas que continua na ativa pra cercar a Rússia. Mais por interesses norte-americanos que europeus.
Pra quem não está informado, havia um acordo feito ainda por Gorbachev para que a OTAN não se expandisse pro leste e principalmente pra Ucrânia. Com a ofensiva via golpe de Estado na Ucrânia pra aproximar a mesma da UE e da OTAN, esse acordo foi pro ralo. Os russos se sentem traídos pelos Estados Unidos e pela UE por terem descumprido esse "acordo" décadas depois de uma forte integração da Rússia com a própria UE e os EUA. Aqui a matéria com o Gorbachev criticando abertamente os atos dos EUA e UE com a expansão da OTAN na Ucrânia: Gorbachev blasts NATO eastward expansion
Quem quiser ler em português, só achei esse link.
Mais sobre a questão (em inglês, coloquem no tradutor do Google os links):
Former U.S. Senator Bill Bradley delves into a misunderstanding over NATO expansion that brought decades of grief
Treaty on Conventional Armed Forces in Europe
Nato's action plan in Ukraine is right out of Dr Strangelove
Comentei antes que a UE e os EUA estavam "brincando com fogo" achando que iriam controlar nazistas (fascistas) no poder da Ucrânia e eis uma amostra do resultado: mais de 40 pessoas queimadas até a morte num edifício sindical em Odessa, numa área de maioria étnica russa. Além da própria separação da Crimeia como consequência do golpe de Estado na Ucrânia.
Isso é só uma amostra do que ideologias racistas e extremistas com poder bélico são capazes de fazer. Não precisaria nem citar o caso pois a segunda guerra é um exemplo grande o suficiente e bem conhecido da maioria das pessoas sobre os estragos do fascismo. Pelo visto parece que muita gente não "aprendeu" nada com os erros do passado.
A Ucrânia aos poucos está se fragmentando, caminha pruma guerra civil ou guerra entre países. As partes étnicas russas não querem ficar (e dificilmente ficarão, a não ser pela força e destruição) sob o controle de um governo anti-russo em Kiev e tendem à secessão (separatismo), e as partes ucranianas (étnicas), apesar do apoio ainda ao governo golpista, de quebra está descontente com o "xarope" (pacote econômico) que a União Europeia e os EUA pretendem dar (via FMI) ao que sobrar da Ucrânia. O povo foi atrás do "paraíso" (falsas promessas não cumpridas aproveitando o ódio sectário da população) e estão a caminho do purgatório.
As medidas (xarope) do FMI:
Empréstimos à Ucrânia dependem de austeridade "impopular e dura"
FMI oferece à Ucrânia um pacote de 19,5 mil milhões de euros embrulhados em austeridade
Ucrânia: População receia austeridade exigida pelo FMI
2014 é centenário da Primeira Guerra Mundial, parece que querem "celebrar" em "grande estilo" com mais sangue.
Foto tirada desta matéria.
______________________________________________________________________
A discussão do assunto é obviamente aberta, mas só um aviso: no post anterior rolou uma discussão nonsense nos comentários. Nonsense porque começou a se discutir primeiro uma coisa (o assunto do post) e um comentário ou dois depois descambaram pra pregação de "doutrina política". Obviamente não serei "catequizado" com pregação desse tipo, e acho até infantil esse comportamento. Acho uma pretensão descomunal alguém achar que me "doutrina" ou me leva na conversa com idolatrias, idealizações sem muita base e bobagens desse tipo, até sugiro a não tentarem usar desse tipo de artifício (retórica) pois consigo desmontar fácil esse tipo de pregação e só vai restar vir xingar por não ter o que dizer. A "discussão" (se é que houve) acabou com uma agressão (xingamento), que eu poderia revidar, cheguei a responder mas cortei, pois não vale a pena. É um tipo de discussão idiota, pueril, sem relevância. Discutir esse tipo de assunto na base da catequese, não dá.
Ao pessoal que idolatra países, como já comentei antes, nesse tipo de questão eu olho sempre primeiro pro lado brasileiro depois pros outros. A quem achar estranho, norte-americanos costumam fazer o mesmo (com o país deles) e a maioria dos povos do mundo. Obviamente que não passo por cima de questões humanitárias, mas acho bizarro ver brasileiros querendo discutir conflitos políticos graves em briga de torcida organizada ou disputa de futebol, comportamento imbecil e pueril mas que existe. Já vi pilhas de comentários assim nas matérias sobre a questão e um pior que o outro.
Uma parte da população não sabe se ver como povo, como nação, e fica querendo que você, por não pensar como eles e não sofrer do complexo de vira-latas, passe a se comportar como eles na marra pra que eles não se sintam "isolados" e "sofram sozinhos" por se comportarem dessa forma. Mas eu não irei me comportar desta forma. Quem sofrer de vira-latice (complexo de vira-latas), cure-se disso, as pessoas mundo afora não dão a mínima pra esse comportamento chorão, cheio de autopiedade e autodestrutivo (complexado) de uma parte dos brasileiros. Se você acha que está "abafando" com esse comportamento, saiba que as pessoas em geral acham esse comportamento repulsivo, insuportável, asqueroso. A maioria irá sentir asco de você. Há problemas no mundo inteiro e nenhum país estrangeiro irá resolver nossos problemas. Esse comportamento complexado (complexo de vira-latas) é um comportamento vexatório e que só causa constrangimentos.
Mas retornando ao assunto, não estamos na segunda guerra nem na guerra fria, o mundo hoje é outro, quer alguns gostem de ler isso ou não. A direita brasileira vive em estado de neurose e transe constante tentando insuflar e propagar ideias obtusas como se ainda estivéssemos na Guerra Fria (uma parte que insufla isso nem sequer acredita nessas coisas, mas sabem que há uma massa com senso crítico baixo, ou nenhum, que digere esse tipo de panfletagem), achando que o povo não percebe esse tipo de manipulação política. Se a pessoa quer viver numa realidade paralela fictícia, problema de quem quiser viver assim, mas não peçam pra eu chancelar esse tipo de idiotice pois não irei fazê-lo.
Mas por que faço sempre essas advertências?
Pouca gente comenta no blog, mas muita gente lê. E eu sei mais ou menos o perfil político de uma parte que lê. A parte democrática não cria problemas com discussão e é muito bem-vinda, mas a parte autoritária e neurótica cria muitos problemas e desgaste discutindo. Pelo que já li de comentários, sempre chega alguém com esses comportamentos que descrevi acima querendo que a gente concorde com certas bobagens que pregam e não irei concordar. Essas pessoas não discutem, só querem fazer pregação, discussão é algo muito diferente de pregação e não é sinônimo de consenso, uma discussão pode acabar sem concordância. Discussões são feitas com argumentos e não com retórica. Não me incomodo em passar por "chato" e ser do contra se eu estiver convicto de que estou certo e outra pessoa estiver errada. Quem quiser vir pregar ou tentar levar a gente na conversa com "teorias da conspiração" e paranoias, procure um divã e vá descarregar isso lá.
Vejam que a maior parte do post foi só de advertência por conta do que já li de bobagens (e agressões) em outros posts e em cima do comportamento agressivo das pessoas em redes sociais. Triste isso.
Ver: A crise na Ucrânia, os desdobramentos (um resumo)
domingo, 2 de março de 2014
A crise na Ucrânia, os desdobramentos (um resumo)
Se for o caso eu completo ou reviso este texto à noite, mas como os jornais brasileiros e mesmo a mídia de fora (salvo algumas exceções) evitam comentar sobre os pontos centrais do problema (a raiz dos problemas) como abordei aqui neste texto, de 17 de fevereiro último, então segue logo abaixo do comentário sobre o texto do link um resumo sobre os desdobramentos do golpe de Estado provocado pela extrema-direita/direita ucraniana com apoio dos EUA e União Europeia:
A crise da Ucrânia: fascistas (extrema-direita) perto do poder (Black Blocs atuam)
O texto do link acima lista um histórico do fascismo da direita ucraniana e a origem das revoltas por trás do golpe de Estado naquele país feito com ajuda dos grupos fascistas), acho que dá pra fazer um resumo apontando algumas coisas que os jornalões evitam de citar por conta de alinhamento ideológico com alguns países.
Quem quiser ler mais sobre a Ucrânia, fascismo e unidade ucraniana da Waffen-SS no blog, clique na tag Ucrânia.
Matéria de 3 dias atrás:
Putin ordena inspeção de tropas para verificar se estão prontas para combate
Matéria da BBC hoje, mas tende a piorar:
Ucrânia põe Exército em 'alerta máximo'
Dando sequência, vamos lá.
1. Sobre os desdobramentos, a parte russa da Ucrânia (com maioria étnica russa), ou a parte principal em disputa, a Crimeia, já está com tropas russas no local isolando ela do resto da Ucrânia. Há mais notícias que citam que outras cidades ou povoados com maioria russa está seguindo a mesma direção da Crimeia e se alinhando à Rússia na disputa, o que provoca choques com o povo nativo ucraniano (étnico), provoca conflitos que em casos extremos levam a limpezas étnicas, embora não creio que isso irá ocorrer neste caso a não ser que os Estados e a União Europeia (sob liderança de Angela Merkel) façam mais besteira do que já fizeram ao darem apoio a grupos de extrema-direita xenófobos a darem um golpe de estado num governo eleito (ruim ou não, existe uma coisa chamada urna e eleição pra tirar de forma legítima o cara sem toda essa tragédia que está caminhando pra conflito armado). A questão étnica fornece munição pro conflito, isto é um fato, embora este não seja o pivô da crise e sim o desdobramento dela com o golpe de Estado na Ucrânia apoiado pela UE e pelos EUA.
2. A vizinhança da Rússia é área de sua influência (o que a gente chama no "popular" de "quintal de país forte/grande tal"), fora as questões históricas, de ligação étnica, cultural etc, sendo que a Rússia é uma das únicas potências militares do Globo que podem fazer frente aos Estados Unidos, não se trata de um país caindo aos pedaços do Oriente Médio onde os EUA se lançam em guerras pra mostrar poderio bélico, com um inimigo qualificado a coisa não se resolve desta forma a não ser que queira partir prum ataque fratricida e provocar um conflito mundial, o que seria mais um ato insano e irresponsável do governo dos Estados Unidos, mais precisamente o governo do Democrata Barack Obama, que de liderança política tem demonstrado ser um completo fiasco e com discurso dissimulado e "confuso".
3. A ação da Rússia pode-se explicar pela não aceitação (obviamente, ela tem razão nisto) de possíveis movimentos da UE e EUA pra instalarem bases da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), agrupamento militar criado na Guerra Fria pra fazer contenção política e militar da extinta União Soviética (que não é a Rússia e sim várias repúblicas que compunham um país onde o país principal era a Rússia e a capital Moscou) e do bloco socialista com sua parte europeia sendo chamada de Cortina de Ferro, e que no pós-URSS atua pontualmente em algumas ações da Europa (UE) e com a neurose dos EUA em querer fazer um cerco militar à Rússia, já rechaçado outras vezes como quando a Rússia ameaçou retaliar a Polônia caso esta aceitasse colocar bases de mísseis apontados pra Rússia (ainda no governo George W. Bush) e recentemente, em 2008, no período das Olimpíadas de Pequim, no conflito da Rússia com a Geórgia (ex-república soviética e também na área de influência, "quintal", da Rússia).
Sobre o caso da Polônia e o escudo antimísseis direcionado pra Rússia, a crise, matérias de 2007 e uma de 2011 (a última, do El País):
Rússia ameaça instalar mísseis na fronteira com a Europa
Rússia ameaça instalar mísseis na fronteira com a Europa
Rússia condiciona instalação de mísseis a ação de EUA
Rússia implanta mísseis perto das fronteiras com a Polônia e Lituânia
O conflito com a Geórgia em 2008 na Ossétia do Sul, no período das Olimpíadas de Pequim:
Guerra na Ossétia do Sul em 2008
Rússia X Geórgia: entenda o conflito
EUA exigem que Rússia saia da Geórgia imediatamente
Rússia e Geórgia dividem pódio no tiro feminino; ouro é da China
Entenda o conflito envolvendo Rússia e Geórgia na Ossétia do Sul
Entenda a tensão envolvendo a Geórgia e a Rússia
Rússia e Geórgia. Três anos depois da guerra
Isso aqui foi esse ano:
Otan repreende Rússia por usar Jogos para expandir fronteira sobre Geórgia
Rússia invade território da Geórgia para reforçar a segurança em Sochi
Como podem ver, sempre os mesmos blocos envolvidos, Estados Unidos, OTAN (NATO na grafia portuguesa que mantém a sigla em inglês), União Europeia, ex-repúblicas soviéticas, países que foram parte da Cortina de Ferro e próximos à Rússia, e a própria Rússia. Há uma tentativa de fazer contenção com a OTAN pra acuar a Rússia em seu território, isso feito às claras, pra todo mundo ver, não é nem por debaixo dos panos como era na Guerra Fria. "Ah, mas e o povo?", bom, o povo acaba se tornando um "detalhe" por parte de alguns governos nisso, principalmente os atrelados à OTAN (isso é opinião pessoal, ninguém precisa embora os fatos estejam todos listados acima).
4. Resultado prático de toda esta lambança, criada e fomentada pela União Europeia e Estados Unidos, é que a Ucrânia provavelmente acabará dividida, a Crimeia e outras partes de maioria russa (étnica) poderão ser anexadas à Rússia (a Crimeia já foi dela), a Ucrânia está empobrecida, em crise profunda economicamente e a UE que deveria ajudar economicamente (já que foi uma das responsáveis por essa desgraça) não toma uma atitude. O povo ucraniano moderado (não-fascista) sofrerá em virtude da inconsequência de fascistas, que como sempre, só fazem besteira, explorando sentimentos primitivos étnicos e correlatos.
E isto é um cenário "bondoso", "se" não houver mais interferência pesada e irresponsável de outras potências em caso de conflito bélico. Os EUA incitou a Geórgia a fazer besteira em 2008 (estou citando de memória, como disse acima, à noite eu revido o texto e procuro os links) e quando a Rússia revidou violentamente (morreram mais de 2 mil pessoas neste confronto de pouca duração, 2 semanas), não fizeram nada, deixaram o país (a Geórgia) arcar com as bombas sozinha.
Isto é o que se chama de política delinquente e irresponsável, megalômana. E há brasileiros que com o complexo de vira-latas habitual (de uma parte) ainda vangloria ou idolatra alguns países achando que se tratam de um "poço e perfeição" ou algo parecido, comportamento repulsivo e reprovável, além de desnecessário e que provoca um mal-estar terrível, tudo porque ao invés de analisar friamente o mundo ficam criando idealizações sobre tudo e todos em vez de analisar as coisas como realmente são (as idealizações geram imagens distorcida e idolatria pueril, comportamento altamente imbecilizado e vexatório pra boa parte do país já que nem todos os brasileiros comungam deste ideário complexado, inconsequente e politicamente irresponsável).
Eu acho que não mais retornarei ao assunto Rússia-Ucrânia, então fica o resumo que cita coisas que não tem sido abordadas/citadas na "grande mídia" do Brasil, como se hoje em dia alguém precisasse de TV pra se informar.
P.S.1 como disse lá no começo, irei revisar este texto e ver se acho os links de matérias onde algumas coisas são citadas (de memória), como por exemplo não lembro direito do começo do conflito com a Geórgia mas lembro da incitação dos EUA e o recuo do mesmo deixando a Geórgia sozinha arcando com a situação, mas a origem desses confrontos tem uma coisa em comum: OTAN, bases da OTAN pra contenção da Rússia, conflito Aliados "Ocidentais" (EUA e UE) x Rússia, querendo requentar a polarização da Guerra Fria num mundo totalmente diferente, um ato simplesmente grotesco e inconsequente, com desdobramentos perigosos.
P.S.2 Eu ia postar um texto sobre o Holocausto, mas paciência, fica pra depois.
Ver: A crise na Ucrânia, os desdobramentos - II (a caminho da fragmentação e da guerra)
A crise da Ucrânia: fascistas (extrema-direita) perto do poder (Black Blocs atuam)
O texto do link acima lista um histórico do fascismo da direita ucraniana e a origem das revoltas por trás do golpe de Estado naquele país feito com ajuda dos grupos fascistas), acho que dá pra fazer um resumo apontando algumas coisas que os jornalões evitam de citar por conta de alinhamento ideológico com alguns países.
Quem quiser ler mais sobre a Ucrânia, fascismo e unidade ucraniana da Waffen-SS no blog, clique na tag Ucrânia.
Matéria de 3 dias atrás:
Putin ordena inspeção de tropas para verificar se estão prontas para combate
Matéria da BBC hoje, mas tende a piorar:
Ucrânia põe Exército em 'alerta máximo'
Imagem: BBC. Soldado russo na Crimeia, no atual conflito com a Ucrânia. |
1. Sobre os desdobramentos, a parte russa da Ucrânia (com maioria étnica russa), ou a parte principal em disputa, a Crimeia, já está com tropas russas no local isolando ela do resto da Ucrânia. Há mais notícias que citam que outras cidades ou povoados com maioria russa está seguindo a mesma direção da Crimeia e se alinhando à Rússia na disputa, o que provoca choques com o povo nativo ucraniano (étnico), provoca conflitos que em casos extremos levam a limpezas étnicas, embora não creio que isso irá ocorrer neste caso a não ser que os Estados e a União Europeia (sob liderança de Angela Merkel) façam mais besteira do que já fizeram ao darem apoio a grupos de extrema-direita xenófobos a darem um golpe de estado num governo eleito (ruim ou não, existe uma coisa chamada urna e eleição pra tirar de forma legítima o cara sem toda essa tragédia que está caminhando pra conflito armado). A questão étnica fornece munição pro conflito, isto é um fato, embora este não seja o pivô da crise e sim o desdobramento dela com o golpe de Estado na Ucrânia apoiado pela UE e pelos EUA.
2. A vizinhança da Rússia é área de sua influência (o que a gente chama no "popular" de "quintal de país forte/grande tal"), fora as questões históricas, de ligação étnica, cultural etc, sendo que a Rússia é uma das únicas potências militares do Globo que podem fazer frente aos Estados Unidos, não se trata de um país caindo aos pedaços do Oriente Médio onde os EUA se lançam em guerras pra mostrar poderio bélico, com um inimigo qualificado a coisa não se resolve desta forma a não ser que queira partir prum ataque fratricida e provocar um conflito mundial, o que seria mais um ato insano e irresponsável do governo dos Estados Unidos, mais precisamente o governo do Democrata Barack Obama, que de liderança política tem demonstrado ser um completo fiasco e com discurso dissimulado e "confuso".
3. A ação da Rússia pode-se explicar pela não aceitação (obviamente, ela tem razão nisto) de possíveis movimentos da UE e EUA pra instalarem bases da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), agrupamento militar criado na Guerra Fria pra fazer contenção política e militar da extinta União Soviética (que não é a Rússia e sim várias repúblicas que compunham um país onde o país principal era a Rússia e a capital Moscou) e do bloco socialista com sua parte europeia sendo chamada de Cortina de Ferro, e que no pós-URSS atua pontualmente em algumas ações da Europa (UE) e com a neurose dos EUA em querer fazer um cerco militar à Rússia, já rechaçado outras vezes como quando a Rússia ameaçou retaliar a Polônia caso esta aceitasse colocar bases de mísseis apontados pra Rússia (ainda no governo George W. Bush) e recentemente, em 2008, no período das Olimpíadas de Pequim, no conflito da Rússia com a Geórgia (ex-república soviética e também na área de influência, "quintal", da Rússia).
Sobre o caso da Polônia e o escudo antimísseis direcionado pra Rússia, a crise, matérias de 2007 e uma de 2011 (a última, do El País):
Rússia ameaça instalar mísseis na fronteira com a Europa
Rússia ameaça instalar mísseis na fronteira com a Europa
Rússia condiciona instalação de mísseis a ação de EUA
Rússia implanta mísseis perto das fronteiras com a Polônia e Lituânia
O conflito com a Geórgia em 2008 na Ossétia do Sul, no período das Olimpíadas de Pequim:
Guerra na Ossétia do Sul em 2008
Rússia X Geórgia: entenda o conflito
EUA exigem que Rússia saia da Geórgia imediatamente
Rússia e Geórgia dividem pódio no tiro feminino; ouro é da China
Entenda o conflito envolvendo Rússia e Geórgia na Ossétia do Sul
Entenda a tensão envolvendo a Geórgia e a Rússia
Rússia e Geórgia. Três anos depois da guerra
Isso aqui foi esse ano:
Otan repreende Rússia por usar Jogos para expandir fronteira sobre Geórgia
Rússia invade território da Geórgia para reforçar a segurança em Sochi
Como podem ver, sempre os mesmos blocos envolvidos, Estados Unidos, OTAN (NATO na grafia portuguesa que mantém a sigla em inglês), União Europeia, ex-repúblicas soviéticas, países que foram parte da Cortina de Ferro e próximos à Rússia, e a própria Rússia. Há uma tentativa de fazer contenção com a OTAN pra acuar a Rússia em seu território, isso feito às claras, pra todo mundo ver, não é nem por debaixo dos panos como era na Guerra Fria. "Ah, mas e o povo?", bom, o povo acaba se tornando um "detalhe" por parte de alguns governos nisso, principalmente os atrelados à OTAN (isso é opinião pessoal, ninguém precisa embora os fatos estejam todos listados acima).
4. Resultado prático de toda esta lambança, criada e fomentada pela União Europeia e Estados Unidos, é que a Ucrânia provavelmente acabará dividida, a Crimeia e outras partes de maioria russa (étnica) poderão ser anexadas à Rússia (a Crimeia já foi dela), a Ucrânia está empobrecida, em crise profunda economicamente e a UE que deveria ajudar economicamente (já que foi uma das responsáveis por essa desgraça) não toma uma atitude. O povo ucraniano moderado (não-fascista) sofrerá em virtude da inconsequência de fascistas, que como sempre, só fazem besteira, explorando sentimentos primitivos étnicos e correlatos.
E isto é um cenário "bondoso", "se" não houver mais interferência pesada e irresponsável de outras potências em caso de conflito bélico. Os EUA incitou a Geórgia a fazer besteira em 2008 (estou citando de memória, como disse acima, à noite eu revido o texto e procuro os links) e quando a Rússia revidou violentamente (morreram mais de 2 mil pessoas neste confronto de pouca duração, 2 semanas), não fizeram nada, deixaram o país (a Geórgia) arcar com as bombas sozinha.
Isto é o que se chama de política delinquente e irresponsável, megalômana. E há brasileiros que com o complexo de vira-latas habitual (de uma parte) ainda vangloria ou idolatra alguns países achando que se tratam de um "poço e perfeição" ou algo parecido, comportamento repulsivo e reprovável, além de desnecessário e que provoca um mal-estar terrível, tudo porque ao invés de analisar friamente o mundo ficam criando idealizações sobre tudo e todos em vez de analisar as coisas como realmente são (as idealizações geram imagens distorcida e idolatria pueril, comportamento altamente imbecilizado e vexatório pra boa parte do país já que nem todos os brasileiros comungam deste ideário complexado, inconsequente e politicamente irresponsável).
Eu acho que não mais retornarei ao assunto Rússia-Ucrânia, então fica o resumo que cita coisas que não tem sido abordadas/citadas na "grande mídia" do Brasil, como se hoje em dia alguém precisasse de TV pra se informar.
P.S.1 como disse lá no começo, irei revisar este texto e ver se acho os links de matérias onde algumas coisas são citadas (de memória), como por exemplo não lembro direito do começo do conflito com a Geórgia mas lembro da incitação dos EUA e o recuo do mesmo deixando a Geórgia sozinha arcando com a situação, mas a origem desses confrontos tem uma coisa em comum: OTAN, bases da OTAN pra contenção da Rússia, conflito Aliados "Ocidentais" (EUA e UE) x Rússia, querendo requentar a polarização da Guerra Fria num mundo totalmente diferente, um ato simplesmente grotesco e inconsequente, com desdobramentos perigosos.
P.S.2 Eu ia postar um texto sobre o Holocausto, mas paciência, fica pra depois.
Ver: A crise na Ucrânia, os desdobramentos - II (a caminho da fragmentação e da guerra)
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domingo, 23 de fevereiro de 2014
"Pedem que judeus ucranianos deixem Kiev depois que Yanukovych foi deposto pelo Parlamento"
Fiz este post sobre o grupo de extrema-direita (fascista) que encabeça a baderna na Ucrânia, apoiado pelo governo dos Estados Unidos e da União Europeia sob liderança do governo alemão, com o título "A crise da Ucrânia: fascistas (extrema-direita) perto do poder (Black Blocs atuam)". O que era hipótese virou fato. Só um adendo antes se prosseguir, o post é de minha responsabilidade (opinião).
Primeira consequência da mudança política naquele país do leste europeu pode ser lida abaixo. Brincam com fogo, como comentei antes, brincam achando que controlam um bando de fanáticos pra tirar proveito político disso, tal qual fizeram em outras ocasiões e as consequências foram desastrosas.
Pior ainda é o destaque do governo alemão neste episódio pois é o país líder da União Europeia e não dá pra se esconder sob o manto da UE. Angela Merkel e outros líderes europeus terão o desplante de visitar memoriais do Holocausto falando que "não toleram nazismo" depois de apoiarem um grupo fascista a derrubar presidente eleito em um país? Um dos fatos mais graves desde a segunda guerra mundial.
Barack Obama, primeiro presidente negro dos EUA, do Partido Democrata (o partido mais bélico dos EUA), é um dos responsáveis políticos pela ajuda dada a um grupo nazifascista para derrubar um governo eleito na Ucrânia visando o conflito (reedição mal-ajambrada da guerra fria) com a Rússia. Nem W. Bush conseguiria tal "proeza".
O engraçado é ler de um bando de "revis" idiotas (pleonasmo) do país, dizendo que o governo alemão é "sionista" e mais neuroses deles rotulando tudo de "sionista" porque veem judeus em todo canto por conta do antissemitismo psicótico e não conseguem entender nada do que se passa ao redor porque só visualizam o mundo através de "crenças", superstições e preconceitos (a muleta dos idiotas).
Mais ridículo ainda será ver a crise do "lado eurasiano" dessa extrema-direita do Brasil, que idolatra o Putin e seguem ideologicamente um "Rasputin" de extrema-direita/fascista, Aleksandr Dugin, "líder" do grupo neonazi russo Nazbol (uma alegoria com o termo "bolchevique", sendo na prática outro grupo neonazi misturando termos pra tentar se dissociar da imagem do nazismo), sem saberem que posição tomar sobre a crise na Ucrânia, pois os fascistas da Ucrânia odeiam russos e o governo russo (ídolos deles), tendo ligações com os nazistas na segunda guerra que tinham política de extermínio de eslavos. O Dugin merece até um post à parte com a "Third Position" dessa patota (isso é fascismo por outro nome).
_______________________________________________________
Pedem que Judeus ucranianos deixem Kiev depois que Yanukovych foi deposto pelo Parlamento
Judeus ucranianos foram instados a deixar Kiev, e se possível a Ucrânia, pouco antes de o Parlamento do país votar para derrubar o presidente Viktor Yanukovich do poder.
(JNS.org) Na esteira de uma escalada de confrontos entre manifestantes e forças do governo ucraniano, que já causou a morte de mais de 120 pessoas na semana passada, o Parlamento da Ucrânia votou neste sábado a remoção do presidente Viktor Yanukovych do cargo e da realização de uma nova eleição em 25 de maio. O Parlamento também votou a favor da libertação da ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko, que foi, então, solta sábado do hospital da prisão, informou a Reuters. Yanukovych fugiu de seu escritório em Kiev.
Na sexta-feira, o rabino ucraniano Moshe Reuven Azman pediu que os judeus de Kiev deixassem a cidade e, se possível, o país, devido a temores de que os judeus possam se tornar alvo no caos em curso. Informou a Israel National News na sexta-feira que algumas lojas judaicas foram vandalizadas.
"Eu disse a minha congregação para deixar o centro da cidade ou a cidade todos juntos e, se possível, o país também ... Eu não quero abusar da sorte ... mas há avisos constantes a respeito das intenções de atacar instituições judaicas:" disse Rabi Azman ao Maariv .
Os manifestantes primeiro inundaram a Praça da Independência de Kiev, conhecido como "Maidan", em novembro de 2013 para protestar contra a decisão de Yanukovych para congelar planos de entrar em um acordo de livre comércio com a União Europeia. Em vez disso, Yanukovych apontou uma intenção de se juntar à União Aduaneira da Eurásia, uma união econômica idealizada pelo presidente russo, Vladimir Putin, que é visto como um precursor de uma União Eurasiática de países do Leste Europeu e do Cáucaso.
Até segunda-feira, a oposição e o governo ucraniano pareciam estar trabalhando em direção a um acordo, mas o negócio caiu completamente. Na terça-feira, manifestantes e forças do governo se enfrentaram violentamente novamente, levando a muitas baixas em ambos os lados do conflito na semana passada.
"Contactamos o ministro (israelense) das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, solicitando que ele nos ajude com a segurança da comunidade", disse Edward Dolinsky, chefe da organização de apoio de judeus da Ucrânia.
Fonte: JNS.org
Título original: Ukrainian Jews urged to leave Kiev as Yanukovych is ousted by Parliament
http://www.jns.org/news-briefs/2014/2/22/ukrainian-jews-urged-to-leave-kiev-as-yanukovich-is-ousted-by-parliament
Tradução: Roberto Lucena
Pra quem quiser ler mais, não foi possível traduzir e o post acabaria com excesso de informação, segue os links:
'Estarei combatendo judeus e russos até eu morrer': militantes da extrema-direita ucraniana visando o poder (RT, edição em inglês)
Ucrânia: Agência Judaica envia fundos para garantir segurança dos judeus no país (Expresso, Portugal)
Jewish Agency to send emergency aid to Ukraine’s Jews (Times of Israel)
Jewish Agency offering emergency help to Ukraine Jews (JTA)
Ucrânia: não faça de bode expiatório seus judeus e muçulmanos (Jewish Daily Forward)
Na crise da Ucrânia, não esqueçam da segurança das minorias judaica e muçulmana (Huffington Post)
Israeli agency sends funds to aid Ukrainian Jews' security (Yahoo!)
Primeira consequência da mudança política naquele país do leste europeu pode ser lida abaixo. Brincam com fogo, como comentei antes, brincam achando que controlam um bando de fanáticos pra tirar proveito político disso, tal qual fizeram em outras ocasiões e as consequências foram desastrosas.
Pior ainda é o destaque do governo alemão neste episódio pois é o país líder da União Europeia e não dá pra se esconder sob o manto da UE. Angela Merkel e outros líderes europeus terão o desplante de visitar memoriais do Holocausto falando que "não toleram nazismo" depois de apoiarem um grupo fascista a derrubar presidente eleito em um país? Um dos fatos mais graves desde a segunda guerra mundial.
Barack Obama, primeiro presidente negro dos EUA, do Partido Democrata (o partido mais bélico dos EUA), é um dos responsáveis políticos pela ajuda dada a um grupo nazifascista para derrubar um governo eleito na Ucrânia visando o conflito (reedição mal-ajambrada da guerra fria) com a Rússia. Nem W. Bush conseguiria tal "proeza".
O engraçado é ler de um bando de "revis" idiotas (pleonasmo) do país, dizendo que o governo alemão é "sionista" e mais neuroses deles rotulando tudo de "sionista" porque veem judeus em todo canto por conta do antissemitismo psicótico e não conseguem entender nada do que se passa ao redor porque só visualizam o mundo através de "crenças", superstições e preconceitos (a muleta dos idiotas).
Mais ridículo ainda será ver a crise do "lado eurasiano" dessa extrema-direita do Brasil, que idolatra o Putin e seguem ideologicamente um "Rasputin" de extrema-direita/fascista, Aleksandr Dugin, "líder" do grupo neonazi russo Nazbol (uma alegoria com o termo "bolchevique", sendo na prática outro grupo neonazi misturando termos pra tentar se dissociar da imagem do nazismo), sem saberem que posição tomar sobre a crise na Ucrânia, pois os fascistas da Ucrânia odeiam russos e o governo russo (ídolos deles), tendo ligações com os nazistas na segunda guerra que tinham política de extermínio de eslavos. O Dugin merece até um post à parte com a "Third Position" dessa patota (isso é fascismo por outro nome).
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Pedem que Judeus ucranianos deixem Kiev depois que Yanukovych foi deposto pelo Parlamento
Judeus ucranianos foram instados a deixar Kiev, e se possível a Ucrânia, pouco antes de o Parlamento do país votar para derrubar o presidente Viktor Yanukovich do poder.
Crédito: Wikimedia Commons. |
Na sexta-feira, o rabino ucraniano Moshe Reuven Azman pediu que os judeus de Kiev deixassem a cidade e, se possível, o país, devido a temores de que os judeus possam se tornar alvo no caos em curso. Informou a Israel National News na sexta-feira que algumas lojas judaicas foram vandalizadas.
"Eu disse a minha congregação para deixar o centro da cidade ou a cidade todos juntos e, se possível, o país também ... Eu não quero abusar da sorte ... mas há avisos constantes a respeito das intenções de atacar instituições judaicas:" disse Rabi Azman ao Maariv .
Os manifestantes primeiro inundaram a Praça da Independência de Kiev, conhecido como "Maidan", em novembro de 2013 para protestar contra a decisão de Yanukovych para congelar planos de entrar em um acordo de livre comércio com a União Europeia. Em vez disso, Yanukovych apontou uma intenção de se juntar à União Aduaneira da Eurásia, uma união econômica idealizada pelo presidente russo, Vladimir Putin, que é visto como um precursor de uma União Eurasiática de países do Leste Europeu e do Cáucaso.
Até segunda-feira, a oposição e o governo ucraniano pareciam estar trabalhando em direção a um acordo, mas o negócio caiu completamente. Na terça-feira, manifestantes e forças do governo se enfrentaram violentamente novamente, levando a muitas baixas em ambos os lados do conflito na semana passada.
"Contactamos o ministro (israelense) das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, solicitando que ele nos ajude com a segurança da comunidade", disse Edward Dolinsky, chefe da organização de apoio de judeus da Ucrânia.
Fonte: JNS.org
Título original: Ukrainian Jews urged to leave Kiev as Yanukovych is ousted by Parliament
http://www.jns.org/news-briefs/2014/2/22/ukrainian-jews-urged-to-leave-kiev-as-yanukovich-is-ousted-by-parliament
Tradução: Roberto Lucena
Pra quem quiser ler mais, não foi possível traduzir e o post acabaria com excesso de informação, segue os links:
'Estarei combatendo judeus e russos até eu morrer': militantes da extrema-direita ucraniana visando o poder (RT, edição em inglês)
Ucrânia: Agência Judaica envia fundos para garantir segurança dos judeus no país (Expresso, Portugal)
Jewish Agency to send emergency aid to Ukraine’s Jews (Times of Israel)
Jewish Agency offering emergency help to Ukraine Jews (JTA)
Ucrânia: não faça de bode expiatório seus judeus e muçulmanos (Jewish Daily Forward)
Na crise da Ucrânia, não esqueçam da segurança das minorias judaica e muçulmana (Huffington Post)
Israeli agency sends funds to aid Ukrainian Jews' security (Yahoo!)
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Aleksandr Dugin,
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antissemitismo,
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Extrema-Direita,
Fascismo,
França,
François Hollande,
Leste Europeu,
Merkel,
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Nazismo,
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quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Manifestações na Grécia em clima de tensão após assassinato neonazista
Publicação: 18/09/2013 14:07 Atualização:
Cerca de 20.000 funcionários públicos em greve participaram em passeatas nesta quarta-feira em todo o país contra os planos do governo de reestruturar a função pública, em um clima de tensão após o assassinato de um rapper antifascista por um neonazista.
Segundo a polícia, 10.000 pessoas manifestaram em Atenas e 7.000 em Salônica, segunda maior cidade do país.
Na capital, a maioria dos manifestantes eram professores e funcionários da saúde. A passeata aconteceu durante a tarde no centro da cidade.
"Não à destruição do Estado social", gritavam os manifestantes.
Esta greve de 48 horas, que recebeu a adesão de trabalhadores de diferentes setores, teve início na segunda-feira.
O descontentamento social voltou a surgir na Grécia após o anúncio do governo, pressionado pelos credores (UE-BCE-FMI), de que demitirá 4.000 funcionários e colocará outros 25.000 "em disponibilidade" até o final do ano.
"A luta vai continuar para pôr fim à pobreza, a miséria, o desemprego, a austeridade, a chantagem e as demissões no (setor) privado e no público (...) e as políticas bárbaras de austeridade", afirmou a central do setor privado GSEE.
As manifestações acontecem em um clima de tensão após a morte na terça-feira à noite de um homem de 34 anos, militante de uma organização de extrema-esquerda, que foi esfaqueado por um integrante do partido neonazista Amanhecer Dourado.
O suspeito, detido com uma faca, admitiu o homicídio e reconheceu pertencer a um partido político. A polícia informou que se trata do partido neonazista Amanhecer Dourado.
A vítima, Pavlos Fyssas, faleceu no hospital, onde foi internada em estado grave, depois de uma briga por volta da meia-noite no bairro de periferia de Keratsini, ao oeste de Atenas. Ele era rapper e integrava um pequeno partido de extrema-esquerda, Antarsia.
O porta-voz do governo, Simos Kedikoglou, denunciou o ato, assim como os principais partidos políticos, enquanto o Amanhecer Dourado negou envolvimento no crime e denunciou uma "exploração política" do caso.
"Se o governo grego e o primeiro-ministro Antonis Samaras não forem capazes de reprimir a conduta hedionda do Amanhecer Dourado, teremos uma presidência (da União Europeia) inaceitável", alertou o presidente do grupo socialista no Parlamento Europeu, Hannes Swoboda, evocando a rotação da presidência da UE em janeiro.
"Nós manifestamos em massa contra as políticas de austeridade, mas também devemos enfrentar os fascistas e o Amanhecer Dourado, que são manipulados pelo regime para quebrar toda a resistência dos cidadãos", considerou Panayiotis Mouzios, presidente do sindicado de engenheiros do serviço público.
Várias organizações de defesa dos direitos Humanos, antirracistas e de esquerda convocaram "uma manifestação antifascista" em Keratsini para esta noite
Para esses militantes, a responsabilidade pelo crescimento do Amanhecer Dourado deve-se ao governo do primeiro-ministro conservador Antonis Samaras e "das ações da polícia contra os imigrantes".
Devido às políticas de austeridade e à explosão do desemprego desde o início da crise em 2010, o Amanhecer Dourado, que possui 18 dos 300 assentos no Parlamento, está em ascensão.
Sobre o Amanhecer Dourado pesa a suspeita de ter organizado ataques contra imigrantes, o que o partido nega, e vários de seus deputados são acusados de violência.
Fonte: AFP - Agence France-Presse/Diário de Pernambuco
http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/mundo/2013/09/18/interna_mundo,462957/manifestacoes-na-grecia-em-clima-de-tensao-apos-assassinato-neonazista.shtml
Professores gritam palavras de ordem em Tessalônica, em um protesto de funcionários públicos gregos. Foto: Sakis Mitrolidis/AFP Photo |
Segundo a polícia, 10.000 pessoas manifestaram em Atenas e 7.000 em Salônica, segunda maior cidade do país.
Na capital, a maioria dos manifestantes eram professores e funcionários da saúde. A passeata aconteceu durante a tarde no centro da cidade.
"Não à destruição do Estado social", gritavam os manifestantes.
Esta greve de 48 horas, que recebeu a adesão de trabalhadores de diferentes setores, teve início na segunda-feira.
O descontentamento social voltou a surgir na Grécia após o anúncio do governo, pressionado pelos credores (UE-BCE-FMI), de que demitirá 4.000 funcionários e colocará outros 25.000 "em disponibilidade" até o final do ano.
"A luta vai continuar para pôr fim à pobreza, a miséria, o desemprego, a austeridade, a chantagem e as demissões no (setor) privado e no público (...) e as políticas bárbaras de austeridade", afirmou a central do setor privado GSEE.
As manifestações acontecem em um clima de tensão após a morte na terça-feira à noite de um homem de 34 anos, militante de uma organização de extrema-esquerda, que foi esfaqueado por um integrante do partido neonazista Amanhecer Dourado.
O suspeito, detido com uma faca, admitiu o homicídio e reconheceu pertencer a um partido político. A polícia informou que se trata do partido neonazista Amanhecer Dourado.
A vítima, Pavlos Fyssas, faleceu no hospital, onde foi internada em estado grave, depois de uma briga por volta da meia-noite no bairro de periferia de Keratsini, ao oeste de Atenas. Ele era rapper e integrava um pequeno partido de extrema-esquerda, Antarsia.
O porta-voz do governo, Simos Kedikoglou, denunciou o ato, assim como os principais partidos políticos, enquanto o Amanhecer Dourado negou envolvimento no crime e denunciou uma "exploração política" do caso.
"Se o governo grego e o primeiro-ministro Antonis Samaras não forem capazes de reprimir a conduta hedionda do Amanhecer Dourado, teremos uma presidência (da União Europeia) inaceitável", alertou o presidente do grupo socialista no Parlamento Europeu, Hannes Swoboda, evocando a rotação da presidência da UE em janeiro.
"Nós manifestamos em massa contra as políticas de austeridade, mas também devemos enfrentar os fascistas e o Amanhecer Dourado, que são manipulados pelo regime para quebrar toda a resistência dos cidadãos", considerou Panayiotis Mouzios, presidente do sindicado de engenheiros do serviço público.
Várias organizações de defesa dos direitos Humanos, antirracistas e de esquerda convocaram "uma manifestação antifascista" em Keratsini para esta noite
Para esses militantes, a responsabilidade pelo crescimento do Amanhecer Dourado deve-se ao governo do primeiro-ministro conservador Antonis Samaras e "das ações da polícia contra os imigrantes".
Devido às políticas de austeridade e à explosão do desemprego desde o início da crise em 2010, o Amanhecer Dourado, que possui 18 dos 300 assentos no Parlamento, está em ascensão.
Sobre o Amanhecer Dourado pesa a suspeita de ter organizado ataques contra imigrantes, o que o partido nega, e vários de seus deputados são acusados de violência.
Fonte: AFP - Agence France-Presse/Diário de Pernambuco
http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/mundo/2013/09/18/interna_mundo,462957/manifestacoes-na-grecia-em-clima-de-tensao-apos-assassinato-neonazista.shtml
Ativista é assassinado por militante de partido neonazista na Grécia
Um rapper e ativista de esquerda foi assassinado nesta madrugada por um neonazista do grupo Amanhecer Dourado, que conta com 18 cadeiras no Parlamento, no Pireu, município vizinho a Atenas (Grécia).
O crime causou consternação no país em um momento de alta tensão social e em plena jornada de greves. A polícia realizou revistas nos gabinetes da legenda. Todos os partidos políticos condenaram o assassinado e pediram medidas contra a formação neonazista.
A vítima, Pavlos Fryssas, um conhecido cantor de hip-hop de 34 anos, estava com amigos em uma cafeteria após terem assistido o jogo entre o Olympiacos e o Paris Saint Germain pela Liga dos Campeões.
Segundo a imprensa grega, a disputa começou com uma discussão sobre futebol mas derivou para temas políticos.
O autor do ataque pegou uma faca e golpeou a vítima no tórax. Segundo a polícia, o ativista morreu pouco depois no hospital.
Este "assassinato selvagem demonstra a personalidade e os objetivos do partido neonazista", declarou o ministro grego de Ordem Pública, Nikos Dendias.
O ministro afirmou que nos próximos dias haverá uma iniciativa legislativa para revisar os artigos 185 e 191 do Código Penal grego, que descrevem o que se entende legalmente por "organização criminosa" e por "grupo armado" e pediu a colaboração de "todas as forças democráticas" e de "todos os cidadãos".
O líder da oposição, o presidente do partido de esquerda Syriza, Alexis Tsipras, pediu calma perante possíveis reações de grupos de esquerda e disse que o primordial é uma "mobilização democrática" e não cair em provocações de grupos que querem desestabilizar o Estado.
"O Amanhecer Dourado deve ser tratado como o que é, um grupo criminoso", afirmou em comunicado o partido social-democrata Pasok, sócio de governo do primeiro-ministro, o conservador Antonis Samaras.
O autor do crime pertencia, segundo testemunhos de vários moradores, dos "camisas negras", um grupo de militantes do Amanhecer Dourado acusado de centenas de agressões, especialmente contra imigrantes, depois do êxito do partido neonazista nas eleições do ano passado.
Na semana passada, um grupo de 50 "camisetas negras" agrediu militantes do Partido Comunista em Perama, bairro próximo lugar do assassinato desta madrugada, e nove pessoas ficaram feridas.
Os autores das agressões não foram detidos e grupos de defesa dos direitos humanos criticaram a polícia por sua falta de interesse em investigar a atividade dos "camisas negras".
O Amanhecer Dourado classificou de "calúnias" todas as acusações contra o grupo.
Fonte: EFE/Terra
http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/ativista-e-assassinado-por-militante-de-partido-neonazista-na-grecia,e36f555f66d21410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html
O crime causou consternação no país em um momento de alta tensão social e em plena jornada de greves. A polícia realizou revistas nos gabinetes da legenda. Todos os partidos políticos condenaram o assassinado e pediram medidas contra a formação neonazista.
A vítima, Pavlos Fryssas, um conhecido cantor de hip-hop de 34 anos, estava com amigos em uma cafeteria após terem assistido o jogo entre o Olympiacos e o Paris Saint Germain pela Liga dos Campeões.
Segundo a imprensa grega, a disputa começou com uma discussão sobre futebol mas derivou para temas políticos.
O autor do ataque pegou uma faca e golpeou a vítima no tórax. Segundo a polícia, o ativista morreu pouco depois no hospital.
Este "assassinato selvagem demonstra a personalidade e os objetivos do partido neonazista", declarou o ministro grego de Ordem Pública, Nikos Dendias.
O ministro afirmou que nos próximos dias haverá uma iniciativa legislativa para revisar os artigos 185 e 191 do Código Penal grego, que descrevem o que se entende legalmente por "organização criminosa" e por "grupo armado" e pediu a colaboração de "todas as forças democráticas" e de "todos os cidadãos".
O líder da oposição, o presidente do partido de esquerda Syriza, Alexis Tsipras, pediu calma perante possíveis reações de grupos de esquerda e disse que o primordial é uma "mobilização democrática" e não cair em provocações de grupos que querem desestabilizar o Estado.
"O Amanhecer Dourado deve ser tratado como o que é, um grupo criminoso", afirmou em comunicado o partido social-democrata Pasok, sócio de governo do primeiro-ministro, o conservador Antonis Samaras.
O autor do crime pertencia, segundo testemunhos de vários moradores, dos "camisas negras", um grupo de militantes do Amanhecer Dourado acusado de centenas de agressões, especialmente contra imigrantes, depois do êxito do partido neonazista nas eleições do ano passado.
Na semana passada, um grupo de 50 "camisetas negras" agrediu militantes do Partido Comunista em Perama, bairro próximo lugar do assassinato desta madrugada, e nove pessoas ficaram feridas.
Os autores das agressões não foram detidos e grupos de defesa dos direitos humanos criticaram a polícia por sua falta de interesse em investigar a atividade dos "camisas negras".
O Amanhecer Dourado classificou de "calúnias" todas as acusações contra o grupo.
Fonte: EFE/Terra
http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/ativista-e-assassinado-por-militante-de-partido-neonazista-na-grecia,e36f555f66d21410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html
terça-feira, 26 de março de 2013
Jornal El País retira artigo on-line que compara Merkel a Hitler
O jornal espanhol El País retirou neste domingo de seu site uma artigo bastante crítico em relação à Alemanha, no qual a chanceler Angela Merkel era comparada a Adolf Hitler, o que provocou reações indignadas de alguns de seus leitores.
Na coluna publicada na edição regional andaluza de El País em seu site, Juan Torres López, professor de Economia da Universidade de Sevilha, escreveu que "Angela Merkel, como Hitler, declarou guerra ao resto do continente para garantir seu espaço econômico vital".
Angela Merkel "nos castiga para proteger suas grandes empresas e bancos e também para ocultar ante seu eleitorado a vergonha de um modelo que fez com que o nível de pobreza em seu país seja o mais alto dos últimos 20 anos, em que 25% de seus empregados ganhem menos de 9,15 euros/hora, ou que à metade de sua população corresponda um miserável 1% de toda a riqueza nacional", acrescentou Torres López.
"El País retirou de seu site o artigo 'Alemanha contra a Europa', assinado por Juan Torres López e publicado em sua edição na Andaluzia, porque continha afirmações que este jornal considera inapropriadas. El País lamenta que um erro na supervisão tenha permitido a publicação do citado material. As opiniões expressadas por Torres López só representam o autor", afirmou o jornal, em um comunicado.
Além de irritar alguns leitores pelo desrespeito para com Merkel, a coluna também provocou reações de outros internautas, que consideraram a retirada do artigo on-line um gesto de censura.
Fonte: AFP/Terra
http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/jornal-el-pais-retira-artigo-on-line-que-compara-merkel-a-hitler,57749c16d839d310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html
Ver mais:
Comparação de Merkel a Hitler leva "El País" a retirar artigo de opinião (Expresso, Portugal)
Merkel igual a Hitler? Estalou o verniz entre Espanha e Alemanha (tvi24, Portugal)
Na coluna publicada na edição regional andaluza de El País em seu site, Juan Torres López, professor de Economia da Universidade de Sevilha, escreveu que "Angela Merkel, como Hitler, declarou guerra ao resto do continente para garantir seu espaço econômico vital".
Angela Merkel "nos castiga para proteger suas grandes empresas e bancos e também para ocultar ante seu eleitorado a vergonha de um modelo que fez com que o nível de pobreza em seu país seja o mais alto dos últimos 20 anos, em que 25% de seus empregados ganhem menos de 9,15 euros/hora, ou que à metade de sua população corresponda um miserável 1% de toda a riqueza nacional", acrescentou Torres López.
"El País retirou de seu site o artigo 'Alemanha contra a Europa', assinado por Juan Torres López e publicado em sua edição na Andaluzia, porque continha afirmações que este jornal considera inapropriadas. El País lamenta que um erro na supervisão tenha permitido a publicação do citado material. As opiniões expressadas por Torres López só representam o autor", afirmou o jornal, em um comunicado.
Além de irritar alguns leitores pelo desrespeito para com Merkel, a coluna também provocou reações de outros internautas, que consideraram a retirada do artigo on-line um gesto de censura.
Fonte: AFP/Terra
http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/jornal-el-pais-retira-artigo-on-line-que-compara-merkel-a-hitler,57749c16d839d310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html
Ver mais:
Comparação de Merkel a Hitler leva "El País" a retirar artigo de opinião (Expresso, Portugal)
Merkel igual a Hitler? Estalou o verniz entre Espanha e Alemanha (tvi24, Portugal)
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Alemanha lembra os 80 anos da chegada de Hitler ao poder
A exposição "Berlim 1933- O caminho para ditadura" em cartaz no centro de documentação "Topografia do Terror".
kulturprojekte-berlin.de
RFI
Berlim marca hoje com uma série de eventos os 80 anos da chegada de Hitler ao poder. Na abertura de uma das 120 exposições que serão realizadas durante todo o ano, a chanceler alemã Angela Merkel ressaltou “a responsabilidade permanente da Alemanha pelos crimes nazistas”.
Com a colaboração de Marcio Damasceno, correspondente da RFI em Berlim
A chanceler alemã, Angela Merkel, inaugurou nesta quarta-feira, a exibição, chamada "Berlim 1933 – O caminho para a ditadura", retrata os últimos dias da República de Weimar e os seis primeiros meses do governo de Hitler, quando o país foi transformado rapidamente de uma democracia frágil em uma ditadura.
A mostra traz cerca de 100 fotos e documentos de época, exibidos no centro de documentação "Topografia do Terror", localizado no centro da capital alemã, onde funcionava o quartel general da polícia secreta de Hitler, a Gestapo. A exibição recorda também de 36 cidadãos que foram vítimas da violência dos nazistas nas semanas seguintes à nomeação de Hitler como chefe de governo.
A mostra será apenas uma de uma série de 120 exposições e eventos realizados durante este ano em museus, galerias e teatros da capital alemã em recordação aos 80 anos da nomeação de Hitler como chanceler alemão e à ascensão dos nazistas ao poder.
Outra exposição importante que faz parte da programação deste ano será aberta nesta quinta-feira no Museu de História Alemã, com o nome "Diversidade destruída. Berlim 1933-1938". Esta exibição se dedica às transformações que atingiram a vida capital alemã sob o regime totalitário nazista. Berlim era até então o centro da vida judia na Alemanha, abrigando mais de 160 mil judeus, uma diversidade cultural que foi destruída.
Fonte: RFI
http://www.portugues.rfi.fr/europa/20130130-alemanha-lembra-os-80-anos-da-chegada-de-hitler-ao-poder
kulturprojekte-berlin.de
RFI
Berlim marca hoje com uma série de eventos os 80 anos da chegada de Hitler ao poder. Na abertura de uma das 120 exposições que serão realizadas durante todo o ano, a chanceler alemã Angela Merkel ressaltou “a responsabilidade permanente da Alemanha pelos crimes nazistas”.
Com a colaboração de Marcio Damasceno, correspondente da RFI em Berlim
A chanceler alemã, Angela Merkel, inaugurou nesta quarta-feira, a exibição, chamada "Berlim 1933 – O caminho para a ditadura", retrata os últimos dias da República de Weimar e os seis primeiros meses do governo de Hitler, quando o país foi transformado rapidamente de uma democracia frágil em uma ditadura.
A mostra traz cerca de 100 fotos e documentos de época, exibidos no centro de documentação "Topografia do Terror", localizado no centro da capital alemã, onde funcionava o quartel general da polícia secreta de Hitler, a Gestapo. A exibição recorda também de 36 cidadãos que foram vítimas da violência dos nazistas nas semanas seguintes à nomeação de Hitler como chefe de governo.
A mostra será apenas uma de uma série de 120 exposições e eventos realizados durante este ano em museus, galerias e teatros da capital alemã em recordação aos 80 anos da nomeação de Hitler como chanceler alemão e à ascensão dos nazistas ao poder.
Outra exposição importante que faz parte da programação deste ano será aberta nesta quinta-feira no Museu de História Alemã, com o nome "Diversidade destruída. Berlim 1933-1938". Esta exibição se dedica às transformações que atingiram a vida capital alemã sob o regime totalitário nazista. Berlim era até então o centro da vida judia na Alemanha, abrigando mais de 160 mil judeus, uma diversidade cultural que foi destruída.
Fonte: RFI
http://www.portugues.rfi.fr/europa/20130130-alemanha-lembra-os-80-anos-da-chegada-de-hitler-ao-poder
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Memoriais e falta de ação concreta para combater o extremismo xenófobo
O título dessa matéria da DW me chamou atenção: "Pode um memorial acabar com o preconceito contra os sinti e roma?"
Eu acredito que não, mas considero que é um reconhecimento do que houve contra os ciganos (Roma e Sinti) na Segunda Guerra.
Mas o título remonta algo que me chama atenção faz tempo: há uma "explosão" de memoriais (não é algo em tese negativo) mas o combate efetivo a grupos que disseminam ideologias de ódio como o nazismo não segue esse ritmo, pelo contrário, é algo muitas vezes negligenciado e que se tem impressão muitas vezes de ocorrer uma vista grossa com esses bandos de extrema-direita.
Além do problema do enfoque demasiado desses Memoriais à Segunda Guerra quando o presente é negligenciado, não se discute de forma mais contundente a atuação dos grupos de extrema-direita quando já há um histórico considerável da atuação desses bandos no pós-Segunda Guerra até o presente.
Esses bandos não começaram a fazer negação do Holocausto e apologia do nazismo/fascismo há uma semana e sim há várias décadas (pros que acham que o negacionismo é algo novo).
Até que ponto um memorial "conscientiza" alguém a ser uma "pessoa melhor"? Pra quem crê nisso eu sugiro ver o caso grego. Link1 Link2
O que alimenta esse crescimento do partido neonazi grego? Miséria, caos social, crise econômica, intransigência de orgãos supranacionais (Banco Central europeu, pacote de austeridade fiscal ignorando os efeitos da crise social e política). A combinação clássica que cataputou o partido de Hitler ao poder na Alemanha na década de 30 do século passado. Em crises profundas e caos o povo tende a se refugiar no ultranacionalismo xenófobo pregado por esses grupos/partidos. Daí que se tira a conclusão, pelo menos minha, de ceticismo em relação ao "efeito" que esses Memoriais possam ter se não há nenhum projeto educacional de longo prazo pra população e projeto de inclusão dessas minorias, fora outros problemas de ordem moral e política como os conflitos do Oriente Médio.
No livro Hitler de Joachim Fest ele lança a teoria (a qual concordo com ele) sobre as razões para o crescimento do nazismo na Alemanha e ascensão de Hitler ao poder, não foi o antissemitismo que levou Hitler ao poder máximo na Alemanha como muita gente crê e sim o discurso nacionalista, o sentimento de vingança (provocado pelo excesso do Tratado de Versailhes) e a crise social e econômica pela qual passou aquela população na época, algo parecido com o que a Grécia passa hoje, seguida de Espanha e Portugal.
Situação na Espanha: NYT diz que Espanha tranca o lixo por conta da fome da população
Mais da crise na Grécia: Pais abandonam os próprios filhos na Grécia
Achei por bem lançar essa opinião já que as matérias de jornais/revistas por si só geralmente não têm caráter opinativo, ou são muito brandas pro meu gosto, e uma vez que não dá pra ficar passivo diante do que ocorre. Também porque muitas matérias da mídia meio que colocam uma viseira nessa questão econômica e de crise social nos países que abrem espaço pros partidos de extrema-direita chegarem ao poder, e depois se perguntam "chocados"(de forma cínica) como a coisa eclode, como os "Hitlers" chegam ao poder.
Eu acredito que não, mas considero que é um reconhecimento do que houve contra os ciganos (Roma e Sinti) na Segunda Guerra.
Mas o título remonta algo que me chama atenção faz tempo: há uma "explosão" de memoriais (não é algo em tese negativo) mas o combate efetivo a grupos que disseminam ideologias de ódio como o nazismo não segue esse ritmo, pelo contrário, é algo muitas vezes negligenciado e que se tem impressão muitas vezes de ocorrer uma vista grossa com esses bandos de extrema-direita.
Além do problema do enfoque demasiado desses Memoriais à Segunda Guerra quando o presente é negligenciado, não se discute de forma mais contundente a atuação dos grupos de extrema-direita quando já há um histórico considerável da atuação desses bandos no pós-Segunda Guerra até o presente.
Esses bandos não começaram a fazer negação do Holocausto e apologia do nazismo/fascismo há uma semana e sim há várias décadas (pros que acham que o negacionismo é algo novo).
Até que ponto um memorial "conscientiza" alguém a ser uma "pessoa melhor"? Pra quem crê nisso eu sugiro ver o caso grego. Link1 Link2
"Em algumas sondagens divulgadas na passada semana, o partido era o terceiro colocado nas intenções de voto, apenas atrás do par que sustenta a coligação no governo – os socialistas do PASOK e os conservadores da Nova Democracia (ND)." Link3Na Grécia o partido neonazi (extrema-direita) é a terceira força política oriunda do caos político e econõmico que assola aquele país, com o pacote de "austeridade" da UE através do governo de Ângela Merkel.
O que alimenta esse crescimento do partido neonazi grego? Miséria, caos social, crise econômica, intransigência de orgãos supranacionais (Banco Central europeu, pacote de austeridade fiscal ignorando os efeitos da crise social e política). A combinação clássica que cataputou o partido de Hitler ao poder na Alemanha na década de 30 do século passado. Em crises profundas e caos o povo tende a se refugiar no ultranacionalismo xenófobo pregado por esses grupos/partidos. Daí que se tira a conclusão, pelo menos minha, de ceticismo em relação ao "efeito" que esses Memoriais possam ter se não há nenhum projeto educacional de longo prazo pra população e projeto de inclusão dessas minorias, fora outros problemas de ordem moral e política como os conflitos do Oriente Médio.
No livro Hitler de Joachim Fest ele lança a teoria (a qual concordo com ele) sobre as razões para o crescimento do nazismo na Alemanha e ascensão de Hitler ao poder, não foi o antissemitismo que levou Hitler ao poder máximo na Alemanha como muita gente crê e sim o discurso nacionalista, o sentimento de vingança (provocado pelo excesso do Tratado de Versailhes) e a crise social e econômica pela qual passou aquela população na época, algo parecido com o que a Grécia passa hoje, seguida de Espanha e Portugal.
Situação na Espanha: NYT diz que Espanha tranca o lixo por conta da fome da população
Mais da crise na Grécia: Pais abandonam os próprios filhos na Grécia
Achei por bem lançar essa opinião já que as matérias de jornais/revistas por si só geralmente não têm caráter opinativo, ou são muito brandas pro meu gosto, e uma vez que não dá pra ficar passivo diante do que ocorre. Também porque muitas matérias da mídia meio que colocam uma viseira nessa questão econômica e de crise social nos países que abrem espaço pros partidos de extrema-direita chegarem ao poder, e depois se perguntam "chocados"(de forma cínica) como a coisa eclode, como os "Hitlers" chegam ao poder.
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sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Pode um memorial acabar com o preconceito contra os sinti e roma?
Durante décadas os sinti e roma alemães lutaram por um memorial, por terem sido vítimas de um genocídio e por serem discriminados até hoje em várias regiões da Europa. Agora ele foi inaugurado em Berlim.
"O trágico no fato de o memorial ser inaugurado hoje é que muitos dos sobreviventes não podem mais vivenciar esse reconhecimento", declarou Silvio Peritore, membro da direção do Conselho Central dos Sinti e Roma da Alemanha.
O Estado alemão levou muito tempo para reconhecer o genocídio dos sinti e roma – para muitos, tempo demais. Por exemplo para Franz Rosenbach. Ele foi obrigado a prestar trabalhos forçados, sobreviveu a Auschwitz e foi a escolas alemãs relatar tudo o que viveu. Ele foi um dos maiores defensores do memorial. Há poucos dias, Rosenbach faleceu, aos 85 anos.
Uma exposição em Heidelberg retrata o genocídio dos sinti e roma no período nazista. Ela foi inaugurada em 1997. Um ano depois, Peritore passou a fazer parte do grupo do centro cultural e de documentação. "Em muitos memoriais, o genocídio dos sinti e roma era apenas uma nota de rodapé na história do Holocausto judeu, porque, durante décadas, pesquisadores em parte esqueceram esse tema, em parte o ignoraram conscientemente", afirma.
Não se trata de opor o número de vítimas: seis milhões de judeus europeus contra 500 mil sinti e roma, argumenta. "O que um memorial representa? O reconhecimento das vítimas, a responsabilidade para com a história que resultou do Holocausto."
Aparentemente, os sinti e roma são, até hoje, uma minoria indesejada. Por isso, o reconhecimento de que foram vítimas, a memória do genocídio foi por muito tempo recusada para eles. Ao menos essa é a impressão que pessoas como Franz Rosenbach têm. "As pessoas se perguntam: por que eles não querem isso?" Eles são os outros, o que inclui a maioria da sociedade alemã.
Preconceito e exclusão seculares
Cerca de 15 mil pessoas por ano visitam a exposição sobre o genocídio dos sinti e roma alemães em Heidelberg: turmas de escolas, universitários e também policiais, que na sua profissão têm de lidar com os "ciganos", frequentemente tachados de criminosos. Como diz Armin Ulm, pesquisador no centro de documentação, esses clichês existem há séculos.
"Esse é um fenômeno que existe na Europa desde a chegada dos sinti e roma, nos séculos 14 e 15. Havia também atribuições positivas, como o clichê romântico representado na figura de Carmen (a 'cigana' apaixonada da ópera de Georg Bizet), mas a maioria são atribuições negativas: o 'cigano' ladrão, a 'cigana' que lê a mão."
Essas ideias se perpetuaram com o passar do tempo. A expressão 'cigano' pode ser encontrada já nas crônicas da Idade Média: "A palavra aparece, por exemplo, na crônica da cidade de Hildesheim." Em diversos documentos é possível encontrar diferentes formas de escrita, porém não é claro sobre quem se está falando, pois nem os sinti nem os roma se descreviam como ciganos. A maioria rejeita esse termo por considerá-lo discriminatório.
"Como é possível que a tradição dos clichês "ciganos" se perpetue até hoje numa sociedade esclarecida?", pergunta Peritore. A pergunta não é retórica. Há 12 milhões de sinti e roma vivendo na Europa, e em muitos países eles continuam sendo excluídos, também em países da União Europeia.
"Em países como Hungria, Romênia, República Tcheca e Eslováquia, os sinti e roma são privados de direitos humanos elementares. Eles não possuem o mesmo direito de acesso a fatores essenciais para a vida, como emprego, serviço de saúde pública e moradia digna", diz Peritore.
Membros da etnia sinti e roma são discriminados, criminalizados e estilizados com inimigos em muitos países do sul e do centro da Europa. Em vez de investimentos em infraestrutura, o que tornaria a vida dos sinti e roma mais fácil em suas terras natais, o dinheiro da União Europeia some por caminhos obscuros, denuncia Peritore.
Ele não economiza críticas aos políticos e à sociedade da Europa Ocidental. "Se ouvimos falar aqui na Alemanha sobre o 'problema dos roma', então trata-se de pessoas que vêm para cá procurando uma vida mais segura e melhores oportunidades de emprego. Essa é um desejo legítimo." Mas também aqui ele são considerados um risco para a segurança e frequentemente criminalizados, como aconteceu na França em 2010, quando o então presidente Nicolas Sarkozy afrontou a lei francesa e europeia e deportou os sinti e roma.
Peritore denuncia também a prática alemã de deportar sinti e roma de volta para o Kosovo, mesmo que lá eles corram o risco de ser perseguidos e na Alemanha já tenha há muito se integrado na sociedade. Onde os sinti e roma tiveram chances iguais, argumenta, seguiram os mesmos caminhos que seguem os outros integrantes da sociedade.
"Isso contradiz principalmente as afirmações generalizadas daqueles que são contra os sinti e roma e dizem que de nada adiantam todos os programas e projetos, pois supostamente eles são contrários à cultura desses povos. Isso mostra que essas afirmações são mentiras, pois podemos ver que é possível quando as pessoas recebem chances iguais e justas."
Um memorial em Berlim
A exposição sobre o genocídio dos sinti e roma mostra também fotos de sinti e roma alemães antes de 1933. São cenas da vida familiar, bons civis, quase caretas. Elas mostram que essas pessoas faziam parte da sociedade. Isso não as salvou da perseguição e da morte.
"Pesquisadores sérios já mostraram há muito tempo que houve um segundo Holocausto: eram as mesmas motivações político-raciais, o mesmo aparelho criminoso, os mesmos métodos de extermínio nos mesmos locais, executados de forma sistemática e eficiente." Contudo, somente o chanceler federal alemão Helmut Schmidt reconheceu esse fato, em 1982.
Após a decisão parlamentar de que não haveria um memorial único para todas as vítimas do Holocausto, o Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão) autorizou em 1992 a construção de um memorial para os sinti e roma. O que se seguiu foi uma longa discussão: governo, historiadores e também os representantes dos sinti e roma não conseguiram chegar a um acordo sobre os detalhes.
Para o Conselho Central dos Sinti e Roma da Alemanha não se trata somente de um reconhecimento tardio, mas também de responsabilidade com o presente e o futuro, para evitar a discriminação e a exclusão. "Se for para aprender algo, então que seja isso. Mas talvez essa seja uma pretensão muito grande", diz Peritore, e na sua voz é possível reconhecer um tom de tristeza.
Autora: Birgit Görtz (cn)
Revisão: Alexandre Schossler
Fonte: Deutsche Welle (Alemanha)
http://www.dw.de/pode-um-memorial-acabar-com-o-preconceito-contra-os-sinti-e-roma/a-16328944
"O trágico no fato de o memorial ser inaugurado hoje é que muitos dos sobreviventes não podem mais vivenciar esse reconhecimento", declarou Silvio Peritore, membro da direção do Conselho Central dos Sinti e Roma da Alemanha.
O Estado alemão levou muito tempo para reconhecer o genocídio dos sinti e roma – para muitos, tempo demais. Por exemplo para Franz Rosenbach. Ele foi obrigado a prestar trabalhos forçados, sobreviveu a Auschwitz e foi a escolas alemãs relatar tudo o que viveu. Ele foi um dos maiores defensores do memorial. Há poucos dias, Rosenbach faleceu, aos 85 anos.
Uma exposição em Heidelberg retrata o genocídio dos sinti e roma no período nazista. Ela foi inaugurada em 1997. Um ano depois, Peritore passou a fazer parte do grupo do centro cultural e de documentação. "Em muitos memoriais, o genocídio dos sinti e roma era apenas uma nota de rodapé na história do Holocausto judeu, porque, durante décadas, pesquisadores em parte esqueceram esse tema, em parte o ignoraram conscientemente", afirma.
Não se trata de opor o número de vítimas: seis milhões de judeus europeus contra 500 mil sinti e roma, argumenta. "O que um memorial representa? O reconhecimento das vítimas, a responsabilidade para com a história que resultou do Holocausto."
Aparentemente, os sinti e roma são, até hoje, uma minoria indesejada. Por isso, o reconhecimento de que foram vítimas, a memória do genocídio foi por muito tempo recusada para eles. Ao menos essa é a impressão que pessoas como Franz Rosenbach têm. "As pessoas se perguntam: por que eles não querem isso?" Eles são os outros, o que inclui a maioria da sociedade alemã.
Preconceito e exclusão seculares
Família sinti e roma alemã |
"Esse é um fenômeno que existe na Europa desde a chegada dos sinti e roma, nos séculos 14 e 15. Havia também atribuições positivas, como o clichê romântico representado na figura de Carmen (a 'cigana' apaixonada da ópera de Georg Bizet), mas a maioria são atribuições negativas: o 'cigano' ladrão, a 'cigana' que lê a mão."
Essas ideias se perpetuaram com o passar do tempo. A expressão 'cigano' pode ser encontrada já nas crônicas da Idade Média: "A palavra aparece, por exemplo, na crônica da cidade de Hildesheim." Em diversos documentos é possível encontrar diferentes formas de escrita, porém não é claro sobre quem se está falando, pois nem os sinti nem os roma se descreviam como ciganos. A maioria rejeita esse termo por considerá-lo discriminatório.
"Como é possível que a tradição dos clichês "ciganos" se perpetue até hoje numa sociedade esclarecida?", pergunta Peritore. A pergunta não é retórica. Há 12 milhões de sinti e roma vivendo na Europa, e em muitos países eles continuam sendo excluídos, também em países da União Europeia.
"Em países como Hungria, Romênia, República Tcheca e Eslováquia, os sinti e roma são privados de direitos humanos elementares. Eles não possuem o mesmo direito de acesso a fatores essenciais para a vida, como emprego, serviço de saúde pública e moradia digna", diz Peritore.
Membros da etnia sinti e roma são discriminados, criminalizados e estilizados com inimigos em muitos países do sul e do centro da Europa. Em vez de investimentos em infraestrutura, o que tornaria a vida dos sinti e roma mais fácil em suas terras natais, o dinheiro da União Europeia some por caminhos obscuros, denuncia Peritore.
Deportação de sinti e roma em Colônia na época nazista |
Peritore denuncia também a prática alemã de deportar sinti e roma de volta para o Kosovo, mesmo que lá eles corram o risco de ser perseguidos e na Alemanha já tenha há muito se integrado na sociedade. Onde os sinti e roma tiveram chances iguais, argumenta, seguiram os mesmos caminhos que seguem os outros integrantes da sociedade.
"Isso contradiz principalmente as afirmações generalizadas daqueles que são contra os sinti e roma e dizem que de nada adiantam todos os programas e projetos, pois supostamente eles são contrários à cultura desses povos. Isso mostra que essas afirmações são mentiras, pois podemos ver que é possível quando as pessoas recebem chances iguais e justas."
Um memorial em Berlim
Estas duas meninas foram deportadas para a Polônia |
"Pesquisadores sérios já mostraram há muito tempo que houve um segundo Holocausto: eram as mesmas motivações político-raciais, o mesmo aparelho criminoso, os mesmos métodos de extermínio nos mesmos locais, executados de forma sistemática e eficiente." Contudo, somente o chanceler federal alemão Helmut Schmidt reconheceu esse fato, em 1982.
Após a decisão parlamentar de que não haveria um memorial único para todas as vítimas do Holocausto, o Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão) autorizou em 1992 a construção de um memorial para os sinti e roma. O que se seguiu foi uma longa discussão: governo, historiadores e também os representantes dos sinti e roma não conseguiram chegar a um acordo sobre os detalhes.
Para o Conselho Central dos Sinti e Roma da Alemanha não se trata somente de um reconhecimento tardio, mas também de responsabilidade com o presente e o futuro, para evitar a discriminação e a exclusão. "Se for para aprender algo, então que seja isso. Mas talvez essa seja uma pretensão muito grande", diz Peritore, e na sua voz é possível reconhecer um tom de tristeza.
Autora: Birgit Görtz (cn)
Revisão: Alexandre Schossler
Fonte: Deutsche Welle (Alemanha)
http://www.dw.de/pode-um-memorial-acabar-com-o-preconceito-contra-os-sinti-e-roma/a-16328944
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domingo, 31 de julho de 2011
Partido de Merkel quer fim dos apoios aos nazistas
Políticos do principal partido do governo, a CDU da chanceler Angela Merkel, propuseram que se acelere o processo em curso na conferência de ministros regionais do Interior para cortar os subsídios do Estado ao principal partido neonazi, o NPD.
Na opinião do ministro do Interior da Baixa Saxônia, Uwe Schünemann, esta medida será bem mais eficaz do que uma nova tentativa para proibir o NPD, “que iria deparar com grandes obstáculos jurídicos”.
Após os atentados de sexta-feira passada na Noruega, que causaram 76 mortos, o principal partido da oposição, o SPD, exigiu a reabertura do processo para proibir o NPD junto do Tribunal Constitucional.
Fonte: Jornal da Madeira(Portugal)
http://www.jornaldamadeira.pt/not2008.php?Seccao=5&id=190897&sup=0&sdata=
Na opinião do ministro do Interior da Baixa Saxônia, Uwe Schünemann, esta medida será bem mais eficaz do que uma nova tentativa para proibir o NPD, “que iria deparar com grandes obstáculos jurídicos”.
Após os atentados de sexta-feira passada na Noruega, que causaram 76 mortos, o principal partido da oposição, o SPD, exigiu a reabertura do processo para proibir o NPD junto do Tribunal Constitucional.
Fonte: Jornal da Madeira(Portugal)
http://www.jornaldamadeira.pt/not2008.php?Seccao=5&id=190897&sup=0&sdata=
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Obama elogia Medvedev por condenar totalitarismo e crimes soviéticos
WASHINGTON — O presidente americano Barack Obama elogiou neste sábado a "liderança notável" de seu colega russo, Dmitri Medvedev, por condenar as violações dos Direitos Humanos praticadas pelo regime "totalitário" da União Soviética e por seu líder Joseph Stalin.
"O presidente Medvedev deu provas de uma liderança notável ao honrar os sacrifícios daqueles que viveram antes de nós e por falar tão abertamente sobre a supressão dos direitos e liberdades fundamentais", indicou Obama em um comunicado neste sábado, na véspera do aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial para os russos.
Na sexta-feira, Medvedev criticou o regime soviético em uma longa entrevista publicada pelo jornal Izvestia.
"Para ser honesto, o regime que foi instaurado na União Soviética (...) só pode ser classificado de totalitário", no qual "os direitos e as liberdades elementais foram suprimidos", declarou o governante russo dois dias antes do dia em que a Rússia comemora os 65 anos da vitória sobre os nazistas.
"Suas palavras nos lembram que devemos trabalhar todos juntos em favor de um mundo no qual os Direitos Humanos fundamentais de cada indivíduo estejam protegidos", enfatizou Obama.
O chefe de Estado russo também condenou os crimes "imperdoáveis" do ex-ditador.
"Stalin cometeu muitos crimes contra seu próprio povo. E, apesar de ter trabalhado muito, apesar de sob sua liderança o país ter tido muitos êxitos, o que fez ao seu próprio povo não pode ser perdoado", ressaltou Medvedev.
Cerca de vinte chefes de Estado e de Governo, entre eles o chinês Hu Jintao, o francês Nicolas Sarkozy e a alemã Angela Merkel, assistirão no domingo aos atos de celebração na Praça Vermelha, em Moscou.
Fonte: AFP
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5goRFvUKbjvJKIRv8KguihRX4eKfQ
Imagens do desfile. Discurso do Presidente russo Medvedev e o hino russo em que aparece a primeira-ministra alemã Angela Merkel:
Resumo dos desfiles, tropas da OTAN aparecem desfilando(britânicos):
Quem quiser achar o desfile completo é só colocar a combinação Russian Parade+2010 no youtube. Há um vídeo do desfile com 45 minutos de duração.
"O presidente Medvedev deu provas de uma liderança notável ao honrar os sacrifícios daqueles que viveram antes de nós e por falar tão abertamente sobre a supressão dos direitos e liberdades fundamentais", indicou Obama em um comunicado neste sábado, na véspera do aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial para os russos.
Na sexta-feira, Medvedev criticou o regime soviético em uma longa entrevista publicada pelo jornal Izvestia.
"Para ser honesto, o regime que foi instaurado na União Soviética (...) só pode ser classificado de totalitário", no qual "os direitos e as liberdades elementais foram suprimidos", declarou o governante russo dois dias antes do dia em que a Rússia comemora os 65 anos da vitória sobre os nazistas.
"Suas palavras nos lembram que devemos trabalhar todos juntos em favor de um mundo no qual os Direitos Humanos fundamentais de cada indivíduo estejam protegidos", enfatizou Obama.
O chefe de Estado russo também condenou os crimes "imperdoáveis" do ex-ditador.
"Stalin cometeu muitos crimes contra seu próprio povo. E, apesar de ter trabalhado muito, apesar de sob sua liderança o país ter tido muitos êxitos, o que fez ao seu próprio povo não pode ser perdoado", ressaltou Medvedev.
Cerca de vinte chefes de Estado e de Governo, entre eles o chinês Hu Jintao, o francês Nicolas Sarkozy e a alemã Angela Merkel, assistirão no domingo aos atos de celebração na Praça Vermelha, em Moscou.
Fonte: AFP
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5goRFvUKbjvJKIRv8KguihRX4eKfQ
Imagens do desfile. Discurso do Presidente russo Medvedev e o hino russo em que aparece a primeira-ministra alemã Angela Merkel:
Resumo dos desfiles, tropas da OTAN aparecem desfilando(britânicos):
Quem quiser achar o desfile completo é só colocar a combinação Russian Parade+2010 no youtube. Há um vídeo do desfile com 45 minutos de duração.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Merkel admite que Alemanha causou sofrimento na 2ª Guerra
Merkel admite que Alemanha causou sofrimento na 2ª Guerra
Primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, declarou que batalha precisa ser estudada para evitar outra tragédia
Da Redação, com AP
Tusk, Merkel e Putin participam de cerimônia em Westerplatte
Diversas autoridades do mundo, antigos aliados e inimigos lembraram o aniversário de 70 anos do início da Segunda Guerra Mundial nesta terça-feira (1). A chanceler alemã Angela Merkel afirmou que seu país jamais vai esquecer as causas e efeitos da guerra e que a Alemanha alavancou essa batalha. “Trouxemos um sofrimento interminável ao mundo”, disse Merkel à rede de televisão ARD.
>>Confira especial sobre a Segunda Guerra
>> Veja fotos da batalha
O primeiro-ministro da Rússia - país que se aliou à nação nazista durante invasão à Polônia em 1939 -, Vladimir Putin, declarou que a guerra precisa ser estudada por todas as perspectivas. “Precisamos fazer isso para que a tragédia jamais se repita”, proferiu Putin ao lado do primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk.
Tusk reuniu outros líderes em na península de Gdansk's Westerplatte, no seu país, para marcar o exato início da batalha há 70 anos. “Westerplatte é um símbolo da luta heroica entre os mais fracos contra os mais fortes”, Segundo o presidente da Polônia, Lech Kaczynski. Ele glorificou os soldados que participaram da Segunda Guerra.
Fonte: AP
http://www.abril.com.br/noticias/merkel-admite-alemanha-causou-sofrimento-2a-guerra-495681.shtml
Primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, declarou que batalha precisa ser estudada para evitar outra tragédia
Da Redação, com AP
Tusk, Merkel e Putin participam de cerimônia em Westerplatte
Diversas autoridades do mundo, antigos aliados e inimigos lembraram o aniversário de 70 anos do início da Segunda Guerra Mundial nesta terça-feira (1). A chanceler alemã Angela Merkel afirmou que seu país jamais vai esquecer as causas e efeitos da guerra e que a Alemanha alavancou essa batalha. “Trouxemos um sofrimento interminável ao mundo”, disse Merkel à rede de televisão ARD.
>>Confira especial sobre a Segunda Guerra
>> Veja fotos da batalha
O primeiro-ministro da Rússia - país que se aliou à nação nazista durante invasão à Polônia em 1939 -, Vladimir Putin, declarou que a guerra precisa ser estudada por todas as perspectivas. “Precisamos fazer isso para que a tragédia jamais se repita”, proferiu Putin ao lado do primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk.
Tusk reuniu outros líderes em na península de Gdansk's Westerplatte, no seu país, para marcar o exato início da batalha há 70 anos. “Westerplatte é um símbolo da luta heroica entre os mais fracos contra os mais fortes”, Segundo o presidente da Polônia, Lech Kaczynski. Ele glorificou os soldados que participaram da Segunda Guerra.
Fonte: AP
http://www.abril.com.br/noticias/merkel-admite-alemanha-causou-sofrimento-2a-guerra-495681.shtml
Putin lembra vítimas dos carrascos nazistas da Segunda Guerra
Varsóvia, 1º set (EFE).- O primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, manifestou hoje seu reconhecimento "aos milhões de soldados da coalizão antihitler, à resistência e aos civis que morreram nas mãos dos carrascos" nazistas.
Num ato em Gdansk para lembrar os 70 anos do início da Segunda Guerra Mundial, Putin reconheceu que o pacto Ribbentrop-Molotov, a partir do qual, em 1939, a extinta União Soviética e a Alemanha nazista dividiram suas zonas de influência na Polônia e no resto da Europa, "não foi moral".
"Nosso país reconhece seus erros e acredita em sua participação na construção de um novo mundo", destacou o chefe do Executivo da Rússia, que disse esperar que as relações da Polônia com seu país se intensifiquem e se libertem dos lastros do passado.
"Devemos curar a sociedade da xenofobia, do racismo, do ódio e da falta de confiança", disse Putin, que acrescentou que a nova civilização política deve de estar baseada em princípios morais comuns. EFE
Fonte: EFE
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1288390-5602,00-PUTIN+LEMBRA+VITIMAS+DOS+CARRASCOS+NAZISTAS+DA+SEGUNDA+GUERRA.html
Num ato em Gdansk para lembrar os 70 anos do início da Segunda Guerra Mundial, Putin reconheceu que o pacto Ribbentrop-Molotov, a partir do qual, em 1939, a extinta União Soviética e a Alemanha nazista dividiram suas zonas de influência na Polônia e no resto da Europa, "não foi moral".
"Nosso país reconhece seus erros e acredita em sua participação na construção de um novo mundo", destacou o chefe do Executivo da Rússia, que disse esperar que as relações da Polônia com seu país se intensifiquem e se libertem dos lastros do passado.
"Devemos curar a sociedade da xenofobia, do racismo, do ódio e da falta de confiança", disse Putin, que acrescentou que a nova civilização política deve de estar baseada em princípios morais comuns. EFE
Fonte: EFE
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1288390-5602,00-PUTIN+LEMBRA+VITIMAS+DOS+CARRASCOS+NAZISTAS+DA+SEGUNDA+GUERRA.html
Europa lembra o 70º aniversário do início da Segunda Guerra Mundial
GDANSK - Há exatos 70 anos, em 1º de setembro de 1939, a Alemanha invadia a Polônia e dava início à Segunda Guerra Mundial.
O presidente e o primeiro-ministro da Polônia, Lech Kaczynski e Donald Tusk, comandaram em Gdansk a cerimônia que lembrou o momento exato dos 70 anos do início da Segunda Guerra Mundial, quando a marinha nazista alemã abriu fogo contra a guarnição polonesa da península de Westerplatte.
Memorial em Gdansk é iluminado durante celebração dos 70 anos do ínicio da 2ª Guerra / Reuters
"Estamos aqui para recordar quem foi o agressor e quais foram as vítimas nesta guerra, já que sem uma memória honesta, nem a Europa, nem a Polônia, nem o mundo poderia viver em segurança", declarou o primeiro-ministro polonês Donald Tusk.
Em 1º de setembro de 1939, ao amanhecer, o encouraçado Schleswig-Holstein abriu fogo contra a base polonesa de Westerplatte, onde 180 combatentes resistiram durante uma semana a 3.500 soldados alemães. Ao mesmo tempo, o Exército alemão invadiu a polônia pelo leste, oeste e sul, em ataques que deflagraram a declaração de guerra de França e Grã-Bretanha contra a Alemanha dois dias depois.
"Westerplatte é o símbolo da luta do fraco contra o forte", assinalou o presidente Kaczynski, em discurso no qual reivindicou o papel de vítima da Polônia contra "os totalitarismos nazista e bolchevique".
Veterano polonês da Segunda Guerra observa cerimônia em Gdansk
Ataque russo
Os poloneses, entretanto, sempre consideraram o Tratado de Não-Agressão firmado entre o regime nazista e os soviéticos uma semana antes da guerra, como o estopim da invasão alemã. Duas semanas depois, em meados de setembro de 1939, o Exército soviético invadiu o leste da Polônia.
"No dia 17 de setembro, quando ainda estávamos defendendo Varsóvia, foi o dia em que a Polônia recebeu uma facada nas costas", disse Kaczynski.
"Glória aos heróis de Westerplatte, glória a todos os soldados que lutaram na Segunda Guerra Mundial contra o nazismo e contra o totalitarismo bolchevique", concluiu.
A Polônia foi uma das grandes vítimas da guerra, perdendo 20% de sua população, com a morte de aproximadamente seis milhões de habitantes, a metade deles judeus.
Veja no infográfico como começou a 2ª Guerra Mundial
"Sofrimento interminável"
A chanceler alemã Angela Merkel disse nesta terça-feira que seu país causou um "sofrimento interminável" ao provocar a Segunda Guerra Mundial, mas também recordou o destino dos milhões de alemães expulsos da Europa Central e Oriental ao fim do conflito.
"A Alemanha atacou a Polônia. A Alemanha iniciou a Segunda Guerra Mundial. Causamos interminável dor no mundo. Sessenta milhões de mortos... foi o resultado", declarou Merkel por ocasião do 70º aniversário do início do conflito.
Merkel também recordou o papel dos alemães que foram expulsos da Europa Central e Oriental na construção da República Federal Alemã (RFA, Alemanha Ocidental) do pós-guerra. "Também queremos recordá-los", disse.
Mais de 20 líderes de diversos países, entre eles a chanceler alemã, Angela Merkel, participarão das cerimônias para marcar os 70 anos do início da 2ª Guerra Mundial, que matou mais de 50 milhões de pessoas.
Vídeo no link da matéria.
* Com Reuters e AFP
Fonte: Reuters/AFP
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/09/01/europa+lembra+o+70+aniversario+do+inicio+da+segunda+guerra+mundial+8193935.html
O presidente e o primeiro-ministro da Polônia, Lech Kaczynski e Donald Tusk, comandaram em Gdansk a cerimônia que lembrou o momento exato dos 70 anos do início da Segunda Guerra Mundial, quando a marinha nazista alemã abriu fogo contra a guarnição polonesa da península de Westerplatte.
Memorial em Gdansk é iluminado durante celebração dos 70 anos do ínicio da 2ª Guerra / Reuters
"Estamos aqui para recordar quem foi o agressor e quais foram as vítimas nesta guerra, já que sem uma memória honesta, nem a Europa, nem a Polônia, nem o mundo poderia viver em segurança", declarou o primeiro-ministro polonês Donald Tusk.
Em 1º de setembro de 1939, ao amanhecer, o encouraçado Schleswig-Holstein abriu fogo contra a base polonesa de Westerplatte, onde 180 combatentes resistiram durante uma semana a 3.500 soldados alemães. Ao mesmo tempo, o Exército alemão invadiu a polônia pelo leste, oeste e sul, em ataques que deflagraram a declaração de guerra de França e Grã-Bretanha contra a Alemanha dois dias depois.
"Westerplatte é o símbolo da luta do fraco contra o forte", assinalou o presidente Kaczynski, em discurso no qual reivindicou o papel de vítima da Polônia contra "os totalitarismos nazista e bolchevique".
Veterano polonês da Segunda Guerra observa cerimônia em Gdansk
Ataque russo
Os poloneses, entretanto, sempre consideraram o Tratado de Não-Agressão firmado entre o regime nazista e os soviéticos uma semana antes da guerra, como o estopim da invasão alemã. Duas semanas depois, em meados de setembro de 1939, o Exército soviético invadiu o leste da Polônia.
"No dia 17 de setembro, quando ainda estávamos defendendo Varsóvia, foi o dia em que a Polônia recebeu uma facada nas costas", disse Kaczynski.
"Glória aos heróis de Westerplatte, glória a todos os soldados que lutaram na Segunda Guerra Mundial contra o nazismo e contra o totalitarismo bolchevique", concluiu.
A Polônia foi uma das grandes vítimas da guerra, perdendo 20% de sua população, com a morte de aproximadamente seis milhões de habitantes, a metade deles judeus.
Veja no infográfico como começou a 2ª Guerra Mundial
"Sofrimento interminável"
A chanceler alemã Angela Merkel disse nesta terça-feira que seu país causou um "sofrimento interminável" ao provocar a Segunda Guerra Mundial, mas também recordou o destino dos milhões de alemães expulsos da Europa Central e Oriental ao fim do conflito.
"A Alemanha atacou a Polônia. A Alemanha iniciou a Segunda Guerra Mundial. Causamos interminável dor no mundo. Sessenta milhões de mortos... foi o resultado", declarou Merkel por ocasião do 70º aniversário do início do conflito.
Merkel também recordou o papel dos alemães que foram expulsos da Europa Central e Oriental na construção da República Federal Alemã (RFA, Alemanha Ocidental) do pós-guerra. "Também queremos recordá-los", disse.
Mais de 20 líderes de diversos países, entre eles a chanceler alemã, Angela Merkel, participarão das cerimônias para marcar os 70 anos do início da 2ª Guerra Mundial, que matou mais de 50 milhões de pessoas.
Vídeo no link da matéria.
* Com Reuters e AFP
Fonte: Reuters/AFP
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terça-feira, 14 de julho de 2009
Milhares de alemães se manifestam contra o racismo em Dresden
Racismo
Milhares de alemães se manifestam contra o racismo em Dresden
A população da cidade alemã de Dresden homenageou, este sábado, a cidadão egípcia, Marwa El-Sherbini, assassinada em pleno tribunal, por um alemão.
A vítima contava 31 anos, era farmacêutica, tinha um filho e estava grávida.
Hoje, a sua memória foi recordada por cerca de 800 pessoas, que se juntaram em frente da sede do município da cidade.
O assassino tinha sido acusado de crime xenófobo contra a vítima. Quando se encontraram no Tribunal a 1 de Julho, o réu desferiu-lhe várias facadas.
“Eu penso que é importante estar aqui e dizer que é totalmente inaceitável que um ser humano faça qualquer outra coisa de semelhante, somente porque alguém é diferente, ou estrangeiro ou de outra religião”.
“Estamos aqui a expressar a nossa solidariedade e condenar o que aconteceu à mártir Marwa EL-Sherbiny, puro terrorismo”.
Em Teerão, também se recordou Marwa El-Sherbini. 150 pessoas concentraram-se, em frente da Embaixada Alemã e acusaram o governo de Angela Merkel de indiferença, perante um crime xenófobo.
Uma manifestação que condenou igualmente a discrição com que os media ocidentais trataram o assunto.
Fonte: Euronews
http://pt.euronews.net/2009/07/11/milhares-de-alemaes-se-manifestam-contra-o-racismo-em-dresden/
Milhares de alemães se manifestam contra o racismo em Dresden
A população da cidade alemã de Dresden homenageou, este sábado, a cidadão egípcia, Marwa El-Sherbini, assassinada em pleno tribunal, por um alemão.
A vítima contava 31 anos, era farmacêutica, tinha um filho e estava grávida.
Hoje, a sua memória foi recordada por cerca de 800 pessoas, que se juntaram em frente da sede do município da cidade.
O assassino tinha sido acusado de crime xenófobo contra a vítima. Quando se encontraram no Tribunal a 1 de Julho, o réu desferiu-lhe várias facadas.
“Eu penso que é importante estar aqui e dizer que é totalmente inaceitável que um ser humano faça qualquer outra coisa de semelhante, somente porque alguém é diferente, ou estrangeiro ou de outra religião”.
“Estamos aqui a expressar a nossa solidariedade e condenar o que aconteceu à mártir Marwa EL-Sherbiny, puro terrorismo”.
Em Teerão, também se recordou Marwa El-Sherbini. 150 pessoas concentraram-se, em frente da Embaixada Alemã e acusaram o governo de Angela Merkel de indiferença, perante um crime xenófobo.
Uma manifestação que condenou igualmente a discrição com que os media ocidentais trataram o assunto.
Fonte: Euronews
http://pt.euronews.net/2009/07/11/milhares-de-alemaes-se-manifestam-contra-o-racismo-em-dresden/
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Obama critica negação 'ignorante e odiosa' do holocausto
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, aproveitou nesta sexta-feira uma visita ao antigo campo de concentração nazista de Buchenwald, na Alemanha, para criticar aqueles que negam o holocausto.
Obama, que passou pelo país em seu giro de volta do Oriente Médio, disse que os que defendem esta visão o fazem "sem base" e de forma "ignorante e odiosa".
Acompanhado da chanceler alemã, Angela Merkel, Obama caminhou por Buchenwald, onde cerca 250 mil prisioneiros foram mantidos entre 1937 e 1945. O campo foi liberado em 1945 pelas tropas americanas.
"Até hoje existem os que insistem em que o holocausto nunca aconteceu, uma negação de fato e verdade feita sem base, ignorante e odiosa. Esse lugar desmente essas idéias, é um lembrete de nossa tarefa de confrontar aqueles que contam mentiras sobre nossa história", criticou o presidente.
"Até hoje existem também aqueles que perpetuam todas as formas de intolerância, racismo, antissemitismo, homofobia, xenofobia, discriminação sexual e mais. Ódio que humilha as vítimas e nos diminui a todos."
Lição
Obama já havia tocado no tema do holocausto no dia anterior, quando falou em um discurso na Universidade do Cairo, no Egito, sobre o Irã, país cujo presidente nega o holocausto.
Antes da visita ao campo, Obama havia sugerido que Ahmadinejad - que nesta semana repetiu suas alegações de que o holocausto foi "uma grande fraude" - deveria visitar Buchenwald.
O presidente americano e a chanceler alemã carregaram cada um uma longa rosa branca enquanto caminhavam por Buchenwald acompanhados pelo sobrevivente do holocausto e vencedor do prêmio Nobel da Paz Elie Wiesel.
Eles depositaram as rosas sobre uma placa memorial para as mais de 56 mil pessoas que morreram no campo. Depois eles visitaram as celas e o crematório.
"Não esquecerei o que vi aqui", disse Obama. Em seguida ele lembrou a história de um de seus tios-avôs, Charles Payne, que ajudou a liberar Ohrdruf, um campo satélite de Buchenwald.
Oriente Médio
Obama e Angela Merkel anunciaram ter discutido, na cidade alemã de Dresden, um plano para promover a paz entre israelenses e palestinos, prometendo "redobrar" os esforços para alcançar este objetivo.
"Agora é o momento de agir no que ambos os lados sabem ser verdade", disse Obama.
Mas o presidente americano não entrou em detalhes sobre os passos concretos de seu governo neste sentido.
Afirmou apenas que enviaria o representante americano para a região, George Mitchell, de volta à mesa de negociações com os principais envolvidos na questão.
Fonte: BBC/O Globo
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/06/05/obama-critica-negacao-ignorante-odiosa-do-holocausto-756212876.asp
Ver mais:
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/06/05/obama-sobre-ahmadinejad-nao-tenho-paciencia-com-pessoas-que-negam-historia-756212111.asp
Obama, que passou pelo país em seu giro de volta do Oriente Médio, disse que os que defendem esta visão o fazem "sem base" e de forma "ignorante e odiosa".
Acompanhado da chanceler alemã, Angela Merkel, Obama caminhou por Buchenwald, onde cerca 250 mil prisioneiros foram mantidos entre 1937 e 1945. O campo foi liberado em 1945 pelas tropas americanas.
"Até hoje existem os que insistem em que o holocausto nunca aconteceu, uma negação de fato e verdade feita sem base, ignorante e odiosa. Esse lugar desmente essas idéias, é um lembrete de nossa tarefa de confrontar aqueles que contam mentiras sobre nossa história", criticou o presidente.
"Até hoje existem também aqueles que perpetuam todas as formas de intolerância, racismo, antissemitismo, homofobia, xenofobia, discriminação sexual e mais. Ódio que humilha as vítimas e nos diminui a todos."
Lição
Obama já havia tocado no tema do holocausto no dia anterior, quando falou em um discurso na Universidade do Cairo, no Egito, sobre o Irã, país cujo presidente nega o holocausto.
Antes da visita ao campo, Obama havia sugerido que Ahmadinejad - que nesta semana repetiu suas alegações de que o holocausto foi "uma grande fraude" - deveria visitar Buchenwald.
O presidente americano e a chanceler alemã carregaram cada um uma longa rosa branca enquanto caminhavam por Buchenwald acompanhados pelo sobrevivente do holocausto e vencedor do prêmio Nobel da Paz Elie Wiesel.
Eles depositaram as rosas sobre uma placa memorial para as mais de 56 mil pessoas que morreram no campo. Depois eles visitaram as celas e o crematório.
"Não esquecerei o que vi aqui", disse Obama. Em seguida ele lembrou a história de um de seus tios-avôs, Charles Payne, que ajudou a liberar Ohrdruf, um campo satélite de Buchenwald.
Oriente Médio
Obama e Angela Merkel anunciaram ter discutido, na cidade alemã de Dresden, um plano para promover a paz entre israelenses e palestinos, prometendo "redobrar" os esforços para alcançar este objetivo.
"Agora é o momento de agir no que ambos os lados sabem ser verdade", disse Obama.
Mas o presidente americano não entrou em detalhes sobre os passos concretos de seu governo neste sentido.
Afirmou apenas que enviaria o representante americano para a região, George Mitchell, de volta à mesa de negociações com os principais envolvidos na questão.
Fonte: BBC/O Globo
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/06/05/obama-critica-negacao-ignorante-odiosa-do-holocausto-756212876.asp
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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Bispo que negou Holocausto deixa a Argentina
O bispo inglês Richard Williamson, que no ano passado colocou em dúvida a existência do Holocausto durante uma entrevista, deixou a Argentina nesta terça-feira após ter recebido um prazo de dez dias do governo para deixar o país.
Na última quinta-feira o governo da presidente Cristina Kirchner divulgou comunicado dizendo que se o religioso não saísse do país no prazo máximo de dez dias "sem adiamento" seria expulso por decreto.
Segundo o canal de televisão TN (Todo Notícias), Williamson teria "agredido" um jornalista da emissora que tentava entrevistá-lo no aeroporto nesta terça-feira antes de seu embarque para Londres.
De boné e jaqueta preta e óculos escuros, Williamson mostrou a mão fechada para a câmera e não respondeu às perguntas do repórter.
O bispo gerou polêmica depois de uma entrevista a uma TV sueca em 2008 em que colocou em dúvida a existência do Holocausto, que deixou milhões de judeus mortos durante a Segunda Guerra Mundial.
Este ano, ele voltou a questionar o Holocausto em uma entrevista à revista alemã Der Spiegel
Logo após pedido do Papa Bento XVI para que se retratasse das primeiras declarações.
Williamson, nesta segunda entrevista, disse que se retrataria depois que encontrasse "provas" do Holocausto.
Suas afirmações geraram fortes críticas da comunidade judaica no mundo inteiro. Na ocasião, a chanceler alemã, Angela Merkel, também pediu "esclarecimentos" ao papa, já que o Vaticano pretendia incorporá-lo à Igreja Católica.
Williamson é bispo da Fraternidade Sacerdotal Pio 10 - fundada em 1969 pelo bispo francês dissidente Marcel Lefebvre -, e até este mês dirigia um seminário e realizava missas na localidade de La Reja, na província de Buenos Aires, onde trabalhava desde 2003.
Em 1988, ele e outros bispos desta congregação foram promovidos a bispos sem a autorização da igreja e, agora, o Papa Bento 16 pretendia incorporá-los de volta à estrutura do Vaticano.
Para justificar a decisão de pedir que o bispo deixasse o país, o governo argentino argumentou que o bispo mentiu sobre o verdadeiro motivo de sua permanência no país ao ter declarado, quando entrou na Argentina, ser um empregado administrativo de uma Associação Civil e não um sacerdote e diretor de seminário.
" Cabe destacar que o bispo Williamson ganhou notoriedade pública por suas declarações antissemitas" disse o comunicado oficial sobre a questão.
" Por essas considerações, somadas à energética condenação do governo argentino a manifestações como estas, que agridem profundamente a sociedade argentina, ao povo judeu e toda a humanidade, o governo nacional decide fazer uso dos poderes de que dispõe por lei e exigir que o bispo lefebvrista abandone o país ou se submeta à expulsão."
Fonte: BBC/O Globo
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/02/24/bispo-que-negou-holocausto-deixa-argentina-754569032.asp
Na última quinta-feira o governo da presidente Cristina Kirchner divulgou comunicado dizendo que se o religioso não saísse do país no prazo máximo de dez dias "sem adiamento" seria expulso por decreto.
Segundo o canal de televisão TN (Todo Notícias), Williamson teria "agredido" um jornalista da emissora que tentava entrevistá-lo no aeroporto nesta terça-feira antes de seu embarque para Londres.
De boné e jaqueta preta e óculos escuros, Williamson mostrou a mão fechada para a câmera e não respondeu às perguntas do repórter.
O bispo gerou polêmica depois de uma entrevista a uma TV sueca em 2008 em que colocou em dúvida a existência do Holocausto, que deixou milhões de judeus mortos durante a Segunda Guerra Mundial.
Este ano, ele voltou a questionar o Holocausto em uma entrevista à revista alemã Der Spiegel
Logo após pedido do Papa Bento XVI para que se retratasse das primeiras declarações.
Williamson, nesta segunda entrevista, disse que se retrataria depois que encontrasse "provas" do Holocausto.
Suas afirmações geraram fortes críticas da comunidade judaica no mundo inteiro. Na ocasião, a chanceler alemã, Angela Merkel, também pediu "esclarecimentos" ao papa, já que o Vaticano pretendia incorporá-lo à Igreja Católica.
Williamson é bispo da Fraternidade Sacerdotal Pio 10 - fundada em 1969 pelo bispo francês dissidente Marcel Lefebvre -, e até este mês dirigia um seminário e realizava missas na localidade de La Reja, na província de Buenos Aires, onde trabalhava desde 2003.
Em 1988, ele e outros bispos desta congregação foram promovidos a bispos sem a autorização da igreja e, agora, o Papa Bento 16 pretendia incorporá-los de volta à estrutura do Vaticano.
Para justificar a decisão de pedir que o bispo deixasse o país, o governo argentino argumentou que o bispo mentiu sobre o verdadeiro motivo de sua permanência no país ao ter declarado, quando entrou na Argentina, ser um empregado administrativo de uma Associação Civil e não um sacerdote e diretor de seminário.
" Cabe destacar que o bispo Williamson ganhou notoriedade pública por suas declarações antissemitas" disse o comunicado oficial sobre a questão.
" Por essas considerações, somadas à energética condenação do governo argentino a manifestações como estas, que agridem profundamente a sociedade argentina, ao povo judeu e toda a humanidade, o governo nacional decide fazer uso dos poderes de que dispõe por lei e exigir que o bispo lefebvrista abandone o país ou se submeta à expulsão."
Fonte: BBC/O Globo
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/02/24/bispo-que-negou-holocausto-deixa-argentina-754569032.asp
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Argentina expulsa bispo que negou o Holocausto
Argentina manda bispo que negou o Holocausto deixar o país
O governo da Argentina anunciou nesta quinta-feira que o bispo britânico Richard Williamson, que negou a dimensão do Holocausto de judeus por nazistas, deve deixar o país, onde faz trabalhos religiosos, em até dez dias.
"O ministro do Interior [...] ordena a Richard Nelson Williamson que deixe o país dentro de dez dias ou ele será expulso", informou o governo em uma declaração, sobre a decisão do ministro Florencio Randazzo.
As autoridades argentinas alegaram que o bispo ultraconservador "fraudou reiteradamente o verdadeiro motivo de sua permanência no país". Segundo o Ministério do Interior da Argentina, Williamson declarou "ser um empregado administrativo da Associação Civil La Tradición, quando sua verdadeira atividade era a de sacerdote e diretor do Seminário que a Fraternidade São Pio 10° possui na cidade de Moreno", nos arredores de Buenos Aires.
Williamson está no meio de uma polêmica entre o Vaticano e entidades judaicas desde que sua expulsão da Igreja Católica --por desobediência, nos anos 80-- foi suspensa em janeiro pelo papa Bento 16, junto a de outros três religiosos tradicionalistas.
O gesto de união entre cristãos levou à revolta de judeus quando veio à tona uma entrevista de Williamson a uma TV sueca, em que ele disse não acreditar que os nazistas tenham utilizado câmaras de gás para extermínio e estimou entre 200 mil e 300 mil judeus o número de judeus mortos nos campos de concentração --6 milhões de judeus foram mortos pelos nazistas, segundo registros históricos amplamente aceitos.
Em meio a pressão internacional --que incluiu um pedido da chanceler alemã, Angela Merkel -- o papa afirmou que a negação do Holocausto é "totalmente inaceitável", e o Vaticano ordenou que Williamson revisse suas opiniões, mas o bispo disse que precisava de mais tempo para examinar as evidências históricas.
Fonte: Reuters/EFE
http://www.jusbrasil.com.br/politica/1756547/argentina-manda-bispo-que-negou-o-holocausto-deixar-o-pais
O governo da Argentina anunciou nesta quinta-feira que o bispo britânico Richard Williamson, que negou a dimensão do Holocausto de judeus por nazistas, deve deixar o país, onde faz trabalhos religiosos, em até dez dias.
"O ministro do Interior [...] ordena a Richard Nelson Williamson que deixe o país dentro de dez dias ou ele será expulso", informou o governo em uma declaração, sobre a decisão do ministro Florencio Randazzo.
As autoridades argentinas alegaram que o bispo ultraconservador "fraudou reiteradamente o verdadeiro motivo de sua permanência no país". Segundo o Ministério do Interior da Argentina, Williamson declarou "ser um empregado administrativo da Associação Civil La Tradición, quando sua verdadeira atividade era a de sacerdote e diretor do Seminário que a Fraternidade São Pio 10° possui na cidade de Moreno", nos arredores de Buenos Aires.
Williamson está no meio de uma polêmica entre o Vaticano e entidades judaicas desde que sua expulsão da Igreja Católica --por desobediência, nos anos 80-- foi suspensa em janeiro pelo papa Bento 16, junto a de outros três religiosos tradicionalistas.
O gesto de união entre cristãos levou à revolta de judeus quando veio à tona uma entrevista de Williamson a uma TV sueca, em que ele disse não acreditar que os nazistas tenham utilizado câmaras de gás para extermínio e estimou entre 200 mil e 300 mil judeus o número de judeus mortos nos campos de concentração --6 milhões de judeus foram mortos pelos nazistas, segundo registros históricos amplamente aceitos.
Em meio a pressão internacional --que incluiu um pedido da chanceler alemã, Angela Merkel -- o papa afirmou que a negação do Holocausto é "totalmente inaceitável", e o Vaticano ordenou que Williamson revisse suas opiniões, mas o bispo disse que precisava de mais tempo para examinar as evidências históricas.
Fonte: Reuters/EFE
http://www.jusbrasil.com.br/politica/1756547/argentina-manda-bispo-que-negou-o-holocausto-deixar-o-pais
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Merkel pressiona Papa sobre questão do Holocausto
Merkel pressiona Papa Bento XVI
A chanceler alemã, Angela Merkel, quebrou o silêncio que geralmente mantém sobre questões religiosas e exigiu ontem ao Papa Bento XVI que esclareça, de uma vez por todas, que o Vaticano não pactua com a negação do Holocausto.
04 Fevereiro 2009
Por:F. J. Gonçalves com agências
A intervenção da chefe de governo acontece enquanto alastram as críticas ao Papa por ter reabilitado quatro bispos excomungados, um dos quais, o britânico Richard Williams, nega que milhões de judeus tenham sido assassinados pela Alemanha nazi.
Filha de um pastor protestante, Merkel explicou o porquê de comentar assuntos da Igreja Católica: "Penso que se trata de uma questão fundamental, que é saber se, graças a uma decisão do Vaticano, alastra a sensação de que o Holocausto pode ser negado." Por isso exigiu ao Papa "que torne claro que não pode ser assim e que deve haver relações positivas com o judaísmo".
Em resposta, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, disse apenas que sobre a negação do Holocausto a posição do Papa "não podia ser mais clara".
Na semana passada o Conselho Central Judaico alemão cortou relações com a Igreja Católica, e a polémica alastra na própria Igreja.
Na segunda-feira, o cardeal Walter Kasper, responsável pelas relações com os judeus, criticou Bento XVI por não o ter alertado para o perdão aos bispos excomungados. Antes dele, o bispo de Hamburgo, Werner Thissen, considerou que a decisão do Vaticano compromete a confiança na Igreja, e o cardeal Karl Lehman, antigo presidente da Conferência Episcopal alemã, considera o caso uma catástrofe.
Fonte: Correio da Manhã(Portugal)
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/internacional/mundo/merkel-pressiona-papa-bento-xvi?nPagina=3
A chanceler alemã, Angela Merkel, quebrou o silêncio que geralmente mantém sobre questões religiosas e exigiu ontem ao Papa Bento XVI que esclareça, de uma vez por todas, que o Vaticano não pactua com a negação do Holocausto.
04 Fevereiro 2009
Por:F. J. Gonçalves com agências
A intervenção da chefe de governo acontece enquanto alastram as críticas ao Papa por ter reabilitado quatro bispos excomungados, um dos quais, o britânico Richard Williams, nega que milhões de judeus tenham sido assassinados pela Alemanha nazi.
Filha de um pastor protestante, Merkel explicou o porquê de comentar assuntos da Igreja Católica: "Penso que se trata de uma questão fundamental, que é saber se, graças a uma decisão do Vaticano, alastra a sensação de que o Holocausto pode ser negado." Por isso exigiu ao Papa "que torne claro que não pode ser assim e que deve haver relações positivas com o judaísmo".
Em resposta, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, disse apenas que sobre a negação do Holocausto a posição do Papa "não podia ser mais clara".
Na semana passada o Conselho Central Judaico alemão cortou relações com a Igreja Católica, e a polémica alastra na própria Igreja.
Na segunda-feira, o cardeal Walter Kasper, responsável pelas relações com os judeus, criticou Bento XVI por não o ter alertado para o perdão aos bispos excomungados. Antes dele, o bispo de Hamburgo, Werner Thissen, considerou que a decisão do Vaticano compromete a confiança na Igreja, e o cardeal Karl Lehman, antigo presidente da Conferência Episcopal alemã, considera o caso uma catástrofe.
Fonte: Correio da Manhã(Portugal)
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/internacional/mundo/merkel-pressiona-papa-bento-xvi?nPagina=3
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