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segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Pesquisa revela perigos nos acessos com internet

De acordo com estudo, pais devem estar atentos aos sites a que os filhos vêem; denúncias podem ser feitas

Juliana Facchin
Agência Anhangüera de Notícia


Marlene Menegati está sempre atenta aos acessos dos filhos na internet
(Foto: César Rodrigues/AAN)

Quem é que nunca ouviu alguma advertência dos pais para não aceitar balas e doces de pessoas estranhas? Ou algum alerta para não pegar carona, conversar ou informar o endereço para qualquer um? Mas quem acha que essas ainda continuam sendo recomendações “caretíssimas” dos pais está completamente enganado.

As mesmas orientações se encaixam direitinho para quem adora navegar na internet, que acima de tudo, é um espaço público, assim como uma praça ou um clube. Só que, é claro, que no lugar das guloseimas, as crianças e adolescentes devem ficar atentos aos e-mails, às conversas e à divulgação de dados pessoais na rede. E compete aos pais continuarem o alerta para esses novos perigos que estão totalmente acessíveis pela internet.

Em um estudo da SaferNet Brasil, organização não-governamental (ONG) responsável pela Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, em parceria com o Ministério Público Federal em São Paulo, 53% dos jovens internautas brasileiros afirmaram que já tiveram contato com conteúdos agressivos e que consideravam impróprios para sua idade. Além disso, quase 30% desses jovens afirmaram já ter encontrado presencialmente, ao menos uma vez, amigos que conheceram no mundo virtual, deixando clara a falta de orientação de muitos pais.

A pesquisa, que ficou disponível no site da SaferNet por 72 dias, foi realizada com 1.326 internautas do Brasil inteiro, entre crianças e adolescentes de 5 a 18 anos e adultos que possuem filhos com acesso à internet. Um ponto que chamou a atenção foi o fato de que, apesar de a maioria dos pais (84%) ter receio de que os filhos sejam vítimas de um adulto mal-intencionado e do medo que sentem de que acessem conteúdos impróprios (74%), uma parcela significativa não impõe regras para o uso que os filhos fazem da internet — 87% dos jovens internautas não possuem restrições ao uso da rede mundial de computadores.

De acordo com o diretor de Prevenção e Atendimento da SaferNet Brasil e responsável pelo estudo, o psicólogo Rodrigo Nejm, os números de denúncias de crimes na internet quase dobraram nos últimos anos e os resultados do estudo permitirão que a ONG ofereça mais serviços para diminuir as estatísticas. “A linha da SaferNet é a prevenção e a educação. Com esses resultados, estruturamos melhor nosso site e criamos uma Cartilha de Segurança com dicas para que os pais e adolescentes usem a internet sem correr riscos”, explicou.

Um dos fatores que mais preocupam, disse Nejm, é a questão da grande exposição desses jovens no mundo virtual. Além dos encontros presenciais, 72% deles afirmaram que publicam suas fotos na rede, 51% divulgam o nome e o sobrenome, 61% compartilham a data do aniversário e 21% afirmam que fornecem endereços de locais que costumam freqüentar. “As pessoas não percebem que a internet é um espaço público, assim como uma praça ou um clube. Muitos pais, ainda, acreditam que, como os filhos estão dentro de casa, eles estão totalmente seguros, mas isso não é verdade”, disse.

“Acredito que muitos pais ainda se sentem despreparados para usar a internet ou não sabem a dimensão que ela possui”, avaliou o diretor da SaferNet, que também não indica que os pais proíbam o acesso. “Proibir não educa. O diálogo ainda é a melhor saída. E, acima de tudo, o pai deve acompanhar como o filho usa a internet. Não fiscalizar, apenas dar mais atenção e orientação, da mesma forma que os pais sempre orientaram os filhos para não aceitarem doces e balas de estranhos. Só assim, com carinho e atenção, os pais ganharão a confiança dos filhos e vice-versa”, ressaltou Nejm.

Denúncias

Sempre que for verificado algum crime na internet, os pais ou jovens também devem denunciar. O estudo apontou que 42% dos pais já fizeram pelo menos um tipo de denúncia que se enquadra nessa categoria e, entre as crianças e adolescentes, o percentual foi de 40%.

A pornografia infantil ganha em disparado no número de denúncias. No primeiro semestre deste ano, as denúncias desse tipo quase duplicaram. Foram 27.876 contra 15.879 no mesmo período de 2007. <>Em seguida, vêm as denúncias de apologia e incitação a crimes contra a vida. Nos seis primeiros meses de 2008, foram recebidas 9.068 denúncias desse tipo e, no ano passado, foram 7.258.

Os crimes caracterizados de neonazismo também são freqüentemente denunciados pelos internautas e aumentaram 21% nesse primeiro semestre. Já os de racismo tiveram queda de 22,60% no mesmo período.

CARTILHA

Para fazer o download da Cartilha de Segurança, elaborada pela SaferNet Brasil, basta acessar o site http://www.safernet.org.br/site/

Fonte: Agência Anhangüera(19.10.2008)
http://www.cosmo.com.br/noticia/11003/2008-10-19/pesquisa-revela-perigos-nos-acessos-com-internet.html

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Senado ameaça fechar as operações do Google (Orkut)

26/06/2008. Veículo Nacional

BRASÍLIA - Os diretores da filial brasileira do Google, responsáveis pelo site de relacionamentos Orkut, podem ser alvo de uma ação penal. Senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia acusam a empresa de dificultar as investigações e também suspeitam de proteção a usuários que podem ter envolvimento com a divulgação de material com pornografia infantil.

O desentendimento entre os parlamentares e a empresa é motivado, principalmente, por um termo de ajustamento de conduta proposto pelo Ministério Publico para o site combater a pedofilia. Os empresários reclamam que o acordo é abusivo e que pode colocar a empresa no banco dos réus. O presidente da CPI, senador Magno Malta (PR-ES), argumenta que ceder aos pedidos da Google seria o mesmo que blindar o site e não ter garantias de que o crime seria enfrentado.

& Não podemos preservar os diretores & afirma Malta. & É crime proteger material com pornografia infantil. Se deixarmos os provedores e os proprietários dos sites isentos, não estaremos fechando toda a cadeia. É preciso que se estabeleça no país a cultura de que não só quem tira a foto é que participa do crime, quem divulga e quem mantém disponível também tem sua participação.

Condescendência

O relator da CPI, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), afirmou que se não houver cooperação da empresa em conceder tais dados, ao Ministério Público, à Polícia Federal e à própria CPI, pode pedir ao Ministério da Justiça que impeça as atividades da empresa no Brasil. Demóstenes explicou que a resistência em assinar o termo de ajustamento de conduta pode significar condescendência da empresa com as atitudes dos suspeitos.

& Podemos sugerir primeiro uma ação penal, para verificar se realmente a Google está acobertando criminosos, como afirma o Ministério Público e a Polícia Federal & declarou. & Mas, se houver recusa de cumprir a legislação brasileira espero que as autoridades competentes tomem providência para que a Google deixe de operar no Brasil.

A CPI convidou os representantes da Google para rediscutir o termo na próxima quarta-feira. A filial brasileira tinha se comprometido a implementar, até 1º de julho, quatro medidas para combater o problema, mas segundo deputados ainda não cumpriram o compromisso. A primeira dessas iniciativas seria a preservação dos registros de computadores usados para acessar o Orkut por até seis meses, enquanto antes esse prazo era de um mês.

Outras iniciativas envolvem a adoção de um filtro de imagens que impede a publicação de fotos ilícitas e o apoio para a concretização de acordos de cooperação internacional que visam o combate ao crime. Por último, o Google afirmou que iria utilizar uma solução de software, hardware e pessoas com o objetivo de atender com mais agilidade às requisições das autoridades.

& Essas medidas são apenas paliativas para se começar a criar um sistema eficiente de combate à pedofilia virtual & argumenta Demóstenes. & Não é possível este tipo de resistência.

Márcio Falcão, Jornal do Brasil

Fonte: Jornal do Brasil
http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/06/26/e26069348.html

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