Traduzido por Leo Gott.
1. Que provas existem que os Nazistas praticaram o genocídio ou assassinaram deliberadamente seis milhões de judeus?
O IHR (http://www.ihr.org) responde (combinando a versão original, a da Editora Samisdat (de Ernst Zündel) e à revisada):
Nenhuma. A única evidência são os testemunhos do pós-guerra de "sobreviventes" individuais. Estes testemunhos são contraditórios, e nenhum "sobrevivente" afirma ter sido testemunho de nenhum gaseamento. Não existem documentos da época que demonstrem nenhuma prova tangível: nem montes de cinzas, nem crematórios capazes de eliminar milhões de corpos, nem pilhas de roupa, nem sabão feito de restos humanos, nem abajures feitos com pele humana, nem registros, nem estatísticas demográficas credíveis.
Nizkor responde:
Uma mentira atrás da outra, e sem a mínima prova.
Isto é um ponto tão bom como qualquer outro para começar a expor algumas provas detalhadas que são ignoradas como base para negar o Holocausto. Veremos que esta resposta será maior que as outras sessenta e cinco, mas talvez o leitor compreenderá que é necessário.
- Suponhamos como única evidência, "os testemunhos de pós-guerra de sobreviventes individuais".
Em primeiro lugar, consideremos a teoria conspiratória implícita. Observe-se como os testemunhos de todos e de cada um dos prisioneiros dos campos nazistas são automaticamente depreciados como pouco convincentes. Este desprezo a estes testemunhos, junto com a desvalorização dos testemunhos de vários nazistas (¡¡), é a maior suposição não expressada da negação do Holocausto.
Esta suposição, que poucas vezes é expressada claramente, afirma que o genocídio judeu nunca teve lugar, sendo que foi uma conspiração dos judeus que começou desde 1941, e que falsificou milhares de documentos para prová-lo; depois da guerra, falaram com os sobreviventes dos campos e lhes indicaram o que estes deveriam dizer.
Aparentemente, os “conspiradores” também conseguiram torturar centenas de nazistas que estavam em postos-chave durante a guerra, para confessarem crimes que nunca cometeram, ou para implicarem os seus companheiros. Mesmo assim, conseguiram colocar centenas de documentos nos arquivos nazistas que nunca foram descobertos até depois da guerra, e muitas vezes somente com muita sorte. O diário de Goebbels, por exemplo, foi salvo de ser vendido como 7.000 páginas de papel usado, mas nos manuscritos se encontram algumas entradas como estas (segundo a tradução do inglês de Lochner, The Goebbels Diaries, 1948, pp. 86, 147-148):
14 de fevereiro de 1942: O Führer voltou a expressar sua determinação de eliminar sem piedade os judeus da Europa. Deve desaparecer todo sentimentalismo embutido(?). Foram os judeus que provocaram a catástrofe que está se aproximando. Sua destruição irá unida à destruição dos nossos inimigos. Devemos acelerar este processo sem piedade.
27 de março de 1942: O procedimento é muito bárbaro, e não irei detalhá-lo aqui. Não sobraram muito dos judeus. Em cifras gerais, podemos dizer que cerca de sessenta por cento deles serão liquidados, enquanto que quarenta por cento se salvarão para serem utilizados como mão de obra.
Michael Shermer tem assinalado que as estatísticas dos nazistas sobre o número de judeus europeus giravam entre onze milhões, e sessenta por cento de onze milhões são 6,6 milhões, algo muito próximo das cifras reais. (Na realidade, os quarenta por cento são uma estimativa muito por alto da taxa de sobrevivência dos judeus que foram capturados, mas muitos judeus escaparam).
Em qualquer caso, a maioria das informações do diário é trivial, e somente interessa aos historiadores.
Você crê na suposta conspiração judia que inseriu sete mil páginas de um diário simplesmente para inserir umas poucas linhas a seu favor? Como eles fizeram para conhecer a vida de Goebbels tanto a fim de evitar contradições, como por exemplo situá-lo e outras pessoas em uma cidade e dias equivocados?
Tal e como foi admitido inclusive pelo “revisionista” David Cole, os “revisionistas” ainda têm que dar uma explicação satisfatória sobre este documento.
E quanto aos testemunhos de pós-guerra dos nazistas, todos foram torturados para que confessarem seus horríveis crimes que supostamente não cometeram?
Isto seria credível se somente houvessem capturado uns poucos nazistas depois da guerra, ou talvez se alguns tivessem enfrentado um tribunal que lhes julgava, e tivessem confessado ao mundo a intenção de manipular seus testemunhos. Mas centenas deles testemunharam sobre o Holocausto, em julgamentos que vão de 1945 ate os anos 60. (Por exemplo, ver Böck, Hofmann, Hössler, Klein, Münch, e Stark).
Muitos destes nazistas testemunharam e não foram acusados de nenhum crime. Em que se baseia sua suposta manipulação? Muitos destes julgamentos aconteceram em tribunais alemães. Os alemães torturaram seus próprios compatriotas? Bem, os negadores do Holocausto às vezes afirmam que os judeus estão infiltrados no governo alemão e o controlam. Não obstante, preferimos não falar muito desta “teoria”, visto que isso beira o lunático.
A questão principal é que nenhuma destas supostas vítimas de tortura -em cinqüenta anos, nenhuma- apoiou estas teorias segundo os quais foram coagidos.
Pelo contrário, ao longo destes anos os testemunhos foram confirmados. Que coerções poderiam ter levado o juiz Konrad Morgen a confirmar seus crimes que foram testemunhados no Tribunal de Nuremberg em 1946? De onde não foi acusado de nenhum crime? E para depois voltar a testemunhar perante o Julgamento de Auschwitz celebrado em Frankfurt de 1963 a 1965? Qual foi a coerção ao médico das SS Johann Kremer para testemunhar em sua própria defesa em 1947, e, depois de haver sido condenado na Polônia e na Alemanha, voltar a aparecer novamente e sair da prisão para testemunhar no Julgamento de Frankfurt? Qual a coerção a Böck, a Hössler, a Hölblinger, a Storch e a Wiebeck, todos eles das SS, todos eles testemunharam em Frankfurt, sem que nenhum deles foi acusado de nenhum crime naquele Julgamento?
Os que negam o Holocausto destacam pequenas discrepâncias nos testemunhos para que possam ser desacreditados. O que eles pretendem com isso é que o leitor aceite estas pequenas discrepâncias como a evidência de uma vasta e toda poderosa conspiração judia. Isto é um absurdo.
É certo que as discrepâncias e os pequenos erros em detalhes falam contra, e não a favor, da teoria conspiratória. Por quê os conspiradores haveriam passado informação diferente a diferentes nazistas? De fato, todos os testemunhos, tanto dos nazistas como dos prisioneiros, foram demasiado parecidos, não existe dúvida de que os que negam o Holocausto o considerariam uma evidência de conspiração.
Que coações poderiam perdurar durante quatro décadas para forçar o antigo SS-Untersturmführer Dr. Hans Münch a conceder uma entrevista, contra a vontade de sua família, à televisão sueca? Na entrevista de 1981, ele falou de Auschwitz:
Que coações poderiam perdurar durante quatro décadas para forçar o antigo SS-Unterscharführer (Cabo das SS) Franz Suchomel a conceder uma entrevista para o filme Shoah? Pedindo falsas promessas de anonimato, falou dos crimes cometidos no campo de extermínio de Treblinka (do livro Shoah, Claude Lanzmann, 1985, p. 54):Entrevistador: Não é contrário aos valores éticos de um médico o conceito de genocídio?
Münch: Sim, sem dúvida. É indiscutível. Mas isso vivia comigo, e tratei por todos os meios evitar e aceitar, mas tive que viver com ele. Que outra coisa eu poderia fazer? E eu não o enfrentei diretamente, até que nos foi ordenado, a mim, e a meu superior, e a outra pessoa, tomar parte do extermínio, dado que os doutores do campo estavam saturados do trabalho.
Entrevistador: Devo perguntar-lhe algo. Os que duvidam sobre a autenticidade do Holocausto argumentam que "tratamento especial" poderia significar qualquer coisa, menos para tratar de extermínio.
Münch: O "tratamento especial", na terminologia dos campos de concentração, referia-se ao extermínio físico. Se tratava de algo mais que um pequeno grupo de pessoas, onde o melhor que se podia fazer era gaseá-los, sim, eram gaseados.
Entrevistador: O "tratamento especial" se referia ao gaseamento?
Münch: Sim, sem nenhuma dúvida.
Entrevistador: O seu testemunho é muito importante. Vocêpode nos dizer o que foi Treblinka?
Suchomel: Mas não utilize meu nome.
Entrevistador: Não usarei, te prometo. Muito bem, quando você chegou a Treblinka...
Suchomel: ...O sargento Stadie nos apresentou todo o campo. Durante o percurso, passamos pelas câmaras de gás quando elas se abriam, e vimos as pessoas cair como sacos de batatas. Logicamente, isto nos aterrorizou e impactou. Nós demos uma volta, nos sentamos sobre nossas malas e choramos como anciãos.
Cada dia se escolhia uma centena de judeus para que levassem os cadáveres para as covas comuns. Ao entardecer, os ucranianos levavam estes judeus para as câmaras de gás ou lhes davam um tiro. Todos os dias!
Perguntem aos que negam o Holocausto por que desacreditam o testemunho de Franz Suchomel? Greg Raven lhes dirá que "não é uma prova... dêem-me uma prova, por favor". Outros lhe dirão que Suchomel e Münch estavam loucos, ou que alucinaram, ou que são fantasias.
Mas onde estão as fantasias nas mentes dos que preferem evitar a enorme quantidade de provas, e crêem em troca na hipotética conspiração, apoiada em nada mais que suas imaginações.
Esta total falta de provas é o que faz que a "suposição da conspiração" quase nunca apareça por escrito. Não existe nem um único documento “revisionista”, artigo, discurso, panfleto, livro, fita, fita de vídeo ou boletim que proporcione detalhes sobre esta suposta conspiração judia ou sionista que revela todo o trabalho sujo. Nem um único.
Como sempre, a literatura “revisionista” faz veladas referências ao Congresso Mundial Judeu como o perpetuador de um "engano" (Arthur Butz, 1976) - mas sem mostrar detalhes. E toda a negação do Holocausto se apoia nesta suposta conspiração.
Enquanto os testemunhos dos sobreviventes, que segundo os "revisionistas" são a única evidência, e neles existem milhares de referências a gaseamentos e outras atrocidades, relatadas por prisioneiros judeus que sobreviveram aos campos e por outras classes de prisioneiros, como prisioneiros de guerra. Muitos dos prisioneiros de guerra que testemunharam sobre os gaseamentos não são judeus, por exemplo. Vejamos, por exemplo, o testemunho do oficial polonês Zenon Rozansky sobre o primeiro gaseamento em Auschwitz, onde foram assassinados 850 prisioneiros de guerra russos (Reitlinger, The Final Solution, p. 154):
Os que estavam contra a porta tinham uma estranha rigidez e então caíram aos
nossos pés, batendo o rosto contra o chão de cimento. Cadáveres! Cadáveres que
se mantinham erguidos preenchendo todo o bunker, estavam tão apertados que não podiam cair.
Quais têm autoridade para dizer a Rozansky o que ele viu e o que ele não viu?
A frase "nenhum 'sobrevivente' afirma ter testemunhado um gaseamento" é claramente falsa; nas últimas versões, eles trocaram "nenhum sobrevivente" por "uns poucos sobreviventes", algo um pouco mais próximo da verdade.
Mas não é necessário limitar somente aos testemunhos dos sobreviventes, dos nazistas, ou de qualquer outra pessoa. Muitos documentos elaborados durante a guerra, não descrições do pós-guerra, que falam especificamente de gaseamentos e outras atrocidades, capturados pelo exército americano. A maioria está nos Arquivos Nacionais de Washington, D.C.; outros estão na Alemanha.
Por exemplo, aqui temos um documento secreto enviado ao SS Obersturmbannführer (Tenente-Coronel das SS) Rauff pelo SS Untersturmführer Becker sobre os furgões(vans) de gaseamento, os precursores das câmaras de gás (de Nazi Conspiracy and Aggression, 1946, Vol. I, pp. 999-1001):
Se choveu, por exemplo, durante meia hora, não se pode usar o furgão porque
patina. Só pode usá-lo quando não chove. A pergunta agora é se pode usar o
furgão permanecendo parado no lugar da execução. Pero primeiro o furgão tem que chegar ao lugar, e só podemos fazer sem chuva...
Normalmente, o gás não é aplicado corretamente. Para acabar o mais rápido possível, o condutor pisa fundo no acelerador. Fazendo isto, as pessoas morrem por asfixia, sem desmaiar, e não é o que havia sido planejado. As medidas que tenho tomado demonstram que um correto ajuste do acelerador faz com que a morte seja mais rápida e que os prisioneiros morram pacificamente desmaiados.
Rauff recebeu outro informe sobre os furgões de gaseamento em 5 de junho de 1942, sendo este informe classificado como "secreto" e "cópia única". É uma horrível amostra dos eufemismos nazistas, que se refere aos assassinatos como "o processamento" e às vítimas como "o assunto" e "a carga". (Ver Kogon, Nazi Mass Murder, 1993, pp. 228-235.):
Desde dezembro de 1941, por exemplo, se processou 97.000 usando três furgões,
sem que os veículos sofressem avarias...
A capacidade dos furgões é de nove a dez por metro quadrado. A capacidade maior dos furgões especiais Saurer não é uma vantagem. Embora não sofram excesso de carga, perdem muita manobrabilidade fora dos caminhos e estradas em qualquer terreno. Seria desejável uma redução na capacidade da carga. Podemos fazer reduzindo em um metro o tamanho do furgão. A dificuldade mencionada não pode ser resolvida reduzindo a carga, como se tem feito até agora. Esta redução requer um tempo maior de operação, uma vez que temos que preencher o espaço vazio com CO [o gás emitido pelo cano de descargautilizado para asfixiar as vítimas].
É necessário proteger melhor as luzes. A grade deveria cobrir os faróis o suficiente para impossibilitar que se rompam os bulbos. Parece que raramente se acendem os faróis, porque os usuários dizem que podem ser retirados. Mas a experiência demonstra que, quando se fecha a porta traseira o interior escurece, e a carga se aperta contra a porta. O motivo é que quando o interior escurece, a carga se desloca para o menor resquício de luz. Isto dificulta o fechamento da porta. Também temos reparado que o ruído provocado pelo fechamento da porta se une ao medo provocado pela escuridão.
Existem certos deslizes cometidos na correspondência sobre as câmaras de gás, e algumas destas cartas, por sorte, não foram destruídas e foram recuperadas depois da guerra. Um relatório escrito pelo SS Karl Bischoff em 27 de novembro de 1942 descreve a câmara de gás do Krema II sem o habitual término "Leichenkeller", mas sim como "Sonderkeller", "porão especial".
E dois meses depois, em 29 de janeiro de 1943, Bischoff escreveu um relatório para Kammler, referindo-se a esta mesma câmara de gás como "Vergasungskeller". (Ver Gutman, Anatomy of the Auschwitz Death Camp, 1994, pp. 223, 227.) "Vergasungskeller" significa literalmente "porão de gaseamento", uma câmara de gás subterrânea.
Os negadores do Holocausto recorrem a Arthur Butz, que da uma enganosa explicação do término: "Vergasunsg", diz, não pode referir-se a assassinar pessoas com gás, mas sim somente ao processo de converter um sólido ou líquido em gás. Assim, diz que "Vergasungkeller" devia ser um cômodo especial em que o combustível para os fornos de Auschwitz era transformado em gás - uma "câmara de gasificação".
Existem três problemas nesta explicação. Em primeiro lugar, "Vergasung" certamente pode referir-se a assassinar pessoas com gás; Butz não fala alemão, assim não deveria fazer especulações com o idioma. Em segundo lugar, não existe um cômodo que pudesse realizar a função que Butz descreve - anos depois de escrever seu livro, ele admitiu, e inutilmente tratou de sugerir que pode ser que houvera outro edifício em alguma parte que acomodou a câmara de gasificação. Em terceiro lugar, o tipo de forno usado em Auschwitz não requeria nenhum processo de gasificação. Os fornos utilizam combustível sólido(coque). (Ver Gutman, op. cit., pp. 184-193.)
Então, a que se refere o termo "porão de gaseamento"? Os negadores do Holocausto ainda têm que oferecer uma explicação credível.
Um inventário de material, capturado antes da guerra, revelou a existência de quatorze chuveiros e uma porta suspensa na câmara de gás do Krema III. Os negadores dizem que esta sala era um necrotério; mas não explicam para que usar em um necrotério quatorze chuveiros e uma porta suspensa. (Ver fotografía do documento, ou Pressac, Auschwitz: Technique and Operation, 1989, pp. 231, 438.)
Um relatório do escritório de obras de Auschwitz, datado de 31 de março de 1943, diz: (Hilberg, Documents of Destruction, 1971, pp. 207-208):
Aproveitamos para mencionar outro pedido de 6 de março de 1943 de uma porta suspensa 100/192 para o Leichenkeller 1 de Krema III, Bw 30a, que deve instalar-se seguindo o procedimento e medidas da porta do porão do Krema II, com uma escotilha com vidro duplo de 8 milímetros selada com borracha. Este pedido deve ser considerado urgente...
Para que necessitaria urgentemente em um necrotério uma porta com escotilhas com um vidro grosso duplo de 8 milímetros?
A questão referente a que isto pode demonstrar é o uso de gás cianeto nas câmaras de gás de Auschwitz, é algo que intriga os negadores. Como tem anunciado o Relatório Leuchter, por exemplo, dedica grandes esforços a perguntar-se se existem restos de cianeto ali hoje em dia. Mas não necessitamos buscar traços químicos para confirmar o uso de cianeto (Gutman, op. cit., p. 229):
Várias cartas e telegramas trocados entre 11 e 12 de fevereiro [de 1943] entre o Zentralbauleitung e Topf mencionam o pedido de um ventilador de madeira para o Leichenkeller 1.
Esta referência confirma o uso do “necrotério” como câmara de gas: Bischoff e Prüfer consideravam que a extração de air mesclado com ácido prússico concentrado [cianeto dissolvido em água] (20 gr/cm3) requeria um ventilador que não pudesse corroer.
Na realidade, Bischoff e Prüfer se equivocaram, e acabou usando aceitavelmente bem um ventilador metálico. Mas o feiro de que pensaram que era necessário demonstra que o cianeto era habitualmente utilizado nas salas que os negadores chamam de necrotérios. (O cianeto não serve como desinfetante em um necrotério, já que não elimina bactérias).
Outros documentos capturados, inclusive ainda que não se referiam diretamente a alguma parte do processo de extermínio, se referem a ele pelas conseqüências deste. Um relatório capturado do SS-Brigadeführer (General de Brigada de las SS) Kammler revela que a capacidade de incineração prevista dos fornos de Auschwitz era de um total de 4.756 cadáveres por dia (ver fotografía do documento Kogon, op. cit., p. 157).
Os negadores estão acostumados a dizer que todo isto não era realizado na prática. Não é correto. Estes crematórios foram projetados cuidadosamente em 1942 para ter uma capacidade de eliminação de 140.000 por mês – em um campo em que só havia 125.000 pessoas. Podemos concluir que o extermínio massivo foi previsível, inclusive planejado, já em meados de 1942. Um campo projetado para incinerar toda sua população de prisioneiros a cada quatro semanas não é um simples centro de detenção.
Finalmente, depois dos abundantes testemunhos, confissões, e evidências físicas do processo de extermínio, certamente não tem necessidade de buscar provas sobre as intenções e planos dos nazistas.
Mas aqui temos alguns exemplos. Do diário de Hans Frank (de Nazi Conspiracy and Aggression, 1946, Vol. I, pp. 992, 994):
Mas, o que se deveria fazer com os judeus? Acreditam que serão reassentados
no 'Ostland' [territórios do leste], em povoados [de reassentamento]? Isto é o
que nos dizem em Berlim: por que tantas doenças? Não podemos fazer nada com eles nem no 'Ostland' nem no 'Reichkommissariat'. Assim serão liquidados.
Cavalheiros, devo pedir-lhes que abandonem todos os seus sentimentos de piedade. Devemos aniquilar os judeus, onde quer que se encontrem e em qualquer momento em que possamos, para assim manter a estrutura do Reich como um todo...
Não podemos disparar ou envenenar estes 3,500.000 de judeus, mas sem dúvida seremos capazes de tomar medidas que levarão, de uma maneira ou outra, à sua aniquilação...
Sentenciar 1,200.000 judeus a morrer de fome é algo que só se notaria um pouco.
Irei me referir agora à evacuação dos judeus, ao extermínio do povo judeu. Esta é uma das coisas que se dizem facilmente: "se está exterminando os judeus", dizem todos os membros do partido, "muito certo, é parte dos nossos planos, a eliminação dos judeus, seu extermínio, nós estamos fazendo".
O trabalho de extermínio foi inclusive mencionado em pelo menos um veredito oficial de um tribunal nazista. Em maio de 1943, um tribunal de Münich declarou em sua sentença contra o SS-Untersturmführer Max Taubner que:
Não se deveria castigar o acusado em razão das ações cometidas contra os
judeus como tais. Os judeus tem de ser exterminados e nenhum dos judeus mortos é uma grande perda. Embora o acusado deveria haver-se dado conta de que o
extermínio dos judeus é a missão dos Kommandos que se criaram especialmente para ele, se deveria desculpar que se considerara a si mesmo com a autoridade
necessária para tomar parte no extermínio.
E Hitler falou claramente dele em público em pelo menos três ocasiões. Em 30 de janeiro de 1939, sete meses antes da Alemanha invadir a Polônia, deu um discurso no Reichstag (transcrito da revista Skeptic, Vol. 2, No. 4, p. 50):
Hoje quero voltar a converter-me em profeta: se a judiaria internacional da
Europa e de fora dela tiverem êxito mais uma vez em sua intenção de levar as
nações a outra guerra mundial, a consequência não será a bolchevização da Tierra
e assim, a vitória dos judeus, e sim a aniquilação da raça judia na Europa.
Por certo, esta última frase, em alemão é "die Vernichtung der jüdischen Rasse in Europa". Aos que falam alemão se darão conta de que não é em absoluto ambígua.
Em setembro de 1942:
...se os judeus conspiram para provocar outra guerra mundial para exterminar os
arianos da Europa, não deverão ser os arianos os exterminados, e sim os
judíos...
Em 8 de novembro de 1942:
Relembrou da sessão do Reichstag em que declarou: si os judeus imaginam que
poderão provocar uma guerra mundial para exterminar as raças européias, o
resultado não será o extermínio das raças européias, e sim o extermínio dos
judeus da Europa. As pessoas sempre riram de mim quando profetizava. Daqueles
que riram então, um incontável número já não ri hoje, e os que ainda riem,
talvez rirão somente durante um pequeno tempo.
Existem muitos outros exemplos de documentos e testemunhos que poderiam ser apresentados.
Temos que ter em conta a resposta do IHR a “que provas existem?" A resposta é "nenhuma". Como demonstrado claramente, é fácil dizer que a resposta é uma fraude. E isto é a chave do que queremos expressar: a negação do Holocausto é uma fraude.
Seguiremos agora analisando o resto das afirmações, mais específicas, sobre as que se supõe que não hà provas.
A expressão "nenhuma montanha de cinzas" é contraditória com respeito a outros documentos do IHR. Em um artigo do boletim publicado pelo IHR, que também publica as 66 Perguntas e Respostas, o editor do boletim afirmou que uma comissão polonesa encontrou em 1946 uma cova com cinzas humanas no campo de extermínio de Treblinka com uma profundidade de seis metros. Podemos ler este artigo no website de Greg Raven.
(Ao que parece, alguns sobreviventes afirmam que os cadáveres não eram incinerados por completo. Devido ao que se mesclavam restos não incinerados com as cinzas, o editor sugeriu que os testemunhos eram falsos. Surpreendentemente, não se fez nenhum comentário sobre como estava ali uma cova de seis metros com cinzas humanas. Talvez considerou que não valia a pena ter isto em conta).
Também foram encontradas montanhas de cinzas em Maidanek. Em Auschwitz-Birkenau, jogaram as cinzas dos cadáveres nos rios e pântanos que rodeavam o campo, e jogaram gradativamente nos campos das fazendas vizinhas.
"Nenhum crematório" capaz de eliminar milhões de corpos? Totalmente falso, os crematorios eram mais que capazes de realizar o trabalho, de acordo com os relatórios internos dos próprios nazistas e com os testemunhos dos sobreviventes. Os negadores do Holocausto confundem deliberadamente, as pessoas falando dos crematórios atuais dos cemitérios em vez de falar dos enormes fornos industriais dos campos de extermínio. Este tema será discutido em detalhes nas perguntas e respostas 42 e 45.
"Nenhuma montanha de roupa"? Aparentemente, o IHR considera que as pilhas de roupa são uma "prova tangível"! Isto é estranho, porque no tentam negar a existência de outras pilhas encontradas nos campos nazistas: de óculos, de sapatos (em Auschwitz, Belzec, e Maidanek), de dentes de ouro, de cadáveres queimados, de próteses (see Swiebocka, Auschwitz: A History in Photographs, 1993, p. 210), de cabelos humanos (ibid, p. 211), de malas abertas e reviradas (ibid, p. 213), de escovas de cabelo (ibid, p. 215), de pentes (ibid), de cassarolas e frigieiras (ibid), e sim, inclusive pilhas de roupa (ibid, p. 214) que segundo o IHR não existem.
Talvez os leitores deste texto se deram conta de que era perigoso para eles admitir que estas pilhas eram provas tangíveis, porque então se veriam obrigados a admitir que outras coisas são "provas tangíveis". Talvez é por isso que os mesmos retiraram esta frase da edi’c~ao revisada das 66 Perguntas e Respostas do Holocausto.
Se não encontraram com freqüência objetos em quantidades massivas, é porque os nazistas distribuiam entre a população alemã. Foi encontrado um relatório sobre este assunto, revelando que inclusive distribuíram roupas íntimas femininas.
"Nenhum sabão com restos humanos"? Isto é certo, mas é uma meia verdade. Embora haja algumas provas da fabricação de sabão à partir de cadáveres em uma quantidade experimentale muito limitada, os boatos "produção em massa" nunca existiram, e não se sabe da existência de sabão feito de cadáveres humanos. Não obstante, existe o testemunho juramentado, nunca refutado, de prisioneiros de guerra britânicos e de um oficial do exército alemão, segundo o qual aconteceram experimentos, e os aliados capturaram a receita do sabão. Afirmar a secas que os nazistas não fizeram sabão de seres humanos não é correto.
"Nenhum abajur de pele humana"? Falso - foram utilizados como provas abajures de lâmpadas e outros "adornos" feitos com pele humana nos dois julgamentos de Ilse Koch, e foram mostrados a uma comissãode investigação do Senados dos Estados Unidos em fins dos anos '40. Sabemos que estes objetos foram feitos de pele humana porque levavam tatuagens, e porque foi realizada análise microscópica forense. (Nizkor está preparando uma página dedicada exclusivamente ao assunto.)
¿"Nenhum registro"? Isto é uma estupidez (temos que explicar que esta afirmação desapareceu das versões revisadas das 66 Perguntas e Respostas). Certamente, sempre se falou do extermínio por gás utilizando palavras em código, e não se registrava em nenhum livro as vítimas que chegavam aos campos de extermínio para serem gaseadas imediatamente. Mas existem vários deslizes no uso destas palavras em código que revelam seus verdadeiros significados, como já foi descrito. Existem inventários e pedidos do Krema que falam de objetos extranhos em um uso normal, mas não em um extermínio em massa por gaseamento. Existem registros de trens de deportação que, reunidos, falam claramente... Como demonstrado em alguns exemplos anteriormente.
"Nenhuma estatística demográfica credível"? Esta é a segunda contradição do IHR com seus próprios documentos. Ver as preguntas 2 e 15. O comitê anglo-americano que estudou o tema estimou o número de vítimas judias em 5,7 milhões, baseando-se em estatísticas de população.
Alemanha 195.000
Áustria 53.000
Tchecoslováquia 255.000
Dinamarca 1.500
França 140.000
Bélgica 57.000
Luxemburgo 3.000
Noruega 1.000
Holanda 120.000
Itália 20.000
Iugoslávia 64.000
Grécia 64.000
Bulgária 5.000
Romênia 530.000
Hungria 200.000
Polônia 3,271.000
URSS 1,050.000
Refugiados em diversos países. (308.000)
Total de judeus assassinados 5,721.500
(Esta estimativa foi realizada à partir de estatísticas de população, e não somando o número de vítimas em cada campo. Também estão disponíveis estes cálculos - por exemplo, um arquivo com a sentença de um tribunal alemão sobre o número de vítimas em Treblinka. As SS elaboraram registros mais precisos, e foram resgatados muitos documentos, apoiados por testemunhos e testemunhos oculares).
Algumas estimativas dão cifras mais baixas, outras dão cifras mais altas, mas é uma questão de cifras, não do feito. Em um artigo do jornal dos estudantes da CMU, é citado o chefe do Departamento de História da CMU, Peter Stearns, afirmando que documentos recentemente descobertos - especialmente na antiga União Soviética - indicam que o número de vítimas supera os seis milhões. Outros historiadores consideram que não supera os cinco milhões. A Encyclopedia of the Holocaust usa a cifra de 5,596.000 como mínimo e 5,860,000 como máximo (Gutman, 1990, p. 1799).
EM RESUMO:
Os “revisionistas” com freqüência afirmam corretamente que o peso das provas corresponde ao dos historiadores. As provas, por exemplo, têm sido PÚBLICAS desde finais de 1945, e podem ser lidas em bibliotecas do mundo inteiro. Estas provas foram analizadas muitíssimas vezes. Simplesmente estamos mostrando uma pequena parte de alguns dos pontos principais do imenso conjunto de provas, existem muito mais disponíveis.
O simples fato de pleitear que o Holocausto nunca ocorreu é um absurdo. Afirmar seriamente que não existe a mínima prova está mais além do absurdo, e é UM CLARO EXEMPLO DAS INTENÇÕES DISTORCIDAS DO “REVISIONISMO”.