quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Franco e o Holocausto - Seis mil judeus ao regime nazi

Franco entregou seis mil judeus ao regime nazi
Fascistas terão manifestado a sua disponibilidade para contribuir para o Holocausto.

Intelectuais e políticos israelitas têm por vezes enaltecido o papel protetor que o regime franquista teve para com os judeus que buscaram em solo espanhol refúgio da perseguição nazi. Mas documentos agora revelados mostram que o regime do general Franco elaborou uma lista com os nomes de seis mil judeus que estavam na altura da guerra em Espanha, tendo esta sido presumivelmente entregue a Heinrich Himmler, líder da polícia alemã Gestapo.

"No final da II Guerra Mundial o regime de Franco tentou iludir com relativo êxito a opinião pública mundial com a fábula de que tinha contribuído para a salvação de milhares de judeus do desejo de extermínio nazi. Não só era falso o que a propaganda franquista pretendia demonstrar como na Espanha do ditador houve a tentação de contribuir para acabar com o problema judeu na Europa", escreveu Jorge M. Reverte, no suplemento de ontem do El País.

O jornalista toma como ponto de partida para a sua investigação um documento descoberto por Jacobo Israel Garzón, um jornalista judeu da revista Raíces. Trata-se de uma circular emitida pela Direção-Geral de Segurança, que os governadores civis espanhóis receberam a 13 de Maio de 1941. A missiva ordenava que enviassem à central relatórios individuais "de israelitas nacionais e estrangeiros estabelecidos na província, indicando a filiação político-social, forma de vida e atividades comerciais, situação actual, grau de perigosidade e perfil policial".

A ordem foi assinada por José María Finat y Escrivá de Romaní, que era conde de Mayalde e algum tempo depois tornou-se embaixador de Espanha em Berlim. Aí terá feito chegar a lista dos seis mil judeus a Heinrich Himmler. Tivesse a Espanha entrado na guerra e esses nomes figurariam hoje na lista dos mortos em Auschwitz, lembra Jorge M. Reverte. O conde foi galardoado várias vezes e há dez anos ganhou uma avenida com o seu nome em Hortaleza, na comunidade de Madrid. Finat chegou também a ser presidente da câmara da capital espanhola.

Quando terminou a guerra, os arquivos dos ministérios da Governação e Assuntos Exteriores foram limpos para que não houvesse provas do desejo do regime franquista em colaborar no Holocausto, refere o artigo publicado no El País.

Francisco Franco, que saiu vencedor da Guerra Civil de Espanha, que terminou a 1 de Abril de 1939 - cinco meses depois começava a II Guerra Mundial. O generalíssimo esteve no poder até 1975. O país passou depois por uma transição suave para a democracia, ao contrário de Portugal, onde houve uma revolução para acabar com a ditadura fascista de Salazar.

A monarquia manteve-se e a Espanha é hoje uma democracia que tem como sistema político a monarquia parlamentar. O Chefe do Estado é o Rei Juan Carlos, escolhido por Franco para lhe suceder, o primeiro-ministro é o socialista José Luis Rodríguez Zapatero. Apesar da transição suave, a crispação política mantém-se a um nível bastante elevado.

por PATRÍCIA VIEGAS

Fonte: DN Globo(Portugal)
http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1598901&seccao=Europa

Matéria original do El País(Espanha): A lista de Franco para o Holocausto
http://www.elpais.com/articulo/reportajes/lista/Franco/Holocausto/elpepusocdmg/20100620elpdmgrep_1/Tes

13 comentários:

Anônimo disse...

kkkkkkkkk.

holoconto: 6.000.000 (um seis seguido de seis zeros);

Fugiram do Egito: 600.000 (putz, só um zero a menos);

Agora com a conversa para bater a carteira da Espanha:6.000.

Escuta, esse bando sujo de sionistas também aposta no número seis da roleta todas as vezes.

Quem é que ainda acredita nas lorotas desse pessoal ?

Roberto disse...

"holoconto: 6.000.000 (um seis seguido de seis zeros);"

Caramba, o "revi" tentou fazer humor, rs.

Vem cá, qual o valor da palavra de um neonazi que se esconde com um fake e é ignorante em História?

Todo mundo sabe que neonazis são burros(pleonasmo), mas não entender o que está escrito num texto é analfabetismo funcional, vai ver se orgulham disso(rs).

Não sei se rio ou se choro com a delinquência verbal de brasileiros racistas na internet, delirando e surtando sonhando com um "IV Reich" virtual nos trópicos.

Anônimo disse...

Vem cé... por que só agora Franco está sendo demonizado ?? Por que os aliados não o combateram nos anos 1940, mesmo sabendo que ele era pró-Hitler ?? Sabemos que os nazis combateram na guerra espanhola e que Franco mandou a Divisão Azul pra ajudar as SS. Sabe por que Franco (e outros membros do Eixo) foi reabilitado pelo Ocidente na guerra fria? Por que ele era anticomunista.
Ou seja... por ser anticomuna... está perdoado!! E agora querem fala rmal dele (35 anos depois da morte dele!!!).

Anônimo disse...

ah... os EUA recrutaram na NASA e CIA vários membros do III Reich depois da guerra. Absolveu o "paSSado" deles. Von Braun, por exemplo, é considerado até hoje um herói dos EUA. Curiosamente a elite judia sionista nem se escandaliza. Finkelstein chegou a denunciar o silêncio vergonhoso da elite judia dos EUA em relação aos nazis acolhidos pelos EUA.

Roberto disse...

"Vem cé... por que só agora Franco está sendo demonizado ??"

Você está defendendo fascista? rsrsrsrsrs.

Mas não entendi o termo "demonizado" no caso, se você houvesse lido a matéria teria entendido o texto. Saiu um documento/lista em que descreve que pediu pra que listassem os judeus na Espanha pra entregar aos nazis.

Você acha que falar a verdade sobre o antissemitismo de Franco é demomizá-lo?

"Por que os aliados não o combateram nos anos 1940, mesmo sabendo que ele era pró-Hitler ??"

Porque ele manteve o Estado espanhol, teoricamente, neutro na guerra, até por consequência da guerra civil espanhola que arrasou a Espanha.

"Sabemos que os nazis combateram na guerra espanhola e que Franco mandou a Divisão Azul pra ajudar as SS. Sabe por que Franco (e outros membros do Eixo) foi reabilitado pelo Ocidente na guerra fria? Por que ele era anticomunista."

E em que isso muda o papel dele na Segunda Guerra? Pra mim uma coisa não anula a outra.

"Ou seja... por ser anticomuna... está perdoado!!"

Só na sua cabeça que há "perdão". Onde fala de "perdão" no texto no contexto que você citou? Viajou lindo.

Pelo visto, apesar de querer se demonstrar contra religiões, você tem uma visão ou apelo profundamente "religioso" em relação a esses assuntos políticos, pensando sempre em termos de "pecado", "culpa", "perdão" etc.

Em política internacional as coisas não funcionam dessa forma. O pior de tudo(trazendo a coisa pra realidade atual) não é nem ler um comentário desse tipo aqui, e sim ver jornais de peso no Brasil usando desse linguajar pobre pra narrar a conjutura política internacional hoje.

"E agora querem fala rmal dele (35 anos depois da morte dele!!!)."

Drama e 'mimimi'(choro) "revisionista", como sempre.

Os "revis" adoram acusar judeus de serem "coitadinhos" etc e tal, mas são os "revis" que de fato vivem se lamuriando com essa postura de "vítimas", rsrsrs.

Roberto disse...

"ah... os EUA recrutaram na NASA e CIA vários membros do III Reich depois da guerra. Absolveu o "paSSado" deles. Von Braun, por exemplo, é considerado até hoje um herói dos EUA."

E?

"Curiosamente a elite judia sionista nem se escandaliza."

Problema deles.

"Finkelstein chegou a denunciar o silêncio vergonhoso da elite judia dos EUA em relação aos nazis acolhidos pelos EUA."

E?

Novamente o que tem isso a ver com o fato narrado na matéria, a lista de Franco sobre judeus na Espanha?

No que isso, o que você comentou sobre as acusações do Finkelstein, apaga o antissemitismo de Franco?

Me explica que eu quero saber, rsrsrsrsrs.

Anônimo disse...

bom... e qm não garante ke judeus não foram mortos antes na guerra civil espanhola?? Pq a midia só da enfase aos crimes alemaes na 2ª guerra e não na Espanha (no máximo fala de Gernika).

Não kero apagar antisemitismo de Franco. Mas ele foi reabilitado por causa da guerra fria, a exemplo de vários associados ao Eixo. Klaus Barbie foi um famoso reabilitado. (até ser entregue à França). Ah... o julgamento de Barbie foi promovido por Mitterrand, pois o ele keria limpar a imagem dele de "collaborationiste".

Roberto disse...

"bom... e qm não garante ke judeus não foram mortos antes na guerra civil espanhola??"

Reduzindo a questão temporal só pro século XX, se judeus foram mortos na Espanha antes da Guerra Civil espanhola? Não havia Pogroms nessa época na Espanha.

"Pq a midia só da enfase aos crimes alemaes na 2ª guerra e não na Espanha (no máximo fala de Gernika)."

Qual mídia? Eu copiei um texto de um jornal/site português que já copiou a matéria do "El País"(espanhol). Essa matéria mal saiu no Brasil, se saiu. Eu não postei o original do "El País" pois pra traduzir tudo não dava, mas vou postar o link no post. Mas na Espanha não se dá só ênfase a isso, o tema guerra civil lá é bastante polarizado e tem tudo a ver com Segunda Guerra. O problema do seu comentário é quando fala de "mídia" como se fosse uma coisa genérica ignorando o contexto de cada país.

Uma notícia que tem peso lá(alguma notícia sobre esses temas), pode não ter muito significado no Brasil, levando em conta também o clima político de cada país.

Roberto disse...

"Não kero apagar antisemitismo de Franco. Mas ele foi reabilitado por causa da guerra fria, a exemplo de vários associados ao Eixo."

Não foi reabilitado, chutou feio. O "El País" é um jornal de centro-esquerda(puxa a linha social-democrata europeia), não "morre de amores" por Franco e não tem motivos pra reabilitá-lo, fora que você está ignorando a polarização de esquerda/direita na Espanha em relação a esse tema, que é uma polarização pesada por conta das cicatrizes "mal curadas" da Guerra civil.

Mas o "El País" não iria inventar/criar uma matéria pra descer a sola em Franco(embora ele merecesse) se a notícia não fosse verídica. O nível de jornalismo de lá não é o mesmo que está sendo praticado no Brasil nos últimos 8 anos com a imprensa agindo como se fosse um partido político praticamente, jogando a credibilidade dela na lama literalmente. Se é que já não fazia isso antes, mas pelo menos antes de 2002 ela era mais criteriosa e tinha um nível melhor e não esse nível de esgoto a que chegou atualmente, refiro-me a imprensa brasileira, salvo algumas exceções.

"Klaus Barbie foi um famoso reabilitado. (até ser entregue à França)."

Ele não foi reabilitado. Ele foi julgado e condenado como carniceiro de Lyon. Reabilitação é outra coisa.

"Ah... o julgamento de Barbie foi promovido por Mitterrand, pois o ele keria limpar a imagem dele de "collaborationiste"."

Isso está correto, Mitterrand tinha o passado sujo como fascista. Mas em nada esses 'argumentos' limpam ou melhoram a imagem de Franco ou contesta a veracidade da lista.

Anônimo disse...

Eu falei de Franco na guerra fria!!! Ele foi tratado como um aliado pelos EUA... por ser anticomuna!!

AH... sobre os judeus... aposto ke eles foram capturados e mortos na Espanha na guerra civil... já ke os nazis tiveram lá!!

Klaus Barbie foi afilhado dos EUA.... ele acabou em cana pq foi descartado pelos EUA... Ah... vi documentario sobre Barbie... alem dele ser ajudado pelos EUA... ele fugiu pra Bolivia com ajuda do bispo ustasha Krunoslav Draganovic.(Ke ajudou Ante Pavelic a fugir). Barbie foi defendido na França por Jacques Vergès (um grande advogado).
Ah.. Mitterrand morreu impune e glorificado... um dos ultimos pecados dele: ser cumplice do genocidio ruandes

Roberto disse...

O que diz a matéria:

"O jornalista toma como ponto de partida para a sua investigação um documento descoberto por Jacobo Israel Garzón, um jornalista judeu da revista Raíces. Trata-se de uma circular emitida pela Direção-Geral de Segurança, que os governadores civis espanhóis receberam a 13 de Maio de 1941. A missiva ordenava que enviassem à central relatórios individuais "de israelitas nacionais e estrangeiros estabelecidos na província, indicando a filiação político-social, forma de vida e atividades comerciais, situação actual, grau de perigosidade e perfil policial".

A ordem foi assinada por José María Finat y Escrivá de Romaní, que era conde de Mayalde e algum tempo depois tornou-se embaixador de Espanha em Berlim. Aí terá feito chegar a lista dos seis mil judeus a Heinrich Himmler. Tivesse a Espanha entrado na guerra e esses nomes figurariam hoje na lista dos mortos em Auschwitz, lembra Jorge M. Reverte. O conde foi galardoado várias vezes e há dez anos ganhou uma avenida com o seu nome em Hortaleza, na comunidade de Madrid. Finat chegou também a ser presidente da câmara da capital espanhola.

Quando terminou a guerra, os arquivos dos ministérios da Governação e Assuntos Exteriores foram limpos para que não houvesse provas do desejo do regime franquista em colaborar no Holocausto, refere o artigo publicado no El País."

Roberto disse...

"AH... sobre os judeus... aposto ke eles foram capturados e mortos na Espanha na guerra civil... já ke os nazis tiveram lá!!"

Na Guerra Civil na Espanha não houve movimentação nesse sentido. Embora o governo franquista depois repassou prisioneiros políticos pros nazis. Boa parte dos espanhois opositores a Franco se ficaram no campo de concentração de Mauthausen. Conforme o que é dito na matéria, a "lista" foi elaborada em 1941.

leandro disse...

Eu tenho uma cliente que tem um amigo que esteve la.. Ela em 85 anos e se chama maria fayos. Ela me relatou coisas interessantissimas sobre o governo franquista e sua politica em relação aos genocidas nazis. franco foi um cara extremamente inteligente, pois não se envolveu com nenhuma politica dos nazis. nem de exterminio nem na guerra em si. Muitos presos politicos em Mauthausen eram espanhois que haviam se refugiado na frança na guerra civil e la foram capturados.

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