A adaptação para o cinema de seu livro 'O Atentado', ganhou em 1987 um Oscar e um Globo de Ouro de melhor filme extrangeiro.- Sua consagração chegou em 1992 com a obra 'O descobrimento do céu'.- Tinha 83 anos
ISABEL FERRER - Amsterdã - 31/10/2010
Harry Mulisch em imagem de arquivo- EFE |
Filho de um banqueiro que havia emigrado do que um dia foi o Império Austro-Húngaro, e de uma dama judia de Amberes, seus pais se divorciaram ao fazer nove anos. Durante a guerra, o pequeno Harry permaneceu com seu progenitor em Haarlem, próximo à Amsterdã. Sua mãe passou a residir na capital holandesa. O pai de Mulisch trabalhava no banco holandês que custodiava os bens supostamente deixados de forma voluntária pelos judeus deportados. Nessa posição, salvou sua esposa e filho do Holocausto. A família da mãe, contudo, foi assassinada quase que em sua totalidade pelos nazis.
Além de 10 novelas, dezenas de relatos, obras de teatro e numerosos artigos, o escritor viu serem levados ao cinema com grande sucesso dois de seus livros. É o caso de O Atentado, que ganhou em 1987 o Oscar de melhor filme estrangeiro, além de um Globo de Ouro. Dirigido por seu compatriota Fons Rademaker, conta o castigo sofrido por um colaboracionista numa história com uma virada final. O holandês que havia ajudado os nazis, teve que deixar morrer um judeu perseguido para salvar outro. Em 2001, o ator Jeroen Krabbé filmou "O descobrimento do céu", sua novela mais ambiciosa. É a história do século XX contada por um anjo, onde se mesclam filosofia e genética. Ambas figuram entre as obras traduzidas para o espanhol, junto com O Procedimento e Sigfrido.
Fonte: El País(Espanha)
http://www.elpais.com/articulo/cultura/Fallece/Harry/Mulisch/escritores/holandeses/famosos/siglo/XX/elpepucul/20101031elpepucul_1/Tes
Tradução: Roberto Lucena
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