Dr. Horst Schumann, médico da SS Envolvido no programa de Eutanásia |
Viktor Brack, chefe da oficina da aktion T4 (no qual se praticava a eutanásia dos doentes mentais, os doentes crônicos, os judeus e os assim chamados antissociais) lhe pediu em 1939 que participasse como médico nesta ação de eutanásia, ao que Schumann aceitou pouco tempo depois. Em janeiro de 1940 foi nomeado chefe da clínica de eutanásia de Grafeneck em Württemberg; ali a eutanásia consistia em assassinar as pessoas mediante gases de escape. No verão de 1940 foi nomeado diretor da clínica Sonnenstein próxima de Pirna na Saxônia.
Depois que Hitler houvesse ordenado oficialmente a aniquilação dos assim chamados "doentes incuráveis", pondo-a sob o nome de código "14 f 13" também os presos dos campos de concentração, Schumann fez parte das comissões de médicos que selecionavam os presos incapacitados para trabalhar, assim como os presos extremamente débeis nos campos de concentração de Auschwitz, Buchenwald, Dachau, Flossenburg, Groß-Rosen (Gross-Rosen), Mauthausen, Neuengamme e Niederhangen, para serem transportados às clínicas de eutanásia, onde eram gaseados.
Em 28 de julho de 1941 Schumann chegou pela primeira vez a Auschwitz, onde selecionou 575 presos que foram transportados para a clínica de eutanásia em Sonnenstein próxima de Pirna, onde foram assassinados. A partir de agosto de 1941, a SS prosseguiu com sua ação "14 f 13", agora com os presos doentes lhes era injetado fenol diretamente no coração. Um ano e meio mais tarde, Schumann voltou a Auschwitz para pôr a prova um método "econômico e rápido", com raios-X, para esterilização em massa de homens e mulheres. Quase nenhuma de suas numerosas vítimas sobreviveu; sendo as causas dessas mortes as queimaduras sofridas, as "intervenções complementares" (extirpação de ovários e testículos), o esgotamento físico e o choque psíquico. Em 1944 Schumann abandonou Auschwitz. Em outubro de 1945 apareceu em Gladbeck, onde se deu alta no Registro e onde também foi nomeado médico desportivo.
Mediante um crédito que se concedia exclusivamente aos refugiados (!), abriu em 1949 sua própria clínica, e até 1951 as autoridades pertinentes não se deram conta de que na realidade se tratava de um criminoso nacional-socialista procurado. Schumann pode fugir. Nos anos seguintes, segundo suas declarações, exerceu medicina em um barco, trabalhou a partir de 1955 no Sudão, de onde fugiu em 1959, via Nigéria e Líbia, para Gana. Até 1966, Schumann não havia sido extraditado para a República Federal da Alemanha. Em setembro de 1970 foi aberto o processo contra Schumann, interrompido em abril do ano seguinte pela hipertensão arterial do acusado. Em 29 de julho de 1972 foi posto em liberdade, fato que passou desapercebido do grande público. Passou o resto de seus dias em Frankfurt, onde faleceu em 5 de maio de 1983, onze anos depois de haver sido posto em liberdade. Graças aos certificados médicos pode se livrar de uma condenação e até da prisão.
Fonte: Institut fuer Sozial- und Wirtschaftsgeschichte - Uni Linz (Áustria)
http://www.wsg-hist.uni-linz.ac.at/auschwitz/htmlesp/Schumann.html
http://www.wsg-hist.uni-linz.ac.at/auschwitz/htmld/Schumann.html
Foto: Arquivo Yad Vashem (http://collections.yadvashem.org/photosarchive/en-us/1059_12880.html)
Tradução: Roberto Lucena
Ver mais:
Experimentos Médicos - Oberhauser e Schumann
Tag Cobaias Humanas
2 comentários:
PARA NUNCA PERDERMOS A TERNURA, BASTA USAR TODA ESSA MAGIA E CONSTRUIR O NATAL TODO DIA.
LACHO KRECHUNO
COZINHA DOS VURDÓNS
Amsk, Feliz Natal e feliz ano novo antecipado. Deixar aqui meus votos de boas festas caso não role nenhum post com os votos pois eu tinha o costume de colocar mas ando pensando em cortar isso esse ano.
Abs. e próspero 2014 pra você e por um mundo menos intolerante.
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