Mostrando postagens com marcador Antonescu. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Antonescu. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Romênia proíbe símbolos fascistas e a negação do Holocausto

O presidente da Romênia promulgou uma lei que penaliza a negação do Holocausto e o fomento do Movimento Legionário fascista com sentenças de até três anos de prisão.

O presidente Klaus Iohannis assinou na terça-feira emendas a uma legislação já existente, aprovadas no mês passado pelo Parlamento.

A legislação também proíbe organizações e símbolos fascistas, racistas, xenofóbicos, e promover culpados de crimes contra a humanidade. As sentenças serão de até três anos de prisão.

A negação do Holocausto se refere a negar a participação da Romênia no extermínio de judeus e Romanis (ciganos) entre 1940 e 1944. Cerca de 280.000 judeus e 11.000 Romas, ou ciganos, foram assassinados durante o regime pró-fascista do ditador Marechal Ion Antonescu.

A Romênia tem poucos grupos radicais de direita como o Noua Dreapta, que poderia se ver afetado pela lei.

AP 22.07.2015 - 08:46h PST

Fonte: 20minutos (Espanha)
http://www.20minutos.com/noticia/b85789/rumania-prohibe-simbolos-fascistas-y-negar-el-holocausto/
Tradução: Roberto Lucena

Ver mais:
Rumania prohíbe símbolos fascistas y negar el Holocausto (Pulso, México)

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Romênia: deportação de ciganos em 1942, uma tragédia esquecida

Em maio de 1942, o marechal romeno Ion Antonescu ordenou a deportação para a Transnistria dos ciganos "nômades, sem ocupação ou delinquentes": quase 70 anos depois, os poucos sobreviventes evocam essa tragédia esquecida, um estigma indelével para tanta gente.

"Eles nos detiveram numa rua de Bucareste, colocando-nos numa carroça puxada por cavalos e nos diziam que seríamos levados a um lugar onde receberíamos terras", conta à AFP Marin Safta, de 89 anos de idade, que perdeu a mãe e um irmão durante os dois anos passados na Transnistria, uma região controlada, então, pelo regime pró-nazista de Antonescu.

"Deportaram-nos para nos matar, mas, como podem ver, eu não morri", diz o velho homem, que vive numa pequena casa escura, sem nunca ter sido indenizado.

A tragédia ainda está bem viva, e será também recordada nesta sexta-feira, Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto.

Dos 208 mil ciganos que viviam no país em 1942 25.000, isto é 12%, foram deportados, segundo o informe sobre o Holocausto na Romênia, redigido por uma comissão internacional de historiadores liderada pelo Prêmio Nobel da Paz Elie Wiesel. Onze mil morreram.

Entre 280 mil e 380 mil judeus romenos e ucranianos também vieram a falecer nos territórios administrados por Bucareste.

"A deportação de ciganos gerou vários abusos. Também tiveram o mesmo destino famílias de romenos pobres, de húngaros e turcos, e pessoas que tinham mesmo um trabalho ou terras", segundo a comissão.

Gheorghe Stana tinha 7 anos quando chegou a ordem de deportação. "Tínhamos uma casa, meu pai trabalhava como jornaleiro, mas nada adiantou. Fomos todos levados, minha mãe, minha irmã...", conta Stana à AFP. Ele nasceu em Vedea (sul).

A falta de alimentos, as enfermidades e o trabalho forçado dizimaram os deportados. "Milhares de pessoas morreram ali. Os corpos eram jogados numa fossa, como animais. Ainda tenho diante de meus olhos essas imagens", diz.

"Quando a guerra acabou, nos deixaram ir embora", conta Safta, narrando como voltou de trem até a fronteira atual entre a Moldávia e a Romênia, seguindo, depois, a pé, até Bucareste.

Os dois homens dizem que "falaram muito pouco" a seus filhos sobre essa tragédia, porque tentavam eles próprios não pensar mais nela.

O fato de a ordem oficial de deportação só dizer respeito a algumas categorias de ciganos "tem implicações profundas na mentalidade" da comunidade, explica o sociólogo Nicolae Furtuna.

Muitas vítimas sentem "vergonha de dizer que foram deportadas, é um estigma", explica o sociólogo, que compara a situação deles com a das mulheres estupradas.

Furtuna, que ouviu dezenas de sobreviventes, conta depoimentos terríveis. "Me disseram que alguns chegaram a comer carne humana, outros esconderam em casa o corpo de um parente morto para continuar recebendo sua ração de comida", diz, lamentando a falta de documentos escritos sobre esses acontecimentos.

"São esses detalhes, mais que os números, que nos fazem viver esse período triste", diz, destacando ser "um dever moral transmitir essas experiências" aos jovens, sejam ciganos ou não.

Fonte: AFP
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5579241-EI8142,00-Romenia+deportacao+de+ciganos+em+uma+tragedia+esquecida.html

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...