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quarta-feira, 8 de abril de 2009

"Números" da Cruz Vermelha no Holocausto, mais uma armação "revisionista"

Por Leo Gott


Nas “famosas” 66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto (documento elaborado pelo então diretor do IHR, Greg Raven e pelo neonazista Ernst Zündel, onde eles criaram a pergunta e também a resposta, o Projeto Nizkor fez a réplica das perguntas COM FONTES, e que até hoje os “revisionistas” não fizeram a tréplica), podemos ver uma pergunta relacionada com as visitas da Cruz Vermelha ao campo de extermínio de Auschwitz que foi numerada como pergunta número 51: (os grifos são meus)

51. Que relatório deu a Cruz Vermelha Internacional sobre a questão do "Holocausto"?

O IHR diz:

Um relatório sobre a visita a Auschwitz de delegados da Cruz Vermelha Internacional realizada em setembro de 1944 assinalou que era permitido aos prisioneiros receber pacotes e que não se pôde verificar os rumores sobre câmaras de gás.

O NIZKOR diz:


Não se pôde verificar os rumores sobre as câmaras de gás porque se proibiu expressamente os delegados de visitarem os Krema de Auschwitz, onde estavam as câmaras de gás e os crematórios. Só os levaram somente as zonas do enorme complexo que alojavam os prisioneiros que não iam ser exterminados. Havia alguns prisioneiros de guerra aliados em Auschwitz, vivendo em condições razoáveis, mas que sabiam dos gaseamentos e o mencionaram aos delegados da Cruz Vermelha.

Por exemplo, o antigo SS-Untersturmführer Dr. Hans Münch confirmou isto em seu testemunho perante o Tribunal Internacional de Nuremberg (Trial of the Major War Criminals, 1948, Vol. VIII, p. 313-321). Disse:

Fui testemunha repetidas vezes de diversas visitas guiadas de civis e delegados da Cruz Vermelha, e pude comprovar que a direção do campo preparou tudo magistralmente para dirigir estas visitas de tal maneira que os visitantes não vissem o mais mínimo tratamento inumano. Só se mostrava o campo principal, e neste campo principal estavam os chamados blocos de exposição, sobretudo o bloco 13, que estavam especialmente preparados para estas visitas guiadas e que estavam equipados como um barracão normal de soldados, com camas com lençóis, e serviços que funcionavam.

Ironicamente, esta política de não mostrar as instalações de extermínio também foram confirmadas pelo próprio IHR, ainda que sem o querer. No "Relatório Lüftl", o suposto especialista(expert) Walter Lüftl menciona um relatório enviado aos comandantes dos campos de concentração. De acordo com Lüftl, é dito:

Não se deve mostrar nem o bordel nem os crematórios durante as visitas ao campo. Não se deve mencionar a existência destas instalações às pessoas que visitem o campo...


Lüftl segue comentando:

Aparentemente, então, podia-se mostrar e mencionar todo o demais aos visitantes. Logicamente, se tivesse existido uma câmara de gás, poderia ter-se mostrado e se poderia ter falado dela; se não, teria sido incluída na proibição.

Dado que não podemos assumir que nenhum membro das SS jamais mostrou uma câmaras de gás [destinada a matar pessoas] aos inspetores da Cruz Vermelha Internacional, é possível concluir que não havia nenhuma.


Lüftl, que supostamente é um especialista(expert), não é nem sequer consciente de que o termo "crematórios" refere-se aos complexos de cremação, que não só incluíam os fornos, como também as câmaras de gás.

Sem querer, ele tem apresentado provas contra suas próprias hipóteses - por que era necessário se ocultar os complexos de cremação da Cruz Vermelha se ali não ocorria nada que a Cruz Vermelha não devesse ver?

O "Relatório Lüftl" está na Internet num arquivo de texto no Nizkor, ou em uma página web no website de Greg Raven. Procure no texto "Red Cross".

A própria Cruz Vermelha em seu site, informa que foi impossibilitada de fazer uma vistoria no campo de acordo com os padrões, e que quando estes eram autorizados eram visitas orquestradas, conforme narrado pelo “revisionista” Walter Lüftl.


Sobre um suposto documento que a Cruz Vermelha emitiu com a quantidade de mortos por campo de concentração que é espalhado em sites neonazistas e antissemitas, além de comunidades nos sites de relacionamento, a Cruz Vermelha emitiu um comunicado em 11 de outubro de 1965 e que foi publicado no livro Legenden, Lügen, Vorurteile editado pelo historiador alemão Wolfgang Benz e outros, nas páginas 107 a 112, segue abaixo trecho do livro e da carta traduzida pelo colaborador deste blog, Roberto Muehlenkamp (grifos meus):

“Não é possível, contudo, indicar um número absoluto com exatidão matemática. Este fato tem vindo a ser utilizado durante décadas por extremistas de direita e neo-nazis para diminuir ou negar completamente a dimensão do Holocausto. As suas "provas" consistem em truques estatísticos, alegadas declarações do Cruz Vermelha Internacional ou da ONU e repetidas tentativas de demonstrar a impossibilidade técnica do extermínio em massa em Auschwitz e outros campos de extermínio ou a falsidade das provas reais.

A "fonte" mais antiga, mas que continua a ser citada, é uma alegada constatação oficial da Cruz Vermelha nos primeiros anos depois da guerra, segundo a qual houve um máximo de 300.000 vítimas de perseguição racista, religiosa ou política. Esta indicação, propagada primeiro em jornais suíços e depois entre extremistas de direita alemães, é uma invenção de partes interessadas, conforme se depreende da Declaração do Comitê Internacional da Cruz Vermelha perante o Instituto de História Contemporânea em Munique de 17 de Agosto de 1955.

A publicação desta informação não impediu que se continuasse a propagar este número disparatado.

Dez anos mais tarde, em 11 de Outubro de 1965, a Cruz Vermelha novamente se distanciou decididamente: "Gostaríamos que ficasse claro que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Genebra não tem absolutamente nada a ver com estas afirmações. Estatísticas sobre perdas na guerra e as vítimas de perseguições políticas, racistas ou religiosas não fazem parte da sua área de competência, nem nunca fizeram. Mesmo tratando-se de prisioneiros de guerra (que se encontram protegidos desde 1929 por um acordo internacional e para os quais, como é do vosso conhecimento, possuímos uma Central de Procura) não nos atrevemos a indicar números, uma vez que estamos bem conscientes de que não podemos estar na posse de todas as informações respeitantes a este grupo de vítimas de guerra. Tanto mais estamos obrigados a abster-nos de qualquer estimativa quando se trata de civis que naquela altura não estavam protegidos por qualquer convenção e, portanto, estavam quase completamente fora do alcance da ação da Cruz Vermelha.”


Um blog “revisionista” de nome “revisionismo em linha” de propriedade do Sr. João Dordio neste artigo afirma que (grifos meus):

Ninguém duvida da credibilidade da Cruz Vermelha. Em todos os cenários de guerra, em todos os cenários de calamidade, os dados fornecidos por esta instituição não merecem grandes dúvidas. Porém, como em tudo, existe uma excepção. Ainda ninguém nos explicou porque é que os dados da Cruz Vermelha já não merecem credibilidade quando apontam um número de mortos nos campos de concentração Nazis muito mais baixos do que os da história oficial…


Podemos concluir que as dúvidas apontadas não só pelo Sr.João Dordio (Johny Drake) mas por vários outros “revisionistas” foram sanadas neste artigo, a não ser aqueles que ainda mantêm viva a “fé revisionista”, aquela que “remove montanhas”, ops, “remove fontes”.


sexta-feira, 27 de junho de 2008

Cruz Vermelha alemã teve "papel infeliz" durante o nazismo

BERLIM, 24 JUN (ANSA) - A Cruz Vermelha Alemã (DRK) teve um "papel infeliz" durante o nazismo, disse nesta terça-feira em Berlim o atual presidente da organização, Rudolf Seiters, durante a apresentação de um estudo histórico sobre a adequação da DRK à Alemanha de Hitler.

"É triste pensar o quanto a Cruz Vermelha Alemã se distanciou de seus princípios humanitários", disse Seiters, que já ocupou o cargo de ministro do Interior do Governo alemão.

Segundo o estudo das historiadoras Brigitte Morgenbrod e Stephanie Mekenich, de 1933 a 1945 a DRK socorreu apenas os soldados, os prisioneiros e os civis alemães e não fez nada para ajudar as vítimas e os perseguidos pelo regime.

Muitos membros da DRK, afirma o estudo, sabiam mas fechavam os olhos para as deportações, os fuzilamentos e os campos de concentração.

As historiadoras disseram, por exemplo, que em 1944 no campo de concentração de Theresienstadt, membros da DRK acompanhavam visitantes da Cruz Vermelha Internacional (ICRC) ao longo de um percurso predeterminado atrás do qual eram escondidos todos os horrores da prisão.

Segundo a pesquisa, a cruz vermelha aceitou desde 1933 o regime nazista, expulsando rapidamente todos os seus membros judeus.

Fonte: ANSA
http://www.ansa.it/ansalatinabr/notizie/rubriche/mundo/20080624125534679179.html

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