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sábado, 7 de setembro de 2013

Morre Rochus Misch, ex guarda-costas de Hitler

Capa do livro com o testemunho de Rochus Misch,
ex-guarda costas de Hitler
Foto: Reprodução RFI
Morreu nesta sexta-feira em Berlim Rochus Misch, 96 anos, guarda-costas de Adolf Hitler, e uma das únicas testemunhas vivas dos últimos momentos que antecederam o suicídio do Führer no fim da guerra.

Misch, oficial adjunto da SS, a polícia nazista, morreu de um ataque cardíaco em sua casa em Berlim, segundo sua família. Poucos dias antes do fim da guerra, ele estava encarregado do atendimento telefônico na chancelaria.

Em seus depoimentos, que deram origem a um livro e a um DVD, ele contesta as versões de jornalistas e historiadores sobre os últimos momentos antes da queda de Hitler.

"Era menos 'teatral' do que normalmente é descrito. O pior, era o silêncio. Todo mundo falava em voz baixa e ninguém sabia o porquê. Para mim era o bunker da morte", declarou.

Questionado, sobre os melhores momentos de sua vida, Misch costumava mostrar fotos da residência de Hitler na Bavária. "Sim, foi o melhor período da minha vida. Maravilhoso, como estar de férias. O chefe sempre estava relaxado neste lugar", conta.

"No fim da guerra, se alguém queria falar com Hitler, seja Goebbels, Göring ou algum outro, era preciso passar por mim. Eu que atendia os telefonemas", descreve.

Michus conta ter visto no dia 30 de abril de 1945 os corpos de Hitler e Eva Braun depois do suícidio serem levados para jardim da Chancelaria para serem incinerados.

Preso em 1945, Misch passou nove anos nos campos soviéticos. O ex-capitão da SS Günther Schwägermann, que hoje tem 98 anos, ex-auxiliar de Goebbels, é o último sobrevivente do bunker.

Fonte: RFI (Portugal)
http://www.portugues.rfi.fr/europa/20130906-morre-rochus-misch-ex-guarda-costas-de-hitler

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Alemanha lembra os 80 anos da chegada de Hitler ao poder

A exposição "Berlim 1933- O caminho para ditadura" em cartaz no centro de documentação "Topografia do Terror".
kulturprojekte-berlin.de
RFI

Berlim marca hoje com uma série de eventos os 80 anos da chegada de Hitler ao poder. Na abertura de uma das 120 exposições que serão realizadas durante todo o ano, a chanceler alemã Angela Merkel ressaltou “a responsabilidade permanente da Alemanha pelos crimes nazistas”.

Com a colaboração de Marcio Damasceno, correspondente da RFI em Berlim

A chanceler alemã, Angela Merkel, inaugurou nesta quarta-feira, a exibição, chamada "Berlim 1933 – O caminho para a ditadura", retrata os últimos dias da República de Weimar e os seis primeiros meses do governo de Hitler, quando o país foi transformado rapidamente de uma democracia frágil em uma ditadura.

A mostra traz cerca de 100 fotos e documentos de época, exibidos no centro de documentação "Topografia do Terror", localizado no centro da capital alemã, onde funcionava o quartel general da polícia secreta de Hitler, a Gestapo. A exibição recorda também de 36 cidadãos que foram vítimas da violência dos nazistas nas semanas seguintes à nomeação de Hitler como chefe de governo.

A mostra será apenas uma de uma série de 120 exposições e eventos realizados durante este ano em museus, galerias e teatros da capital alemã em recordação aos 80 anos da nomeação de Hitler como chanceler alemão e à ascensão dos nazistas ao poder.

Outra exposição importante que faz parte da programação deste ano será aberta nesta quinta-feira no Museu de História Alemã, com o nome "Diversidade destruída. Berlim 1933-1938". Esta exibição se dedica às transformações que atingiram a vida capital alemã sob o regime totalitário nazista. Berlim era até então o centro da vida judia na Alemanha, abrigando mais de 160 mil judeus, uma diversidade cultural que foi destruída.

Fonte: RFI
http://www.portugues.rfi.fr/europa/20130130-alemanha-lembra-os-80-anos-da-chegada-de-hitler-ao-poder

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Merkel inaugura memorial para ciganos vítimas do Holocausto

BERLIM — A chanceler alemã, Angela Merkel, inaugurou nesta quarta-feira um memorial em homenagem aos cerca de meio milhão de ciganos assassinados pelo regime nazista e alertou para a enorme discriminação ainda existente contra essa minoria.

O monumento, que sofreu muitos atrasos para ficar pronto, consiste em uma piscina redonda com um monólito triangular no centro no qual repousará a cada dia uma flor recém-colhida, e se localiza em frente ao Reichstag, o edifício do Parlamento, no centro de Berlim.

Uma linha do tempo sobre o extermínio nazista fica ao lado do memorial, que após 20 anos de atrasos foi finalmente construído com um subsídio do governo federal de 2,8 milhões de euros (3,6 milhões de dólares).

"Auschwitz", do poeta e compositor italiano Santino Spinelli, está gravado na borda da piscina em inglês e alemão, contando o sofrimento e a dor causados aos Sinti e Roma, dois grupos ciganos muito presentes na Alemanha.

O monumento foi projetado pelo artista israelense Dani Karavan, de 81 anos, e está localizado próximo a outros dois memoriais para as vítimas da barbárie nazista, um campo repleto de pilares para os seis milhões de judeus assassinados e um monumento menor para os homossexuais vítimas de Hitler.

Merkel, que estava visivelmente comovida durante a cerimônia de inauguração, afirmou que este capítulo terrível da história da Alemanha a enchia "de tristeza e vergonha". Ela saudou a obra de Karavan, ao dizer que seu design "fala tanto para o coração quanto para a mente".

"Este memorial lembra um grupo de vítimas que foi ignorado por muito tempo", afirmou, lembrando que o governo da Alemanha Ocidental só reconheceu o genocídio em 1982.

"Recorda a injustiça indescritível que foi infligida a vocês", afirmou à plateia, que incluía muitos sobreviventes idosos. Organizadores forneceram cobertores azuis para protegê-los do frio do mês de outubro.

"Os Sinti e Roma ainda sofrem de ostracismo e condenação", afirmou. "Proteger as minorias é nosso dever, hoje e amanhã".

"A sociedade não aprendeu nada"

O alemão Zoni Weisz, de 75 anos, lutou para conter as lágrimas ao relembrar sua fuga angustiante da deportação com a ajuda de um corajoso policial enquanto a maior parte de sua família foi enviada para um campo de concentração.

Ele disse que a Europa não estava vivendo à altura das responsabilidades competentes a ela após o assassinato dos Sinti e Roma sete décadas atrás.

"A sociedade não aprendeu nada, quase nada", afirmou. "Do contrário eles iriam nos tratar de forma diferente".

Os pais de Weisz, as irmãs e o irmão mais novo foram mortos em Auschwitz, enquanto ele sobreviveu escondido.

Os nazistas consideravam os Roma e Sinti racialmente inferiores, como os judeus, e realizaram uma campanha sistemática de opressão contra eles.

Em 1938, o chefe nazista Heinrich Himmler ordenou a "solução final da questão cigana".

Aqueles capturados na varredura foram confinados a guetos, deportados para campos de concentração e mortos. Muitos foram utilizados em experimentos médicos grotescos e esterilização forçada.

Historiadores estimam que cerca de 500.000 homens, mulheres e crianças ciganos de toda a Europa foram mortos entre 1933 e 1945, dizimando uma população com raízes na Alemanha que datam de seis séculos.

O líder do Conselho Central de Sinti e Roma na Alemanha, Romani Rose, que lidera uma comunidade de cerca de 70 mil pessoas, contestou ferozmente a referência utilizada no memorial aos "ciganos", um termo comumente usado no passado, mas agora visto como depreciativo.

Cerca de 11 milhões de ciganos vivem na Europa, sete milhões dos quais na União Europeia, assumindo o posto da maior minoria étnica do continente. Mas eles sofrem com uma pobreza desproporcional e com enorme discriminação.

A queda da Cortina de Ferro em 1989 e a expansão do Leste Europeu provocaram a migração de alguns dos ciganos para o oeste, mais rico, e países como França e Itália implementaram medidas de segurança, que incluem a destruição de acampamentos considerados ilegais.

Recentemente, Berlim manifestou seu desejo de deter essas migrações, desejando que fosse retirada a isenção de visto para os cidadãos sérvios e macedônios, muitos dos quais são ciganos.

Após o discurso de Merkel na cerimônia, um desordeiro protestou perguntando à chanceler: "O que você diz sobre os deportados? Eles também querem ficar aqui!".

De Deborah Cole (AFP)

Vídeos: Bluchannel TV e AFP


Fonte: AFP/Google
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5iwie8AZmXk-piI7yPX13CE6XUOyg?docId=CNG.ed0cb0e81492b44ee019fd55ee283104.491

Ver mais:
Alemanha cria memorial para ciganos vítimas do Holocausto (BBC Brasil/Terra)
Merkel homenageia vítimas ciganas do Holocausto (Diário de Notícias, Portugal)

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Memorial aos ciganos vítimas do Holocausto será inaugurado em Berlim

De Céline LE PRIOUX (AFP) – Há 6 horas

BERLIM — Mais de 65 anos depois do Holocausto, a chanceler alemã, Angela Merkel, irá inaugurar nesta quarta-feira, em Berlim, um memorial aos ciganos vítimas do nazismo, no momento em que esta comunidade ainda enfrenta casos de racismo e discriminação na Europa.

Quase 500 mil sinti e roms da Europa, dois grupos ciganos muito presentes na Alemanha e considerados "racialmente inferiores", foram assassinados pelo III Reich, segundo estimativas oficiais.

Situado em frente ao Parlamento alemão, o memorial aos sinti e roms, criado pela artista israelense Dani Karavan, consiste em um eixo com um pilar central no qual repousará a cada dia uma flor recém-colhida. Ele está localizado perto de um outro dedicado às vítimas do Holocausto e um dedicado aos homossexuais mortos pelos nazistas.

"O Holocausto contra os ciganos - ou "Porajmos", que significa literalmente devorar - tem sido por muito tempo negado e não tem sido objeto de pesquisas históricas, não só na Alemanha, mas também em outros países como a França de Vichy ou países do Leste Europeu que participaram da perseguição", considerou o historiador Wolfgang Wippermann, da Universidade Livre de Berlim.

"Ao contrário dos judeus, que os nazistas perseguiam pela sua religião, os ciganos, católicos em sua maioria, não eram necessariamente identificáveis entre outros cidadãos", explica Romani Rose, presidente do Conselho Central alemão dos sinti e roms.

Para remediar esta situação, os "pesquisadores raciais" da Alemanha nazista gravaram uma série de características e estabeleceram genealogias que às vezes remontavam ao século XVI, para detectar um "ancestral cigano", a fim de enviar para os campos de extermínio os "de sangue misturado". Em Auschwitz e em Ravensbrück, eles serviram como cobaias para experiências médicas.

A RFA reconheceu oficialmente este genocídio em 1982, com um gesto do chanceler Helmut Schmidt. E em 1997, o presidente Roman Herzog ressaltou pela primeira vez que ele teve a mesma motivação racista e que havia sido praticado pelos nazistas com a mesma resolução e o mesmo desejo que o extermínio dos judeus.

Atualmente, 11 milhões de ciganos vivem no continente europeu, entre eles sete milhões na União Europeia, principalmente na Europa Central e do Sudeste, na Romênia, Bulgária, Hungria e Eslováquia.

A maior minoria étnica na Europa é também a mais pobre, que sofre com a discriminação e o racismo. Rose denuncia principalmente a situação na Romênia, onde foram libertados da escravidão em 1856, na Bulgária, Hungria, Eslováquia, mas também na França e Itália.

A queda da Cortina de Ferro em 1989 e a expansão do Leste Europeu provocou a migração de alguns para o oeste mais rico, e países como França e Itália implementaram medidas de segurança, que incluem a destruição de acampamentos considerados ilegais.

Atualmente vivem na Alemanha cerca de 70 mil ciganos de nacionalidade alemã. "Eles não são nômades e suas famílias estão, por vezes, instaladas há 600 anos em nosso país", indica Wippermann.

Eles fazem parte desde 1997 das quatro minorias protegidas na Alemanha, como os dinamarqueses e os frísios instalados no norte, e os sorbs que vivem no leste.

Nas últimas duas décadas, várias dezenas de milhares de ciganos originários do Leste Europeu também tentaram uma chance na Alemanha. Mas não existem campos selvagens, com dizia o presidente Nicolas Sarkozy há dois anos, afirmando que Angela Merkel procederia com evacuações.

Recentemente, Berlim manifestou seu desejo de fazer parar essas migrações, desejando que fosse retirada a isenção de visto para os cidadãos sérvios e macedônios, muitos dos quais são ciganos.

Fonte: AFP
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5jcaxA9djip7D5zxIC3LV5EhX9knw?docId=CNG.33a5fe2e73c231d7d6abac75c4abd70b.41

Ver mais:
El Holocausto gitano, por fin reconocido (Deutsche Welle, Alemanha)
Berlín inaugura su monumento en memoria de los gitanos víctimas del Holocausto (AFP, em espanhol)

domingo, 7 de outubro de 2012

Uma mentira descarada no novo livro negacionista do Holocausto

No novo "livro manual" sobre o Holocausto, The Gas Vans (As vans de gaseamento), que pode ser baixado aqui, Santiago Alvarez ("revisionista") tenta remover o testemunho de 1960 de August Becker, que Roberto copiou de Klee (e outros autores) do livro 'The Good Old Days' para esta postagem (tradução em português aqui). Alvarez (pág.190) afirma que Becker não poderia ter sido testemunha do extermínio de deportados em Minsk que começou em maio de 1942. Ele deliberadamente encurta a sentença de Becker de "Eu não suportava mais, e três dias mais tarde, deve ter sido em setembro de 1942, viajei de volta por caminhão através de Varsóvia até Berlim" para "Eu não suportava mais", omitindo, assim, a data em que Becker claramente afirma que foi a sentença.

Alvarez também revela uma estupenda estupidez. Ele chia por um erro óbvio no verbete de Becker na Wikipedia, que afirma que ele foi condenado a 10 anos no julgamento KTI e faz vista grossa da nota ambígua de sobre Klee e outros (pág. 289) de que ele foi realmente declarado inapto para ser julgado. Ele admite que o Hauptsturmführer Rühl deve ser Felix Rühl do Einsatzgruppe D embora a descrição de Becker dele se encaixa no registro de serviço de Adolf Rübe, que estava sob as ordens da KdS em Minsk e tomou parte na chacina de Slutzk de fevereiro de 1943 que Nick discutiu aqui. Além disso, na página 12 do livro ele revela que o livro foi escrito com a "ajuda de Thomas Kues", que forneceu inúmeros documentos e melhorias sugeridas por Mattogno. Ou seja, nossos velhos amigos fizeram outra confusão desonesta contra seus leitores.

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2011/12/blatant-lie-in-new-holocaust-handbook.html
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Jantar debate Lisboa e Berlim sob domínio de Hitler

A associação cultural Academia Prima Folia organiza, no próximo sábado, dia 12 de Novembro, às 20:00, um jantar debate sob o tema "Portugal e a Alemanha Nazi" com o jornalista e historiador António Louçã.

António Louçã tem diversos livros publicados, entre eles "Negócios com os nazis. Ouro e outras pilhagens", "Hitler e Salazar. Comércio em tempos de guerra", "Portugal visto pelos nazis. Documentos. 1933-1945", "Conspiradores e traficantes. Portugal no tráfico de armas e de divisas nos anos do nazismo. 1933-1945" e "O segredo da Rua d'O Século.Ligações perigosas de um dirigente judeu com a Alemanha nazi (1935-1939)”.

Louçã, actualmente jornalista na RTP, foi correspondente do Diário Popular, diretor da revista mensal Versus, chefe de redação do Semana Informática e editor da revista História.
(ES)

Fonte: Jornal HARDMUSICA (Portugal)
http://hardmusica.pt/noticia_detalhe.php?cd_noticia=10622

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Hitler sabia do Holocausto. "Todas as medidas contra os judeus devem ser discutidas diretamente com o Führer"

Em 6 de dezembro de 1939 Heinrich Himmler desejava discutir na chancelaria do Führer, sob o comando de Rudolf Hess, uma série de medidas contra os judeus.

O Chefe de Gabinete da Chancelaria é Martin Bormann, que está acostumado a trabalhar diretamente com Hitler e é especialista em lhe livrar de miudezas. Um ano e meio mais tarde, quando Hess decidiu voar até a Escócia, Bormann se verá recompensado con a chefia suprema da Chancelaria.

Mas regressemos a dezembro de 1939. A segunda guerra mundial tinha três meses de andamento. Está se tentando chegar a algum tipo de acordo com o Reino Unido e a França, agora que a Polônia não mais existe. Há que renegociar com a URSS as linhas de influência. E a ocupação da Polônia. As medidas as quais Himmler deseja fazer, em concreto, são sobre o que fazer com as linhas de telefone que ainda são propiedade de judeus, e se se deve adotar algum tipo de insígnia para os identificar.

A resposta de Bormann está conservada no Bundesarchiv Berlin NS 18alt/842: “o Reichshführer SS discutirá todas as medidas contra os judeus diretamente com o Führer”.

Fonte do livro: Peter Longerich: The Unwritten Order. Hitler’s Role in the Final Solution. Tempus, Charleston 2001. pg. 45-46.
Fonte: blog antirrevisionismo(Espanha)
http://antirrevisionismo.wordpress.com/2011/07/09/todas-las-medidas-contra-los-judios-han-de-ser-discutidas-directamente-con-el-fuhrer/
Tradução: Roberto Lucena

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Hitler, desmontagem de um mito “kitsch”

Bustos do Führer expostos no Museu Histórico Alemão de Berlim.
A exposição “Hitler e os alemães”, inaugurada em Berlim no dia 15 de outubro, tenta compreender a relação entre o ditador e o seu povo. Para a imprensa local, o objetivo só foi parcialmente conseguido.

É a primeira exposição sobre Hitler organizada na Alemanha e está a dar brado. Inaugurada no dia 15 deste mês no Museu Histórico Alemão de Berlim, “Hitler e os alemães” apresenta várias centenas de objetos, fotografias e documentos que procuram explicar a relação entre o ditador nazi e o seu povo.

“É sobre nós ou sobre ele?”, interroga-se o Tagesspiegel. “Quem for à espera de análises psicológicas, abordagens biográficas, um modelo de explicação”, ou do retrato “de um monstro criminoso, um mito, um ícone pop ou um fantasma, sai desiludido”, considera o diário. Porque o que o visitante encontra é “um bom livro de história do nacional-socialismo”, uma maneira “de evitar a todo o custo a fixação diabolizada do pós-guerra”.

Uma exposição que insiste demasiado na manipulação dos espíritos

Para o Süddeutsche Zeitung, o nazismo coloca uma única questão: “Como foi isto possível?”. Desse ponto de vista, a exposição preocupa-se em “não esconder os crimes por trás da relação de Hitler com os alemães”. Uma intenção que se traduz logo à entrada, onde se apresenta três retratos de Hitler, por trás dos quais se veem imagens de crimes e de destruição.

Mas “o maior problema da exposição”, considera o diário, é que a relação entre Hitler e os alemães parece dominada “pelo carisma e pela propaganda”, esquecendo-se “as vantagens práticas” do nazismo para os seus adeptos. “O Terceiro Reich era uma grande máquina para fazer carreira em todos os domínios”, recorda o SZ. A exposição mostra como a propaganda se apoiava em brinquedos de criança e em jogos para adultos, mas insiste demasiado na manipulação dos espíritos.

No entanto, observa Die Welt, “a coleção de bustos ‘kitsch’, de cartas elogiosas e declarações de amor de crianças e de adultos” tem por objetivo sublinhar “a nostalgia de um personagem redentor, profundamente ancorada [na época] na sociedade alemã”. O diário considera assim que “Hitler e os alemães” “desmonta o mito do ‘carisma' do Führer” e reduz o personagem à sua verdadeira dimensão: “não um génio sulfuroso, mas um impostor medíocre impregnado de ‘kitsch’”.

O alemão mais conhecido, apesar de ser austríaco

E no entanto, Hitler “permanece o alemão mais conhecido, apesar de ser austríaco”, constata o Tagespiegel. “Goste-se ou não, Hitler continua a ser o nosso marco nacional mais importante”, insiste Die Welt, salientando que a imprensa internacional se lançou a ver a exposição antes mesmo da abertura, “de uma maneira impensável relativamente a qualquer outro assunto histórico”.

O diário explica este interesse “pela natureza das coisas, porque não haverá nunca resposta unívoca e definitiva para a questão de saber como um país tão civilizado como a Alemanha pôde deixar avolumar-se um regime tão monstruoso e deixá-lo contar até quase ao fim com um tão largo apoio do povo alemão”.

Mas, espera Die Welt, ao sair da exposição, talvez os visitantes, alemães e estrangeiros, se sintam incitados “a ter menos respeito e menos medo dos ditadores atuais e futuros”, e a percecionarem, “por trás das máscaras de grandes líderes, existências desprezíveis e falhadas”.

Fonte: Presseurop
http://www.presseurop.eu/pt/content/article/362541-hitler-desmontagem-de-um-mito-kitsch

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Confrontos em Berlim e Hamburgo na véspera das comemorações

Na véspera do 1º de Maio, na Alemanha registaram-se confrontos em Berlim e Hamburgo entre esquerdistas e a polícia, de que resultaram ferimentos ligeiros em 32 agentes e dezenas de detenções, de acordo com as autoridades.
Em Berlim, um grupo de cerca de 200 esquerdistas promoveram uma manifestação não autorizada no bairro de Friedrihshain, lançaram pedras e garrafas contra a polícia e incendiaram contentores do lixo.

O forte dispositivo policial, composto por mais de mil agentes, obrigou os manifestantes a dispersar e cercou o perímetro do bairro com veículos pesados, incluindo canhões de água, efectuando mais de uma dezena de detenções.

Em Hamburgo, manifestantes partiram à pedrada a montra de um banco e incendiaram vários contentores do lixo, lançando também garrafas contra a polícia.

Já depois da meia-noite, o corpo de intervenção evacuou a rua onde ocorreram os distúrbios e deteve dezenas de manifestantes.

O balanço geral nas duas maiores metrópoles alemãs da chamada «noite das bruxas», que se festeja na véspera do 1.º de Maio, foi no entanto positivo, em comparação com os graves confrontos registados em anos anteriores, sublinharam porta-vozes da polícia.

Só em Berlim, mais de seis mil pessoas juntaram-se aos festejos da «noite das bruxas» nos bairros de Kreuzberg e Friedrichshain.

Para hoje, além da tradicional manifestação convocada pelos sindicatos, no centro da cidade, estão marcadas várias manifestações de grupos esquerdistas em Berlim, quase todas concentradas no bairro de Kreuzberg, e a polícia teme que, ao começo da noite, quando houver muito jovens alcoolizados, volte a haver distúrbios.

Mais de cinco mil agentes de todo o país foram destacados para a capital alemã para garantir a segurança no 1º de Maio, que em anos anteriores foi pretexto para confrontos entre grupos esquerdistas e anarquistas e a polícia de intervenção.

Além das manifestações, a polícia terá de vigiar também uma festa do partido neonazi NPD, junto à sua sede, no bairro de Koepenick, que vários grupos anti-fascistas pretendem impedir.

Fonte: TSF(Rádio Notícias)
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=1218381

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Instituição em Berlim oferece mestrado em Holocausto

Mestrado no Touro College dura dois anos

Como é possível abordar, de forma atual, o Holocausto? Como fazer exposições, livros e filmes sobre o tema? O curso de mestrado de uma escola superior em Berlim dedica-se a responder tais questionamentos.

O curso Holocausto – Comunicação e Tolerância começou a ser oferecido há um ano pelo Touro College, que é a primeira instituição teuto-judaica de ensino superior na Alemanha. Ele existe há cinco anos e obteve o reconhecimento estatal em 2006.

Sua sede, no oeste de Berlim, fica num prédio construído nos anos 1920 por uma família judaica. O curso é o único em seu gênero na Europa e foi criado por Bernard Lander, diretor do Touro College.

O único estrangeiro entre os 120 estudantes do curso é o israelense Guy Band, para quem o a dedicação dos professores é muito importante: "O tratamento é muito pessoal, já que passamos muito tempo com os professores", explicou. "Estudamos em uma sala pequena, o que facilita os questionamentos e as discussões, além de cada um poder expressar sua opinião", complementou.

Para o estudante, a combinação do mestrado é perfeita. "Não são ensinados somente fatos do Holocausto. Também aprendemos como o tema pode ser abordado ao longo do tempo e considerando as mudanças na mídia", explicou Guy.

Mercado de trabalho

Topografia do Terror, em Berlim, um museu ao ar livre que retrata o período nazista

Para a estudante Anke Eisfeld, a diversidade de colegas, com diferentes experiências profissionais, é muito interessante. "Praticamente aprendemos uns com os outros", ressaltou. Depois de quatro semestres, o mestrando recebe o título de M.A. (Masters in Arts, em inglês). O campo de trabalho é vasto: seja em memoriais ou museus, nos meios de comunicação ou até mesmo em escolas.

O grau de sucesso que a formação em Holocausto trará ainda é especulação, já que ninguém concluiu o curso. "Trabalharia em alguma área do jornalismo, transmitindo conhecimentos no contexto do Holocausto e de forma interessante", ressaltou Anke Eisfeld.

Para o estudante israelense Guy Band, a capital federal alemã é um bom lugar para trabalhar. "Há muitos exemplos de como se pode abordar o tema do Holocausto. É possível fazer estágios em diversos lugares que dizem respeito ao assunto e acredito que isso é muito importante", conclui.

Os candidatos que pretendem seguir este curso de mestrado precisam apenas demonstrar interesse pelo tema e apresentar um certificado de conclusão de curso superior. A área de atuação não é importante, há mestrandos jornalistas, pedagogos ou formados em História ou Ciências Políticas. O preço do semestre é de 3 mil euros por estudante.

Sarah Faupel (rsr)

Fonte: Deutsche Welle(Alemanha, 17.11.2008)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,3789109,00.html

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Plantas da construção do campo nazista de Auschwitz são achadas em Berlim

BERLIM (AFP) — Vinte e oito plantas de construção originais do campo de extermínio nazista de Auschwitz foram achadas num apartamento de Berlim, informou neste sábado o jornal Bild, ao repreoduzir cópia de alguns desses documentos.

As plantas foram feitas numa escala de 1/100, datam de entre 1941 e 1943 e levam o carimbo da "Direção de Construção das Waffen-SS e da polícia".

Algumas das plantas têm a assinatura de antigos chefes das SS e em uma delas as iniciais de seu diretor, Heinrich Himmler.

Certos documentos reproduzidos no jornal mostram a construção de um simples "campo de prisioneiros de guerra" em Auschwitz (a 60 km da cidade polonesa de Cracóvia), no entanto, um deles representa claramente uma câmara de gás, denominada assim ("Gaskammer"), de 11,66x11,20 metros. Esse plano foi desenhado pelo "detento No. 127" em 8 de novembro de 1941.

Nessa data estavam sendo realizadas experiências com gás Zyklon B, a marca registrada de um insecticida à base de cianureto usado pelos nazistas no Holocausto.

Outra cópia mostra o plano da famosa entrada do campo de Birkenau, que fazia parte do conjunto de Auschwitz, onde tinham lugar os extermínios e à qual chegavam diretamente os trens carregados de vítimas judias.

Outra planta mostra o primeiro crematório, com quadrados que correspondiam aos futuros fornos.

Nos documentos aparece a denominação "L.Keller", de "Leichenkeller", que significa o "porão dos cadáveres", de uma extensão inicial prevista de oito metros e capacidade de ampliação.

Mais de um milhão de deportados morreram em Auschwitz, em sua grande maioria judeus.

Fonte: AFP
http://afp.google.com/article/ALeqM5jzozKkBIdjOhNJUHtBUOdW9zAZQg
In english:
http://www.reuters.com/article/topNews/idUSTRE4A71SC20081108

domingo, 9 de novembro de 2008

Merkel lembra horror nazista contra judeus e pede que ninguém se cale

Da EFE
Gemma Casadevall
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Berlim, 9 nov (EFE).- A chanceler alemã, Angela Merkel, lembrou hoje o "horror" gerado pelos "pogroms" nazistas contra os judeus, e defendeu não se calar diante do anti-semitismo presente, sejam provenientes da extrema-direita ou dos que questionam o direito de Israel existir, seja do "Hamas, Hisbolá ou Irã".

"Os 'pogroms' - ondas de atos violentos contra judeus na Alemanha e na Áustria em diferentes ocasiões durante o Terceiro Reich - não foram o primeiro capítulo do anti-semitismo nazista, mas abriram as portas para a catástrofe das catástrofes", disse Merkel na sinagoga de Rykestrasse, em Berlim, nos 70 anos da "Noite dos Cristais" (Kristallnacht").

"Naquela noite, as sinagogas queimaram, depois queimou toda a Alemanha, depois toda a Europa", prosseguiu. Merkel pediu que ninguém cometa o erro de ontem e não se cale agora diante de outras formas de anti-semitismo.

A grande vergonha do cidadão da época foi "não dar um grito" enquanto arrancavam seus vizinhos judeu, comunista, social-democrata ou cigano de suas casas, "pois achava que a coisa não era com ele". Da mesma forma, seria vergonhoso agora não se fazer nada diante de quem "ameaça a existência de Israel", afirmou.

"A xenofobia, o racismo e o anti-semitismo não devem ter mais cabimento na Europa", disse, e isso deve se estender também ao mundo árabe e a outras partes do planeta.

Merkel lembrou os "pogroms" de 9 de novembro de 1938 como "a noite que representa o início do Holocausto", enquanto a presidente do Conselho Central dos Judeus da Alemanha, Charlotte Knobloch, sua experiência, como uma menina de 6 anos de Munique.

"O medo de percorrer essas ruas de comércios devastados com meu pai me acompanhou por toda a vida", disse. "O medo continua", acrescentou, seja pelas lembranças ou diante do aumento das forças dos neonazistas, para quem a Alemanha não pode "baixar a guarda".

Da sinagoga de Rykestrasse, a maior da Alemanha, Merkel e Knobloch traçaram uma parábola do horror do Terceiro Reich ao anti-semitismo atual. Da mesma forma que quase todos os templos judeus, esta sinagoga foi incendiada durante os "pogroms". As chamas não a destruíram, mas os nazistas a reduziram a estábulo para cavalos.

No ano passado, a sinagoga reabriu suas portas, restaurada com o retorno da Torá (livro de lei dos judeus), em um ato que simbolizou o milagre do lento, mas efetivo, retorno da comunidade judaica ao país do Holocausto.

A "Noite dos Cristais" representou o incêndio de mais de mil sinagogas na Alemanha e na Áustria. Cerca de 300 templos ficaram reduzidos a cinzas, 7,5 mil comércios judeus foram destruídos e 91 pessoas morreram.

No dia seguinte, aconteceu a prisão e deportação de 30 mil judeus para campos de concentração. Ao término da Segunda Guerra Mundial (1945), o número era de milhões.

O ministro da propaganda nazista da época, Joseph Goebbels, falou de uma "explosão espontânea de ira" pelo assassinato, em Paris, do diplomata alemão Ernst von Rath por um jovem judeu.

Ele próprio se encarregou de propagar uma onda anti-semita a partir da Prefeitura de Munique. Depois, houve uma operação articulada pela Gestapo (Polícia secreta), SA (guarda do Exército) e SS (guarda especial), em meio à cumplicidade e ao entusiasmo de parte da população e à passividade ou à impotência de outros.

O dia 9 de novembro concentra grande carga histórica na Alemanha. Essa data recorda a "Noite dos Cristais", 70 anos atrás, e também a queda do Muro de Berlim, em 1989.

"A noite da alegria, a noite da vergonha", resumiu hoje o jornal "Der Tagesspiegel", diante das duas datas.

Os "pogroms" de 1938 continuam envergonhando a Alemanha atual, pois simbolizam o início de uma perseguição que levou ao Holocausto, que deixou o saldo de 6 milhões de judeus mortos.

A queda do Muro de Berlim representou não só o fim de décadas de divisão na Guerra Fria, mas também a bipolaridade em blocos da Alemanha e do resto do mundo.

Para Berlim, foi uma façanha heróica, o triunfo da revolução pacífica contra o regime comunista de Moscou.

A comemoração da queda do Muro de Berlim foi discreta este ano. Apenas uma oferenda floral na Bernauerstrasse, uma das ruas que foi dividida pelo Muro e onde ainda se conserva um fragmento dele.

A grande ocasião para recordar a noite mais famosa na história da Berlim recente fica para 2009, coincidindo com o 20º aniversário da abertura de fato da fronteira inter-alemã. EFE

Fonte: G1/EFE
http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL855486-7084,00-MERKEL+LEMBRA+HORROR+NAZISTA+CONTRA+JUDEUS+E+PEDE+QUE+NINGUEM+SE+CALE.html

sábado, 8 de novembro de 2008

Maurice Bavaud - Suíça homenageia estudante que tentou matar Hitler

O presidente suíço lamentou esta sexta-feira que o seu país tenha falhado todas as vias diplomáticas para impedir que os nazis executassem um estudante suíço que tentou matar Hitler há 70 anos

Maurice Bavaud era estudante de teologia e tinha 25 anos quando foi executado na famosa prisão de Ploetzensee, em Berlim, depois de ter levado a cabo uma tentativa falhada de assassinar Adolf Hitler numa parada nazi em Munique a 9 de Novembro de 1938.

Por coincidência, Bavaud levou a cabo o atentado horas antes da Kristallnacht, ou Noite de Cristal, na qual os nazis destruíram sinagogas e lojas de judeus em toda a Alemanha e Áustria. «Ele parece ter antecipado a tragédia que Hitler traria para o mundo inteiro», afirmou o presidente Pascal Couchepin num comunicado no seu site oficial. «Por isto ele merece a nossa lembrança e reconhecimento».

Bavaud, que considerava o líder nazi um perigo para a Suíça, para o Cristianismo e para toda a Humanidade, foi preso alguns dias depois do seu atentado e, depois de ter sido torturado pela polícia secreta Gestapo, confessou os seus planos.

A Suíça, que seguiu uma política de neutralidade em relação à Alemanha antes e durante a Segunda Guerra Mundial, falhou na intervenção do caso Bavaud que foi guilhotinado em Maio de 1941.

A história deste estudante é pouco conhecida fora da Suíça, ao contrário do grupo de militares alemães que tentaram matar Hitler em 1944, quase seis anos depois do atentado de Bavaud. Este último serve de mote ao filme Valkyrie, de Tom Cruise, no qual o actor norte-americano desempenha o papel principal.

Fonte: Sol(Portugal)
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Internacional/Interior.aspx?content_id=115926
História de Maurice Bavaud e sua carta:
http://www.cyranos.ch/bavaud-e.htm

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Alemães que protegiam judeus ganham memorial em Berlim

Berlim, 27 out (EFE).- Os civis alemães que deram refúgio aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial e arriscaram com isso suas vidas ganharam hoje o chamado Memorial aos Heróis Silenciosos, em Berlim.

No centro inaugurado hoje são documentadas as vidas de 250 alemães que esconderam judeus perseguidos pelo Terceiro Reich, para evitar, portanto, que fossem deportados a campos de concentração e fossem vítimas do Holocausto.

O número de vidas salvas por esses heróis se estima em cinco mil, das quais 1.700 viviam em Berlim, informou hoje o diretor do Memorial da Resistência Alemã, o analista político Johannes Uchel.

Em 2004, a Fundação Resistência Alemã adquiriu o edifício na Rua Rosenthaler, onde o industriário Otto Weidt tinha uma oficina, na qual trabalharam pessoas cegas sob sua proteção durante o Nazismo.

Tuchel explicou hoje que muitos dos chamados heróis silenciosos se mantiveram no anonimato até agora "por modéstia".

De fato, quase 65 anos depois da capitulação nazista que pôs fim à Segunda Guerra Mundial, fica mais difícil localizar os protagonistas do capítulo mais negro da história alemã.

A exposição será ampliada nos próximos anos com os destinos de outros heróis europeus.

Fonte: EFE/G1
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL838559-5602,00.html
Ver também: Salvadores Alemães
http://holocausto-doc.blogspot.com/search?q=salvadores+alem%C3%A3es

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Homem é preso por grafitar memorial do Holocausto

BERLIM - A polícia de Berlim afirmou que um homem foi preso depois de grafitar mensagens anti-semitas no Memorial do Holocausto em Berlim.

A declaração da polícia afirma que um segurança deteve um jovem de 28 anos intoxicado, originário da Alemanha oriental, na noite de terça-feira, quando ele grafitava quatro dos blocos do enorme memorial.

O segurança chamou a polícia.

Segundo a declaração emitida nessa quarta-feira, o homem grafitou "palavras e imagens, algumas das quais continham mensagens anti-semitas" nos blocos de concreto.

O memorial às mais de 6 milhões de vítimas judias do holocausto contêm mais de 2,700 blocos de concreto cinza e fica perto do Portal de Brandenburgo.

O memorial foi aberto ao público em 2005 e é facilmente acessível a qualquer horário.

Vandalismo foi documentado inúmeras vezes no memorial.

Fonte: AP/Último Segundo
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2008/07/09/homem_e_preso_por_grafitar_memorial_do_holocausto_em_berlim_1428429.html

sábado, 5 de julho de 2008

Homem arranca cabeca de imagem de Hitler em museu de Berlim

Homem 'decapita' estátua de Hitler no museu Madame Tussauds de Berlim

Manifestante gritou 'Guerras, nunca mais!' antes de atacar o boneco de cera.
Representação do ditador em seus últimos dias de vida havia causado polêmica no país.


(Foto)Montagem mostra o local com (à esq.) e sem (à dir.) a estátua de Hitler. (Foto: Reuters)Um homem "decapitou" a figura de cera de Adolf Hitler no dia de abertura do museu de Madame Tussauds em Berlim, capital Alemã, informou a polícia neste sábado (5).

Minutos depois da abertura do museu de cera, um alemão de 41 anos empurrou dois guardas, foi até a figura e arrancou sua cabeça, aos gritos de "Guerra, nunca mais!", segundo a polícia.

Alertados, os policiais prenderam o homem, que não ofereceu resistência.

Segundo a polícia, o acusado mora no bairro de Kreuzberg, um lugar emblemático por seu multiculturalismo e porque seus habitantes costumam votar na esquerda.

Ele aparentemente queria protestar contra o fato de o boneco de Hitler fazer parte da exposição do museu, que provocou polêmica no país nos últimos dias.

O boneco de Hitler não pode ser tocado nem fotografado, segundo as regras impostas pelos responsáveis do museu.

O detido se aproximou do boneco de Hitler e, quando tentou tocá-lo, outro visitante foi impedi-lo, o que levou a uma briga entre os dois. Logo depois, funcionários do museu também tentaram barrá-lo, e um deles ficou ferido na perna.

Finalmente, o homem de Kreuzberg arrancou a cabeça do boneco de Hitler, antes de ser controlado pelo pessoal da segurança do museu.

A porta-voz do museu disse que o incidente não tinha como ser evitado. Ela não explicou se o boneco de Hitler, avaliado em 200 mil euros (mais de R$ 500 mil), voltará a integrar a exposição.

(Foto:AFP)Vigia do museu Madame Tussauds de Berlim guarda o local em que ficava a estátua de cera de Hitler, retirada depois de ter sido 'decapitada' por um visitante

Polêmica

A figura de cera de Hitler escondido em um bunker durante seus últimos dias de vida (ele se matou em 30 de abril de 1945 foi criticada e considerada de mau gosto pela imprensa e por políticos alemães.

Com ar derrotado, o "Führer" do museu berlinense tem um aspecto degradado em comparação a sua cópia mais jovial apresentada no museu Madame Tussauds de Londres.

Antes da abertura, a porta-voz do museu berlinense, Natalie Ruoss, defendeu a decisão: "está claro que queremos representar a história alemã. Seria difícil para nós excluí-lo. Queremos mostrar a realidade".

Os 74 outros personagens de cera do museu situado na avenida Unter den Linden, próximo à Porta de Brandeburgo e ao Memorial do Holocausto estão menos sujeitaoa controvérsia.

Os visitantes estrangeiros não terão dificuldades para reconhecer o sábio Albert Einstein, o compositor Ludwig van Beethoven, o chanceler Otto von Bismarck, o ex-goleiro da seleção alemã Oliver Kahn, o papa Bento 16 ou a atual chanceler alemã, Angela Merkel.

Fonte: Reuters/AFP/G1
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL636860-5602,00-HOMEM+DECAPITA+ESTATUA+DE+HITLER+NO+MUSEU+MADAME+TUSSAUDS+DE+BERLIM.html http://br.noticias.yahoo.com/s/reuters/cultura_gente_hitler_museu_pol

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Cruz Vermelha alemã teve "papel infeliz" durante o nazismo

BERLIM, 24 JUN (ANSA) - A Cruz Vermelha Alemã (DRK) teve um "papel infeliz" durante o nazismo, disse nesta terça-feira em Berlim o atual presidente da organização, Rudolf Seiters, durante a apresentação de um estudo histórico sobre a adequação da DRK à Alemanha de Hitler.

"É triste pensar o quanto a Cruz Vermelha Alemã se distanciou de seus princípios humanitários", disse Seiters, que já ocupou o cargo de ministro do Interior do Governo alemão.

Segundo o estudo das historiadoras Brigitte Morgenbrod e Stephanie Mekenich, de 1933 a 1945 a DRK socorreu apenas os soldados, os prisioneiros e os civis alemães e não fez nada para ajudar as vítimas e os perseguidos pelo regime.

Muitos membros da DRK, afirma o estudo, sabiam mas fechavam os olhos para as deportações, os fuzilamentos e os campos de concentração.

As historiadoras disseram, por exemplo, que em 1944 no campo de concentração de Theresienstadt, membros da DRK acompanhavam visitantes da Cruz Vermelha Internacional (ICRC) ao longo de um percurso predeterminado atrás do qual eram escondidos todos os horrores da prisão.

Segundo a pesquisa, a cruz vermelha aceitou desde 1933 o regime nazista, expulsando rapidamente todos os seus membros judeus.

Fonte: ANSA
http://www.ansa.it/ansalatinabr/notizie/rubriche/mundo/20080624125534679179.html

sábado, 21 de junho de 2008

Melhor museu do que indenizações, diz chanceler italiano

BERLIM, 19 JUN (ANSA) - Uma saída para a disputa sobre as indenizações para os italianos obrigados a trabalhos forçados, durante o regime nazista, na Alemanha, seria, por exemplo, a construção de um monumento ou um museu da memória, solução apresentada pelo chanceler italiano, Franco Frattini, em entrevista para o jornal alemão Sueddeutsche Zeitung, que será publicada na edição de amanhã.

"Não quero colocar Berlim em dificuldade, e sim ajudar a resolver um problema que não diz respeito apenas ao governo da Alemanha", disse Frattini, segundo o que antecipou hoje o jornal de Munique.

Segundo o chanceler italiano, as pessoas que foram obrigadas a trabalhos forçados não encontrariam grande vantagem em uma indenização de alguns milhares de euros. Um memorial ou um museu poderiam, por outro lado, ser a solução, segundo Frattini, e um grupo bilateral de especialistas poderia estudar algumas propostas.

"Eu considero perigosos estes veredictos", afirma Frattini na entrevista, sobre as decisões apresentadas no início do mês pelos tribunais italianos, e que afirma que a Alemanha não pode recorrer ao princípio de imunidade de Estado para se eximir dos pedidos de indenizações nos processos abertos por italianos obrigados a trabalhos forçados na Alemanha nos anos entre 1943 e 1945.

"Se os tribunais devem decidir caso por caso sobre o reconhecimento ou não da imunidade do Estado, o princípio de imunidade estatal se torna imprevisível. O mundo, pelo contrário, precisa da certeza do direito, se queremos evitar que tudo se torne imprevisível". Frattini, na entrevista, afirma poder imaginar que Itália e Alemanha peçam juntas ao tribunal de Haia um parecer esclarecedor sobre a questão da imunidade de Estado.

Fonte: ANSA(19.06.2008)
http://www.ansa.it/ansalatinabr/notizie/rubriche/mundo/20080619134734676414.html

Berlim planeja ações contra a Itália

Julgamentos ligados ao nazismo: Berlim planeja ações contra a Itália

BERLIM (AFP) — O governo alemão planeja promover ações judiciais contra a Itália, depois de duas ações do Tribunal de Cassação italiano darem razão a pessoas que se apresentaram como vítimas do nazismo, exigindo uma indenização de Berlim.

As ações do Tribunal de cassação sobre o caso italiano estão "sendo traduzidas", informou nesta sexta-feira o porta-voz do Ministério alemão de Relações Exteriores, Martin Jäger.

"Vamos analisar detalhadamente reservando-nos a possibilidade de realizar diligências jurídicas no futuro", disse, acrescentando que "estamos em contato com o governo italiano sobre este processo".

O Tribunal de cassação italiano considerou, na quarta-feira, que o trabalho forçado de prisioneiros italianos promovidos pela Alemanha nazista constituiu "um crime contra a humanidade" e que o Estado alemão não podia a esse respeito invocar imunidade para evitar compensar estes "escravos de Hitler", apesar do acordo com Berlim sobre prisioneiros de guerra - normalmente excluídos das compensações.

A questão diz respeito a 43 homens, civis e militares, apelidados de "os jovens do Vale Suse", no noroeste da Itália, deportados para o campo de Gaggenau e obrigados a trabalhar para a empresa Daimler, assim como nove outros indivíduos presos e deslocados em circunstâncias diversas.

Jäger assinalou que a Alemanha não considerava as vítimas italianas como presos de guerra, não podendo, desta forma, ser indenizados.

Recordou que a Alemanha indenizou 3.395 trabalhadores forçados civis em 2000, com um montante de 1,89 milhão de euros.

O porta-voz também lembrou que em virtude de um acordo entre os dois países de 1961, 40 milhões de deutschemarks foram pagos em compensação às vítimas do nazismo.

Fonte: AFP(06.06.2008)
http://afp.google.com/article/ALeqM5jnjqCMFzRAEXs-ES3k5Z36MiABVw

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Memória da guerra não tem ponto final, diz Köhler - parte 2

Dia da libertação

As solenidades deste domingo pelos 60 anos do fim da guerra foram abertas com um culto ecumênico na igreja Kaiser-Wilhelm-Gedächniskirche, na avenida Kurfürstendam, no centro de Berlim. Na presença de representantes dos três poderes, o presidente da Conferência dos Bispos Alemães, cardeal Karl Lehmann, e o presidente do Conselho da Igreja Evangélica Luterana da Alemanha, Wolfgang Huber, lembraram o 8 de maio de 1945 como "dia da libertação".

"Fomos libertados para respeitar a inviolabilidade da dignidade humana e, por isso, para a dedicação aos que são desprezados e maltratados. Somente a memória nos dá a confiança de que a guerra e a violência não têm a última palavra", disse Huber.

(Foto)Cardeal Lehmann: '8 de maio de 1945 foi também um reinício'

Lehmann disse em seu sermão que o 8 de maio de 1945 "não só foi o fim de um terrível regime, mas também a data de um reinício. A história, no entanto, privilegiou bem mais os alemães ocidentais, enquanto as pessoas no Leste carregaram muito mais o pesado fardo da catástrofe".

Em seguida, o chanceler federal Gerhard Schöder, e os presidentes do Bundestag (câmara baixa do Parlamento), Wolfgang Thierse, do Bundesrat (câmara alta do Legislativo), Matthias Platzeck, e o presidente do Tribunal Federal Constitucional Hans-Jürgen Papier, depositaram coroas de flores pelas vítimas da guerra e da tirania no memorial nacional Neue Wache, em Berlim.

Neonazistas desistem de passeata

(Foto)Polícia e manifestantes impediram passeata de neonazistas

Cerca de 15 mil pessoas bloquearam, com o apoio da polícia, uma passeata de cerca de três mil neonazistas que estava iniciando no centro de Berlim. Os neonazistas protestavam contra o que chamam de "culto à culpa alemã" em contraposição aos pedidos de perdão que o país tem feito às vítimas da guerra desencadeada pela Alemanha.

Na noite de sábado, cerca de 25 mil pessoas, portando velas, lâmpadas e lanternas, já haviam formado uma corrente de 31 quilômetros, na capital alemã, numa vigília contra o fortalecimento da extrema direita no país.

Fonte: Deutsche Welle(Alemanha, arquivo, 08.05.2005)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,1577458_page_2,00.html

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