quarta-feira, 22 de abril de 2009

Eliminação de Corpos em Auschwitz - O fim da Negação - Parte 9 - Ausência de registros

(todos os grifos abaixo são do tradutor)

Um dos pontos apresentados anteriormente neste estudo é que não existem registros suficientes documentando como os fornos de Auschwitz trabalhavam. Este fato deve ser considerado estranho, porque existem milhares de documentos em centenas de arquivos que contêm as correspondências do Bauleitung sobre os planos dos crematórios antes e durante a fase de construção. Temos que levar em consideração que todos os esforços para a construção do crematório e dos fornos que as autoridades tiveram, elas teriam que saber como eles funcionavam. Mesmo em Gusen, com apenas dois fornos, aguns registros sobreviveram, mesmo que apenas por um período limitado de tempo. No entanto, ainda não surgiu de qualquer fonte contemporânea um registro documento de uma simples cremação em Auschwitz. Portanto, apenas uma das duas conclusões podem ser alcançadas. Ninguém foi cremado em Auschwitz ou os registros foram deliberadamente destruídos.

Em suas memórias, o comandante do campo de Auschwitz, Rudolf Hoess escreveu que ele recebeu ordens do Reichsführer Heinrich Himmler para destruir todas as informações sobre o número de vítimas assassinadas depois de cada ação. Ele afirma que pessoalmente destruiu as provas e que os chefes de departamento fizeram o mesmo. Ele observa que, embora algumas informações possam ter escapado da destruição, eles “não poderiam dar informações suficientes para fazer um cálculo.” [183] O guarda da SS de Auschwitz Pery Broad escreveu que destruiu os registros que documentavam assassinato em massa. [184] Henryk Tauber contou que testemunhou caminhões de documentos que tratavam de mortes sendo destruídos ao longo do tempo na incineradora no Crematório. [185] Tauber também afirmou que a as anotações dos chefes no crematório era mantida em detalhes nos registros sobre o número de vítimas assassinadas. Esses números eram controlados por um homem da SS que removia das anotações essa informação depois que cada transporte era cremado. [186] Tadeusz Paczula, que registrava nos livros de óbito, escreveu que os registros dos cremados no Krema foram mantidos em um volume intitulado “O livro da cremação” [Verbrennungsbuch]. [187] Paczula também observa que os arquivos que incriminavam este assunto foram queimados no crematório. [188]

Sabe-se que a destruição de documentos incriminatórios destes assuntos era uma das políticas dos alemães. Em março de 1945 o Gauleiter e Comissário da Defesa do Reich, Sprenger, emitiu uma ordem secreta que afirmava:
Todos os arquivos, particularmente os secretos, deverão ser completamente destruídos. Os arquivos secretos sobre...as instalações e o trabalho nos campos de concentração devem ser destruídas a todo custo. Também o extermínio de algumas famílias, etc. Esses arquivos sob nenhuma circunstância devem cair nas mãos do inimigo, pois afinal todos eles são de ordens secretas do Führer. [189]
De fato a ausência de qualquer registro sobre eliminação de corpos em Auschwitz é talvez a melhor prova da sua destruição. Considerando o fato de que há pelo menos algumas informações para Gusen, é razoável concluir que estes dados existiram para Auschwitz. O que causa problema para os pesquisadores, porque não temos informação sobre a forma como o forno de mufla tripla e os oito fornos de Birkenau realmente funcionaram. O memorando do Bauleitung citado anteriormente sobre a quantidade de coque necessária para esses fornos, foi baseado em dados fornecidos pela Topf, é a única informação contemporânea disponível. A única outra informação abrangente e disponível é o testemunho de Tauber.

A destruição desses documentos pelas autoridades do campo revelou-se muito benéfica para negadores como Mattogno, pois permite-lhes participar de todo tipo de especulação, sem dados concretos. No entanto, como será visto, Mattogno acabou desacreditando muitos dos seus principais argumentos, oferecendo um método alternativo de eliminação de corpos em Auschwitz que não depende dos fornos.

Fonte: The Holocaust History Project - http://www.holocaust-history.org/auschwitz/body-disposal/
Tradução: Leo Gott

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