domingo, 3 de maio de 2009

Roger Garaudy - "revisionistas" - biografias - 01

Roger Garaudy

Roger Garaudy ou Ragaa (nasceu em 17 de julho de 1913, em Marselha). É um autor francês e convertido ao islamismo que atraiu atenção pública por sua postura e escritos como negador do Holocausto.

Durante a Segunda Guerra, Garaudy foi aprosionado em Djelfa, Argélia, como um prisioneiro de guerra da França de Vichy; ele era um membro do Partido Comunista Francês que tentou reconciliar o Marxismo com o Catolicismo Romano nos anos setenta, e então abandonou ambas as doutrinas em favor do Islã sunita quando se tornou muçulmano em 1982, adotando seu novo nome(Ragaa). Ele atualmente vive na Espanha.

Em 1998, uma corte francesa o considerou culpado de negação do Holocausto e de difamação racista, multando-o em FF 120,000 ($40,000) por seu livro de 1995 "Mythes fondateurs de la politique israélienne"(Mitos Fundadores da Política Israelense). Endossando as visões do negador do Holocausto francês Robert Faurisson, o livro declara que durante o Holocausto, judeus não foram assassinados em câmaras de gás. O livro foi rapidamente traduzido para o árabe e o persa, e um advogado sudanês, Faruk M. Abu Eissa, reuniu um grupo de cinco homens da área jurídica para dar apoio a Garaudy em seu julgamento em Paris. O governo iraniano pagou parte da multa de Garaudy. Garaudy é também conhecido por ser um amigo de Abbé Pierre.

O negacionismo, a Velha Toupeira e a facção antissemita da extrema-esquerda francesa

"O mesmo arsenal de argumentos e as mesmas provas são utilizados pêlos diferentes pesquisadores da escola. Durante o julgamento de Klaus Barbie, o francês Roger Garaudy depôs como testemunha da defesa, sustentando que as deportações feitas por Barbie não se destinavam a centros de extermínio, porque estes não existiram. Mais recentemente, Garaudy, o ex-dirigente do PCF convertido ao Islã em 1982 depois de uma aproximação com intelectuais católicos, aderiu a esta modalidade de história como farsa, em seu livro Os Mitos Fundadores da Política Israelense (Velha Toupeira, 1995). O livro acrescenta à cantilena conhecida, a pretensão de revelar a génese oligárquico-judaica do mito do Holocausto, denunciando-o como elemento fundador do Estado de Israel.

Garaudy tornou-se um mártir da causa negacionista pela condenação que sofreu em 1999. A publicação do livro lhe valeu uma sentença de um ano de prisão, além de multa de 60 mil francos. (29) No entanto, para a propaganda de solidariedade terceiro-mundista, tão cara à Velha Toupeira, ele agregou credenciais intelectuais indiscutivelmente mais expressivas que as de qualquer de seus outros colegas, representantes, segundo o próprio Garaudy, da crítica científica da História." [1]

[1] Trecho do texto do capítulo 9 do livro "Neonazismo, Negacionismo e Extremismo Político".

Fonte: antisemitism.org.il
Tradução(primeira parte): Roberto Lucena

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9 comentários:

Diogo disse...

Apropósito deste post, relembro a frase de Roberto Muehlenkamp, com a qual concordo:

“Já agora, aproveito para esclarecer que sou contra qualquer tipo de legislação que impeça aos "revisionistas" espalharem a sua propaganda aos quatro ventos, já pelo facto de estar farto de choradinhos sobre "perseguição" e "censura" e de sermões como os do padre Knirsch. O "revisionismo" não deve ser proibido, mas sim posto no ridículo que as suas falsidades merecem, em debate aberto e sem restrições.”

Leo Gott disse...

Assino embaixo do que o Roberto comentou.

Roberto disse...

"Apropósito deste post, relembro a frase de Roberto Muehlenkamp, com a qual concordo"

Diogo, mas o post é sobre a biografia do Garaudy, um extremista de esquerda que dá coro a nazistas. Não precisa vir "lembrar" sobre o post sobre criminalização do "revisionismo"(no Brasil) citando um comentário do Roberto porque você quase não emite opinião própria. E é no mínimo 'curioso' ver você citar o Roberto concordando com uma opinião dele quando 'discorda' de pés juntos de todo o resto que ele comentou te mostrando os links dos julgamentos na Alemanha Ocidental, apenas porque põe todo o material "revi" que você trouxe em cheque.

No mais, acho esse seu comportamento se enquadraria perfeitamente no que se entende hoje em dia como troll de internet.

Antes que eu, ao dizer isso, 'consiga' atingir as suscetibilidades de algum "revi", se há liberdade de dizer o que quiser, emiti apenas minha opinião acima sobre seu comportamento troll nesse blog.

Sobre o "revisionismo" o assunto foi tratado no post anterior em que você além de não emitir opinião alguma sobre isso ainda veio trazer discussão de outro post porque não queria dar o braço a torcer concordando que não tinha elementos pra reforçar suas "teorias" sobre os links do Yad Vashem e do USHMM, e ao invés de concordar com o Muehlenkamp você ficou literalmente saindo da discussão, como se "ninguém pudesse notar isso".

Diogo disse...

Será possível, Lucena, que você ainda não tenha percebido a minha posição?

Roberto disse...

"Será possível, Lucena, que você ainda não tenha percebido a minha posição?"

Sobre o Holocausto dá pra ver claramente que você se enquadra fácil no grupo revisionista(pra evitar "críticas" e desvio de discussão por bobagem, dessa vez vou tirar as aspas, embora continue achando a mesma coisa sobre isso), mas não fica claro certas defesas suas nos posts. Por exemplo, sobre o Garaudy, você concorda com o ramo ideológico dele? a extrema-esquerda? Ou se alinha mais à direita?

Pergunto isso porque o post foi sobre a biografia do Garaudy(falta traduzir a biografia dos demais, não só desse) e não propriamente sobre "criminalização da negação do Holocausto", tema que você acabou trazendo pra esse post também.

Diogo disse...

Lucena, eu não sou de esquerda nem direita e sou ateu.

Sobre Roger Garaudy, interessa-me o facto de ele ter sido preso e multado por ter colocado em causa o holocausto judeu, a única coisa na história que não pode ser questionada.

Em minha opinião, isto diz tudo sobre a «verdade histórica» do holocausto.

Roberto disse...

"Lucena, eu não sou de esquerda nem direita e sou ateu."

Ateu seria uma opção voltada pra religião, ou mais precisamente não ter nenhuma ou não crer em Deus ou deuses, não seria propriamente uma questão política. Em todo caso, sobre as opções políticas, é meio estranho ler esse teu relado porque teu blog é cheio de textos da extrema-direita dos EUA, traduzindo melhor, é visível haver uma afinidade política com esse espectro político, mas fiz a pergunta porque o post era sobre a biografia do Garaudy e não sobre discussão de criminalização da negação no Brasil.

"Sobre Roger Garaudy, interessa-me o facto de ele ter sido preso e multado por ter colocado em causa o holocausto judeu, a única coisa na história que não pode ser questionada."

Ele não colocou em "causa", ele negou. Como houve câmaras de gás, se ele nega isso, no mínimo ele é desonesto intelectualmente, mas age de forma a incitar ódio contra judeus dando a entender que o Holocausto foi uma tramoia. Os "revis" adoram reduzir a questão da negação a uma mera questão de "liberdade de expressão" quando isso é completamente falso. Fora o fato de que "liberdade de expressão" não é e nunca foi valor absoluto(não fica acima da vida e de outras questões), a não ser que você compre, sem crítica alguma, o discurso da Era Bush de "levar democracia" pro mundo, o que não passa de retórica e falácia(essa história de "levar democracia" ao mundo).

"Em minha opinião, isto diz tudo sobre a «verdade histórica» do holocausto."

Pra você pode até ser, pra quem não segue o credo religioso "revisionista" isso só demonstra que na França há leis e que uma parcela adepta da político do ódio(extremistas, radicais) adora se fazer de vítima quando nunca foram.

Diogo disse...

«mas age de forma a incitar ódio contra judeus dando a entender que o Holocausto foi uma tramoia.»

«uma parcela adepta da político do ódio(extremistas, radicais) adora se fazer de vítima»


Lucena, você matraqueia os mesmos clichés vezes sem conta. Não pára um segundo para raciocinar.

«Como houve câmaras de gás, se ele nega isso, no mínimo ele é desonesto intelectualmente»

Como é que você tem a certeza absoluta da existência das câmaras de gás?

Roberto disse...

"Lucena, você matraqueia os mesmos clichés vezes sem conta. Não pára um segundo para raciocinar."

Mas não são clichês, são verdades. Se os "revis" não querem ler tanta repetição sobre isso, basta pararem de se fazer de "isentos" ou de "meros revisionistas de História" e se assumirem politicamente como grupo político que são.

"Como é que você tem a certeza absoluta da existência das câmaras de gás?"

Releia tudo que já foi dito a você e você fez questão de não responder ou desconversar que você chega fácil a conclusão que eu apenas mencionei. Repetir a mesma pergunta pela milésima vez ignorando todas as respostas que são dadas não transformará essa pergunta em "verdade".

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