Num recente texto de Eric Hunt sobre a câmara de gás homicida do crematório 1 no principal campo de Auschwitz, ele afirma que "uma representação 3D da área mais importante do Crematório 1 é utilizada para entender o papel desta farsa (hoax)". O blog de Carolyn Yeager anuncia que as "Imagens 3D de Hunt demonstram o papel da farsa de Auschwitz". Na verdade, as "imagens 3D" de Hunt realmente não ajudam a entender a distribuição de aberturas no telhado da câmara de gás melhor que a imagem 2D. O efeito 3D parece bom, mas é só isso. Ele não acrescenta nada ao problema que não tenha sido já mostrado pelas imagens 2D publicadas por Carlo Mattogno em "Auschwitz: Crematorium I" (Auschwitz: Crematório I), pág. 124 e suas terríveis variantes do RODOH (como uma imagem 3D pode realmente ajudar a entender algo, isso é mostrado aqui, para a câmara de gás do crematório 2 de Birkenau).
Como já apontei previamente, todo o argumento baseia-se fortemente na confiabilidade de um único modelo (planta). Além disso, se qualquer coisa, sugeriria que os poloneses não teriam reconstruído corretamente a câmara de gás e suas aberturas de gás, depois que fora convertida num abrigo antiaéreo pela SS após os gaseamentos serem interrompidas no campo principal de Auschwitz. Na verdade, algumas das testemunhas mais competentes e independentes (Stanislaw Jankowski, Hans Stark e Hans Aumeier com sua estimativa menor) forneceram uma estimativa de 2 para o número de aberturas, e não 4 como foi assumido pela reconstrução polonesa. Além disso, há ainda um possível motivo para a precaução de colocar uma abertura de gás diretamente ao lado da porta, especialmente quando falta experiência com a estabilidade da porta durante o assassinato em massa com gás venenoso: a de matar a vítima próxima da porta primeiro e se proteger das tentativas dela ser violada.
O argumento apresentado por Mattogno levanta algumas dúvidas sobre como a câmara de gás original parecia e porque foi feita assim, mas não demonstra uma farsa (hoax), não que os poloneses tenham feito algo para enganar nem que não tenha ocorrido gaseamentos homicidas no crematório 1.
Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2015/09/erik-hunts-3d-imagery-of-crematorium-1.html
Texto: Hans
Título original: Eric Hunt's 3D Imagery of Crematorium 1
Tradução: Roberto Lucena
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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
domingo, 18 de maio de 2014
As visões geopolíticas de Germar Rudolf e sua "Arábia unificada"
Pra não comentar e espichar o outro post "Os verdadeiros sentimentos de Germar Rudolf sobre os judeus", vou colocar os comentários às afirmações esdrúxulas dele neste post, por partes. Seguem abaixo os comentários. Mas deixarei aqui o link do post sobre o que penso sobre alguns conflitos do Oriente Médio e a própria região, pra evitar que aquele pessoal fissurado em Oriente Médio venha encher o saco porque idealizam e idolatram algumas países e regiões do planeta (este comentário é totalmente direcionado a brasileiros mesmo).
Primeiro trecho:
Segundo trecho:
Terceiro trecho:
Só um trecho pra ilustrar a coisa (pra quem quiser criticar, quem afirma isso é o N. Finkelstein que é adorado por "revis" mesmo não sendo ele, Finkelstein, "revi"), esse texto não é do Finkelstein mas está no site dele:
“Chronicle of a Suicide Foretold: The Case of Israel”
Quarto trecho:
De fato na guerra fria, com o mundo dividido e polarizado, não havia simpatia em relação a árabes ou ao lado palestino, palestinos em geral eram rotulados como terroristas por conta das ações dos grupos radicais e de Arafat, mas a percepção sobre o conflito mudou radicalmente com o fim da guerra fria e a partir de 1994 pra cá, principalmente com o uso global da internet e o destaque dado ao conflito que antes se resumia a um conflito regional apenas.
Quinto e último trecho:
A Europa criou vários enclaves naquela região do planeta, Rudolf, pois teve colônia em vários países. Dá uma olhada:
Lista de ex-colônias europeias no Oriente Médio
Tudo isso ocorreu bem antes desse conflito Israel-Palestina, Rudolf.
Que tal mencionar o domínio francês no Líbano, ou na Argélia (essa no Norte da África)? E o poder britânico mandando na própria Palestina, Iraque etc? E o poder Otomano (turco) naquela região, Rudolf? Tudo isso antes de Israel existir.
Vou deixar uns links aqui caso alguém queira ler (estão em inglês, então coloquem no tradutor do Google):
1. Modern Period: the Rise of Colonial Interests in the Middle East
2. When the Middle East Became a Colony for Europe
3. The Legacy of The Ottoman Empire: Conflict, Colonies and Peter O’Toole
4. Century of Violence: What World War I Did to the Middle East (Spiegel)
Alguns livros:
1. The Great Syrian Revolt and the Rise of Arab Nationalism (Autor: Michael Provence)
2. Arab Nationalism, Oil, and the Political Economy of Dependency (Autor: Abbas Alnasrawi)
3. A peace to end all peace: the fall of the Ottoman Empire and the creation of the modern Middle East (Autor: David Fromkin)
Em português e espanhol (o livro em português se encontra no mercado brasileiro), irei colocar esse livro mas sei que o autor é visto como "problema" (embora seja referência) por alguns mais 'exaltados' porque o Bernard Lewis tem uma participação política nas últimas guerras no Oriente Médio. Explicarei isso (o motivo) num próximo post só sobre bibliografia do Oriente Médio:
1. O Oriente Médio: Do advento do cristianismo aos dias de hoje (Autor: Bernard Lewis)
2. Las identidades múltiples de Oriente Medio (Autor: Bernard Lewis)
Aqui eu deixo dois livros (ebook, PDF) sobre o tema:
1. Ottoman Modernity, Colonialism, and Insurgensy in the Interwar Arab East
Autor: Michael Provence
2. Confronting an Empire, Constructing a Nation: Arab Nationalists and Popular Politics in Mandate Palestine
Autor: Weldon C. Matthews
Só avisando que, se algum dos autores dos livros pedir que removam o link, terei que remover. Então quem quiser que baixe logo.
_______________________________________________
Mas a parte mais engraçada e tosca da afirmação dele é a da "futura Arábia unificada", pelo visto Rudolf ignora fortemente as divisões sectárias daquela região e como todo fascista, acha que é possível "homogeneizar" tudo passando uma reta por cima de todos contra a contra a vontade de grupos rivais.
Rudolf, você já ouviu falar nisso? Guerra civil do Líbano. Tem um documentário interessante da Al Jazira sobre essa guerra civil libanesa.
E não preciso ir muito longe no tempo, há uma guerra em andamento no Oriente Médio agora mesmo, a guerra civil na Síria com grupos rivais se pegando: Guerra Civil na Síria.
Já viu a hostilidade entre Arábia Saudita e Irã por conta de divergências religiosas e políticas? O Irã não é árabe (é persa) e tem maioria xiita, a Arábia Saudita é o berço dos árabes de fato e tem maioria sunita. Já houve vários conflitos no Oriente Médio por sectarismo religioso, xiitas versus sunitas ao longo da história e conflitos contra outros grupos religiosos. Queria ver como seria essa unificação "interreligiosa" levando em conta a afirmação do Rudolf, seria um verdadeiro 'pinga sangue'.
E o certo seria chamar os povos de alguns países de "arabizados", pois a composição étnica deles (exemplo: Líbano) não é a mesma da Arábia Saudita. Houve uma colonização em vários países na expansão do Islã quando a religião ainda era restrita só a árabes, daí a origem do termo "arabizar". Eu costumo chamar aquela área do Mediterrâneo de "povos do mediterrâneo".
Queria entender como Rudolf acha que haverá uma "Arábia unificada" ignorando esses "detalhes" (rs), ignorando até a composição de cada país atual naquela região. Será que ele vai chegar na "Arábia" e gritar pros povos daquela região: Stop! In the name of love! Before you break my heart; Link2; Link3.
Depois aquele pessoal 'ultrassensível', cheio de mimimi, chega aqui "defendendo" revis" e acha que a gente "pega no pé" deles, o que não é verdade. Vejam o festival de sandices acima (distorções e mentiras em todo o comentário dele) e isso é só um pequeno trecho de asneiras que o cara escreveu.
Primeiro trecho:
Se o Holocausto é visto como uma coleção única de mentiras, então o único pilar de sustentação que legitima o Judaísmo Internacional entrará em colapso.Aqui ele confirma suas crenças em textos antissemitas como os Protocolos dos Sábios de Sião que traz essa versão de "poder judaico global" e é uma das bases do antissemitismo moderno. 90% dos "revis" (pra não dizer 100%) acreditam nisso e é uma das razões pra defesa fanática deles do negacionismo como forma de atacar judeus, que na visão dele são inimigos mortais.
Segundo trecho:
O destaque da religião substituta irá se desintegrar. A possibilidade de extorquir mais bilhões da Alemanha por conta de sua suposta obrigação também entrará em colapso.Rudolf diz que judeus extorquem a Alemanha por conta de indenizações feitas por conta do Holocausto. O Rudolf não leva em conta algumas questões antes de fazer esta afirmação. Dinheiro algum paga a vida de quem a perdeu, e as indenizações são aquém do que uma pessoa poderia ganhar se tivesse ficado viva. Inclusive acho que se uma pessoa não precisa desse dinheiro deveria recusar isso (vai da cabeça de cada um) pois é uma forma pra lá de questionável de "compensar" o extermínio provocado por um país, mas há gente que necessita e não irei condenar quem tenha aceito isso por necessidade.
Terceiro trecho:
A possibilidade de obrigar os Estados Unidos a salvar eternamente os judeus de novos holocaustos através de doações infinitas de dinheiro também entrará em colapso.Rudolf entra na fase dos delírios. Rudolf, os EUA não são obrigados, você pelo visto tem uma visão "benevolente" da política imperialista do governo dos Estados Unidos como superpotência. Os EUA veem retorno nessa aliança com Israel que se aprofundou depois da guerra dos seis dias quando o governo dos EUA viu que teria retorno dando apoio aquele país levando em conta a polarização da guerra fria, a URSS passou a apoiar vários países árabes e os EUA como resposta fez seus aliados naquela região, incluindo a Arábia Saudita.
Só um trecho pra ilustrar a coisa (pra quem quiser criticar, quem afirma isso é o N. Finkelstein que é adorado por "revis" mesmo não sendo ele, Finkelstein, "revi"), esse texto não é do Finkelstein mas está no site dele:
“Chronicle of a Suicide Foretold: The Case of Israel”
After Algeria became independent in 1962, France lost interest in the Israeli connection, which now interfered with its attempts to renew closer relations with the three now independent North African states. It was at this point that the United States and Israel turned to each other to forge close links. In 1967, war broke out again between Egypt and Israel, and other Arab states joined Egypt. In this so-called Six Day War, the United States for the first time gave military weapons to Israel.Sim, os EUA fazem doações gigantes de dinheiro a Israel, algo contestável, mas só estou comentando esta parte porque alguém com malícia pode chegar e perguntar sobre isso e essa parte que ele disse existe de fato. Só pra deixar claro, eu não apoio a política externa israelense, só que não preciso usar argumento tosco como o que os "revis" usam pra criticar aquilo, fora o fato de que as motivações de crítica dos "revis" não são por questões humanitárias ou porque discordam da política belicista israelense (até porque os "revis" dão pitis de gozo com o Terceiro Reich que era belicista até o talo) e sim porque o alvo da crítica tem judeus no meio, o que pros "revis" é algo insuportável. O mundo "revi" gira em torno de judeus, um dos motivos que provam que não existe revisão histórica alguma por parte de negacionistas e sim panfletagem política, como já é sabido de muita gente.
The 1967 Israeli victory changed the basic situation in many respects. Israel had won the war handily, occupying all those parts of the British mandate of Palestine that it had occupied before, plus Egypt’s Sinai Peninsula and Syria’s Golan Heights. Juridically, there was now a state of Israel plus Israel’s occupied territories. Israel began a policy of establishing
Jewish settlements in the occupied territories.
Quarto trecho:
A simpatia mundial com os maiores mentirosos e vigaristas da história da humanidade também entrará em colapso.Mais uma alucinação do Rudolf. Não vejo o mundo hoje sendo simpático com judeus por conta do Holocausto, quem afirma isso geralmente são os "revis" pra dramatizar a "causa" deles. Pode ter sido num passado remoto, no pós-segunda guerra principalmente em virtude do impacto da destruição causada, mas passados mais de 60 anos do evento, aquela empatia inicial já foi pro ralo há muito tempo, principalmente com o destaque que passou a ter as incursões de Israel na região do Oriente Médio, com destaque pro conflito no Líbano em 2006 e o ataque à Gaza em 2009.
De fato na guerra fria, com o mundo dividido e polarizado, não havia simpatia em relação a árabes ou ao lado palestino, palestinos em geral eram rotulados como terroristas por conta das ações dos grupos radicais e de Arafat, mas a percepção sobre o conflito mudou radicalmente com o fim da guerra fria e a partir de 1994 pra cá, principalmente com o uso global da internet e o destaque dado ao conflito que antes se resumia a um conflito regional apenas.
Quinto e último trecho:
A segunda tentativa da Europa de estabelecer um enclave duradouro na Palestina contra a vontade dos árabes, similar às cruzadas, também entrará em colapso. E, finalmente, a futura Arábia, será unificada e auto governada (por árabes) sem ocupantes judeus, norte-americanos ou europeus e potências coloniais, e se desenvolverá irresistivelmente. Isso explica porque os judeus e a mídia dominada por eles e políticos de todos os lugares defenderem essas mentiras (Holocausto) e reprimir os profetas de verdade com todos os meios possíveis.Rudolf também gosta de anacronismos, usar termos do passado (cruzadas) pra criar figuras retóricas com o presente.
A Europa criou vários enclaves naquela região do planeta, Rudolf, pois teve colônia em vários países. Dá uma olhada:
Lista de ex-colônias europeias no Oriente Médio
Tudo isso ocorreu bem antes desse conflito Israel-Palestina, Rudolf.
Que tal mencionar o domínio francês no Líbano, ou na Argélia (essa no Norte da África)? E o poder britânico mandando na própria Palestina, Iraque etc? E o poder Otomano (turco) naquela região, Rudolf? Tudo isso antes de Israel existir.
Vou deixar uns links aqui caso alguém queira ler (estão em inglês, então coloquem no tradutor do Google):
1. Modern Period: the Rise of Colonial Interests in the Middle East
2. When the Middle East Became a Colony for Europe
3. The Legacy of The Ottoman Empire: Conflict, Colonies and Peter O’Toole
4. Century of Violence: What World War I Did to the Middle East (Spiegel)
Alguns livros:
1. The Great Syrian Revolt and the Rise of Arab Nationalism (Autor: Michael Provence)
2. Arab Nationalism, Oil, and the Political Economy of Dependency (Autor: Abbas Alnasrawi)
3. A peace to end all peace: the fall of the Ottoman Empire and the creation of the modern Middle East (Autor: David Fromkin)
Em português e espanhol (o livro em português se encontra no mercado brasileiro), irei colocar esse livro mas sei que o autor é visto como "problema" (embora seja referência) por alguns mais 'exaltados' porque o Bernard Lewis tem uma participação política nas últimas guerras no Oriente Médio. Explicarei isso (o motivo) num próximo post só sobre bibliografia do Oriente Médio:
1. O Oriente Médio: Do advento do cristianismo aos dias de hoje (Autor: Bernard Lewis)
2. Las identidades múltiples de Oriente Medio (Autor: Bernard Lewis)
Aqui eu deixo dois livros (ebook, PDF) sobre o tema:
1. Ottoman Modernity, Colonialism, and Insurgensy in the Interwar Arab East
Autor: Michael Provence
2. Confronting an Empire, Constructing a Nation: Arab Nationalists and Popular Politics in Mandate Palestine
Autor: Weldon C. Matthews
Só avisando que, se algum dos autores dos livros pedir que removam o link, terei que remover. Então quem quiser que baixe logo.
_______________________________________________
Mas a parte mais engraçada e tosca da afirmação dele é a da "futura Arábia unificada", pelo visto Rudolf ignora fortemente as divisões sectárias daquela região e como todo fascista, acha que é possível "homogeneizar" tudo passando uma reta por cima de todos contra a contra a vontade de grupos rivais.
Rudolf, você já ouviu falar nisso? Guerra civil do Líbano. Tem um documentário interessante da Al Jazira sobre essa guerra civil libanesa.
E não preciso ir muito longe no tempo, há uma guerra em andamento no Oriente Médio agora mesmo, a guerra civil na Síria com grupos rivais se pegando: Guerra Civil na Síria.
Já viu a hostilidade entre Arábia Saudita e Irã por conta de divergências religiosas e políticas? O Irã não é árabe (é persa) e tem maioria xiita, a Arábia Saudita é o berço dos árabes de fato e tem maioria sunita. Já houve vários conflitos no Oriente Médio por sectarismo religioso, xiitas versus sunitas ao longo da história e conflitos contra outros grupos religiosos. Queria ver como seria essa unificação "interreligiosa" levando em conta a afirmação do Rudolf, seria um verdadeiro 'pinga sangue'.
E o certo seria chamar os povos de alguns países de "arabizados", pois a composição étnica deles (exemplo: Líbano) não é a mesma da Arábia Saudita. Houve uma colonização em vários países na expansão do Islã quando a religião ainda era restrita só a árabes, daí a origem do termo "arabizar". Eu costumo chamar aquela área do Mediterrâneo de "povos do mediterrâneo".
Queria entender como Rudolf acha que haverá uma "Arábia unificada" ignorando esses "detalhes" (rs), ignorando até a composição de cada país atual naquela região. Será que ele vai chegar na "Arábia" e gritar pros povos daquela região: Stop! In the name of love! Before you break my heart; Link2; Link3.
Depois aquele pessoal 'ultrassensível', cheio de mimimi, chega aqui "defendendo" revis" e acha que a gente "pega no pé" deles, o que não é verdade. Vejam o festival de sandices acima (distorções e mentiras em todo o comentário dele) e isso é só um pequeno trecho de asneiras que o cara escreveu.
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sábado, 17 de maio de 2014
Os verdadeiros sentimentos de Germar Rudolf sobre os judeus
Isto pode ser lido na página 39 deste relatório, que cita Germar assim:
Se o Holocausto é visto como uma coleção única de mentiras, então o único pilar de sustentação que legitima o Judaísmo Internacional entrará em colapso. O destaque da religião substituta irá se desintegrar. A possibilidade de extorquir mais bilhões da Alemanha por conta de sua suposta obrigação também entrará em colapso. A possibilidade de obrigar os Estados Unidos a salvar eternamente os judeus de novos holocaustos através de doações infinitas de dinheiro também entrará em colapso. A simpatia mundial com os maiores mentirosos e vigaristas da história da humanidade também entrará em colapso. A segunda tentativa da Europa de estabelecer um enclave duradouro na Palestina contra a vontade dos árabes, similar às cruzadas, também entrará em colapso. E, finalmente, a futura Arábia, será unificada e auto governada (por árabes) sem ocupantes judeus, norte-americanos ou europeus e potências coloniais, e se desenvolverá irresistivelmente. Isso explica porque os judeus e a mídia dominada por eles e políticos de todos os lugares defenderem essas mentiras (Holocausto) e reprimir os profetas de verdade com todos os meios possíveis.
Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2014/05/germar-rudolfs-true-feelings-about-jews.html
Título original: Germar Rudolf's True Feelings about Jews
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena
Observação: tem tanta besteira no comentário do G. Rudolf, principalmente a parte sobre Oriente Médio, que se for comentar pedaço por pedaço o post ficará muito espichado. Acho melhor fazer depois um post sobre esse comentário dele e Oriente Médio.
"Futura Arábia"? Esse tá "por dentro" das brigas sectárias do Oriente Médio.
Atualização: 18.05.2014
Eis o link com os comentários sobre este post: As visões geopolíticas de Germar Rudolf e sua "Arábia unificada"
Se o Holocausto é visto como uma coleção única de mentiras, então o único pilar de sustentação que legitima o Judaísmo Internacional entrará em colapso. O destaque da religião substituta irá se desintegrar. A possibilidade de extorquir mais bilhões da Alemanha por conta de sua suposta obrigação também entrará em colapso. A possibilidade de obrigar os Estados Unidos a salvar eternamente os judeus de novos holocaustos através de doações infinitas de dinheiro também entrará em colapso. A simpatia mundial com os maiores mentirosos e vigaristas da história da humanidade também entrará em colapso. A segunda tentativa da Europa de estabelecer um enclave duradouro na Palestina contra a vontade dos árabes, similar às cruzadas, também entrará em colapso. E, finalmente, a futura Arábia, será unificada e auto governada (por árabes) sem ocupantes judeus, norte-americanos ou europeus e potências coloniais, e se desenvolverá irresistivelmente. Isso explica porque os judeus e a mídia dominada por eles e políticos de todos os lugares defenderem essas mentiras (Holocausto) e reprimir os profetas de verdade com todos os meios possíveis.
Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2014/05/germar-rudolfs-true-feelings-about-jews.html
Título original: Germar Rudolf's True Feelings about Jews
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena
Observação: tem tanta besteira no comentário do G. Rudolf, principalmente a parte sobre Oriente Médio, que se for comentar pedaço por pedaço o post ficará muito espichado. Acho melhor fazer depois um post sobre esse comentário dele e Oriente Médio.
"Futura Arábia"? Esse tá "por dentro" das brigas sectárias do Oriente Médio.
Atualização: 18.05.2014
Eis o link com os comentários sobre este post: As visões geopolíticas de Germar Rudolf e sua "Arábia unificada"
domingo, 26 de maio de 2013
"Genocídio por Telepatia, Explica Hilberg" a "trollada" de Faurisson
Esse texto foi escrito em 1988 pelo negacionista francês Faurisson alegando que o historiador do Holocausto Raul Hilberg havia dito que o genocídio dos judeus na Segunda Guerra fora feito por "telepatia". O trecho da versão em português a se destacar do texto do Faurisson "Genocídio por Telepatia" é este:
Os únicos registros do suposto historiador "George De Wan" e do livro dele, não catalogado em qualquer base de dados de biblioteca, são de sites de negação do Holocausto ("revisionistas").
Esta citação sobre o "genocídio por telepatia" atribuída ao Raul Hilberg é bem conhecido de sites negacionistas, bem conhecida e explorada, e muita gente cai na 'trollada' sem verficar este detalhe da fonte. Ela também foi usada e repetida no livro negacionista Debating the Holocaust, do fake Thomas Dalton.
Pra quem quiser ler mais sobre a fraude do Dalton, confiram os textos publicados no Holocaust Controversies sobre o assunto. Caso queiram ler um dos textos principais do HC sobre o caso Dalton em português, confiram a tradução em português do texto do Roberto Muehlenkamp Uma boa análise de "Debatendo o Holocausto" de "Thomas Dalton".
O incrível é que nem o Nizkor, site que é especialista em textos negacionistas (primeiro grande site que combateu o negacionismo, e igualmente conhecido), não detectou a fraude intencional do Faurisson, fazendo uma discussão aqui como se fosse verdadeira a fonte inexistente ao invés de verificá-la.
Sete meses depois Hilberg resumiu a sua nova tese perante uma audiência de perto de 2,700 pessoas na Avery Fischer Hall em Nova Iorque: a política Alemã para a destruição física dos Judeus era explicada pela leitura da mente! Nenhum documento atestando esta política criminosa poderia ser encontrado, porque não existia tal documento. Por vários anos, a inteira máquina burocrática Alemã operou por uma espécie de telepatia. Como Hilberg acrescentou:[4]O curioso é que a suposta fonte usada como sendo origem da afirmação do Hilberg simplesmente não existe, a fonte indicada é esta:
[4] Citado em: George De Wan, "The Holocaust in Perspective," Newsday (Long Island, New York), 23 de Fevereiro de 1983, p. II/3. Também citado no Summer 1985 Journal, pp. 170-171.O suposto historiador citado George De Wan e seu livro "The Holocaust in Perspective" provavelmente são uma criação do Faurisson, e o texto aparece com alguns acréscimos de fontes diferentes nas edições em outros idiomas com a citação do "Summer 1985 Journal" e da revista "Newsday (Long Island, NY)", ou omitindo o suposto historiador "George De Wan" como podem verificar abaixo:
Na versão em inglês: Quoted in: George De Wan, "The Holocaust in Perspective," Newsday (Long Island, New York), Feb. 23, 1983, p. II/3. Also quoted in the Summer 1985 Journal, pp. 170-171.Num dos textos hospedados no VHO diz o seguinte:
Na versão em francês (outro link): (George DeWan, " The Holocaust in Perspective", Newsday (Long Island, NY), 23 février 1983, p. II-3)."
Na versão em alemão: Newsday, Long Island, New York, 23.2.1983, S. II/3)
This essay is an adaptation of a piece originally written on 1st September 1988, "Raul Hilberg explique maintenant le génocide par la télépathie!", in Ecrits révisionnistes, vol. II, p. 783-786.. The Journal for Historical Review (http://www.ihr.org), Volume 18 number 1, January/February 1999, p. 15. First displayed on aaargh: 17 April 2001.Tradução:
Este ensaio é uma adaptação do pedaço originalmente escrito em 1 de setembro de 1988, "Raul Hilberg explica a execução do genocídio por telepatia!", em Ecrits révisionnistes, vol. II, p. 783-786.. The Journal for Historical Review (http://www.ihr.org), Volume 18 número 1, Janeiro/Fevereiro de 1999, pág. 15. Primeiramente exibido no Aaargh: 17 de abril de 2001.Como se demonstra que a fonte é forjada: qualquer publicação, principalmente de referências no assunto, encontra-se listado em algum banco de dados de Universidades e outros sites (de livros) espalhados na web, é praticamente impossível não haver qualquer referência ao livro citado como fonte, como também ao suposto historiador "George De Wan", caso existissem. Além de outros erros nas versões do texto em vários idiomas.
Os únicos registros do suposto historiador "George De Wan" e do livro dele, não catalogado em qualquer base de dados de biblioteca, são de sites de negação do Holocausto ("revisionistas").
Esta citação sobre o "genocídio por telepatia" atribuída ao Raul Hilberg é bem conhecido de sites negacionistas, bem conhecida e explorada, e muita gente cai na 'trollada' sem verficar este detalhe da fonte. Ela também foi usada e repetida no livro negacionista Debating the Holocaust, do fake Thomas Dalton.
Pra quem quiser ler mais sobre a fraude do Dalton, confiram os textos publicados no Holocaust Controversies sobre o assunto. Caso queiram ler um dos textos principais do HC sobre o caso Dalton em português, confiram a tradução em português do texto do Roberto Muehlenkamp Uma boa análise de "Debatendo o Holocausto" de "Thomas Dalton".
O incrível é que nem o Nizkor, site que é especialista em textos negacionistas (primeiro grande site que combateu o negacionismo, e igualmente conhecido), não detectou a fraude intencional do Faurisson, fazendo uma discussão aqui como se fosse verdadeira a fonte inexistente ao invés de verificá-la.
sexta-feira, 19 de abril de 2013
O que é "revisionismo" do Holocausto
Por Roger, um contribuidor do THHP* (The Holocaust History Project)
Este ensaio é um complemento para um artigo anterior, Porque("Revisionismo") não é Revisionismo. Perguntaram-me recentemente porque o THHP tão veementemente se opõe ao negacionismo, e a resposta para mim é algo bem óbvio, vamos olhar bem atentamente para as recentes declarações de negadores. Meus agradecimentos a David Irving, Germar Rudolf e Mark Weber por tornar a questão tão simples.
"Outro dia" foi mencionado no texto Porque("Revisionismo") não é Revisionismo. A negação do Holocausto é, sempre foi e sempre será uma saída para o ódio irracional, usando uma base desonesta em cada ocasião para alimentar egos inflados em uma tentativa de financiar seu estilo de vida.
Começo oferecendo a David Irving, que tardiamente recusou o infantil cartaz de negacionista, e que não contente em ser tanto o primeiro a afirmar que os Diários de Hitler são falsos, como também foi o último a declará-los autênticos, numa tentativa completamente falha de se distanciar de suas declarações anteriores sobre o Holocausto, declarou recentemente:
Isso vindo de um "historiador" que também aceitou, sem críticas, um "relatório forense", que foi incorreto em basicamente todos os detalhes. Sim, a localização até o último centímetro é o ponto chave quando se tentar negar a história.
Ou talvez o problema seja a química? Germar Rudolf, sob muitos de seus pseudônimos, foi forçado a admitir por aqueles que podem mostrar um maior conhecimento de química que ele (não importa do que ele mesmo se denomina) que química não é ciência e que pode provar ou refutar quaisquer alegações sobre o Holocausto "rigorosamente '. "
Isto, apesar do fato dele perder seu único emprego legítimo, ao fazer a afirmação oposta e fazendo a mesma de uma forma desonesta da qual seu empregador concordou.
Isto nos direciona a Mark Weber (diretor do IHR, que se descreve como "um centro de ensino, pesquisa e publicação de interesse público dedicado a promover uma maior consciência pública da história"), que escreveu: "Na luta real contra o poder judeu-sionista, o revisionismo do Holocausto provou ser tanto um obstáculo como uma ajuda."(http://www.ihr.org/weber_revisionism_jan09.html)
E como tal é a oposição em todo pensamento, são pessoas que se importam com os outros.
Então, agora temos três daqueles que são os luminares da negação fazendo rodeios de 180 graus e revelando, assim, que suas motivações não são aquelas que vêm afirmado repetidamente:
Irving não se preocupa com fato histórico, a motivação de Irving é a autopromoção dele. Daí o nome pela qual sua vaidade é conhecida e como é sugerida, que ele, e apenas ele, é capaz de discernir o que é história "real", enquanto continuamente tenta fazer jogos de palavras, como sua frase "o povo vizinho ao lado"... mas quem é este povo exatamente, David?
Germar Rudolf, aparentemente, tem uma semelhante aversão congênita à verdade, tendo, apesar de tudo, mentido para todo país que ele tentou viver como um residente, todos os empregadores que ele já teve - até mesmo sua própria madrinha e que ainda administra a marca do autor de todos os seus infortúnios (ok, autores, entre eles Jörg Berger; Ernst Gauss; Manfred Köhler; Christian Konrad, Werner Kretschmer; Anton Magerle; Rudolph Markert; Wolfgang Pfitzner, Ronald Reeves; Angela Schneider; Gerd Steiger, e Rudi Zornig), todos dos quais este investigador com nervos-de-aço buscando a verdade usou para disfarçar que todos eles são: você adivinhou - Sr. Sheerer né o próprio Rudolf), judeus.
E principal objetivo de Weber nos dias de hoje parece para todo o mundo uma tentativa de se distanciar desses desagradáveis negadores odiadores de judeus, para que ele possa se concentrar mais naquela variedade de judeu odiando o que ele agora defende.
E assim temos a motivação para a negação do Holocausto: fazer dinheiro em cima de odiadores menos inteligentes do que a si mesmo. Enquanto este dinheiro é conseguido a partir de outros odiadores, e que outros odiadores estão dispostos a culpar qualquer um além deles por sua incapacidade em manter um teto e comida na mesa, a negação do Holocausto continuará a existir.
Esta é a gênese do THHP - em contraste, uma organização sem fins lucrativos, seguindo todas as leis de todos os países em que estamos presentes, escrito e mantido exclusivamente por voluntários que são, e que fazem parte por associação com o Projeto, de modo geral pessoas que não estão entre os auto-denominados por Irving como "tradicionais inimigos da liberdade de expressão". Queremos que eles lá fora façam papel de bobosdeles mesmos e de outros: o que torna nossa tarefa muito mais fácil.
Não vai se juntar a nós?
Última modificação: 18 de dezembro, 2011
Contato técnico/administrativo: webmaster@holocaust-history.org
*THHP = sigla do site The Holocaust History Project
Fonte: The Holocaust History Project
http://www.holocaust-history.org/revisionism-isnt/revisionism-is/
Tradução: Roberto Lucena
Observação: revisão parcial do texto
Este ensaio é um complemento para um artigo anterior, Porque("Revisionismo") não é Revisionismo. Perguntaram-me recentemente porque o THHP tão veementemente se opõe ao negacionismo, e a resposta para mim é algo bem óbvio, vamos olhar bem atentamente para as recentes declarações de negadores. Meus agradecimentos a David Irving, Germar Rudolf e Mark Weber por tornar a questão tão simples.
"Outro dia" foi mencionado no texto Porque("Revisionismo") não é Revisionismo. A negação do Holocausto é, sempre foi e sempre será uma saída para o ódio irracional, usando uma base desonesta em cada ocasião para alimentar egos inflados em uma tentativa de financiar seu estilo de vida.
Começo oferecendo a David Irving, que tardiamente recusou o infantil cartaz de negacionista, e que não contente em ser tanto o primeiro a afirmar que os Diários de Hitler são falsos, como também foi o último a declará-los autênticos, numa tentativa completamente falha de se distanciar de suas declarações anteriores sobre o Holocausto, declarou recentemente:
Em Auschwitz eu estava enganado. Eu disse que não havia câmaras de gás, apesar disso ser totalmente verdade, porque descobri mais tarde provas de que elas estavam apenas fora do campo.
Isso vindo de um "historiador" que também aceitou, sem críticas, um "relatório forense", que foi incorreto em basicamente todos os detalhes. Sim, a localização até o último centímetro é o ponto chave quando se tentar negar a história.
Ou talvez o problema seja a química? Germar Rudolf, sob muitos de seus pseudônimos, foi forçado a admitir por aqueles que podem mostrar um maior conhecimento de química que ele (não importa do que ele mesmo se denomina) que química não é ciência e que pode provar ou refutar quaisquer alegações sobre o Holocausto "rigorosamente '. "
Isto, apesar do fato dele perder seu único emprego legítimo, ao fazer a afirmação oposta e fazendo a mesma de uma forma desonesta da qual seu empregador concordou.
Isto nos direciona a Mark Weber (diretor do IHR, que se descreve como "um centro de ensino, pesquisa e publicação de interesse público dedicado a promover uma maior consciência pública da história"), que escreveu: "Na luta real contra o poder judeu-sionista, o revisionismo do Holocausto provou ser tanto um obstáculo como uma ajuda."(http://www.ihr.org/weber_revisionism_jan09.html)
E como tal é a oposição em todo pensamento, são pessoas que se importam com os outros.
Então, agora temos três daqueles que são os luminares da negação fazendo rodeios de 180 graus e revelando, assim, que suas motivações não são aquelas que vêm afirmado repetidamente:
Irving não se preocupa com fato histórico, a motivação de Irving é a autopromoção dele. Daí o nome pela qual sua vaidade é conhecida e como é sugerida, que ele, e apenas ele, é capaz de discernir o que é história "real", enquanto continuamente tenta fazer jogos de palavras, como sua frase "o povo vizinho ao lado"... mas quem é este povo exatamente, David?
Germar Rudolf, aparentemente, tem uma semelhante aversão congênita à verdade, tendo, apesar de tudo, mentido para todo país que ele tentou viver como um residente, todos os empregadores que ele já teve - até mesmo sua própria madrinha e que ainda administra a marca do autor de todos os seus infortúnios (ok, autores, entre eles Jörg Berger; Ernst Gauss; Manfred Köhler; Christian Konrad, Werner Kretschmer; Anton Magerle; Rudolph Markert; Wolfgang Pfitzner, Ronald Reeves; Angela Schneider; Gerd Steiger, e Rudi Zornig), todos dos quais este investigador com nervos-de-aço buscando a verdade usou para disfarçar que todos eles são: você adivinhou - Sr. Sheerer né o próprio Rudolf), judeus.
E principal objetivo de Weber nos dias de hoje parece para todo o mundo uma tentativa de se distanciar desses desagradáveis negadores odiadores de judeus, para que ele possa se concentrar mais naquela variedade de judeu odiando o que ele agora defende.
E assim temos a motivação para a negação do Holocausto: fazer dinheiro em cima de odiadores menos inteligentes do que a si mesmo. Enquanto este dinheiro é conseguido a partir de outros odiadores, e que outros odiadores estão dispostos a culpar qualquer um além deles por sua incapacidade em manter um teto e comida na mesa, a negação do Holocausto continuará a existir.
Esta é a gênese do THHP - em contraste, uma organização sem fins lucrativos, seguindo todas as leis de todos os países em que estamos presentes, escrito e mantido exclusivamente por voluntários que são, e que fazem parte por associação com o Projeto, de modo geral pessoas que não estão entre os auto-denominados por Irving como "tradicionais inimigos da liberdade de expressão". Queremos que eles lá fora façam papel de bobosdeles mesmos e de outros: o que torna nossa tarefa muito mais fácil.
Não vai se juntar a nós?
Última modificação: 18 de dezembro, 2011
Contato técnico/administrativo: webmaster@holocaust-history.org
*THHP = sigla do site The Holocaust History Project
Fonte: The Holocaust History Project
http://www.holocaust-history.org/revisionism-isnt/revisionism-is/
Tradução: Roberto Lucena
Observação: revisão parcial do texto
segunda-feira, 11 de março de 2013
Espanha deverá indenizar livreiro filonazi porque não teve julgamento "justo" (Pedro Varela)
Tribunal declara que o dono da livraria filonazi Europa não teve um julgamento justo
María Peral | Madrid. Atualizado terça-feira, 05/03/2013 - 11:47 horas
O Tribunal Europeu de Direitos Humanos declarou que a Espanha violou o direito de Pedro Varela, dono da Livraria Europa de Barcelona, a ter um julgamento justo, e por isso ele deverá ser indenizado em 13.000 euros.
A Corte de Estrasburgo considerou por unanimidade que a Espanha não respeitou esse direito porque Varela foi condenado em segunda instância pela Audiência Provincial de Barcelona por um delito - apologia de ideias ou doutrinas que justificam atos de genocídio - que não fora incluído nos escritos da acusação pelos quais foi julgado na primeira instância pelo Tribunal Penal número 3 de Barcelona.
Varela foi condenado em 16 de novembro de 1998 pelo Tribunal Penal a um total de 5 anos de prisão por um delito continuado de negação do genocídio nazi e outro por incitação à discriminação e ódio por motivos racistas e antissemitas.
Em 2008, depois que o Tribunal Constitucional declarara inconstitucional a tipificação delitiva da negação do genocídio, a Audiência de Barcelona condenou Varela a sete meses de prisão (tag Pedro Varela) por um delito de justificação do genocídio e lhe absolveu do resto das acusações.
O TEDH considera que, para poder modificar a qualificação das acusações (de negação do genocídio nazi à justificação do mesmo) a Audiência "devia dar a possibilidade ao acusado de exercer seu direito de defesa sobre esse ponto de uma maneira concreta e efetiva", o que não aconteceu nesse caso.
Fonte: Elmundo.es (Espanha)
http://www.elmundo.es/elmundo/2013/03/05/barcelona/1362480302.html
Tradução: Roberto Lucena
Ver mais:
España deberá indemnizar al librero neonazi Varela con 13.000 euros (El País)
España, condenada a indemnizar al dueño de la librería filonazi Europa (Periodistadigital.com)
El TEDH condena al Estado a pagar 13.000 euros al filonazi Pedro Varela (LavozdeBarcelona.com)
Estrasburgo condena a España a indemnizar al dueño de una librería filonazi de Barcelona (20minutos.es)
El Tribunal de la UE considera que Pedro Varela, condenado por vender material nazi, no fue informado de las acusaciones (elperiodico.com)
España debe indemnizar a un librero nazi porque su juicio no fue justo (elperiodico.com)
España deberá indemnizar a un librero filonazi (lavozdigital.es)
María Peral | Madrid. Atualizado terça-feira, 05/03/2013 - 11:47 horas
Pedro Varela. | Santi Cogolludo |
A Corte de Estrasburgo considerou por unanimidade que a Espanha não respeitou esse direito porque Varela foi condenado em segunda instância pela Audiência Provincial de Barcelona por um delito - apologia de ideias ou doutrinas que justificam atos de genocídio - que não fora incluído nos escritos da acusação pelos quais foi julgado na primeira instância pelo Tribunal Penal número 3 de Barcelona.
Varela foi condenado em 16 de novembro de 1998 pelo Tribunal Penal a um total de 5 anos de prisão por um delito continuado de negação do genocídio nazi e outro por incitação à discriminação e ódio por motivos racistas e antissemitas.
Em 2008, depois que o Tribunal Constitucional declarara inconstitucional a tipificação delitiva da negação do genocídio, a Audiência de Barcelona condenou Varela a sete meses de prisão (tag Pedro Varela) por um delito de justificação do genocídio e lhe absolveu do resto das acusações.
O TEDH considera que, para poder modificar a qualificação das acusações (de negação do genocídio nazi à justificação do mesmo) a Audiência "devia dar a possibilidade ao acusado de exercer seu direito de defesa sobre esse ponto de uma maneira concreta e efetiva", o que não aconteceu nesse caso.
Fonte: Elmundo.es (Espanha)
http://www.elmundo.es/elmundo/2013/03/05/barcelona/1362480302.html
Tradução: Roberto Lucena
Ver mais:
España deberá indemnizar al librero neonazi Varela con 13.000 euros (El País)
España, condenada a indemnizar al dueño de la librería filonazi Europa (Periodistadigital.com)
El TEDH condena al Estado a pagar 13.000 euros al filonazi Pedro Varela (LavozdeBarcelona.com)
Estrasburgo condena a España a indemnizar al dueño de una librería filonazi de Barcelona (20minutos.es)
El Tribunal de la UE considera que Pedro Varela, condenado por vender material nazi, no fue informado de las acusaciones (elperiodico.com)
España debe indemnizar a un librero nazi porque su juicio no fue justo (elperiodico.com)
España deberá indemnizar a un librero filonazi (lavozdigital.es)
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
Gottfried Küssel - Líder neonazi austríaco condenado a 9 anos de prisão
Líder neonazi austríaco condenado a 9 anos de prisão
Por Rachel Hirshfeld
Publicado em: 15/01/2013, 1:46 AM
Um tribunal de Viena condenou uma figura que é líder neo-nazista na Áustria a nove anos de prisão por seu envolvimento no lançamento de um site de extrema-direita que glorifica o nazismo.
Gottfried Küssel, 54, é "uma figura de destaque na cena de extrema-direita" e já havia sido condenado por problemas semelhantes, incluindo uma condenação de 11 anos em 1994, disse a juiz,a Martina Krainz, anunciando o voto do júri de 5-3 por sua condenação.
A plataforma de discussão "Alpen-Donau" foi fechada no mês passado, depois que promotores em Viena pediram a seus homólogos nos EUA para dar assistência pelo fato da página ter funcionado através de um servidor localizado nos Estados Unidos, o que impossibilita os oficiais austríacos a tomarem medidas, informou o The Austrian Times.
Krainz disse que a Internet é crucial para espalhar a ideologia neo-nazista, que é proibida na Áustria, e, por essa razão, o tribunal havia imposto uma punição severa a Küssel, bem como a dois outros réus que receberam sentenças de prisão de sete e quatro anos e meio.
O advogado de Küssel, Michael Dohr, disse que vai recorrer da condenação. "Eu esperava uma absolvição por causa da prova muito tênue. Havia apenas provas circunstanciais, não mais que isso", disse ele em comentários transmitidos pela rádio pública austríaca ORF.
De acordo com o The Austrian Times, Küssel também é suspeito de esconder uma instalação onde os neonazistas podiam se encontrar em Viena pela marca da propriedade que funcionava como uma "lanchonete nacional de comida orgânica."
Dezenas de nacionalistas e skinheads tomaram as ruas da cidade alemã de Dortmund na noite de terça-feira para protestar contra a prisão de Küssel.
Oskar Deutsch, líder da comunidade judaica de Viena, disse recentemente que o número de incidentes antissemitas no país quase dobrou em relação ao ano passado.
Deutsch disse ao jornal Kurier que a comunidade judaica registrou 135 incidentes desse tipo no ano passado, em comparação a 71 ocorridos em 2011.
Fonte: Arutz Sheva/The Austrian Times
http://www.israelnationalnews.com/News/News.aspx/164190
Tradução: Roberto Lucena
Curiosidade, matérias do El País (Espanha) de 1991 e 1993 com o Gottfried Küssel:
1. Criar o IV Reich. O líder dos neonazis alemães ressuscita as ânsias imperiais
2. Um tribunal austríaco condena a dez anos de prisão o neonazi Küssel
Comentário: uma vez chegou um email pro blog perguntando, cínica ou tolamente pois não acredito que uma pessoa que tenha contato com o negacionismo não veja de imediato a ligação da negação do Holocausto com grupos neofascistas, qual a ligação entre neonazis e negação do Holocausto. Ou foi sobre isso ou sobre o David Irving, mas o teor da pergunta ia nessa direção.
Particularmente acho que nem seria o caso de se responder mais uma pergunta dessas, ou por ser algo óbvio demais e também por falta de paciência (pergunta óbvia demais irrita), mas fica aí o registro com um monte de provas e reportagens mostrando a ligação umbilical entre neonazismo, extrema-direita fascista e negação do Holocausto. Querer negar algo tão escancarado, ou é desonestidade intelectual, ou desespero de simpatizantes desse tipo de credo não assumindo o que defendem (ou ambos).
Só mais um aviso já que há perfis com a cara-de-pau de dar uma de "joão-sem-braço" pra vir aqui comentar fomentando picuinha como se ninguém tivesse "entendido" a real intenção disso: a quem queira comentar a matéria? À vontade, de preferência sem fakes. Mas por favor, não tragam fofoca citando sites "revis" brasileiros aqui pra tentar fomentar "discussão" (idiota) pois o pessoal sabe quais as fontes de propagação "revis" no país e portanto não precisa ser "alertado" sobre sites, tampouco o blog não vai servir de meio de propagação dessa lixarada. Qual a razão do aviso? Simples: posso não publicar comentários desse tipo ou deixar passar pra descer a sola no conteúdo do comentário. Dúvidas? Favor ler o post e os outros posts com avisos (clicando na tag do post): Divergências políticas.
Por Rachel Hirshfeld
Publicado em: 15/01/2013, 1:46 AM
Prisão (foto) |
Gottfried Küssel, 54, é "uma figura de destaque na cena de extrema-direita" e já havia sido condenado por problemas semelhantes, incluindo uma condenação de 11 anos em 1994, disse a juiz,a Martina Krainz, anunciando o voto do júri de 5-3 por sua condenação.
A plataforma de discussão "Alpen-Donau" foi fechada no mês passado, depois que promotores em Viena pediram a seus homólogos nos EUA para dar assistência pelo fato da página ter funcionado através de um servidor localizado nos Estados Unidos, o que impossibilita os oficiais austríacos a tomarem medidas, informou o The Austrian Times.
Krainz disse que a Internet é crucial para espalhar a ideologia neo-nazista, que é proibida na Áustria, e, por essa razão, o tribunal havia imposto uma punição severa a Küssel, bem como a dois outros réus que receberam sentenças de prisão de sete e quatro anos e meio.
Gottfried Küssel |
De acordo com o The Austrian Times, Küssel também é suspeito de esconder uma instalação onde os neonazistas podiam se encontrar em Viena pela marca da propriedade que funcionava como uma "lanchonete nacional de comida orgânica."
Dezenas de nacionalistas e skinheads tomaram as ruas da cidade alemã de Dortmund na noite de terça-feira para protestar contra a prisão de Küssel.
Oskar Deutsch, líder da comunidade judaica de Viena, disse recentemente que o número de incidentes antissemitas no país quase dobrou em relação ao ano passado.
Deutsch disse ao jornal Kurier que a comunidade judaica registrou 135 incidentes desse tipo no ano passado, em comparação a 71 ocorridos em 2011.
Fonte: Arutz Sheva/The Austrian Times
http://www.israelnationalnews.com/News/News.aspx/164190
Tradução: Roberto Lucena
Curiosidade, matérias do El País (Espanha) de 1991 e 1993 com o Gottfried Küssel:
1. Criar o IV Reich. O líder dos neonazis alemães ressuscita as ânsias imperiais
2. Um tribunal austríaco condena a dez anos de prisão o neonazi Küssel
***
Comentário: uma vez chegou um email pro blog perguntando, cínica ou tolamente pois não acredito que uma pessoa que tenha contato com o negacionismo não veja de imediato a ligação da negação do Holocausto com grupos neofascistas, qual a ligação entre neonazis e negação do Holocausto. Ou foi sobre isso ou sobre o David Irving, mas o teor da pergunta ia nessa direção.
Particularmente acho que nem seria o caso de se responder mais uma pergunta dessas, ou por ser algo óbvio demais e também por falta de paciência (pergunta óbvia demais irrita), mas fica aí o registro com um monte de provas e reportagens mostrando a ligação umbilical entre neonazismo, extrema-direita fascista e negação do Holocausto. Querer negar algo tão escancarado, ou é desonestidade intelectual, ou desespero de simpatizantes desse tipo de credo não assumindo o que defendem (ou ambos).
Só mais um aviso já que há perfis com a cara-de-pau de dar uma de "joão-sem-braço" pra vir aqui comentar fomentando picuinha como se ninguém tivesse "entendido" a real intenção disso: a quem queira comentar a matéria? À vontade, de preferência sem fakes. Mas por favor, não tragam fofoca citando sites "revis" brasileiros aqui pra tentar fomentar "discussão" (idiota) pois o pessoal sabe quais as fontes de propagação "revis" no país e portanto não precisa ser "alertado" sobre sites, tampouco o blog não vai servir de meio de propagação dessa lixarada. Qual a razão do aviso? Simples: posso não publicar comentários desse tipo ou deixar passar pra descer a sola no conteúdo do comentário. Dúvidas? Favor ler o post e os outros posts com avisos (clicando na tag do post): Divergências políticas.
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Sobre o termo revimané ("revisionistas" e negação do Holocausto)
Pode parecer banal, e talvez seja, mas pra evitar o mau uso do termo por gente mal intencionada querendo criar confusão ou se passar por terceiros aproveitando-se da paranoia desses "revis", acho que é bom fazer o registro de onde vem essa expressão que era bastante usada no Orkut para se dirigir aos revimanés, ops, "revisionistas".
O termo surgiu no fórum de Segunda Guerra do Orkut (na maior comunidade) lançado por um colega de fórum anos atrás, provavelmente 2006 ou antes disso. Ou seja, não é algo novo e não é uma expressão criada pelo pessoal deste blog como muita gente pode achar pois a gente costuma usar muito o termo (digamos que o termo "pegou").
Revimané obviamente é uma palavra criada que mistura parte da palavra "revisionista" com 'mané', que significa idiota, palerma, trouxa, estúpido etc. Portanto revimané nada mais é do que um "revisionista" idiota, tolo, trouxa, imbecil ou estúpido.
É bom fazer o registro pois já peguei comentários de terceiros usando esse termo, o que pode por vezes remeter a que achem que seja alguém do blog comentando, quando não é, uma vez que é um termo razoavelmente bem conhecido pois a comunidade onde o termo surgiu e foi empregado era bastante frequentada/acessada por milhares de pessoas. Refiro-me a grande comunidade sobre Segunda Guerra e sobre o Holocausto no Orkut (as comunidades não-"revisionistas" obviamente).
Fica aqui o registro do termo. O uso da expressão é público, ou seja (em outras palavras), qualquer pessoa pode fazer usa dela pois não possui "copyright".
P.S. um último aviso, embora possa mudar de ideia depois pois infelizmente é algo que vem acontecendo há algum tempo, é sobre terceiros que usam fakes ou termos que a gente usa tentando confundir e ao mesmo tempo não assumir o que defendem ou dizem. Eu ia fazer um post só dedicado a isso mas por enquanto acho que não há necessidade do post, mas... nunca se sabe quando a gente pode vir a mudar de ideia e fazer o post. Pra se combater o extremismo não é muito louvável esse tipo de postura delinquente de uso de fakes pra tentar instigar intrigas ou brigas.
O termo surgiu no fórum de Segunda Guerra do Orkut (na maior comunidade) lançado por um colega de fórum anos atrás, provavelmente 2006 ou antes disso. Ou seja, não é algo novo e não é uma expressão criada pelo pessoal deste blog como muita gente pode achar pois a gente costuma usar muito o termo (digamos que o termo "pegou").
Revimané obviamente é uma palavra criada que mistura parte da palavra "revisionista" com 'mané', que significa idiota, palerma, trouxa, estúpido etc. Portanto revimané nada mais é do que um "revisionista" idiota, tolo, trouxa, imbecil ou estúpido.
É bom fazer o registro pois já peguei comentários de terceiros usando esse termo, o que pode por vezes remeter a que achem que seja alguém do blog comentando, quando não é, uma vez que é um termo razoavelmente bem conhecido pois a comunidade onde o termo surgiu e foi empregado era bastante frequentada/acessada por milhares de pessoas. Refiro-me a grande comunidade sobre Segunda Guerra e sobre o Holocausto no Orkut (as comunidades não-"revisionistas" obviamente).
Fica aqui o registro do termo. O uso da expressão é público, ou seja (em outras palavras), qualquer pessoa pode fazer usa dela pois não possui "copyright".
P.S. um último aviso, embora possa mudar de ideia depois pois infelizmente é algo que vem acontecendo há algum tempo, é sobre terceiros que usam fakes ou termos que a gente usa tentando confundir e ao mesmo tempo não assumir o que defendem ou dizem. Eu ia fazer um post só dedicado a isso mas por enquanto acho que não há necessidade do post, mas... nunca se sabe quando a gente pode vir a mudar de ideia e fazer o post. Pra se combater o extremismo não é muito louvável esse tipo de postura delinquente de uso de fakes pra tentar instigar intrigas ou brigas.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Bispo Williamson é condenado a pagar multa por negar o Holocausto
O bispo Richard Williamson, que negou o Holocausto em uma entrevista em 2008 |
Em um processo de apelação, o Tribunal Regional de Regensburg, no sul da Alemanha, condenou à revelia nesta segunda-feira (11/07) o bispo católico britânico Richard Williamson por sedição (incitação à revolta). Após ter negado o Holocausto, a multa que o religioso de 71 anos de idade precisará pagar foi reduzida de 10 mil para 6.500 euros. A defesa de Williamson declarou sua inocência e disse que irá recorrer da sentença.
Em uma entrevista para a televisão sueca, em 2008, o bispo, que é membro da ultra-conservadora Irmandade Pio 10, negou os assassinatos em massa de seis milhões de judeus pelos nazistas, assim como a existência de câmaras de gás em campos de concentração. Por isso, já havia sido condenado em abril de 2010 a pagar uma multa de 100 parcelas diárias de 100 euros, ou seja, 10 mil euros.
Tanto o promotor quanto Williamson recorreram da decisão e, em um novo processo, a acusação havia exigido 12 mil euros de multa (120 parcelas de 100 euros). A juíza Birgit Eisvogel justificou que a atual decisão confirma o veredicto de culpado, declarado em primeira instância, mas por conta da situação financeira do acusado, a multa foi reduzida para 100 parcelas diárias de 65 euros.
Defesa
A defesa pediu a absolvição do bispo, alegando que ele não havia consentido a transmissão da entrevista na Alemanha. Segundo Eisvogel, o bispo deveria saber que a entrevista seria publicada na internet e que, por isso, também estaria disponível na Alemanha. "Sabemos que o acusado é blogueiro", disse, indicando que o religioso estaria familiarizado com a internet.
Além disso, a juíza afirma ser impossível acreditar que o religioso pensava que a televisão sueca não disponibilizaria as declarações polêmicas online. Williamson foi surpreendido pelo entrevistador com a pergunta sobre o Holocausto, mas não hesitou em falar sobre o tema durante seis minutos. "O réu sabia das possíveis consequências", afirma Eisvogel.
Igreja em crise
O caso instaurou uma crise na Igreja Católica, pois justamente na época em que a entrevista do canal sueco com a negação do Holocausto foi transmitida, o Vaticano havia acabado de anular a excomunhão de Williamson e de três outros bispos da irmandade. O Papa, no entanto, não teria tomado conhecimento da entrevista.
Desde o escândalo, Williamson não ocupa mais nenhuma função na irmandade. Ele vive em Londres e dispõe, de acordo com seus advogados, de uma mesada no valor de 300 a 400 euros.
LF/dpa/dapd/afp
Revisão: Carlos Albuquerque
Fonte: Deutsche Welle(Alemanha)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,15226844,00.html
Ler mais:
Confirmada condenação de bispo por negação do Holocausto (DN, Portugal)
Justiça alemã condena bispo que negou o Holocausto (R7, Brasil)
Bispo condenado a multa de 6500 euros por negar o Holocausto (Público, Portugal)
terça-feira, 8 de março de 2011
Uma boa análise de "Debatendo o Holocausto" de "Thomas Dalton"
Acho que a última análise com uma estrela de "Debating the Holocaust" (Debatendo o Holocausto), como transcrito abaixo, merece uma tirada de chapéu em reconhecimento.
Em 27 de janeiro de 2011, o leitor "Rhomphaia", escreveu o seguinte:
Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Roberto Muehlenkamp
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2011/02/good-review-of-daltons-screed.html
Tradução: Roberto Lucena
Em 27 de janeiro de 2011, o leitor "Rhomphaia", escreveu o seguinte:
Embora este livro definitivamente levante alguns pontos interessantes, o problema com ele começa logo na capa:Eu discordo da opinião do crítico de que o panfleto propaganda de "Dalton" "levanta alguns pontos interessantes", mas acho que o crítico obviamente não olhou para as falsidades "revisionistas" como nós fazemos e portanto não pode saber que "Dalton" essencialmente papagueia os argumentos de outros "revisionistas" mais capazes que ele, e que são, portanto, nossa prioridade. Entretanto, temos também dedicado algumas postagens ao Sr. "Dalton", e que acho que o crítico gostará de ler.
Thomas Dalton não existe e, portanto, não tem PhD verificável ou registro para ensinar em qualquer universidade.
De fato, as evidências sugerem que Michael Santomauro, um diretor editorial da Editora de Teses e Dissertações, é provavelmente o autor (e ele também não tem nenhum PhD, o que significa que a descrição inteira da "carreira" de Thomas Dalton é forjada). A Editora de Teses e Dissertações é de propriedade da Castle Hill Publishers, que foi fundada por um oponente de longa data do Holocausto, Germar Rudolf. Portanto, com interesse na informação por completo, quando você compra esse livro, 1/3 dos lucros vão para Germar Rudolf, cuja agenda INTEIRA é voltada para negar o holocausto por quaisquer meios necessários (um "agitador", no jargão do livro).
Ninguém pode ler as coisas que Michael Santomauro tem escrito e acreditar por um minuto que ele é um observador neutro simplesmente examinando todos os lados da questão. O Sr. Santomauro é o editor e, provavelmente, o autor deste livro, e ainda, se você vai para a última página de críticas, você o encontrará analisando seu próprio livro sem revelar quaisquer dessas informações (sob o título: "Banido em 15 países"). Isso é, pelo menos, desonestidade intelectual, e deve lançar sérias dúvidas sobre a afirmação de "análise neutra" do livro.
Então seja prevenido, um livro com uma mentira tão grande dessas na capa NÃO irá apresentar todos os lados da questão de forma imparcial. Na minha opinião, este é um ataque meticulosamente montado contra o Holocausto, e que apresenta argumentos cuidadosamente construídos sobre o holocausto, para em seguida habilmente, astuciosamente e sistematicamente tentar desmontá-lo.
O problema é que ele não apresenta todas as provas sobre o Holocausto, é cuidadosamente inclinado em afirmar algo sobre o Holocausto, mas deixa de fora partes importantes de informação (como o fato de que mais de três milhões de "seis milhões" judeus que morreram na Segunda Guerra Mundial campos de concentração foram identificados pelo nome, e mais nomes estão sendo rastreados e verificados a cada ano), e constrói com cuidado espantalhos (Hitler emitiu uma ordem escrita para exterminar os judeus), para em seguida pô-los abaixo(não é possível encontrar a escrita ordem), e tudo ignorando as evidências que saíram das bocas dos próprios homens de Hitler de que um programa desse tipo, com ou sem ordem escrita de Hitler, não existia.
Outro exemplo de "neutralidade" deste livro: Zyklon-B é um pesticida usado para matar piolhos, não para exterminar pessoas. Verdade, mas então o que faremos com as declarações de Rudolf Hoss*, o diretor de Auschwitz, quando disse como eles usaram o Zyklon-B para matar pessoas, parafraseado aqui:
Havia 2 bunkers, e entre eles, eles apanharam cerca de 2000 pessoas. As portas estavam screwed shut e solid pellets de Zyklon-B foram dropped into the chambers através de vents, releasing o gás Zyklon-B. Cerca de um terço das vítimas morria imediatamente (presumidamente aquelas mais próximas das vents), e todo mundo dentro estava morto em cerca de 20 minutos.
Se Zyklon-B não foi usado para matar pessoas, então por que o diretor de Auschwitz dá uma versão muito detalhada de como eles FIZERAM uso dele para matar pessoas? Ele estava também conspirando para promover o "mito" do Holocausto?
É verdade que há alguns problemas com algumas coisas ditas sobre o Holocausto, mas os problemas NÃO são evidentes como este livro faz de conta. É possível, por exemplo, que apenas 4 ou 5 milhões de judeus tenham morrido, não 6 milhões (como é fato que 3 milhões já estão documentados), mas o que REALMENTE tornaria o Holocausto menor se Hitler e seu regime apenas tivesse conseguido capturar e assassinar 4 ou 5 milhões? Enquanto pode haver alguma estimativa para cima por parte de sobreviventes do Holocausto (falando nisso, não realmente comprovada), há uma extrema estimativa PARA BAIXO da parte deste livro.
Apenas tomem cuidado, pois este livro nem remotamente de longe é o mais confiável e equilibrado como as 5 estrelas das análises aqui nos levariam a crer. Somente aqueles que realmente não SABEM nada dos fatos do holocausto será influenciado por esse livro. Para aqueles conscientes sobre a pesquisa independente, filmagens e provas fotográficas, e do verdadeiro registro histórico encontrado em centenas, talvez milhares de relatórios bem pesquisados, este livro sai como nada mais do que um cuidadoso ataque habilidoso contra o holocausto já realizado em forma impressa.
Embora eu não esteja certo de que este livro mereça, seria interessante ver se alguém gastaria tempo em fazer uma réplica completa. Eu, por exemplo, adoraria ver, e que eliminassem de uma vez por todas, a idéia de que este livro é mesmo remotamente neutro, equilibrado e justo.
*Seu sobrenome é na realidade pronunciado com a letra alemã que parece com um "B" maiúsculo, mas é aproximadamente equivalente ao "ss" em inglês.
Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Roberto Muehlenkamp
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2011/02/good-review-of-daltons-screed.html
Tradução: Roberto Lucena
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domingo, 25 de julho de 2010
Germar Rudolf - "revisionistas" - biografia - 04
Germar Rudolf
Germar Rudolf (nasceu em 29 de outubro de 1964 em Limburg an der Lahn), é um químico alemão e negador do Holocausto. Ele usou o sobrenome de sua primeira esposa, Scheerer, até os dois se divorciarem.
Provisoriamente ele foi membro do Die Republikaner, um partido de extrema-direita alemão.
Depois de terminar sua educação secundária em 1983 em Remscheid, Rudolf estudou Química em Bonn, completando seus estudos em 1989. Como estudante, ele participou da A.V. Tuisconia Königsberg zu Bonn e da K.D.St.V. Nordgau Prag zu Stuttgart. Ambas são fraternidades católicas alemãs pertencentes ao Cartellverband der katholischen deutschen Studentenverbindungen. Ele foi expulso em 1995 por justa causa por ter violado os princípios de fraternidade com suas publicações.
Terminando os estudos de pós-graduação PhD depois do serviço militar, ele ficou temporariamente empregado no Instituto Max Planck para Pesquisa do Estado Sólido em Stuttgart, no começo de outubro de 1990. Durante este tempo ele escreveu um ensaio, com o título de "Relatório sobre a formação e verificabilidade de compostos cianeto nas câmaras de gás de Auschwitz" com a procuração do procurador de Düsseldorf Hajo Herrmann, um ex-piloto da Luftwaffe qualificado na categoria de Oberst(Coronel).
Herrmann usou o ensaio de Rudolf na defesa do general da Wehrmacht e proeminente ativista nazista Otto Ernst Remer, acusado de incitação contra pessoas, por ofensa criminosa da lei alemã. Em seu ensaio, o disputado "Relatório Rudolf", Rudolf afirma ter coletado amostras das construções das câmaras de gás no campo de extermínio de Auschwitz, achando apenas pequenos traços de compostos cianeto no que restou dos muros. O relatório foi contestado desde então por Richard Green e Jamie McCarthy do The Holocaust History Project.
Em 1993, Rudolf foi expulso do Instituto Max Planck por uso não autorizado do nome do instituto para conseguir amostras analisadas que foram tiradas de locais das câmaras de gás em Auschwitz e Birkenau. He apelou sem sucesso da decisão. Desde então, ele tem dado consultoria em processos sobre negação do Holocausto e ofensas relacionadas, recebendo suporte financeiro de patrocinadores e pelo trabalho como editor.
Consequências legais: Fuga, deportação e aprisionamento
Em 1994, Rudolf foi condenado a 14 meses de prisão pela corte do distrito de Tübingen por causa do "Relatório Rudolf". (Negação do Holocausto é crime na Alemanha). Rudolf evitou de ser preso ao fugir para Espanha, Inglaterra e finalmente para Chicago, EUA. Lá, ele soliciou asilo político, mas seu pedido foi negado.
Enquanto isso, a investigação criminal continuou na Alemanha. Em agosto de 2004, a corte do distrito de Mannheim sequestrou uma conta bancária apanhando cerca de €200,000(euros). Rudolf e seus associados tinham ganho esse dinheiro pela venda de publicações de negação do Holocausto.
Em 11 de setembro de 2004, Rudolf casou-se com uma cidadã norte-americana. Porém, seu pedido de asilo foi rejeitado em Novembro daquele ano com base de que o pedido foi "frívolo." Em 19 de outubro de 2005, Rudolf foi preso e deportado para Alemanha em 15 de novembro. Na chegada, ele foi preso pelas autoridades policiais e transferido para prisão em Baden-Württemberg.
Publicações
Depois de Rudolf deixar o Instituto Max Planck, ele começou a publicar vários livros negando o Holocausto. Rudolf encontrou a Castle Hill Publishers em Hastings, Inglaterra. Além disso, ele é muito próximo e associado à organização "revisionista" belga Vrij Historisch Onderzoek (VHO).
Dissecting the Holocaust(Dissecando o Holocausto)
"Dissecting the Holocaust"(Dissecando o Holocausto) foi editado e teve co-autoria de Rudolf sob o nome de Ernst Gauss. A publicação em língua alemã com o título de Grundlagen zur Zeitgeschichte resultou em mais indiciamentos sendo feitos contra Rudolf. Entre os contribuidores do trabalho estão outros "experientes" "revisionistas" como o Professor Robert Faurisson, Jürgen Graf, Carlo Mattogno, Udo Walendy e Friedrich Paul Berg. Incluso como um apêndice consta uma longa resenha do trabalho escrito por um historiador profissional e destacado especialista em história militar e diplomática soviética-alemã, Joachim Hoffmann.
Fonte: antisemitism.org.il
Tradução: Roberto Lucena
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Germar Rudolf (nasceu em 29 de outubro de 1964 em Limburg an der Lahn), é um químico alemão e negador do Holocausto. Ele usou o sobrenome de sua primeira esposa, Scheerer, até os dois se divorciarem.
Provisoriamente ele foi membro do Die Republikaner, um partido de extrema-direita alemão.
Depois de terminar sua educação secundária em 1983 em Remscheid, Rudolf estudou Química em Bonn, completando seus estudos em 1989. Como estudante, ele participou da A.V. Tuisconia Königsberg zu Bonn e da K.D.St.V. Nordgau Prag zu Stuttgart. Ambas são fraternidades católicas alemãs pertencentes ao Cartellverband der katholischen deutschen Studentenverbindungen. Ele foi expulso em 1995 por justa causa por ter violado os princípios de fraternidade com suas publicações.
Terminando os estudos de pós-graduação PhD depois do serviço militar, ele ficou temporariamente empregado no Instituto Max Planck para Pesquisa do Estado Sólido em Stuttgart, no começo de outubro de 1990. Durante este tempo ele escreveu um ensaio, com o título de "Relatório sobre a formação e verificabilidade de compostos cianeto nas câmaras de gás de Auschwitz" com a procuração do procurador de Düsseldorf Hajo Herrmann, um ex-piloto da Luftwaffe qualificado na categoria de Oberst(Coronel).
Herrmann usou o ensaio de Rudolf na defesa do general da Wehrmacht e proeminente ativista nazista Otto Ernst Remer, acusado de incitação contra pessoas, por ofensa criminosa da lei alemã. Em seu ensaio, o disputado "Relatório Rudolf", Rudolf afirma ter coletado amostras das construções das câmaras de gás no campo de extermínio de Auschwitz, achando apenas pequenos traços de compostos cianeto no que restou dos muros. O relatório foi contestado desde então por Richard Green e Jamie McCarthy do The Holocaust History Project.
Em 1993, Rudolf foi expulso do Instituto Max Planck por uso não autorizado do nome do instituto para conseguir amostras analisadas que foram tiradas de locais das câmaras de gás em Auschwitz e Birkenau. He apelou sem sucesso da decisão. Desde então, ele tem dado consultoria em processos sobre negação do Holocausto e ofensas relacionadas, recebendo suporte financeiro de patrocinadores e pelo trabalho como editor.
Consequências legais: Fuga, deportação e aprisionamento
Em 1994, Rudolf foi condenado a 14 meses de prisão pela corte do distrito de Tübingen por causa do "Relatório Rudolf". (Negação do Holocausto é crime na Alemanha). Rudolf evitou de ser preso ao fugir para Espanha, Inglaterra e finalmente para Chicago, EUA. Lá, ele soliciou asilo político, mas seu pedido foi negado.
Enquanto isso, a investigação criminal continuou na Alemanha. Em agosto de 2004, a corte do distrito de Mannheim sequestrou uma conta bancária apanhando cerca de €200,000(euros). Rudolf e seus associados tinham ganho esse dinheiro pela venda de publicações de negação do Holocausto.
Em 11 de setembro de 2004, Rudolf casou-se com uma cidadã norte-americana. Porém, seu pedido de asilo foi rejeitado em Novembro daquele ano com base de que o pedido foi "frívolo." Em 19 de outubro de 2005, Rudolf foi preso e deportado para Alemanha em 15 de novembro. Na chegada, ele foi preso pelas autoridades policiais e transferido para prisão em Baden-Württemberg.
Publicações
Depois de Rudolf deixar o Instituto Max Planck, ele começou a publicar vários livros negando o Holocausto. Rudolf encontrou a Castle Hill Publishers em Hastings, Inglaterra. Além disso, ele é muito próximo e associado à organização "revisionista" belga Vrij Historisch Onderzoek (VHO).
Dissecting the Holocaust(Dissecando o Holocausto)
"Dissecting the Holocaust"(Dissecando o Holocausto) foi editado e teve co-autoria de Rudolf sob o nome de Ernst Gauss. A publicação em língua alemã com o título de Grundlagen zur Zeitgeschichte resultou em mais indiciamentos sendo feitos contra Rudolf. Entre os contribuidores do trabalho estão outros "experientes" "revisionistas" como o Professor Robert Faurisson, Jürgen Graf, Carlo Mattogno, Udo Walendy e Friedrich Paul Berg. Incluso como um apêndice consta uma longa resenha do trabalho escrito por um historiador profissional e destacado especialista em história militar e diplomática soviética-alemã, Joachim Hoffmann.
Fonte: antisemitism.org.il
Tradução: Roberto Lucena
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segunda-feira, 25 de maio de 2009
Investigacao de neonazistas chega a São Paulo
Polícia de São Paulo investiga 35 suspeitos de integrar grupo neonazista armado no estado
Cleide Carvalho, O Globo
SÃO PAULO - Cerca de 35 pessoas estão sendo investigadas pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) de São Paulo, suspeitas de integrar o grupo neonazista liderado pelo economista Ricardo Barollo, 33 anos, preso e acusado de ser o mandante da morte de um casal de integrantes do movimento no Paraná. Segundo a delegada Margarette Barreto, titular da Decradi, cerca de 25 grupos neonazistas atuam no estado, mas o de Barollo, denominado Neuland, é considerado o mais organizado ideologicamente, possuindo inclusive atuação política. Além de São Paulo, os neonazistas estão sendo investigados no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Nesta sexta, cinco suspeitos serão ouvidos pela polícia do Paraná.
- O grupo tem forte atuação ideológica e não costuma executar crimes de intolerância, mas dá ordem para que outros o façam - afirma a delegada.
Leia também: Rio Grande do Sul já identificou cerca de 50 integrantes
O grupo Neuland tem células em atuação na capital paulista, onde está o maior número de participantes, e nas cidades de Campinas, Sorocaba e Limeira. Além de Barollo, apenas mais um integrante do grupo foi indiciado por crime ligado à ação do grupo. Trata-se de Alessandro Martines, 31 anos, preso em 13 de junho de 2008, no município de Santo André, no ABC paulista, com 147 itens de armamentos, entre espingardas, pistolas, carabinas, carregadores, munição e facas Butterfly. O processo contra Martines foi distribuído no último dia 18 à 2ª Vara Criminal do Fórum de Santo André. Martines está sendo acusado, principalmente, por crimes vinculados ao porte ilegal de armas. Não há informação disponível sobre possível indiciamento por crime de racismo.
Segundo Margarette, o grupo paulista é considerado mais de extrema-direita do que os organizados nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. No Rio Grande do Sul, cerca de 50 membros foram identificados e são monitorados.
O mapeamento do Decradi indica que o grupo Neuland produz material de propaganda nazista, como panfletos e camisetas em São Paulo. O recrudescimento da ação do grupo, com compra de armamentos em grande quantidade, teria sido, segundo a polícia gaúcha, a principal divergência que levou ao assassinato dos estudantes Bernardo Dayrell Pedroso, de 24 anos, e de Renata Waechter Ferreira, de 21 anos, ocorrido em 21 de abril passado no km 6 da BR-116, no município de Quatro Barras, no Paraná.
Os integrantes do Neuland têm entre 16 e 40 anos, mas não é descartada a presença de outros mentores. Barollo, por exemplo, aparece como financiador de cursos de informática e compra de computadores a jovens integrantes do grupo, mas não há informações de como obteve os recursos. Funcionário de uma construtora, ele recebia salário mensal em torno de R$ 10 mil, segundo o delegado Paulo César Jardim, responsável pela investigação.
Margarette afirma que o grupo repudia outras organizações neonazistas em atuação no estado, principalmente por terem sido criadas na periferia e aceitarem no grupo pessoas consideradas mestiças (branco não-puro).
- Eles são de classe média e média alta e se dizem descendentes de europeus, não acham que são miscigenados e querem um país sem negros, homossexuais e judeus. Pessoas destes grupos são consideradas 'peso morto' para o país. Eles perseguem estas pessoas, mas não atuam com as próprias mãos - explica a delegada.
Grupos aliados ao Neuland são acusados de fazer panfletagem contra a criação de cotas para negros. Cinco pessoas foram presas e autuadas em flagrante por panfletagem na região do Jabaquara, na capital paulista, acusadas de integrar o grupo Resistência Ariana. Os nomes não foram divulgados. Em Campinas, células associadas ao Neuland são acusados de fazer pichações em locais de aglomeração de negros, incluindo um salão de beleza destinado a afro-descendentes.
De acordo com Margarette, integrantes de movimentos neonazistas podem ser indiciados por formação de quadrilha, desde que seja comprovada a articulação.
Chama a atenção a discriminação existente entre os próprios grupos neonazistas. Numa conversa travada pela internet, um interessado em aderir ao movimento pergunta: "Gostaria de saber (pelo fato de ter muitas discussões sobre) qual os princípios raciais básicos para um Brasileiro aderir ao movimento ... e se considerar um ariano. Claro que é necessário ser branco e ter origem européia pelo que já li, mas tenho muitas dúvidas sobre olhos e cabelo. É necessário ter olhos claros e ser loiro?. Pergunto isso pois em questão de descendência européia minha bisavó era italiana e migrou ao Brasil na 1ª Guerra. Sou branco (bem branco, não moreno como alguns farsantes) e loiro médio, mas não possuo olhos claros (apenas castanhos claros). Isso é motivo para "cartão vermelho" na entrada do movimento?"
A resposta: "Para fazer parte da iniciativa do nacionalismo branco basta que possuas ascendência branca européia pura e um comportamento que esteja de acordo com os ideais do movimento e da raça que representas. Ou seja, nós somos contra comportamentos prejudiciais como a miscigenação racial, o sexo interracial, o uso de drogas, o desrespeito às leis...Estamos lutando por uma preservação da nossa raça e cultura."
Fonte: O Globo
O Globo
Ler mais: Grupo neonazi preparava ataque a sinagogas e a grupos rivais
Polícia investiga conexão internacional com grupo neonazista no RS
Objetivo do esquema é comprar armas ilegalmente na Argentina.
Novo grupo faz apologia ao nazismo e se formou em cidades gaúchas.
Fonte: G1
Polícia desarticula no Estado grupo de neonazistas
Testemunhas e documentos revelaram à polícia o plano de ataques a sinagogas e confrontos contra grupos rivais. Os atentados ocorreriam este ano em Porto Alegre, além de outros municípios da Região Metropolitana e Serra. A polícia ainda investiga como os suspeitos executariam os crimes.
Fonte: Zero Hora
Cleide Carvalho, O Globo
SÃO PAULO - Cerca de 35 pessoas estão sendo investigadas pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) de São Paulo, suspeitas de integrar o grupo neonazista liderado pelo economista Ricardo Barollo, 33 anos, preso e acusado de ser o mandante da morte de um casal de integrantes do movimento no Paraná. Segundo a delegada Margarette Barreto, titular da Decradi, cerca de 25 grupos neonazistas atuam no estado, mas o de Barollo, denominado Neuland, é considerado o mais organizado ideologicamente, possuindo inclusive atuação política. Além de São Paulo, os neonazistas estão sendo investigados no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Nesta sexta, cinco suspeitos serão ouvidos pela polícia do Paraná.
- O grupo tem forte atuação ideológica e não costuma executar crimes de intolerância, mas dá ordem para que outros o façam - afirma a delegada.
Leia também: Rio Grande do Sul já identificou cerca de 50 integrantes
O grupo Neuland tem células em atuação na capital paulista, onde está o maior número de participantes, e nas cidades de Campinas, Sorocaba e Limeira. Além de Barollo, apenas mais um integrante do grupo foi indiciado por crime ligado à ação do grupo. Trata-se de Alessandro Martines, 31 anos, preso em 13 de junho de 2008, no município de Santo André, no ABC paulista, com 147 itens de armamentos, entre espingardas, pistolas, carabinas, carregadores, munição e facas Butterfly. O processo contra Martines foi distribuído no último dia 18 à 2ª Vara Criminal do Fórum de Santo André. Martines está sendo acusado, principalmente, por crimes vinculados ao porte ilegal de armas. Não há informação disponível sobre possível indiciamento por crime de racismo.
Segundo Margarette, o grupo paulista é considerado mais de extrema-direita do que os organizados nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. No Rio Grande do Sul, cerca de 50 membros foram identificados e são monitorados.
O mapeamento do Decradi indica que o grupo Neuland produz material de propaganda nazista, como panfletos e camisetas em São Paulo. O recrudescimento da ação do grupo, com compra de armamentos em grande quantidade, teria sido, segundo a polícia gaúcha, a principal divergência que levou ao assassinato dos estudantes Bernardo Dayrell Pedroso, de 24 anos, e de Renata Waechter Ferreira, de 21 anos, ocorrido em 21 de abril passado no km 6 da BR-116, no município de Quatro Barras, no Paraná.
Os integrantes do Neuland têm entre 16 e 40 anos, mas não é descartada a presença de outros mentores. Barollo, por exemplo, aparece como financiador de cursos de informática e compra de computadores a jovens integrantes do grupo, mas não há informações de como obteve os recursos. Funcionário de uma construtora, ele recebia salário mensal em torno de R$ 10 mil, segundo o delegado Paulo César Jardim, responsável pela investigação.
Margarette afirma que o grupo repudia outras organizações neonazistas em atuação no estado, principalmente por terem sido criadas na periferia e aceitarem no grupo pessoas consideradas mestiças (branco não-puro).
- Eles são de classe média e média alta e se dizem descendentes de europeus, não acham que são miscigenados e querem um país sem negros, homossexuais e judeus. Pessoas destes grupos são consideradas 'peso morto' para o país. Eles perseguem estas pessoas, mas não atuam com as próprias mãos - explica a delegada.
Grupos aliados ao Neuland são acusados de fazer panfletagem contra a criação de cotas para negros. Cinco pessoas foram presas e autuadas em flagrante por panfletagem na região do Jabaquara, na capital paulista, acusadas de integrar o grupo Resistência Ariana. Os nomes não foram divulgados. Em Campinas, células associadas ao Neuland são acusados de fazer pichações em locais de aglomeração de negros, incluindo um salão de beleza destinado a afro-descendentes.
De acordo com Margarette, integrantes de movimentos neonazistas podem ser indiciados por formação de quadrilha, desde que seja comprovada a articulação.
Chama a atenção a discriminação existente entre os próprios grupos neonazistas. Numa conversa travada pela internet, um interessado em aderir ao movimento pergunta: "Gostaria de saber (pelo fato de ter muitas discussões sobre) qual os princípios raciais básicos para um Brasileiro aderir ao movimento ... e se considerar um ariano. Claro que é necessário ser branco e ter origem européia pelo que já li, mas tenho muitas dúvidas sobre olhos e cabelo. É necessário ter olhos claros e ser loiro?. Pergunto isso pois em questão de descendência européia minha bisavó era italiana e migrou ao Brasil na 1ª Guerra. Sou branco (bem branco, não moreno como alguns farsantes) e loiro médio, mas não possuo olhos claros (apenas castanhos claros). Isso é motivo para "cartão vermelho" na entrada do movimento?"
A resposta: "Para fazer parte da iniciativa do nacionalismo branco basta que possuas ascendência branca européia pura e um comportamento que esteja de acordo com os ideais do movimento e da raça que representas. Ou seja, nós somos contra comportamentos prejudiciais como a miscigenação racial, o sexo interracial, o uso de drogas, o desrespeito às leis...Estamos lutando por uma preservação da nossa raça e cultura."
Fonte: O Globo
O Globo
Ler mais: Grupo neonazi preparava ataque a sinagogas e a grupos rivais
Polícia investiga conexão internacional com grupo neonazista no RS
Objetivo do esquema é comprar armas ilegalmente na Argentina.
Novo grupo faz apologia ao nazismo e se formou em cidades gaúchas.
Fonte: G1
Polícia desarticula no Estado grupo de neonazistas
Testemunhas e documentos revelaram à polícia o plano de ataques a sinagogas e confrontos contra grupos rivais. Os atentados ocorreriam este ano em Porto Alegre, além de outros municípios da Região Metropolitana e Serra. A polícia ainda investiga como os suspeitos executariam os crimes.
Fonte: Zero Hora
domingo, 10 de maio de 2009
Roeland Raes - "revisionistas" - biografias - 02
Roeland Raes (nasceu em 4 de setembro de 1934) é um político belga, ex-senador e vice-presidente pelo mesmo partido político 'Vlaams Blok'. Raes estudou direito na Universidade de Ghent.
Ele se tornou politicamente ativo em 1955, quando virou membro do Volksunie. Ele foi senador pelo Vlaams Blok de 1995 até 2002. No momento ele é a liderança do Vlaams Belang de Lovendegem, membro da direção do Vlaams Belang do distrito de Gent-Eeklo e (como ex-senador) membro do conselho partidário nacional do Vlaams Belang. Ele trabalha na administração do partido em Bruxelas como arquivista.
Críticos acusam Raes de "revisionismo" do Holocausto e de ser um antissemita. Ele é um proeminente membro do Voorpost.
Julgamento do "revisionismo"
Roeland Raes renunciou do cargo de senador e vice-presidente do partido depois das acusações de simpatia pelo nazismo. Ele foi acusado de fazer "revisionismo" de acordo com a Lei sobre negacionismo na Bélgica depois de dizer isto a uma televisão holandesa: "Eu duvido do sistematismo da exterminação dos judeus e também duvido do número de mortes, [...] e também duvido de campos tais como o de Auschwitz tenham sido campos de extermínio". Durante a entrevista, Raes entretanto não tinha quaisquer dúvidas sobre a perseguição sistemática e deportação dos judeus pelos nazistas.
A queixa original remonta a 2001. Entretanto o vídeo matriz com a entrevista inteira, que poderia esclarecer todo o contexto, foi perdido, então a evidência que poderia ter sido usada no julgamento ficou limitada a partes da entrevista que fora feita ao programa.
Em meados de 2006, num pedido do promotor público depois de uma audiência nas câmaras, as acusações foram arquivadas, mas depois de uma apelação feita pelo Fórum das Organizações Judaicas, o caso foi retomado.
Fonte: antisemitism.org.il
Tradução: Roberto Lucena
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Ele se tornou politicamente ativo em 1955, quando virou membro do Volksunie. Ele foi senador pelo Vlaams Blok de 1995 até 2002. No momento ele é a liderança do Vlaams Belang de Lovendegem, membro da direção do Vlaams Belang do distrito de Gent-Eeklo e (como ex-senador) membro do conselho partidário nacional do Vlaams Belang. Ele trabalha na administração do partido em Bruxelas como arquivista.
Críticos acusam Raes de "revisionismo" do Holocausto e de ser um antissemita. Ele é um proeminente membro do Voorpost.
Julgamento do "revisionismo"
Roeland Raes renunciou do cargo de senador e vice-presidente do partido depois das acusações de simpatia pelo nazismo. Ele foi acusado de fazer "revisionismo" de acordo com a Lei sobre negacionismo na Bélgica depois de dizer isto a uma televisão holandesa: "Eu duvido do sistematismo da exterminação dos judeus e também duvido do número de mortes, [...] e também duvido de campos tais como o de Auschwitz tenham sido campos de extermínio". Durante a entrevista, Raes entretanto não tinha quaisquer dúvidas sobre a perseguição sistemática e deportação dos judeus pelos nazistas.
A queixa original remonta a 2001. Entretanto o vídeo matriz com a entrevista inteira, que poderia esclarecer todo o contexto, foi perdido, então a evidência que poderia ter sido usada no julgamento ficou limitada a partes da entrevista que fora feita ao programa.
Em meados de 2006, num pedido do promotor público depois de uma audiência nas câmaras, as acusações foram arquivadas, mas depois de uma apelação feita pelo Fórum das Organizações Judaicas, o caso foi retomado.
Fonte: antisemitism.org.il
Tradução: Roberto Lucena
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domingo, 3 de maio de 2009
Roger Garaudy - "revisionistas" - biografias - 01
Roger Garaudy
Roger Garaudy ou Ragaa (nasceu em 17 de julho de 1913, em Marselha). É um autor francês e convertido ao islamismo que atraiu atenção pública por sua postura e escritos como negador do Holocausto.
Durante a Segunda Guerra, Garaudy foi aprosionado em Djelfa, Argélia, como um prisioneiro de guerra da França de Vichy; ele era um membro do Partido Comunista Francês que tentou reconciliar o Marxismo com o Catolicismo Romano nos anos setenta, e então abandonou ambas as doutrinas em favor do Islã sunita quando se tornou muçulmano em 1982, adotando seu novo nome(Ragaa). Ele atualmente vive na Espanha.
Em 1998, uma corte francesa o considerou culpado de negação do Holocausto e de difamação racista, multando-o em FF 120,000 ($40,000) por seu livro de 1995 "Mythes fondateurs de la politique israélienne"(Mitos Fundadores da Política Israelense). Endossando as visões do negador do Holocausto francês Robert Faurisson, o livro declara que durante o Holocausto, judeus não foram assassinados em câmaras de gás. O livro foi rapidamente traduzido para o árabe e o persa, e um advogado sudanês, Faruk M. Abu Eissa, reuniu um grupo de cinco homens da área jurídica para dar apoio a Garaudy em seu julgamento em Paris. O governo iraniano pagou parte da multa de Garaudy. Garaudy é também conhecido por ser um amigo de Abbé Pierre.
O negacionismo, a Velha Toupeira e a facção antissemita da extrema-esquerda francesa
"O mesmo arsenal de argumentos e as mesmas provas são utilizados pêlos diferentes pesquisadores da escola. Durante o julgamento de Klaus Barbie, o francês Roger Garaudy depôs como testemunha da defesa, sustentando que as deportações feitas por Barbie não se destinavam a centros de extermínio, porque estes não existiram. Mais recentemente, Garaudy, o ex-dirigente do PCF convertido ao Islã em 1982 depois de uma aproximação com intelectuais católicos, aderiu a esta modalidade de história como farsa, em seu livro Os Mitos Fundadores da Política Israelense (Velha Toupeira, 1995). O livro acrescenta à cantilena conhecida, a pretensão de revelar a génese oligárquico-judaica do mito do Holocausto, denunciando-o como elemento fundador do Estado de Israel.
Garaudy tornou-se um mártir da causa negacionista pela condenação que sofreu em 1999. A publicação do livro lhe valeu uma sentença de um ano de prisão, além de multa de 60 mil francos. (29) No entanto, para a propaganda de solidariedade terceiro-mundista, tão cara à Velha Toupeira, ele agregou credenciais intelectuais indiscutivelmente mais expressivas que as de qualquer de seus outros colegas, representantes, segundo o próprio Garaudy, da crítica científica da História." [1]
[1] Trecho do texto do capítulo 9 do livro "Neonazismo, Negacionismo e Extremismo Político".
Fonte: antisemitism.org.il
Tradução(primeira parte): Roberto Lucena
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Roger Garaudy ou Ragaa (nasceu em 17 de julho de 1913, em Marselha). É um autor francês e convertido ao islamismo que atraiu atenção pública por sua postura e escritos como negador do Holocausto.
Durante a Segunda Guerra, Garaudy foi aprosionado em Djelfa, Argélia, como um prisioneiro de guerra da França de Vichy; ele era um membro do Partido Comunista Francês que tentou reconciliar o Marxismo com o Catolicismo Romano nos anos setenta, e então abandonou ambas as doutrinas em favor do Islã sunita quando se tornou muçulmano em 1982, adotando seu novo nome(Ragaa). Ele atualmente vive na Espanha.
Em 1998, uma corte francesa o considerou culpado de negação do Holocausto e de difamação racista, multando-o em FF 120,000 ($40,000) por seu livro de 1995 "Mythes fondateurs de la politique israélienne"(Mitos Fundadores da Política Israelense). Endossando as visões do negador do Holocausto francês Robert Faurisson, o livro declara que durante o Holocausto, judeus não foram assassinados em câmaras de gás. O livro foi rapidamente traduzido para o árabe e o persa, e um advogado sudanês, Faruk M. Abu Eissa, reuniu um grupo de cinco homens da área jurídica para dar apoio a Garaudy em seu julgamento em Paris. O governo iraniano pagou parte da multa de Garaudy. Garaudy é também conhecido por ser um amigo de Abbé Pierre.
O negacionismo, a Velha Toupeira e a facção antissemita da extrema-esquerda francesa
"O mesmo arsenal de argumentos e as mesmas provas são utilizados pêlos diferentes pesquisadores da escola. Durante o julgamento de Klaus Barbie, o francês Roger Garaudy depôs como testemunha da defesa, sustentando que as deportações feitas por Barbie não se destinavam a centros de extermínio, porque estes não existiram. Mais recentemente, Garaudy, o ex-dirigente do PCF convertido ao Islã em 1982 depois de uma aproximação com intelectuais católicos, aderiu a esta modalidade de história como farsa, em seu livro Os Mitos Fundadores da Política Israelense (Velha Toupeira, 1995). O livro acrescenta à cantilena conhecida, a pretensão de revelar a génese oligárquico-judaica do mito do Holocausto, denunciando-o como elemento fundador do Estado de Israel.
Garaudy tornou-se um mártir da causa negacionista pela condenação que sofreu em 1999. A publicação do livro lhe valeu uma sentença de um ano de prisão, além de multa de 60 mil francos. (29) No entanto, para a propaganda de solidariedade terceiro-mundista, tão cara à Velha Toupeira, ele agregou credenciais intelectuais indiscutivelmente mais expressivas que as de qualquer de seus outros colegas, representantes, segundo o próprio Garaudy, da crítica científica da História." [1]
[1] Trecho do texto do capítulo 9 do livro "Neonazismo, Negacionismo e Extremismo Político".
Fonte: antisemitism.org.il
Tradução(primeira parte): Roberto Lucena
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quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Não mencione Lebensraum
Numa recente leitura de Mark Weber, e uma resposta adequada por Michael Shermer, expuseram algumas contradições de como negadores aproximam a motivação de Hitler em invadir a Polônia e a URSS. Resumi três dessas contradições abaixo.
Primeiramente, negadores pretendem fingir que as ações de Hitler eram defensivas. Ele estava rodeado por outras forças; ele precisava recuperar a terra roubada da Alemanha em Versailles; e Stalin estava acelerando por um ataque a oeste. As óbvias refutações desses pontos - o fato de que a aproximação britânica era apaziguar em vez de provocar; o fato de que Stalin estava expurgando seus generais; o fato de que Hitler sempre tomou muito mais território do que estava em disputa e declarou sua intenção de tomar isso permanentemente - sempre caiu como surdez aos ouvidos pró-nazis.
Onde a contradição aparece é no fato de que negadores então afirmam (como Weber fez quando entrevistado por Shermer) que o mundo teria sido um lugar melhor se a Alemanha houvesse ganho a guerra e o comunismo houvesse sido destruído. De repente uma guerra de auto-defesa torna-se uma guerra justificável de aniquilação. A pretensa defensiva não é nem de perto mantida quando a vitória gloriosa sobre o comunismo é tratada.
Em segundo lugar, segue-se as lágrimas derramadas sobre a derrota nazi em que na medida teria sido necessário para assegurar a vitória - incluindo fome em massa da população soviética e dos judeus - tornaria-se justificável. Ninguém não pode desejar os fins sem desejar os meios.
Terceiro, negadores são também assim forçados a aceitar aquilo que eles não podem mencionar: Lebensraum(Espaço Vital) e Holocausto. O anti-comunismo para Hitler era ipso facto uma reordenação étnica da Europa usando (apropriando a excelente frase de Nick Terry) "uma economia política de valor racial." Weber satisfeito reconhece que negadores compartilham esta fantasia eugênica, mesmo assim uma vez mais eles se esquivam das conclusões óbvias: nenhum Lebensraum poderia ter sido alcançado sem assassínio em massa. Não havia nenhum lugar para enviar os judeus uma vez que se tornou óbvio que os soviéticos não iriam simplesmente dobrar-se.
A falácia da 'defensiva de Hitler' não é portanto apenas apologia: é negação dos fatos que emanam da realidade agressiva de Hitler.
Fonte: Holocaust Controversies
Texto(inglês): Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2008/12/dont-mention-lebensraum.html
Tradução: Roberto Lucena
Definição de Lebensraum: em português "Espaço Vital", de maneira simples, seria o espaço geográfico ou territorial reivindicado ou reclamado pelo regime nazista para expandir o Reich ariano no qual a "raça ariana" desenvolveria-se e se utilizaria de todos os recursos naturais dos territórios conquistados, mediante a expulsão, eliminação ou escravização dos povos conquistados(eslavos, judeus, etc).
Na wikipedia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Espa%C3%A7o_vital
Fotos: BBC, site da Casa da Conferência Wannsee
http://www.ghwk.de/2006-neu/haeftlinge.jpg
sobre a foto do cartão russo para tropas alemães, fonte
http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/1980410:BlogPost:48439
Mais sobre Lebensraum(Espaço Vital):
http://www.bbc.co.uk/history/worldwars/wwtwo/hitler_lebensraum_01.shtml
Primeiramente, negadores pretendem fingir que as ações de Hitler eram defensivas. Ele estava rodeado por outras forças; ele precisava recuperar a terra roubada da Alemanha em Versailles; e Stalin estava acelerando por um ataque a oeste. As óbvias refutações desses pontos - o fato de que a aproximação britânica era apaziguar em vez de provocar; o fato de que Stalin estava expurgando seus generais; o fato de que Hitler sempre tomou muito mais território do que estava em disputa e declarou sua intenção de tomar isso permanentemente - sempre caiu como surdez aos ouvidos pró-nazis.
Onde a contradição aparece é no fato de que negadores então afirmam (como Weber fez quando entrevistado por Shermer) que o mundo teria sido um lugar melhor se a Alemanha houvesse ganho a guerra e o comunismo houvesse sido destruído. De repente uma guerra de auto-defesa torna-se uma guerra justificável de aniquilação. A pretensa defensiva não é nem de perto mantida quando a vitória gloriosa sobre o comunismo é tratada.
Em segundo lugar, segue-se as lágrimas derramadas sobre a derrota nazi em que na medida teria sido necessário para assegurar a vitória - incluindo fome em massa da população soviética e dos judeus - tornaria-se justificável. Ninguém não pode desejar os fins sem desejar os meios.
Terceiro, negadores são também assim forçados a aceitar aquilo que eles não podem mencionar: Lebensraum(Espaço Vital) e Holocausto. O anti-comunismo para Hitler era ipso facto uma reordenação étnica da Europa usando (apropriando a excelente frase de Nick Terry) "uma economia política de valor racial." Weber satisfeito reconhece que negadores compartilham esta fantasia eugênica, mesmo assim uma vez mais eles se esquivam das conclusões óbvias: nenhum Lebensraum poderia ter sido alcançado sem assassínio em massa. Não havia nenhum lugar para enviar os judeus uma vez que se tornou óbvio que os soviéticos não iriam simplesmente dobrar-se.
A falácia da 'defensiva de Hitler' não é portanto apenas apologia: é negação dos fatos que emanam da realidade agressiva de Hitler.
Fonte: Holocaust Controversies
Texto(inglês): Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2008/12/dont-mention-lebensraum.html
Tradução: Roberto Lucena
Definição de Lebensraum: em português "Espaço Vital", de maneira simples, seria o espaço geográfico ou territorial reivindicado ou reclamado pelo regime nazista para expandir o Reich ariano no qual a "raça ariana" desenvolveria-se e se utilizaria de todos os recursos naturais dos territórios conquistados, mediante a expulsão, eliminação ou escravização dos povos conquistados(eslavos, judeus, etc).
Na wikipedia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Espa%C3%A7o_vital
Fotos: BBC, site da Casa da Conferência Wannsee
http://www.ghwk.de/2006-neu/haeftlinge.jpg
sobre a foto do cartão russo para tropas alemães, fonte
http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/1980410:BlogPost:48439
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domingo, 23 de novembro de 2008
Supostos skinheads roubam e agridem barman em SP
Quatro supostos skinheads são acusados de roubar e agredir um barman de 21 anos na madrugada de hoje em um posto de combustíveis na Rodovia Anchieta, na região de Heliópolis, zona sul de São Paulo. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado, a vítima foi socorrida e encaminhada ao pronto-socorro de Heliópolis, onde foi medicada, e depois liberada.
Os policiais iniciaram o patrulhamento visando encontrar os agressores e acabaram detendo três dos quatro suspeitos na região. Todos foram levados para o 95º Distrito Policial (DP), em Heliópolis, e reconhecidos pela vítima como sendo os agressores. Com o trio, a polícia encontrou um canivete, dois celulares e R$ 60 em dinheiro. Um dos suspeitos tem tatuagens no crânio (skins) e no dedo da mão direito (cruz). O trio foi indiciado por roubo e conduzido à cadeia, onde permanecerá à disposição da Justiça.
Fonte: Agência Estado
http://br.noticias.yahoo.com/s/23112008/25/manchetes-supostos-skinheads-roubam-agridem-barman.html
Os policiais iniciaram o patrulhamento visando encontrar os agressores e acabaram detendo três dos quatro suspeitos na região. Todos foram levados para o 95º Distrito Policial (DP), em Heliópolis, e reconhecidos pela vítima como sendo os agressores. Com o trio, a polícia encontrou um canivete, dois celulares e R$ 60 em dinheiro. Um dos suspeitos tem tatuagens no crânio (skins) e no dedo da mão direito (cruz). O trio foi indiciado por roubo e conduzido à cadeia, onde permanecerá à disposição da Justiça.
Fonte: Agência Estado
http://br.noticias.yahoo.com/s/23112008/25/manchetes-supostos-skinheads-roubam-agridem-barman.html
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Abortado plano neonazi para matar Barack Obama e realizar massacre no Tennessee
Skinheads planeavam massacre no Tennessee
A justiça norte-americana revelou ter descoberto um plano de militantes neo-nazis para matar 108 jovens afro-americanos e atentar contra a vida do candidato presidencial Barack Obama
Segundo a agência Associated Press, agentes federais interceptaram em Jackson, no Tennessee, dois homens militantes da extrema-direita norte-americana que se preparavam para atacar uma escola secundária de maioria negra.
Aí, tencionavam matar a tiro 88 jovens afro-americanos e decapitar outros 14 - '88' e '14' são, de resto, números simbólicos na ideologia neo-nazi - antes de prosseguir uma campanha homicida que incluía Barack Obama como alvo
Os suspeitos são Daniel Cowart, de 20 anos, e Paul Schlesselman, de 18 anos. O último é de West Helena, no Arkansas, uma das localidades mais pobres dos Estados Unidos, onde a maioria da população é negra.
A gravidade da ameaça foi sublinhada pelas autoridades. «Ambos os indivíduos afirmaram que sabiam que iam morrer, e que estavam dispostos a morrer na sua tentativa», assegura Jim Cavanaugh, da agência federal de controlo de armas.
O alvo final da conspiração seria Barack Obama, o candidato presidencial democrata, apesar das autoridades acreditarem que os envolvidos no plano não teriam capacidade para atingir o político afro-americano.
«Mesmo que não passasse de uma tentativa, ia haver um mar de lágrimas no Sul dos Estados Unidos», afirmou Cavanaugh.
Com a detenção dos suspeitos deu-se também a apreensão de armas, cordas, máscaras de ski e indumentária pronta a ser usada na operação.
Fonte: SOL(Portugal)/AP
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Internacional/Interior.aspx?content_id=114822&tab=community
Foto: Obama na Alemanha(Deutsche Welle)
Foto dos acusados(Cowart e Schlesselman):
http://www.estadao.com.br/internacional/not_int268276,0.htm
http://www.livenews.com.au/Articles/2008/11/14/Skinhead_wants_Obama_assassination_charge_dismissed_jury_too_black
A justiça norte-americana revelou ter descoberto um plano de militantes neo-nazis para matar 108 jovens afro-americanos e atentar contra a vida do candidato presidencial Barack Obama
Segundo a agência Associated Press, agentes federais interceptaram em Jackson, no Tennessee, dois homens militantes da extrema-direita norte-americana que se preparavam para atacar uma escola secundária de maioria negra.
Aí, tencionavam matar a tiro 88 jovens afro-americanos e decapitar outros 14 - '88' e '14' são, de resto, números simbólicos na ideologia neo-nazi - antes de prosseguir uma campanha homicida que incluía Barack Obama como alvo
Os suspeitos são Daniel Cowart, de 20 anos, e Paul Schlesselman, de 18 anos. O último é de West Helena, no Arkansas, uma das localidades mais pobres dos Estados Unidos, onde a maioria da população é negra.
A gravidade da ameaça foi sublinhada pelas autoridades. «Ambos os indivíduos afirmaram que sabiam que iam morrer, e que estavam dispostos a morrer na sua tentativa», assegura Jim Cavanaugh, da agência federal de controlo de armas.
O alvo final da conspiração seria Barack Obama, o candidato presidencial democrata, apesar das autoridades acreditarem que os envolvidos no plano não teriam capacidade para atingir o político afro-americano.
«Mesmo que não passasse de uma tentativa, ia haver um mar de lágrimas no Sul dos Estados Unidos», afirmou Cavanaugh.
Com a detenção dos suspeitos deu-se também a apreensão de armas, cordas, máscaras de ski e indumentária pronta a ser usada na operação.
Fonte: SOL(Portugal)/AP
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Internacional/Interior.aspx?content_id=114822&tab=community
Foto: Obama na Alemanha(Deutsche Welle)
Foto dos acusados(Cowart e Schlesselman):
http://www.estadao.com.br/internacional/not_int268276,0.htm
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sexta-feira, 11 de julho de 2008
Homem é preso por grafitar memorial do Holocausto
BERLIM - A polícia de Berlim afirmou que um homem foi preso depois de grafitar mensagens anti-semitas no Memorial do Holocausto em Berlim.
A declaração da polícia afirma que um segurança deteve um jovem de 28 anos intoxicado, originário da Alemanha oriental, na noite de terça-feira, quando ele grafitava quatro dos blocos do enorme memorial.
O segurança chamou a polícia.
Segundo a declaração emitida nessa quarta-feira, o homem grafitou "palavras e imagens, algumas das quais continham mensagens anti-semitas" nos blocos de concreto.
O memorial às mais de 6 milhões de vítimas judias do holocausto contêm mais de 2,700 blocos de concreto cinza e fica perto do Portal de Brandenburgo.
O memorial foi aberto ao público em 2005 e é facilmente acessível a qualquer horário.
Vandalismo foi documentado inúmeras vezes no memorial.
Fonte: AP/Último Segundo
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2008/07/09/homem_e_preso_por_grafitar_memorial_do_holocausto_em_berlim_1428429.html
A declaração da polícia afirma que um segurança deteve um jovem de 28 anos intoxicado, originário da Alemanha oriental, na noite de terça-feira, quando ele grafitava quatro dos blocos do enorme memorial.
O segurança chamou a polícia.
Segundo a declaração emitida nessa quarta-feira, o homem grafitou "palavras e imagens, algumas das quais continham mensagens anti-semitas" nos blocos de concreto.
O memorial às mais de 6 milhões de vítimas judias do holocausto contêm mais de 2,700 blocos de concreto cinza e fica perto do Portal de Brandenburgo.
O memorial foi aberto ao público em 2005 e é facilmente acessível a qualquer horário.
Vandalismo foi documentado inúmeras vezes no memorial.
Fonte: AP/Último Segundo
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2008/07/09/homem_e_preso_por_grafitar_memorial_do_holocausto_em_berlim_1428429.html
quarta-feira, 26 de março de 2008
A História do "revisionismo" do Holocausto - Parte 3
3. Revisão Editora e discurso Anti-semita
Em sua obra inicial, Ellwanger defende a tese de que os verdadeiros culpados, interessados e causadores da 2ª Guerra Mundial foram os judeus, a partir de ações advindas de um governo mundial secreto. Dessa forma, a partir do momento que se coloca o judaísmo como causador da guerra, toda a ação do governo nacional-socialista – inclusive a perseguição sistemática a estes - configurar-se-ia, portanto, como uma legítima reação.
Ellwanger apresenta como prova de tal argumento uma suposta declaração de guerra dos judeus aos alemães. Tal prova, porém, trata-se de um recorte da matéria “A Judéia declara guerra à Alemanha”, publicada no jornal inglês “Daily Express”, famoso por seu caráter sensacionalista. O texto apresenta as reações de judeus norte-americanos e ingleses frente às perseguições anti-semitas ocorridas na Alemanha. Como forma de pressionar o governo alemão ou mesmo chamar a atenção da opinião pública dos países em questão, chegou-se a propor um boicote aos produtos alemães. Porém, a forma como foi usada a expressão “declara guerra” passa longe de uma real declaração de guerra (do ponto de vista bélico e político) dos judeus ao povo e ao governo alemão.
A expressão “declara guerra” trata-se de um artifício usado constantemente na mídia em geral, principalmente em jornais. Como exemplo, vale lembrar as inúmeras “declarações de guerra” do governo brasileiro aos altos juros e a inflação durante as seguidas crises econômicas nacionais. Porém, a forma apresentada por Ellwanger não leva em consideração nenhuma destas implicações, de suma importância. Retira-se todo o contexto em que a matéria foi escrita, o momento político e econômico, além de não mencionar que já estava em prática parte da política anti-semita do governo nacional-socialista, como o boicote aos estabelecimentos comerciais judaicos e banimento destes do serviço público e civil.
Além de tudo, tal “declaração” data de março de 1933, ano em que Hitler assumiu o cargo de chanceler na Alemanha, anos antes do início da 2ª Guerra Mundial. O que se vê no argumento de Ellwanger é uma total distorção desta matéria. Uma simples manchete, proveniente de um tablóide, transformou-se numa “autêntica” declaração de Guerra.
Atos explícitos de racismo e preconceito como a “Noite dos Cristais”, (em que milhares de alemães, comandados e incitados por oficiais nazistas saem às ruas para depredar e incendiar estabelecimentos comerciais de propriedade de judeus e sinagogas), são tratados pelo autor como manifestações legítimas de indignação e reação a uma latente escravização do povo alemão pela maquiavélica comunidade judaica.
Para Ellwanger o que provocava a revolta no povo alemão devia-se muito aos resultados da 1ª Guerra Mundial. Isto não é nenhuma novidade para qualquer pessoa interessada no fenômeno nacional-socialista alemão. Um dos maiores motivos de ascensão do nazismo e sua aceitabilidade popular foram justamente os preconceitos e as feridas que ainda estavam abertas no povo alemão, muitas delas provenientes do Tratado de Versalhes, onde segundo os nazistas, o Império Germânico tinha sido covardemente roubado e humilhado. Tal argumento é bastante usado por Ellwanger, que adiciona ainda o que ele chama de espoliação pós-2ª Guerra, causada pelo “Holoconto”.
A situação precária em que se encontrava a Alemanha pós-1ª Guerra era causada, em grande parte, pelo que Ellwanger (e diversas outras categorias de anti-semitas) chama de “judaísmo internacional”. É o velho preconceito anti-semita que cria o mito de dominação mundial dos judeus, dominação essa que se daria via conspiração política, econômica e cultural. Além da própria suposta dominação judaica, contava muito o fato dos judeus “não se misturarem” aos alemães.
Segundo Ellwanger, o que se via na Alemanha pré-nazista era a maioria esmagadora da população alemã subjugada por uma minúscula parcela de judeus, praticamente uma ordem escravocrata. Além de controlar a mídia e os bancos alemães e europeus (afinal de contas, o problema eram os judeus como um todo, não apenas os que viviam na Alemanha), esses judeus não eram verdadeiramente alemães, pois viviam isolados em comunidades, casando-se só entre eles e empregando e beneficiando-se mutuamente, de maneira excludente ao povo alemão, o real necessitado. Coloca-se então, o judeu (ou “judaísmo internacional”) como um ser alienígena dentro de uma sociedade, um câncer social a ser execrado. Dessa maneira, vivendo à parte da sociedade, os judeus conseguiam praticar todas suas ações de dominação e manipulação mundial, em que o “mito” do Holocausto seria uma dentre tantas outras.
Além de “Holocausto: Judeu ou Alemão?”, Ellwanger publicou outros títulos com o mesmo teor editorial negacionista e anti-semita. Em “S.O.S para Alemanha – Separada, Ocupada, Submissa”, ele analisa as reações contrárias a seu livro inicial, além de apresentar supostas provas da existência de um complô que visa manter a mentira do Holocausto, complô este a cargo do governo secreto judaico.
Ellwanger é a figura principal da Revisão Editora, porém Sergio Oliveira também tem alguns títulos lançados, onde o discurso preconceituoso contra os judeus é igualmente perpetuado. Em “Sionismo x Revisionismo – Fantasia x Realidade”, Oliveira busca traçar um paralelo entre o desenvolvimento da disciplina historiográfica e o surgimento do “revisionismo” do Holocausto. Diferentemente de Ellwanger, Sérgio Oliveira aparenta ter uma maior preocupação em soar acadêmico e legitimar seu discurso com uma pseudo-metodologia. Porém, esta pretensão não consegue esconder um velado discurso anti-semita.
Em “Hitler – Culpado ou inocente?”, Oliveira nega a existência das Câmaras de Gás, e ainda que grande parte das mortes judaicas ocorridas no período durante a 2ª Guerra Mundial foram obras dos próprios judeus. Essas mortes seriam apenas mais uma das artimanhas do suposto governo judaico mundial secreto de conseguir o seu ideal maior: a criação do Estado de Israel. Oliveira compartilha ainda da idéia de Ellwanger que afirma que os “verdadeiros” causadores da 2ª Guerra Mundial foram os judeus. Na conclusão de seu livro, afirma que as mortes de judeus na guerra não ultrapassaram a cifra de 500 ou 600 mil pessoas e reafirma a tese de que os judeus foram os reais vilões da história:
Tanto na obra de Siegfried Ellwanger, quanto de Sérgio Oliveira, o discurso negacionista referente às Câmaras de Gás faz relação ao já citado “Relatório Leuchter”. Ellwanger inclusive publicou um livro em que apresenta este relatório, sob o título de “Acabou o Gás!... O Fim de Um Mito - O Relatório Leuchter”. Dentre todos os títulos negacionistas distribuídos e publicados pela Revisão Editora, “Holocausto: Judeu ou Alemão?” é o que contêm mais edições (cerca de 30 edições, de acordo com dados da própria editora) e vendagens (Equipe de reportagem do RS, 1991, p.82), além de ser constantemente elogiado como uma das mais completas obras negacionistas existentes, afirmação logicamente provinda dos próprios negacionistas.
Fonte: Revista eletrônica 'Literatura e Autoritarismo(Dominação e Exclusão Social)
Autor: Odilon Caldeira Neto
Em sua obra inicial, Ellwanger defende a tese de que os verdadeiros culpados, interessados e causadores da 2ª Guerra Mundial foram os judeus, a partir de ações advindas de um governo mundial secreto. Dessa forma, a partir do momento que se coloca o judaísmo como causador da guerra, toda a ação do governo nacional-socialista – inclusive a perseguição sistemática a estes - configurar-se-ia, portanto, como uma legítima reação.
Ellwanger apresenta como prova de tal argumento uma suposta declaração de guerra dos judeus aos alemães. Tal prova, porém, trata-se de um recorte da matéria “A Judéia declara guerra à Alemanha”, publicada no jornal inglês “Daily Express”, famoso por seu caráter sensacionalista. O texto apresenta as reações de judeus norte-americanos e ingleses frente às perseguições anti-semitas ocorridas na Alemanha. Como forma de pressionar o governo alemão ou mesmo chamar a atenção da opinião pública dos países em questão, chegou-se a propor um boicote aos produtos alemães. Porém, a forma como foi usada a expressão “declara guerra” passa longe de uma real declaração de guerra (do ponto de vista bélico e político) dos judeus ao povo e ao governo alemão.
A expressão “declara guerra” trata-se de um artifício usado constantemente na mídia em geral, principalmente em jornais. Como exemplo, vale lembrar as inúmeras “declarações de guerra” do governo brasileiro aos altos juros e a inflação durante as seguidas crises econômicas nacionais. Porém, a forma apresentada por Ellwanger não leva em consideração nenhuma destas implicações, de suma importância. Retira-se todo o contexto em que a matéria foi escrita, o momento político e econômico, além de não mencionar que já estava em prática parte da política anti-semita do governo nacional-socialista, como o boicote aos estabelecimentos comerciais judaicos e banimento destes do serviço público e civil.
Além de tudo, tal “declaração” data de março de 1933, ano em que Hitler assumiu o cargo de chanceler na Alemanha, anos antes do início da 2ª Guerra Mundial. O que se vê no argumento de Ellwanger é uma total distorção desta matéria. Uma simples manchete, proveniente de um tablóide, transformou-se numa “autêntica” declaração de Guerra.
Atos explícitos de racismo e preconceito como a “Noite dos Cristais”, (em que milhares de alemães, comandados e incitados por oficiais nazistas saem às ruas para depredar e incendiar estabelecimentos comerciais de propriedade de judeus e sinagogas), são tratados pelo autor como manifestações legítimas de indignação e reação a uma latente escravização do povo alemão pela maquiavélica comunidade judaica.
Para Ellwanger o que provocava a revolta no povo alemão devia-se muito aos resultados da 1ª Guerra Mundial. Isto não é nenhuma novidade para qualquer pessoa interessada no fenômeno nacional-socialista alemão. Um dos maiores motivos de ascensão do nazismo e sua aceitabilidade popular foram justamente os preconceitos e as feridas que ainda estavam abertas no povo alemão, muitas delas provenientes do Tratado de Versalhes, onde segundo os nazistas, o Império Germânico tinha sido covardemente roubado e humilhado. Tal argumento é bastante usado por Ellwanger, que adiciona ainda o que ele chama de espoliação pós-2ª Guerra, causada pelo “Holoconto”.
A situação precária em que se encontrava a Alemanha pós-1ª Guerra era causada, em grande parte, pelo que Ellwanger (e diversas outras categorias de anti-semitas) chama de “judaísmo internacional”. É o velho preconceito anti-semita que cria o mito de dominação mundial dos judeus, dominação essa que se daria via conspiração política, econômica e cultural. Além da própria suposta dominação judaica, contava muito o fato dos judeus “não se misturarem” aos alemães.
Segundo Ellwanger, o que se via na Alemanha pré-nazista era a maioria esmagadora da população alemã subjugada por uma minúscula parcela de judeus, praticamente uma ordem escravocrata. Além de controlar a mídia e os bancos alemães e europeus (afinal de contas, o problema eram os judeus como um todo, não apenas os que viviam na Alemanha), esses judeus não eram verdadeiramente alemães, pois viviam isolados em comunidades, casando-se só entre eles e empregando e beneficiando-se mutuamente, de maneira excludente ao povo alemão, o real necessitado. Coloca-se então, o judeu (ou “judaísmo internacional”) como um ser alienígena dentro de uma sociedade, um câncer social a ser execrado. Dessa maneira, vivendo à parte da sociedade, os judeus conseguiam praticar todas suas ações de dominação e manipulação mundial, em que o “mito” do Holocausto seria uma dentre tantas outras.
Além de “Holocausto: Judeu ou Alemão?”, Ellwanger publicou outros títulos com o mesmo teor editorial negacionista e anti-semita. Em “S.O.S para Alemanha – Separada, Ocupada, Submissa”, ele analisa as reações contrárias a seu livro inicial, além de apresentar supostas provas da existência de um complô que visa manter a mentira do Holocausto, complô este a cargo do governo secreto judaico.
Ellwanger é a figura principal da Revisão Editora, porém Sergio Oliveira também tem alguns títulos lançados, onde o discurso preconceituoso contra os judeus é igualmente perpetuado. Em “Sionismo x Revisionismo – Fantasia x Realidade”, Oliveira busca traçar um paralelo entre o desenvolvimento da disciplina historiográfica e o surgimento do “revisionismo” do Holocausto. Diferentemente de Ellwanger, Sérgio Oliveira aparenta ter uma maior preocupação em soar acadêmico e legitimar seu discurso com uma pseudo-metodologia. Porém, esta pretensão não consegue esconder um velado discurso anti-semita.
Em “Hitler – Culpado ou inocente?”, Oliveira nega a existência das Câmaras de Gás, e ainda que grande parte das mortes judaicas ocorridas no período durante a 2ª Guerra Mundial foram obras dos próprios judeus. Essas mortes seriam apenas mais uma das artimanhas do suposto governo judaico mundial secreto de conseguir o seu ideal maior: a criação do Estado de Israel. Oliveira compartilha ainda da idéia de Ellwanger que afirma que os “verdadeiros” causadores da 2ª Guerra Mundial foram os judeus. Na conclusão de seu livro, afirma que as mortes de judeus na guerra não ultrapassaram a cifra de 500 ou 600 mil pessoas e reafirma a tese de que os judeus foram os reais vilões da história:
“Em primeiro lugar, é preciso compreender que essas mortes ocorreram numa situação muito especial: os judeus estavam em guerra contra a Alemanha (grifo nosso) nacional-socialista, seja através de ações concretas de sabotagem ao esforço de guerra alemão ou empreendimentos de guerrilhas, seja por meio de uma ação sub-reptícia dos agentes sionistas infiltrados nos governos inimigos da Alemanha [...] Estando em guerra, os judeus haveriam de apresentar sua quota de sacrifício em vidas humanas, como de resto ocorreu com todos os beligerantes que tomaram parte do conflito.” (Oliveira, 1989, p. 135)
Tanto na obra de Siegfried Ellwanger, quanto de Sérgio Oliveira, o discurso negacionista referente às Câmaras de Gás faz relação ao já citado “Relatório Leuchter”. Ellwanger inclusive publicou um livro em que apresenta este relatório, sob o título de “Acabou o Gás!... O Fim de Um Mito - O Relatório Leuchter”. Dentre todos os títulos negacionistas distribuídos e publicados pela Revisão Editora, “Holocausto: Judeu ou Alemão?” é o que contêm mais edições (cerca de 30 edições, de acordo com dados da própria editora) e vendagens (Equipe de reportagem do RS, 1991, p.82), além de ser constantemente elogiado como uma das mais completas obras negacionistas existentes, afirmação logicamente provinda dos próprios negacionistas.
Fonte: Revista eletrônica 'Literatura e Autoritarismo(Dominação e Exclusão Social)
Autor: Odilon Caldeira Neto
terça-feira, 25 de março de 2008
A História do "revisionismo" do Holocausto - Parte 2
2. Revisionismo Histórico e a negação do Holocausto
A prática de revisão da História é constantemente aplicada, não somente sobre a própria metodologia, mas também sobre objetos e fatos em si, gerando inúmeras compreensões resultantes destas reflexões, sejam elas convergentes ou divergentes. É necessário ressaltar que esta prática de revisionismo atende aos padrões acadêmicos, que “exigem” de qualquer tipo de pesquisa, a existência de um referencial teórico e metodologia aplicada não somente para legitimar a pesquisa, mas também para qualificá-la.
É necessário abordar estas características do legítimo Revisionismo Histórico para se estabelecer contato com o auto-intitulado “Revisionismo” do Holocausto, ou Negacionismo, como é costumeiramente chamado nos meios acadêmicos e legais, distinção esta feita justamente para que haja uma diferenciação entre revisionistas e negadores do Holocausto. Segundo Pierre Vidal-Naquet (1998, p.12), notório combatente das práticas de falsificações históricas do Negacionismo, as primeiras células negacionistas surgiram na própria Alemanha sob o julgo nacional-socialista.
A partir de fortes indícios de um iminente fim de guerra, autoridades nazistas ordenaram a destruição de uma série de documentos e provas. Tal processo era nada mais que uma artimanha encontrada por estes oficiais para esconder, diminuir ou até mesmo negar os crimes cometidos durante a 2ª Guerra Mundial, dentre os quais o maior genocídio organizado e friamente sistematizado de uma série de categorias de “indesejáveis" ao governo nazista, como judeus, ciganos, homossexuais, negros, comunistas, entre outros – o Holocausto.
A passagem do negacionismo da plataforma política (como ato interno e restrito aos meios oficiais) para o meio público e acadêmico teve como principal idealizador e fundador Paul Rassinier, um ex-prisioneiro dos campos de concentração nazista de Buchenwald e Dora-Nordhaussen (Milman, 2000, p.120).
Rassinier, antigo militante da extrema-esquerda francesa era, durante a 2ª Guerra Mundial, membro da Seção Francesa da Internacional Socialista (SFIO) e redator de um jornal clandestino (“La IV. é Republique”). Devido às suas atuações, foi preso em 1944 pela Gestapo e enviado para os campos de concentração.
Livre, após o fim da guerra, retornou à França e começou uma peregrinação por diversas organizações políticas extremistas, tanto de esquerda quanto de direita. Afastou-se gradativamente das tendências esquerdistas, para se aliar a figurões da extrema-direita (Vichystas e colaboracionistas, inclusive) francesa e assumiu gradativamente um caráter fortemente anti-semita, antes mascarado como anti-sionismo ou anti-imperialismo.
O ano de 1951 marca a expulsão de Rassinier da SFIO, após a publicação de seu segundo livro, “A mentira de Ulisses”, em que o autor defende a tese de que a 2ª Guerra Mundial havia sido provocada por um complô judeu internacional de dominação mundial. Tal teoria remete facilmente aos moldes de teoria da conspiração largamente perpetuados pelo livro “Os Protocolos dos Sábios de Sião”, uma espécie de bíblia do anti-semitismo, que influenciou uma gama variada de anti-semitas, desde o governo Czarista (que foi, aliás, quem encomendou esta fraude) até Adolf Hitler (Cohn, 1969, p.195), passando por brasileiros como Gustavo Barroso (chefe de milícia da Ação Integralista Brasileira, responsável por uma versão traduzida e apostilada deste) e chegando até os atuais negadores do Holocausto.
Rassinier, em um primeiro momento, empreendeu uma relativização do número de mortos nos campos de concentração para, após isto, negar a existência das câmaras de gás e de qualquer programa sistemático do governo nacional-socialista de assassinato de judeus e outros grupos “indesejáveis”.
No que diz respeito à negação da existência das Câmaras de Fás, o maior argumento usado pelos autores negacionistas é o chamado “Relatório Leuchter”. Escrito por Fred A. Leuchter Jr., um suposto engenheiro norte-americano especialista em câmaras de gás. Tal relatório afirma que não haveria indícios de gaseamento nos campos de concentração (no caso, Auschwitz-Birkenau e Majdanek). A validade desse relatório é bastante questionável e suas alegações técnicas (assim como a capacidade e legitimidade profissional de Leuchter Jr.) são constantemente refutadas. Cabe ressaltar ainda que os campos de concentração em que Rassinier esteve confinado eram “apenas” campos de prisão e trabalho forçado. Desta forma, não haveria como Rassinier presenciar alguma sequer Câmaras de Gás no período e locais em que esteve preso, por motivos óbvios.
Os ideais de Rassinier influenciaram uma variada gama de anti-semitas, sobretudo na França pós-guerra. A seu exemplo, parte de ex-militantes esquerdistas verteram suas atuações para grupos de extrema-direita. Personagens como Serge Thion, Robert Faurisson, dentre outros, militantes ativos do grupo intitulado como “A velha toupeira”, formaram um pequeno grupo em volta de Rassinier que logo se tornou um centro de irradiação de material negacionista.
Não tardou muito e os ideais negacionistas se espalharam por grande parte da Europa e mais tardiamente a outros locais da América Latina, como o Brasil. Atualmente, há uma rede de negacionistas que abrange vários países, dentre os quais alguns autores que ficaram mundialmente conhecidos, não necessariamente por suas obras, mas principalmente pelas batalhas judiciais em que são réus na maioria das vezes (e em muitas destas, condenados). David Irving, historiador britânico que dispunha de um relativo respeito nos meios acadêmicos como historiador militar e de guerras, viu sua “popularidade” desabar após escrever livros negacionistas e ser preso na Áustria – onde a negação do Holocausto é crime. Ernst Zündel, alemão, foi condenado à prisão em seu país de origem, mas acabou sendo preso primeiramente no Canadá, onde ficou detido por um período de dois anos. Após este tempo, foi transferido para a Alemanha, onde foi julgado novamente e atualmente cumpre pena de cinco anos de prisão por negar o holocausto e incitar o ódio contra judeus.
A chegada do negacionismo no Brasil data do ano de 1987. Em um período de crescente mobilização pelas eleições diretas e pelo fim da ditadura militar, surge então o mais famoso livro negacionista brasileiro: “Holocausto: Judeu ou Alemão? Nos bastidores da mentira do século” de autoria de Siegfried Ellwanger, brasileiro descendente de alemães.
Ellwanger, que assina seus livros com o pseudônimo de S.E. Castan (segundo ele para fugir da perseguição sionista), funda a Revisão Editora Ltda., com sede em Porto Alegre/RS, para promover a distribuição de seu livro inicial, além de uma série de outros títulos com forte teor anti-semita e racista, muito deles de autores negacionistas.
A participação de brasileiros, porém, é pequena na Revisão Editora. Grande parte dos livros negacionistas nacionais são de autoria de Ellwanger ou então de Sérgio Oliveira, ex-sargento do Exército brasileiro durante a ditadura militar.
Fonte: Revista eletrônica 'Literatura e Autoritarismo(Dominação e Exclusão Social)
Autor: Odilon Caldeira Neto
A prática de revisão da História é constantemente aplicada, não somente sobre a própria metodologia, mas também sobre objetos e fatos em si, gerando inúmeras compreensões resultantes destas reflexões, sejam elas convergentes ou divergentes. É necessário ressaltar que esta prática de revisionismo atende aos padrões acadêmicos, que “exigem” de qualquer tipo de pesquisa, a existência de um referencial teórico e metodologia aplicada não somente para legitimar a pesquisa, mas também para qualificá-la.
É necessário abordar estas características do legítimo Revisionismo Histórico para se estabelecer contato com o auto-intitulado “Revisionismo” do Holocausto, ou Negacionismo, como é costumeiramente chamado nos meios acadêmicos e legais, distinção esta feita justamente para que haja uma diferenciação entre revisionistas e negadores do Holocausto. Segundo Pierre Vidal-Naquet (1998, p.12), notório combatente das práticas de falsificações históricas do Negacionismo, as primeiras células negacionistas surgiram na própria Alemanha sob o julgo nacional-socialista.
A partir de fortes indícios de um iminente fim de guerra, autoridades nazistas ordenaram a destruição de uma série de documentos e provas. Tal processo era nada mais que uma artimanha encontrada por estes oficiais para esconder, diminuir ou até mesmo negar os crimes cometidos durante a 2ª Guerra Mundial, dentre os quais o maior genocídio organizado e friamente sistematizado de uma série de categorias de “indesejáveis" ao governo nazista, como judeus, ciganos, homossexuais, negros, comunistas, entre outros – o Holocausto.
A passagem do negacionismo da plataforma política (como ato interno e restrito aos meios oficiais) para o meio público e acadêmico teve como principal idealizador e fundador Paul Rassinier, um ex-prisioneiro dos campos de concentração nazista de Buchenwald e Dora-Nordhaussen (Milman, 2000, p.120).
Rassinier, antigo militante da extrema-esquerda francesa era, durante a 2ª Guerra Mundial, membro da Seção Francesa da Internacional Socialista (SFIO) e redator de um jornal clandestino (“La IV. é Republique”). Devido às suas atuações, foi preso em 1944 pela Gestapo e enviado para os campos de concentração.
Livre, após o fim da guerra, retornou à França e começou uma peregrinação por diversas organizações políticas extremistas, tanto de esquerda quanto de direita. Afastou-se gradativamente das tendências esquerdistas, para se aliar a figurões da extrema-direita (Vichystas e colaboracionistas, inclusive) francesa e assumiu gradativamente um caráter fortemente anti-semita, antes mascarado como anti-sionismo ou anti-imperialismo.
O ano de 1951 marca a expulsão de Rassinier da SFIO, após a publicação de seu segundo livro, “A mentira de Ulisses”, em que o autor defende a tese de que a 2ª Guerra Mundial havia sido provocada por um complô judeu internacional de dominação mundial. Tal teoria remete facilmente aos moldes de teoria da conspiração largamente perpetuados pelo livro “Os Protocolos dos Sábios de Sião”, uma espécie de bíblia do anti-semitismo, que influenciou uma gama variada de anti-semitas, desde o governo Czarista (que foi, aliás, quem encomendou esta fraude) até Adolf Hitler (Cohn, 1969, p.195), passando por brasileiros como Gustavo Barroso (chefe de milícia da Ação Integralista Brasileira, responsável por uma versão traduzida e apostilada deste) e chegando até os atuais negadores do Holocausto.
Rassinier, em um primeiro momento, empreendeu uma relativização do número de mortos nos campos de concentração para, após isto, negar a existência das câmaras de gás e de qualquer programa sistemático do governo nacional-socialista de assassinato de judeus e outros grupos “indesejáveis”.
No que diz respeito à negação da existência das Câmaras de Fás, o maior argumento usado pelos autores negacionistas é o chamado “Relatório Leuchter”. Escrito por Fred A. Leuchter Jr., um suposto engenheiro norte-americano especialista em câmaras de gás. Tal relatório afirma que não haveria indícios de gaseamento nos campos de concentração (no caso, Auschwitz-Birkenau e Majdanek). A validade desse relatório é bastante questionável e suas alegações técnicas (assim como a capacidade e legitimidade profissional de Leuchter Jr.) são constantemente refutadas. Cabe ressaltar ainda que os campos de concentração em que Rassinier esteve confinado eram “apenas” campos de prisão e trabalho forçado. Desta forma, não haveria como Rassinier presenciar alguma sequer Câmaras de Gás no período e locais em que esteve preso, por motivos óbvios.
Os ideais de Rassinier influenciaram uma variada gama de anti-semitas, sobretudo na França pós-guerra. A seu exemplo, parte de ex-militantes esquerdistas verteram suas atuações para grupos de extrema-direita. Personagens como Serge Thion, Robert Faurisson, dentre outros, militantes ativos do grupo intitulado como “A velha toupeira”, formaram um pequeno grupo em volta de Rassinier que logo se tornou um centro de irradiação de material negacionista.
Não tardou muito e os ideais negacionistas se espalharam por grande parte da Europa e mais tardiamente a outros locais da América Latina, como o Brasil. Atualmente, há uma rede de negacionistas que abrange vários países, dentre os quais alguns autores que ficaram mundialmente conhecidos, não necessariamente por suas obras, mas principalmente pelas batalhas judiciais em que são réus na maioria das vezes (e em muitas destas, condenados). David Irving, historiador britânico que dispunha de um relativo respeito nos meios acadêmicos como historiador militar e de guerras, viu sua “popularidade” desabar após escrever livros negacionistas e ser preso na Áustria – onde a negação do Holocausto é crime. Ernst Zündel, alemão, foi condenado à prisão em seu país de origem, mas acabou sendo preso primeiramente no Canadá, onde ficou detido por um período de dois anos. Após este tempo, foi transferido para a Alemanha, onde foi julgado novamente e atualmente cumpre pena de cinco anos de prisão por negar o holocausto e incitar o ódio contra judeus.
A chegada do negacionismo no Brasil data do ano de 1987. Em um período de crescente mobilização pelas eleições diretas e pelo fim da ditadura militar, surge então o mais famoso livro negacionista brasileiro: “Holocausto: Judeu ou Alemão? Nos bastidores da mentira do século” de autoria de Siegfried Ellwanger, brasileiro descendente de alemães.
Ellwanger, que assina seus livros com o pseudônimo de S.E. Castan (segundo ele para fugir da perseguição sionista), funda a Revisão Editora Ltda., com sede em Porto Alegre/RS, para promover a distribuição de seu livro inicial, além de uma série de outros títulos com forte teor anti-semita e racista, muito deles de autores negacionistas.
A participação de brasileiros, porém, é pequena na Revisão Editora. Grande parte dos livros negacionistas nacionais são de autoria de Ellwanger ou então de Sérgio Oliveira, ex-sargento do Exército brasileiro durante a ditadura militar.
Fonte: Revista eletrônica 'Literatura e Autoritarismo(Dominação e Exclusão Social)
Autor: Odilon Caldeira Neto
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