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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Alemanha tem série de protestos contra suposta "islamização" do país

Em Dresden, 10 mil pessoas participam de caminhada organizada por autodenominados "europeus patriotas". Manifestação contrária reúne cerca de 9 mil pessoas.
Manifestação convocada pelo grupo Pegida em Dresden, no leste da Alemanha
Uma série de protestos contra uma suposta "islamização" da Alemanha atingiu seu ápice até o momento nesta segunda-feira (08/12), quando um ato organizado pelo grupo Pegida reuniu cerca de 10 mil pessoas em Dresden, no leste do país, segundo cálculos da polícia.

Na mesma cidade, em torno de 9 mil pessoas protestaram contra o movimento, no qual veem sinais de xenofobia, nacionalismo e intolerância religiosa. Pegida é uma sigla em alemão para "Europeus patriotas contra a islamização do Ocidente". Entre outras bandeiras, defende o endurecimento das leis para asilo.

Manifestações semelhantes aconteceram em Düsseldorf, no oeste, reunindo cerca de 500 pessoas do lado do grupo Pegida e em torno de 750 do outro, segundo cálculos da polícia. Apesar de os integrantes do Pegida negarem que extremistas de direita façam parte do grupo, ao menos em Düsseldorf alguns manifestantes eram oriundos da cena neonazista.

Em Dresden, a manifestação contra o grupo Pegida foi organizada pelas igrejas cristãs, por organizações judaicas e islâmicas, por estudantes e pela universidade local.

Apesar de alguns pequenos conflitos entre os dois lados em Dresden, todas as manifestações desta segunda transcorreram sem o registro de incidentes graves pela polícia.

Os protestos contra a "islamização" começaram em Dresden, há oito semanas, e são realizados sempre às segundas-feiras. Chama a atenção que o estado da Saxônia, do qual Dresden é a capital, praticamente não tem muçulmanos. Eles representam 0,1% da população local, segundo o último censo. Quase todos os muçulmanos que vivem na Alemanha estão no lado ocidental.

Apesar de os membros do Pegida fazerem questão de ressaltar que não possuem relações com a extrema direita, o partido extremista NPD já declarou ter simpatia pelos protestos. O partido eurocético Alternativa para a Alemanha (AfD) afirmou entender os motivos dos manifestantes.

Cartazes pedem fim da "islamização da Europa"
AS/dpa/afp/ots

Fonte: Deutsche Welle (Alemanha)
http://www.dw.de/alemanha-tem-s%C3%A9rie-de-protestos-contra-suposta-islamiza%C3%A7%C3%A3o-do-pa%C3%ADs/a-18117431

domingo, 3 de maio de 2009

Roger Garaudy - "revisionistas" - biografias - 01

Roger Garaudy

Roger Garaudy ou Ragaa (nasceu em 17 de julho de 1913, em Marselha). É um autor francês e convertido ao islamismo que atraiu atenção pública por sua postura e escritos como negador do Holocausto.

Durante a Segunda Guerra, Garaudy foi aprosionado em Djelfa, Argélia, como um prisioneiro de guerra da França de Vichy; ele era um membro do Partido Comunista Francês que tentou reconciliar o Marxismo com o Catolicismo Romano nos anos setenta, e então abandonou ambas as doutrinas em favor do Islã sunita quando se tornou muçulmano em 1982, adotando seu novo nome(Ragaa). Ele atualmente vive na Espanha.

Em 1998, uma corte francesa o considerou culpado de negação do Holocausto e de difamação racista, multando-o em FF 120,000 ($40,000) por seu livro de 1995 "Mythes fondateurs de la politique israélienne"(Mitos Fundadores da Política Israelense). Endossando as visões do negador do Holocausto francês Robert Faurisson, o livro declara que durante o Holocausto, judeus não foram assassinados em câmaras de gás. O livro foi rapidamente traduzido para o árabe e o persa, e um advogado sudanês, Faruk M. Abu Eissa, reuniu um grupo de cinco homens da área jurídica para dar apoio a Garaudy em seu julgamento em Paris. O governo iraniano pagou parte da multa de Garaudy. Garaudy é também conhecido por ser um amigo de Abbé Pierre.

O negacionismo, a Velha Toupeira e a facção antissemita da extrema-esquerda francesa

"O mesmo arsenal de argumentos e as mesmas provas são utilizados pêlos diferentes pesquisadores da escola. Durante o julgamento de Klaus Barbie, o francês Roger Garaudy depôs como testemunha da defesa, sustentando que as deportações feitas por Barbie não se destinavam a centros de extermínio, porque estes não existiram. Mais recentemente, Garaudy, o ex-dirigente do PCF convertido ao Islã em 1982 depois de uma aproximação com intelectuais católicos, aderiu a esta modalidade de história como farsa, em seu livro Os Mitos Fundadores da Política Israelense (Velha Toupeira, 1995). O livro acrescenta à cantilena conhecida, a pretensão de revelar a génese oligárquico-judaica do mito do Holocausto, denunciando-o como elemento fundador do Estado de Israel.

Garaudy tornou-se um mártir da causa negacionista pela condenação que sofreu em 1999. A publicação do livro lhe valeu uma sentença de um ano de prisão, além de multa de 60 mil francos. (29) No entanto, para a propaganda de solidariedade terceiro-mundista, tão cara à Velha Toupeira, ele agregou credenciais intelectuais indiscutivelmente mais expressivas que as de qualquer de seus outros colegas, representantes, segundo o próprio Garaudy, da crítica científica da História." [1]

[1] Trecho do texto do capítulo 9 do livro "Neonazismo, Negacionismo e Extremismo Político".

Fonte: antisemitism.org.il
Tradução(primeira parte): Roberto Lucena

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terça-feira, 22 de julho de 2008

Crônica racista em revista de esquerda sobre filho de Sarkozy, gera polêmica na França

Paris, 19 jul (EFE) - Uma organização contra o anti-semitismo se somou hoje à polêmica na imprensa em torno de uma crônica de um chargista da revista satírica "Charlie Hebdo", Siné, demitido por se recusar a pedir desculpas a Jean Sarkozy, o filho mais velho do presidente francês, Nicolas Sarkozy.

Em uma crônica publicada no dia 2, Siné escreveu que Jean Sarkozy "acaba de declarar que quer se converter ao judaísmo antes de se casar com a noiva, judia, e herdeira dos fundadores de (a cadeia de distribuição) Darty. Chegará longe".

Diante da recusa de Siné em se desculpar perante a família Darty e diante de Jean, protagonista de uma ascensão política fulgurante no histórico reduto eleitoral do pai perto de Paris, o diretor da "Charlie Hebdo", Philippe Val, demitiu o chargista no início da semana.

Val afirmou que as palavras de Siné sobre Jean e sua noiva não só propagavam "o rumor falso" da conversão do jovem ao judaísmo, mas, sobretudo, "podiam ser interpretadas" como o estabelecimento de uma relação entre "conversão ao judaísmo e êxito social", algo "não aceitável nem defensável perante um tribunal".

Em comunicado divulgado hoje, a Liga Internacional contra o Racismo e o Anti-semitismo defendeu a decisão de Val de "sancionar as palavras indignas" de Siné sobre o jovem Sarkozy.

"As alegações de tráfico de influência e de cinismo" e a "sórdida conexão" entre o dinheiro e os judeus pertencem aos "tempos mais miseráveis do anti-semitismo dos séculos XIX e XX", afirmou a entidade, que ameaçou recorrer aos tribunais.

Quem já decidiu entrar com uma ação por difamação foi o próprio Siné, segundo seu advogado.

Ele entrou com um processo contra um jornalista da revista "Le Nouvel Observateur", que dedicou um artigo ao assunto.

Além disso, processará "todos os que, ao chamar injustamente Siné de 'anti-semita' e 'porco', provocaram sua demissão" e "arruinaram o compromisso de toda uma vida em favor da tolerância, a liberdade de expressão e a igualdade entre todos os usuários do planeta Terra", indicou o advogado.

O próprio Siné disse há poucos dias à imprensa local: "Reprovo Jean Sarkozy por se converter por oportunismo. Se tivesse se convertido à religião muçulmana para se casar com a filha de um emir, seria igual. E igual também se fosse a filha de um católico", disse.

Crônica sobre filho de Sarkozy gera polêmica na França
Fonte: EFE
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL652314-5602,00-CRONICA+SOBRE+FILHO+DE+SARKOZY+GERA+POLEMICA+NA+FRANCA.html

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