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Olá, biguinhos! Viva as bolhas do Youtube! |
Um vídeo que me chamou atenção foi o do A. Linck (canal Quadrinhos na Sarjeta) que coloquei num dos posts de Gaza onde ele criticou aqueles "debates" (entre aspas mesmo), ou "circo de pulgas" (como eu chamo, entretenimento macabro) de "gente de esquerda" indo "debater" com o "Marca de Bicicleta". Aqui o vídeo: (https://www.youtube.com/watch?v=Ld1NHWlFMvk).
Na verdade foram lacrar, se promover (exibicionismo) achando que iriam enquadrar o cara e foram enquadrados, toda "petulância será castigada"... Isso aconteceu porque essa turma se "leva a sério demais", há falta de "malícia", engolem pilha fácil, falta tato pra lidar com mala sem alça e ter noção que isso não é propriamente um "debate".
Eles foram "discutir" com o tal "Marca de Bicicleta" por conta de que esse sujeito tem fama de "estúpido até o talo", se promove por ser o "bobalhão alegria da massa" (tem gosto pra tudo), e que seria fácil transformar o sujeito em "escada" pra dar raquetada de "eu sou gênio demais". Mas foi essa turma à esquerda que virou "escada" do terraplanismo do tal "Marca de Bicicleta".
Esses "debates do mundo Bizarro" só escancarou a falta de politização real que esses canais ou turma que leva o rótulo de "webcomunismo" faz nas redes. Não generalizando, mas... pouca coisa foge a essa linha.
Mas por que se afirma que não existe politização real nisso?
Por um motivo simples: os adeptos, seguidores da "coisa" ("webcomunismo") não convertem o dito "engajamento" que recebem no Youtube em apoio de massas, votos, organização política real etc. É tudo improvisado, pra autopromoção como qualquer "influencer" tosco de Youtube (pelo menos alguns são mais autênticos).
A gente corre o risco de tomar umas "chineladas" de fúria dos "fãs" dessa turma, mas tá ficando ridículo e estamos no tempo das definições. Estamos literalmente numa conflagração global, numa "terceira guerra mundial" (Ucrânia, Gaza, tensões crescentes China x EUA) e essa turma "brincando de revolução" no Youtube iludindo gente tonta que não lê, se informa porcamente (porque se tivessem filtro notariam essas coisas apontadas).
Há quanto anda o mundo:
"Why is Taiwan training for war with China?" (Link1)
"'China is preparing to invade Taiwan' - but there are questions over whether the island is ready" (Link2)
"Preparing for War with China: 35,000 Troops from 19 Countries Gather in Australia" (Link3)
Essa turma não dialoga com os demais espectros do país, com as pessoas em geral, da sociedade. Quando você tenta diálogo com algum (até alguns que "seguem" na surdina, e eu sei, porque já peguei expressão que uso sendo repetida e outras coisas, linhas de pensamento etc, só que uma coisa é repetir, outra é o original dizendo, até agradeço pela "admiração" oculta, mas procurem dialogar, falar com as pessoas em vez de ficar nesse cercadinho de vocês atrás de fama pela fama).
Já houve briga de canal de "mídia progressista" com uns, rotulando quem endossou críticas ao governo como sendo "seguidores" dessas pessoas, algo absurdo, e vou explicar de forma didática pra esses canais de "mídia", e "não espalhem"...: parte do público dos ditos "webcomunistas" votam no Lula... no PT... sabiam disso?... e continuarão votando porque não existe opção real ao PT, à parte todos os defeitos, problemas e falhas do PT etc.
Mas indo ao ponto da crítica, da razão de muita gente estar criticando esse pessoal pralém do que foi dito acima.
Essa turma teve 4 anos (desde 2022, pelo menos) pra organizar alguma sigla decente, mínima, sigla partidária, movimento político etc pra ganhar o povo em 2026, em teoria, e o que fizeram? Nenhum consegue sequer se candidatar a cargo em 2026 de tão "organizados" politicamente que são (desunidos, brigam com os próprios egos, pelo personalismo), a crítica de gogó qualquer pessoa faz (eu mesmo faço, eu não estou atrás de cargo político), a parte dita consciente, politizada da sociedade já faz isso de forma orgânica há décadas, em torno do PT e outras siglas (no passado rolava até no PDT, PSB, mas essas siglas desandaram, o PDT nem se fala, com a figura do Ciranha, vulgo Ciro Gomes, vai de mal a pior, virou um DCE pedante que só fala pra gueto ou serve de linha auxiliar do bolsonarismo, mesmo que tentem rejeitar o rótulo, é a mesma linha pueril do "webcomunismo", muita bravata e nenhuma organização prática chamando o povo pro seu entorno, dialogando).
Quando eu critico essa turma aqui nos posts de que não dialogam, quem está galgando cargo político? A gente ou esse pessoal? Quem tem que "paparicar" quem? Vocês querem voto, apoio e cia só ficando na surdina, pilhando os outros?
O Lula surgiu pro Brasil na segunda metade dos anos 70, em poucos anos já haviam formulado o PT (o PT é um partido mas também um movimento político de renovação da esquerda brasileira que emergia da ditadura militar 1964-1985) em 1980, com antigos quadros de outras siglas de esquerda etc, elegeram deputado em pouco tempo, chegaram à prefeitura de SP capital (maior cidade do país em população) em 1988, o PDT era o rival natural disso, vindo do antigo PTB de Vargas, Jango e cia mas foi ficando pelo caminho, principalmente pelo erro do Brizola em sediar o PDT, ou massificar, apenas no Rio de Janeiro (em declínio, o Rio foi ultrapassado com folga por São Paulo na segunda metade do século XX) em vez de organizar a sigla em São Paulo e cia. Foi essa limitação do PDT que levou à própria derrota do Brizola no pleito de 1989, ao contrário do que boquirrotos na rede ficam vociferando culpando o PT pelos erros do Brizola e da outra sigla, ou simplesmente questão de época (o PT tinha mais capilaridade nacional em movimentos sociais, sindicatos e cia, tinha não, ainda tem, por isso que não "afunda" fácil como alguns acham que vai ruir, em que pese as críticas à sigla).
Pelo visto a leitura que essa "esquerda radical" faz ou tem do PT é só de antipetismo barato, visão rasa, sectária, idealizada, e não me refiro só a esses, é a mesma visão da "turma encantada" no neo-PDT vociferando "caos" em "podcasts" de gosto duvidoso (a maioria, rs), vociferando "vidência", "mãe dinazismo", DCE e cia.
Responsabilizem o Linck por ter começado a rebelião (rs), mas ele só externou o que tá entalado em muita gente.
Entendam uma coisa: tem todo um seguimento social no país, extenso, politizado que não se organiza propriamente por canais de Youtube, "webcomunismo" ou não se vê representado por essas figuras e nem por "mídias progressistas", o que não quer dizer que as pessoas "não existam", não consigam se comunicar, se manifestar etc, e que não costumam ser levados em conta pelas siglas (como o próprio PT), porque no fim de tudo é a gente que decreta os rumos políticos das siglas (o povo também), a tal "massa silenciosa" (e não me refiro ao termo cunhado nos EUA pra "direita", existe esse termo nos EUA pra conservadores, mas o termo foi apropriado aqui pra outra finalidade).
Esses grupos podem negligenciar, fingir que não veem (mas veem) as críicas ditas aqui, por quem pensa similar, as discussões etc, mas é a gente quem bate o martelo no fim, lembrem-se sempre dessa parte. Brigar com a gente, com essa parte nunca foi "boa ideia", fingir que "não existe" também, a gente sabe puxar o tapete de "quem apronta" na hora certa.
E na verdade ninguém puxa tapete algum, só no sentido figurado, vocês se sabotam pelo que listei acima: personalismo, comportamento de patota, sectarismo, egocentrismo, falta de organização política real (que não é fácil, ninguém está alegando isso, mas não se faz só na base do "falatório", do "gogó" e sim chamando o povo pra "junto", que vocês não fazem), a gente só bate o "martelo" decretando o fim.
As discussões sobre número de "likes", número de seguidores e cia dessa turma beiram o ridículo (em sentido político amplo, acho perigosa a alienação, fetiche que essa turma cria sobre Youtube e comunicação na rede), isso é discussão de "influencer" de internet (nem o Felipe Neto trava isso, e até hoje eu não sei nem o que o Felipe Neto pensa, rs, esse negócio de "influencer", como alguém vai influenciar algo sem ideia? Sem articular ideias, discursos? Sem um carisma, articulação?... alguém pode me explicar o fenômeno? A gente quer "aprender"...).
Não entenderam o que eu digo? Eu já coloquei esse link (a matéria do El País) algumas vezes nos posts de Gaza de 2023 pra cá pra explicar que os que influenciam de fato podem não aparecer como "influencers" midiáticos de Youtube. Trago de novo praqui pra ilustrar a questão:
"O fiasco dos ‘influencers’ com hordas de seguidores" "Uma jovem com mais de 2,6 milhões de fãs no Instagram não consegue vender o mínimo de “36 camisetas” que a empresa disposta a fabricar suas peças de roupa exigia"
(https://brasil.elpais.com/brasil/2019/06/14/internacional/1560521995_585998.html)
"Então quer dizer que números não pensam?..." eu não disse isso, o que apontei é que "só números soltos em um canal" não basta pra se exercer "influência política", ter hegemonia política etc. E por vezes isso pode ser ilusório. Prestem atenção ao discurso que é repetido nas ruas, aí vão entender quem está "influenciando" quem na coisa... não só existe "Youtube" pra se comunicar na web. Blogs são espaços de comunicação, sem o peso que tiveram no passado, mas... ainda possuem peso. O "bolsonarismo/olavismo" usa muito o Whatsapp pra "influenciar"... o "bolsonarismo" não têm canais de "mídia reacionária" no formato e proporção dos ditos "progressistas", e como conseguem a projeção?... mas dominam "podcasts", produção cultural e cia...
O que é "influência política"? Como isso se forma? Se cria? Se faz?... e desde quando isso se resume a Youtube?
Mas entendo porque isso (o dito "webcomunismo") adquiriu vulto: tem uma turma aloprada defendendo o governo federal a todo custo nas bolhas, redes, de forma que beira o ridículo (com argumentos infantis, tolos), sectarizando com meio mundo que criou o ambiente propício pra grupos mais "à esquerda" (em discurso apenas, por vezes idílicos) a ganharem vulto ao externarem certo descontentamento popular com o governo federal.
E esse fenômeno não é novo, eu lembro desse comportamento no governo Dilma 2 já, invadiram um post do site do Nassif (eu lia) tentando brigar com quem criticasse a figura do Joaquim Levy (de quem, desse "bolchevique incompreendido dos trópicos", o principal ajudante na queda do governo Dilma, fora os movimentos alheios ao governo). A gente não podia criticar o Levy que vinha uma leva criar atrito, encher o saco, a queda do governo não se deu pelas críticas ao modelo econômico adotado e sim pelo modelo econômico adotado por ela no poder e outros problemas (comunicação, falta de mobilização adequada de rua, ir pra cima pra "brigar" mesmo, defender o cargo a todo custo etc). Como o assunto já é pretérito, passado, a turma que defendia isso de forma acrítica não consegue mais mentir sobre essas coisas.
Os ditos "webcomunistas" poderiam ter pego esse "capital político" que adquiriram e criado uma organização (de verdade, não DCEs de internet), mas nunca vejo essa turma chamar o povo pra junto, não participam dos movimentos de rua das demais siglas "governistas", uma boa parte não vai. O egocentrismo fala mais alto, não possuem um projeto político real exceto conjecturas, falas soltas sobre "revolução" (falar a palavra "revolução" 10 vezes seguidas não vai criar revolução alguma, é só discurso vazio e sectário pra pose, ou esse pessoal acha que só eles acompanham e entendem de política?). Essas posturas conduzem ao vazio e futuramente ao ostracismo (se continuarem nessa toada).
Já vi inúmeros casos do tipo surgir e desaparecer, os comentários acima não são "chute", é baseado no que presenciei, vi ao longo de anos. Quem acompanha política há mais tempo vai poder atestar se isso procede ou não...
Não quero demonizar "debates", tem um que o Breno participou que foi proveitoso (tá em destaque aqui "Jogo dos 200 erros (encontre um...). "Debate" Breno Altman x Olavete: "O nazismo foi de esquerda?" https://holocausto-doc.blogspot.com/2025/04/jogo-dos-200-erros-encontre-um-deles-debate-breno-altman-x-olavete-o-nazismo-foi-de-esquerda.html). Mas por que uns são proveitosos e a maioria não?... por uma série de motivos, a começar pelo "debatedor", pelo que a pessoa propõe, pela postura etc. O Breno não foi "debater ele" no tal "debate", foi com um propósito claro de rebater inverdades históricas (se preparou), sabe falar, expor o que pensa (é da "old school" política), é articulado, não cai em pilha fácil etc. Tem 'n' motivos na coisa. Quem vai só pensando em "aparecer", sem defender uma causa, questão (os "webcomunistas" são muito "eu" e pouco "causa" apesar de dizerem o oposto), quebra a cara lindamente, apesar de alegarem outra coisa em seus respectivos canais.
Os comentários acima não são pra ninguém específico e sim aos grupos, é uma "crítica grupal", porque o comportamento relatado é coletivo (em comum), apesar do individualismo extremo das pessoas desses grupos, algo incompatível com socialismo e "atuação em grupo" visando algum objetivo político maior soar contraditório, "socialistas individualistas"?... o Brasil é punk demais... tudo é subvertido nesse país...
Fora a falta de entendimento que a própria mudança em torno do PT, pela esqueda, virá do próprio PT (de rachas etc), de algum evento histórico extraordinário etc e não de "aglomerados" a esmo paridos artificialmente via internet. Falta certo entendimento histórico a esse pessoal na questão (já que ficam inebriados vendo os temas de fora do país, mas apresentam falhas grotescas quando tratam dos assuntos internos).
Nem sempre eu tive esse entendimento por estamos mergulhados no processo, mas a coisa vai ficando clara à medida que a opção política real ao PT não existe, só vejo aloprados querendo pegar o protagonismo do PT/Lula com discursos sectários, patotinhas etc (vide o "cirismo", Cirolândia e o "webcomunismo"), fora da realidade etc, sem qualquer organização política real de rua. Os caras podem negar tudo o que foi dito nesse post à vontade, quero ver comprovar por A+B que é mentira.
As pessoas não irão abraçar fantasias, palavras soltas. Esses dias tive que responder um que veio com esse discurso (de anti-política) porque toda vez acham que quando a gente critica algo do governo que a gente automaticamente está "endossando" gente sectária tosca pregando bizarrices, idiotices. Essa gente deveria entender mais o que se passa em vez de vir com "cardápio pronto" pra tudo. Fora que alegam coisas totalmente sem fundamento, a pessoa acusou os governos do PT de ter "desindustrializado as forças armadas" (?), foi no governo Dilma que o "submarino nuclear" brasileiro tomou vulto e outras coisas (os militares do país são mau agradecidos aos governos do PT e só fizeram bost* no poder no desgoverno Bolsonaro e continua adulando os Estados Unidos, o que não interessa ao Brasil).
Se esse tipo de figura quer vir criticar, discutir, beleza, mas não venha mentindo, inventando coisa por sectarismo, ignorância ou estupidez.
E isso não é uma "ode" ao PT ou ao Lula, é apenas a realidade, a situaçao do país, da esquerda brasileira. Acabei nem citando outros grupos de esquerda (paciência). Quer mudar isso? Acumule forças, crie quadros políticos, não reme contra o país, dialogue com as pessoas, crie coletivos, entendam a quadra histórica do país e do mundo etc, em algum momento vocês tomarão o curso do país (mais adiante, quem sabe). Voluntarismo, "clube do eu sozinho de Youtube" não vai mudar coisa alguma.
Um comentário:
Essa "esquerda radical" é cavalo de tróia da direita!
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