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terça-feira, 11 de março de 2008

Exposição em Berlim recria Germania

Exposição em Berlim recria Germania, a metrópole do nazismo

Berlim, 10 mar (EFE) - A exposição "Mythos Germania" ("O mito da Germania") recriará a metrópole do nazismo idealizada pelo arquiteto preferido de Hitler, Albert Speer, em um pavilhão habilitado perto do Monumento às Vítimas do Holocausto em Berlim.

A mostra, que será aberta ao público em 15 de março, expõe os planos urbanísticos que
nunca chegaram a se tornar realidade e que são um expoente dos delírios megalômanos de Hitler aplicados à arquitetura. O ditador quis transformar Berlim em uma nova capital mundial, com projetos como o chamado "Grande Pavilhão", com uma altura de 290 metros, dez vezes maior que a Porta de Brandeburgo, junto à qual se encontra agora o Monumento às Vítimas do Holocausto.

Além disso, Hitler projetou um Arco do Triunfo colossal destinado a interpretar a derrota alemã na Primeira Guerra Mundial como a ante-sala da grande vitória da Segunda Guerra Mundial, que também acabou não ocorrendo.

O encarregado de desenvolver estes planos foi Speer, o arquiteto preferido de Hitler, que foi ministro de Armamento e acabou sendo julgado por crimes de guerra nos Julgamentos de Nuremberg. Speer nunca chegou a levar em frente a maioria de seus projetos, já que com o início da disputa, em 1939, ficaram estagnados tanto o grande projeto Germania como outros planos similares para o resto do Terceiro Reich.

A exposição permanecerá aberta até o final do ano, em um pavilhão formado por 2.711 blocos de concreto com até cinco metros de altura.

Com os projetos de Speer, ilustra-se como tudo terminou: o centro de Berlim destruído pelos bombardeios e a criação do Teufelsberg (Montanha do Diabo), uma colina artificial feita com as ruínas de milhares de prédios devorados pelas bombas, que hoje em dia é o ponto mais alto do centro urbano da capital, com 114,7 metros de altura.

Fonte: EFE
http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/2008/03/10/exposicao_em_berlim_recria_germania_a_metropole_do_nazismo_1223725.html
Artigo em inglês da Deutsche Welle:
http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,1594327,00.html
Fotos:
http://www.digischool.nl/ckv2/ckv3/kunstentechniek1/speer/germania.htm

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Salvadores Alemães 9 - Susanne Witte e Herta Zerna

Susanne Witte

Susanne Witte nasceu em 1895 em Berlim. Nos anos 30 vivia na rua Pulitz no bairro Moabit de Berlim. Por esta rua passavam muitos judeus e judias a caminho para a deportação, desde o lugar de internação até a Estação de Bens de Moabit. Susanne Witte viveu rodeada à crescente perseguição de judeus e do caso de sua amiga Ruth Casper, convertida do judaísmo ao catolicismo durante sua formação como assistente social do serviço católico, e da família desta.

Pouco antes de ser deslocada para Auschwitz em 1942, Ruth Casper pediu a sua amiga para cuidar de sua mãe, a cantora de música clássica Regina Kirschbaum. Susanne Witte lhe prometeu ajudá-la e, de fato, conseguiu que a mãe de Ruth se esquivasse da Gestapo na noite em que a polícia secreta do Reich fora buscar seus vizinhos para deportá-los. Nessa mesma noite, Regina Kirschbaum bateu à porta de Susanne. Quando lhe perguntou se podia permanecer em sua casa, esta lhe respondeu: "Claro!"

Junto com outros amigos da comunidade católica São Paulo, de Berlim-Moabit, Susanne Witte escondeu e abasteceu durante dois anos e meio, até o fim da guerra, a mãe de sua amiga.

Herta Zerna

Herta Zerna, nascida em 1907 em Berim, criou-se no seio de uma família social-democrata. Aos 14 anos se filiou à juventude trabalhista. Seus amigos logo notaram
seu talento de escritora, pelo que se decidiu a começar os estudos de jornalismo. A partir de 1933 começou a ter contatos com círculos da resistência social-democrata e comunista e colaborava como mensageira para eles. Durante certo tempo também deu refúgio a perseguidos políticos.

Durante a guerra, Herta Zerna foi redatora na rádio. Em 1940 ofereceu sua ajuda a Margot Moses, a quem conheceu na casa de uma amiga em comum. Numa noite da primavera de 1943 a jovem judia lhe pediu que lhe acolhesse. Herta Zerna a escondeu, às vezes em seu apartamento em Berlim, outras vezes nas casas de amigos. Conseguiu-lhe um trabalho como suplente de estenógrafo na "casa da rádio", onde ela trabalhava. Em consequência disto, Margot Moses recebeu um carnê da empresa e outro de mensageira que lhes foram úteis para se esquivar dos controles na cidade.

A pedido de um amigo jornalista, Herta auxiliou também a judia Susanne Meyer, que vivia clandestinamente na pequena casa rural que tinha num povoado de Brandemburgo. O taberneiro do povoado, Georg Steffen, e sua esposa Elise também ajudaram a Susanne Meyer, que sobreviveu ao holocausto.

No início de 1945, Herta Zerna também escondeu um companheiro de trabalho que havia desertado do exército alemão. Este, por sua vez, havia colaborado no apoio a Margot Moses pondo à disposição dela seu quarto de trabalho.

Fonte: The International Raoul Wallenberg Foundation (website, seção em espanhol)
Susanne Witte
http://www.raoulwallenberg.net/go/?504019
Herta Zerna
http://www.raoulwallenberg.net/go/?504020
Tradução: Roberto Lucena

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