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domingo, 8 de junho de 2025

Finalmente uma boa notícia pro Brasil, o que diz os números do novo Censo brasileiro sobre religião: o fenômeno evangélico começa a estagnar...

Ex-presidente J. Bolsonaro e esposa em
igreja evangélica neopentecostal
Já havia assistido (só não lembro o nome do canal, se não me engano tinha o título com IBGE, e tinha uma abordagem religiosa, eu coloquei pra saber dos números, não pra "saber" da abordagem religiosa propriamente, a quem quiser procurar, saiu antes de anunciarem oficialmente o censo, só que não abri post esperando os dados), mas saíram os números do censo demográfico (de 2022) sobre religião no país que aponta dados interessantes sobre o assunto, a estagnação do crescimento evangélico (neopentecostal principalmente), na verdade, decresceu o aumento, crescimento do grupo dos "Sem religião", religiões afro, espíritas e uma certa estagnação também na queda do número de adeptos do catolicismo.

A quem quiser ler matéria sobre o Censo, seguem os links abaixo, a abordagem aqui citará outras questões que essas matérias não comentaram (discuto o assunto com outras pessoas, o que possibilita a chegar às conclusões), os links (da BBC):

"IBGE mostra que crescimento evangélico desacelerou pela 1ª vez desde 1960, enquanto religiões de matriz africana e número de brasileiros que se declaram sem religião têm alta: https://bbc.in/3SFdDpi". "Avanço evangélico perde força e outros 7 dados inéditos sobre religião no Censo 2022" (https://www.bbc.com/portuguese/articles/crk2p5xr0m7o).

Outra matéria interessante da BBC sobre a queda do "fenômeno evangélico"....

""Temos identificado que começa a existir uma espécie de desgaste de um tipo de cristianismo entre os próprios evangélicos", diz a cientista política Ana Carolina Evangelista" 'Excesso de política nas igrejas tem gerado desgaste entre evangélicos. As pessoas não se reconhecem mais nas lideranças'" (https://www.bbc.com/portuguese/articles/cre9lqe4zvwo).

A segunda matéria tem até a ver com o que eu ia abordar sobre a questão aqui. Não lembro de ter lido a abordagem sobre o tema da "secularização" das sociedades, do "secularismo", que casou com a questão do extremismo político (a repulsa a isso).

Hitler e representantes das Igrejas na 
Alemanha, regime Nazista
A religião (cristã, as várias vertentes) na Alemanha declinou após a segunda guerra mundial pela associação das religiões, destacadamente o protestantismo (mas o catolicismo também afunda na Alemanha) associado ao Nazismo, ao regime hitlerista
.

As igrejas católicas em Portugal vivem às moscas, às traças, pela secularização e pela associação da Igreja católica com o regime salazarista. As igrejas de massas na Europa se associaram com as várias vertentes de regimes autoritários pela Europa antes e na segunda guerra mundial principalmente, e de forma contínua nos países que mantiveram isso como Portugal, Espanha, Grécia (pouco lembrada)...

Nos países do bloco socialista houve algo inverso, a proibição das religiões provocou estabilidade e crescimento na coisa após a queda do bloco soviético/socialista e até rejeição das siglas de esquerda. Vejam como os fenômenos se entrelaçam com rejeição a políticas de Estado, regimes.

A quem quiser ler mais sobre os temas:
Ditadura grega (https://en.wikipedia.org/wiki/Greek_junta) (https://holocausto-doc.blogspot.com/search?q=gr%C3%A9cia)
Salazarismo (https://holocausto-doc.blogspot.com/search?q=salazarismo)
Franquismo (https://holocausto-doc.blogspot.com/search?q=franquismo)

No Brasil o fenômeno neopentecostal (principalmente), que usava o nome mais amplo de "evangélico", se associou fortemente a extremismo político (bolsonarismo/olavismo) e já se associava a essas expressões ultraconservadoras importadas dos Estados Unidos pro Brasil. Na parte católica, os grupos ditos "carismáticos" e assemelhados também se associam a esse conservadorismo político, embora não seja exclusividade só desses grupos.

Também se pode destacar a associação desse fenômeno neopentecostal/evangélico (em sentido amplo, porque atinge denominações tradicionais protestantes de matriz norte-americana) ao apoio ao extremismo sionista em Israel e fora de Israel, que está executando genocídio na Faixa de Gaza (https://press.un.org/en/2024/gapal1473.doc.htm). A associação com regimes extremistas como o Bolsonarismo/olavismo, extremismo político (principalmente de direita) vai afastando os adeptos dessas igrejas, organizações e cia. As pessoas cansadas do extremismo, cansadas das "falsas promessas" da "teologia da prosperidade" (https://pt.wikipedia.org/wiki/Teologia_da_prosperidade) que não se cumpre e enriquece gente sem escrúpulos vai criando um movimento de distanciamento, afastamento da maioria das pessoas dessas seitas/igrejas.

Isso vai se associando à secularização que é a perda de força da influência religiosa sobre aspectos da vida pública e cultura no país. Ironicamente, o extremismo político raivoso de direita sedimentou a secularização de novo no país, que não é um processo que "brota do nada", e é algo coletivo, grande, que vinha forte no fim da ditadura militar no Brasil (a associação do regime com igrejas, principalmente a Igreja católica, provocou descrença na Igreja católica e abriu espaço pros neopentecostais) e foi interrompido por esse crescimento neopentecostal no Brasil parece que retornou, com vigor e força, e isso é muito bom pro país.

A quem não gostar do assunto, procure brigar com o número do Censo e as "causas" apontadas em vez de dar "chilique", faniquito porque não são afeitos (acostumados) a críticas (com base, ninguém está "inventando" nada aqui, pra criticar algo tem que ter base em alguma coisa sempre, e fontes).

P.S. não se assustem também se começar a "pipocar" (estourar) o fenômeno de "pastores" e "padres" caindo em uma "fofurice" "arrependida" dos "pecados" de terem abraçado esse extremismo político e religioso pra tentar evitar a perda de adeptos/fiéis... a perda de adeptos/fiéis impacta diretamente na "Receita" (fundos) desses agrupamentos... e quando bate no "bolso", o "amor quase sempre acaba" (veem-se obrigados a adotar outra linha ou sumir com o tempo). Pros que quiserem acreditar no "arrependimento" desses "surfistas de onda" do extremismo que se consolidou no país desde o maldito junho de 2013 (https://www.bbc.com/portuguese/articles/cv281p5znrjo a revolução colorida "made in USA" que destroçou um país, como vários outros, vide a Síria e vários países de maioria árabe).

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