sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Líder do NPD neonazista alemão(extrema-direita) nega Holocausto

Líder do NPD neonazista alemão nega Holocausto e pede territórios
10/12 - 15:49 - AFP

O líder do partido neonazista alemão NPD, Udo Voigt, questionou numa entrevista a amplitude da Shoah e pediu a restituição das terras alemãs perdidas depois de 1945, num momento em que a classe política estuda a possibilidade de proibir este movimento.

"O número de seis milhões de mortos não pode estar certo. No máximo, 340.000 pessoas morreram em Auschwitz. Os judeus sempre falam que mesmo que um único judeu tenha morrido, seria um crime porque ele era judeu. Há, porém, uma diferença entre pagar por seis milhões (de mortos) e por 340.000", declarou Voigt em entrevista a ser divulgada na noite desta segunda-feira pelo canal de TV público ARD.

"Assim, a unicidade deste grande crime, ou suposto grande crime, já não existe mais", acrescentou Udo Voigt nesta entrevista concedida a jornalistas iranianos e transmitida pela ARD.

O líder do mais radical dos partidos de extrema-direita alemães, criado em 1964 por ex-funcionários nazistas, também exigiu a restituição "da Pomerânia, da Prússia ocidental, da Prússia oriental e da Silésia, pouco importa que seja Königsberg (Kaliningrad), Danzig (Gdansk) ou Breslau (Wroclaw)". "Todas essas cidades são alemãs, e exigimos a liberdade de exercer nossos direitos sobre elas", afirmou.

O presidente da Comissão interna do Bundestag, o social-democrata Sebastian Edathy, anunciou que prestará queixa contra o líder do NPD, um partido que quer interditar.

"Trata-se de um incentivo a violar o direito dos povos em vigor", considerou Edathy. Segundo o deputado, as declarações de Voigt mostram que o NPD "é um partido que viola os princípios da Constituição".

De acordo com a ARD, Sascha Rossmüller, braço direito de Udo Voigt, declarou numa entrevista aos mesmos jornalistas iranianos ter solicitado um apoio financeiro para o presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad.

O financiamento de partidos desde o exterior é proibido na Alemanha, mas "sempre é possível encontrar soluções", disse Rossmüller.

Vários membros ou simpatizantes do NPD já foram processados na Alemanha por declarações revisionistas.

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2007/12/10/lider_do_npd_neonazista_alemao_nega_holocausto_e_pede_territorios_1112677.html

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