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sábado, 31 de maio de 2014

Eurodeputado alemão já foi condenado por definir Hitler como "um grande homem"

Udo Voigt foi o único eleito pelo NPD, o partido de cariz neonazi alemão que Berlim quis banir no ano passado.

Aos 62 anos, Udo Voigt torna-se o primeiro alemão neonazi a entrar no Parlamento Europeu.

O partido NPD só teve 1% dos votos nas Europeias de domingo, mas conseguiu eleger um eurodeputado para a próxima legislatura em Estrasburgo.

Filho de um membro da divisão de assalto nazi, Voigt teve a base de formação em engenharia aeronáutica antes de decidir seguir ciência política. Entre 1996 e 2011 foi o líder do NPD, num período em que foi condenado (2004) por promover o nazismo depois de definir Hitler como um "grande homem".

Desde então é uma das vozes alemãs que exige a devolução dos territórios perdidos pela Alemanha no final da Segunda Guerra Mundial e questiona o número de vítimas do Holocausto.

Em 2011, Voigt protagonizou mais um episódio polêmico: num cartaz surgiu sentado numa moto ao lado da frase "dá-lhe gás". Muitos interpretaram o cartaz como uma alusão aos milhões de mortos nas câmaras de gás até porque foram espalhados junto ao museu judeu de Berlim.

"Antidemocrático, xenófobo, antissemita e anticonstitucional" foram palavras usadas pelo porta-voz da chanceler Angela Merkel.

A câmara alta do parlamento alemão tentou banir, pela segunda vez numa década, o partido fundado em 1964, mas sem sucesso. O Tribunal Constitucional alemão travou essa intenção política e, mais tarde, até abriu a porta aos partidos mais pequenos ao retirar a fasquia dos 3% de votos para que pudessem ser eleitos. A fasquia continua a existir, no entanto, para as legislativas e até é mais elevada : 5%.

"A Europa está a ser inundada de povos estrangeiros", avisa o NPD, que durante a campanha apostou em cartazes a defender "Dinheiro para a pátria, em vez de Sinti e Roma".

Gisa Martinho (gisa.martinho@economico.pt)
27 Mai 2014

Fonte: Económico (Portugal)
http://economico.sapo.pt/noticias/eurodeputado-alemao-ja-foi-condenado-por-definir-hitler-como-um-grande-homem_194295.html

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Líder do NPD neonazista alemão(extrema-direita) nega Holocausto

Líder do NPD neonazista alemão nega Holocausto e pede territórios
10/12 - 15:49 - AFP

O líder do partido neonazista alemão NPD, Udo Voigt, questionou numa entrevista a amplitude da Shoah e pediu a restituição das terras alemãs perdidas depois de 1945, num momento em que a classe política estuda a possibilidade de proibir este movimento.

"O número de seis milhões de mortos não pode estar certo. No máximo, 340.000 pessoas morreram em Auschwitz. Os judeus sempre falam que mesmo que um único judeu tenha morrido, seria um crime porque ele era judeu. Há, porém, uma diferença entre pagar por seis milhões (de mortos) e por 340.000", declarou Voigt em entrevista a ser divulgada na noite desta segunda-feira pelo canal de TV público ARD.

"Assim, a unicidade deste grande crime, ou suposto grande crime, já não existe mais", acrescentou Udo Voigt nesta entrevista concedida a jornalistas iranianos e transmitida pela ARD.

O líder do mais radical dos partidos de extrema-direita alemães, criado em 1964 por ex-funcionários nazistas, também exigiu a restituição "da Pomerânia, da Prússia ocidental, da Prússia oriental e da Silésia, pouco importa que seja Königsberg (Kaliningrad), Danzig (Gdansk) ou Breslau (Wroclaw)". "Todas essas cidades são alemãs, e exigimos a liberdade de exercer nossos direitos sobre elas", afirmou.

O presidente da Comissão interna do Bundestag, o social-democrata Sebastian Edathy, anunciou que prestará queixa contra o líder do NPD, um partido que quer interditar.

"Trata-se de um incentivo a violar o direito dos povos em vigor", considerou Edathy. Segundo o deputado, as declarações de Voigt mostram que o NPD "é um partido que viola os princípios da Constituição".

De acordo com a ARD, Sascha Rossmüller, braço direito de Udo Voigt, declarou numa entrevista aos mesmos jornalistas iranianos ter solicitado um apoio financeiro para o presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad.

O financiamento de partidos desde o exterior é proibido na Alemanha, mas "sempre é possível encontrar soluções", disse Rossmüller.

Vários membros ou simpatizantes do NPD já foram processados na Alemanha por declarações revisionistas.

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2007/12/10/lider_do_npd_neonazista_alemao_nega_holocausto_e_pede_territorios_1112677.html

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