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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Testemunho de Eliezer Eisenschmidt, Sonderkommando (sobre remoção de cadávares nas câmaras de gás)

Trecho extraído da página 229 do livro "We Wept Without Tears: Testimonies of the Jewish Sonderkommando from Auschwitz", de Gideon Greif.

Testemunho de Eliezer Eisenschmidt, Sonderkommando.

Da edição em inglês:
In the meantime, what was happening in the gas chambers?

After the people were asphyxiated from inhaling the gas, the doors were opened for ventilation [27] and afterwards the bodies were brought out and taken back to the undressing room.

Who took the bodies out of the gas chambers?

We removed one or two bodies by hand. Sometimes we used a long stick; we grabbed the body by the neck and pulled it out. It was better to use the stick than our hands, since many of the victims soiled themselves as they were being killed. [28] So we didn’t want to touch the corpses with our hands; instead, we preferred to take them out with the stick. After the bodies were treated in the undressing room, they were taken to the furnaces. All the Sonderkommando prisoners took part in removing bodies from the gas chambers. Even those who usually worked elsewhere: the one who did gardening work in the crematorium yard or the one whose job was to bring coal to the furnaces. This was the most complicated and awkward work.
Tradução:
Nesse intervalo o que estava acontecendo nas câmaras de gás?

EE: Depois das pessoas serem asfixiadas ao inalar o gás, as portas eram abertas para ventilação [27] e, depois, os corpos eram levados para fora e levados de volta para a sala de se despir.

Quem levava os corpos para fora das câmaras de gás?

EE: Removíamos um ou dois corpos com as mãos. Às vezes, usávamos uma vara longa; pegávamos o corpo pelo pescoço e o puxávamos para fora. Era melhor usar a vara do que nossas mãos, uma vez que muitas das vítimas se sujavam quando estavam sendo mortas. [28] Portanto, não queríamos tocar nos cadáveres com as mãos; em vez disso, preferíamos tirá-los com a vara. Depois que os corpos eram tratados na sala de se despir, eles eram levados para os fornos. Todos os prisioneiros Sonderkommando participavam na remoção dos corpos das câmaras de gás. Mesmo aqueles que normalmente trabalhavam em outro lugar: como aquela pessoa que fazia o trabalho de jardinagem no pátio do crematório ou aquele cujo trabalho era trazer carvão para os fornos. Este era o trabalho mais complicado e difícil.
Fonte: We Wept Without Tears: Testimonies of the Jewish Sonderkommando from Auschwitz (livro)
Autor: Gideon Greif
Tradução: Roberto Lucena

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O "tratamento" dado a Pressac pelos negadores do Holocausto

O "tratamento" dado a Pressac
Como os negadores do Holocausto confeccionam os seus argumentos

O seguinte desenho abaixo, do livro Die Krematorien von Auschwitz (Os Crematórios de Auschwitz), foi criticado por Helmut Fuchs num texto na Usenet porque em sua opinião o desenho não corresponderia à realidade em alguns detalhes. [1]

Por essas supostas discrepâncias no desenho Helmut Fuchs critica Pressac, no entanto omite que o próprio Pressac, na legenda do desenho no documento 32, diz algo sobre uma discrepância mais grave. Na legenda do desenho diz o seguinte:

(o forno de 3 muflas, que pode parcialmente ser visto ao fundo, encontrava-se na realidade no piso térreo).
Pressac, Documento 32

O Sr. Fuchs omitiu a informação de Pressac na legenda do desenho a fim de acusá-lo de imprecisão sobre o mesmo.

Tal utilização manipuladora de fontes é típica da "busca revisionista pela "verdade" dos negacionistas do Holocausto. Por não terem argumentos viáveis, portanto, recorrem a distorções e falsificações.

Fonte
Message-ID: <6z1vnpqI2ZB@hfupoint.ius.gun.de>

Fonte: Holocaust-Referenz (Alemanha)
http://www.h-ref.de/personen/pressac-jean-claude/pressac.php
Tradução: Roberto Lucena
Revisão(texto): Roberto Muehlenkamp



sábado, 2 de fevereiro de 2008

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 45

45. Pode se utilizar um forno crematório em 100% do tempo?

O IHR diz:

Não. Uma estimativa generosa daria uns 50% (12 horas ao dia). Há que limpar cuidadosamente e regularmente um forno crematório quando se está fazendo um trabalho pesado.

Nizkor responde:

Esta resposta compreende as anteriores das perguntas 42, 43, e 44.

Comecemos dando uma olhada em uma fotografia dos fornos do Krema II para termos uma idéia do tamanho. Eram muito grandes. Tendo em conta que o Zündelsite qualifica estes enormes edifícios de incineração de "galinheiros".

Havia cinco Kremas em Auschwitz. Os Kremas II e III tinham cinco grandes fornos, cada um dos quais tinham três "bandejas", podendo assim incinerar três cadáveres de vez. Eram desenhados para realizar as incinerações eficientemente e rapidamente, especialmente quando tinham que queimar muitos corpos de uma vez (ver Gutman et al., "Anatomy of the Auschwitz Death Camp", 1994, pp. 185-186).

Ainda que os fornos tivessem três bandejas, podiam-se colocar quase sempre dois ou inclusive três cadáveres por bandeja. Recordando que havia muitas crianças, e que as vítimas eram com freqüência prisioneiros que haviam estado em Auschwitz durante meses e que por tanto sofriam uma grave desnutrição. Os nazis consideraram entre 70 e 100 kg de restos como uma "unidade" que podia ser incinerada numa bandeja; quer se tratasse de uma pessoa corpulenta ou de três pequenas era irrelevante tecnicamente falando. Höss testemunhou que o Sonderkommando costumava ir alternando pôr dois ou três cadáveres em cada bandeja. (Ver Gutman et al., op. cit., pp. 236, 166, 180n55.)

Indo contra o que o IHR afirma na pergunta 42, os fornos podiam consumir um cadáver entre 30 e 45 minutos como máximo. Isto tem sido verificado não só por testemunhas oculares, como também por numerosos relatórios nazis sobre o processo de incineração.

Estes são os cálculos para um único Krematorium, o número II:

Cinco fornos, cada um com três bandejas, sendo cada bandeja capaz de conter dois ou três cadáveres de uma vez (ponhamos dois) e sendo capazes de incinerá-los em meia hora, reduziriam a cinzas 1440 corpos em 24 horas de trabalho contínuo. 5 por 3 por 2, por 48 meias horas que se tem em um dia, dá-nos 1440.

Um relatório capturado com data de 28 de junho de 1943 e enviado à Berlim ao General das SS Kammler estipula o número de corpos que podiam se eliminar em um dia em Auschwitz-Birkenau em 4.756. Isto ao que parece se baseia em um ciclo de trabalho de 24 horas por dia utilizando as cifras anteriores, já que se calcula a capacidade do Krema II como de 1440. Ver uma fotografia do documento, ou Pressac, "Auschwitz: Technique and Operation of the Gas Chambers", 1989, p. 247. Os historiadores e os técnicos discutem se isto representa um máximo teórico que nunca foi alcançado salvo com a ajuda de incinerações realizadas em valas, ou se é uma cifra que foi alcançada ou inclusive ultrapassada nos piores momentos do processo de extermínio. Seja como for, está claro que a cifra dada por Lagace de 184 corpos ao dia (Lenski, Robert, "The Holocaust on Trial", 1990, p. 252) nem sequer se aproxima das cifras corretas.

Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 42

42. Os escritores sobre o "Holocausto" afirmam que os nazis podiam cremar corpos em uns dez minutos. Quanto tempo leva incinerar um cadáver, segundo diversos operários profissionais de crematórios?

O IHR diz (edição original):

Umas duas horas.

Na edição revisada:

Aproximadamente uma hora e meia, ainda que os ossos maiores requerem um segundo processamento.

Nizkor responde:

No quê ficamos, uma hora e meia ou duas horas? Mais recentemente, os negadores do Holocausto começaram a se apoiar no testemunho de Ivan Lagace, que ao que parece disse no julgamento de Zündel, e mais adiante ante a imprensa que incinerar cada corpo leva entre seis e oito horas.

O IHR insiste uma e outra vez em se queixar de que os testemunhos dos sobreviventes se contradizem em detalhes técnicos como o tempo de cremação - e não podem se pôr de acordo entre eles.

A discrepância entre as estimativas do IHR e o tempo real (uns 30 minutos) é importante, dado que o IHR está confundindo os crematórios industriais e militares com os cemitérios atuais.

Quando dizem "operários profissionais de crematórios", referem-se a gente como Lagace, cujo trabalho consiste em cremar um único corpo de cada vez, dentro de um ataúde, num forno desenhado para converter inclusive os ossos maiores em finas cinzas que serão levadas aos familiares do defunto. Esta situação, evidentemente, não é comparável com a que havia em Auschwitz-Birkenau durante a Segunda Guerra Mundial.

Por exemplo, para Lagace jamais lhe ocorreria mesclar as cinzas de um cadáver com as de outro. Lagace e o IHR esqueceram que se podia enfiar dois ou três cadáveres esqueléticos em cada "bandeja". Isto, por suposto, jamais ocorreria em um incinerador civil.

Assim mesmo, os fornos de Auschwitz foram desenhados para funcionar continuamente, usando o calor produzido pelas incinerações de cadáveres realizadas antes e se mantendo assim para os corpos seguintes. Depois de acender os fornos com coque ao começar do dia até que alcançavam a temperatura adequada, apenas requeriam um pouco mais de combustível para funcionar. Isto é uma técnica bem documentada (ver Gutman et al., "Anatomy of the Auschwitz Death Camp", 1994, pp. 185-187ff).

Lagace afirma que tem de haver um período de "esfriamento" entre cada incineração, o qual demonstra uma profunda ignorância por sua parte sobre o funcionamento destes fornos. Lagace diz que um ciclo contínuo de operação havia causado avarias nos fornos de Auschwitz, mas mais uma vez não é capaz de entender a diferença entre um crematório civil e um crematório industrial militar.

Habitualmente o operário de um forno crematório convencional queimará o cadáver durante um período de tempo para eliminar todo o resto de carne carbonizada, quer dizer, para branquear os ossos. Ainda assim, este processo faz com que o tempo total de incineração acabe sendo somente dentre duas e quatro horas, e não as seis e oito horas de Lagace. Lagace esqueceu que estes detalhes não tinham importância para os nazis. Mas estes erros e outros aparecem na resposta à pergunta 45.

À parte dos erros comentados, os tempos de incineração são totalmente inquestionáveis. Em 1939, concedeu-se à firma Topf e Filhos um contrato para construir um forno em Dachau com uma capacidade estimada de um cadáver por hora e bandeja (tendo duas bandejas/nichos). Incrementando a pressão do ar, em julho de 1940 fabricaram um forno que podia incinerar dois cadáveres por hora e bandeja (de novo, tendo duas bandejas). Necessitava-se de umas três horas de manutenção ao dia, algo muito longe das doze horas por dia das que fala o IHR na pergunta 45. (Ver Gutman et al., op. cit., pp. 185-186, 189-190.)

Os crematórios que foram instalados em Auschwitz-Birkenau eram de capacidade industrial. Eram capazes de processar vários cadáveres por bandeja em uma meia hora, e podiam funcionar durante dias seguidos sem necessidade de manutenção. (Houve contudo algumas dificuldades às vezes, e vários dos fornos estiveram fora de serviço durante meses). Foi concedida à Topf e Filhos uma parente em 1951, e a patente estabelece a capacidade de cremação de um cadáver a cada meia hora.

Dispõe-se de uma fotografia dos fornos do Krema II.

Fonte: Nizkor
Tradução: C. Roberto Lucena

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