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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Bispo que negou o Holocausto pede perdão, diz agência católica

Britânico disse que deu apenas uma opinião sobre fato histórico. Ele pediu perdão à Igreja e aos sobreviventes e parentes de vítimas.

Do G1, com agências internacionais

O bispo britânico Richard Williamson pediu nesta quinta-feira (26) perdão a "Deus e ao papa" por ter negado a magnitude do Holocausto, segundo a agência católica de notícias Zenit.

O perdão foi pedido em uma carta, depois do regresso de Williamson à Inglaterra, ocorrido na quarta-feira. A polêmica sobre o Holocausto levou-o a ser expulso da Argentina, onde morava e trabalhava, pelo governo daquele país.

Foto: AFP
O bispo Richard Williamson chega ao aeroporto londrino de Heathrow nesta quarta-feira (25). (Foto: AFP)

"A todas as almas que ficaram honestamente escandalizadas pelo que eu disse, ante Deus, lhes peço perdão" diz ele na carta. "O Santo Padre e meu superior, o bispo Bernard Fellay, pediram que eu reconsidere as declarações que fiz em um canal de televisão da Suécia há quatro meses, pois suas consequências foram muito fortes."

"Ao observar estas consequências, posso dizer verdadeiramente que lamento ter feito estas declarações, e que se tivesse sabido com antecipação todo o dano e as feridas que provocariam, especialmente à Igreja, mas também aos sobreviventes e entes queridos das vítimas das injustiças sobre o Terceiro Reich, não as teria feito", disse.

O bispo ultraconservador, de 68 anos, também diz na correspondência que limitou-se a "dar uma opinião de uma pessoa que não é historiador".

Richard Williamson declarou em uma entrevista a um canal sueco de TV: "Penso que não existiram câmaras de gás (...) Acredito que de 200 mil a 300 mil judeus morreram nos campos de concentração, mas nenhum na câmaras de gás". A entrevista, gravada em novembro de 2008, foi ao ar em janeiro de 2009, dando início à polêmica.

Em 12 de fevereiro, o papa Bento XVI, em uma referência indireta ao caso, afirmou que "está claro que toda negação ou amenização deste terrível crime (Holocausto) é intolerável e, ao mesmo tempo, inaceitável".

Fonte: G1/Agências Internacionais
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1019328-5602,00-BISPO+QUE+NEGOU+O+HOLOCAUSTO+PEDE+PERDAO+DIZ+AGENCIA+CATOLICA.html

sábado, 1 de novembro de 2008

Fundação inter-religiosa pede que João XXIII seja declarado «justo entre as nações»

Declaração de seu fundador, Baruj Tenembaum, representante judeu

BUENOS AIRES, sexta-feira, 31 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- O criador da Fundação Internacional Raoul Wallenberg, Baruj Tenembaum, pediu que João XXIII seja declarado «Justo entre as Nações».

Este título é outorgado a quem salvou judeus durante o Holocausto por Yad Vashem, o Memorial do Holocausto de Israel.

«Se o Papa João XXIII não for declarado ‘Justo entre as Nações’, serão nossos filhos que o consagrarão, já que a figura deste grande personagem da história se agiganta dia a dia», afirma Tenembaum, prestigioso representante judeu e pioneiro mundial do diálogo inter-religioso desde os anos 60.

A declaração de Tenembaum, enviada à Zenit, acontece por ocasião do qüinquagésimo aniversário da eleição do cardeal Angelo Giuseppe Roncalli como sumo pontífice, adotando o nome de João XXIII.

Depois de ter participado, em junho de 2003, de simpósio científico organizado pela Universidade de Bolonha e pela Fundação João XXIII por ocasião do 40º aniversário do falecimento de Angelo Roncalli, o Correio Argentino emitiu um selo postal dedicado à memória do «Papa Bom».

Alguns anos antes, em setembro de 2000, em uma cerimônia na Missão Permanente de Observação do Vaticano nas Nações Unidas e em presença do então secretário de Estado Vaticano, cardeal Angelo Sodano, a Fundação Wallenberg declarou aberta a campanha internacional para o reconhecimento da ação humanitária desenvolvida por Angelo G. Roncalli.

Dom Roncalli, antes de ser Papa, recorda Tenembaum, «intercedeu diante do rei Boris da Bulgária a favor de judeus búlgaros, e diante do governo turco a favor de refugiados judeus que haviam escapado da Turquia».

«Também fez todo o possível para evitar a deportação de judeus gregos. Foi também uma das principais fontes de informação do Vaticano sobre a aniquilação de milhões de judeus da Polônia e da Europa do Leste.»

«Quando cumpriu funções como Delegado Apostólico do Vaticano, em Istambul, em 1944, organizou uma rede de salvação de judeus e outros perseguidos pelo nazismo», acrescenta o fundador.

«Graças às suas ações, milhares de condenados à morte salvaram suas vidas. Sua obra e figura se alinham assim junto a numerosos diplomatas salvadores do Holocausto, como o sueco Raoul Wallenberg, o português Aristides de Sousa Mendes e o turco Salahattin Ulkumen, entre muitos outros», acrescenta.

«Uma nova era nas relações da Igreja Católica com o judaísmo se inaugurou com o pontificado de João XXIII – constata Tenembaum. Tratou-se de uma época marcada pela compreensão e pelo entendimento, depois de séculos de preconceito e perseguição religiosa.»

«As portas do diálogo inter-religioso começaram a abrir-se então e continuaram abertas durante o pontificado do Papa João Paulo II, que costumava dirigir-se aos judeus como ‘os irmãos mais velhos’, que visitou os campos de extermínio do nazismo em sinal de contrição e solidariedade com as vítimas judias e que fez uma peregrinação à Terra Santa, no Estado de Israel.»

A Fundação Wallenberg leva a cabo uma vasta pesquisa histórica destinada a revelar o importante trabalho humanitário levado a cabo por Dom Roncalli.

«O objetivo é dar a conhecer à opinião pública internacional os fatos altruístas e generosos realizados pelo delegado apostólico Roncalli, muito antes de ser consagrado Papa João XXIII, em 28 de outubro de 1958», declara Tenembaum.

Mais informação em http://www.raoulwallenberg.net

Fonte: Zenit(31.10.2008)
http://www.zenit.org/article-19934?l=portuguese

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