O tribunal da cidade alemã de Ratisbona (em alemão "Regensburg") multou o bispo católico Richard Williamson por negar o extermínio dos judeus por parte dos nazis, a imprensa alemã.
O juiz condenou o bispo, de 72 anos de idade, por incitação de ódio racial e lhe impôs uma multa equivalente ao salário de 100 dias de trabalho. O advogado do bispo declarou que apelará da setença.
De 2008 a 2010 Williamson negou a morte de seis milhões de judeus, que qualificou de "gigantesca mentira (...) sobre a qual foi montada uma nova ordem mundial".
Em fevereiro de 2009 o bispo foi expulso da Argentina, onde residia desde 2003 (atualmente vive em Londres). Suas declarações causaram atritos entre a Alemanha e o Vaticano.
Fonte: RT
http://actualidad.rt.com/ultima_hora/view/55229-obispo-catolico-integrista-britanico-multado-alemania-negar-holocausto
Tradução: Roberto Lucena
Ver mais:
German court seeks fine against British bishop Williamson for Holocaust denial (AP/Calgary Herald, Canadá)
Mostrando postagens com marcador Lefebvre. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Lefebvre. Mostrar todas as postagens
sábado, 6 de outubro de 2012
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Bispo Williamson é condenado a pagar multa por negar o Holocausto
O bispo Richard Williamson, que negou o Holocausto em uma entrevista em 2008 |
Em um processo de apelação, o Tribunal Regional de Regensburg, no sul da Alemanha, condenou à revelia nesta segunda-feira (11/07) o bispo católico britânico Richard Williamson por sedição (incitação à revolta). Após ter negado o Holocausto, a multa que o religioso de 71 anos de idade precisará pagar foi reduzida de 10 mil para 6.500 euros. A defesa de Williamson declarou sua inocência e disse que irá recorrer da sentença.
Em uma entrevista para a televisão sueca, em 2008, o bispo, que é membro da ultra-conservadora Irmandade Pio 10, negou os assassinatos em massa de seis milhões de judeus pelos nazistas, assim como a existência de câmaras de gás em campos de concentração. Por isso, já havia sido condenado em abril de 2010 a pagar uma multa de 100 parcelas diárias de 100 euros, ou seja, 10 mil euros.
Tanto o promotor quanto Williamson recorreram da decisão e, em um novo processo, a acusação havia exigido 12 mil euros de multa (120 parcelas de 100 euros). A juíza Birgit Eisvogel justificou que a atual decisão confirma o veredicto de culpado, declarado em primeira instância, mas por conta da situação financeira do acusado, a multa foi reduzida para 100 parcelas diárias de 65 euros.
Defesa
A defesa pediu a absolvição do bispo, alegando que ele não havia consentido a transmissão da entrevista na Alemanha. Segundo Eisvogel, o bispo deveria saber que a entrevista seria publicada na internet e que, por isso, também estaria disponível na Alemanha. "Sabemos que o acusado é blogueiro", disse, indicando que o religioso estaria familiarizado com a internet.
Além disso, a juíza afirma ser impossível acreditar que o religioso pensava que a televisão sueca não disponibilizaria as declarações polêmicas online. Williamson foi surpreendido pelo entrevistador com a pergunta sobre o Holocausto, mas não hesitou em falar sobre o tema durante seis minutos. "O réu sabia das possíveis consequências", afirma Eisvogel.
Igreja em crise
O caso instaurou uma crise na Igreja Católica, pois justamente na época em que a entrevista do canal sueco com a negação do Holocausto foi transmitida, o Vaticano havia acabado de anular a excomunhão de Williamson e de três outros bispos da irmandade. O Papa, no entanto, não teria tomado conhecimento da entrevista.
Desde o escândalo, Williamson não ocupa mais nenhuma função na irmandade. Ele vive em Londres e dispõe, de acordo com seus advogados, de uma mesada no valor de 300 a 400 euros.
LF/dpa/dapd/afp
Revisão: Carlos Albuquerque
Fonte: Deutsche Welle(Alemanha)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,15226844,00.html
Ler mais:
Confirmada condenação de bispo por negação do Holocausto (DN, Portugal)
Justiça alemã condena bispo que negou o Holocausto (R7, Brasil)
Bispo condenado a multa de 6500 euros por negar o Holocausto (Público, Portugal)
quarta-feira, 23 de março de 2011
Bispo negacionista Williamson enfrentará novamente a justiça alemã
O bispo negacionista Williamson enfrenta novamente a justiça alemã
O prelado é acusado de incitação ao ódio racial e contratou para sua defesa um advogado de ideias neonazistas
LAURA LUCCHINI - Berlim - 23/03/2011
Um novo processo contra o bispo lefebvriano britânico Richard Williamson terá lugar a partir do próximo mês de julho na cidade de Ratisbona, na Alemanha, segundo deu-se a conhecer hoje a Promotoria. Williamson, que é conhecido por suas teses negacionistas do Holocausto judeu, é acusado na Alemanha de incitação ao ódio racial. O julgamento, inicialmente programado para novembro de 2010, foi adiado porque Williamson quis trocar de advogado.
As acusações contra Williamson se centram em uma entrevista realizada na Alemanha pela televisão sueca na qual o polêmico bispo, de 71 anos, pôs em dúvida o número de vítimas do Holocausto e a existência das câmaras de gás: "Creio que as provas históricas falam fortemente contra o fato de que seis milhões de judeus foram gaseados intencionalmente nas câmaras de gás como estratégia aleivosa de Adolf Hitler. (...) Creio que não houve câmaras de gás". Segundo o bispo, as vítimas judias do regime nazi na Alemanha não superariam a 200 ou 300.000.
Ainda que a entrevista não fosse destinada ao público alemão, foi realizada em Zaitzkofen, próximo de Ratisbona, onde está a sede da Irmandade Pio X a qual pertence Williamson, e por esta razão se considera que a justiça local é a quem deve processar Williamson.
Na Alemanha, negar o Holocausto ou suas fases é considerado um delito de incitação ao ódio racial e é passível de processo de até seis anos de reclusão. Em abril de 2010 o tribunal de Ratisbona condenou a Williamson o pagamento de uma multa de 12.000 euros, a qual a juíza Karin Frahm rebaixou para 10.000 euros. Tanto o bispo como a Promotoria recorreram desta decisão.
As controvertidas declarações, retransmitidas na Suécia em princípios de 2009, provocaram um grande escândalo já que coincidiram com o levantamento por parte do Vaticano da excomunhão que pesava, desde 1988, sobre o bispo britânico e outros três seguidores do cismático francês Marcel Lefebvre, fundador da Irmandade Pio X. O alvoroço que esta história causou na Alemanha obrigou a chanceler democrata-cristã Angela Merkel a confrontar o Papa Benedito XVI: "Se uma decisão do Vaticano chega a causar a impressão de que o Holocausto pode ser negado, esta decisão tem que ser esclarecida. Por parte do Papa e do Vaticano têm que se afirmar muito claramente que não se pode haver negação", condenou então Merkel.
Depois, Ratzinger reconheceu erros no levantamento da excomunhão deste religioso, e disse que se inteirou de suas teses negacionistas só depois de haver revogado sua excomunhão. Tanto a questão do caso Williamson como o escândalo dos abusos sexuais a menores no seio da Igreja Católica estão entre os momentos mais críticos do pontificado de Benedito XVI.
Em novembro passado, a revista Der Spiegel denunciou que Williamson escolheu para dirigir sua defesa, Wolfram Nahrath, notório membro da extrema-direita alemã, filiado ao neonazi Partido Nacional Democrata (NPD) e último chefe da proibida organização juvenil ultradireitista Wiking Jugend (Juventude Viking).
Fonte: El País(Espanha)
http://www.elpais.com/articulo/sociedad/obispo/negacionista/Williamson/enfrenta/nuevamente/justicia/alemana/elpepusoc/20110323elpepusoc_3/Tes
Tradução: Roberto Lucena
Ver mais:
El polémico obispo negacionista del Holocausto será juzgado en Alemania (laverdad.es/EFE, Espanha)
O prelado é acusado de incitação ao ódio racial e contratou para sua defesa um advogado de ideias neonazistas
LAURA LUCCHINI - Berlim - 23/03/2011
Um novo processo contra o bispo lefebvriano britânico Richard Williamson terá lugar a partir do próximo mês de julho na cidade de Ratisbona, na Alemanha, segundo deu-se a conhecer hoje a Promotoria. Williamson, que é conhecido por suas teses negacionistas do Holocausto judeu, é acusado na Alemanha de incitação ao ódio racial. O julgamento, inicialmente programado para novembro de 2010, foi adiado porque Williamson quis trocar de advogado.
As acusações contra Williamson se centram em uma entrevista realizada na Alemanha pela televisão sueca na qual o polêmico bispo, de 71 anos, pôs em dúvida o número de vítimas do Holocausto e a existência das câmaras de gás: "Creio que as provas históricas falam fortemente contra o fato de que seis milhões de judeus foram gaseados intencionalmente nas câmaras de gás como estratégia aleivosa de Adolf Hitler. (...) Creio que não houve câmaras de gás". Segundo o bispo, as vítimas judias do regime nazi na Alemanha não superariam a 200 ou 300.000.
Ainda que a entrevista não fosse destinada ao público alemão, foi realizada em Zaitzkofen, próximo de Ratisbona, onde está a sede da Irmandade Pio X a qual pertence Williamson, e por esta razão se considera que a justiça local é a quem deve processar Williamson.
Na Alemanha, negar o Holocausto ou suas fases é considerado um delito de incitação ao ódio racial e é passível de processo de até seis anos de reclusão. Em abril de 2010 o tribunal de Ratisbona condenou a Williamson o pagamento de uma multa de 12.000 euros, a qual a juíza Karin Frahm rebaixou para 10.000 euros. Tanto o bispo como a Promotoria recorreram desta decisão.
As controvertidas declarações, retransmitidas na Suécia em princípios de 2009, provocaram um grande escândalo já que coincidiram com o levantamento por parte do Vaticano da excomunhão que pesava, desde 1988, sobre o bispo britânico e outros três seguidores do cismático francês Marcel Lefebvre, fundador da Irmandade Pio X. O alvoroço que esta história causou na Alemanha obrigou a chanceler democrata-cristã Angela Merkel a confrontar o Papa Benedito XVI: "Se uma decisão do Vaticano chega a causar a impressão de que o Holocausto pode ser negado, esta decisão tem que ser esclarecida. Por parte do Papa e do Vaticano têm que se afirmar muito claramente que não se pode haver negação", condenou então Merkel.
Depois, Ratzinger reconheceu erros no levantamento da excomunhão deste religioso, e disse que se inteirou de suas teses negacionistas só depois de haver revogado sua excomunhão. Tanto a questão do caso Williamson como o escândalo dos abusos sexuais a menores no seio da Igreja Católica estão entre os momentos mais críticos do pontificado de Benedito XVI.
Em novembro passado, a revista Der Spiegel denunciou que Williamson escolheu para dirigir sua defesa, Wolfram Nahrath, notório membro da extrema-direita alemã, filiado ao neonazi Partido Nacional Democrata (NPD) e último chefe da proibida organização juvenil ultradireitista Wiking Jugend (Juventude Viking).
Fonte: El País(Espanha)
http://www.elpais.com/articulo/sociedad/obispo/negacionista/Williamson/enfrenta/nuevamente/justicia/alemana/elpepusoc/20110323elpepusoc_3/Tes
Tradução: Roberto Lucena
Ver mais:
El polémico obispo negacionista del Holocausto será juzgado en Alemania (laverdad.es/EFE, Espanha)
Marcadores:
crimes de ódio,
Extrema-Direita,
Fraternidade Sacerdotal de S. Pio X,
FSSPX,
holocaust denier,
Holocausto,
justiça alemã,
Lefebvre,
negacionista,
neonazi,
NPD,
Papa Bento XVI,
Richard Williamson
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Bispo é multado em cerca de R$ 24 mil por negar Holocausto
Um bispo britânico pertencente a uma seita católica dissidente foi multado em 10 mil euros (cerca de R$ 23,8 mil) na Alemanha por negar o Holocausto.
O bispo Richard Williamson, de 70 anos, foi condenado por um tribunal alemão pelas declarações feitas durante uma entrevista transmitida por uma emissora de televisão, em janeiro de 2009, na qual ele afirmou que apenas "200 mil a 300 mil judeus morreram em campos de concentração nazistas".
Negar o Holocausto ou questionar alguns elementos relacionados ao evento é ilegal na Alemanha, com penas de prisão ou multa.
De acordo com o advogado de Williamson, ele foi julgado à revelia após sua irmandade, a Fraternidade Sacerdotal São Pio X, ter ordenado que ele não comparecesse ao tribunal alemão.
Defesa
Mas o advogado Matthias Lossmann mostrou à corte uma gravação na qual o religioso alerta o entrevistador sobre o conteúdo da conversa. O bispo diz ao jornalista: "tenha cuidado, isso é ilegal na Alemanha".
Lossmann afirma que o entrevistador teria dito a Williamson que a entrevista seria transmitida apenas na Suécia, portanto seu cliente não pode ser responsabilizado criminalmente na Alemanha.
"Não precisamos nem discutir o fato de que as declarações são inaceitáveis, este não é o ponto", completou Lossmann.
O advogado leu uma declaração de Williamson na qual diz que "estava consciente que é contra as leis alemãs expressar tais dúvidas, portanto expressei-as para transmissão exclusivamente na TV sueca", onde as declarações seriam legais.
A juiza do caso na cidade de Regensburg, Karin Frahm, disse que "o bispo Williamson deve ter percebido que suas declarações chamariam atenção e ele conscientemente aceitou esta atenção".
Williamson já havia sido condenado a pagar 12 mil euros (cerca de R$ 28,5 mil) pelo mesmo crime em janeiro deste ano, mas sua recusa em pagar a multa levou ao novo julgamento.
A Fraternidade Sacerdotal São Pio X é uma irmandade católica extemamente tradicionalista formada após o Vaticano ter sofrido uma reforma, em 1965, que mudou alguns de seus conceitos, como a doutrina que responsabilizava os judeus pelo assassinato de Jesus e permitiu a liberdade religiosa.
Fonte: BBC Brasil/O Globo
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2010/04/16/bispo-multado-em-cerca-de-24-mil-por-negar-holocausto-916358356.asp
Foto: Telegraph.co.uk
O bispo Richard Williamson, de 70 anos, foi condenado por um tribunal alemão pelas declarações feitas durante uma entrevista transmitida por uma emissora de televisão, em janeiro de 2009, na qual ele afirmou que apenas "200 mil a 300 mil judeus morreram em campos de concentração nazistas".
Negar o Holocausto ou questionar alguns elementos relacionados ao evento é ilegal na Alemanha, com penas de prisão ou multa.
De acordo com o advogado de Williamson, ele foi julgado à revelia após sua irmandade, a Fraternidade Sacerdotal São Pio X, ter ordenado que ele não comparecesse ao tribunal alemão.
Defesa
Mas o advogado Matthias Lossmann mostrou à corte uma gravação na qual o religioso alerta o entrevistador sobre o conteúdo da conversa. O bispo diz ao jornalista: "tenha cuidado, isso é ilegal na Alemanha".
Lossmann afirma que o entrevistador teria dito a Williamson que a entrevista seria transmitida apenas na Suécia, portanto seu cliente não pode ser responsabilizado criminalmente na Alemanha.
"Não precisamos nem discutir o fato de que as declarações são inaceitáveis, este não é o ponto", completou Lossmann.
O advogado leu uma declaração de Williamson na qual diz que "estava consciente que é contra as leis alemãs expressar tais dúvidas, portanto expressei-as para transmissão exclusivamente na TV sueca", onde as declarações seriam legais.
A juiza do caso na cidade de Regensburg, Karin Frahm, disse que "o bispo Williamson deve ter percebido que suas declarações chamariam atenção e ele conscientemente aceitou esta atenção".
Williamson já havia sido condenado a pagar 12 mil euros (cerca de R$ 28,5 mil) pelo mesmo crime em janeiro deste ano, mas sua recusa em pagar a multa levou ao novo julgamento.
A Fraternidade Sacerdotal São Pio X é uma irmandade católica extemamente tradicionalista formada após o Vaticano ter sofrido uma reforma, em 1965, que mudou alguns de seus conceitos, como a doutrina que responsabilizava os judeus pelo assassinato de Jesus e permitiu a liberdade religiosa.
Fonte: BBC Brasil/O Globo
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2010/04/16/bispo-multado-em-cerca-de-24-mil-por-negar-holocausto-916358356.asp
Foto: Telegraph.co.uk
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Richard Williamson, o bispo negacionista, chamado a tribunal na Alemanha
Bispo lefebvriano chamado a tribunal alemão
O Bispo Williamson, da Sociedade de São Pio X (SSPX), que o ano passado afirmou numa entrevista que apenas 300 mil judeus tinham morrido no holocausto, está a braços com a justiça alemã.
Richard Williamson fez as polémicas declarações numa entrevista concedida a uma televisão sueca, mas que foi gravada na Alemanha, onde a negação do holocausto é um crime.
Por essa razão, e apesar de não residir na Alemanha nem se encontrar lá na altura, o bispo recebeu uma multa sumária no valor de 12 mil euros.
Mas o bispo, que pertence à sociedade fundada pelo Arcebispo Marcel Lefebvre, recorreu da decisão pelo que agora deve comparecer diante de um tribunal para se justificar. Caso não compareça a multa passará a ter força de lei. Não sendo residente, não pode ser obrigado a pagar, mas arriscar-se-á a ser detido caso volte a pisar solo alemão.
O caso Williamson surgiu dias antes de Bento XVI levantar a excomunhão em que ele e outros três bispos da SSPX tinham incorrido automaticamente quando foram ordenados por Lefebvre, sem autorização do Papa. O levantamento da excomunhão pretendia facilitar o diálogo entre a Igreja e a SSPX e não reflectia qualquer aceitação ou apoio das opiniões de Williamson, contudo foram estas que concentraram a atenção mediática, causando embaraço a ambas as instituições e prejudicando as relações entre a Igreja e os judeus.
Tanto a Igreja Católica como a própria SSPX repudiaram a visão de Williamson sobre o holocausto.
Fonte: Renascença(Portugal)
http://www.rr.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=95&did=89235
O Bispo Williamson, da Sociedade de São Pio X (SSPX), que o ano passado afirmou numa entrevista que apenas 300 mil judeus tinham morrido no holocausto, está a braços com a justiça alemã.
Richard Williamson fez as polémicas declarações numa entrevista concedida a uma televisão sueca, mas que foi gravada na Alemanha, onde a negação do holocausto é um crime.
Por essa razão, e apesar de não residir na Alemanha nem se encontrar lá na altura, o bispo recebeu uma multa sumária no valor de 12 mil euros.
Mas o bispo, que pertence à sociedade fundada pelo Arcebispo Marcel Lefebvre, recorreu da decisão pelo que agora deve comparecer diante de um tribunal para se justificar. Caso não compareça a multa passará a ter força de lei. Não sendo residente, não pode ser obrigado a pagar, mas arriscar-se-á a ser detido caso volte a pisar solo alemão.
O caso Williamson surgiu dias antes de Bento XVI levantar a excomunhão em que ele e outros três bispos da SSPX tinham incorrido automaticamente quando foram ordenados por Lefebvre, sem autorização do Papa. O levantamento da excomunhão pretendia facilitar o diálogo entre a Igreja e a SSPX e não reflectia qualquer aceitação ou apoio das opiniões de Williamson, contudo foram estas que concentraram a atenção mediática, causando embaraço a ambas as instituições e prejudicando as relações entre a Igreja e os judeus.
Tanto a Igreja Católica como a própria SSPX repudiaram a visão de Williamson sobre o holocausto.
Fonte: Renascença(Portugal)
http://www.rr.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=95&did=89235
Marcadores:
Alemanha,
antissemitismo,
cismático,
Extrema-Direita,
Igreja Católica,
Lefebvre,
lefebvriano,
Negação do Holocausto,
Racismo,
Richard Williamson,
sedevacantismo
domingo, 8 de novembro de 2009
Bispo negacionista vai a tribunal e poderá pagar 12 mil euros de multa
Integrista Richard Williamson acusado de incitação ao ódio racial
A justiça alemã anunciou ontem que vai processar o bispo integrista Richard Williamson pelas suas declarações a 21 de Janeiro a uma televisão suíça, em que punha em causa a existência do Holocausto.
O procurador da cidade de Ratisbona acusa o prelado da organização católica integrista Fraternidade São Pio X de incitação ao ódio racial. Segundo um elemento do tribunal, Williamson pode ser condenado a multa. Se o tribunal considerar procedente a acusação, o clérigo poderá escolher entre aceitar a multa ou contestar, o que o seu advogado já admitiu dever ser a opção do seu cliente. Williamson declarou na entrevista não acreditar nas câmaras de gás, dizendo que não teriam morrido mais de 300 mil judeus nos campos de concentração.
Fonte: Diário de Notícias(Portugal, 16.10.2009)
http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1392166&seccao=Europa
Complemento em outros jornais nos links abaixo: multa estipulada em 12 mil euros.
Mais:
La Voz(Argentina); Confirmado.net(Equador); elPeriodico.com(Catalunha); ElNacional(Venezuela); swissinfo.ch(Suíça)
Detalhe que pode passar desapercebido da maioria mas que aqui não passará: nenhum jornal no Brasil noticiou essa notícia(considerando apenas jornais disponibilizados em meios eletrônicos). Mas também não vi a notícia em canto algum(mídia aberta) a não ser na internet(na versão de jornais).
A justiça alemã anunciou ontem que vai processar o bispo integrista Richard Williamson pelas suas declarações a 21 de Janeiro a uma televisão suíça, em que punha em causa a existência do Holocausto.
O procurador da cidade de Ratisbona acusa o prelado da organização católica integrista Fraternidade São Pio X de incitação ao ódio racial. Segundo um elemento do tribunal, Williamson pode ser condenado a multa. Se o tribunal considerar procedente a acusação, o clérigo poderá escolher entre aceitar a multa ou contestar, o que o seu advogado já admitiu dever ser a opção do seu cliente. Williamson declarou na entrevista não acreditar nas câmaras de gás, dizendo que não teriam morrido mais de 300 mil judeus nos campos de concentração.
Fonte: Diário de Notícias(Portugal, 16.10.2009)
http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1392166&seccao=Europa
Complemento em outros jornais nos links abaixo: multa estipulada em 12 mil euros.
Mais:
La Voz(Argentina); Confirmado.net(Equador); elPeriodico.com(Catalunha); ElNacional(Venezuela); swissinfo.ch(Suíça)
Detalhe que pode passar desapercebido da maioria mas que aqui não passará: nenhum jornal no Brasil noticiou essa notícia(considerando apenas jornais disponibilizados em meios eletrônicos). Mas também não vi a notícia em canto algum(mídia aberta) a não ser na internet(na versão de jornais).
Marcadores:
Alemanha,
antissemitismo,
Fraternidade Sacerdotal de S. Pio X,
Inglaterra,
justiça alemã,
Lefebvre,
Negação do Holocausto,
Neonazismo,
Racismo,
Richard Williamson
domingo, 22 de março de 2009
Ex-seminarista diz que Williamson ensinava antissemitismo
CIDADE DO VATICANO, 3 MAR (ANSA) - No início da década de 1980, o bispo católico tradicionalista Richard Williamson já declarava publicamente suas posições antissemitas, revelou o reverendo John Rizzo, que foi seminarista de Williamson naquele período.
Em entrevista à emissora de rádio norte-americana National Public Radio (NPR), o reverendo John Rizzo contou que conheceu Williamson quando o bispo inglês dirigia um seminário nos EUA.
Ao falar do holocausto, "Williamson dizia que não era nada mais que um monte de mentiras", lembrou Rizzo, que freqüentou o seminário de Ridgefield, dirigido por Williamson, em 1983.
"Tirava sarro de mim por causa do meu nariz, me perguntando se eu não era judeu e dizendo que queria ver um certificado de batismo", acrescentou.
Rizzo disse que "havia um outro seminarista, chamado Oppenheimer, e Williamson dizia que não gostava do nome dele e que havia uma câmera de gás que o estava esperando".
Um dos quatro bispos lefebvrianos que tiveram a excomunhão suspensa pelo papa Bento XVI, o inglês Richard Williamson se tornou centro de uma polêmica após fazer declarações negacionistas sobre a morte de judeus nas câmaras de gás.
Recentemente, Williamson apresentou um "pedido de perdão" às vítimas do Holocausto e à Igreja, que, no entanto, não aceitou as desculpas do bispo por "não respeitarem as condições estabelecidas" pela Santa Sé. (ANSA)
Fonte: ANSA
http://www.ansa.it/ansalatinabr/notizie/fdg/200903031507340067/200903031507340067.html
Em entrevista à emissora de rádio norte-americana National Public Radio (NPR), o reverendo John Rizzo contou que conheceu Williamson quando o bispo inglês dirigia um seminário nos EUA.
Ao falar do holocausto, "Williamson dizia que não era nada mais que um monte de mentiras", lembrou Rizzo, que freqüentou o seminário de Ridgefield, dirigido por Williamson, em 1983.
"Tirava sarro de mim por causa do meu nariz, me perguntando se eu não era judeu e dizendo que queria ver um certificado de batismo", acrescentou.
Rizzo disse que "havia um outro seminarista, chamado Oppenheimer, e Williamson dizia que não gostava do nome dele e que havia uma câmera de gás que o estava esperando".
Um dos quatro bispos lefebvrianos que tiveram a excomunhão suspensa pelo papa Bento XVI, o inglês Richard Williamson se tornou centro de uma polêmica após fazer declarações negacionistas sobre a morte de judeus nas câmaras de gás.
Recentemente, Williamson apresentou um "pedido de perdão" às vítimas do Holocausto e à Igreja, que, no entanto, não aceitou as desculpas do bispo por "não respeitarem as condições estabelecidas" pela Santa Sé. (ANSA)
Fonte: ANSA
http://www.ansa.it/ansalatinabr/notizie/fdg/200903031507340067/200903031507340067.html
terça-feira, 10 de março de 2009
Bispo Richard Williamson agora ataca em versão "profeta"
Pros que achavam que o bispo inglês que negou o Holocausto havia dado um tempo à sucessão de polêmicas(ou escândalos) seguidas de sua expulsão da Argentina, eis que novamente ele tenta se superar, mais um mico do Bispo, agora "profetizando"(escatologia a solta):
Bispo vê em novo "11 de setembro solução" para a crise
CIDADE DO VATICANO - O bispo tradicionalista britânico Richard Williamson, que recentemente causou polêmica ao minimizar as mortes de judeus no Holocausto, publicou um texto em seu blog no qual prevê um "novo 11 de setembro" como motivo de uma terceira guerra mundial.
Segundo ele, o conflito armado seria a solução encontrada pelas potências mundiais para pôr fim à atual crise econômica.
"Em relação à crise econômica, é só o começo", escreve o bispo, que por causa de suas declarações tidas como antissemitas foi expulso da Argentina, onde dirigia um seminário.
"Os ocidentais e seus políticos estão tão fora da realidade que só uma devastadora terceira guerra mundial poderia levá-los de volta a ela: a guerra se apresentará a estes políticos como a única saída possível para os insolúveis problemas econômicos", prossegue.
Segundo Williamson, há o risco de que "outro 11 de setembro" seja "fabricado" para dar início à guerra.
Em outro trecho da mensagem, o bispo se refere ao Concílio Vaticano II, reforma impulsionada pela Igreja na década de 1960 que promoveu mudanças como o direito à liberdade religiosa e a reforma litúrgica, em que o latim deixou de ser usado nas missas.
À época, o arcebispo francês Marcel Lefebvre, conservador, opôs-se fortemente à medida. Foi Lefebvre quem ordenou Williamson bispo -- nomeação desconsiderada posteriormente pela Santa Sé, que excomungou o britânico.
Para ele, o Concílio Vaticano II fez com que a Igreja tenha deixado de"combater a heresia, e os católicos voltaram a combater bestas sem cérebro na arena".
Williamson, de 58 anos, viu-se envolvido em uma grande polêmica ao dizer, durante uma entrevista à televisão sueca, que o número de mortos no Holocausto seria de no máximo 300 mil, e não de 6 milhões, como é divulgado oficialmente. Além disso, afirmou que nenhum judeu foi assassinado nas câmaras de gás do regime nazista.
Pouco antes de dar estas declarações, o bispo teve sua excomunhão da Igreja Católica revista pelo papa Bento XVI. A postura do britânico, porém, levou figuras da comunidade internacional a exigirem que o Vaticano cobrasse dele uma retratação pública.
O pedido de desculpas de Williamson, que voltou à Grã-Bretanha, veio em uma carta, mas a Santa Sé considerou que ele em nenhum momento questionou suas posições.
Fonte: DCI(Portugal)
http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=2&id_noticia=276693
Bispo vê em novo "11 de setembro solução" para a crise
CIDADE DO VATICANO - O bispo tradicionalista britânico Richard Williamson, que recentemente causou polêmica ao minimizar as mortes de judeus no Holocausto, publicou um texto em seu blog no qual prevê um "novo 11 de setembro" como motivo de uma terceira guerra mundial.
Segundo ele, o conflito armado seria a solução encontrada pelas potências mundiais para pôr fim à atual crise econômica.
"Em relação à crise econômica, é só o começo", escreve o bispo, que por causa de suas declarações tidas como antissemitas foi expulso da Argentina, onde dirigia um seminário.
"Os ocidentais e seus políticos estão tão fora da realidade que só uma devastadora terceira guerra mundial poderia levá-los de volta a ela: a guerra se apresentará a estes políticos como a única saída possível para os insolúveis problemas econômicos", prossegue.
Segundo Williamson, há o risco de que "outro 11 de setembro" seja "fabricado" para dar início à guerra.
Em outro trecho da mensagem, o bispo se refere ao Concílio Vaticano II, reforma impulsionada pela Igreja na década de 1960 que promoveu mudanças como o direito à liberdade religiosa e a reforma litúrgica, em que o latim deixou de ser usado nas missas.
À época, o arcebispo francês Marcel Lefebvre, conservador, opôs-se fortemente à medida. Foi Lefebvre quem ordenou Williamson bispo -- nomeação desconsiderada posteriormente pela Santa Sé, que excomungou o britânico.
Para ele, o Concílio Vaticano II fez com que a Igreja tenha deixado de"combater a heresia, e os católicos voltaram a combater bestas sem cérebro na arena".
Williamson, de 58 anos, viu-se envolvido em uma grande polêmica ao dizer, durante uma entrevista à televisão sueca, que o número de mortos no Holocausto seria de no máximo 300 mil, e não de 6 milhões, como é divulgado oficialmente. Além disso, afirmou que nenhum judeu foi assassinado nas câmaras de gás do regime nazista.
Pouco antes de dar estas declarações, o bispo teve sua excomunhão da Igreja Católica revista pelo papa Bento XVI. A postura do britânico, porém, levou figuras da comunidade internacional a exigirem que o Vaticano cobrasse dele uma retratação pública.
O pedido de desculpas de Williamson, que voltou à Grã-Bretanha, veio em uma carta, mas a Santa Sé considerou que ele em nenhum momento questionou suas posições.
Fonte: DCI(Portugal)
http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=2&id_noticia=276693
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
A Novela Williamson: Vaticano rejeita pedido de desculpas de bispo britânico
O Vaticano rejeitou o pedido de desculpas feito pelo bispo britânico Richard Williamson, que havia se negado a reconhecer em uma entrevista no ano passado a extensão total do Holocausto - a eliminação sistemática de milhões de judeus pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial.
A Igreja afirmou que o bispo tem de voltar atrás em seus comentários de forma "inequívoca e pública". Em carta publicada na quinta-feira, Williamson disse que - se soubesse das consequências que suas afirmações teriam - não teria feito a declaração.
O bispo afirmou que suas opiniões foram formadas "há 20 anos, com base nas informações disponíveis na época".
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, afirmou, no entanto, que o bispo "parece não respeitar as condições" impostas pela Igreja após ele ter feito os comentários sobre o Holocausto.
Pedido 'ambíguo'
Antes da reação do Vaticano, líderes judeus já haviam afirmado que o bispo não esclareceu no pedido de desculpas se acredita ou não que o Holocausto é uma mentira.
Segundo o presidente das Comunidades Judaicas da Itália, Renzo Gattegna, a justificativa de Williamson foi "absolutamente ambígua".
O rabino Marvin Hier, fundador e reitor do Centro Simon Wiesenthal, de Los Angeles, disse que a declaração do bispo "não é o tipo de justificativa que encerra o assunto" porque não aborda a questão principal.
A polêmica começou após a excomunhão do bispo pela Igreja Católica ter sido suspensa pelo papa Bento 16 em janeiro deste ano.
De acordo com líderes da Igreja, na época o papa não tinha sido informado sobre uma entrevista concedida pelo bispo a um programa de televisão sueco em novembro do ano passado.
Durante a entrevista, Williamson contestou a informação de que 6 milhões de judeus foram mortos pelos nazistas e disse que nenhum deles morreu em câmaras de gás. Desde então, o papa tem pedido que Williamson volte atrás em suas afirmações.
Consequências
Na carta publicada na quinta-feira no site da Fraternidade Sacerdotal Pio X, congregação da qual faz parte, Williamson disse que seu superior, o bispo Bernard Fellay, e o papa exigiram que ele reconsiderasse as declarações que fez à televisão sueca porque "suas consequências foram muito graves".
"Observando essas consequências, posso lamentar honestamente ter feito essas declarações e, se eu soubesse antes os danos que elas poderiam gerar, especialmente à Igreja, mas também aos sobreviventes e parentes das vítimas de injustiça sob o Terceiro Reich, eu não as teria feito."
"Na televisão sueca, eu dei apenas uma opinião, de um não-historiador, uma opinião formada há 20 anos com base nas provas disponíveis na época", acrescentou o bispo britânico.
"No entanto, os eventos das últimas semanas e os conselhos dos membros superiores da Fraternidade Sacerdotal Pio 10° me convenceram sobre minha responsabilidade por todo sofrimento causado. A todas as almas que se escandalizaram com o que eu disse antes, peço desculpas."
O especialista em assuntos religiosos da BBC, Robert Pigott, diz que o pedido de desculpas não chega a negar completamente as afirmações que o bispo fez à televisão sueca.
Williamson foi um dos quatro bispos ultraconservadores de sua congregação que teve a excomunhão suspensa pelo papa Bento 16 por motivos que não têm relação com a polêmica em torno do Holocausto.
O bispo retornou à Grã-Bretanha após ter sido expulso da Argentina nesta semana por esconder "os verdadeiros motivos de sua permanência no país".
Fonte: BBC Brasil
http://www.bbc.co.uk/portuguese/lg/noticias/2009/02/090227_vaticano_bispo_aw.shtml
Comentário: em breve, 'cenas dos próximos capítulos'...
A Igreja afirmou que o bispo tem de voltar atrás em seus comentários de forma "inequívoca e pública". Em carta publicada na quinta-feira, Williamson disse que - se soubesse das consequências que suas afirmações teriam - não teria feito a declaração.
O bispo afirmou que suas opiniões foram formadas "há 20 anos, com base nas informações disponíveis na época".
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, afirmou, no entanto, que o bispo "parece não respeitar as condições" impostas pela Igreja após ele ter feito os comentários sobre o Holocausto.
Pedido 'ambíguo'
Antes da reação do Vaticano, líderes judeus já haviam afirmado que o bispo não esclareceu no pedido de desculpas se acredita ou não que o Holocausto é uma mentira.
Segundo o presidente das Comunidades Judaicas da Itália, Renzo Gattegna, a justificativa de Williamson foi "absolutamente ambígua".
O rabino Marvin Hier, fundador e reitor do Centro Simon Wiesenthal, de Los Angeles, disse que a declaração do bispo "não é o tipo de justificativa que encerra o assunto" porque não aborda a questão principal.
A polêmica começou após a excomunhão do bispo pela Igreja Católica ter sido suspensa pelo papa Bento 16 em janeiro deste ano.
De acordo com líderes da Igreja, na época o papa não tinha sido informado sobre uma entrevista concedida pelo bispo a um programa de televisão sueco em novembro do ano passado.
Durante a entrevista, Williamson contestou a informação de que 6 milhões de judeus foram mortos pelos nazistas e disse que nenhum deles morreu em câmaras de gás. Desde então, o papa tem pedido que Williamson volte atrás em suas afirmações.
Consequências
Na carta publicada na quinta-feira no site da Fraternidade Sacerdotal Pio X, congregação da qual faz parte, Williamson disse que seu superior, o bispo Bernard Fellay, e o papa exigiram que ele reconsiderasse as declarações que fez à televisão sueca porque "suas consequências foram muito graves".
"Observando essas consequências, posso lamentar honestamente ter feito essas declarações e, se eu soubesse antes os danos que elas poderiam gerar, especialmente à Igreja, mas também aos sobreviventes e parentes das vítimas de injustiça sob o Terceiro Reich, eu não as teria feito."
"Na televisão sueca, eu dei apenas uma opinião, de um não-historiador, uma opinião formada há 20 anos com base nas provas disponíveis na época", acrescentou o bispo britânico.
"No entanto, os eventos das últimas semanas e os conselhos dos membros superiores da Fraternidade Sacerdotal Pio 10° me convenceram sobre minha responsabilidade por todo sofrimento causado. A todas as almas que se escandalizaram com o que eu disse antes, peço desculpas."
O especialista em assuntos religiosos da BBC, Robert Pigott, diz que o pedido de desculpas não chega a negar completamente as afirmações que o bispo fez à televisão sueca.
Williamson foi um dos quatro bispos ultraconservadores de sua congregação que teve a excomunhão suspensa pelo papa Bento 16 por motivos que não têm relação com a polêmica em torno do Holocausto.
O bispo retornou à Grã-Bretanha após ter sido expulso da Argentina nesta semana por esconder "os verdadeiros motivos de sua permanência no país".
Fonte: BBC Brasil
http://www.bbc.co.uk/portuguese/lg/noticias/2009/02/090227_vaticano_bispo_aw.shtml
Comentário: em breve, 'cenas dos próximos capítulos'...
Judeus rejeitam desculpa de bispo que nega Holocausto
Richard Williamson se retratou após ter sido expulso da Argentina e voltar para o Reino Unido
(Foto)Williason, na chegada ao Reino Unido, nesta semana
- O Conselho Central dos Judeus na Alemanha rejeitou hoje as desculpas do bispo Richard Williamson e exige uma clara retratação de suas declarações, segundo as quais durante o Nazismo só teriam morrido cerca de 300 mil judeus.
"Williamson não se retratou de suas teses mentirosas sobre o Holocausto. Só lamentou que o que disse tenha gerado tanta polêmica", disse o vice-presidente do Conselho Central, Dieter Graumann, em declarações publicadas hoje pelo jornal "Handelsblatt".
Graumann também se mostrou indignado com a explicação de Williamson, que disse que sua negação ao Holocausto teria se baseado em informações de duas décadas atrás. "Como se há 20 anos o Holocausto tivesse estado em dúvida", questionou.
Ele, além disso, voltou a criticar o papa Bento XVI por ter revogado a excomunhão que pesava sobre Williamson e outros três bispos ultraconservadores seguidores do francês Marcel Lefebvre.
"O equívoco fatal do Vaticano segue tendo, infelizmente, vigência", disse Graumann.
A negação do Holocausto por parte de Williamson produziu indignação geral e várias críticas a Bento XVI e, sobretudo, ao Vaticano, pela reabilitação do bispo. Na Alemanha, negar o Holocausto é crime.
Fonte: EFE/Estadão
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,judeus-rejeitam-desculpa-de-bispo-que-nega-holocausto,330726,0.htm
(Foto)Williason, na chegada ao Reino Unido, nesta semana
- O Conselho Central dos Judeus na Alemanha rejeitou hoje as desculpas do bispo Richard Williamson e exige uma clara retratação de suas declarações, segundo as quais durante o Nazismo só teriam morrido cerca de 300 mil judeus.
"Williamson não se retratou de suas teses mentirosas sobre o Holocausto. Só lamentou que o que disse tenha gerado tanta polêmica", disse o vice-presidente do Conselho Central, Dieter Graumann, em declarações publicadas hoje pelo jornal "Handelsblatt".
Graumann também se mostrou indignado com a explicação de Williamson, que disse que sua negação ao Holocausto teria se baseado em informações de duas décadas atrás. "Como se há 20 anos o Holocausto tivesse estado em dúvida", questionou.
Ele, além disso, voltou a criticar o papa Bento XVI por ter revogado a excomunhão que pesava sobre Williamson e outros três bispos ultraconservadores seguidores do francês Marcel Lefebvre.
"O equívoco fatal do Vaticano segue tendo, infelizmente, vigência", disse Graumann.
A negação do Holocausto por parte de Williamson produziu indignação geral e várias críticas a Bento XVI e, sobretudo, ao Vaticano, pela reabilitação do bispo. Na Alemanha, negar o Holocausto é crime.
Fonte: EFE/Estadão
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,judeus-rejeitam-desculpa-de-bispo-que-nega-holocausto,330726,0.htm
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Bispo que negou o Holocausto pede perdão, diz agência católica
Britânico disse que deu apenas uma opinião sobre fato histórico. Ele pediu perdão à Igreja e aos sobreviventes e parentes de vítimas.
Do G1, com agências internacionais
O bispo britânico Richard Williamson pediu nesta quinta-feira (26) perdão a "Deus e ao papa" por ter negado a magnitude do Holocausto, segundo a agência católica de notícias Zenit.
O perdão foi pedido em uma carta, depois do regresso de Williamson à Inglaterra, ocorrido na quarta-feira. A polêmica sobre o Holocausto levou-o a ser expulso da Argentina, onde morava e trabalhava, pelo governo daquele país.
Foto: AFP
O bispo Richard Williamson chega ao aeroporto londrino de Heathrow nesta quarta-feira (25). (Foto: AFP)
"A todas as almas que ficaram honestamente escandalizadas pelo que eu disse, ante Deus, lhes peço perdão" diz ele na carta. "O Santo Padre e meu superior, o bispo Bernard Fellay, pediram que eu reconsidere as declarações que fiz em um canal de televisão da Suécia há quatro meses, pois suas consequências foram muito fortes."
"Ao observar estas consequências, posso dizer verdadeiramente que lamento ter feito estas declarações, e que se tivesse sabido com antecipação todo o dano e as feridas que provocariam, especialmente à Igreja, mas também aos sobreviventes e entes queridos das vítimas das injustiças sobre o Terceiro Reich, não as teria feito", disse.
O bispo ultraconservador, de 68 anos, também diz na correspondência que limitou-se a "dar uma opinião de uma pessoa que não é historiador".
Richard Williamson declarou em uma entrevista a um canal sueco de TV: "Penso que não existiram câmaras de gás (...) Acredito que de 200 mil a 300 mil judeus morreram nos campos de concentração, mas nenhum na câmaras de gás". A entrevista, gravada em novembro de 2008, foi ao ar em janeiro de 2009, dando início à polêmica.
Em 12 de fevereiro, o papa Bento XVI, em uma referência indireta ao caso, afirmou que "está claro que toda negação ou amenização deste terrível crime (Holocausto) é intolerável e, ao mesmo tempo, inaceitável".
Fonte: G1/Agências Internacionais
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1019328-5602,00-BISPO+QUE+NEGOU+O+HOLOCAUSTO+PEDE+PERDAO+DIZ+AGENCIA+CATOLICA.html
Do G1, com agências internacionais
O bispo britânico Richard Williamson pediu nesta quinta-feira (26) perdão a "Deus e ao papa" por ter negado a magnitude do Holocausto, segundo a agência católica de notícias Zenit.
O perdão foi pedido em uma carta, depois do regresso de Williamson à Inglaterra, ocorrido na quarta-feira. A polêmica sobre o Holocausto levou-o a ser expulso da Argentina, onde morava e trabalhava, pelo governo daquele país.
Foto: AFP
O bispo Richard Williamson chega ao aeroporto londrino de Heathrow nesta quarta-feira (25). (Foto: AFP)
"A todas as almas que ficaram honestamente escandalizadas pelo que eu disse, ante Deus, lhes peço perdão" diz ele na carta. "O Santo Padre e meu superior, o bispo Bernard Fellay, pediram que eu reconsidere as declarações que fiz em um canal de televisão da Suécia há quatro meses, pois suas consequências foram muito fortes."
"Ao observar estas consequências, posso dizer verdadeiramente que lamento ter feito estas declarações, e que se tivesse sabido com antecipação todo o dano e as feridas que provocariam, especialmente à Igreja, mas também aos sobreviventes e entes queridos das vítimas das injustiças sobre o Terceiro Reich, não as teria feito", disse.
O bispo ultraconservador, de 68 anos, também diz na correspondência que limitou-se a "dar uma opinião de uma pessoa que não é historiador".
Richard Williamson declarou em uma entrevista a um canal sueco de TV: "Penso que não existiram câmaras de gás (...) Acredito que de 200 mil a 300 mil judeus morreram nos campos de concentração, mas nenhum na câmaras de gás". A entrevista, gravada em novembro de 2008, foi ao ar em janeiro de 2009, dando início à polêmica.
Em 12 de fevereiro, o papa Bento XVI, em uma referência indireta ao caso, afirmou que "está claro que toda negação ou amenização deste terrível crime (Holocausto) é intolerável e, ao mesmo tempo, inaceitável".
Fonte: G1/Agências Internacionais
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1019328-5602,00-BISPO+QUE+NEGOU+O+HOLOCAUSTO+PEDE+PERDAO+DIZ+AGENCIA+CATOLICA.html
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Expulso da Argentina, bispo que negou Holocausto chega a Londres
LONDRES - O bispo católico que criou polêmica de repercussão internacional ao negar o Holocausto chegou nesta quarta ao Reino Unido, sua terra natal, depois de ter sido expulso pelo governo da Argentina, onde morava. Richard Williamson desembarcou no aeroporto de Heathrow cercado por um grupo de policiais armados e seguranças particulares. Ele se recusou a responder a perguntas de repórteres antes de deixar o aeroporto em um carro que o esperava.
Ultraconservador, Williamson era diretor de um seminário perto de Buenos Aires até o começo deste mês. Na semana passada, o governo argentino deu dez dias ao bispo para deixar o país ou ser expulso, citando irregularidades na sua solicitação de imigração e condenando seus comentários sobre o Holocausto, chamando-os de "profundamente ofensivos à sociedade argentina, ao povo judeu e à humanidade".
A Argentina é lar de uma das maiores comunidades judias fora de Israel. Durante uma entrevista, Williamson disse acreditar que não morreram mais do que 300 mil judeus nos campos de concentrações nazistas. O número amplamente aceito é de 6 milhões de judeus mortos.
Williamson teve sua excomunhão suspensa no mês passado pelo Papa Bento XVI, que também readmitiu outros três tradicionalistas, numa tentativa de solucionar um cisma de 20 anos dentro da Igreja, iniciado em 1988, quando eles foram ordenados sem a permissão do Vaticano. A decisão irritou líderes judeus e muitos católicos.
Organizações judias e a chanceler alemã, Angela Merkel, criticaram o Papa pela suspensão da excomunhão de Williamson, que pertence à Sociedade de São Pio X. A negação do Holocausto é um crime na Alemanha, e os promotores da cidade de Regensburg estão investigando Williamson pelos comentários.
O bispo criou polêmica em uma entrevista a uma TV sueca em 2008 na qual colocou em dúvida a existência do Holocausto. Este ano, ele voltou a questionar o massacre de milhões de judeus durante a Segunda Guerra em uma entrevista à revista alemã Der Spiegel, logo depois de um pedido do Papa Bento XVI para que se retratasse das primeiras declarações.
Após a nova polêmica, o Vaticano exigiu que Williamson retirasse o que disse, mas ele respondeu que precisa de mais tempo para rever as provas da existência do Holocausto. Sites e blogs neonazistas publicaram textos apoiando a posição do bispo.
Fonte: Reuters/O Globo
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/02/25/expulso-da-argentina-bispo-que-negou-holocausto-chega-londres-754577260.asp
Ultraconservador, Williamson era diretor de um seminário perto de Buenos Aires até o começo deste mês. Na semana passada, o governo argentino deu dez dias ao bispo para deixar o país ou ser expulso, citando irregularidades na sua solicitação de imigração e condenando seus comentários sobre o Holocausto, chamando-os de "profundamente ofensivos à sociedade argentina, ao povo judeu e à humanidade".
A Argentina é lar de uma das maiores comunidades judias fora de Israel. Durante uma entrevista, Williamson disse acreditar que não morreram mais do que 300 mil judeus nos campos de concentrações nazistas. O número amplamente aceito é de 6 milhões de judeus mortos.
Williamson teve sua excomunhão suspensa no mês passado pelo Papa Bento XVI, que também readmitiu outros três tradicionalistas, numa tentativa de solucionar um cisma de 20 anos dentro da Igreja, iniciado em 1988, quando eles foram ordenados sem a permissão do Vaticano. A decisão irritou líderes judeus e muitos católicos.
Organizações judias e a chanceler alemã, Angela Merkel, criticaram o Papa pela suspensão da excomunhão de Williamson, que pertence à Sociedade de São Pio X. A negação do Holocausto é um crime na Alemanha, e os promotores da cidade de Regensburg estão investigando Williamson pelos comentários.
O bispo criou polêmica em uma entrevista a uma TV sueca em 2008 na qual colocou em dúvida a existência do Holocausto. Este ano, ele voltou a questionar o massacre de milhões de judeus durante a Segunda Guerra em uma entrevista à revista alemã Der Spiegel, logo depois de um pedido do Papa Bento XVI para que se retratasse das primeiras declarações.
Após a nova polêmica, o Vaticano exigiu que Williamson retirasse o que disse, mas ele respondeu que precisa de mais tempo para rever as provas da existência do Holocausto. Sites e blogs neonazistas publicaram textos apoiando a posição do bispo.
Fonte: Reuters/O Globo
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/02/25/expulso-da-argentina-bispo-que-negou-holocausto-chega-londres-754577260.asp
Marcadores:
antissemitismo,
Argentina,
Extrema-Direita,
Fraternidade Sacerdotal de S. Pio X,
Inglaterra,
Lefebvre,
lefebvriano,
Negação do Holocausto,
Neonazismo,
ultraconservador,
Williamson
Estaria Williamson treinando pra virar um hooligan?
Que todos já sabem que o 'bispo' Richard Williamson(lefebvriano)negou o Holocausto repetindo o conteúdo panfletário da extrema-direita xenófoba e teve sua excomunhão revogada há pouco tempo pelo Papa, é algo de conhecimento público.
Mas como "pouca pólvora" é pouco prum fanático religioso, eis mais um episódio intempestivo do bispo negador do Holocausto em sua saída da Argentina. Imagens do canal argentino TN da saída do bispo britânico cerrando o punho prum jornalista argentino no aeroporto de Buenos Aires, rumo à Inglaterra:
http://www.youtube.com/watch?v=aeywYKwSqew
Site do canal:
http://www.tn.com.ar/
Mas como "pouca pólvora" é pouco prum fanático religioso, eis mais um episódio intempestivo do bispo negador do Holocausto em sua saída da Argentina. Imagens do canal argentino TN da saída do bispo britânico cerrando o punho prum jornalista argentino no aeroporto de Buenos Aires, rumo à Inglaterra:
http://www.youtube.com/watch?v=aeywYKwSqew
Site do canal:
http://www.tn.com.ar/
Bispo que negou Holocausto deixa a Argentina
O bispo inglês Richard Williamson, que no ano passado colocou em dúvida a existência do Holocausto durante uma entrevista, deixou a Argentina nesta terça-feira após ter recebido um prazo de dez dias do governo para deixar o país.
Na última quinta-feira o governo da presidente Cristina Kirchner divulgou comunicado dizendo que se o religioso não saísse do país no prazo máximo de dez dias "sem adiamento" seria expulso por decreto.
Segundo o canal de televisão TN (Todo Notícias), Williamson teria "agredido" um jornalista da emissora que tentava entrevistá-lo no aeroporto nesta terça-feira antes de seu embarque para Londres.
De boné e jaqueta preta e óculos escuros, Williamson mostrou a mão fechada para a câmera e não respondeu às perguntas do repórter.
O bispo gerou polêmica depois de uma entrevista a uma TV sueca em 2008 em que colocou em dúvida a existência do Holocausto, que deixou milhões de judeus mortos durante a Segunda Guerra Mundial.
Este ano, ele voltou a questionar o Holocausto em uma entrevista à revista alemã Der Spiegel
Logo após pedido do Papa Bento XVI para que se retratasse das primeiras declarações.
Williamson, nesta segunda entrevista, disse que se retrataria depois que encontrasse "provas" do Holocausto.
Suas afirmações geraram fortes críticas da comunidade judaica no mundo inteiro. Na ocasião, a chanceler alemã, Angela Merkel, também pediu "esclarecimentos" ao papa, já que o Vaticano pretendia incorporá-lo à Igreja Católica.
Williamson é bispo da Fraternidade Sacerdotal Pio 10 - fundada em 1969 pelo bispo francês dissidente Marcel Lefebvre -, e até este mês dirigia um seminário e realizava missas na localidade de La Reja, na província de Buenos Aires, onde trabalhava desde 2003.
Em 1988, ele e outros bispos desta congregação foram promovidos a bispos sem a autorização da igreja e, agora, o Papa Bento 16 pretendia incorporá-los de volta à estrutura do Vaticano.
Para justificar a decisão de pedir que o bispo deixasse o país, o governo argentino argumentou que o bispo mentiu sobre o verdadeiro motivo de sua permanência no país ao ter declarado, quando entrou na Argentina, ser um empregado administrativo de uma Associação Civil e não um sacerdote e diretor de seminário.
" Cabe destacar que o bispo Williamson ganhou notoriedade pública por suas declarações antissemitas" disse o comunicado oficial sobre a questão.
" Por essas considerações, somadas à energética condenação do governo argentino a manifestações como estas, que agridem profundamente a sociedade argentina, ao povo judeu e toda a humanidade, o governo nacional decide fazer uso dos poderes de que dispõe por lei e exigir que o bispo lefebvrista abandone o país ou se submeta à expulsão."
Fonte: BBC/O Globo
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/02/24/bispo-que-negou-holocausto-deixa-argentina-754569032.asp
Na última quinta-feira o governo da presidente Cristina Kirchner divulgou comunicado dizendo que se o religioso não saísse do país no prazo máximo de dez dias "sem adiamento" seria expulso por decreto.
Segundo o canal de televisão TN (Todo Notícias), Williamson teria "agredido" um jornalista da emissora que tentava entrevistá-lo no aeroporto nesta terça-feira antes de seu embarque para Londres.
De boné e jaqueta preta e óculos escuros, Williamson mostrou a mão fechada para a câmera e não respondeu às perguntas do repórter.
O bispo gerou polêmica depois de uma entrevista a uma TV sueca em 2008 em que colocou em dúvida a existência do Holocausto, que deixou milhões de judeus mortos durante a Segunda Guerra Mundial.
Este ano, ele voltou a questionar o Holocausto em uma entrevista à revista alemã Der Spiegel
Logo após pedido do Papa Bento XVI para que se retratasse das primeiras declarações.
Williamson, nesta segunda entrevista, disse que se retrataria depois que encontrasse "provas" do Holocausto.
Suas afirmações geraram fortes críticas da comunidade judaica no mundo inteiro. Na ocasião, a chanceler alemã, Angela Merkel, também pediu "esclarecimentos" ao papa, já que o Vaticano pretendia incorporá-lo à Igreja Católica.
Williamson é bispo da Fraternidade Sacerdotal Pio 10 - fundada em 1969 pelo bispo francês dissidente Marcel Lefebvre -, e até este mês dirigia um seminário e realizava missas na localidade de La Reja, na província de Buenos Aires, onde trabalhava desde 2003.
Em 1988, ele e outros bispos desta congregação foram promovidos a bispos sem a autorização da igreja e, agora, o Papa Bento 16 pretendia incorporá-los de volta à estrutura do Vaticano.
Para justificar a decisão de pedir que o bispo deixasse o país, o governo argentino argumentou que o bispo mentiu sobre o verdadeiro motivo de sua permanência no país ao ter declarado, quando entrou na Argentina, ser um empregado administrativo de uma Associação Civil e não um sacerdote e diretor de seminário.
" Cabe destacar que o bispo Williamson ganhou notoriedade pública por suas declarações antissemitas" disse o comunicado oficial sobre a questão.
" Por essas considerações, somadas à energética condenação do governo argentino a manifestações como estas, que agridem profundamente a sociedade argentina, ao povo judeu e toda a humanidade, o governo nacional decide fazer uso dos poderes de que dispõe por lei e exigir que o bispo lefebvrista abandone o país ou se submeta à expulsão."
Fonte: BBC/O Globo
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/02/24/bispo-que-negou-holocausto-deixa-argentina-754569032.asp
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Argentina expulsa bispo que negou o Holocausto
Argentina manda bispo que negou o Holocausto deixar o país
O governo da Argentina anunciou nesta quinta-feira que o bispo britânico Richard Williamson, que negou a dimensão do Holocausto de judeus por nazistas, deve deixar o país, onde faz trabalhos religiosos, em até dez dias.
"O ministro do Interior [...] ordena a Richard Nelson Williamson que deixe o país dentro de dez dias ou ele será expulso", informou o governo em uma declaração, sobre a decisão do ministro Florencio Randazzo.
As autoridades argentinas alegaram que o bispo ultraconservador "fraudou reiteradamente o verdadeiro motivo de sua permanência no país". Segundo o Ministério do Interior da Argentina, Williamson declarou "ser um empregado administrativo da Associação Civil La Tradición, quando sua verdadeira atividade era a de sacerdote e diretor do Seminário que a Fraternidade São Pio 10° possui na cidade de Moreno", nos arredores de Buenos Aires.
Williamson está no meio de uma polêmica entre o Vaticano e entidades judaicas desde que sua expulsão da Igreja Católica --por desobediência, nos anos 80-- foi suspensa em janeiro pelo papa Bento 16, junto a de outros três religiosos tradicionalistas.
O gesto de união entre cristãos levou à revolta de judeus quando veio à tona uma entrevista de Williamson a uma TV sueca, em que ele disse não acreditar que os nazistas tenham utilizado câmaras de gás para extermínio e estimou entre 200 mil e 300 mil judeus o número de judeus mortos nos campos de concentração --6 milhões de judeus foram mortos pelos nazistas, segundo registros históricos amplamente aceitos.
Em meio a pressão internacional --que incluiu um pedido da chanceler alemã, Angela Merkel -- o papa afirmou que a negação do Holocausto é "totalmente inaceitável", e o Vaticano ordenou que Williamson revisse suas opiniões, mas o bispo disse que precisava de mais tempo para examinar as evidências históricas.
Fonte: Reuters/EFE
http://www.jusbrasil.com.br/politica/1756547/argentina-manda-bispo-que-negou-o-holocausto-deixar-o-pais
O governo da Argentina anunciou nesta quinta-feira que o bispo britânico Richard Williamson, que negou a dimensão do Holocausto de judeus por nazistas, deve deixar o país, onde faz trabalhos religiosos, em até dez dias.
"O ministro do Interior [...] ordena a Richard Nelson Williamson que deixe o país dentro de dez dias ou ele será expulso", informou o governo em uma declaração, sobre a decisão do ministro Florencio Randazzo.
As autoridades argentinas alegaram que o bispo ultraconservador "fraudou reiteradamente o verdadeiro motivo de sua permanência no país". Segundo o Ministério do Interior da Argentina, Williamson declarou "ser um empregado administrativo da Associação Civil La Tradición, quando sua verdadeira atividade era a de sacerdote e diretor do Seminário que a Fraternidade São Pio 10° possui na cidade de Moreno", nos arredores de Buenos Aires.
Williamson está no meio de uma polêmica entre o Vaticano e entidades judaicas desde que sua expulsão da Igreja Católica --por desobediência, nos anos 80-- foi suspensa em janeiro pelo papa Bento 16, junto a de outros três religiosos tradicionalistas.
O gesto de união entre cristãos levou à revolta de judeus quando veio à tona uma entrevista de Williamson a uma TV sueca, em que ele disse não acreditar que os nazistas tenham utilizado câmaras de gás para extermínio e estimou entre 200 mil e 300 mil judeus o número de judeus mortos nos campos de concentração --6 milhões de judeus foram mortos pelos nazistas, segundo registros históricos amplamente aceitos.
Em meio a pressão internacional --que incluiu um pedido da chanceler alemã, Angela Merkel -- o papa afirmou que a negação do Holocausto é "totalmente inaceitável", e o Vaticano ordenou que Williamson revisse suas opiniões, mas o bispo disse que precisava de mais tempo para examinar as evidências históricas.
Fonte: Reuters/EFE
http://www.jusbrasil.com.br/politica/1756547/argentina-manda-bispo-que-negou-o-holocausto-deixar-o-pais
domingo, 8 de fevereiro de 2009
França condena novas provocações do bispo sobre Holocausto
Dirigentes do Governo e da oposição na França coincidiram neste domingo ao tachar de "inaceitáveis" as novas declarações do polêmico bispo Richard Williamson, que disse que não pensa em se retratar de sua negação do Holocausto.
"Aconselho a ele que vá a Yad Vashem (o Museu da História do Holocausto de Jerusalém) e veremos depois o que vai dizer", declarou hoje o ministro francês encarregado do plano de relançamento econômico, Patrick Devedjian, em alusão às últimas provocações do bispo.
O ministro ressaltou ainda que não concordava com a decisão do papa Bento XVI de revogar a excomunhão que pesava sobre Williamson e outros quatro bispos seguidores do ultraconservador Marcel Lefebvre.
A líder da oposição na França, a número um do Partido Socialista (PS), Martine Aubry, condenou as novas e "infames" declarações do bispo, ao considerar que representam uma injúria "não só para todos os judeus, mas também para a consciência humana".
Aubry também descorda da decisão do papa e afirma, em comunicado, que seu partido se une "a todos aqueles que desejam decisões para frear esta situação que provoca tanto sofrimento moral".
Em uma entrevista que será publicada pela revista alemã "Der Spiegel" em sua edição da próxima semana, Williamson diz que, antes de se retratar, tem de revisar as provas históricas do Holocausto.
"Se encontrar provas me corrigirei, mas para isso vou precisar de mais tempo", acrescentou.
Fonte: EFE
http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI3501588-EI312,00-Franca+condena+novas+provocacoes+do+bispo+sobre+Holocausto.html
"Aconselho a ele que vá a Yad Vashem (o Museu da História do Holocausto de Jerusalém) e veremos depois o que vai dizer", declarou hoje o ministro francês encarregado do plano de relançamento econômico, Patrick Devedjian, em alusão às últimas provocações do bispo.
O ministro ressaltou ainda que não concordava com a decisão do papa Bento XVI de revogar a excomunhão que pesava sobre Williamson e outros quatro bispos seguidores do ultraconservador Marcel Lefebvre.
A líder da oposição na França, a número um do Partido Socialista (PS), Martine Aubry, condenou as novas e "infames" declarações do bispo, ao considerar que representam uma injúria "não só para todos os judeus, mas também para a consciência humana".
Aubry também descorda da decisão do papa e afirma, em comunicado, que seu partido se une "a todos aqueles que desejam decisões para frear esta situação que provoca tanto sofrimento moral".
Em uma entrevista que será publicada pela revista alemã "Der Spiegel" em sua edição da próxima semana, Williamson diz que, antes de se retratar, tem de revisar as provas históricas do Holocausto.
"Se encontrar provas me corrigirei, mas para isso vou precisar de mais tempo", acrescentou.
Fonte: EFE
http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI3501588-EI312,00-Franca+condena+novas+provocacoes+do+bispo+sobre+Holocausto.html
Bispo diz que nao vai retirar negação de Holocausto
Marcia Carmo
De Buenos Aires para a BBC Brasil
Richard Williamson disse que se encontrar provas vai se 'corrigir'.
O bispo britânico Richard Williamson, que integra uma ala conservadora e dissidente da Igreja Católica, disse que apesar do pedido do papa Bento 16 não pretende se retratar de sua negação sobre o Holocausto e uso de câmaras de gás que mataram milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
Williamson é bispo da Fraternidade Sacerdotal Pio X - fundada em 1969 pelo bispo francês dissidente Marcel Lefebvre -, dirige um seminário e realiza missas na localidade de La Reja, na província de Buenos Aires desde 2003.
Em declarações à revista alemã Der Spiegel, que chega às bancas na semana que vem, ele afirmou que antes de se retratar, tem de rever as provas históricas. "Se encontro provas, me corrigirei, mas isso precisa de tempo", disse Williamson.
Suas declarações à publicação alemã foram reproduzidas neste sábado pelos principais jornais da Argentina - Clarin e La Nación - em suas edições online.
Williamson gerou polêmicas internacionais ao negar a existência do holocausto durante uma entrevista a uma emissora de televisão sueca.
Suas declarações foram feitas dias antes do anúncio no mês passado de que o Papa suspenderia sua excomunhão e de outros três bispos da mesma congregação.
Eles tinham sido excomungados em 1998 por terem sido nomeados bispos por Lefebvre sem a autorização do papa João Paulo 2º.
As afirmações de Williamson e a intenção do papa Bento 16 levaram o governo de Israel a divulgar um comunicado afirmando que a "reincorporação de um bispo que nega (o holocausto) é uma ofensa para todos os judeus, Israel e o mundo, e uma ofensa à memória das vítimas e sobreviventes do holocausto".
No comunicado, o governo de Israel diz que espera que o Vaticano se "separe" de todos os que negaram o Holocausto e de "Williamson em particular".
A iniciativa do papa também gerou críticas de diferentes rabinos e levou a chanceler alemã, Angela Merkel, a pedir publicamente que Bento 16 deixasse "claro" que "não tolera" a negação do Holocausto.
Pouco depois, na última quarta-feira, o Papa pediu que Williamson se "retratasse de maneira clara e pública" para ter o direito de exercer a função de sacerdote da Igreja Católica.
Desde então, havia a expectativa na Argentina, na Itália e na Alemanha, entre outros países, por declarações de Williamson.
De acordo com os sites argentinos, que reproduziram trechos da entrevista à revista alemã, Williamson também teria sido crítico sobre a ideia da validade universal dos direitos humanos.
"Onde os direitos humanos são vistos como objetivo que o Estado tem de impôr, acaba se chegando sempre a uma política anti-cristã", disse.
Fonte: BBC Brasil
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/02/090207_bispoholocausto_aw.shtml
Comentário: destacando trecho "Em declarações à revista alemã Der Spiegel, que chega às bancas na semana que vem, ele afirmou que antes de se retratar, tem de rever as provas históricas. "Se encontro provas, me corrigirei, mas isso precisa de tempo", disse Williamson.".
Em qualquer livro acadêmico(por acadêmico entender que se trata de livros não produzidos por pseudo-historiadores que dizem fazer "revisão" do Holocausto ignorando toda a metodologia histórica ou militante político vestido de "historiador"), toda a narrativa é/foi feita em cima de provas históricas, documentos, etc. Números, ou mais precisamente, estimativas não são feitas 'a base de chute'(ver os dois artigos sobre vítimas não-judias no Holocausto, parte 1 e parte 2).
Observação: explicando novamente os termos, entender a expressão 'a base de chute' no caso dos "revisionistas" como algo como "nós negamos tudo apesar de nunca provarmos nada e não ter metodologia alguma pra questionar números e estimativas a não ser disseminar mentiras e negar um fato histórico amplamente documentado". Mas a expressão também pode vir a ser adaptada pra descreer o comportamento dos "revoltados" de ocasião na internet e fora dela que "num lindo dia acordei com uma vontade tremenda de bancar o malvadão e pra chocar as pessoas resolvi dizer um monte de absurdos e bobagens sem ter a mínima ideia do que dizia ou apenas repeti o que li em sites neonazistas/antissemitas na internet que negam o Holocausto".
Se o Sr. Williamson faz declarações públicas que reproduzem todo o festival propagandístico de extrema-direita pró-nazi que nega Holocausto, não há "pesquisa" neste caso que dê jeito a suposta "ignorância" dele, digo suposta pois é praticamente impossível que uma pessoa com a formação dele desconheça o Holocausto e repeta "inconscientemente" discursos de grupos de extrema-direita sem ter pleno conhecimento prévio disto e plena afinidade ideológica com este tipo de discurso ou grupo.
A manifestação do Sr. Williamson é antes de tudo uma tomada de decisão política e afinidade ideológica com a extrema-direita de cunho fascista. A negação do Holocausto é uma ideologia propagada principalmente por grupos de extrema-direita na Europa e nos EUA(e também na América do Sul)para negar crimes de guerra nazistas e com isso facilitar o caminho para a ascensão ou retorno de políticas antissemitas/racistas propagados por grupos de extrema-direita.
No caso recente de mais um capítulo do conflito Israel-Palestina, grupos de extrema-esquerda na internet repetiram também as ladainhas já professadas por grupos de extrema-direita como suposta "arma política"(segundo umaa "concepção" distorcida e racista)de ataque ao Estado de Israel e com isso ferindo a memória das vítimas do Holocausto e do regime nazista como um todo.
Vê-se neste episódio a escalada política do extremismo, da irracionalidade, de um obscurantismo religioso fanático e do cinismo.
De Buenos Aires para a BBC Brasil
Richard Williamson disse que se encontrar provas vai se 'corrigir'.
O bispo britânico Richard Williamson, que integra uma ala conservadora e dissidente da Igreja Católica, disse que apesar do pedido do papa Bento 16 não pretende se retratar de sua negação sobre o Holocausto e uso de câmaras de gás que mataram milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
Williamson é bispo da Fraternidade Sacerdotal Pio X - fundada em 1969 pelo bispo francês dissidente Marcel Lefebvre -, dirige um seminário e realiza missas na localidade de La Reja, na província de Buenos Aires desde 2003.
Em declarações à revista alemã Der Spiegel, que chega às bancas na semana que vem, ele afirmou que antes de se retratar, tem de rever as provas históricas. "Se encontro provas, me corrigirei, mas isso precisa de tempo", disse Williamson.
Suas declarações à publicação alemã foram reproduzidas neste sábado pelos principais jornais da Argentina - Clarin e La Nación - em suas edições online.
Williamson gerou polêmicas internacionais ao negar a existência do holocausto durante uma entrevista a uma emissora de televisão sueca.
Suas declarações foram feitas dias antes do anúncio no mês passado de que o Papa suspenderia sua excomunhão e de outros três bispos da mesma congregação.
Eles tinham sido excomungados em 1998 por terem sido nomeados bispos por Lefebvre sem a autorização do papa João Paulo 2º.
As afirmações de Williamson e a intenção do papa Bento 16 levaram o governo de Israel a divulgar um comunicado afirmando que a "reincorporação de um bispo que nega (o holocausto) é uma ofensa para todos os judeus, Israel e o mundo, e uma ofensa à memória das vítimas e sobreviventes do holocausto".
No comunicado, o governo de Israel diz que espera que o Vaticano se "separe" de todos os que negaram o Holocausto e de "Williamson em particular".
A iniciativa do papa também gerou críticas de diferentes rabinos e levou a chanceler alemã, Angela Merkel, a pedir publicamente que Bento 16 deixasse "claro" que "não tolera" a negação do Holocausto.
Pouco depois, na última quarta-feira, o Papa pediu que Williamson se "retratasse de maneira clara e pública" para ter o direito de exercer a função de sacerdote da Igreja Católica.
Desde então, havia a expectativa na Argentina, na Itália e na Alemanha, entre outros países, por declarações de Williamson.
De acordo com os sites argentinos, que reproduziram trechos da entrevista à revista alemã, Williamson também teria sido crítico sobre a ideia da validade universal dos direitos humanos.
"Onde os direitos humanos são vistos como objetivo que o Estado tem de impôr, acaba se chegando sempre a uma política anti-cristã", disse.
Fonte: BBC Brasil
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/02/090207_bispoholocausto_aw.shtml
Comentário: destacando trecho "Em declarações à revista alemã Der Spiegel, que chega às bancas na semana que vem, ele afirmou que antes de se retratar, tem de rever as provas históricas. "Se encontro provas, me corrigirei, mas isso precisa de tempo", disse Williamson.".
Em qualquer livro acadêmico(por acadêmico entender que se trata de livros não produzidos por pseudo-historiadores que dizem fazer "revisão" do Holocausto ignorando toda a metodologia histórica ou militante político vestido de "historiador"), toda a narrativa é/foi feita em cima de provas históricas, documentos, etc. Números, ou mais precisamente, estimativas não são feitas 'a base de chute'(ver os dois artigos sobre vítimas não-judias no Holocausto, parte 1 e parte 2).
Observação: explicando novamente os termos, entender a expressão 'a base de chute' no caso dos "revisionistas" como algo como "nós negamos tudo apesar de nunca provarmos nada e não ter metodologia alguma pra questionar números e estimativas a não ser disseminar mentiras e negar um fato histórico amplamente documentado". Mas a expressão também pode vir a ser adaptada pra descreer o comportamento dos "revoltados" de ocasião na internet e fora dela que "num lindo dia acordei com uma vontade tremenda de bancar o malvadão e pra chocar as pessoas resolvi dizer um monte de absurdos e bobagens sem ter a mínima ideia do que dizia ou apenas repeti o que li em sites neonazistas/antissemitas na internet que negam o Holocausto".
Se o Sr. Williamson faz declarações públicas que reproduzem todo o festival propagandístico de extrema-direita pró-nazi que nega Holocausto, não há "pesquisa" neste caso que dê jeito a suposta "ignorância" dele, digo suposta pois é praticamente impossível que uma pessoa com a formação dele desconheça o Holocausto e repeta "inconscientemente" discursos de grupos de extrema-direita sem ter pleno conhecimento prévio disto e plena afinidade ideológica com este tipo de discurso ou grupo.
A manifestação do Sr. Williamson é antes de tudo uma tomada de decisão política e afinidade ideológica com a extrema-direita de cunho fascista. A negação do Holocausto é uma ideologia propagada principalmente por grupos de extrema-direita na Europa e nos EUA(e também na América do Sul)para negar crimes de guerra nazistas e com isso facilitar o caminho para a ascensão ou retorno de políticas antissemitas/racistas propagados por grupos de extrema-direita.
No caso recente de mais um capítulo do conflito Israel-Palestina, grupos de extrema-esquerda na internet repetiram também as ladainhas já professadas por grupos de extrema-direita como suposta "arma política"(segundo umaa "concepção" distorcida e racista)de ataque ao Estado de Israel e com isso ferindo a memória das vítimas do Holocausto e do regime nazista como um todo.
Vê-se neste episódio a escalada política do extremismo, da irracionalidade, de um obscurantismo religioso fanático e do cinismo.
sábado, 7 de fevereiro de 2009
Sarkozy chama de 'inadmissível' negação do Holocausto por Williamson
PARIS (AFP) - O presidente francês, Nicolas Sarkozy, considerou nesta quinta-feira "incríveis, chocantes e inadmissíveis" as declarações do bispo integrista Richard Williamson, reintegrado à Igreja recentemente pelo Papa Bento XVI, nas quais negou o Holocausto.
"É inadmissível que, no século XXI, se possa encontrar alguém que se atreva a pôr em dúvida as câmaras de gás, o Holocausto e o martírio dos judeus", disse Sarkozy, em uma entrevista.
"Quando, além disso, esse homem que põe isso em dúvida se considera um pastor, não no sentido protestante, mas no evangélico, é ainda mais chocante", acrescentou.
"Francamente, não tenho vontade de conhecer esse senhor", concluiu.
Fonte: AFP/Yahoo!
http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/090205/mundo/fran__a_vaticano_judeus
"É inadmissível que, no século XXI, se possa encontrar alguém que se atreva a pôr em dúvida as câmaras de gás, o Holocausto e o martírio dos judeus", disse Sarkozy, em uma entrevista.
"Quando, além disso, esse homem que põe isso em dúvida se considera um pastor, não no sentido protestante, mas no evangélico, é ainda mais chocante", acrescentou.
"Francamente, não tenho vontade de conhecer esse senhor", concluiu.
Fonte: AFP/Yahoo!
http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/090205/mundo/fran__a_vaticano_judeus
Marcadores:
antissemitismo,
França,
Holocaust denial,
Holocausto,
Lefebvre,
Negação do Holocausto,
Neonazismo,
Papa Bento XVI,
Racismo,
Sarkozy,
Vaticano,
Williamson
Crise no Vaticano continua, Lefebvriano diz que Concílio Vaticano II foi uma "heresia"
Lefebvriano diz que Concílio Vaticano II foi uma "heresia"
Cidade do Vaticano, 6 fev (EFE).- O chefe dos lefebvrianos no nordeste da Itália, o sacerdote Floriano Abrahamowicz, desafiou a exigência da Santa Sé de que o Concílio Vaticano II seja reconhecido pelo grupo ao afirmar que ele "é uma heresia, uma droga".
"O Concílio Vaticano II foi pior que uma heresia, já que significa tomar uma parte da verdade, fazê-la absoluta e negar o resto. Nesse contexto digo que foi uma droga, a maior", afirmou o sacerdote tradicionalista em declarações ao canal de televisão "Canale Italia".
Dois dias depois de o Vaticano ter endurecido sua postura com os lefebvrianos e ter exigido deles que aceitem o concílio para readmiti-los, e que o bispo que negou o Holocausto se retrate publicamente, as declarações de Abrahamowicz são vistas por observadores do Vaticano como um "desafio aberto" dos tradicionalistas ao papa e à Santa Sé.
Estas declarações foram conhecidas ao mesmo tempo em que - segundo publicou ontem o semanário alemão "Kolner Stadt Anzeiger" - o superior da Fraternidade São Pio X, Bernard Fellay, deve ordenar novos sacerdotes.
Fellay - um dos quatro bispos aos quais o papa retirou a excomunhão -, segundo o meio alemão citado pelos italianos, já teria ordenado vários diáconos.
Embora Fellay já não esteja excomungado, o Vaticano disse há dois dias que tanto ele como os outros três prelados ordenados em 1988 pelo arcebispo Marcel Lefebvre, que causou um cisma na Igreja, continuam suspensos "a divinis" (não podem celebrar missa, nem administrar os sacramentos, nem fazer sermões).
Segundo os observadores vaticanos, as novas manifestações de Abrahamowicz, unidas ao fato de que o bispo Richard Williamson - que negou o Holocausto - ainda não se tenha retratado publicamente como lhe exigiu o papa e as eventuais novas ordenações representam um "forte obstáculo" no caminho para o retorno dos lefebvrianos ao redil.
Fontes vaticanas, por sua parte, não descartam que detrás dessas manifestações se esconda "o desejo" de uma parte dos tradicionalistas de boicotar o retorno à Igreja Católica Apostólica Romana.
Abrahamowicz surgiu na opinião pública no dia 29 de janeiro ao relançar as teses revisionistas sobre o Holocausto feita pelo bispo Williamson ao assegurar que a única coisa segura em relação às câmaras de gás é que foram usadas para desinfetar.
"Não sei se as vítimas morreram pelo gás ou por outros motivos. Não o sei, de verdade. Sei que as câmaras de gás existiram pelo menos para desinfetar, mas não sei dizer se também mataram ou não, já que não aprofundei sobre o tema", disse o sacerdote a um jornal italiano.
Williamson, por sua vez, afirmou que não existiram as câmaras de gás e que apenas cerca de 300.000 judeus e não seis milhões morreram nos campos de concentração nazistas, mas nenhum por gás, o que deixa a situação em pé de guerra com a comunidade judaica, levantando vários protestos de políticos famosos e obrigando o papa a reiterar sua condenação ao Holocausto e aos que o negam. EFE
Fonte: EFE/G1
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL990015-5602,00-LEFEBVRIANO+DIZ+QUE+CONCILIO+VATICANO+II+FOI+UMA+HERESIA.html
Foto: Vaticano, Concílio Vaticano II(1962-1965)
Cidade do Vaticano, 6 fev (EFE).- O chefe dos lefebvrianos no nordeste da Itália, o sacerdote Floriano Abrahamowicz, desafiou a exigência da Santa Sé de que o Concílio Vaticano II seja reconhecido pelo grupo ao afirmar que ele "é uma heresia, uma droga".
"O Concílio Vaticano II foi pior que uma heresia, já que significa tomar uma parte da verdade, fazê-la absoluta e negar o resto. Nesse contexto digo que foi uma droga, a maior", afirmou o sacerdote tradicionalista em declarações ao canal de televisão "Canale Italia".
Dois dias depois de o Vaticano ter endurecido sua postura com os lefebvrianos e ter exigido deles que aceitem o concílio para readmiti-los, e que o bispo que negou o Holocausto se retrate publicamente, as declarações de Abrahamowicz são vistas por observadores do Vaticano como um "desafio aberto" dos tradicionalistas ao papa e à Santa Sé.
Estas declarações foram conhecidas ao mesmo tempo em que - segundo publicou ontem o semanário alemão "Kolner Stadt Anzeiger" - o superior da Fraternidade São Pio X, Bernard Fellay, deve ordenar novos sacerdotes.
Fellay - um dos quatro bispos aos quais o papa retirou a excomunhão -, segundo o meio alemão citado pelos italianos, já teria ordenado vários diáconos.
Embora Fellay já não esteja excomungado, o Vaticano disse há dois dias que tanto ele como os outros três prelados ordenados em 1988 pelo arcebispo Marcel Lefebvre, que causou um cisma na Igreja, continuam suspensos "a divinis" (não podem celebrar missa, nem administrar os sacramentos, nem fazer sermões).
Segundo os observadores vaticanos, as novas manifestações de Abrahamowicz, unidas ao fato de que o bispo Richard Williamson - que negou o Holocausto - ainda não se tenha retratado publicamente como lhe exigiu o papa e as eventuais novas ordenações representam um "forte obstáculo" no caminho para o retorno dos lefebvrianos ao redil.
Fontes vaticanas, por sua parte, não descartam que detrás dessas manifestações se esconda "o desejo" de uma parte dos tradicionalistas de boicotar o retorno à Igreja Católica Apostólica Romana.
Abrahamowicz surgiu na opinião pública no dia 29 de janeiro ao relançar as teses revisionistas sobre o Holocausto feita pelo bispo Williamson ao assegurar que a única coisa segura em relação às câmaras de gás é que foram usadas para desinfetar.
"Não sei se as vítimas morreram pelo gás ou por outros motivos. Não o sei, de verdade. Sei que as câmaras de gás existiram pelo menos para desinfetar, mas não sei dizer se também mataram ou não, já que não aprofundei sobre o tema", disse o sacerdote a um jornal italiano.
Williamson, por sua vez, afirmou que não existiram as câmaras de gás e que apenas cerca de 300.000 judeus e não seis milhões morreram nos campos de concentração nazistas, mas nenhum por gás, o que deixa a situação em pé de guerra com a comunidade judaica, levantando vários protestos de políticos famosos e obrigando o papa a reiterar sua condenação ao Holocausto e aos que o negam. EFE
Fonte: EFE/G1
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL990015-5602,00-LEFEBVRIANO+DIZ+QUE+CONCILIO+VATICANO+II+FOI+UMA+HERESIA.html
Foto: Vaticano, Concílio Vaticano II(1962-1965)
Marcadores:
Abrahamowicz,
antissemitismo,
Bento 16,
Bento XVI,
Concílio Vaticano II,
CVII,
Fraternidade Sacerdotal de S. Pio X,
Itália,
Lefebvre,
lefebvriano,
Negação do Holocausto,
Racismo,
SSPX,
Vaticano
Crise no Vaticano longe do fim, líder italiano da seita de Marcel Lefebvre nega o Holocausto
Sacerdote lefebvriano diz que câmaras de gás foram usadas para desinfetar
Cidade do Vaticano, 29 jan (EFE).- O líder dos lefebvrianos no nordeste da Itália, o sacerdote Floriano Abrahamowicz, voltou a defender hoje as teses revisionistas sobre o Holocausto ao afirmar que a "única coisa certa sobre as câmaras de gás é que foram usadas para desinfetar".
Em meio à polêmica causada pelo bispo britânico Richard Williamson, que acabou de ter sua excomunhão revogada, Abrahamowicz disse hoje ao jornal "La Tribuna" que "junto com a versão oficial (sobre o número de mortos) existe outra baseada nas observações dos primeiros técnicos aliados que entraram nos campos (de extermínio)".
"Não sei se as vítimas morreram pelo gás ou por outros motivos. Não sei, de verdade. Sei que as câmaras de gás existiram pelo menos para desinfetar, mas não sei dizer se também mataram ou não, pois não me aprofundei sobre o tema", declarou.
Sobre a afirmação de terem sido seis milhões os mortos pelos nazistas, o sacerdote disse que "não a coloca em dúvida", que basta que uma pessoa seja assassinada injustamente que já é demais, "é como dizer que um é igual a seis milhões".
"Falar de números não muda nada com relação à essência do genocídio, que é sempre um exagero", acrescentou o sacerdote, que afirmou que estes números "derivam do que o chefe da comunidade judaica alemã disse às tropas anglo-americanas após a libertação".
Segundo ele, o chefe judeu "soltou um número no meio do ardor". O padre se perguntou "como podia saber este número".
Abrahamowicz acrescentou que a crítica que pode ser feita é "sobre o modo como foi administrada a tragédia do Holocausto, à qual se deu uma supremacia em relação a outros genocídios".
"Caso o monsenhor Williamson tivesse negado o genocídio de 1,2 milhão de armênios por turcos os jornais não teriam falado como estão fazendo", declarou Abrahamowicz, que citou também "a ordem dada por Winston Churchill de bombardear Dresden (Alemanha) com fósforo". EFE
Fonte: EFE
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL977441-5602,00-SACERDOTE+LEFEBVRIANO+DIZ+QUE+CAMARAS+DE+GAS+FORAM+USADAS+PARA+DESINFETAR.html
Cidade do Vaticano, 29 jan (EFE).- O líder dos lefebvrianos no nordeste da Itália, o sacerdote Floriano Abrahamowicz, voltou a defender hoje as teses revisionistas sobre o Holocausto ao afirmar que a "única coisa certa sobre as câmaras de gás é que foram usadas para desinfetar".
Em meio à polêmica causada pelo bispo britânico Richard Williamson, que acabou de ter sua excomunhão revogada, Abrahamowicz disse hoje ao jornal "La Tribuna" que "junto com a versão oficial (sobre o número de mortos) existe outra baseada nas observações dos primeiros técnicos aliados que entraram nos campos (de extermínio)".
"Não sei se as vítimas morreram pelo gás ou por outros motivos. Não sei, de verdade. Sei que as câmaras de gás existiram pelo menos para desinfetar, mas não sei dizer se também mataram ou não, pois não me aprofundei sobre o tema", declarou.
Sobre a afirmação de terem sido seis milhões os mortos pelos nazistas, o sacerdote disse que "não a coloca em dúvida", que basta que uma pessoa seja assassinada injustamente que já é demais, "é como dizer que um é igual a seis milhões".
"Falar de números não muda nada com relação à essência do genocídio, que é sempre um exagero", acrescentou o sacerdote, que afirmou que estes números "derivam do que o chefe da comunidade judaica alemã disse às tropas anglo-americanas após a libertação".
Segundo ele, o chefe judeu "soltou um número no meio do ardor". O padre se perguntou "como podia saber este número".
Abrahamowicz acrescentou que a crítica que pode ser feita é "sobre o modo como foi administrada a tragédia do Holocausto, à qual se deu uma supremacia em relação a outros genocídios".
"Caso o monsenhor Williamson tivesse negado o genocídio de 1,2 milhão de armênios por turcos os jornais não teriam falado como estão fazendo", declarou Abrahamowicz, que citou também "a ordem dada por Winston Churchill de bombardear Dresden (Alemanha) com fósforo". EFE
Fonte: EFE
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL977441-5602,00-SACERDOTE+LEFEBVRIANO+DIZ+QUE+CAMARAS+DE+GAS+FORAM+USADAS+PARA+DESINFETAR.html
Assinar:
Postagens (Atom)