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quinta-feira, 3 de abril de 2014

Cordão humano no domingo para "salvar da ruína" casa de Aristides de Sousa Mendes

O objetivo é sensibilizar para o restauro do patrimônio edificado que se encontra perto da ruína total. 03/04/2014 - 11:16

A casa de Aristides de Sousa Mendes está muito degradada Nuno Alexandre Mendes
Um movimento de cidadãos está a preparar para domingo um cordão humano para "salvar da ruína" a Casa do Passal, em Cabanas de Viriato, que pertenceu ao antigo cônsul português Aristides de Sousa Mendes.

Em declarações à agência Lusa, António Gallobar, um dos impulsionadores do movimento de cidadãos que se uniu e formou nas redes sociais, explicou que esta iniciativa surge para "acordar consciências", recordando que "a Casa do Passal continua a desmoronar-se com o tempo".

"Trata-se de um grito dos cidadãos, que pretende dizer que isto não pode continuar a acontecer. A casa de Aristides de Sousa Mendes foi classificada como edifício de interesse público. No entanto, vai caindo aos pedaços", alegou.

Para António Gallobar, concretizar a recuperação da Casa do Passal é a melhor homenagem que pode ser prestada ao antigo cônsul português em Bordéus, durante a Segunda Guerra Mundial, e que resgatou 30 mil pessoas do Holocausto.

"O objetivo é sensibilizar para o restauro do patrimônio edificado que se encontra perto da ruína total, transformando a casa num museu, aproveitando a data em que se comemora a passagem do 60.º aniversário sobre a morte de Aristides de Sousa Mendes", evidenciou.

Para além do cordão humano, para a tarde de domingo, entre as 13h30 e às 17h00, está a ser preparado um conjunto de discursos alusivos à vida e obra do antigo diplomata e ainda uma homenagem com colocação de coroas de flores junto ao seu túmulo, no cemitério de Cabanas de Viriato, no concelho de Carregal do Sal, distrito de Viseu.

"Estimamos que estejam presentes cerca de duas mil pessoas, vindas de vários pontos do país e até do estrangeiro. Contamos ter no evento familiares descendentes directos do cônsul, bem como algumas figuras públicas e órgãos administrativos e de Estado", informou.

António Moncada, neto de Aristides de Sousa Mendes, confirmou que vai marcar presença na iniciativa da sociedade civil, que considera ser "uma prova espontânea de vários cidadãos que têm memória".

O familiar do antigo cônsul de Bordéus realçou que é urgente avançar com as obras na Casa do Passal, lamentando que "a dívida que o Estado tem" com o seu avô esteja a arrastar-se por tanto tempo.

"Mais do que fazer da Casa do Passal um museu, gostaríamos que fosse muito mais do que um lugar para ver fotografias. A ideia é ser também um espaço onde se debatam os direitos humanos", concluiu.

Em Setembro de 2013, foi anunciado que a Casa do Passal iria ser alvo, em breve, de obras de recuperação orçadas em 360 mil euros, para evitar a sua ruína.

Este foi um dos projetos de recuperação de patrimônio apresentados pela Direção Regional de Cultura ao Programa Mais Centro, da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Centro, no âmbito do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN).

Fonte: Público (Portugal)
http://www.publico.pt/local/noticia/cordao-humano-no-domingo-para-salvar-da-ruina-casa-de-aristides-de-sousa-mendes-1630821

sábado, 5 de março de 2011

Viúva de Guimarães Rosa morre aos 102 anos

Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa, viúva do escritor João Guimarães Rosa , morreu na manhã desta sexta-feira de causas naturais, em São Paulo. Aos 102 anos, ela sofria de Mal de Alzheimer.

Aracy ficou imortalizada na literatura brasileira com a dedicatória que o escritor fez a ela no livro "Grande Sertão: Veredas", de 1956, onde dizia: "A Aracy, minha mulher, Ara, pertence esse livro". Aracy e Rosa se conheceram em Hamburgo, Alemanha, às vésperas da Segunda Guerra, quando ambos trabalhavam no consulado brasileiro na cidade. Ela era encarregada da seção de vistos e ajudou centenas de famílias judias a fugirem da Alemanha. Aracy, que teve apenas um filho do primeiro casamento, deixa quatro netos e oito bisnetos.

Ela tem o nome escrito no Jardim dos Justos entre as Nações, no Museu do Holocausto (Yad Vashem), em Israel e também é homenageada no Museu do Holocausto de Washington (EUA).

Segundo informações de uma representante da família, Dona Aracy ficou muito próxima de uma das famílias que ajudou a resgatar da Alemanha. Quando voltaram ao Brasil ela e Maria Margareth Bertel Levy, ou Dona Margarida - como era conhecida, se tornaram quase inseparáveis. A amiga alemã ficou viúva cedo e acabou sendo ´adotada´ pelos Tess. "Quando uma ficava doente, a outra também ficava. Parecia que eles sentiam as mesmas coisas. Em 2003 as duas caíram, uma em casa, outra na rua, e acabaram ficando de cama até hoje", afirmou a fonte.

Dona Margarida faleceu no último dia 21 de falência múltipla dos órgãos e, três dias após o ocorrido, Dona Aracy começou a passar mal e foi internada novamente. De acordo com a representante da família, é evidente que ela não tinha conhecimento do falecimento da amiga, mas é curioso como elas passaram por muitos problemas semelhantes em períodos próximos.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-ministro José Gregori compareceram ao velório, no Hospital Albert Einstein. Aracy já foi cremada no Crematório Horto da Paz. Dona Aracy ia completar 103 anos no dia 20 de abril.

Fonte: Guara Notícias
http://www.guaranoticias.com.br/index.php?i=m&c=2&m=6570

Ver mais:
Morre em SP aos 102 anos a viúva do escritor Guimarães Rosa, Aracy

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Taiwan revela que diplomata salvou centenas de judeus

Um diplomata de Taiwan, Ho Feng-shan, salvou centenas de judeus na Áustria ocupada pelas tropas alemãs durante a Segunda Guerra Mundial, informou hoje o ministério das Relações Exteriores da ilha.

Ho Feng-shan, denominado como o Schindler chinês, desenvolveu uma política de ajuda aos judeus, que havia sido impulsionada pelo então presidente do parlamento de Taiwan, Sun Ke, e referendada pelo generalíssimo Chiang Kai-Shek, adiantou a diplomacia do país.

Documentos descobertos por acaso mostram que a República da China, o nome oficial de Taiwan, foi um dos poucos países do mundo que ajudou os judeus a escapar ao Holocausto nazi durante a Segunda Guerra Mundial, assinalou o diretor do departamento de Assuntos da Ásia Ocidental, Ali Yang.

A República da China, que nessa época controlava a China Continental, concedeu vistos a judeus nas zonas ocupadas pelas tropas de Hitler, mas muitos dos documentos ficaram em território da China quando Chiang Kai-dhek, o seu governo e as suas tropas se refugiaram em Taiwan, depois da derrota frente a Mao Zedong, em 1949.

Os documentos revelados recentemente mostram que Ho, que foi cônsul em Viena entre 1938 e 1940, concedeu vistos a todos os judeus que os requisitaram para facilitar a sua viagem para Xangai.

A iniciativa de Ho a favor dos judeus da Europa só foi tornada pública após a sua morte, em 1997, altura em que a organização judaica Yad Vashem lhe concedeu o título de “Justo entre Nações”.

A mesma honra foi atribuída por esta organização ao diplomata português Aristides de Sousa Mendes, em 1966.

Aristides de Sousa Mendes, que morreu em 1954, ignorou as ordens do Governo de Portugal na época e, enquanto cônsul em Bordéus, França, concedeu, em 1940, vistos a mais de trinta mil refugiados que tentavam escapar ao exército nazi, dos quais 12 mil eram judeus.

* Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Fonte: Agência Lusa/IOnline (Portugal)
http://www.ionline.pt/conteudo/69079-ii-guerra-mundial-taiwan-revela-que-diplomata-salvou-centenas-judeus

sábado, 1 de novembro de 2008

Fundação inter-religiosa pede que João XXIII seja declarado «justo entre as nações»

Declaração de seu fundador, Baruj Tenembaum, representante judeu

BUENOS AIRES, sexta-feira, 31 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- O criador da Fundação Internacional Raoul Wallenberg, Baruj Tenembaum, pediu que João XXIII seja declarado «Justo entre as Nações».

Este título é outorgado a quem salvou judeus durante o Holocausto por Yad Vashem, o Memorial do Holocausto de Israel.

«Se o Papa João XXIII não for declarado ‘Justo entre as Nações’, serão nossos filhos que o consagrarão, já que a figura deste grande personagem da história se agiganta dia a dia», afirma Tenembaum, prestigioso representante judeu e pioneiro mundial do diálogo inter-religioso desde os anos 60.

A declaração de Tenembaum, enviada à Zenit, acontece por ocasião do qüinquagésimo aniversário da eleição do cardeal Angelo Giuseppe Roncalli como sumo pontífice, adotando o nome de João XXIII.

Depois de ter participado, em junho de 2003, de simpósio científico organizado pela Universidade de Bolonha e pela Fundação João XXIII por ocasião do 40º aniversário do falecimento de Angelo Roncalli, o Correio Argentino emitiu um selo postal dedicado à memória do «Papa Bom».

Alguns anos antes, em setembro de 2000, em uma cerimônia na Missão Permanente de Observação do Vaticano nas Nações Unidas e em presença do então secretário de Estado Vaticano, cardeal Angelo Sodano, a Fundação Wallenberg declarou aberta a campanha internacional para o reconhecimento da ação humanitária desenvolvida por Angelo G. Roncalli.

Dom Roncalli, antes de ser Papa, recorda Tenembaum, «intercedeu diante do rei Boris da Bulgária a favor de judeus búlgaros, e diante do governo turco a favor de refugiados judeus que haviam escapado da Turquia».

«Também fez todo o possível para evitar a deportação de judeus gregos. Foi também uma das principais fontes de informação do Vaticano sobre a aniquilação de milhões de judeus da Polônia e da Europa do Leste.»

«Quando cumpriu funções como Delegado Apostólico do Vaticano, em Istambul, em 1944, organizou uma rede de salvação de judeus e outros perseguidos pelo nazismo», acrescenta o fundador.

«Graças às suas ações, milhares de condenados à morte salvaram suas vidas. Sua obra e figura se alinham assim junto a numerosos diplomatas salvadores do Holocausto, como o sueco Raoul Wallenberg, o português Aristides de Sousa Mendes e o turco Salahattin Ulkumen, entre muitos outros», acrescenta.

«Uma nova era nas relações da Igreja Católica com o judaísmo se inaugurou com o pontificado de João XXIII – constata Tenembaum. Tratou-se de uma época marcada pela compreensão e pelo entendimento, depois de séculos de preconceito e perseguição religiosa.»

«As portas do diálogo inter-religioso começaram a abrir-se então e continuaram abertas durante o pontificado do Papa João Paulo II, que costumava dirigir-se aos judeus como ‘os irmãos mais velhos’, que visitou os campos de extermínio do nazismo em sinal de contrição e solidariedade com as vítimas judias e que fez uma peregrinação à Terra Santa, no Estado de Israel.»

A Fundação Wallenberg leva a cabo uma vasta pesquisa histórica destinada a revelar o importante trabalho humanitário levado a cabo por Dom Roncalli.

«O objetivo é dar a conhecer à opinião pública internacional os fatos altruístas e generosos realizados pelo delegado apostólico Roncalli, muito antes de ser consagrado Papa João XXIII, em 28 de outubro de 1958», declara Tenembaum.

Mais informação em http://www.raoulwallenberg.net

Fonte: Zenit(31.10.2008)
http://www.zenit.org/article-19934?l=portuguese

terça-feira, 13 de maio de 2008

Morreu Irena Sendler, polonesa que salvou 2.500 crianças judias

VARSÓVIA (AFP) — Uma das grandes heroínas polonesas da Segunda Guerra Mundial, Irena Sendler, que salvou a 2.500 crianças judias do gueto de Varsóvia, morreu nesta segunda-feira aos 98 anos.

"Morreu hoje", declarou à AFP sua filha, Janina Zgrzembska, sem dar mais detalhes sobre o falecimento da mulher que gostava de recordar que a "educaram a partir da crença de que se deve salvar as pessoas não importa a religião ou nacionalidade".

Nascida em 1910, Irena Sendler foi uma desconhecida durante muitos anos para os poloneses.

O mesmo acontecera com Oskar Schindler, que morreu na pobreza na Alemanha antes da façanha de ter salvo os funcionários judeus de sua fábrica ser levada ao cinema por Steven Spielberg.

Apenas em março de 2007 a Polônia lhe prestou uma homenagem solene e seu nome foi proposto ao prêmio Nobel da Paz.

No entanto, o memorial israelense do Holocausto, o Yad Vashem, lhe entregou em 1965 o título de Justo entre Nações, destinado aos não judeus que salvaram judeus.

Assistente social, Irena Sendler trabalhava antes da guerra com famílias judias pobres de Varsóvia, a primeira metrópole judia da Europa, onde viviam 400.000 dos 3,5 milhões de judeus de toda a Polônia.

A partir do outono de 1940, passou a correr muitos riscos ao fornecer alimentos, roupas e medicamentos aos moradores do gueto instalado pelos nazistas.

No fim do verão de 1942, Irena Sendler se uniu ao movimento de resistência Zegota, (Conselho de Ajuda aos Judeus).

A polonesa conseguiu retirar de maneira clandestina milhares de crianças do gueto e as alojava entre famílias católicas e conventos.

"Fomos testemunhas de cenas infernais quando o pai estava de acordo, mas a mãe não", comentou a um site na internet dedicado a ela ( www.dzieciholocaustu.pl ).

As crianças eram escondidas em maletas e retiradas por bombeiros ou em caminhões de lixo. Em alguns casos chegavam a ser escondidas dentro dos abrigos de pessoas que tinham autorização para entrar no gueto.

Sendler foi presa em sua casa em 20 de outubro de 1943.

Durante o período em que ficou detida no quartel-general de Gestapo, foi torturada pelos nazistas que quebraram seus pés e pernas. Ainda assim, ela não falou nada. Logo depois, foi condenada à morte, mas milagrosamente foi salva quando a conduziam à execução por um oficial alemão que a resistência polonesa conseguiu corromper.

Sendler continuou sua luta clandestina sob uma nova identidade até o final da guerra, trabalhando como supervisora de orfanatos e asilos em seu país.

Nunca se considerou uma heroína. "Continuo com a consciência pesada por ter feito tão pouco", confessou.

Devido ao seu estado de saúde delicado, Irena Sendler não participou da cerimônia que lhe homenageou em 2007, mas enviou uma sobrevivente, salva por ela em um gueto quando bebê, em 1942, para ler uma carta em se nome.

"Convoco todas as pessoas generosas ao amor, à tolerância e à paz, não somente em tempos de guerra, mas também em tempos de paz", escreveu.

Fonte: AFP
http://afp.google.com/article/ALeqM5iRyltOoDRDS2qF0fNtgQTxnb9qPg

quinta-feira, 13 de março de 2008

Diplomata espanhol recebe título por ajudar judeus a escapar do Holocausto

Israel: Diplomata espanhol recebe título por ajudar judeus a escapar do Holocausto

Jerusalém, 12 Mar (Lusa) - O Museu do Holocausto de Jerusalém (Yad Vashem) concedeu a título póstumo o título de "Justo entre as Nações" ao diplomata espanhol Eduardo Propper de Callejón, em reconhecimento pela ajuda que prestou aos judeus que fugiam dos nazis.

Com Propper são quatro os espanhóis distinguidos com esta honra, o mais alto reconhecimento que se dá em Israel aos não nacionais, e que permite solicitar a nacionalidade honorífica israelita também recebida por Oskar Schindler.

Os filhos de Propper, Felipe e Elena, receberam a medalha e o diploma numa emotiva cerimónia realizada no Jardim dos Justos do Yad Vashem.

Com este acto o Museu, máxima autoridade para a memória dos mártires e heróis do Holocausto, considera provado que Proper ajudou um grande número de judeus a escapar para Espanha a partir da França depois da ocupação alemã, em 1940.

Quando as tropas nazis entraram em França e a Embaixada de Espanha em Paris foi fechada, Propper dirigiu-se com a família para Bordéus, onde deparou com o Consulado espanhol encerrado e rodeado de milhares de pessoas que tentavam conseguir um visto para fugir para a península.

"Contra as ordens emanadas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol Propper passou uma semana em Bordéus, assinando vistos para todos os que precisavam de fugir e continuou a fazê-lo quando o consulado foi transferido para Vichy", explicou Avner Shalev, director do Yad Vashem.

Nunca se soube o número exacto de vistos concedidos por Propper, uma vez que os arquivos foram destruídos.

A decisão de Proper valeu-lhe um castigo profissional, tendo sido transferido para um cargo muito menos prestigiado em Larache (Marrocos) e nunca chegou a ser nomeado embaixador.

Também Aristides de Sousa Mendes, cônsul de Portugal em Bordéus, foi reconhecido como um "Justo entre as Nações", por ter salvo milhares de judeus durante as II Guerra Mundial, ao conceder cerca de 30 mil vistos, desobedecendo assim às ordens de Salazar. Forçado a regressar e demitido do cargo viria a morrer na miséria.

Israel distinguiu-o com uma medalha a título póstumo e plantou uma arvore em sua memória na Avenida dos Justos, no Museu do Holocausto em Jerusalém durante uma visita oficial do então ministro dos Negócios Estrangeiros português João de Deus Pinheiro.

Fonte: LUSA(Portugal)
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=332879&visual=26

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