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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Sobre as perdas soviéticas da Segunda Guerra Mundial

Nosso leitor Marko Marjanović de Liubliana (Eslovênia) publicou uma versão atualizada de seu levantamento de perdas humanas da União Soviética na Segunda Guerra Mundial, que podemos ler e baixar a partir deste link.

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2014/08/breaking-down-soviet-world-war-ii-losses.html
Dados adicionais do blog: Crappy Town
Texto: Roberto Muehlenkamp
Título original: Breaking Down Soviet World War II Losses
Tradução: Roberto Lucena
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Complemento: eu ia fazer um post com os dados deste blog Crappy Town cujo autor esloveno comentou no blog Holocaust Controversies, só que acabou não dando pra organizar os textos e links pois poderia ficar confuso se colocar os dados aleatoriamente. Ainda tentarei fazer um post com as tabelas (futuramente), pois há também uma página excelente (não lembro decorado o nome dela) com estimativas de mortos em vários conflitos, incluindo a segunda guerra mundial que cita vários livros e suas estimativas. Eu achei e coloquei esta página com as estimativas ainda no Orkut, na comunidade Segunda Guerra Mundial (a maior), mas como o Orkut chegará ao fim no próximo dia 30 de setembro, o que foi publicado lá virará pó a não ser que o Google libere a consulta ao que foi publicado posteriormente ao fechamento do site, mas eu salvei o link desta página em algum canto.

O Roberto Muehlenkamp colocou as informações no post do HC (blog), e a quem quiser acessar acima, consta a tradução do post original do HC com os links.

O problema das perdas soviéticas (observação do Roberto Muehlenkamp) é o de apurar quais mortes foram ocasionadas pela política genocida nazi, as mortes causadas pela repressão política soviética interna, as por acidentes, a perda de civis, perdas militares etc. É algo colossal, tanto que não existe um consenso fechado (cravado) sobre os mortos na União Soviética até hoje, mas a pesquisa do Marjanović merece ser vista.
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Quem quiser ler o adendo deste post, conferir no link:
Sobre a polarização e radicalização política no Brasil. Adendo do post de perdas soviéticas na Segunda Guerra

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Número de vítimas de Auschwitz-Birkenau de 1940-1945 (tabela)

Número de vítimas em Auschwitz-Birkenau [1] entre 1940-1945.
Tabela.

Grupos de vítimas --




Judeus
Poloneses
Sinti e Roma
Prisioneiros de
guerra soviéticos
Outros
Total

Deportados, passaram --
pela plataforma/rampa,
sem identificação,
foram gaseados

865.000
10.000
2.000

3.000
Sem informação
900.000

Prisioneiros
registrados
que morreram --
no campo

100.000
65.000
19.000

12.000
15.000
200.000

Total




965.000
75.000
21.000

15.000
15.000
1.100.000

[1] O termo 'Auschwitz-Birkenau' significa o complexo de campos formado por Auschwitz I (Campo principal/Administração), Auschwitz II (Birkenau) e Buna/Monowitz e os subcampos (Auschwitz III).

Fonte: Franciszek Piper, Die Zahl der Opfer von Auschwitz. Aufgrund der Quellen und der Erträge der Forschung 1945 bis 1990. Ooewiêcim: Verlag Staatliches Museum Auschwitz-Birkenau, 1993. S. 202.

© Fritz-Bauer-Institut, Frankfurt am Main

Fonte: Fritz-Bauer-Institut; tabela do livro de Franciszek Piper
http://www.hr-online.de/website/static/spezial/auschwitz-prozess/downloads/opferzahlen.pdf
Tradução: Roberto Lucena

Ver mais:
Números do Holocausto - Ciganos (Estimativa do número de mortos)
Números do Holocausto - Estimativa de vítimas judaicas
Números do Holocausto por Raul Hilberg
5 milhões de vítimas não judias? (1ª Parte)
5 milhões de vítimas não judias? (2ª Parte)
Auschwitz e os números de mortos (por Robert Jan Van Pelt)
Número de judeus húngaros gaseados na chegada a Auschwitz
Números de vítimas do Holocausto por país em relação aos números da populaçao de 1937

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Holocausto (fotos) - Valas comuns e corpos (cadáveres) - Parte 3

Esta é a segunda continuação do post com fotos das valas comuns e cadáveres no Holocausto, texto original e fotos do blog Holocausto Controversies. Abaixo vou reproduzir o texto do post que no original coloca todas as fotos de uma só vez. Decidi repartir as fotos em três partes (cada uma com 100 fotos mais ou menos) pois considerei que 300 fotos em um único post poderia saturar de informação quem fosse ver, como também pelo problema do conteúdo chocante das fotos. Segue abaixo a reprodução do texto do post do Holocaust Controversies, a terceira parte das fotos.
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Os arquivos online do site Ghetto Fighters’ House (Casa dos Combatentes do Gueto) foram reconfigurados, quebrando os links de minha antiga coleção de fotos no fórum RODOH.

Portanto, eu reproduzirei essa coleção abaixo até o limite permitido dos meus registros. As legendas das fotos são as que copiei do GFH Archives quando montei esta coleção. Onde eu acho que há imprecisões nas legendas, isto é assinalado.

As imagens podem ser ampliadas clicando sobre elas. Não é necessário dizer que muitas destas fotos são chocantes, por isso se faz necessário advertir pessoas sensíveis sobre o que irão ver.

Fonte: Holocaust Controversies
Texto e fotos: Roberto Muehlenkamp
Mass Graves and Dead Bodies
http://holocaustcontroversies.blogspot.de/2010/10/mass-graves-and-dead-bodies.html
Tradução: Roberto Lucena

Ver: [Parte 1], [Parte 2]

Clique abaixo (canto esquerdo) em LER TODO O TEXTO para ver as fotos e o post inteiro.

Observação: o Roberto Muehlenkamp colocou esta série de fotos em um post único com mais de 300 fotos, eu dividirei o post em 3 pra que haja uma melhor visualização das fotos (muita gente prefere ver seção a seção do que todas de uma vez só). Também não cheguei a uma conclusão sobre se as fotos devem ficar expostas, como no post original do Holocaust Controversies, ou no formato de links pra clicar, por isso (na dúvida) mantenho o formato original do Holocaust Controversies. Irei traduzindo as legendas das fotos aos poucos.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Holocausto (fotos) - Valas comuns e corpos (cadáveres) - Parte 2

Esta é a continuação do post com fotos das valas comuns e cadáveres no Holocausto, texto original do Holocausto Controversies. Abaixo vou reproduzir o texto do post que no post original coloca todas as fotos de uma só vez. Decidi repartir as fotos em três partes (cada uma com 100 fotos mais ou menos) pois considerei que 300 fotos em um único post poderia saturar de informação quem fosse ver, como também pelo problema do conteúdo chocante das fotos. Segue abaixo a reprodução do texto do post do Holocaust Controversies, a segunda parte das fotos.
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Os arquivos online do site Ghetto Fighters’ House (Casa dos Combatentes do Gueto) foram reconfigurados, quebrando os links de minha antiga coleção de fotos no fórum RODOH.

Portanto, eu reproduzirei essa coleção abaixo até o limite permitido dos meus registros. As legendas das fotos são as que copiei do GFH Archives quando montei esta coleção. Onde eu acho que há imprecisões nas legendas, isto é assinalado.

As imagens podem ser ampliadas clicando sobre elas. Não é necessário dizer que muitas destas fotos são chocantes, por isso se faz necessário advertir pessoas sensíveis sobre o que irão ver.

Fonte: Holocaust Controversies
Texto e fotos: Roberto Muehlenkamp
Mass Graves and Dead Bodies
http://holocaustcontroversies.blogspot.de/2010/10/mass-graves-and-dead-bodies.html
Tradução: Roberto Lucena

Ver: [Parte 1], [Parte 3]

Clique abaixo (canto esquerdo) em LER TODO O TEXTO para ver as fotos e o post inteiro.

Observação: o Roberto Muehlenkamp colocou esta série de fotos em um post único com mais de 300 fotos, eu dividirei o post em 3 pra que haja uma melhor visualização das fotos (muita gente prefere ver seção a seção do que todas de uma vez só). Também não cheguei a uma conclusão sobre se as fotos devem ficar expostas, como no post original do Holocaust Controversies, ou no formato de links pra clicar, por isso (na dúvida) mantenho o formato original do Holocaust Controversies. Irei traduzindo as legendas das fotos aos poucos.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Holocausto (fotos) - Valas comuns e corpos (cadáveres) - Parte 1

Os arquivos online do site Ghetto Fighters’ House (Casa dos Combatentes do Gueto) foram reconfigurados, quebrando os links de minha antiga coleção de fotos no fórum RODOH.

Portanto, eu reproduzirei essa coleção abaixo até o limite permitido dos meus registros. As legendas das fotos são as que copiei do GFH Archives quando montei esta coleção. Onde eu acho que há imprecisões nas legendas, isto é assinalado.

As imagens podem ser ampliadas clicando sobre elas. Não é necessário dizer que muitas destas fotos são chocantes, por isso se faz necessário advertir pessoas sensíveis sobre o que irão ver.

Fonte: Holocaust Controversies
Texto e fotos: Roberto Muehlenkamp
Mass Graves and Dead Bodies
http://holocaustcontroversies.blogspot.de/2010/10/mass-graves-and-dead-bodies.html
Tradução: Roberto Lucena

Ver: [Parte 2], [Parte 3]

Clique abaixo (canto esquerdo) em LER TODO O TEXTO para ver as fotos e o post inteiro.

Observação: o Roberto Muehlenkamp colocou esta série de fotos em um post único com mais de 300 fotos, eu dividirei o post em 3 pra que haja uma melhor visualização das fotos (muita gente prefere ver seção a seção do que todas de uma vez só). Também não cheguei a uma conclusão sobre se as fotos devem ficar expostas, como no post original do Holocaust Controversies, ou no formato de links pra clicar, por isso (na dúvida) mantenho o formato original do Holocaust Controversies. Irei traduzindo as legendas das fotos aos poucos.

domingo, 17 de julho de 2011

Jan Gross, autor do livro "Vizinhos": "O nazismo pôs uma categoria de vítimas contra as outras"

Jan Gross, autor do livro "Vizinhos"
que desnudou a verdade dos fatos.
Vizinhos não foi o único livro de Jan T. Gross (Varsóvia, 1947) em provocar uma polêmica em seu país natal. Em 2006, sua investigação Medo. Antissemitismo na Polônia depois de Auschwitz havia contribuído com o debate. Centrado nos pogrons contra judeus uma vez finalizada a Segunda Guerra Mundial, Gross estima que, dos mais de 200 mil que regressaram à Polônia, uns 3000 foram assassinados. Em 2008, as autoridades judiciais polonesas interpretaram o livro Medo à luz do artigo 132 de seu Código Penal, que castigava até com três anos de prisão a quem "publicamente caluniasse a nação polonesa como partícipe, organizadora ou responsável pelos crimes nazis ou comunistas". Um artigo que inclusive foi chamado ironicamente de "Lei Gross", já que foi criada depois da polêmica em torno de "Vizinhos". Os promotores se recusaram a iniciar uma investigação e mais tarde o artigo foi vetado como anticonstitucional. Gross acaba de publicar outro livro irritante para o status quo polonês: Colheita Dourada, sobre o enriquecimento às custas dos judeus assassinados durante o Holocausto.

-Porque você crê que na Polônia não há um sentido de responsabilidade coletiva por esses crimes, sem prejuízo de que seja inegável que os poloneses também foram vítimas do nazismo?

-Na Polônia, a narrativa principal sobre as experiências da Guerra é a vitimização, e é correta, porque a ocupação nazi foi extraordinariamente brutal, especialmente nos países eslavos. Trataram-nos como escravos, para a escala racial nazi eram Untermensch, subumanos. E os judeus estavam na escala mais baixa. O nazismo teve sucesso em pôr uma categoría de vítimas contra a outra, apoiado em um antissemitismo tradicional na Polônia, e por isso seu incentivo em cometer atos como os de Jedwabne funcionou. Isto evidentemente não se adequa com a narrativa heróica dos poloneses, que é também correta: a resistência foi mais elaborada e complexa que qualquer outra na Europa sob ocupação. Como compatibilizar esta narrativa da resistência com o fato de que, quando os nazis de alguma maneira "instigaram" a população a se juntar à espoliação dos judeus, a população se juntou, inclusive até ocasionalmente assassinando-os? É muito difícil de admitir. Por outro lado, há que reconhecer que a Polônia é o único país do Leste Europeu em aceitar esta discussão. A população de outros países do leste se comportou em relação a seus judeus de maneira parecida ou inclusive pior, e lá não há uma intervenção historiográfica para discutir esta questão.

-Qual reflexão lhe inspira o 70° aniversário do massacre de Jedwabne?

-A Polônia é muito diferente agora que há dez anos atrás, creio que há uma maior consciência entre os historiadores, mas também em outros seguimentos da sociedade, de que as relações entre poloneses e judeus durante a Segunda Guerra não foram o que deveriam ter sido. Não há muito mais que fazer, exceto refletir e guardar algum tipo de luto pela morte de tantos compatriotas que nunca tiveram um duelo apropiado. E espero que, à medida que histórias como esta venham à luz e sejam melhor entendidas, que sejam reconhecidas como parte central da história polonesa: não como algo que se passou com "os judeus", senão com toda a população.

Fonte: lanacion.com(Argentina)
http://www.lanacion.com.ar/1389900-el-nazismo-puso-a-una-categoria-de-victimas-en-contra-de-la-otra
Tradução: Roberto Lucena

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

No Parlamento alemão, cigano lembra o "Holocausto esquecido"

O cigano holandês Zoni Weisz, sobrevivente do
Holocausto, discursa no Parlamento alemão. Foto: AFP
O cigano holandês Zoni Weisz foi nesta quinta-feira o principal orador no Bundestag, Parlamento alemão, na comemoração da libertação do campo de concentração nazista de Auschwitz há 66 anos no dia em que a Alemanha presta homenagem às vítimas do Holocausto.

Seu discurso foi dedicado antes de tudo a lembrar o que ele classificou como "o Holocausto esquecido", em alusão ao cerca de 500 mil de Sinti e Roma, as grandes famílias de ciganos centro-europeus, vítimas da máquina nazista.

O Holocausto dos ciganos só começou a ser alvo de pesquisa histórica há pouco, lembrou Weisz, quem sobreviveu à perseguição nazista devido a uma série de casualidades.

Em 16 de maio de 1944, em uma série de batida policial, seus pais e irmãos, que viviam na pequena cidade holandesa de Zutphen, foram detidos pelas forças de ocupação nazistas.

Zoni Weisz, com sete anos, não foi detido porque estava de visita na casa de uma tia fora da cidade, mas posteriormente os nazistas o encontraram, e com outras nove pessoas.

No caminho a Auschwitz, em uma estação onde deviam mudar de trem, um policial holandês ajudou-o a ele e a seus companheiros a fugir.

Weisz sobreviveu no último ano da ocupação escondido e no final da guerra soube que seus pais e seus irmãos haviam morrido no campo de concentração.

Apesar de Weisz garantir que sua família foi normal e feliz até 1944, ressaltou que a perseguição dos ciganos havia começado muito antes da chegada ao poder dos nazistas e que em muitos países europeus ainda não terminou.

"Apesar dos 500 mil provenientes de Sinti e Roma assassinados pelo nazismo, a sociedade não aprendeu nada disso. Caso contrário, agora teria um comportamento mais responsável em direção a nós", disse Weisz.

"Somos europeus e devemos ter os mesmos direitos que os outros", acrescentou o sobrevivente do Holocausto.

Ressaltou que resulta especialmente preocupante que em países como na Bulgária e Romênia os Sinti e Roma tenham que seguir levando uma existência indigna.

Na Hungria, segundo Weisz, a minoria cigana é perseguida abertamente por ultradireitistas com uniformes negros e em outros países da Europa Oriental existem restaurantes com letreiros que dizem "Proibida entrada de ciganos".

O presidente do Bundestag, Norbert Lammert, ressaltou que os ciganos seguem sendo "a minoria maior e mais discriminada na Europa".

Fonte: EFE
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4913989-EI8142,00-No+Parlamento+alemao+cigano+lembra+o+Holocausto+esquecido.html

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Yad Vashem anuncia identificação de 4 milhões de vítimas do Holocausto

JERUSALÉM — O museu do Holocausto de Israel (Yad Vashem) anunciou nesta terça-feira ter conseguido identificar dois terços dos seis milhões de judeus assassinados no genocídio nazista.

"Na última década, conseguimos acrescentar cerca de 1,5 milhões de nomes de vítimas ao banco de dados", indicou em um comunicado Avner Shalev, presidente do Yad Vashem, destacando que a listagem possui agora 4 milhões de nomes.

"Os alemães buscaram não apenas destruir os judeus, mas também apagar qualquer memória deles", estimou Shalev.

"Uma das principais missões do Yad Vashem desde sua fundação - a recuperação do nome e da história de cada vítima do Holocausto - resultou em esforços incansáveis para resgatar os nomes e identidades dos seis milhões de judeus mortos pelos nazistas e seus cúmplices, tanto quanto possível", destacou.

De acordo com o museu, 2,2 milhões de nomes foram registrados através de depoimentos de amigos e familiares das vítimas, enquanto o resto foi apurado através de arquivos e da pesquisa de historiadores.

Entretanto, mais de dois milhões de nomes continuam perdidos, e encontrá-los é particularmente problemático em países do Leste europeu e da ex-União Soviética, além da Grécia, onde não há registros oficiais das comunidades judaicas ou das deportações.

Fonte: AFP
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5idP9B-9XbnajxdlblB-KeswDXl7w?docId=CNG.c1a215e9fdd51fb04e4cdd4bfa1102e2.371

terça-feira, 21 de abril de 2009

Nazismo versus humanismo

Nazismo versus humanismo, por Henry Chmelnitsky*

A memória do genocídio nazista contra os judeus, os ciganos, os opositores políticos e outros grupos sociais e religiosos tornou-se agora um campo de disputa. Com o passar do tempo, a recordação daqueles eventos já não tem a força que a dor viva dos testemunhos dos sobreviventes propiciava. O que era simples memória tornou-se história. Em decorrência, aumenta o esquecimento. Recordar obriga, hoje, a um desgaste mais cognitivo do que emocional. Hoje já não são os vivos que falam. São os livros que dão voz aos mortos. Em decorrência, as novas gerações leem aquelas ocorrências como tarefa escolar. E, como sempre ocorre nestas situações traumáticas, com o passar do tempo aumenta o espaço para reinterpretações e releituras. Assim, o que era simples e cristalino torna-se opaco. As vítimas do assassinato tornam-se agora também vítimas da pena e da retórica. Não raro, os criminosos são desculpados. O ato criminoso amenizado. A dor que as novas gerações sentem em terem de fazer algo com esta dura recordação é perturbadora. Os filhos, netos e bisnetos das vítimas e dos assassinos têm isso em comum. O patrimônio que herdaram da história lhes dói na alma.

Cabe por isso dizer: neste dia da recordação e honra à memória das vítimas do Holocausto, não se deseja nem a revanche nem a ruminação. Recordar não é revidar. Não se deseja nesta data condenar as novas gerações a assumirem a responsabilidade por atos cometidos no passado. O que se deseja nesta data é ensinar a não vulgarizar a barbárie. O que se quer nesta data é evitar que se minimize a maldade.

O nazismo nasceu no berço do humanismo alemão. Esta é a dura verdade. O mal parece estar sempre à espreita, mesmo ali onde proliferam a boa vontade e o sonho por um novo mundo. Esta luta entre estas duas tendências parece não ter fim. Cabe por isso dizer, o genocídio dos judeus e dos demais grupos, que tanto horrorizou a humanidade, não é um problema das vítimas. Elas recordam não porque estejam preocupadas com nova perseguição, porque almejam acerto de conta, porque aspiram cultivar o espírito de culpa do mundo ocidental. Elas recordam porque querem dizer que todos são suscetíveis a repetirem a história. Construir um novo mundo depende em boa medida da capacidade de aprender algo desta fragilidade da alma humana.

*Presidente da Federação Israelita do Rio Grande do Sul

Fonte: Zero Hora
http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2483183.xml&template=3898.dwt&edition=12157§ion=1012

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A Novela Williamson: Vaticano rejeita pedido de desculpas de bispo britânico

O Vaticano rejeitou o pedido de desculpas feito pelo bispo britânico Richard Williamson, que havia se negado a reconhecer em uma entrevista no ano passado a extensão total do Holocausto - a eliminação sistemática de milhões de judeus pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial.

A Igreja afirmou que o bispo tem de voltar atrás em seus comentários de forma "inequívoca e pública". Em carta publicada na quinta-feira, Williamson disse que - se soubesse das consequências que suas afirmações teriam - não teria feito a declaração.

O bispo afirmou que suas opiniões foram formadas "há 20 anos, com base nas informações disponíveis na época".

O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, afirmou, no entanto, que o bispo "parece não respeitar as condições" impostas pela Igreja após ele ter feito os comentários sobre o Holocausto.

Pedido 'ambíguo'

Antes da reação do Vaticano, líderes judeus já haviam afirmado que o bispo não esclareceu no pedido de desculpas se acredita ou não que o Holocausto é uma mentira.

Segundo o presidente das Comunidades Judaicas da Itália, Renzo Gattegna, a justificativa de Williamson foi "absolutamente ambígua".

O rabino Marvin Hier, fundador e reitor do Centro Simon Wiesenthal, de Los Angeles, disse que a declaração do bispo "não é o tipo de justificativa que encerra o assunto" porque não aborda a questão principal.

A polêmica começou após a excomunhão do bispo pela Igreja Católica ter sido suspensa pelo papa Bento 16 em janeiro deste ano.

De acordo com líderes da Igreja, na época o papa não tinha sido informado sobre uma entrevista concedida pelo bispo a um programa de televisão sueco em novembro do ano passado.

Durante a entrevista, Williamson contestou a informação de que 6 milhões de judeus foram mortos pelos nazistas e disse que nenhum deles morreu em câmaras de gás. Desde então, o papa tem pedido que Williamson volte atrás em suas afirmações.

Consequências

Na carta publicada na quinta-feira no site da Fraternidade Sacerdotal Pio X, congregação da qual faz parte, Williamson disse que seu superior, o bispo Bernard Fellay, e o papa exigiram que ele reconsiderasse as declarações que fez à televisão sueca porque "suas consequências foram muito graves".

"Observando essas consequências, posso lamentar honestamente ter feito essas declarações e, se eu soubesse antes os danos que elas poderiam gerar, especialmente à Igreja, mas também aos sobreviventes e parentes das vítimas de injustiça sob o Terceiro Reich, eu não as teria feito."

"Na televisão sueca, eu dei apenas uma opinião, de um não-historiador, uma opinião formada há 20 anos com base nas provas disponíveis na época", acrescentou o bispo britânico.

"No entanto, os eventos das últimas semanas e os conselhos dos membros superiores da Fraternidade Sacerdotal Pio 10° me convenceram sobre minha responsabilidade por todo sofrimento causado. A todas as almas que se escandalizaram com o que eu disse antes, peço desculpas."

O especialista em assuntos religiosos da BBC, Robert Pigott, diz que o pedido de desculpas não chega a negar completamente as afirmações que o bispo fez à televisão sueca.

Williamson foi um dos quatro bispos ultraconservadores de sua congregação que teve a excomunhão suspensa pelo papa Bento 16 por motivos que não têm relação com a polêmica em torno do Holocausto.

O bispo retornou à Grã-Bretanha após ter sido expulso da Argentina nesta semana por esconder "os verdadeiros motivos de sua permanência no país".

Fonte: BBC Brasil
http://www.bbc.co.uk/portuguese/lg/noticias/2009/02/090227_vaticano_bispo_aw.shtml

Comentário: em breve, 'cenas dos próximos capítulos'...

Judeus rejeitam desculpa de bispo que nega Holocausto

Richard Williamson se retratou após ter sido expulso da Argentina e voltar para o Reino Unido

(Foto)Williason, na chegada ao Reino Unido, nesta semana

- O Conselho Central dos Judeus na Alemanha rejeitou hoje as desculpas do bispo Richard Williamson e exige uma clara retratação de suas declarações, segundo as quais durante o Nazismo só teriam morrido cerca de 300 mil judeus.

"Williamson não se retratou de suas teses mentirosas sobre o Holocausto. Só lamentou que o que disse tenha gerado tanta polêmica", disse o vice-presidente do Conselho Central, Dieter Graumann, em declarações publicadas hoje pelo jornal "Handelsblatt".

Graumann também se mostrou indignado com a explicação de Williamson, que disse que sua negação ao Holocausto teria se baseado em informações de duas décadas atrás. "Como se há 20 anos o Holocausto tivesse estado em dúvida", questionou.

Ele, além disso, voltou a criticar o papa Bento XVI por ter revogado a excomunhão que pesava sobre Williamson e outros três bispos ultraconservadores seguidores do francês Marcel Lefebvre.

"O equívoco fatal do Vaticano segue tendo, infelizmente, vigência", disse Graumann.

A negação do Holocausto por parte de Williamson produziu indignação geral e várias críticas a Bento XVI e, sobretudo, ao Vaticano, pela reabilitação do bispo. Na Alemanha, negar o Holocausto é crime.

Fonte: EFE/Estadão
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,judeus-rejeitam-desculpa-de-bispo-que-nega-holocausto,330726,0.htm

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Bispo que negou o Holocausto pede perdão, diz agência católica

Britânico disse que deu apenas uma opinião sobre fato histórico. Ele pediu perdão à Igreja e aos sobreviventes e parentes de vítimas.

Do G1, com agências internacionais

O bispo britânico Richard Williamson pediu nesta quinta-feira (26) perdão a "Deus e ao papa" por ter negado a magnitude do Holocausto, segundo a agência católica de notícias Zenit.

O perdão foi pedido em uma carta, depois do regresso de Williamson à Inglaterra, ocorrido na quarta-feira. A polêmica sobre o Holocausto levou-o a ser expulso da Argentina, onde morava e trabalhava, pelo governo daquele país.

Foto: AFP
O bispo Richard Williamson chega ao aeroporto londrino de Heathrow nesta quarta-feira (25). (Foto: AFP)

"A todas as almas que ficaram honestamente escandalizadas pelo que eu disse, ante Deus, lhes peço perdão" diz ele na carta. "O Santo Padre e meu superior, o bispo Bernard Fellay, pediram que eu reconsidere as declarações que fiz em um canal de televisão da Suécia há quatro meses, pois suas consequências foram muito fortes."

"Ao observar estas consequências, posso dizer verdadeiramente que lamento ter feito estas declarações, e que se tivesse sabido com antecipação todo o dano e as feridas que provocariam, especialmente à Igreja, mas também aos sobreviventes e entes queridos das vítimas das injustiças sobre o Terceiro Reich, não as teria feito", disse.

O bispo ultraconservador, de 68 anos, também diz na correspondência que limitou-se a "dar uma opinião de uma pessoa que não é historiador".

Richard Williamson declarou em uma entrevista a um canal sueco de TV: "Penso que não existiram câmaras de gás (...) Acredito que de 200 mil a 300 mil judeus morreram nos campos de concentração, mas nenhum na câmaras de gás". A entrevista, gravada em novembro de 2008, foi ao ar em janeiro de 2009, dando início à polêmica.

Em 12 de fevereiro, o papa Bento XVI, em uma referência indireta ao caso, afirmou que "está claro que toda negação ou amenização deste terrível crime (Holocausto) é intolerável e, ao mesmo tempo, inaceitável".

Fonte: G1/Agências Internacionais
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1019328-5602,00-BISPO+QUE+NEGOU+O+HOLOCAUSTO+PEDE+PERDAO+DIZ+AGENCIA+CATOLICA.html

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Primeira visita a Israel da sobrinha neta de Goering

Trauma. Holocausto levou-a a ser operada para não ter filhos

Primeira visita a Israel da sobrinha neta de Goering

"Não queria trazer monstros ao mundo. Temia ter em mim a maldita semente da dinastia Goering", disse Bettina Goering. Em entrevista ao diário israelita Yediot Aharonot, acrescentou: "Ser uma Goering é uma herança muito pesada."

Bettina, de 52 anos, é neta do irmão de Hermann Goering e prepara-se para realizar a sua primeira visita a Israel, onde irá participar no Festival de Cinema Judaico. Entre os vários filmes está um documentário de Cynthia Connop, que segue os encontros entre Bettina e a artista judia Ruth Rich, cuja família desapareceu nos campos de extermínio nazi.

A sobrinha-neta do homem que, em 1939, foi indicado como legítimo sucessor de Adolf Hitler, conta como sentiu "vergonha e culpa" ao descobrir que o nome da sua família estava associado ao Holocausto - um sentimento que a levou, aos 13 anos, a consumir drogas e aos 30 a ser operada para não ter filhos. Surpreende-a que os judeus que encontra na América Latina não a odeiem por ser uma Goering, mas sente-se muito mal quando descobre que o judeu com quem acaba de "fazer amor" é um sobrevivente do Holocausto, com um "número tatuado no braço".

Hoje, Bettina vive em Santa Fé, entre duas famílias judias que se odeiam e que ela tenta aproximar; trabalha com Ruth sobre o trauma do silêncio. Das vítimas e algozes.

Lumena Raposo

Fonte: Diário de Notícias(Portugal)
http://dn.sapo.pt/2008/10/24/internacional/primeira_visita_a_israel_sobrinha_ne.html

terça-feira, 15 de julho de 2008

Médicos assumem culpa por esterilizações no nazismo

Os especialistas em genética humana assumiram responsabilidade no programa de esterilizações forçadas e eutanásia realizado durante o nazismo em incapacitados e pessoas com doenças hereditárias.

A Sociedade Alemã de Genética Humana reconheceu hoje o "grave erro" do coletivo durante o nazismo pela denominada Lei para a Prevenção de Doenças Hereditárias, emitida em 14 de julho de 1933, meses após a chegada de Hitler ao poder.

Os médicos participaram, então, tanto da elaboração da lei como da posterior aplicação, o que levou à esterilização forçosa de 400 mil pessoas, muitas das quais foram, depois, vítimas do programa da eutanásia.

"O proceder dos geneticistas então é incompreensível e injustificável com os conhecimentos que na época se tinha sobre a genética e a biologia", apontou a sociedade, em comunicado emitido hoje, na abertura do Congresso Internacional de Genética em Berlim.

A lei emitida durante o nazismo pretendia impedir, através da esterilização, que tivessem filhos pessoas teoricamente portadoras de doenças hereditárias, consideração na qual entravam tanto epilépticos quanto incapacitados psíquicos.

O programa de esterilização à força foi a ante-sala do da eutanásia em massa, que entrou em vigor pouco depois e do qual 200 mil pessoas foram vítimas.

Fonte: EFE
http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI3007678-EI8142,00.html

sábado, 10 de maio de 2008

Arquivo de vítimas do nazismo é aberto para pesquisa

BERLIM - Pela primeira vez, os segredos do nazismo que estão escondidos há décadas, foram finalmente abertos ao público que desejem consultá-lo nesta quarta-feira. Os 30 milhões de Arquivos de Bad Arolsen contém documentos sobre 17,5 milhões de pessoas que foram perseguidas pelos nazistas. O arquivo ficou fechado durante seis décadas.

As atas que estão no arquivo, caso fossem colocadas em fila, formariam uma fileira de papel de 25 km.

Nos documentos os nazistas registraram minuciosamente o destino de suas vítimas nos campos de concentração e também registraram informações como a hora exata do fuzilamento de alguns prisioneiros, se havia doenças hereditárias em sua família, testes médicos aos quais eram submetidos e se eram acusados de serem homossexuais.

Entre o material arquivado há nomes das pessoas incluídas na famosa lista de Oskar Schindler (1908-1974), por meio da qual 1.200 judeus tiveram suas vidas salvas. Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), um acordo entre os 11 países que criaram o arquivo limitou o acesso ao mesmo a pessoas que tivessem sido vítimas dos nazistas ou que tiveram parentes perseguidos, com o objetivo de proteger a privacidade dos mesmos.

Em maio de 2007, foi feito um acordo que permitiu a abertura do arquivo para pesquisas. Com esta decisão, os pesquisadores têm agora acesso a milhões de documentos que permitem reconstruir aspectos da máquina de extermínio dos nazistas e os destinos de vítimas.

As pessoas que quiserem pesquisar os arquivos têm que apresentar uma solicitação através de um formulário online disponível no site www.its-arolsen.org .

Fonte: JB Online(30.04.2008)
Com informações de agências internacionais e International Tracing Service at Bad Arolse - ITS
http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/04/30/e300415237.html

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Pedras de tropeço

"Pedras de tropeço" para não esquecer vítimas do Holocausto

Vítimas do nazismo são lembradas numa calçada em Colônia

Em várias cidades alemãs continuam sendo colocadas as "pedras de tropeço", uma iniciativa do artista alemão Gunter Demnig. Ao todo, já há mais de 13,5 mil marcos em quatro países, lembrando as vítimas do Holocausto.

"Aqui morou" – um ser humano, um nome, uma data de nascimento. E o seu destino: a data da sua deportação, geralmente para um campo de concentração. Na placa de latão pregada numa pedra de concreto de 10x10cm não há espaço para mais. E mais não é necessário. Porque é precisamente esta a intenção do projeto de Gunter Demnig: "As pedras são colocadas diante dos últimos locais onde as vítimas do Holocausto residiram por vontade própria".

Quem passa por elas não tropeça literalmente, como o nome faz pensar, mas se depara "com a memória e o coração", diz o artista plástico Gunter Demnig, o iniciador das pedras de tropeço, as Stolpersteine.

Estampar o nome é reviver a memória

Gunter Demnig em sua oficina.

Em 1993, Demnig teve a idéia de homenagear as mil pessoas das etnias dos sintos e rom que haviam sido deportadas a partir de Colônia em apenas um dia. Com o tempo, o artista fixou placas em metal com a inscrição "1940: 1000 Rom e Sintos”, em vários pontos, marcando o caminho das casas das vítimas até o bairro de Deutz, em Colônia.

Uma senhora que passou por ele uma vez disse-lhe que naquela parte da cidade nunca haviam vivido sintos ou rom. Aí ficou claro para Demnig: tanto as pessoas dessas etnias como judeus, vítimas da perseguição nazista, haviam se integrado de tal forma na sociedade local que a vizinhança não se apercebera das suas origens.

Até Hitler subir ao poder na Alemanha, em 1933, a etnia de uns e as crenças de outros não haviam importado. E aí ficou claro para Demnig: Auschwitz e os outros campos de concentração eram o destino das vítimas. Mas o início desse fim estava ali, aos olhos de todos, às suas portas, nas suas casas.

“É no caminho diário de quem por aqui passa que se deve trazer à memória a tragédia que se viveu entre 1933 e 1945.” Porque as calçadas das ruas ninguém pode contornar. E lá estão elas, em tantas ruas, à frente de casas, ou lá onde antes havia casas, as pedrinhas de cor dourada, incorporadas no solo, marcam “aqui morou” alguém.

Curvar-se diante das vítimas

Demnig enfrenta ainda hoje alguns obstáculos para dar continuidade à colocação das suas pedras nas calçadas. A presidente da comunidade judaica de Munique, por exemplo, vê as esculturas como atração para neonazistas e motivo para abusos perante as vítimas. Para Demnig “são argumentos falsos e injustos” – já que, para ver a pedra e ler o que lá está escrito, “é preciso curvar-se perante cada nome”.

A idéia em que as “pedras de tropeço” se assentam é precisamente a de polir a memória ao se passar por cima delas: enquanto aquelas que estão em locais mais isolados oxidam, as que se encontram em ruas movimentadas brilham e o seu texto mantém-se legível.

Começar por algum lado…

Não é possível atribuir um número total exato à quantidade de vítimas do nazismo. A estimativa é de que tenha rondado os seis milhões. “Seis milhões de pedras você não vai conseguir colocar. Mas pode começar!”, foi o incentivo que Gunter Demnig recebeu de um padre no início do seu projeto. E Demnig pôs mãos à obra – literalmente.

As primeiras pedras foram colocadas em Berlim, ainda que ilegalmente. Só mais tarde viria a luz verde para avançar. Depois foi a vez de Colônia e, desde 2000, o projeto flui. As pedras de tropeço custam 95 euros e são financiadas por doações e apadrinhamentos, normalmente por escolas ou associações. Hoje, elas podem ser vistas em cerca de 300 localidades na Alemanha, 11 na Áustria, 13 na Hungria e, desde o final de novembro, na Holanda, o primeiro país a oeste da Alemanha a participar do projeto.

Marta Barroso

Fonte: Deutsche Welle(Alemanha, 12.12.2007)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,3001116,00.html

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 2

2 - Que evidências existem de que os nazistas NÃO mataram seis milhões de judeus?


Traduzido por Leo Gott

O IHR diz:

Um grande número de provas forenses, demográficas, analíticas e comparativas que demonstram a impossibilidade deste número. Este número de “seis milhões” que é constantemente repetido constantemente repetido é um exagero irresponsável.


Nizkor responde:

Em primeiro lugar: na resposta a esta pergunta os “revisionistas” afirmam possuir "um grande número de provas" para demonstrar que algo não ocorreu. E com freqüência os negadores do Holocausto dizem que não têm que provar nada porque, como eles mesmo dizem, "é impossível demonstrar uma proposição negativa".

Greg Raven disse em pelo menos duas vezes: uma implicitamente, e outra explicitamente:

(...)

As "provas forenses" são talvez uma referência ao fraudulento "Relatório Leuchter" que se encontra no site Nizkor em análise detalhada. (Colocaremos aqui o link para a tradução da análise do Nizkor).

E quais são estas "provas demográficas"? Não disseram na Pergunta1 que "não existe nenhuma estatística demográfica credível"? Outra contradição do IHR com ele mesmo.

"Provas analíticas e comparativas" poderiam significar qualquer coisa. Convidamos qualquer "revisionista" para que nos explique o que significa isto e que apresente alguma destas provas, e prometemos transcrever nesta página.

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