Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Bento 16 removeu efetivamente nesta quarta-feira um funcionário do Vaticano amplamente responsabilizado por uma controvérsia envolvendo um bispo que negou o Holocausto.
O cardeal Darío Castrillón Hoyos era presidente do departamento do Vaticano criado 20 anos atrás para buscar uma reaproximação com um grupo dissidente ultraconservador ligado ao escândalo de negação do Holocausto, que emergiu em janeiro.
O papa colocou agora esse departamento, conhecido como Ecclesia Dei (Igreja de Deus), sob o controle do departamento de doutrina do Vaticano - a Congregação pela Doutrina da Fé - e nomeou o cardeal norte-americano Joseph Levada para presidi-lo.
O departamento Ecclesia Dei foi amplamente responsabilizado pelo ultraje internacional resultante da decisão do papa de remover a excomunhão de quatro bispos da tradicionalista Sociedade de São Pio 10 (SSPX).
Ao remover a excomunhão, o papa estava tentando pôr fim a uma disputa de 20 anos, iniciada quando os bispos foram punidos por terem sido ordenados sem a permissão do papa João Paulo 2o.
Um dos bispos, Richard Williamson, disse em entrevista acreditar que não existiram câmaras de gás e não mais do que 300.000 judeus pereceram em campos de concentração nazistas, em vez do total de 6 milhões afirmado pelos historiadores.
O bispo britânico já havia feito comentários semelhantes antes - boa parte deles disponíveis na Internet - e Castrillón Hoyos foi criticado por não ter examinado o caso dele adequadamente e previsto a reação que se seguiria.
Na época do escândalo, o Vaticano informou que o papa não sabia dessas declarações de Williamson e o próprio Bento 16 admitiu, em uma carta a bispos, que a Igreja tinha de aprender a usar apropriadamente a Internet.
Os comentários de Williamson e a decisão do papa de remover sua excomunhão causaram uma profunda fissura nas relações católico-judaicas. A medida foi condenada por sobreviventes do Holocausto, católicos, o chefe do Rabinato de Israel, líderes judaicos em todo o mundo e a chanceler (primeira-ministra) da Alemanha, Angela Merkel.
Fonte: Reuters/Brasil Online
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/07/08/papa-remove-cardeal-responsabilizado-por-crise-sobre-holocausto-756728214.asp
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quarta-feira, 8 de julho de 2009
segunda-feira, 23 de março de 2009
O Holocausto e o negacionismo("revisionismo")
O Holocausto e o negacionismo - as metas cinistras do "revisionismo" na luta pela reabilitação do nazismo
La vuelta al mundo
O Holocausto e o negacionismo
Rogelio Alaniz
O bispo lefebvriano Richard Williamson pediu desculpas. Contudo, até o próprio Vaticano considerou que as desculpas foram incompletas, entre outras coisas porque não diziam uma palavra acerca de suas afirmações sobre a inexistência do Holocausto. Williamson seguramente foi pressionado por seus superiores para que arrume a desavença, entre outras coisas porque os lefebvrianos são os mais interessados em voltar ao seio da Igreja Católica e não querem deixar passar essa oportunidade que consideram um tema do passado.
Williamson não está só em sua igreja e muito menos no ambiente onde ele se movimenta com muita comodidade, quer dizer, a ultradireita política e religiosa, corrente ideológica que nos pontos mais diferentes do mundo sustenta que o Holocausto não existiu e que mais que uma realidade foi um invenção dos judeus para financiar o Estado de Israel, para continuar desenvolvendo sua estratégia de domínio do mundo tal como estabelecem “Os protocolos dos Sábios de Sião”, libelo publicado por sua vez pela polícia do Czar russo para legitimar os pogroms contra os judeus.
Na Igreja Católica e no cristianismo em geral, o tema do antissemitismo está oficialmente superado e poderia se dizer sem exagerar que a maioria dos sacerdotes e pastores condenam sinceramente o Holocausto e lamentam a tragédia sofrida pelo povo judeu. Nas margens dessas igrejas todavia pululam fundamentalistas de diversas matrizes que seguem crendo com fé de fanáticos que os judeus são um povo deicida, os responsáveis da crucificação de Cristo, e que durante séculos se dedicaram a sequestrar crianças para lhes extrair o sangue com o qual amassavam o pão pascoal.
Os argumentos podem parecer delirantes, na realidade o são, mas circulam como moeda muito bem cotada entre os setores cristãos de extrema-direita. Posicionados nesse lugar, em nada lhe deveriam chamar a atenção o fato de considerarem que o Holocausto não existiu ou que é mais uma campanha publicitária instrumentada por um povo pérfido e deicida.
Nos Estados Unidos, a principal espada do negacionismo é o senhor David Duke, militante da Ku Klux Klan e antissemita confesso. Na Europa, o conhecido direitista francês Jean Marie Le Pen é um dos políticos que com mais entusiasmo nega o Holocausto. Algo parecido fazia Jörg Haider na Áustria. Posições semelhantes sustentam os ultradireitistas ingleses, poloneses e alemães. Nos últimos tempos, a variante do ultradireitismo tem se somado à correntes da ultraesquerda.
Roger Garaudy, um reconhecido comunista francês de outros tempos, um intelectual que polemizou mão a mão com Sartre e Jeanson em defesa do marxismo e que hoje tem passado com armas e bagagens as trincheiras do Islã, dedica os anos de sua velhice a disparatar contra os judeus e negar o Holocausto. No Irã, posições parecidas sustentam o senhor Ahmadinejad, o primeiro-ministro que não só nega o Holocausto como também promete a destruição do Estado de Israel.
Numerosos historiadores tem dado letra à ultradireita neste tema. O mais importante é David Irving, historiador inglês que acaba de cumprir uma condenação judicial depois de haver perdido um julgamento contra uma historiadora dos Estados Unidos. Na ocasião, esta historiadora demonstrou a deliberada manipulação dos documentos.
Irving é o historiador profissional mais reconhecido pelo que se conhece como "revisionismo" histórico. Não é o único e nem sequer o mais sério, mas seus livros vendem como pão quente nos ambientes de extrema-direita, e uma de suas fontes de renda econômica são precisamente as conferências que dá em diferentes capitais da Europa, divulgando suas teses a aguerridas plateias antissemitas.
No geral, os negacionistas não negam que na guerra houve excessos e que os judeus foram perseguidos em alguns lugares. O que se propõem é reduzir ao mínimo essas perseguições e “normalizá-las”, em outras palavras, considerá-las como habituais em qualquer guerra. Irving concretamente - e esta é seguramente a fonte de Williamson - considera que houve algo em torno de 300.00 judeus mortos na guerra, uma cifra que nada teria a ver com os seis milhões que denunciam os organismos internacionais.
A operação política é clara: o que se pretende é persuadir a opinião pública de que o sucedido é o que habitualmente ocorre em todas as guerras. Os nazis portanto não teriam sido exceção. É verdade que cometeram excessos, não muito diferentes dos que cometeram os Aliados bombardeando Dresden, Hamburgo, Berlim ou jogando uma bomba atômica em Hiroshima ou massacrando os prisioneiros em Katyn. O único problema dos nazis - dizem com um toque de cinismo - é que perderam a guerra, porque se a houvessem ganho seriam eles os heróis e os criminosos seriam os aliados.
Cínico ou perverso, o argumento é uma peça de luxo do senso comum. Distraída, dona Rosa poderia ler o texto e crer nele ao pé da letra. Acaso na guerra não se mata e se morre? Acaso não há vencedores e perdedores? Por que tanto se leu por uns mortos mais que menos de outros mortos?
A afirmação mais importante que possui a hipótese negacionista é que falta-lhe a verdade. Nada mais, nada menos. O Holocausto existiu, as provas de sua existência são irrefutáveis. Em Yad Vashem - a instituição destinada a investigar e apoiar a memória daqueles anos terríveis -, está registrado com testemunhas e documentos o desaparecimento de algo em torno de quatro milhões de judeus. Depois estão os testemunhos de testemunhas, familiares, amigos e nazis arrependidos. Seis milhões é uma tentativa de estimativa que pode ser superada em um punhado de milhares ou ser reduzida em outro punhado de milhares, mas o que está fora de discussão é que os campos de concentração e extermínio existiram, que a Solução Final foi uma política deliberada dos nazis e que para isto se dispôs de uma maquinária burocrática, militar e científica destinada a cumprir com estes fins.
Como o que é evidente não se pode negar, nem sequer o negacionista mais decidido se anima a fazê-lo, o que se faz é reduzi-lo a sua mínima expressão, considerá-lo como o resultado inevitável da guerra ou o preço que pagam os derrotados. A manobra não é inocente. Como muito bem dissera um historiador de Yad Vashem, se a experiência dos nazis é despojada do Holocausto, o nazismo deixa de ser uma das manifestações monstruosas do século vinte para transforma-se em uma experiência política apenas.
Bons e maus sempre têm percorrido o intinerário da história. Muitas vezes os maus de de ontem são os bons de hoje e o inverso. O que transforma os nazis em uma experiência inédita é o genocídio, a vontade de aniquilar um povo não pelo que ele faça ou deixe de fazer senão pelo que ele é, e a disponibilidade para essa tarefa dos avanços científicos e técnicos mais importantes de seu tempo.
Fonte: El Litoral(Argentina)
El Holocausto y el negacionismo
http://www.ellitoral.com/index.php/diarios/2009/03/03/opinion/OPIN-05.html
Tradução(português): Roberto Lucena
La vuelta al mundo
O Holocausto e o negacionismo
Rogelio Alaniz
O bispo lefebvriano Richard Williamson pediu desculpas. Contudo, até o próprio Vaticano considerou que as desculpas foram incompletas, entre outras coisas porque não diziam uma palavra acerca de suas afirmações sobre a inexistência do Holocausto. Williamson seguramente foi pressionado por seus superiores para que arrume a desavença, entre outras coisas porque os lefebvrianos são os mais interessados em voltar ao seio da Igreja Católica e não querem deixar passar essa oportunidade que consideram um tema do passado.
Williamson não está só em sua igreja e muito menos no ambiente onde ele se movimenta com muita comodidade, quer dizer, a ultradireita política e religiosa, corrente ideológica que nos pontos mais diferentes do mundo sustenta que o Holocausto não existiu e que mais que uma realidade foi um invenção dos judeus para financiar o Estado de Israel, para continuar desenvolvendo sua estratégia de domínio do mundo tal como estabelecem “Os protocolos dos Sábios de Sião”, libelo publicado por sua vez pela polícia do Czar russo para legitimar os pogroms contra os judeus.
Na Igreja Católica e no cristianismo em geral, o tema do antissemitismo está oficialmente superado e poderia se dizer sem exagerar que a maioria dos sacerdotes e pastores condenam sinceramente o Holocausto e lamentam a tragédia sofrida pelo povo judeu. Nas margens dessas igrejas todavia pululam fundamentalistas de diversas matrizes que seguem crendo com fé de fanáticos que os judeus são um povo deicida, os responsáveis da crucificação de Cristo, e que durante séculos se dedicaram a sequestrar crianças para lhes extrair o sangue com o qual amassavam o pão pascoal.
Os argumentos podem parecer delirantes, na realidade o são, mas circulam como moeda muito bem cotada entre os setores cristãos de extrema-direita. Posicionados nesse lugar, em nada lhe deveriam chamar a atenção o fato de considerarem que o Holocausto não existiu ou que é mais uma campanha publicitária instrumentada por um povo pérfido e deicida.
Nos Estados Unidos, a principal espada do negacionismo é o senhor David Duke, militante da Ku Klux Klan e antissemita confesso. Na Europa, o conhecido direitista francês Jean Marie Le Pen é um dos políticos que com mais entusiasmo nega o Holocausto. Algo parecido fazia Jörg Haider na Áustria. Posições semelhantes sustentam os ultradireitistas ingleses, poloneses e alemães. Nos últimos tempos, a variante do ultradireitismo tem se somado à correntes da ultraesquerda.
Roger Garaudy, um reconhecido comunista francês de outros tempos, um intelectual que polemizou mão a mão com Sartre e Jeanson em defesa do marxismo e que hoje tem passado com armas e bagagens as trincheiras do Islã, dedica os anos de sua velhice a disparatar contra os judeus e negar o Holocausto. No Irã, posições parecidas sustentam o senhor Ahmadinejad, o primeiro-ministro que não só nega o Holocausto como também promete a destruição do Estado de Israel.
Numerosos historiadores tem dado letra à ultradireita neste tema. O mais importante é David Irving, historiador inglês que acaba de cumprir uma condenação judicial depois de haver perdido um julgamento contra uma historiadora dos Estados Unidos. Na ocasião, esta historiadora demonstrou a deliberada manipulação dos documentos.
Irving é o historiador profissional mais reconhecido pelo que se conhece como "revisionismo" histórico. Não é o único e nem sequer o mais sério, mas seus livros vendem como pão quente nos ambientes de extrema-direita, e uma de suas fontes de renda econômica são precisamente as conferências que dá em diferentes capitais da Europa, divulgando suas teses a aguerridas plateias antissemitas.
No geral, os negacionistas não negam que na guerra houve excessos e que os judeus foram perseguidos em alguns lugares. O que se propõem é reduzir ao mínimo essas perseguições e “normalizá-las”, em outras palavras, considerá-las como habituais em qualquer guerra. Irving concretamente - e esta é seguramente a fonte de Williamson - considera que houve algo em torno de 300.00 judeus mortos na guerra, uma cifra que nada teria a ver com os seis milhões que denunciam os organismos internacionais.
A operação política é clara: o que se pretende é persuadir a opinião pública de que o sucedido é o que habitualmente ocorre em todas as guerras. Os nazis portanto não teriam sido exceção. É verdade que cometeram excessos, não muito diferentes dos que cometeram os Aliados bombardeando Dresden, Hamburgo, Berlim ou jogando uma bomba atômica em Hiroshima ou massacrando os prisioneiros em Katyn. O único problema dos nazis - dizem com um toque de cinismo - é que perderam a guerra, porque se a houvessem ganho seriam eles os heróis e os criminosos seriam os aliados.
Cínico ou perverso, o argumento é uma peça de luxo do senso comum. Distraída, dona Rosa poderia ler o texto e crer nele ao pé da letra. Acaso na guerra não se mata e se morre? Acaso não há vencedores e perdedores? Por que tanto se leu por uns mortos mais que menos de outros mortos?
A afirmação mais importante que possui a hipótese negacionista é que falta-lhe a verdade. Nada mais, nada menos. O Holocausto existiu, as provas de sua existência são irrefutáveis. Em Yad Vashem - a instituição destinada a investigar e apoiar a memória daqueles anos terríveis -, está registrado com testemunhas e documentos o desaparecimento de algo em torno de quatro milhões de judeus. Depois estão os testemunhos de testemunhas, familiares, amigos e nazis arrependidos. Seis milhões é uma tentativa de estimativa que pode ser superada em um punhado de milhares ou ser reduzida em outro punhado de milhares, mas o que está fora de discussão é que os campos de concentração e extermínio existiram, que a Solução Final foi uma política deliberada dos nazis e que para isto se dispôs de uma maquinária burocrática, militar e científica destinada a cumprir com estes fins.
Como o que é evidente não se pode negar, nem sequer o negacionista mais decidido se anima a fazê-lo, o que se faz é reduzi-lo a sua mínima expressão, considerá-lo como o resultado inevitável da guerra ou o preço que pagam os derrotados. A manobra não é inocente. Como muito bem dissera um historiador de Yad Vashem, se a experiência dos nazis é despojada do Holocausto, o nazismo deixa de ser uma das manifestações monstruosas do século vinte para transforma-se em uma experiência política apenas.
Bons e maus sempre têm percorrido o intinerário da história. Muitas vezes os maus de de ontem são os bons de hoje e o inverso. O que transforma os nazis em uma experiência inédita é o genocídio, a vontade de aniquilar um povo não pelo que ele faça ou deixe de fazer senão pelo que ele é, e a disponibilidade para essa tarefa dos avanços científicos e técnicos mais importantes de seu tempo.
Fonte: El Litoral(Argentina)
El Holocausto y el negacionismo
http://www.ellitoral.com/index.php/diarios/2009/03/03/opinion/OPIN-05.html
Tradução(português): Roberto Lucena
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domingo, 22 de março de 2009
Ex-seminarista diz que Williamson ensinava antissemitismo
CIDADE DO VATICANO, 3 MAR (ANSA) - No início da década de 1980, o bispo católico tradicionalista Richard Williamson já declarava publicamente suas posições antissemitas, revelou o reverendo John Rizzo, que foi seminarista de Williamson naquele período.
Em entrevista à emissora de rádio norte-americana National Public Radio (NPR), o reverendo John Rizzo contou que conheceu Williamson quando o bispo inglês dirigia um seminário nos EUA.
Ao falar do holocausto, "Williamson dizia que não era nada mais que um monte de mentiras", lembrou Rizzo, que freqüentou o seminário de Ridgefield, dirigido por Williamson, em 1983.
"Tirava sarro de mim por causa do meu nariz, me perguntando se eu não era judeu e dizendo que queria ver um certificado de batismo", acrescentou.
Rizzo disse que "havia um outro seminarista, chamado Oppenheimer, e Williamson dizia que não gostava do nome dele e que havia uma câmera de gás que o estava esperando".
Um dos quatro bispos lefebvrianos que tiveram a excomunhão suspensa pelo papa Bento XVI, o inglês Richard Williamson se tornou centro de uma polêmica após fazer declarações negacionistas sobre a morte de judeus nas câmaras de gás.
Recentemente, Williamson apresentou um "pedido de perdão" às vítimas do Holocausto e à Igreja, que, no entanto, não aceitou as desculpas do bispo por "não respeitarem as condições estabelecidas" pela Santa Sé. (ANSA)
Fonte: ANSA
http://www.ansa.it/ansalatinabr/notizie/fdg/200903031507340067/200903031507340067.html
Em entrevista à emissora de rádio norte-americana National Public Radio (NPR), o reverendo John Rizzo contou que conheceu Williamson quando o bispo inglês dirigia um seminário nos EUA.
Ao falar do holocausto, "Williamson dizia que não era nada mais que um monte de mentiras", lembrou Rizzo, que freqüentou o seminário de Ridgefield, dirigido por Williamson, em 1983.
"Tirava sarro de mim por causa do meu nariz, me perguntando se eu não era judeu e dizendo que queria ver um certificado de batismo", acrescentou.
Rizzo disse que "havia um outro seminarista, chamado Oppenheimer, e Williamson dizia que não gostava do nome dele e que havia uma câmera de gás que o estava esperando".
Um dos quatro bispos lefebvrianos que tiveram a excomunhão suspensa pelo papa Bento XVI, o inglês Richard Williamson se tornou centro de uma polêmica após fazer declarações negacionistas sobre a morte de judeus nas câmaras de gás.
Recentemente, Williamson apresentou um "pedido de perdão" às vítimas do Holocausto e à Igreja, que, no entanto, não aceitou as desculpas do bispo por "não respeitarem as condições estabelecidas" pela Santa Sé. (ANSA)
Fonte: ANSA
http://www.ansa.it/ansalatinabr/notizie/fdg/200903031507340067/200903031507340067.html
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
A Novela Williamson: Vaticano rejeita pedido de desculpas de bispo britânico
O Vaticano rejeitou o pedido de desculpas feito pelo bispo britânico Richard Williamson, que havia se negado a reconhecer em uma entrevista no ano passado a extensão total do Holocausto - a eliminação sistemática de milhões de judeus pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial.
A Igreja afirmou que o bispo tem de voltar atrás em seus comentários de forma "inequívoca e pública". Em carta publicada na quinta-feira, Williamson disse que - se soubesse das consequências que suas afirmações teriam - não teria feito a declaração.
O bispo afirmou que suas opiniões foram formadas "há 20 anos, com base nas informações disponíveis na época".
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, afirmou, no entanto, que o bispo "parece não respeitar as condições" impostas pela Igreja após ele ter feito os comentários sobre o Holocausto.
Pedido 'ambíguo'
Antes da reação do Vaticano, líderes judeus já haviam afirmado que o bispo não esclareceu no pedido de desculpas se acredita ou não que o Holocausto é uma mentira.
Segundo o presidente das Comunidades Judaicas da Itália, Renzo Gattegna, a justificativa de Williamson foi "absolutamente ambígua".
O rabino Marvin Hier, fundador e reitor do Centro Simon Wiesenthal, de Los Angeles, disse que a declaração do bispo "não é o tipo de justificativa que encerra o assunto" porque não aborda a questão principal.
A polêmica começou após a excomunhão do bispo pela Igreja Católica ter sido suspensa pelo papa Bento 16 em janeiro deste ano.
De acordo com líderes da Igreja, na época o papa não tinha sido informado sobre uma entrevista concedida pelo bispo a um programa de televisão sueco em novembro do ano passado.
Durante a entrevista, Williamson contestou a informação de que 6 milhões de judeus foram mortos pelos nazistas e disse que nenhum deles morreu em câmaras de gás. Desde então, o papa tem pedido que Williamson volte atrás em suas afirmações.
Consequências
Na carta publicada na quinta-feira no site da Fraternidade Sacerdotal Pio X, congregação da qual faz parte, Williamson disse que seu superior, o bispo Bernard Fellay, e o papa exigiram que ele reconsiderasse as declarações que fez à televisão sueca porque "suas consequências foram muito graves".
"Observando essas consequências, posso lamentar honestamente ter feito essas declarações e, se eu soubesse antes os danos que elas poderiam gerar, especialmente à Igreja, mas também aos sobreviventes e parentes das vítimas de injustiça sob o Terceiro Reich, eu não as teria feito."
"Na televisão sueca, eu dei apenas uma opinião, de um não-historiador, uma opinião formada há 20 anos com base nas provas disponíveis na época", acrescentou o bispo britânico.
"No entanto, os eventos das últimas semanas e os conselhos dos membros superiores da Fraternidade Sacerdotal Pio 10° me convenceram sobre minha responsabilidade por todo sofrimento causado. A todas as almas que se escandalizaram com o que eu disse antes, peço desculpas."
O especialista em assuntos religiosos da BBC, Robert Pigott, diz que o pedido de desculpas não chega a negar completamente as afirmações que o bispo fez à televisão sueca.
Williamson foi um dos quatro bispos ultraconservadores de sua congregação que teve a excomunhão suspensa pelo papa Bento 16 por motivos que não têm relação com a polêmica em torno do Holocausto.
O bispo retornou à Grã-Bretanha após ter sido expulso da Argentina nesta semana por esconder "os verdadeiros motivos de sua permanência no país".
Fonte: BBC Brasil
http://www.bbc.co.uk/portuguese/lg/noticias/2009/02/090227_vaticano_bispo_aw.shtml
Comentário: em breve, 'cenas dos próximos capítulos'...
A Igreja afirmou que o bispo tem de voltar atrás em seus comentários de forma "inequívoca e pública". Em carta publicada na quinta-feira, Williamson disse que - se soubesse das consequências que suas afirmações teriam - não teria feito a declaração.
O bispo afirmou que suas opiniões foram formadas "há 20 anos, com base nas informações disponíveis na época".
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, afirmou, no entanto, que o bispo "parece não respeitar as condições" impostas pela Igreja após ele ter feito os comentários sobre o Holocausto.
Pedido 'ambíguo'
Antes da reação do Vaticano, líderes judeus já haviam afirmado que o bispo não esclareceu no pedido de desculpas se acredita ou não que o Holocausto é uma mentira.
Segundo o presidente das Comunidades Judaicas da Itália, Renzo Gattegna, a justificativa de Williamson foi "absolutamente ambígua".
O rabino Marvin Hier, fundador e reitor do Centro Simon Wiesenthal, de Los Angeles, disse que a declaração do bispo "não é o tipo de justificativa que encerra o assunto" porque não aborda a questão principal.
A polêmica começou após a excomunhão do bispo pela Igreja Católica ter sido suspensa pelo papa Bento 16 em janeiro deste ano.
De acordo com líderes da Igreja, na época o papa não tinha sido informado sobre uma entrevista concedida pelo bispo a um programa de televisão sueco em novembro do ano passado.
Durante a entrevista, Williamson contestou a informação de que 6 milhões de judeus foram mortos pelos nazistas e disse que nenhum deles morreu em câmaras de gás. Desde então, o papa tem pedido que Williamson volte atrás em suas afirmações.
Consequências
Na carta publicada na quinta-feira no site da Fraternidade Sacerdotal Pio X, congregação da qual faz parte, Williamson disse que seu superior, o bispo Bernard Fellay, e o papa exigiram que ele reconsiderasse as declarações que fez à televisão sueca porque "suas consequências foram muito graves".
"Observando essas consequências, posso lamentar honestamente ter feito essas declarações e, se eu soubesse antes os danos que elas poderiam gerar, especialmente à Igreja, mas também aos sobreviventes e parentes das vítimas de injustiça sob o Terceiro Reich, eu não as teria feito."
"Na televisão sueca, eu dei apenas uma opinião, de um não-historiador, uma opinião formada há 20 anos com base nas provas disponíveis na época", acrescentou o bispo britânico.
"No entanto, os eventos das últimas semanas e os conselhos dos membros superiores da Fraternidade Sacerdotal Pio 10° me convenceram sobre minha responsabilidade por todo sofrimento causado. A todas as almas que se escandalizaram com o que eu disse antes, peço desculpas."
O especialista em assuntos religiosos da BBC, Robert Pigott, diz que o pedido de desculpas não chega a negar completamente as afirmações que o bispo fez à televisão sueca.
Williamson foi um dos quatro bispos ultraconservadores de sua congregação que teve a excomunhão suspensa pelo papa Bento 16 por motivos que não têm relação com a polêmica em torno do Holocausto.
O bispo retornou à Grã-Bretanha após ter sido expulso da Argentina nesta semana por esconder "os verdadeiros motivos de sua permanência no país".
Fonte: BBC Brasil
http://www.bbc.co.uk/portuguese/lg/noticias/2009/02/090227_vaticano_bispo_aw.shtml
Comentário: em breve, 'cenas dos próximos capítulos'...
Judeus rejeitam desculpa de bispo que nega Holocausto
Richard Williamson se retratou após ter sido expulso da Argentina e voltar para o Reino Unido
(Foto)Williason, na chegada ao Reino Unido, nesta semana
- O Conselho Central dos Judeus na Alemanha rejeitou hoje as desculpas do bispo Richard Williamson e exige uma clara retratação de suas declarações, segundo as quais durante o Nazismo só teriam morrido cerca de 300 mil judeus.
"Williamson não se retratou de suas teses mentirosas sobre o Holocausto. Só lamentou que o que disse tenha gerado tanta polêmica", disse o vice-presidente do Conselho Central, Dieter Graumann, em declarações publicadas hoje pelo jornal "Handelsblatt".
Graumann também se mostrou indignado com a explicação de Williamson, que disse que sua negação ao Holocausto teria se baseado em informações de duas décadas atrás. "Como se há 20 anos o Holocausto tivesse estado em dúvida", questionou.
Ele, além disso, voltou a criticar o papa Bento XVI por ter revogado a excomunhão que pesava sobre Williamson e outros três bispos ultraconservadores seguidores do francês Marcel Lefebvre.
"O equívoco fatal do Vaticano segue tendo, infelizmente, vigência", disse Graumann.
A negação do Holocausto por parte de Williamson produziu indignação geral e várias críticas a Bento XVI e, sobretudo, ao Vaticano, pela reabilitação do bispo. Na Alemanha, negar o Holocausto é crime.
Fonte: EFE/Estadão
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,judeus-rejeitam-desculpa-de-bispo-que-nega-holocausto,330726,0.htm
- O Conselho Central dos Judeus na Alemanha rejeitou hoje as desculpas do bispo Richard Williamson e exige uma clara retratação de suas declarações, segundo as quais durante o Nazismo só teriam morrido cerca de 300 mil judeus.
"Williamson não se retratou de suas teses mentirosas sobre o Holocausto. Só lamentou que o que disse tenha gerado tanta polêmica", disse o vice-presidente do Conselho Central, Dieter Graumann, em declarações publicadas hoje pelo jornal "Handelsblatt".
Graumann também se mostrou indignado com a explicação de Williamson, que disse que sua negação ao Holocausto teria se baseado em informações de duas décadas atrás. "Como se há 20 anos o Holocausto tivesse estado em dúvida", questionou.
Ele, além disso, voltou a criticar o papa Bento XVI por ter revogado a excomunhão que pesava sobre Williamson e outros três bispos ultraconservadores seguidores do francês Marcel Lefebvre.
"O equívoco fatal do Vaticano segue tendo, infelizmente, vigência", disse Graumann.
A negação do Holocausto por parte de Williamson produziu indignação geral e várias críticas a Bento XVI e, sobretudo, ao Vaticano, pela reabilitação do bispo. Na Alemanha, negar o Holocausto é crime.
Fonte: EFE/Estadão
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,judeus-rejeitam-desculpa-de-bispo-que-nega-holocausto,330726,0.htm
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Bispo que negou o Holocausto pede perdão, diz agência católica
Britânico disse que deu apenas uma opinião sobre fato histórico. Ele pediu perdão à Igreja e aos sobreviventes e parentes de vítimas.
Do G1, com agências internacionais
O bispo britânico Richard Williamson pediu nesta quinta-feira (26) perdão a "Deus e ao papa" por ter negado a magnitude do Holocausto, segundo a agência católica de notícias Zenit.
O perdão foi pedido em uma carta, depois do regresso de Williamson à Inglaterra, ocorrido na quarta-feira. A polêmica sobre o Holocausto levou-o a ser expulso da Argentina, onde morava e trabalhava, pelo governo daquele país.
Foto: AFP
O bispo Richard Williamson chega ao aeroporto londrino de Heathrow nesta quarta-feira (25). (Foto: AFP)
"A todas as almas que ficaram honestamente escandalizadas pelo que eu disse, ante Deus, lhes peço perdão" diz ele na carta. "O Santo Padre e meu superior, o bispo Bernard Fellay, pediram que eu reconsidere as declarações que fiz em um canal de televisão da Suécia há quatro meses, pois suas consequências foram muito fortes."
"Ao observar estas consequências, posso dizer verdadeiramente que lamento ter feito estas declarações, e que se tivesse sabido com antecipação todo o dano e as feridas que provocariam, especialmente à Igreja, mas também aos sobreviventes e entes queridos das vítimas das injustiças sobre o Terceiro Reich, não as teria feito", disse.
O bispo ultraconservador, de 68 anos, também diz na correspondência que limitou-se a "dar uma opinião de uma pessoa que não é historiador".
Richard Williamson declarou em uma entrevista a um canal sueco de TV: "Penso que não existiram câmaras de gás (...) Acredito que de 200 mil a 300 mil judeus morreram nos campos de concentração, mas nenhum na câmaras de gás". A entrevista, gravada em novembro de 2008, foi ao ar em janeiro de 2009, dando início à polêmica.
Em 12 de fevereiro, o papa Bento XVI, em uma referência indireta ao caso, afirmou que "está claro que toda negação ou amenização deste terrível crime (Holocausto) é intolerável e, ao mesmo tempo, inaceitável".
Fonte: G1/Agências Internacionais
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1019328-5602,00-BISPO+QUE+NEGOU+O+HOLOCAUSTO+PEDE+PERDAO+DIZ+AGENCIA+CATOLICA.html
Do G1, com agências internacionais
O bispo britânico Richard Williamson pediu nesta quinta-feira (26) perdão a "Deus e ao papa" por ter negado a magnitude do Holocausto, segundo a agência católica de notícias Zenit.
O perdão foi pedido em uma carta, depois do regresso de Williamson à Inglaterra, ocorrido na quarta-feira. A polêmica sobre o Holocausto levou-o a ser expulso da Argentina, onde morava e trabalhava, pelo governo daquele país.
Foto: AFP
O bispo Richard Williamson chega ao aeroporto londrino de Heathrow nesta quarta-feira (25). (Foto: AFP)
"A todas as almas que ficaram honestamente escandalizadas pelo que eu disse, ante Deus, lhes peço perdão" diz ele na carta. "O Santo Padre e meu superior, o bispo Bernard Fellay, pediram que eu reconsidere as declarações que fiz em um canal de televisão da Suécia há quatro meses, pois suas consequências foram muito fortes."
"Ao observar estas consequências, posso dizer verdadeiramente que lamento ter feito estas declarações, e que se tivesse sabido com antecipação todo o dano e as feridas que provocariam, especialmente à Igreja, mas também aos sobreviventes e entes queridos das vítimas das injustiças sobre o Terceiro Reich, não as teria feito", disse.
O bispo ultraconservador, de 68 anos, também diz na correspondência que limitou-se a "dar uma opinião de uma pessoa que não é historiador".
Richard Williamson declarou em uma entrevista a um canal sueco de TV: "Penso que não existiram câmaras de gás (...) Acredito que de 200 mil a 300 mil judeus morreram nos campos de concentração, mas nenhum na câmaras de gás". A entrevista, gravada em novembro de 2008, foi ao ar em janeiro de 2009, dando início à polêmica.
Em 12 de fevereiro, o papa Bento XVI, em uma referência indireta ao caso, afirmou que "está claro que toda negação ou amenização deste terrível crime (Holocausto) é intolerável e, ao mesmo tempo, inaceitável".
Fonte: G1/Agências Internacionais
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1019328-5602,00-BISPO+QUE+NEGOU+O+HOLOCAUSTO+PEDE+PERDAO+DIZ+AGENCIA+CATOLICA.html
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Expulso da Argentina, bispo que negou Holocausto chega a Londres
LONDRES - O bispo católico que criou polêmica de repercussão internacional ao negar o
Holocausto chegou nesta quarta ao Reino Unido, sua terra natal, depois de ter sido expulso pelo governo da Argentina, onde morava. Richard Williamson desembarcou no aeroporto de Heathrow cercado por um grupo de policiais armados e seguranças particulares. Ele se recusou a responder a perguntas de repórteres antes de deixar o aeroporto em um carro que o esperava.
Ultraconservador, Williamson era diretor de um seminário perto de Buenos Aires até o começo deste mês. Na semana passada, o governo argentino deu dez dias ao bispo para deixar o país ou ser expulso, citando irregularidades na sua solicitação de imigração e condenando seus comentários sobre o Holocausto, chamando-os de "profundamente ofensivos à sociedade argentina, ao povo judeu e à humanidade".
A Argentina é lar de uma das maiores comunidades judias fora de Israel. Durante uma entrevista, Williamson disse acreditar que não morreram mais do que 300 mil judeus nos campos de concentrações nazistas. O número amplamente aceito é de 6 milhões de judeus mortos.
Williamson teve sua excomunhão suspensa no mês passado pelo Papa Bento XVI, que também readmitiu outros três tradicionalistas, numa tentativa de solucionar um cisma de 20 anos dentro da Igreja, iniciado em 1988, quando eles foram ordenados sem a permissão do Vaticano. A decisão irritou líderes judeus e muitos católicos.
Organizações judias e a chanceler alemã, Angela Merkel, criticaram o Papa pela suspensão da excomunhão de Williamson, que pertence à Sociedade de São Pio X. A negação do Holocausto é um crime na Alemanha, e os promotores da cidade de Regensburg estão investigando Williamson pelos comentários.
O bispo criou polêmica em uma entrevista a uma TV sueca em 2008 na qual colocou em dúvida a existência do Holocausto. Este ano, ele voltou a questionar o massacre de milhões de judeus durante a Segunda Guerra em uma entrevista à revista alemã Der Spiegel, logo depois de um pedido do Papa Bento XVI para que se retratasse das primeiras declarações.
Após a nova polêmica, o Vaticano exigiu que Williamson retirasse o que disse, mas ele respondeu que precisa de mais tempo para rever as provas da existência do Holocausto. Sites e blogs neonazistas publicaram textos apoiando a posição do bispo.
Fonte: Reuters/O Globo
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/02/25/expulso-da-argentina-bispo-que-negou-holocausto-chega-londres-754577260.asp
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Ultraconservador, Williamson era diretor de um seminário perto de Buenos Aires até o começo deste mês. Na semana passada, o governo argentino deu dez dias ao bispo para deixar o país ou ser expulso, citando irregularidades na sua solicitação de imigração e condenando seus comentários sobre o Holocausto, chamando-os de "profundamente ofensivos à sociedade argentina, ao povo judeu e à humanidade".
A Argentina é lar de uma das maiores comunidades judias fora de Israel. Durante uma entrevista, Williamson disse acreditar que não morreram mais do que 300 mil judeus nos campos de concentrações nazistas. O número amplamente aceito é de 6 milhões de judeus mortos.
Williamson teve sua excomunhão suspensa no mês passado pelo Papa Bento XVI, que também readmitiu outros três tradicionalistas, numa tentativa de solucionar um cisma de 20 anos dentro da Igreja, iniciado em 1988, quando eles foram ordenados sem a permissão do Vaticano. A decisão irritou líderes judeus e muitos católicos.
Organizações judias e a chanceler alemã, Angela Merkel, criticaram o Papa pela suspensão da excomunhão de Williamson, que pertence à Sociedade de São Pio X. A negação do Holocausto é um crime na Alemanha, e os promotores da cidade de Regensburg estão investigando Williamson pelos comentários.
O bispo criou polêmica em uma entrevista a uma TV sueca em 2008 na qual colocou em dúvida a existência do Holocausto. Este ano, ele voltou a questionar o massacre de milhões de judeus durante a Segunda Guerra em uma entrevista à revista alemã Der Spiegel, logo depois de um pedido do Papa Bento XVI para que se retratasse das primeiras declarações.
Após a nova polêmica, o Vaticano exigiu que Williamson retirasse o que disse, mas ele respondeu que precisa de mais tempo para rever as provas da existência do Holocausto. Sites e blogs neonazistas publicaram textos apoiando a posição do bispo.
Fonte: Reuters/O Globo
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Bispo que negou Holocausto deixa a Argentina
O bispo inglês Richard Williamson, que no ano passado colocou em dúvida a existência do Holocausto durante uma entrevista, deixou a Argentina nesta terça-feira após ter recebido um prazo de dez dias do governo para deixar o país.
Na última quinta-feira o governo da presidente Cristina Kirchner divulgou comunicado dizendo que se o religioso não saísse do país no prazo máximo de dez dias "sem adiamento" seria expulso por decreto.
Segundo o canal de televisão TN (Todo Notícias), Williamson teria "agredido" um jornalista da emissora que tentava entrevistá-lo no aeroporto nesta terça-feira antes de seu embarque para Londres.
De boné e jaqueta preta e óculos escuros, Williamson mostrou a mão fechada para a câmera e não respondeu às perguntas do repórter.
O bispo gerou polêmica depois de uma entrevista a uma TV sueca em 2008 em que colocou em dúvida a existência do Holocausto, que deixou milhões de judeus mortos durante a Segunda Guerra Mundial.
Este ano, ele voltou a questionar o Holocausto em uma entrevista à revista alemã Der Spiegel
Logo após pedido do Papa Bento XVI para que se retratasse das primeiras declarações.
Williamson, nesta segunda entrevista, disse que se retrataria depois que encontrasse "provas" do Holocausto.
Suas afirmações geraram fortes críticas da comunidade judaica no mundo inteiro. Na ocasião, a chanceler alemã, Angela Merkel, também pediu "esclarecimentos" ao papa, já que o Vaticano pretendia incorporá-lo à Igreja Católica.
Williamson é bispo da Fraternidade Sacerdotal Pio 10 - fundada em 1969 pelo bispo francês dissidente Marcel Lefebvre -, e até este mês dirigia um seminário e realizava missas na localidade de La Reja, na província de Buenos Aires, onde trabalhava desde 2003.
Em 1988, ele e outros bispos desta congregação foram promovidos a bispos sem a autorização da igreja e, agora, o Papa Bento 16 pretendia incorporá-los de volta à estrutura do Vaticano.
Para justificar a decisão de pedir que o bispo deixasse o país, o governo argentino argumentou que o bispo mentiu sobre o verdadeiro motivo de sua permanência no país ao ter declarado, quando entrou na Argentina, ser um empregado administrativo de uma Associação Civil e não um sacerdote e diretor de seminário.
" Cabe destacar que o bispo Williamson ganhou notoriedade pública por suas declarações antissemitas" disse o comunicado oficial sobre a questão.
" Por essas considerações, somadas à energética condenação do governo argentino a manifestações como estas, que agridem profundamente a sociedade argentina, ao povo judeu e toda a humanidade, o governo nacional decide fazer uso dos poderes de que dispõe por lei e exigir que o bispo lefebvrista abandone o país ou se submeta à expulsão."
Fonte: BBC/O Globo
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/02/24/bispo-que-negou-holocausto-deixa-argentina-754569032.asp
Na última quinta-feira o governo da presidente Cristina Kirchner divulgou comunicado dizendo que se o religioso não saísse do país no prazo máximo de dez dias "sem adiamento" seria expulso por decreto.
Segundo o canal de televisão TN (Todo Notícias), Williamson teria "agredido" um jornalista da emissora que tentava entrevistá-lo no aeroporto nesta terça-feira antes de seu embarque para Londres.
De boné e jaqueta preta e óculos escuros, Williamson mostrou a mão fechada para a câmera e não respondeu às perguntas do repórter.
O bispo gerou polêmica depois de uma entrevista a uma TV sueca em 2008 em que colocou em dúvida a existência do Holocausto, que deixou milhões de judeus mortos durante a Segunda Guerra Mundial.
Este ano, ele voltou a questionar o Holocausto em uma entrevista à revista alemã Der Spiegel
Logo após pedido do Papa Bento XVI para que se retratasse das primeiras declarações.
Williamson, nesta segunda entrevista, disse que se retrataria depois que encontrasse "provas" do Holocausto.
Suas afirmações geraram fortes críticas da comunidade judaica no mundo inteiro. Na ocasião, a chanceler alemã, Angela Merkel, também pediu "esclarecimentos" ao papa, já que o Vaticano pretendia incorporá-lo à Igreja Católica.
Williamson é bispo da Fraternidade Sacerdotal Pio 10 - fundada em 1969 pelo bispo francês dissidente Marcel Lefebvre -, e até este mês dirigia um seminário e realizava missas na localidade de La Reja, na província de Buenos Aires, onde trabalhava desde 2003.
Em 1988, ele e outros bispos desta congregação foram promovidos a bispos sem a autorização da igreja e, agora, o Papa Bento 16 pretendia incorporá-los de volta à estrutura do Vaticano.
Para justificar a decisão de pedir que o bispo deixasse o país, o governo argentino argumentou que o bispo mentiu sobre o verdadeiro motivo de sua permanência no país ao ter declarado, quando entrou na Argentina, ser um empregado administrativo de uma Associação Civil e não um sacerdote e diretor de seminário.
" Cabe destacar que o bispo Williamson ganhou notoriedade pública por suas declarações antissemitas" disse o comunicado oficial sobre a questão.
" Por essas considerações, somadas à energética condenação do governo argentino a manifestações como estas, que agridem profundamente a sociedade argentina, ao povo judeu e toda a humanidade, o governo nacional decide fazer uso dos poderes de que dispõe por lei e exigir que o bispo lefebvrista abandone o país ou se submeta à expulsão."
Fonte: BBC/O Globo
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/02/24/bispo-que-negou-holocausto-deixa-argentina-754569032.asp
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Argentina expulsa bispo que negou o Holocausto
Argentina manda bispo que negou o Holocausto deixar o país
O governo da Argentina anunciou nesta quinta-feira que o bispo britânico Richard Williamson, que negou a dimensão do Holocausto de judeus por nazistas, deve deixar o país, onde faz trabalhos religiosos, em até dez dias.
"O ministro do Interior [...] ordena a Richard Nelson Williamson que deixe o país
dentro de dez dias ou ele será expulso", informou o governo em uma declaração, sobre a decisão do ministro Florencio Randazzo.
As autoridades argentinas alegaram que o bispo ultraconservador "fraudou reiteradamente o verdadeiro motivo de sua permanência no país". Segundo o Ministério do Interior da Argentina, Williamson declarou "ser um empregado administrativo da Associação Civil La Tradición, quando sua verdadeira atividade era a de sacerdote e diretor do Seminário que a Fraternidade São Pio 10° possui na cidade de Moreno", nos arredores de Buenos Aires.
Williamson está no meio de uma polêmica entre o Vaticano e entidades judaicas desde que sua expulsão da Igreja Católica --por desobediência, nos anos 80-- foi suspensa em janeiro pelo papa Bento 16, junto a de outros três religiosos tradicionalistas.
O gesto de união entre cristãos levou à revolta de judeus quando veio à tona uma entrevista de Williamson a uma TV sueca, em que ele disse não acreditar que os nazistas tenham utilizado câmaras de gás para extermínio e estimou entre 200 mil e 300 mil judeus o número de judeus mortos nos campos de concentração --6 milhões de judeus foram mortos pelos nazistas, segundo registros históricos amplamente aceitos.
Em meio a pressão internacional --que incluiu um pedido da chanceler alemã, Angela Merkel -- o papa afirmou que a negação do Holocausto é "totalmente inaceitável", e o Vaticano ordenou que Williamson revisse suas opiniões, mas o bispo disse que precisava de mais tempo para examinar as evidências históricas.
Fonte: Reuters/EFE
http://www.jusbrasil.com.br/politica/1756547/argentina-manda-bispo-que-negou-o-holocausto-deixar-o-pais
O governo da Argentina anunciou nesta quinta-feira que o bispo britânico Richard Williamson, que negou a dimensão do Holocausto de judeus por nazistas, deve deixar o país, onde faz trabalhos religiosos, em até dez dias.
"O ministro do Interior [...] ordena a Richard Nelson Williamson que deixe o país
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As autoridades argentinas alegaram que o bispo ultraconservador "fraudou reiteradamente o verdadeiro motivo de sua permanência no país". Segundo o Ministério do Interior da Argentina, Williamson declarou "ser um empregado administrativo da Associação Civil La Tradición, quando sua verdadeira atividade era a de sacerdote e diretor do Seminário que a Fraternidade São Pio 10° possui na cidade de Moreno", nos arredores de Buenos Aires.
Williamson está no meio de uma polêmica entre o Vaticano e entidades judaicas desde que sua expulsão da Igreja Católica --por desobediência, nos anos 80-- foi suspensa em janeiro pelo papa Bento 16, junto a de outros três religiosos tradicionalistas.
O gesto de união entre cristãos levou à revolta de judeus quando veio à tona uma entrevista de Williamson a uma TV sueca, em que ele disse não acreditar que os nazistas tenham utilizado câmaras de gás para extermínio e estimou entre 200 mil e 300 mil judeus o número de judeus mortos nos campos de concentração --6 milhões de judeus foram mortos pelos nazistas, segundo registros históricos amplamente aceitos.
Em meio a pressão internacional --que incluiu um pedido da chanceler alemã, Angela Merkel -- o papa afirmou que a negação do Holocausto é "totalmente inaceitável", e o Vaticano ordenou que Williamson revisse suas opiniões, mas o bispo disse que precisava de mais tempo para examinar as evidências históricas.
Fonte: Reuters/EFE
http://www.jusbrasil.com.br/politica/1756547/argentina-manda-bispo-que-negou-o-holocausto-deixar-o-pais
domingo, 8 de fevereiro de 2009
França condena novas provocações do bispo sobre Holocausto
Dirigentes do Governo e da oposição na França coincidiram neste domingo ao tachar
de "inaceitáveis" as novas declarações do polêmico bispo Richard Williamson, que disse que não pensa em se retratar de sua negação do Holocausto.
"Aconselho a ele que vá a Yad Vashem (o Museu da História do Holocausto de Jerusalém) e veremos depois o que vai dizer", declarou hoje o ministro francês encarregado do plano de relançamento econômico, Patrick Devedjian, em alusão às últimas provocações do bispo.
O ministro ressaltou ainda que não concordava com a decisão do papa Bento XVI de revogar a excomunhão que pesava sobre Williamson e outros quatro bispos seguidores do ultraconservador Marcel Lefebvre.
A líder da oposição na França, a número um do Partido Socialista (PS), Martine Aubry, condenou as novas e "infames" declarações do bispo, ao considerar que representam uma injúria "não só para todos os judeus, mas também para a consciência humana".
Aubry também descorda da decisão do papa e afirma, em comunicado, que seu partido se une "a todos aqueles que desejam decisões para frear esta situação que provoca tanto sofrimento moral".
Em uma entrevista que será publicada pela revista alemã "Der Spiegel" em sua edição da próxima semana, Williamson diz que, antes de se retratar, tem de revisar as provas históricas do Holocausto.
"Se encontrar provas me corrigirei, mas para isso vou precisar de mais tempo", acrescentou.
Fonte: EFE
http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI3501588-EI312,00-Franca+condena+novas+provocacoes+do+bispo+sobre+Holocausto.html
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"Aconselho a ele que vá a Yad Vashem (o Museu da História do Holocausto de Jerusalém) e veremos depois o que vai dizer", declarou hoje o ministro francês encarregado do plano de relançamento econômico, Patrick Devedjian, em alusão às últimas provocações do bispo.
O ministro ressaltou ainda que não concordava com a decisão do papa Bento XVI de revogar a excomunhão que pesava sobre Williamson e outros quatro bispos seguidores do ultraconservador Marcel Lefebvre.
A líder da oposição na França, a número um do Partido Socialista (PS), Martine Aubry, condenou as novas e "infames" declarações do bispo, ao considerar que representam uma injúria "não só para todos os judeus, mas também para a consciência humana".
Aubry também descorda da decisão do papa e afirma, em comunicado, que seu partido se une "a todos aqueles que desejam decisões para frear esta situação que provoca tanto sofrimento moral".
Em uma entrevista que será publicada pela revista alemã "Der Spiegel" em sua edição da próxima semana, Williamson diz que, antes de se retratar, tem de revisar as provas históricas do Holocausto.
"Se encontrar provas me corrigirei, mas para isso vou precisar de mais tempo", acrescentou.
Fonte: EFE
http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI3501588-EI312,00-Franca+condena+novas+provocacoes+do+bispo+sobre+Holocausto.html
Bispo diz que nao vai retirar negação de Holocausto
Marcia Carmo
De Buenos Aires para a BBC Brasil
Richard Williamson disse que se encontrar provas vai se 'corrigir'.
O bispo britânico Richard Williamson, que integra uma ala conservadora e dissidente da Igreja Católica, disse que apesar do pedido do papa Bento 16 não pretende se retratar de sua negação sobre o Holocausto e uso de câmaras de gás que mataram milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
Williamson é bispo da Fraternidade Sacerdotal Pio X - fundada em 1969 pelo bispo francês dissidente Marcel Lefebvre -, dirige um seminário e realiza missas na localidade de La Reja, na província de Buenos Aires desde 2003.
Em declarações à revista alemã Der Spiegel, que chega às bancas na semana que vem, ele afirmou que antes de se retratar, tem de rever as provas históricas. "Se encontro provas, me corrigirei, mas isso precisa de tempo", disse Williamson.
Suas declarações à publicação alemã foram reproduzidas neste sábado pelos principais jornais da Argentina - Clarin e La Nación - em suas edições online.
Williamson gerou polêmicas internacionais ao negar a existência do holocausto durante uma entrevista a uma emissora de televisão sueca.
Suas declarações foram feitas dias antes do anúncio no mês passado de que o Papa suspenderia sua excomunhão e de outros três bispos da mesma congregação.
Eles tinham sido excomungados em 1998 por terem sido nomeados bispos por Lefebvre sem a autorização do papa João Paulo 2º.
As afirmações de Williamson e a intenção do papa Bento 16 levaram o governo de Israel a divulgar um comunicado afirmando que a "reincorporação de um bispo que nega (o holocausto) é uma ofensa para todos os judeus, Israel e o mundo, e uma ofensa à memória das vítimas e sobreviventes do holocausto".
No comunicado, o governo de Israel diz que espera que o Vaticano se "separe" de todos os que negaram o Holocausto e de "Williamson em particular".
A iniciativa do papa também gerou críticas de diferentes rabinos e levou a chanceler alemã, Angela Merkel, a pedir publicamente que Bento 16 deixasse "claro" que "não tolera" a negação do Holocausto.
Pouco depois, na última quarta-feira, o Papa pediu que Williamson se "retratasse de maneira clara e pública" para ter o direito de exercer a função de sacerdote da Igreja Católica.
Desde então, havia a expectativa na Argentina, na Itália e na Alemanha, entre outros países, por declarações de Williamson.
De acordo com os sites argentinos, que reproduziram trechos da entrevista à revista alemã, Williamson também teria sido crítico sobre a ideia da validade universal dos direitos humanos.
"Onde os direitos humanos são vistos como objetivo que o Estado tem de impôr, acaba se chegando sempre a uma política anti-cristã", disse.
Fonte: BBC Brasil
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/02/090207_bispoholocausto_aw.shtml
Comentário: destacando trecho "Em declarações à revista alemã Der Spiegel, que chega às bancas na semana que vem, ele afirmou que antes de se retratar, tem de rever as provas históricas. "Se encontro provas, me corrigirei, mas isso precisa de tempo", disse Williamson.".
Em qualquer livro acadêmico(por acadêmico entender que se trata de livros não produzidos por pseudo-historiadores que dizem fazer "revisão" do Holocausto ignorando toda a metodologia histórica ou militante político vestido de "historiador"), toda a narrativa é/foi feita em cima de provas históricas, documentos, etc. Números, ou mais precisamente, estimativas não são feitas 'a base de chute'(ver os dois artigos sobre vítimas não-judias no Holocausto, parte 1 e parte 2).
Observação: explicando novamente os termos, entender a expressão 'a base de chute' no caso dos "revisionistas" como algo como "nós negamos tudo apesar de nunca provarmos nada e não ter metodologia alguma pra questionar números e estimativas a não ser disseminar mentiras e negar um fato histórico amplamente documentado". Mas a expressão também pode vir a ser adaptada pra descreer o comportamento dos "revoltados" de ocasião na internet e fora dela que "num lindo dia acordei com uma vontade tremenda de bancar o malvadão e pra chocar as pessoas resolvi dizer um monte de absurdos e bobagens sem ter a mínima ideia do que dizia ou apenas repeti o que li em sites neonazistas/antissemitas na internet que negam o Holocausto".
Se o Sr. Williamson faz declarações públicas que reproduzem todo o festival propagandístico de extrema-direita pró-nazi que nega Holocausto, não há "pesquisa" neste caso que dê jeito a suposta "ignorância" dele, digo suposta pois é praticamente impossível que uma pessoa com a formação dele desconheça o Holocausto e repeta "inconscientemente" discursos de grupos de extrema-direita sem ter pleno conhecimento prévio disto e plena afinidade ideológica com este tipo de discurso ou grupo.
A manifestação do Sr. Williamson é antes de tudo uma tomada de decisão política e afinidade ideológica com a extrema-direita de cunho fascista. A negação do Holocausto é uma ideologia propagada principalmente por grupos de extrema-direita na Europa e nos EUA(e também na América do Sul)para negar crimes de guerra nazistas e com isso facilitar o caminho para a ascensão ou retorno de políticas antissemitas/racistas propagados por grupos de extrema-direita.
No caso recente de mais um capítulo do conflito Israel-Palestina, grupos de extrema-esquerda na internet repetiram também as ladainhas já professadas por grupos de extrema-direita como suposta "arma política"(segundo umaa "concepção" distorcida e racista)de ataque ao Estado de Israel e com isso ferindo a memória das vítimas do Holocausto e do regime nazista como um todo.
Vê-se neste episódio a escalada política do extremismo, da irracionalidade, de um obscurantismo religioso fanático e do cinismo.
De Buenos Aires para a BBC Brasil
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O bispo britânico Richard Williamson, que integra uma ala conservadora e dissidente da Igreja Católica, disse que apesar do pedido do papa Bento 16 não pretende se retratar de sua negação sobre o Holocausto e uso de câmaras de gás que mataram milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
Williamson é bispo da Fraternidade Sacerdotal Pio X - fundada em 1969 pelo bispo francês dissidente Marcel Lefebvre -, dirige um seminário e realiza missas na localidade de La Reja, na província de Buenos Aires desde 2003.
Em declarações à revista alemã Der Spiegel, que chega às bancas na semana que vem, ele afirmou que antes de se retratar, tem de rever as provas históricas. "Se encontro provas, me corrigirei, mas isso precisa de tempo", disse Williamson.
Suas declarações à publicação alemã foram reproduzidas neste sábado pelos principais jornais da Argentina - Clarin e La Nación - em suas edições online.
Williamson gerou polêmicas internacionais ao negar a existência do holocausto durante uma entrevista a uma emissora de televisão sueca.
Suas declarações foram feitas dias antes do anúncio no mês passado de que o Papa suspenderia sua excomunhão e de outros três bispos da mesma congregação.
Eles tinham sido excomungados em 1998 por terem sido nomeados bispos por Lefebvre sem a autorização do papa João Paulo 2º.
As afirmações de Williamson e a intenção do papa Bento 16 levaram o governo de Israel a divulgar um comunicado afirmando que a "reincorporação de um bispo que nega (o holocausto) é uma ofensa para todos os judeus, Israel e o mundo, e uma ofensa à memória das vítimas e sobreviventes do holocausto".
No comunicado, o governo de Israel diz que espera que o Vaticano se "separe" de todos os que negaram o Holocausto e de "Williamson em particular".
A iniciativa do papa também gerou críticas de diferentes rabinos e levou a chanceler alemã, Angela Merkel, a pedir publicamente que Bento 16 deixasse "claro" que "não tolera" a negação do Holocausto.
Pouco depois, na última quarta-feira, o Papa pediu que Williamson se "retratasse de maneira clara e pública" para ter o direito de exercer a função de sacerdote da Igreja Católica.
Desde então, havia a expectativa na Argentina, na Itália e na Alemanha, entre outros países, por declarações de Williamson.
De acordo com os sites argentinos, que reproduziram trechos da entrevista à revista alemã, Williamson também teria sido crítico sobre a ideia da validade universal dos direitos humanos.
"Onde os direitos humanos são vistos como objetivo que o Estado tem de impôr, acaba se chegando sempre a uma política anti-cristã", disse.
Fonte: BBC Brasil
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/02/090207_bispoholocausto_aw.shtml
Comentário: destacando trecho "Em declarações à revista alemã Der Spiegel, que chega às bancas na semana que vem, ele afirmou que antes de se retratar, tem de rever as provas históricas. "Se encontro provas, me corrigirei, mas isso precisa de tempo", disse Williamson.".
Em qualquer livro acadêmico(por acadêmico entender que se trata de livros não produzidos por pseudo-historiadores que dizem fazer "revisão" do Holocausto ignorando toda a metodologia histórica ou militante político vestido de "historiador"), toda a narrativa é/foi feita em cima de provas históricas, documentos, etc. Números, ou mais precisamente, estimativas não são feitas 'a base de chute'(ver os dois artigos sobre vítimas não-judias no Holocausto, parte 1 e parte 2).
Observação: explicando novamente os termos, entender a expressão 'a base de chute' no caso dos "revisionistas" como algo como "nós negamos tudo apesar de nunca provarmos nada e não ter metodologia alguma pra questionar números e estimativas a não ser disseminar mentiras e negar um fato histórico amplamente documentado". Mas a expressão também pode vir a ser adaptada pra descreer o comportamento dos "revoltados" de ocasião na internet e fora dela que "num lindo dia acordei com uma vontade tremenda de bancar o malvadão e pra chocar as pessoas resolvi dizer um monte de absurdos e bobagens sem ter a mínima ideia do que dizia ou apenas repeti o que li em sites neonazistas/antissemitas na internet que negam o Holocausto".
Se o Sr. Williamson faz declarações públicas que reproduzem todo o festival propagandístico de extrema-direita pró-nazi que nega Holocausto, não há "pesquisa" neste caso que dê jeito a suposta "ignorância" dele, digo suposta pois é praticamente impossível que uma pessoa com a formação dele desconheça o Holocausto e repeta "inconscientemente" discursos de grupos de extrema-direita sem ter pleno conhecimento prévio disto e plena afinidade ideológica com este tipo de discurso ou grupo.
A manifestação do Sr. Williamson é antes de tudo uma tomada de decisão política e afinidade ideológica com a extrema-direita de cunho fascista. A negação do Holocausto é uma ideologia propagada principalmente por grupos de extrema-direita na Europa e nos EUA(e também na América do Sul)para negar crimes de guerra nazistas e com isso facilitar o caminho para a ascensão ou retorno de políticas antissemitas/racistas propagados por grupos de extrema-direita.
No caso recente de mais um capítulo do conflito Israel-Palestina, grupos de extrema-esquerda na internet repetiram também as ladainhas já professadas por grupos de extrema-direita como suposta "arma política"(segundo umaa "concepção" distorcida e racista)de ataque ao Estado de Israel e com isso ferindo a memória das vítimas do Holocausto e do regime nazista como um todo.
Vê-se neste episódio a escalada política do extremismo, da irracionalidade, de um obscurantismo religioso fanático e do cinismo.
sábado, 7 de fevereiro de 2009
Sarkozy chama de 'inadmissível' negação do Holocausto por Williamson
PARIS (AFP) - O presidente francês, Nicolas Sarkozy, considerou nesta quinta-
feira "incríveis, chocantes e inadmissíveis" as declarações do bispo integrista Richard Williamson, reintegrado à Igreja recentemente pelo Papa Bento XVI, nas quais negou o Holocausto.
"É inadmissível que, no século XXI, se possa encontrar alguém que se atreva a pôr em dúvida as câmaras de gás, o Holocausto e o martírio dos judeus", disse Sarkozy, em uma entrevista.
"Quando, além disso, esse homem que põe isso em dúvida se considera um pastor, não no sentido protestante, mas no evangélico, é ainda mais chocante", acrescentou.
"Francamente, não tenho vontade de conhecer esse senhor", concluiu.
Fonte: AFP/Yahoo!
http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/090205/mundo/fran__a_vaticano_judeus
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"É inadmissível que, no século XXI, se possa encontrar alguém que se atreva a pôr em dúvida as câmaras de gás, o Holocausto e o martírio dos judeus", disse Sarkozy, em uma entrevista.
"Quando, além disso, esse homem que põe isso em dúvida se considera um pastor, não no sentido protestante, mas no evangélico, é ainda mais chocante", acrescentou.
"Francamente, não tenho vontade de conhecer esse senhor", concluiu.
Fonte: AFP/Yahoo!
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