terça-feira, 8 de outubro de 2013

O exército de mulheres de Hitler (livro)

Um livro documenta a participação ativa e frequentemente entusiasta das alemãs no maquinário assassino do regime nazi
07.10.13 - 00:57 - ANTONIO PANIAGUA | MADRID.
Erna Petri matou seis garotos judias com entre 6 e 12 anos com disparos na nuca na Polônia
A maioria das nazis levaram uma vida
normal uma vez acabada a guerra. /E. C.
Durante o Terceiro Reich as mulheres não se limitaram a servir como conforto para os soldados alemães. Seu papel no maquinário de destruição de Hitler não é muito menos anedótico. Algumas delas empunharam pistolas para aniquilar judeus. A fronteira entre o lar e a frente de batalha era mais que difusa. Consentiram com o genocídio e foram parte ativa do extermínio.

A historiadora estadunidense Wendy Lower revela, sem pôr panos quentes nas atrocidades, a complexidade de grande parte da população feminina nos crimes dos nazis e sua cooperação na hora de enviar às câmaras de gás jovens "racialmente degenerados". No livro 'Arpías de Hitler' (Harpias de Hitler, tradução livre do título em espanhol, título em inglês: Hitler's Furies: German Women in the Nazi Killing Fields (Crítica), a pesquisadora do Holocausto sublinha que as primeiras matanças massivas foram protagonizadas pelas enfermeiras nos hospitais assassinando crianças por inanição (fome), com drogas ou injeções letais.

Durante a guerra, as alemãs romperam o cerco que as confinava a sustentar lares sem pai, granjas e negócios familiares. Pouco a pouco sua presença foi mais além dos trabalhos administrativos e trabalhos agrícolas. À medida que a engrenagem do terror ia se estendendo, foram dados as mulheres trabalhos de vigilância nos campos de concentração. Nos territórios do Leste do Terceiro Reich, onde foram deportados um número sem-fim de judeus para ser gaseados e onde ocorreram os crimes mais execráveis, as alemãs encontraram novas ocupações. "Para as jovens ambiciosas, as possibilidades de ascensão social se multiplicavam com a emergência do novo império nazi", afirma Lower.

Parteiras infanticidas

Obviamente que não se pode fazer generalizações. Contudo, a historiadora maneja um argumento irrebatível: um terço da população feminina, ou seja, treze milhões de mulheres, militaram na organização do Partido Nazi. Por acréscimo, em fins da guerra, uma décima parte do pessoal dos campos de concentração era formado por mulheres. Ao menos 35.000 delas foram instruídas para ser guardas de campos da morte, sobretudo em Ravensbrück, de onde foram destinadas a outros como Stutthof, Auschwitz-Birkenau e Majdanek.

Hitler havia proclamado que o lugar da mulher se encontrava no lar e também no movimento. Arguia que uma mãe de cinco filhos sãos e bem educados fazia mais pelo regime que uma advogada. Não é estranho que nessa época o ofício de parteira gozou de um prestígio e auge até então desconhecidos.

Não menos importante era a profissão de enfermeira, curiosamente a ocupação mais letal com diferencia. Os barbitúricos, a morfina e a agulha hipodérmica foram postas a serviço da eugenia, par a desgraça de crianças com malformações e adolescentes com taras. O programa de 'eutanásia' do Reich empregou as parteiras e o pessoal sanitário feminino. "Com o tempo, essas profissionais chegariam a matar mais de duzentas mil pessoas na Alemanha, Áustria e nos territórios fronteiriços com a Polônia ocupada e anexada ao Reich, assim como na Tchecoslováquia", aponta Lower.

Em que pese a sua implicação no sistema, a maioria das mulheres que participaram do Holocausto seguiram tranquilamente com suas vidas uma vez acabada a guerra. Uma das poucas que desfrutou do cumprimento de seu caso foi Erna Petri. Esta mulher, casada com um alto oficial da SS, liquidou seis garotos judeus entre seis e doze anos com disparos na nuca na Polônia e foi condenada a prisão perpétua. Nem reabilitada e nem indultada, ela saiu da prisão em 1992 por motivos de saúde.

Depois da guerra, a atitude que adotaram as mulheres foi o silêncio, fruto da dor e do medo. Contudo, as cúmplices do nazismo não podiam invocar ignorância dos acontecimentos. A proporção de mulheres que chegaram a trabalhas em escritórios da Gestapo em Viena e Berlim chegou a 40% em fins da guerra. Poucas mulheres sentaram no banco dos réus. Há exceções como a doutora Herta Oberheuser, que mesmo condenada a 22 anos por seus cruéis experimentos médicos, cumpriu só sete anos e se reincorporou à medicina como pediatra.

Fonte: El Correo
http://www.elcorreo.com/alava/v/20131007/cultura/ejercito-mujeres-hitler-20131007.html
Tradução: Roberto Lucena

Ver a outra resenha do livro:
Enfermeiras de dia, nazis e assassinas à noite (livro de Wendy Lower)

7 comentários:

Unknown disse...

Mais uma vagabunda americana mentindo e escondendo os crimes dos imperialistas ianques, escondendo as Bombas Atômicas de Hiroshima e Nagasaki!

Unknown disse...

Esses Racistas Judeus sempre foram odiados porque se entrometem nos países onde vivem!

Roberto disse...

"Esses Racistas Judeus sempre foram odiados porque se entrometem nos países onde vivem!"

Romeno, essa é a última vez que libero cretinices racistas suas aqui a menos que não corra, como fez das outras vezes, não respondendo o que é lhe dito.

Eu não sou judeu e sou brasileiro nato, ao contrário de você. Além de ser brasileiro nato eu me encaixo naqueles grupos de brasileiros com antepassados há séculos no Brasil, que não fica com esses devaneios de "sou descendente disso ou daquilo" como ocorre em alguns estados ou regiões do país.

Eu posso dizer que estrangeiros como vc é que estão criando problema no meu país.

Fora isso você não é muito corajoso pra soltar esse tipo de comentário, por que em vez de vir aqui defecar escrevendo não manda esses comentários diretamente pra Conib, Fierj e cia (entidades judaicas) pra eles lerem já que você os "ama" dessa forma?

Sua atitude não passa de atitude de um covarde e isso é desprezível. E pare de ficar procurando post antigo pra comentar merda porque não tem coragem de escrever isso nos posts recentes do blog pra verem o que você anda emporcalhando na rede.

Eu não tenho a paciência que judeus costumam ter com gente que odeia eles, generalizando, pois nem todo mundo tem sangue de barata e nem todo judeu tem paciência com gente como você. Não teste minha tolerância pois na minha terra já teriam mandado gente como você pra merda há muito tempo, eu não tenho paciência alguma com gringo imbecil defecando merda no Brasil. Você está tentando usar o blog pra pregação de extrema-direita e racismo, solta uma asneira nos posts e faz de conta que não lê as respostas. Aproveite pois estes são seus últimos comentários aqui, eu já havia avisado antes mas não havia enfatizado isso, por essa razão liberei esses comentários.

Roberto disse...

Você matou algum judeu na Romênia? Aprova o que a Guarda de Ferro romena fez?

Unknown disse...

Quem matou Um Milhão de romenos foi o governo comunista dos judeus Ana Pauker, Josif Chisinevski, Abraham Gutman, Burach Tescovich e ect. de 1945 ate 1965 e depois chegou o assassino comunista romeno Nicolae Ceausescu que ficou no poder até 1989 quando foi fuzilado! Informa-se primeiro antes de me acusar de "anti-semita". Estou combatendo os assassinos comunistas, sejam eles romenos, russos, judeus ou diabo que os carrega. Me chamar de Gringo Imbecil, isso me cheira a racismo, não acha?!

Roberto disse...

"Quem matou Um Milhão de romenos foi o governo comunista dos judeus Ana Pauker, Josif Chisinevski, Abraham Gutman, Burach Tescovich e ect. de 1945 ate 1965 e depois chegou o assassino comunista romeno Nicolae Ceausescu que ficou no poder até 1989 quando foi fuzilado! Informa-se primeiro antes de me acusar de "anti-semita"."

Eu vou procurar apurar os crimes do regime romeno (comunista) no pós-segunda guerra, só não garanto que sairá tão cedo isso mas quero saber o que se passou, embora é sabido que houve abusos sim nessas ditaduras, não existe ditadura sem abuso como a que foi apoiada pela Guarda de Ferro também fazia.

Só que seus ataques a judeus não é restrito a esse grupo romeno (são todos judeus mesmo, tirando os com sobrenome visivelmente judeu?) e sim de forma genérica, fora os ataques de "talmudistas" que já li aqui contra mim e o blog, sendo que: eu não sou judeu. Me chamar de talmudista e nada dá no mesmo, embora eu não goste de ler ataques desse tipo pois se o senhor tem alguma pendenga com judeus, dirija os termos a eles.

Não é porque o blog tem um tema de segunda guerra que a gente "represente" entidade judaica no país ou coisa parecida, se assim fosse o mesmo teria apoio em citações etc mas nunca teve, até porque pelos comentários que já fiz sobre Oriente Médio e sobre a política israelense, dificilmente isso aocnteceria, por total incompatibilidade ideológica (eu não aprovo a política israelense com palestinos e naquela região). Veja quantos comentários de judeus na caixa de comentários aparece. Nâo lembro do último que fez algum, provavelmente porque não gostaram dos posts sobre Oriente Médio e não mudarei minha posição sobre isso, e não é pra agradar o lado "revi", é convicção pessoal, questão de justiça.

Roberto disse...

(cont.)

"Estou combatendo os assassinos comunistas, sejam eles romenos, russos, judeus ou diabo que os carrega. Me chamar de Gringo Imbecil, isso me cheira a racismo, não acha?!"

O senhor pelo visto tem memória fraca, eu fui atacado primeiro e mais de uma vez, fora os comentários racistas que li, as pessoas não são "cordeirinhos" pra responder sempre com educação todo tipo de provocação, como eu disse antes, eu não sou judeu, eu não tenha a paciência deles com insulto e provocação, e fui reler o comentário acima e tem mesmo, mas antes eu usei o termo romeno, porque é sua nacionalidade.

O senhor por não conhecer a fundo a História do país mexe com temas sensíveis ao Brasil como a questão do racismo contra negros que é uma herança pesada do período colonial que perdura até hoje, com consequências sociais visíveis. Se está no país então passe a levar em consideração os problemas históricos do país e não idealizar uma guerra fictícia com "comunistas romenos" no Brasil ou algo parecido.

Como já comentei antes, achar que o PT é igual ao partido comunista da Romênia é sandice, seria o primeiro partido comunista totalmente torcido pelo judiciário sem perseguir adversário político algum vide o Aécio Neves atcando a torto e a direito querendo entregar patrimônio do país (pré-Sal, programa nuclear, Petrobras etc) aos EUA e aos grupos privados de lá. O PT não é nem nunca foi comunista, é sim um partido de esquerda, reformista e muito frouxo, cagão mesmo, pois pra aceitar os ataques que a Globo faz (pagando verba estatal pra mesma atacar) e do PSDB, é neurose achar que isso remonta algo que tenha ocorrido na Romênia sendo que o Brasil teve dois regimes ditatoriais de direita, um com Vargas (nacionalista, Estado Novo) e o outro com a ditadura entreguista de 1964 apoiada adivinha por quem: maçonaria e toda a malta dos EUA.

Assista o documentário "O dia que durou 21 anos" pra entender os antecedentes do golpe e queda de João Goulart com as acusações de sempre, o discurso de ataque de "fulano é comunista" sempre foi usado no Brasil e América Latina pra derrubar governo democraticamente eleito com algum viés nacionalista (democrático). É equivocado trazer a realidade romena do pós-guerra pra cá pois não é a mesma coisa, embora haja sim grupos de esquerda radical, como em todo mundo, mas não possuem apoio popular, quando adquirem votos no máximo chegam a 1% do eleitorado no meio de 204 milhões de habitantes (ou seja, quase nada) e muito disso vem de voto de protesto (o PSOL conseguiu isso mas não passa de um Partido Liberal mal assumido cheio de trotskistas ridículos dentro sem força nacional).

A maior inspiração da dita esquerda revolucionária do país, e sobrou pouca coisa disso a não ser um saudosismo, foi a Revolução Cubana. Mal interpretada por sinal pois foi uma revolução nacional antes de guinar pra URSS por rejeição dos EUA em apoiá-la e isso muito pouca gente de esquerda cita (por ignorância ou pra não estragar o mito). E não chegou perto da repressão que houve no leste europeu. Cuba está se abrindo pros EUA, sobrou o que disso a não ser saudosismo? A realidade impõe a mudança e a agenda. O mundo pós queda da URSS é um mundo com uma superpotência hegemônica (EUA) que começa a entrar em declínio, num mundo que não tem mais semelhança com aquele da guerra fria.

O Brasil tem uma dívida histórica com seu próprio povo e com a justiça social, isso não tem nada a ver com regime repressor socialista do leste europeu ou URSS, e é algo atacado até pela extrema-esquerda (que ataca o PT por chamá-lo de direita ou "gerente do capitalismo").

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