Dia da libertação
As solenidades deste domingo pelos 60 anos do fim da guerra foram abertas com um culto ecumênico na igreja Kaiser-Wilhelm-Gedächniskirche, na avenida Kurfürstendam, no centro de Berlim. Na presença de representantes dos três poderes, o presidente da Conferência dos Bispos Alemães, cardeal Karl Lehmann, e o presidente do Conselho da Igreja Evangélica Luterana da Alemanha, Wolfgang Huber, lembraram o 8 de maio de 1945 como "dia da libertação".
"Fomos libertados para respeitar a inviolabilidade da dignidade humana e, por isso, para a dedicação aos que são desprezados e maltratados. Somente a memória nos dá a confiança de que a guerra e a violência não têm a última palavra", disse Huber.
(Foto)Cardeal Lehmann: '8 de maio de 1945 foi também um reinício'
Lehmann disse em seu sermão que o 8 de maio de 1945 "não só foi o fim de um terrível regime, mas também a data de um reinício. A história, no entanto, privilegiou bem mais os alemães ocidentais, enquanto as pessoas no Leste carregaram muito mais o pesado fardo da catástrofe".
Em seguida, o chanceler federal Gerhard Schöder, e os presidentes do Bundestag (câmara baixa do Parlamento), Wolfgang Thierse, do Bundesrat (câmara alta do Legislativo), Matthias Platzeck, e o presidente do Tribunal Federal Constitucional Hans-Jürgen Papier, depositaram coroas de flores pelas vítimas da guerra e da tirania no memorial nacional Neue Wache, em Berlim.
Neonazistas desistem de passeata
(Foto)Polícia e manifestantes impediram passeata de neonazistas
Cerca de 15 mil pessoas bloquearam, com o apoio da polícia, uma passeata de cerca de três mil neonazistas que estava iniciando no centro de Berlim. Os neonazistas protestavam contra o que chamam de "culto à culpa alemã" em contraposição aos pedidos de perdão que o país tem feito às vítimas da guerra desencadeada pela Alemanha.
Na noite de sábado, cerca de 25 mil pessoas, portando velas, lâmpadas e lanternas, já haviam formado uma corrente de 31 quilômetros, na capital alemã, numa vigília contra o fortalecimento da extrema direita no país.
Fonte: Deutsche Welle(Alemanha, arquivo, 08.05.2005)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,1577458_page_2,00.html
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