A principal organização judia alemã anunciou que vai boicotar nesta terça-feira uma cerimônia oficial no parlamento alemão em recordação das vítimas do Holocausto.
Stephan Kramer, secretário-geral do Conselho Central dos Judeus da Alemanha, afirmou numa entrevista ao jornal Tagesspiegel que nenhum dos líderes da organização estará presente à cerimônia por considerar que os eventos anteriores foram ignorados e desrespeitados. Também alertou para o aumento do antissemitismo no país.
O presidente alemão, Horst Köhler, deve pronunciar nesta terça-feira um discurso no parlamento, na presença da chanceler Angela Merkel e de representantes dos principais partidos, por ocasião do dia da recordação do Holocausto, no aniversário da libertação do campo de extermínio de Auschwitz, em 1945.
dlc/cn
Fonte: AFP
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/01/27/organizacao+judia+boicota+cerimonia+pelo+holocausto+na+alemanha+3648987.html
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terça-feira, 27 de janeiro de 2009
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Memória da guerra não tem ponto final, diz Köhler - parte 2
Dia da libertação
As solenidades deste domingo pelos 60 anos do fim da guerra foram abertas com um culto ecumênico na igreja Kaiser-Wilhelm-Gedächniskirche, na avenida Kurfürstendam, no centro de Berlim. Na presença de representantes dos três poderes, o presidente da Conferência dos Bispos Alemães, cardeal Karl Lehmann, e o presidente do Conselho da Igreja Evangélica Luterana da Alemanha, Wolfgang Huber, lembraram o 8 de maio de 1945 como "dia da libertação".
"Fomos libertados para respeitar a inviolabilidade da dignidade humana e, por isso, para a dedicação aos que são desprezados e maltratados. Somente a memória nos dá a confiança de que a guerra e a violência não têm a última palavra", disse Huber.
(Foto)Cardeal Lehmann: '8 de maio de 1945 foi também um reinício'
Lehmann disse em seu sermão que o 8 de maio de 1945 "não só foi o fim de um terrível regime, mas também a data de um reinício. A história, no entanto, privilegiou bem mais os alemães ocidentais, enquanto as pessoas no Leste carregaram muito mais o pesado fardo da catástrofe".
Em seguida, o chanceler federal Gerhard Schöder, e os presidentes do Bundestag (câmara baixa do Parlamento), Wolfgang Thierse, do Bundesrat (câmara alta do Legislativo), Matthias Platzeck, e o presidente do Tribunal Federal Constitucional Hans-Jürgen Papier, depositaram coroas de flores pelas vítimas da guerra e da tirania no memorial nacional Neue Wache, em Berlim.
Neonazistas desistem de passeata
(Foto)Polícia e manifestantes impediram passeata de neonazistas
Cerca de 15 mil pessoas bloquearam, com o apoio da polícia, uma passeata de cerca de três mil neonazistas que estava iniciando no centro de Berlim. Os neonazistas protestavam contra o que chamam de "culto à culpa alemã" em contraposição aos pedidos de perdão que o país tem feito às vítimas da guerra desencadeada pela Alemanha.
Na noite de sábado, cerca de 25 mil pessoas, portando velas, lâmpadas e lanternas, já haviam formado uma corrente de 31 quilômetros, na capital alemã, numa vigília contra o fortalecimento da extrema direita no país.
Fonte: Deutsche Welle(Alemanha, arquivo, 08.05.2005)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,1577458_page_2,00.html
As solenidades deste domingo pelos 60 anos do fim da guerra foram abertas com um culto ecumênico na igreja Kaiser-Wilhelm-Gedächniskirche, na avenida Kurfürstendam, no centro de Berlim. Na presença de representantes dos três poderes, o presidente da Conferência dos Bispos Alemães, cardeal Karl Lehmann, e o presidente do Conselho da Igreja Evangélica Luterana da Alemanha, Wolfgang Huber, lembraram o 8 de maio de 1945 como "dia da libertação".
"Fomos libertados para respeitar a inviolabilidade da dignidade humana e, por isso, para a dedicação aos que são desprezados e maltratados. Somente a memória nos dá a confiança de que a guerra e a violência não têm a última palavra", disse Huber.
(Foto)Cardeal Lehmann: '8 de maio de 1945 foi também um reinício'
Lehmann disse em seu sermão que o 8 de maio de 1945 "não só foi o fim de um terrível regime, mas também a data de um reinício. A história, no entanto, privilegiou bem mais os alemães ocidentais, enquanto as pessoas no Leste carregaram muito mais o pesado fardo da catástrofe".
Em seguida, o chanceler federal Gerhard Schöder, e os presidentes do Bundestag (câmara baixa do Parlamento), Wolfgang Thierse, do Bundesrat (câmara alta do Legislativo), Matthias Platzeck, e o presidente do Tribunal Federal Constitucional Hans-Jürgen Papier, depositaram coroas de flores pelas vítimas da guerra e da tirania no memorial nacional Neue Wache, em Berlim.
Neonazistas desistem de passeata
(Foto)Polícia e manifestantes impediram passeata de neonazistas
Cerca de 15 mil pessoas bloquearam, com o apoio da polícia, uma passeata de cerca de três mil neonazistas que estava iniciando no centro de Berlim. Os neonazistas protestavam contra o que chamam de "culto à culpa alemã" em contraposição aos pedidos de perdão que o país tem feito às vítimas da guerra desencadeada pela Alemanha.
Na noite de sábado, cerca de 25 mil pessoas, portando velas, lâmpadas e lanternas, já haviam formado uma corrente de 31 quilômetros, na capital alemã, numa vigília contra o fortalecimento da extrema direita no país.
Fonte: Deutsche Welle(Alemanha, arquivo, 08.05.2005)
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terça-feira, 3 de junho de 2008
Memória da guerra não tem ponto final, diz Köhler - parte 1
(Foto)Público acompanhou discurso do presidente no telão em Berlim
Presidente alemão conclama compatriotas a manter viva a lembrança do sofrimento e da violência que partiu da Alemanha nazista e a lutar contra a repetição de crimes semelhantes. Passeata de neonazistas é barrada em Berlim na comemoração dos 60 anos do fim da II Guerra.
"Nós temos a responsabilidade de manter viva a memória do sofrimento e da violência que partiu da Alemanha nazista e de garantir que isso nunca se repita. Não há um ponto final", disse o presidente alemão Horst Köhler, em discurso no Parlamento, neste domingo (08/05), durante a principal cerimônia na Alemanha pelo 60º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial.
A tragédia que a Alemanha provocou ao mundo têm efeitos até hoje, acrescentou. "Nós alemães recordamos com horror e vergonha a Segunda Guerra desencadeada pela Alemanha e o Holocausto cometido pelos alemães. Rememoramos os seis milhões de judeus que foram mortos com energia diabólica", afirmou Köhler. Ele manifestou "repulsa e desprezo por aqueles que cometeram esse crime contra a humanidade e destruíram a honra de nosso país".
(Foto)Presidente alemão Horst Koehler discursa no Bundestg (Parlamento alemão)
Köhler disse que a "a maioria dos alemães sentiu-se aliviada" com o fim da guerra. Ele lembrou os milhões de judeus, grupos ciganos sinti e roma, homossexuais e deficientes, as vítimas da fúria alemã, sobretudo, na Polônia e União Soviética, mas também os civis mortos nos bombardeios contra a Alemanha, os perseguidos e as mulheres violentadas em massa. "Estamos de luto por todas as vítimas, porque queremos ser justos com todos os povos, inclusive com o nosso próprio povo", afirmou.
Ao mesmo tempo, o presidente avaliou como "motivo para alegria e gratidão", a transformação externa e interna pela qual passou a Alemanha nos últimos 60 anos. "Essa gratidão devemos, em primeiro lugar, aos povos que derrotaram a Alemanha e a libertaram do nazismo. Eles deram uma chance ao nosso país no pós-guerra", ressaltou.
(Foto)Cerimônia no Bundestag pelos 60 anos do fim da II Guerra
No mesmo tom das críticas feitas pelo presidente norte-americano George W. Busch em sua viagem aos países bálticos, Köhler lembrou que na zona de ocupação soviética o sofrimento de muitas pessoas continuou depois da Segunda Guerra. "Só numa parte da Europa foi possível construir sem obstáculos sociedades livres".
Referindo-se à revolução pacífica de 1989, o presidente disse: "Os alemães orientais escreveram um dos melhores capítulos da história alemã". Hoje – continuou Köhler – a Alemanha é uma democracia estável. "Hoje a Europa é caracterizada pela liberdade, democracia e o respeito aos direitos humanos e a Alemanha está cercada de amigo e parceiros".
Infelizmente, observou ainda, "na Alemanha também há incorrigíveis, que querem voltar ao racismo e extremismo de direita. Mas eles não têm qualquer chance contra a absoluta maioria de alemães conscientes que mantêm nossa democracia vigilante e resistente", disse sob forte aplauso das lideranças políticas do país.
Köhler fez questão de ressaltar as relações de amizade que hoje unem a Alemanha e Israel e destacou ainda a importância da parceria transatlântica com os Estados Unidos. "Hoje a guerra na Europa se tornou impossível", disse.
Fonte: Deutsche Welle(arquivo, 08.05.2005)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,1577458,00.html
Presidente alemão conclama compatriotas a manter viva a lembrança do sofrimento e da violência que partiu da Alemanha nazista e a lutar contra a repetição de crimes semelhantes. Passeata de neonazistas é barrada em Berlim na comemoração dos 60 anos do fim da II Guerra.
"Nós temos a responsabilidade de manter viva a memória do sofrimento e da violência que partiu da Alemanha nazista e de garantir que isso nunca se repita. Não há um ponto final", disse o presidente alemão Horst Köhler, em discurso no Parlamento, neste domingo (08/05), durante a principal cerimônia na Alemanha pelo 60º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial.
A tragédia que a Alemanha provocou ao mundo têm efeitos até hoje, acrescentou. "Nós alemães recordamos com horror e vergonha a Segunda Guerra desencadeada pela Alemanha e o Holocausto cometido pelos alemães. Rememoramos os seis milhões de judeus que foram mortos com energia diabólica", afirmou Köhler. Ele manifestou "repulsa e desprezo por aqueles que cometeram esse crime contra a humanidade e destruíram a honra de nosso país".
(Foto)Presidente alemão Horst Koehler discursa no Bundestg (Parlamento alemão)
Köhler disse que a "a maioria dos alemães sentiu-se aliviada" com o fim da guerra. Ele lembrou os milhões de judeus, grupos ciganos sinti e roma, homossexuais e deficientes, as vítimas da fúria alemã, sobretudo, na Polônia e União Soviética, mas também os civis mortos nos bombardeios contra a Alemanha, os perseguidos e as mulheres violentadas em massa. "Estamos de luto por todas as vítimas, porque queremos ser justos com todos os povos, inclusive com o nosso próprio povo", afirmou.
Ao mesmo tempo, o presidente avaliou como "motivo para alegria e gratidão", a transformação externa e interna pela qual passou a Alemanha nos últimos 60 anos. "Essa gratidão devemos, em primeiro lugar, aos povos que derrotaram a Alemanha e a libertaram do nazismo. Eles deram uma chance ao nosso país no pós-guerra", ressaltou.
(Foto)Cerimônia no Bundestag pelos 60 anos do fim da II Guerra
No mesmo tom das críticas feitas pelo presidente norte-americano George W. Busch em sua viagem aos países bálticos, Köhler lembrou que na zona de ocupação soviética o sofrimento de muitas pessoas continuou depois da Segunda Guerra. "Só numa parte da Europa foi possível construir sem obstáculos sociedades livres".
Referindo-se à revolução pacífica de 1989, o presidente disse: "Os alemães orientais escreveram um dos melhores capítulos da história alemã". Hoje – continuou Köhler – a Alemanha é uma democracia estável. "Hoje a Europa é caracterizada pela liberdade, democracia e o respeito aos direitos humanos e a Alemanha está cercada de amigo e parceiros".
Infelizmente, observou ainda, "na Alemanha também há incorrigíveis, que querem voltar ao racismo e extremismo de direita. Mas eles não têm qualquer chance contra a absoluta maioria de alemães conscientes que mantêm nossa democracia vigilante e resistente", disse sob forte aplauso das lideranças políticas do país.
Köhler fez questão de ressaltar as relações de amizade que hoje unem a Alemanha e Israel e destacou ainda a importância da parceria transatlântica com os Estados Unidos. "Hoje a guerra na Europa se tornou impossível", disse.
Fonte: Deutsche Welle(arquivo, 08.05.2005)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,1577458,00.html
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