A proclamação da IIª República espanhola em Abril de 1931, que pôs fim à monarquia depois da ditadura de Primo de Rivera, surpreende a Ditadura Nacional nas tarefas de controlo da “Revolta da Madeira”. Os republicanos portugueses exilados das revoltas que se tinham sucedido no nosso país depois do golpe militar de 28 de Maio de 1926, até ali refugiados em Espanha e França, passaram a contar com o apoio dos novos governantes espanhóis na luta contra o regime ditatorial português. Conscientes do perigo que representava a nova situação para o seu futuro, os responsáveis pela ditadura portuguesa puseram em marcha uma campanha avivando o anti-espanholismo na opinião pública portuguesa 1.
Esta campanha essencialmente propagandística, levada a cabo pela generalidade dos jornais e rádios portugueses, viria a conhecer um interregno, depois da vitória da coligação de direita de Gil Robles e Alejandro Lerroux nas eleições espanholas de 1933, de que resultaria, inclusive, o reconhecimento oficial da IIª República por parte de Portugal, mas viria a ser retomada com mais afinco quando, em Fevereiro de 1936, a Frente Popular, coligação de forças de esquerda e independentistas, ganhou as eleições legislativas no Estado espanhol. Desta vez, ao contrário das eleições de 1933, os anarquistas e anarco-sindicalistas organizados na FAI, Federação Anarquista Ibérica, e na CNT, Confederação Nacional do Trabalho, não deram indicação abstencionista.
Esta vitória eleitoral abriu as portas ao desencadear de um processo pré-revolucionário raramente referenciado quando se fala da Guerra Civil espanhola. Os eleitores que tinham levado a esquerda ao poder já não eram os mesmos que a tinham votado em 1931. Algo tinha mudado, tinham mais experiência. Não esperaram que o novo governo decretasse uma anistia, passaram à ação e, de imediato, abriram as portas das cadeias a oitenta mil presos, grande parte deles recluídos na sequência da repressão à greve geral revolucionária de 1934. Os camponeses não esperaram o reinício do debate da reforma agrária, lançaram-se a ocupar as terras. Durante o mês de Março, noventa mil camponeses da Extremadura, Andaluzia e La Mancha ocuparam latifúndios, passando a trabalhar a terra em comunidade. Assim se iniciava uma revolução pacífica, potenciada pela generalização das coletivizações da terra, minas, indústria, transportes e alguns serviços básicos após o fracasso do golpe militar fascista em Julho de 1936, que manteria rasgos revolucionários durante o primeiro ano da Guerra Civil 2.
A partir de Fevereiro de 1936, em paralelo com a campanha de propaganda, Salazar passou a apoiar e a colaborar com opositores espanhóis na preparação de um golpe militar “para o derrube do regime republicano espanhol e de defesa da sua ditadura” 3. No Estoril, encontrava-se exilado, depois de um pronunciamento militar fracassado em Agosto de 1932, do qual fora indultado pelo governo republicano no ano seguinte, o seu mentor, General Sanjurjo Sacanell, coordenador de um grupo de militares, onde se destacavam os Generais Emilio Mola, planificador do golpe e chefe das operações no Norte de Espanha, e Francisco Franco que, à cabeça do exército de África primeiro e como “caudilho” depois, desempenhou o papel central nos acontecimentos 4.
19 de Julho de 1936 em Barcelona e Madrid a ação dos revolucionários civis faz fracassar o golpe fascista. |
O conflito em Espanha desencadeou-se num momento crucial de consolidação da ditadura instalada dez anos antes em Portugal, que conhecera a última de uma série de revoltas havia pouco mais de dois anos, em 18 de Janeiro de 1934, e do seu desfecho dependia a sobrevivência do Estado Novo. Não surpreende por isso a intervenção salazarista a favor dos militares fascistas sublevados nos primeiros meses de guerra, durante os quais o Governo de Lisboa mantinha relações formais com o Governo da República espanhola ao mesmo tempo que equipava, financiava alimentava e defendia nos fóruns internacionais os militares que o tentavam derrubar. Surpreendente é o facto destas atividades terem sido realizadas como se de actos clandestinos se tratasse, ao ponto de delas praticamente não se encontrarem provas documentais.
Apoio Financeiro
Desta dificuldade faz eco José Ángel Sánchez Asiain, autor de uma volumosa obra sobre o financiamento da Guerra Civil espanhola, onde dedica um capítulo ao papel de Portugal na sublevação de 18 de Julho de 1936, “indiscutivelmente houve ajudas financeiras à sublevação a partir de Portugal. Foram facilitadas nas primeiras semanas da guerra, quando o financiamento era muito escasso. Desgraçadamente, se em geral as ajudas financeiras são difíceis de documentar, no caso português, com exceção dos seus créditos bancários, são-no muitíssimo mais, muito pouco transpareceu, especialmente numa das suas mais importantes rubricas, que sem dúvida teve que ser o coletivo dos grandes empresários” 5.
Salazar e Ricardo Espirito Santo (Avô do atual Ricardo Salgado) |
Na obra de Sánchez Asiain, a Sociedade Geral, empresa fundada por Alfredo da Silva, é referida como tendo aberto um crédito, no valor de 175.000 libras esterlinas, logo no início de Agosto de 1936, a favor de Andrés Amado, Gil Robles e Gabriel Maura, representantes do governo de Burgos em Lisboa. Mas a lista revelada não se fica por aqui. Aparecem também referências a operações de financiamento ao longo do conflito por parte do Banco Totta, da Caixa Geral de Depósitos, do Banco Comercial, Casa Viana e Fonseca, do Banco Nacional Ultramarino e do Banco Espírito Santo. Este último, entre outros apoios, passou a remeter às dezenas de representantes diplomáticos do governo de Burgos verbas para o seu funcionamento 8.
Apoio logístico e material
Divisão da Espanha em finais de Julho de 1936 |
À medida que o exército comandado por Franco progrediu de Cádis em direção ao Norte e conquistou as cidades e vilas dos territórios raianos da Andaluzia e da Extremadura espanhola, os civis e milicianos republicanos, que conseguiam cruzar a fronteira buscando refúgio no nosso país, encontravam um dispositivo montado pela PIDE, GNR, Guarda Fiscal e forças militares, com instruções claras de acção, que os devolvia às forças fascistas, apesar de saberem que os “entregados” seriam sumariamente fuzilados.
Cadáveres de fuzilados no cemitério de Badajoz. |
O mesmo se passava na restante área raiana, de Valença do Minho a Vila Real de Santo António. Os cerca de mil republicanos, oriundos das povoações espanholas vizinhas de Barrancos, confinados, em Agosto, nos “campos de refugiados” improvisados nas Herdades da Coitadinha e das Russianas, e que, em Outubro de 1936, seriam transportados de barco, a partir de Lisboa, para a zona republicana, foram uma exceção à política seguida por Salazar com os refugiados, tendo ficado a dever-se este desfecho à coragem do responsável do campo, que desrespeitou as ordens, vindo a ser penalizado por isso 10.
Apoio diplomático e propaganda
Ruínas de Guernica |
Apesar da importância de todos os apoios proporcionados, para muitos autores, a principal intervenção portuguesa no conflito foi de natureza político-ideológica e revelar-se-ia crucial para credibilizar no exterior o movimento rebelde. É neste contexto que pode situar-se a oposição sistemática a todo o tipo de proposta de mediação entre os sublevados e o governo republicano por parte do Governo português. Uma proposta franco-britânica nesse sentido, recebeu em Dezembro de 1936 a oposição formal de Salazar em termos esclarecedores sobre o que estava em jogo, ao considerar as mediações no conflito espanhol “incompreensíveis, se, como supomos, ali se assiste à luta de duas civilizações ou de uma civilização contra a barbárie” 12. Três meses depois a diplomacia portuguesa intervinha junto do Vaticano, no que pode ser qualificado de “puxão de orelhas” ante a debilidade da igreja católica, concretamente quando suspeitam que a Santa Sé se prepara para apoiar a proposta franco-britânica de mediação do conflito de Maio de 1937.
Internamente fora posta em marcha uma campanha de propaganda, controlada pelo Secretariado de Propaganda Nacional (SPN), visando a mobilização da opinião pública portuguesa, através dos jornais, rádios e cinema, em cujos conteúdos colaboravam os principais intelectuais do regime, promovendo o elogio a Franco e cortando todas as informações que fossem prejudiciais para a imagem do bando insurreto ou que favorecessem o bando leal à República. O Rádio Club Português e a Emissora Nacional aumentaram a potência de emissão e passaram a emitir também em castelhano, constituindo-se em emissores de rádio do exército franquista. Mais de trinta jornalistas e fotógrafos foram enviados pelos jornais portugueses para cobrir a guerra, todos para o território do bando sublevado.
Pacto de não-intervenção
A iniciativa franco-britânica deste acordo de não intervenção conduziria ao desarmamento progressivo do exército republicano, impedido de reabastecer-se nos provedores tradicionais, e seria um contributo importante para a vitória dos fascistas dois anos e meio depois. Logo que o acordo foi assinado, a França suspendeu a venda de equipamento militar ao governo legítimo da República. Encerrou a sua fronteira com Espanha e iniciou uma campanha, desencorajando os seus cidadãos de irem apoiar a causa republicana. O mesmo apelo faria a Grã-Bretanha, o que não impediria milhares de franceses e ingleses de se juntarem a outros milhares de voluntários de cinquenta nacionalidades, que acorreram a Espanha para lutar contra o fascismo e apoiar aqueles que lutavam pela terra e pela liberdade.
Paralelamente, a Alemanha nazi, a Itália fascista e o Portugal salazarista, signatários do mesmo acordo de não-intervenção, não só não o cumpriram como massificaram o apoio aos sublevados espanhóis com equipamento militar e tropas, evidenciando a farsa que escondia a iniciativa franco-britânica. Antes de acabar o ano de 1936, a Alemanha dispunha já no território espanhol de um contingente de cerca de 5000 homens, entre instrutores, pilotos e soldados, a Legião Condor, equipada com aviões, carros de combate e artilharia. A Itália, participava com o Corpo de Tropas Voluntárias, CTV, composto por 50.000 italianos, equipados com tanques, veículos blindados e artilharia (incluída a antiaérea). Pelos portos e fronteiras de Portugal, durante 1936, passou uma parte importante deste apoio e do abastecimento ao exército fascista, ao ponto do nosso país figurar como o terceiro maior importador mundial de material de guerra neste período, pondo também a funcionar em dois turnos as fábricas de munições, explosivos e granadas, ao mesmo tempo que organizava o recrutamento de voluntários, os “Viriatos” 13, com soldo pago em Portugal, que se viriam a integrar aos milhares nas várias divisões do exército sublevado. O futuro da ditadura salazarista jogava-se no conflito espanhol, “de entre todos os outros países que apoiaram os dois bandos em luta, nenhum fez um esforço tão grande como o Governo português que viveu a Guerra Civil espanhola como um assunto interno” 14.
O papel da União Soviética
Com a evidência da violação do acordo por parte destes países, em Novembro de 1936 a União Soviética passa a fornecer material de guerra ao Governo republicano, uma intervenção que se lhe revelaria rentável do ponto de vista econômico, uma vez que as reservas de ouro espanholas, 500 toneladas, previamente depositadas em Moscou pelo governo republicano, seriam integralmente consumidas como pagamento pela ajuda soviética, cobrada a preços excepcionalmente elevados. As armas e víveres da União soviética chegaram acompanhados de novas orientações políticas que condicionariam as possibilidades de revolução social em Espanha e, talvez, o desfecho da guerra civil. Com a ajuda militar e o trigo soviéticos, os comunistas, até ali minoritários, aumentaram a sua influência no governo e nas ruas. Uns meses mais tarde, em Maio de 37, levantaram-se de novo barricadas em Barcelona, desta vez não contra os fascistas, mas contra as tentativas do governo autônomo, onde participavam os comunistas, de acabar com as coletivizações.
Primeiro autocarro (ônibus) construído numa fábrica de automóveis coletivizada |
Uma tentativa de ocupação pela polícia, da sede da Telefónica coletivizada, que foi interpretada como uma provocação dos stalinistas para acabar com o processo revolucionário em Espanha, despoletaria graves incidentes por toda a cidade nos dias seguintes, de que resultariam cerca de quinhentos mortos e milhares de feridos, uma guerra civil dentro da guerra civil.
A situação de guerra e a premência do combate contra o fascismo levaria os dirigentes das organizações libertárias e revolucionárias catalãs a desistir do enfrentamento com o governo republicano e o PCE. As milícias populares e colunas foram militarizadas, com o regresso da hierarquia militar, as coletivizações passaram a nacionalizações e, por arrasto, a revolução social em marcha começou a adquirir as características do capitalismo de estado. Os métodos repressivos de Stálin na União Soviética passaram a ser utilizados em Espanha, onde se estendeu a guerra aos trotskistas, com a eliminação do POUM e o assassinato de alguns dos seus dirigentes. A política de condução da guerra passaria a ser dirigida pelo PCE em todas as suas facetas. O comitê executivo do Komitern, a Internacional Comunista, a 4 de Agosto de 1937, publicava o enquadramento teórico de toda esta ação política: “Num país como Espanha, onde as instituições feudais têm ainda raízes muito profundas, a classe operária e o povo têm como tarefa imediata e urgente, a única tarefa possível (…) não realizar a revolução socialista, mas sim defender, consolidar e desenvolver a revolução democrática burguesa”.
A solidariedade dos portugueses com a República espanhola
A oposição ao regime, asfixiada por dez anos de ditadura edificada sobre os escombros das revoltas sangrentas iniciadas em Fevereiro de 1927 (ver Mapa nº 5), com milhares de presos, deportados nas colônias e exilados no estrangeiro, participou no apoio à República e ao processo revolucionário espanhol, apesar das circunstâncias difíceis em que se encontrava, realizando vários atentados à bomba, levados a cabo por anarquistas e republicanos reviralhistas contra objetivos relacionados diretamente com o conflito.
Aspecto da rua e do portão do jardim da casa de Josué Trocado para onde o ditador se dirigia quando rebentou a bomba. Foto Arquivo Nacional da Torre do Tombo. |
Relacionada por muitos autores como um gesto de apoio aos republicanos espanhóis, a revolta dos marinheiros de Setembro de 1936, em que um grupo de marinheiros organizados na ORA (Organização Revolucionária da Armada), estrutura afeta ao PCP, se apoderou de três navios no Tejo, (Dão, Bartolomeu Dias e Afonso de Albuquerque), “não foi feita para irmos para Espanha naturalmente era para lá que iríamos se fosse preciso, porque não havia outro sítio para onde ir, mas não era esse o objetivo”, afirma José Barata 18, um dos marinheiros revoltosos membro da ORA. Segundo ele, o motivo era exigir a reintegração de dezessete marinheiros, excluídos no regresso de uma viagem que teve várias escalas em portos do Mediterrâneo controlados pelos republicanos espanhóis e a libertação dos marinheiros presos no ano anterior. Fossem quais fossem as razões dos marinheiros, Salazar não hesitou em mandar bombardear os navios pela artilharia de costa, de que resultou a morte de cinco marinheiros, dezenas de feridos, a condenação posterior de outros sessenta a pesadas penas de prisão, cumpridas no Tarrafal e a inutilização dos navios mais modernos da Armada.
Marinheiros da ORA conduzidos, sobre escolta, para o campo de concentração do Tarrafal, em Outubro de 1936 |
Milhares de portugueses participaram na primeira linha do conflito, (a maioria emigrantes que depois de proclamada a República no país vizinho ali tinham procurado trabalho, um pouco por todo o território, mas em grande número nas minas das Astúrias e de Rio Tinto, outros exilados fugindo da repressão que se seguiu às várias revoltas fracassadas da década anterior e alguns que a partir de Portugal se dirigiram às zonas republicanas depois de iniciada a guerra), contando-se por dezenas, os mortos; centenas, os presos; e outros tantos, os confinados nos campos de concentração franceses, no final da guerra. Nas obras de referência mundial sobre a Guerra Civil, quando tratam a participação dos cidadãos de todos os continentes que acorreram a Espanha para lutar contra o fascismo, comungando do ânimo revolucionário dos republicanos, admirado no mundo inteiro, pouco se fala da presença portuguesa. Uma explicação poderá ser o facto da esmagadora maioria dos portugueses já se encontrar ali quando se desencadeou o conflito, passando a integrar as milícias e colunas locais desde o primeiro momento. Também por essa razão não terá existido uma brigada internacional portuguesa, embora seja conhecida a presença de portugueses em várias delas. Uma investigação exaustiva sobre este tema ainda está por fazer 19.
Ao finalizar o conflito, Salazar assumiria a participação compenetrada no bando fascista da guerra civil espanhola. No discurso perante a Assembleia Nacional, a 22 de maio de 1939, afirmou que não lhe importava “o sacrifício que tinha feito Portugal nem o número de soldados portugueses mortos na guerra”, referindo-se aos “viriatos”, voluntários fascistas a soldo, já que o importante, para ele, era que “o objetivo tinha sido cumprido”, rematando de forma eloquentemente reveladora: “Orgulho-me de que tenham morrido bem e todos – vivos e mortos - tenham escrito pela sua valentia mais uma página heroica da nossa e da alheia História. Não temos nada a pedir nem contas a apresentar. Vencemos, eis tudo!” 20
Franco e Salazar em 1965 (foto de Arbonaida) |
Delfim Cadenas
delfimcadenas@jornalmapa.pt
Portugal e a Guerra Civil Espanhola
16 de Setembro de 2014
Notas:
1. OLIVEIRA, Cesar de; Portugal e a II República Espanhola (1931-1936), pp 82-83, Lisboa, Perspectivas e Realidades, 1985.
2. PAZ, Abel; “O Povo em Armas”, Lisboa, Assírio & Alvim, s. d. Ver também entrevista de Outubro de 2005 a Abel Paz, in http://goo.gl/28Ql6j
3. PORTELA, Luis e RODRIGUES, Edgar; Na Inquisição de Salazar, pp 188-189, Rio de Janeiro, Editora Germinal, 1957.
4. Sanjurjo viria a morrer em Cascais a 20 de julho de 1936, dois dias depois do “Alzamiento”, quando a avioneta que o transportava a Burgos teve um acidente ao descolar. Mola viria a morrer também num acidente aéreo perto de Burgos em 1937.
5. SÁNCHEZ ASIAIN, José Angel; La financiación de la guerra civil española, p.238, Barcelona, Crítica, 2012
6. Obra citada nota anterior, p.239. Em nota de rodapé, o autor informa que teve acesso à agenda da Secretaria de Salazar, que se encontra no Arquivo Salazar (1907-1974), Torre do Tombo, agradecendo ao seu amigo Carlos A. Damas, director do Centro de Estudos da História do Banco Espírito Santo a destacada ajuda que lhe prestou no acesso a essa agenda e a outros valiosos documentos, especialmente os relativos à operação para pôr à disposição de diplomáticos do Governo de Burgos recursos financeiros por conta do banco.
7. MENESES, Filipe Ribeiro de; Salazar, Uma Biografia Política, p.218, Lisboa, Dom Quijote, 2010.
8. SÁNCHEZ ASIAIN, obra citada, pp.240 e seguintes.
9. OLIVEIRA, Cesar de; obra citada, pp. 137-155.
10. SIMÕES, Maria Dulce; Barrancos na Encruzilhada da Guerra Civil de Espanha. Memórias e testemunhos, 1936. Câmara Municipal de Barrancos, Edições Colibri, 2007.
11. DELGADO, Iva; Portugal e a Guerra de Espanha, pp 38 e seguintes, Lisboa, Europa-América, 1980.
12. MNE 1964: doc nº 699. Resposta formal de Salazar à proposta franco-britânica de mediação do conflito, de 11.12.1936.
13. Entre quatro e dez mil voluntários portugueses, a cifra exacta não está apurada, conhecidos por os “viriatos” alistar-se-iam nas fileiras franquistas.
14. RODRIGUEZ, Alberto Pena; La creación de la imagen del franquismo en el Portugal salazarista, http://goo.gl/utvbiw
15. RICHARDS, Vernon; Enseñanzas de la revolución española, Madrid, Campo abierto ediciones, 1977
16. Fonte: http://bandarra-bandurra.blogspot.com.es
17. SANTANA, Emídio; O Atentado a Salazar, p. 61, Lisboa, Publicações Forum, 1976.
18. GOMES, Varela; Guerra de Espanha – Achegas ao Redor da Participação Portuguesa, 2ª edição, p. 78, Lisboa, Fim de Século, 2006
19. César de Oliveira, na obra citada pp 399-410, identifica centenas deles a partir dos arquivos portugueses, Varela Gomes, obra citada pp. 17-77, recolheu depoimentos de participantes, quase todos comunistas, e identificou outros. José Tavares, “Memória Subversiva – História do anarquismo e do sindicalismo em Portugal”, 27 horas de entrevistas e registo de documentos, Lisboa, 1987, filmou depoimentos de alguns dos anarquistas que tinham participado na guerra.
20. Discurso de Salazar ante a Assembleia Nacional em 22 de Maio de 1939. Discursos e Notas políticas III, 1938-1943, pp.147-148. Coimbra Editora, 1959.
Fonte: Jornal Mapa
http://www.jornalmapa.pt/2014/09/16/portugal-e-a-guerra-civil-espanhola/
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