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quinta-feira, 8 de março de 2012

Em dois meses, polícia registra três ataques de grupos neonazistas no RS

Em dois meses, polícia registra três ataques de grupos neonazistas no RS

Vídeo com reportagem na página da matéria, link.

Em Caxias do Sul, em janeiro, um jovem de 17 anos foi esfaqueado.
Para delegado, nova geração destes grupos 'é preocupante'.

Fábio Almeida Da RBS TV
Material apreendido com suspeitos de praticarem atos neonazistas no RS (Foto: Fábio Almeida/RBS TV)Material apreendido com suspeitos de praticarem atos neonazistas no RS (Foto: Fábio Almeida/RBS TV)

Somente nos dois primeiros meses de 2012, a polícia registrou três ataques de grupos neonazistas com vítimas no Rio Grande do Sul. Além de Porto Alegre, as ações também ocorreram em Caxias do Sul, na Serra, onde um jovem de 17 anos foi esfaqueado no dia 15 de janeiro. Os grupos não são novidade no estado. Desde 2002, foram diversos materiais apreendidos e pelo menos 35 pessoas indiciadas. Um dos casos mais violentos foi o atentado contra jovens judeus que foram esfaqueados em um bar de Porto Alegre, em 2005.

A reportagem da RBS TV localizou a família do menino agredido em Caxias, mas eles não quiseram gravar entrevistas, como medo de novos ataques. "Além do adolescente que foi identificado e que formalizou um registro de ocorrência, temos notícia de outro que foi agredido naquele mesmo dia. Estamos efetuando diligências no sentido de identificar este jovem (agressor)", diz a delegada Suely Rech, da Polícia Civil.

Pichação neonazista em Caxias do Sul. O 14 representa o número de palavras de um slogan racista: "Devemos assegurar a existência de nosso povo e um futuro para as Crianças Brancas". O 88 representa a repetição da oitava letra do alfabeto, o H, de Hiel Hit (Foto: Fábio Almeida/RBS TV)Pichação neonazista em Caxias do Sul
(Foto: Fábio Almeida/RBS TV)

No dia seguinte às agressões, materiais como facas, bastão retrátil e soqueiras, uma delas com o símbolo da cruz de ferro, uma honraria militar usada pelos nazistas durante a Segunda Guerra, foram apreendidos. Ainda em Caxias do Sul, uma pichação em um muro marca um território. Segundo os moradores do bairro Santa Lúcia, as marcas foram deixadas depois de uma festa no início do ano. Homens de preto e com a cabeça raspada faziam uma comemoração.

"O movimento neonazista é cíclico. Eles partem para ação, há uma comunidade, onde se encontra toda uma manifestação. Também tem a imprensa registrando, então eles recuam. Deixam passar algum tempo e voltam", comenta Jair Kruschke, do Movimento de Justiça e Direitos Humanos.
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Para o delegado Paulo César Jardim, que acompanha os neonazistas no estado há mais de 10 anos, é preocupante a nova geração destes grupos. "Eles adoram decorar o corpo com inúmeras tatuagens, adoram fazer pose, tirar fotografias mostrando que são machões. Mas quando vamos conversar, dialogar sobre ideologia, alguns livros, algumas obras, eles se perdem. Eles não sabem conversar sobre aquilo que eles dizem que acreditam", diz.

Em Porto Alegre, na madrugada do último dia 4 de fevereiro, câmeras de segurança registraram grande movimentação em frente a um bar na Avenida Independência, região central da cidade. Em seguida, foi verificada uma correria e o início de uma briga. "Era um rapaz franzino, que estava com um skate na mão, usava dreads no cabelo, devia ter uns 18, 19 anos. Ele foi agredido por um grupo de 5, 6, até 7 pessoas grandes, de cabeça raspada, que batiam nele covardemente, todos ao mesmo tempo, pelas costas", conta uma testemunha que não se identifica.

Esta mesma testemunha também assistiu a uma outra cena que assustou muita gente na mesma noite. "Eles foram andando pela Independência e começaram a bater no peito, esticar o braço e gritar heil, heil, heil. Também gritavam Porto Alegre é nossa e coisas do tipo. Para mim foi ali o momento que ficou claro o que estava acontecendo", acrescenta o jovem.

Na sequência de ataques deste ano, o que chama a atenção da polícia são os laços com uma organização internacional e a ousadia dos neonazistas gaúchos ao revelar a conexão. O grupo que está agindo na Serra e em Porto Alegre prega o ódio e racismo, e que se espalha por todo o mundo, a Blood and Honour (Sangue e Honra). No site da organização, imagens indicam a ligação: neonazistas gaúchos, chamados de Divisão do Sul, que chegam a substituir a suástica pelo brasão da bandeira do estado.

Fonte: G1
http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2012/03/em-dois-meses-policia-registra-tres-ataques-de-grupos-neonazistas-no-rs.html

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Tribunal espanhol condena 14 membros de grupo neonazista

Madri, 5 jul (EFE).- A Audiência Provincial de Madri ordenou hoje a dissolução do grupo neonazista Blood & Honour (Sangue e Honra) e condenou 14 dos 18 membros deste conjunto, julgados por formação de quadrilha e posse de armas, a penas que variam entre um ano e três anos e seis meses de prisão.

Segundo a sentença emitida nesta segunda-feira, os principais acusados, Roberto L. U. e Francisco José L. P., condenados respectivamente a três anos e três anos e seis meses de prisão, foram os fundadores do Blood & Honour España e tinham cargos de direção no grupo.

Nos domicílios de ambos, foram encontrados um exemplar dos estatutos da associação e outros documentos e revistas vinculados à ideologia do grupo, ao anti-semitismo e ao revisionismo do Holocausto judeu, além de artigos laudatórios sobre Adolf Hitler e Rudolf Hess.

Do resto dos acusados, um recebeu uma pena de dois anos e 11 réus foram condenados a um ano de prisão, todos eles por formação de quadrilha. O tribunal absolveu quatro dos acusados por falta de provas.

Além disso, a Audiência madrilena ordenou a dissolução do Blood & Honour, de acordo com o Código Penal, que considera ilícitos aqueles grupos que promovam a discriminação, o ódio e a violência contra pessoas e associações por motivos de ideologia, religião, raça, nação, sexo ou orientação sexual.

Fonte: EFE/Yahoo!
http://br.noticias.yahoo.com/s/05072010/40/politica-tribunal-espanhol-condena-14-membros.html

Matérias anteriores:
O manual neonazi do "Blood & Honour" - Espanha
Justiça brasileira x Justiça espanhola e a punição ao Neonazismo
Detidos cinco integrantes de um grupo de música neonazi

sexta-feira, 28 de maio de 2010

O manual neonazi do "Blood & Honour" - Espanha

Madrid, 27 maio(EFE).- Recrutar jovens brancos em concertos é um dos conselhos do manual de campanha do movimento neonazi "Blood & Honour" ("B&H"), confiscado pela polícia com um dos 18 jovens que estão sendo julgados em Madrid por porte ilegal de armas e por pertencerem a um grupo que incita a xenofobia.

A proposta deste manual, elaborado pelo já falecido chefe francês deste movimento neonazi, Max Hammer, e ao que teve acesso a Efe, coincide com a ação desenvolvida pelo "B&H" em fevereiro de 2005, quando supostamente organizou um concerto na localidade madrilena de 'Talamanca del Jarama' em que acolheram cerca de 400 pessoas, muitas delas com estética "skinhead".

Durante o julgamento que está sendo realizado na Audiência Provincial de Madrid, a maioria dos acusados reconheceram que acolheram no dito concerto, alguns destes desde Jaén, Sevilha e Saragoça, motivados unicamente porque gostavam de alguns dos grupos musicais que atuavam e não porque se reuniram ali pessoas de ideologia racista.

De acordo com o relato provisório do fiscal, em 12 de fevereiro de 2005 a associação "Blood & Honour España" - Sangue e Honra - organizou um concerto na discoteca "Taj Mahal" com as ditas pessoas e durante o mesmo deram gritos alusivos ao povo judeu tais como "seis milhões de judeus a mais na câmara de gás", além de serem vendidos livros, camisetas e CDs com ideias nazistas.

O manual elaborado por Hammer, e que supostamente tinha na sua casa Francisco José L.P., um dos fundadores do grupo na Espanha, disse textualmente que: "o propósito do movimento 'Blood & Honour' é atrair e formar ativistas a jovens brancos através de música RAC/WP - Rock contra o Comunismo e Poder Branco - através de atividades culturais pautadas nas políticas Nacional-Socialistas".

Para adicionar mais tarde: "devem organizar-se atividades sociais, como concertos e festas (...) para manter as relações entre camaradas"... Tais atividades devem também "atrair novos recrutas"".

Por sua parte, no escrito da acusação popular, representada pelo Movimento contra a Intolerância, assinala-se que o "B&H" utiliza a organização de concertos como aquele de 'Talamanca del Jarama' para arrecadar fundos e "para difusão de sua ideologia".

No manual de campanha também se assegura que o objetivo deste grupo neonazi é "ter o poder" e adverte que ou a "raça ariana" detém "o mando total de seu futuro" ou "desaparecerá".

"O homem ariano crescerá de novo e devolverá a justiça à terra. Ou preferirá viver e lutar para ele mesmo. Não há meio termo", vaticina o documento encontrado em posse de Francisco José L.P. e que forma parte das provas do julgamento.

Assim mesmo, o manual do "B&H", que também faz referência ao movimento Combat 18 (a sigla se refere aos números que ocupam no alfabeto as letras A e H, iniciais de Adolf Hitler), recomenda aos neonazis a utilização de e-mails na internet para evitar "custosas e arriscadas chamadas telefônicas".

Contudo, Roberto L.U., considerado como "líder" do grupo, fora interceptado um grande número de chamadas telefônicas pela Guardia Civil nas quais, segundo o informe do Grupo de Informação da Comandância de Madrid, falava com um interlocutor sobre o dinheiro que arrecadava com a venda de armas.

Além disso, nessas conversações o acusado chega a se pôr como exemplo de onde se refletem "muitos jovens". EFE

Fonte: Agência EFE, Espanha
http://www.google.com/hostednews/epa/article/ALeqM5gI7KmBGM_5tdfiAyy-e1R3VIKbdg
Tradução: Roberto Lucena

Outras matérias:
Tribunal espanhol condena 14 membros de grupo neonazista

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