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terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Neonazismo - Os Soldados de Odin aterrrorizam a Finlândia

Patrulhas urbanas neonazis vigiam as ruas ante a onda de refugiados.

Membros do grupo neonazi "Soldados de Odin",
durante uma manifestação em Joensuu (Finlândia)
no passado 8 de janeiro. Reuters
Há um ano, nada é igual em Kemi, uma pequena cidade da Lapônia finlandesa com apenas 20.000 habitantes. A avalanche de refugiados que chegaram através da fronteira com a Suécia transbordou as autoridades locais e aumentou a inquietação entre os vizinhos. Um mal-estar que alentado o nascimento dos "Soldados de Odin", uma patrulha urbana de jovens neonazis que pretende proteger os finlandeses dos "intrusos islâmicos", os quais lhes culpam pelo aumento da criminalidade e da insegurança no país nórdico. A imagem do movimento alemão Pegida (Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente), descrevem-se como "uma organização patriótica que luta por uma Finlândia branca" e em suas manifestações hasteavam faixas com o lema "os refugiados não são bem-vindos".

Com suas jaquetas negras decoradas com uma bandeira finlandesa e um viking nas costas, os Soldados de Odin (o principal deus da mitologia nórdica) converteu-se da noite para o dia numa preocupação de primeira ordem para o governo, que teme enfrentamentos violentos entre radicais e refugiados.

Mika Ranta, o organizador das patrulhas em Kemi, define-se a si mesmo como nacional-socialista (nazi), mas argumenta que os Soldados de Odin são um grupo ao qual pertence "todo tipo de gente". O certo é que os serviços secretos finlandeses vinculam a muitos deles com grupos extremistas. Ainda que digam contar com organização em 23 cidades, a Polícia reduz sua presença a cinco. Em declarações à Imprensa local no outubro passado, Ranta explicou que "despertamos numa situação onde mal viviam diferentes culturas, o que provocou medo e preocupação na comunidade". "O maior problema - acrescenta - foi quando nos inteiramos através do Facebook de que solicitantes de asilo se posicionaram em colégios de primário fazendo fotos de garotas".

Como ocorreu em Colônia e outras cidades alemãs e em Estocolmo, as denúncias de agressões sexuais duplicaram durante o último ano na Finlândia, passando de 75 para 147, se bem que não se conhece a identidade dos autores. De fato, na virada de ano passada, uma "caguetagem" e a hábil atuação policial impediram que se reproduzissem os tristes ocorridos da capital renana.

O clima de inquietação obrigou ao primeiro-ministro finlandês, o centrista Juha Sipila, a assegurar que o Governo não permitisse que essas patrulhas neonazistas suplantem as Forças de Segurança nas ruas. "A polícia é a responsável da lei e da ordem no país. As patrulhas civis não podem assumir a autoridade da Polícia", assegurou na televisão pública YLE. Na mesma linha, o ministro do Interior, o conservador Petteri Orpo, insistiu de que os Soldados de Odin "não fortalecem a segurança, senão que, pelo contrário, reforçam o estado de ânimo hostil". "Este tipo de patrulhas têm claramente uns atributos racistas e xenófobos e sua ação não melhora a segurança. Agora a Polícia deve utilizar seus escassos recursos ao seguimento de sua ação", lamentou Orpi. O ministro quis desautorizar assim o chefe da Polícia Nacional, Seppo Kolehmainen, que previamente havia sugerido que os Soldados de Odin poderiam ser úteis para alertar os agentes de possíveis delitos.

A contundência da tripartite de direitas que governa a Finlândia desde maio não é tão unânime como se poderia pensar. Enquanto que o ministro das Finanças e líder conservador, Alexander Stubb, aposta claramente pela ilegalização de "todas as patrulhas de rua racistas", os populistas "Verdadeiros Finlandeses" defendem a liberdade dos cidadãos para se organizar. Assim, o ministro da Justiça, Jari Lindström, assegura que "o fato de que detrás desse movimento se encontram pessoas que cometeram delitos e cumpriram penas de prisão certamente desperta interesse, mas o grande problema é que os cidadãos sentem que falta segurança". Contudo, a classe política, não oculta que a possível ilegalização do movimento poderia ser um beco sem saída se torna vulnerável os princípios constitucionais.

O Partido dos Finlandeses, antes conhecido como "Verdadeiros Finlandeses", recorre a esta equidistância para frear a queda de intenção de votos que lhes concedem as sondagens para entrar no Governo. Sua marca, entretanto, foi feita sentir nesses meses com o endurecimento das leis de imigração. Os refugiados maiores de idade, por exemplo, são obrigados a trabalhar para sufragar os custos de sua estada no país nórdico. Finlândia, como o resto dos países europeus, viu-se superada pela onda de imigrantes procedentes do Oriente Médio e África. Durante o ano passado, recebeu 32.500 solicitações de asilo frente a 4.000 em 2014, o que a situa como o quarto país da UE que mais refugiados recebeu em relação à sua população. Depois de três anos de recessão, o país nórdico, que conta com uma população imigrante substancialmente baixa que a de seus vizinhos nórdicos (6% frente a 15% da Suécia), afronta um duro reto para a integração de asilados.

Com Facebook como plataforma, a sociedade civil tem respondido a ameaças extremistas dos Soldados de Odin com as "Irmãs de Kyllikki", que faz referência a um personagem do poema épico "Kalevala". "Nosso objetivo é ajudar a pessoas e construir um diálogo com todos os finlandeses e também com os imigrantes", assegura uma das fundadoras do grupo, Niina Ruuska. Seria revelador saber se Odin, deus da guerra, mas também da sabedoria, que segundo a lenda pode ver todo desde seu trono em Asgard, está satisfeito com a usurpação de seu nome por uns poucos.

14 de janeiro de 2016. 03:54h Pedro. G. Poyatos.
Colônia Dinamarca Distúrbios Sociedade

Fonte: La Razón (Espanha)
http://www.larazon.es/internacional/los-soldados-de-odin-aterrorizan-finlandia-IO11681889
Título original: Los Soldados de Odín aterrorizan Finlandia
Tradução: Roberto Lucena
__________________________________________

Observações em um post extra (link será colocado aqui). Observação sobre a "confusão" entre os termos refugiados e imigrantes.

A quem se virar com o espanhol (idioma), vale a pena também ler esta matéria do El Mundo sobre o problema. É até mais completa que a matéria traduzida acima (mais extensa, por isso não deu pra traduzir, mas fica a sugestão):
'Soldados de Odín' para velar por Escandinavia (El Mundo)
http://www.elmundo.es/internacional/2016/01/28/56a90f3e268e3e79498b46e4.html

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Polícia tcheca chega à organização neonazi Wotan Jugend

A polícia da República Tcheca desarticulou uma célula da organização neonazista Wotan Jugend que estava estabelecida no país. Cinco de seus membros, entre eles um cidadão russo, está sendo atualmente investigados por delitos contra a liberdade e os direitos humanos.

Baixar: MP3

Foto: ČTK
A célula tcheca da organização neonazi russa Wotan Jugend foi desarticulada esta segunda-feira pela Polícia. Ainda que não se tenha realizado detenções, cinco de seus membros estão sendo investigados, e se condenados podem enfrentar até cinco anos de prisão por apologia do nazismo.

A intervenção policial chegou a tempo de evitar maiores males. "Em nosso caso este grupo neonazi foi dissolvido quando se encontrava em fase de preparação de ações violentas e delitos mais graves", explicou o diretor do departamento policial contra movimentos extremistas, David Jand.

Foto: ČTK
A organização neonazi Wotan Jugend surgiu no terreno fértil e propagado pela banda russa de Black Metal nacional-socialista M8l8th (Moloth), que constitui não só um dos grandes promotores da ideologia neonazi em seu país, como além disso, contribui ativamente para seu estabelecimento. M8l8th conta com dezenas de milhares de membros na Rússia e agora tenta se expandir para outros países, incluindo a República Tcheca.

De fato, a ramificação da Wotan Jugend foi fundada pelo cidadão russo Serguei Busygin, de 21 anos, relacionado diretamente com a M8l8th e que agora pode perder a permissão de residência permanente. Outro dos fundadores foi detido antes dessa operação e se encontra agora em prisão preventiva.

Não é a primeira vez que membros da Wotan Jugend têm problemas com a lei. Na Grã-Bretanha um de seus membros foi condenado à prisão perpétua por assassinato e tentativa de pôr uma bomba em uma mesquita. Na Rússia vários componentes do M8l8th foram investigados por delitos de difusão do nazismo e violência contra estrangeiros.

Foto: ČTK
O nome do M8l8th contém em si mesmo uma referência ao nazismo, entendendo que os dois números oito aludem aos dois agás (HH), ou seja, sigla da expressão Heil Hitler. O nome da Wotan Jugend se conecta com o paganismo ao mencionar o deus germânico Wotan (Odin), e ao mesmo tempo se atrelar ao nazismo, já que Jugend (juventude) contém reminiscências das Hitlerjugend ou juventudes hitleristas. O símbolo da organização é a mesma runa nórdica a SS usava.

A Wotan Jugend se financia com a venda de artigos como bonés, cartazes ou camisetas, com lemas ou simbologia nazis ou do grupo M8l8th. Sua ideologia destaca pelo seu ultranacionalismo e suas teorias de superioridade racial branca, seu darwinismo social, fascismo, antiliberalismo e evocações à Europa pagã pré-cristã, assim como seu culto à violência.

06-05-2014 14:57 | Carlos Ferrer

Fonte: site da Radio Praha (República Tcheca, versão espanhola)
Título: La Policía checa para los pies a la organización neonazi Wotan Jugend
http://radio.cz/es/rubrica/notas/la-policia-checa-para-los-pies-a-la-organizacion-neonazi-wotan-jugend Link2
Tradução: Roberto Lucena

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Ataque neonazi à sede cultural da Catalunha em Madrid

Una quinzena de pessoas irromperam o centro, boicotando o ato e fazendo com que cinco pessoas tenham que receber assistência médica
Estrella Digital/EP, Sigam-nos em @Estrella_digit . 11/09/2013 | 21:53 h.

Fotogaleria: Ataque da extrema-direita
à sede Catalã em Madrid
Cinco pessoas teriam recebido assistência médica, entre elas uma garota de cinco anos, depois do boicote por parte de um grupo de homens com visual neonazi ao ato central da Diada (Dia) da Catalunha em Madrid, celebrado no Centro Cultural Blanquerna. Os fatos ocorreram às sete e meia da tarde no citado centro, localizado no número 44 da rua de Alcalá, quando o delegado da Generalitat da Catalunha em Madrid, Josep María Bosch, pronunciava um discurso.

Segundo fontes policiais, uma quinzena de pessoas irrompeu o centro cultural para boicotar o ato e lançaram algum tipo de gás. Proferindo palavras de ordem com "Catalunha é Espanha", mantiveram um embate com o deputado do CiU Josep Sánchez Llibre e com um câmara de televisão. Cinco pessoas que se encontravam no centro, onde havia entre 60 e 70 espectadores, precisaram de assistência médica, entre elas uma garota de cinco anos. Três delas necessitaram ser transportadas para hospitais.

Assim, médicos do Summa-112 atenderam uma pessoa com uma crise nervosa, e outra por contusões e uma terceira por irritação ocular e as transportaram para hospitais distintos da capital, segundo informaram à Europa Press um porta-voz da Emergência 112 da Comunidade de Madrid. Por sua parte, facultativos do Samur-Proteção Civil atenderam uma mulher e uma criança de cinco anos que apresentava irritação nos olhos pelo efeito do gás. As duas estavam bem e foram atendidas e receberam alta no lugar, segundo confirmaram fontes da Emergência Madrid à Europa Press.

Depois do incidente, o Samur, em coordenação com a Polícia Nacional, despachou uma equipe NRBQ (Quebec) para determinar o tipo de gás empregado pelos assaltantes e o nível de toxidade do mesmo. O local foi isolado enquanto são feitos esses trabalhos.

Ver o vídeo da agressão (há vídeos mais completos com a parte do gás):


Fonte: Europa Press (Espanha)
http://www.europapress.es/nacional/noticia-grupo-estetica-neonazi-ataca-sede-cultural-cataluna-madrid-celebracion-diada-20130911202902.html
Tradução: Roberto Lucena

Ver mais:
Cinco heridos tras un asalto de radicales a la sede madrileña del centro catalán Blanquerna (20minutos.es, vídeo completo)
Seis detenidos tras el ataque radical al centro cultural Blanquerna en la Diada (Elmundo.es)
Ataque ultraderechista al centro cultural Blanquerna (Dalealplay.es, vídeo completo)
Ataque "neonazi" a la sede cultural de Cataluña en Madrid (Estrelladigital.es, Espanha)

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Pesadas penas de prisão para homicidas de ciganos na Hungria

Crime. Quatro homens foram hoje considerados culpados de “crimes racistas” por um tribunal húngaro e três deles condenados a prisão perpétua por seis mortes de Roms (ciganos), incluindo uma criança de cinco anos, em 2008 e 2009.

Pesadas penas de prisão para homicidas de ciganos na Hungria
DR. Mundo; 17:38 - 06 de Agosto de 2013 | Por Lusa

Zsolt Peto e os irmãos Arpad e Istvan Kiss foram condenados a prisão perpétua por terem assassinado, com premeditação, seis Roms em nove ataques à granada, armas de fogo e ‘cocktail molotov’ em diversas localidades do nordeste da Hungria entre julho de 2008 e agosto de 2009, provocando ainda cinco feridos graves.

Um quarto homem, Istvan Csontos, foi condenado a 13 anos de prisão, acusado de cumplicidade por ter conduzido a viatura no momento dos crimes, apesar de ter negado participação nas mortes.

Alguns ataques foram particularmente cruéis: uma criança de cinco anos e o seu pai foram mortos quando tentavam escapar da sua casa em chamas. Num outro ataque, uma mulher foi morta enquanto dormia.

“É moralmente inaceitável… que pessoas se reúnam para cometer crimes com o objetivo de intimidar um grupo étnico”, considerou o juiz Laszlo Moszori, do tribunal de Budapeste.

Estas pesadas condenações foram pronunciadas quando se assinala o Holocausto que vitimou esta minoria sempre muito estigmatizada na Hungria e que representa entre 5% a 8% dos 10 milhões de habitantes. Em 02 de agosto de 1944 os nazis massacraram cerca de 3.000 Roms no campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, situado no sul da Polônia.

Os quatro condenados, membros de movimentos ‘skinheads’ de extrema-direita, permaneceram impassíveis durante a leitura da sentença, enquanto centenas de pessoas se concentraram no tribunal para tomar conhecimento do veredicto, perante forte aparato policial.

“Penso que esta condenação, a mais pesada que existe no direito húngaro, é totalmente justificada”, disse o advogado das partes civis, Laszlo Helmeczy.

“Eles pretendiam provocar uma guerra civil entre os húngaros e os Roms húngaros. As atas de acusação deveriam ser: crime contra a humanidade, terrorismo e racismo”, sustentou o presidente da Associação para os direitos cívicos dos Roms, Aladar Horvath.

A minoria cigana da Hungria, marginalizada e pobre, é sujeita com frequência a agressões verbais e físicas promovidas por milícias de extrema-direita e descrita com frequência como “criminosa” pelo partido de extrema-direita Jobbik.

Em janeiro, o influente jornalista Zsolt Bayer, próximo do primeiro-ministro conservador Viktor Orban, associou os Roms a “animais” que “não deveriam ser tolerados” e “não deveriam existir”. O seu jornal foi condenado ao pagamento de uma multa pela entidade reguladora dos ‘media’.

Fonte: Notícias ao Minuto (Portugal)
http://www.noticiasaominuto.com/mundo/96417/pesadas-penas-de-pris%C3%A3o-para-homicidas-de-ciganos-na-hungria

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Tribunal: Quatro húngaros condenados por matarem seis ciganos

Um tribunal de Budapeste condenou hoje três homens a prisão perpétua e um quarto a 13 anos de prisão por envolvimento na morte de seis ciganos entre 2008 e 2009, noticia a AFP.

Quatro húngaros condenados por matarem seis ciganos
DR. Mundo. 11:59 - 06 de Agosto de 2013 | Por Lusa

Esta condenação surge numa altura em que se assinala o aniversário do Holocausto contra esta minoria étnica, ainda hoje muito estigmatizada no país.

Arpad Kiss, Istvan Kiss e Zsolt Peto foram condenados a prisão perpétua e Istvan Csontos a 13 anos de prisão.

Estes quatro húngaros, que na altura tinham entre 28 e 42 anos, realizaram entre julho de 2008 e agosto de 2009 nove ataques com granadas, espingardas e coqueteis Molotov, atos que resultaram em seis mortos e cinco feridos em diferentes aldeias do nordeste do país.

Os crimes foram particularmente cruéis, com uma criança de cinco anos e o pai abatidos quando tentavam fugir da sua casa em chamas e uma mulher assassinada enquanto dormia.

"Seis pessoas húngaras foram mortas simplesmente porque eram ciganas. Esta tragédia deve ficar viva na memória coletiva da nação, como todas as tragédias nacionais", disse o partido da oposição do antigo primeiro-ministro de centro esquerda Gordon Bajnai, o principal rival político do chefe do governo conservador Viktor Orban.

Os quatro suspeitos, todos membros do núcleo duro de apoiantes da equipa de futebol de Debrecen, grande cidade do leste do país, com inclinações neonazis, tinham todos contas a ajustar com ciganos e foi ao trocar as suas experiências num bar que a ideia de vingança surgiu, segundo o Ministério Público.

Detidos no fim de agosto de 2009, os três principais acusados declararam-se inocentes enquanto o último cúmplice, que servia de motorista, reconheceu ser culpado mas disse não ter participado nas mortes.

O Ministério Público tinha pedido prisão perpétua para os três principais acusados e uma pena de 20 anos para o quarto. O julgamento começou a 25 de março de 2011.

A sentença surge numa altura em que a Hungria assinala o Holocausto contra os ciganos. A 02 de agosto de 1944, os Nazis massacraram quase 3.000 ciganos no campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, situado na Polônia.

Dois de agosto foi também o dia do último dos homicídios realizados pelo grupo agora condenado.

Os ciganos, cidadãos de etnia Roma, pobres e marginalizados, representam entre cinco e oito por cento (5,8 %) da população húngara, de 10 milhões de habitantes.

Fonte: AFP/Notícias ao Minuto/Lusa (Portugal)
http://www.noticiasaominuto.com/mundo/96296/quatro-h%C3%BAngaros-condenados-por-matarem-seis-ciganos

Ver mais:
Menina cigana queimada em ataque neonazista deixa o hospital
Aparece degolado um juiz tcheco que condenou neonazis (elcorreo.com, Espanha)

sábado, 13 de julho de 2013

Neonazismo no RS: “que há de verdade ou mentira em tudo isso?” Entrevista especial com René Gertz

Neonazismo no RS: “que há de verdade ou mentira em tudo isso?” Entrevista especial com René Gertz

“Há autoridades gaúchas claramente interessadas em, por razões abscônditas, superestimar a presença “neonazista” por aqui", diz o historiador.

Confira a entrevista.
Foto: www.brasilescola.com

Desde 2003 o tema do neonazismo “ocupa algum lugar na imprensa brasileira”, mas os dados apresentados não conferem com o que acontece na realidade, diz o historiador gaúcho, René Gertz à IHU On-Line, em entrevista concedida por e-mail. Crítico às matérias publicadas na imprensa gaúcha, ele assegura que “há razões para ser cético em relação aos ‘neonazistas virtuais’”. E dispara: “O delegado Paulo César Jardim lida há dez anos com o ‘neonazismo’ no Rio Grande do Sul. Segundo declarações públicas suas, ele fichou 35 ‘neonazistas’ durante todos esses anos. No meu livro, arrolo 32 nomes – e provavelmente o delegado não tem mais que isso, na sua lista. Para Santa Catarina não se conhece lista, mas sabe-se de muito poucos casos concretos. Para o Paraná há uma lista de 12 – portanto: 32 + 12 + 6? = 50 (talvez um pouco mais). Isso é aquilo que existe de concreto, de palpável”.

René Gertz (foto abaixo) é professor nos Departamentos de História da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Licenciado em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, é mestre em Ciência Política pela UFRGS, e doutor, na mesma área, pela Universidade de Berlim, onde também obteve o título de pós-doutor. É autor de O aviador e o carroceiro: política, etnia e religião no Rio Grande do Sul dos anos 1920 (Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002), O Estado Novo no Rio Grande do Sul (Passo Fundo: Editora Universidade de Passo Fundo, 2005), e O neonazismo no Rio Grande do Sul (Porto Alegre: EDIPUCRS e Editora AGE, 2012).

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Desde quando e por que razão se fala que existem grupos neonazistas no Rio Grande do Sul?

Foto: Helena Gertz
René Gertz – Nas décadas de 1930 e 1940, existiu uma coisa chamada “nazismo”. Militantes ou simpatizantes, obviamente, sobreviveram no pós-guerra pelo mundo afora. Também no Rio Grande do Sul existiram alguns nazistas, naqueles anos. Parte deles foi expulsa no contexto da Segunda Guerra Mundial, outros foram embora por conta própria e ainda outros ficaram por aqui. Além disso, é provável que um ou outro tenha vindo para cá após a guerra, fugindo da caça a eles, na Alemanha derrotada. Não existem estudos a respeito destes últimos, de forma que as referências a eles são folclóricas, significando que são diz-que-diz-ques, sem base objetiva.

Nos anos 1980, ocorreu em Porto Alegre um fenômeno que poderia ter sido classificado de “neonazista”, mas, em geral, não o foi. Trata-se da Editora Revisão, cujo proprietário foi Siegfried Ellwanger Castan, o qual publicou livros e outros materiais em que criticava e negava as versões sobre o regime alemão, sobre a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto. Como Castan não era um nazista dos anos 1930-1940, poderia ter sido classificado como “neonazista” – mas não o foi, ao menos de forma usual, nas referências que eram feitas a ele em público.

Na verdade, incluir o episódio da Editora Revisão na tradição nazista está correto, em certo sentido, pois o “neonazismo”, de fato, é algo neo/novo. Nos anos finais do século passado, ganhou força, no cenário internacional, um fenômeno de radicalismo, de preconceito e de violência promovido, via de regra, por jovens, como os “hooligans” e semelhantes. E ainda que aqui, nesta breve fala, seja obrigado a simplificar ao máximo esse tipo de movimento, ele também chegou ao Brasil.

No início, um dos tratamentos mais difundidos para designar tais grupos foi “skinhead”, mas, aos poucos, se popularizou, cada vez mais, a expressão “neonazista”. O primeiro caso mais concreto, no Rio Grande do Sul, que despertou interesse na opinião pública, ocorreu dez anos atrás, na forma de uma banda chamada Zurzir. Em 2005, aconteceu um dos episódios mais marcantes, quando um grupo de três jovens identificados como judeus por usarem quipá foi atacado, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, resultando em ferimentos graves em um deles. Houve também incidentes em campos de futebol, um ataque a um guarda negro do Trensurb, e alguns episódios semelhantes. Em resumo, isso que atende, por aqui e pelo restante do Brasil, pelo nome de “neonazismo” é um fenômeno que veio a ser considerado relevante nos últimos dez anos.

IHU On-Line – Como o senhor avalia as matérias recentes publicadas na imprensa, divulgando dados de pesquisas que apontam o RS como o segundo estado que mais baixa material neonazista? Quais são seus argumentos contrários à pesquisa?

René Gertz – Desde, no mínimo, 2003, o tema “neonazismo” ocupa algum lugar na imprensa brasileira. A intensidade variou, mas o citado ataque aos rapazes judeus, em 2005, representou um primeiro pico. Em 2009, houve um assassinato no Paraná que representou outro momento de intensificação de notícias – talvez tenha oportunidade de voltar a este caso, mais diante. E ao final de 2012 foi noticiado que está marcado para meados deste ano de 2013 o julgamento daqueles rapazes que participaram do ataque aos meninos judeus.

Além de uma possível agitação natural decorrente da aproximação do julgamento, pode-se – como hipótese! – imaginar certa artificialidade nessa alaúza de agora, pois o julgamento se dará por júri popular, e os interessados na condenação, obviamente, sabem que uma agitação para criar um clima negativo contra o “neonazismo”, na opinião pública, pode influenciar os jurados contra os réus. É apenas uma hipótese, mas plausível.

Dentro desse contexto, ao menos duas matérias jornalísticas de impacto foram divulgadas no decorrer do mês de abril. Uma de repercussão mais restrita, sob o título “Proliferação de grupos neonazistas aterroriza Sul”, na edição online de O Globo, do dia 6 de abril de 2013, e a outra publicada pela Empresa Brasileira de Comunicação – EBC, sob o título “O mapa da intolerância... mapa da intolerância...”, no dia 11 do mesmo mês.

A pergunta, naturalmente, se refere a esta segunda matéria, que divulgou uma pesquisa que teve repercussão em uma infinidade de meios de comunicação. Tenho, porém, restrições a ambas as matérias.

IHU On-Line – Quais são suas restrições a esta segunda matéria? Suas pesquisas parecem concentrar-se em “neonazistas reais”, desconfiando, por consequência, dos números de “neonazistas virtuais” – é isso?

René Gertz – É mais ou menos isso. Em primeiro lugar, devo dizer que no meu recente livro O neonazismo no Rio Grande do Sul (EDIPUCRS/AGE, 2012) transcrevo uma longa (e até maçante) pendenga com a autora da pesquisa em questão, Adriana Abreu Magalhães Dias. Como alguns colegas me criticaram de forma veemente por essa parte do livro, acusando-me até de falta de decoro acadêmico, remeto os interessados ao livro, pois, com a leitura, entenderão minhas razões pessoais para não comprar um carro usado dessa pessoa.

Mas há também argumentos lógicos, universais para não me entusiasmar com os números apresentados por ela. Ainda que numa entrevista dela ao Instituto Humanitas Unisinos - IHU, em 2007, tenha falado num total de 150.000 “neonazistas” para todo o Brasil, na sua dissertação (p. 35), então recém-defendida, e em várias outras manifestações insistiu em 90.000. O destaque da manifestação na matéria da EBC está num suposto ou efetivo crescimento vertiginoso no decorrer dos anos. Acontece que na dissertação de 2007 ela insistiu que metade dos “neonazistas” brasileiros se encontrava em Santa Catarina (45.000). Um dado que causa estranheza é que, mesmo a matéria de 2013 não apresentando um número total para todo o Brasil, certamente não é exagerado pressupor, agora sim, 140.000, pois – além dos 45.000 de SC – ela arrola 42.000 no RS, 29.000 em SP, 18.000 no PR, 8.000 no DF, 6.000 em MG. Isso dá um total de 137.000. Não está errado pressupor – dentro desta lógica – que haja, no mínimo, mais 3.000 nos demais estados. Isso representaria um crescimento geral de 50.000, ou, em termos percentuais, em torno de 55%. Estranho que em Santa Catarina esse crescimento teria sido ZERO!

Outro argumento. Santa Catarina foi insistentemente apresentado como o estado com o maior número de “neonazistas” do país. Acontece que a polícia de lá desconhece essas hordas, inclusive não trabalhando com esquema especial para reprimir os poucos atos classificados na categoria de “neonazistas” – concentrando, muito mais, sua preocupação nos desafios representados por ações de bandidos “comuns”, que têm desafiado o poder do Estado com atos violentos, divulgados com muito destaque na imprensa, mas jamais apresentados como “neonazistas”.

Terceiro argumento. Em abril de 2009, ocorreu uma famigerada reunião de “neonazistas” no Paraná, durante a qual duas pessoas foram assassinadas. O episódio teve enorme repercussão em todo o país. A violência dentro do próprio grupo decorreu do fato de que foi uma reunião programática, na qual se discutiram questões fundamentais de longo prazo do movimento, objetivos e estratégias de ação, enfim. Estranho é que numa reunião dessa importância estivessem representantes do “neonazismo” do Paraná, de São Paulo, de Minas Gerais e de outros estados, mas NENHUM representante do Rio Grande do Sul nem de Santa Catarina (uma pessoa que, naquele momento, residia há pouco tempo no Rio Grande do Sul era paranaense, e se desconheciam atos “neonazistas” da parte dele, por aqui, até então). Como se pode explicar esse fato se dos pressupostos 140.000 “neonazistas” de todo o Brasil as duas “bancadas” supostamente majoritárias, que representariam nada menos que 87.000, ou seja, mais de 60% do total, não estivessem representadas numa reunião de tanta importância?

Estes são apenas três argumentos que recomendam que pessoas responsáveis tenham cuidado em divulgar a matéria em pauta – e esta foi minha crítica ao IHU, por divulgá-la de forma acrítica, e que, no final, motivou esta entrevista. Há razões para ser cético em relação aos “neonazistas virtuais” de Adriana Abreu Magalhães Dias.

Com isso chego aos “neonazistas reais”. O delegado Paulo César Jardim lida há dez anos com o “neonazismo” no Rio Grande do Sul. Segundo declarações públicas suas, ele fichou 35 “neonazistas” durante todos esses anos. No meu livro, arrolo 32 nomes – e provavelmente o delegado não tem mais que isso, na sua lista. Para Santa Catarina não se conhece lista, mas sabe-se de muito poucos casos concretos. Para o Paraná há uma lista de 12 – portanto: 32 + 12 + 6? = 50 (talvez um pouco mais). Isso é aquilo que existe de concreto, de palpável. Nos 105.000 que Adriana Dias diz ter detectado para RS, SC e PR, juntos, precisamos acreditar cegamente como acreditamos em fantasmas, em duendes. Mais uma razão para ter tomado a iniciativa de criticar o IHU/Unisinos por publicar os dados propalados por Adriana Dias, sem qualquer referência ou comentário críticos.

IHU On-Line – Como o governo do estado e as autoridades se manifestam diante das notícias de que há grupos neonazistas no RS?

René Gertz – Esta pergunta me permite voltar à outra notícia recentemente divulgada, a de que a “proliferação de grupos neonazistas aterroriza o Sul” brasileiro. Segundo a matéria, o citado delegado Paulo César Jardim teria fornecido a informação de que fichou, ao todo, 500 (quinhentos) “neonazistas”. Acontece que essa mesma autoridade está falando, há anos, em “entre 30 e 40”, para, alguns meses atrás, numa declaração pública, citar o número exato de 35 “neonazistas” gaúchos. Causa estupefação que, de repente, sem que tenha sido noticiada qualquer intensificação de atos “neonazistas” no estado, esse número se tenha multiplicado por 15!

A polícia de SC tem dado menos atenção ao “neonazismo”, até porque tem coisas mais prementes a resolver (os atentados da bandidagem); no PR há um delegado designado para tratar do assunto, mas ele já declarou em público que “os ataques de neonazistas são mais escassos” no estado. Só no Rio Grande do Sul o delegado Jardim não perde oportunidade para desenhar um quadro tétrico da “ameaça neonazista” – a população gaúcha que leu o título da matéria de O Globo sabe que aquilo que efetivamente “aterroriza” aqui são os ataques diários a bancos, os assaltos chegando às próprias áreas rurais do interior do estado, as drogas etc. Os exageros divulgados aqui chamaram a atenção até de Adriana Dias. Em seu blog pode ler-se: “o delegado Jardim adora colocar seus feitos como primeiros. Além disso, afirmar que o racismo está na gênese do gaúcho é tão racista quanto o próprio racismo... Cadê o botão de sanidade?”.

Em resumo, respondendo à pergunta: há autoridades gaúchas claramente interessadas em, por razões abscônditas, superestimar a presença “neonazista” por aqui.

IHU On-Line – Como compreender a afinidade de pessoas com grupos neonazistas e a proliferação de conteúdos neonazistas na internet, mais de 60 anos depois da Segunda Guerra Mundial?

René Gertz – A esta pergunta não posso responder, porque eu justamente não consigo estabelecer qualquer relação de continuidade entre o nazismo dos anos 1930-1940 e o “neonazismo” atual, ao menos aqui no Rio Grande do Sul.

Fonte: site do Instituto Humanistas Unisinos
http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/520006-neonazismo-no-rs-que-ha-de-verdade-ou-mentira-em-tudo-isso-entrevista-especial-com-rene-gertz

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Polícia decreta prisão preventiva de quatro suspeitos de agredir militante de esquerda de 18 anos

Clément Méric, o jovem agredido por skinheads
na noite desta quarta-feira, 5 de junho de 2013,
se encontra atualmente em estado de morte cerebral.
Entre os suspeitos detidos para interrogatório está o suposto autor dos golpes de soco inglês que causaram a morte cerebral da vítima. Ele seria um jovem de 20 anos ligado a movimentos neonazistas. Episódio reacende a discussão sobre grupos de extrema-direita na França

Depois de prometer uma açao rápida, o ministro do Interior da França, Manuel Valls, anunciou nesta quinta-feira a prisao preventiva de quatro suspeitos de envolvimento na agressao cometida na noite desta quarta-feira, no centro de Paris. Um grupo de três skinheads atacou o estudante e militante de extrema-esquerda Clément Méric, de 18 anos, que teve a morte cerebral decretada. Segundo a polícia, o suspeito de ser o autor dos golpes de soco inglês que mataram Méric seria um jovem de 20 anos.

O incidente aconteceu próximo às Galerias Lafayette, em uma área nobre da capital francesa. Os skinheads fariam parte do grupo radical Juventude Nacionalista Revolucionária. A JNR é um movimento neonazista que repudia o casamento entre pessoas do mesmo sexo e se guia por ideias ultranacionalistas. Serge Ayoub, fundador do grupo, entretanto, negou qualquer ligação com o caso.

Clément Méric era estudante da SciencesPo., uma das mais prestigiadas universidades francesas, e era conhecido no meio político de esquerda.

O Partido de Esquerda, ao qual Clément Méric era filiado, convocou seus militantes para uma passeata em homenagem ao jovem nesta quinta-feira, às 18h30, horário local, 13h30 no horário de Brasília, na Praça Saint-Michel, região central de Paris.

Os estudantes da SciencesPo. também farão uma homenagem a Méric, hoje à tarde, em frente ao Instituto de Ciências Políticas da universidade.

O episódio reacende a discussão sobre os grupos de extrema-direta na França. O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, declarou que o governo vai estudar todos os meios legais para destruir esses "grupos de inspiração neonazista que prejudicam a República". Disse Ayrault ao Senado: "Nossa responsabilidade é encontrar respostas jurídicas e políticas para que movimentos racistas, antissemitas e homofóbicos sejam combatidos".

Já no outro lado do espectro político, a líder de extrema-direita Marine Le Pen, negou ligação de seu partido, a Frente Nacional, com os agressores e criticou o que chamou de generalização de esquerda.

Fonte: RFI/France24
http://www.portugues.rfi.fr/franca/20130606-jovem-militante-de-esquerda-e-agredido-por-skinheads-no-centro-de-paris

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Alemanha - Adiado julgamento de neonazis após exclusão de imprensa estrangeira

O julgamento de uma neonazi acusada de envolvimento no homicídio de nove imigrantes na Alemanha foi adiado para permitir rever o processo de acreditação de jornalistas, depois da polémica exclusão de media dos países de origem das vítimas.

Adiado julgamento de neonazi após exclusão de media estrangeiros
DR. MUNDO. 16:25 - 15 de Abril de 2013 | Por Lusa

O início do julgamento de Beate Zschaepe, único membro sobrevivente de um grupo neonazi acusado de dez homicídios, estava marcado para quarta-feira num tribunal de Munique e foi adiado para 6 de Maio.

A decisão foi tomada após o Tribunal Constitucional da Alemanha ter ordenado aos juízes de Munique que aumentassem o acesso dos ‘media’, atribuindo pelo menos três lugares suplementares a jornalistas estrangeiros.

O Constitucional pronunciou-se depois de uma queixa apresentada pelo jornal turco Sabah contra a forma como o tribunal de Munique atribuiu as 50 acreditações - por ordem de entrada dos pedidos, deixando de fora os jornalistas turcos e gregos, nacionalidades da maioria das vítimas.
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Zschaepe, 38 anos, julgada juntamente com quatro presumíveis cúmplices, é acusada de participação nos assassínios, entre 2000 e 2006, de oito imigrantes turcos e um grego, e, em 2007, de uma polícia alemã.

A mulher é também acusada de envolvimento em dois atentados contra comunidades estrangeiras e 15 assaltos a bancos, segundo a ata de acusação.

Os outros dois membros do grupo Clandestinidade Nacional-Socialista (NSU), Uwe Boehnhardt e Uwe Mundlos, suicidaram-se em Novembro de 2011, durante um cerco policial montado na sequência de um assalto a um banco.

Os quatro cúmplices em julgamento não pertenciam ao grupo e são acusados de ter dado ajuda logística

Fonte: Notícias ao Minuto (Portugal)
http://www.noticiasaominuto.com/mundo/63028/adiado-julgamento-de-neonazi-ap%C3%B3s-exclus%C3%A3o-de-media-estrangeiros

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Idosos negros são atacados por neonazistas em Rio Claro

Segundo a polícia, os dois jovens detidos diziam não gostar de negros, pobres, idosos e paulistas
[Vídeo da matéria no link do site]

Do R7, com São Paulo no Ar
Dois jovens foram presos após agredir dois idosos negros em Rio Claro Reprodução/Rede Record

Dois idosos negros foram agredidos violentamente por dois jovens paranaenses, em Rio Claro, na região de Campinas, no interior paulista. Eles são suspeitos de pertencer a uma facção neonazista.

Segundo o guarda municipal Willian César Domingues, os dois jovens, de 19 e 20 anos, diziam não gostar de negros, pobres, idosos e paulistas.

— Eles todo o tempo informavam que o povo do estado de São Paulo é um povo com pouca inteligência, que o serviço que eles faziam, vindo de outro Estado para cá, é porque aqui não tinha mão-de-obra qualificada.

A dupla disse que veio do Paraná para o Estado de São Paulo só para trabalhar. Na saída de um show sertanejo, os dois resolveram bater em dois idosos negros que andavam pelo mesmo quarteirão.

Com pontapés, eles agrediram as vítimas que tiveram de ser levadas a hospitais da cidade com ferimentos na cabeça. A diretora de uma escola, Damares Caiu, viu a agressão e disse que um idoso foi arrastado por cerca de dez metros enquanto apanhava.

— Eles simplesmente bateram por ele ser de cor mesmo e xingaram com palavras preconceituosas.

Os dois homens foram presos com ajuda de moradores da região, que seguraram a dupla até a chegada da guarda municipal.

Fonte: R7
http://noticias.r7.com/sao-paulo/idosos-negros-sao-atacados-por-neonazistas-em-rio-claro-09042013

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Relatório aponta "níveis alarmantes" de ataques racistas na Grécia

Crise Econômica

Ataques motivados por racismo chegaram a "níveis alarmantes" na Grécia e as autoridades não estão se movimentando para evitá-los. A conclusão é de um relatório da Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR).

De acordo com a agência, 87 ataques racistas foram registrados entre janeiro e setembro deste ano. Segundo o relatório, os números reais devem ser maiores, já que as vítimas desse tipo de ataque têm medo de procurar a polícia.

A Grécia é uma entrada para a Europa para muitos imigrantes asiáticos e africanos. A escalada nos números de atos racistas é simultânea à crescente e profunda crise econômica que se abate sobre o país.

"As vítimas dizem que há áreas em Atenas que elas simplesmente não frequentam, devido ao medo dos ataques", diz o comunicado. "É chocante que ninguém até agora tenha sido condenado por cometer um ataque motivado por racismo."

A ACNUR registra que a maior parte dos ataques acontecem em espaços abertos ou no transporte público. Muitas das vítimas relatam terem sido atacadas por grupos de homens vestidos de preto, que usam máscaras e capacetes para proteger o rosto.

Entre os casos mais violentos, estão o de um jovem iraquiano esfaqueado até a morte, em agosto, e o de um albanês morto com uma espada por um motoqueiro mascarado, em maio. Outras ações violentas incluem o uso de tacos, pés-de-cabra e cães.

"Hoje, precisamos soar todos os alarmes, porque a violência racista e a ameaça do fascismo estão espalhadas pelo país e são perigosas para a democracia", disse Costis Papaioannou, líder da Comissão Nacional de Direitos Humanos.

EXTREMISMO

O partido de extrema-direita Aurora Dourada tem subido em popularidade, de acordo com pesquisa divulgada na última semana.

O Aurora Dourada tem o apoio de 14% dos gregos, o dobro da porcentagem que o partido teve nas eleições de junho, quando conseguiu uma cadeira no Parlamento.

O partido nega envolvimento com o nazismo. No entanto, seu líder, Nikolaos Mihaloliakos, nega a existência do Holocausto e o parlamentar eleito, Eleni Zaroulia, chegou a dizer que imigrantes são subumanos, na última semana. O símbolo do Aurora Dourada também é parecido com uma suástica.

CRISE

A Grécia passa por uma crise econômica devastadora. O desemprego no país atingiu a marca de 25% em julho, num recorde histórico. A taxa afeta 54,2% dos jovens entre 15 e 24 anos sem estudos e 31,4% na faixa de 25 a 34 anos.

As autoridades do país divulgaram no início de outubro uma previsão de 3,8% de contração do PIB para este ano, confirmando o sexto ano consecutivo de recessão. Sucessivos cortes têm sido feitos para sanar as dívidas do país, em áreas como educação, aposentadoria e benefícios sociais.

Fonte: Jornal Floripa/Agências de Notícia
http://www.jornalfloripa.com.br/mundo/index1.php?pg=verjornalfloripa&id=24669

Ver mais:
tag da Grécia

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Neonazis mudam sua estratégia na Alemanha com medo de banimento do NPD

Neonazis mudam sua estratégia na Alemanha
Por Frank Jordans

Enquanto o governo busca declará-lo ilegal, o Partido Nacional Democrático baixa o tom de sua mensagem para atrair eleitores de centro. Vários membros renunciariam do grupo.

Em um comício do maior partido de ultradireita da Alemanha, os skinheads (carecas) levantam punhos em meio a cantos nacionalistas, postam camisetas com palavras de ordem provocadoras e ocultam suas tatuagens neonazis ilegais devido ao fato da polícia estar a espreita. Contudo, o líder do grupo insiste que está levando seu Partido Nacional Democrático pelo caminho das principais correntes políticas, onde seus integrantes seriam bem visíveis.

"Meu objetivo é fazer do PND (NPD) um partido baseado firmemente no presente e que olhe para o futuro", afirmou Holger Apfel em uma entrevista para a The Associated Press durante o evento. E rompeu um tabu da extrema-direita ao reconhecer que a história da Alemanha nazi durante a Segunda Guerra Mundial incluía "crimes".

Apfel tem razões táticas para baixar o tom de sua mensagem, pois as autoridades pensam em proibir o partido. Contudo, sua intenção de apelar ao centro do espectro político provocou ira no pequeno mas arraigado movimento de ultradireita do país, no que muitos se negam a reconhecer que a Alemanha sob o nazismo - ou nacional-socialismo - foi responsável pelo massacre de seis milhões de judeus.

Alguns membros do PND se retiraram do partido e outros ameaçam fazer a mesma coisa. Não obstante, e apesar de suas palavras de mudança, não é necessário muito tempo para que Apfel mostre seus próprios lampejos de xenofobia. "Nós temos que assegurar que a Alemanha volte a ser o país dos alemães. Vemos o perigo crescente de que a base biológica de nossa gente se reduzirá devido ao fato haver uma mistura (interracial) cada vez maior", sustentou.

A decisão do governo de lançar uma proibição ao PND é feita depois da revelação em novembro de que uma pequena célula neonazi matou em 7 anos a nove imigrantes e uma policial. As autoridades não puderam demonstrar como operava com o apoio direto do PND, ainda que funcionários do partido tenham se relacionado com os três membros principais.

Angela Merkel considera que o PND é "antidemocrático, xenófobo, antissemita e portanto também uma ameaça à Constituição", disse Steffen Seibert a jornalistas, portavoz da chanceler alemã. Contudo, um intento prévio de declará-lo ilegal foi rechaçado pela corte suprema do país em 2003, e as autoridades estudam o tema com cuidado antes de se decidir em fazer uma nova iniciativa a esse respeito.

Fonte: AP
http://america.infobae.com/notas/57509-Neonazis-cambian-su-estrategia-en-Alemania
Tradução: Roberto Lucena

Mais:
La ultraderecha alemana cambia de estrategia (Terra/AP)

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Alemanha lança operação contra grupos neonazis e apreende armas e propaganda

Cerca de 900 polícias revistaram mais de 140 vivendas
Alemanha lança operação contra grupos neonazis e apreende armas e propaganda

23.08.2012 - 18:27 Por Isabel Gorjão Santos

Autoridades apreenderam símbolos nazis, armas e material de propaganda Autoridades apreenderam símbolos nazis, armas e material de propaganda (Ralf Roeger/AFP)

Mais de 900 polícias foram mobilizados nesta quinta-feira para aquela que foi considerada a maior operação contra grupos neonazis no estado alemão da Renânia do Norte-Vestefália, na parte ocidental do país. Apreenderam computadores, armas e material de propaganda.

A operação envolveu buscas em mais de 140 vivendas e em bares, e no final a polícia mostrou punhais, balas, painéis com a cruz suástica e a imagem de Hitler e armas, várias armas, algumas de grande calibre. Não foram efectuadas detenções, mas alguns membros dos grupos de extrema-direita visados já estariam detidos.

“Com esta operação conseguimos infligir um golpe na rede de neonazis”, garantiu o ministro do Interior estadual, Ralf Jäger. “Estes grupos são anti-estrangeiros, racistas e anti-semitas”, disse numa conferência de imprensa sobre a operação policial.

A Renânia do Norte-Vestefália é o estado com mais população da Alemanha, cerca de 18 milhões de habitantes, e esta operação, para recolha de provas, foi realizada depois de ter sido banida e proibida a actividades de três organizações neonazis locais – a Kamaradschaft Aachener Land, que opera em Aquisgrano (Aachen), a Resistência Nacional de Dortmund e a Kamaradschaft Hamm.

A polícia já tinha considerado estas organizações “violentas” e dois membros do primeiro grupo foram detidos em Maio de 2010, em Berlim, por terem em sua posse bombas artesanais que pretenderiam fazer explodir durante uma manifestação de protesto contra grupos neonazis, adiantou o El País.

Só na cidade de Dortmund, que tem cerca de meio milhão de habitantes e é considerada um bastião dos neonazis na parte ocidental da Alemanha, foram agora revistadas 93 vivendas. Foi ali que, em Dezembro, as autoridades estaduais estabeleceram um novo centro de coordenação da polícia para investigar grupos neonazis.

Desta vez foram apreendidos cerca de 1000 cartazes do Partido Nacional Democrático Alemão (NPD), de extrema direita, adiantou a Deutsche Welle, o que “demonstra a estreita ligação do partido aos grupos violentos neonazis”, disse Ralf Jäger.

O debate sobre a possível ilegalização deste partido já se prolonga há vários anos, e agora vários responsáveis locais e federais já manifestaram a intenção de voltar a fazer esse pedido junto do Tribunal Constitucional, depois de ter falhado uma tentativa, em 2003, por alegada falta de provas.

Mais de 22.000 membros de grupos neonazis em todo o país

No ano passado Ralf Jäger anunciou uma estimativa segundo a qual existem na Renânia do Norte-Vestefália cerca de 4000 neonazis, e agora adiantou que 400 a 600 serão violentos. Esta operação, que começou pelas 6h e se prolongou até ao meio-dia, pretendeu também evitar que acontecesse neste estado o que ocorreu em Turíngia, na parte oriental da Alemanha, onde em Novembro se descobriu que, entre 2000 e 2007, nove cidadãos de origem turca, um de origem grega e uma mulher polícia foram assassinados por grupos neonazis sem que as autoridades tenham actuado.

Quase todos estes assassínios foram cometidos com a mesma arma, o caso provocou um escândalo na Alemanha e levou à demissão, em Julho, do chefe dos serviços secretos internos alemães Heinz Fromm.

Esta operação policial ocorre também 20 anos depois de um dos mais violentos ataques contra estrangeiros na Alemanha do pós-guerra, que ocorreu na cidade de Rostock, no Nordeste do país, entre 22 e 26 de Agosto de 1992. Na altura, centenas de neonazis atiraram pedras e cocktails molotov e incendiaram um edifício onde viviam sobretudo ciganos que tinham pedido asilo, perante várias centenas de pessoas a assistir e a aplaudir. Não houve mortos, mas o ataque despertou a atenção para o crescimento de grupos neonazis e xenófobos sobretudo na parte oriental da Alemanha, recorda a Spiegel. Na antiga Alemanha de Leste os extremistas parecem ganhar terreno.

Em todo o país haverá cerca de 22.400 membros de grupos neonazis, segundo um relatório apresentado no mês passado pelos serviços de informações internas. Serão menos do que em 2010, quando as estimativas apontavam para 25.000, mas por outro lado tem aumentado o número de extremistas neonazis preparados para recorrer à violência, de 9500 para pelo menos 9800.

Vídeo

Fonte: Público (Portugal)
http://www.publico.pt/Mundo/alemanha-lanca-operacao-contra-grupos-neonazis-e-apreende-armas-e-propaganda-1560189?all=1

Ver mais:
Polícia alemã proíbe três organizações neonazis (Euronews)
Polícia faz operação contra extrema-direita na Alemanha (AFP/Terra)

sábado, 14 de julho de 2012

Aparece degolado um juiz tcheco que condenou neonazis

O falecido enviou à prisão quatro extremistas que atacaram a casa de uma família cigana com bombas incendiárias
11.07.12 - 02:29 - PACO SOTO | VARSÓVIA.

A extrema-direita hostiliza
os ciganos tchecos. :: EFE
A Policía da República de Tcheca investiga a morte do juiz Miloslav Studnicka, que há dois anos condenou a penas de 20 e 22 anos de prisão a quatro neonazis que haviam atacado uma família cigana. O magistrado, de 64 anos, foi encontrado degolado em sua casa de campo na segunda-feira. Os investigadores não descartam nenhuma hipótese e buscam alguma relação direta entre aquela condenação, ou julgamentos contra o crime organizado dos quais participou o falecido, e sua morte.

Os quatro neonazis condenados por Studnicka foram acusados de haver atacado a casa de uma família cigana com bombas incendiárias, o que fez com que uma criança de dois anos ficassem gravemente ferida, com queimaduras em 80% do corpo e sequelas para toda a vida. Em declarações à emissora Rádio Praga, o ministro da Justiça, Pavel Blazek, ressaltou que "caso seja demonstrado que a morte do juiz está vinculada com o trabalho realizado e as sentenças ditadas, devo dizer que isto representaria uma tragédia para a justiça tcheca".

Alertados pelos companheiros de Miloslav Studnicka, porque este não retornou ao seu lugar de trabalho no Tribunal Provincial de Ostrava, a polícia e um grupo de socorristas se dirigiram à casa de campo do magistrado e o encontraram morto em seu interior, com o pescoço cortado e várias feridas visíveis em outras partes do corpo. A notícia do assassinato do juiz comoveu à sociedade tcheca, que vê com preocupação a ascensão da extrema-direita, sobretudo de grupos neonazis violentos.

No ano passado estouraram no norte da Boêmia violentos enfrentamentos entre grupos de cidadãos partidários da extrema-direita e membros da comunidade cigana. A polícia avisou há alguns meses que a extrema-direita tcheca, que está se fortalecendo através das redes sociais, participa de mobilizações contra os ciganos.

Homenagem boicotada

Por outra parte, uma homenagem oficial aos ciganos tchecos exterminados pelos nazis durante à Segunda Guerra Mundial, que ocorreu na segunda-feira na localidade onde fora levantado o campo de concentração de Lety (Boêmia do Sul), foi boicotado por várias associações defensoras desta coletividade. O protesto desencadeou a negativa do governo de centro-direita de Petr Necas a desmantelar uma pocilga industrial para cerdos que ocupa agora o lugar onde os nazis construíram a sinistra instalação.

A justificativa da falta de meios manifestada por Necas não convence o presidente do Comitê para Indenização do Holocausto Cigano e vice-presidente do Partido Cigano para a Igualdade de Oportunidades, Cenek Ruzicka. "Se o governo assegura que quer honrar à memória das vítimas, o primeiro que teria que ser feito é desmantelar a pocilga", resume.

As instalações industriais foram construídas nos anos 70 do século XX, durante o regime comunista tchecoslovaco, e desde então vários governos prometeram desmantelá-las. Em 2010 abriram no antigo emplazamiento do campo de concentração um lugar de oração e uma exposição permanente sobre o Holocausto. Em Lety morreram 90% dos 5.000 ciganos pegos pelos nazis.

Fonte: elcorreo.com (Espanha)
http://www.elcorreo.com/vizcaya/v/20120711/mundo/aparece-degollado-juez-checo-20120711.html
Tradução: Roberto Lucena

Ver mais:
Encuentran degollado al juez checo que condenó a neonazis por atacar a una familia gitana (20minutos.es, Espanha)

terça-feira, 24 de abril de 2012

Crime neonazista faz três anos sem punidos

Todos os acusados estão soltos depois de receberem habeas corpus; julgamento pode ocorrer em maio

Do Metro Curitiba noticias@band.com.br

No último sábado, completaram-se três anos do duplo homicídio que vitimou o casal Renata Waechter Ferreira e Bernardo Dayrell Pedroso em Quatro Barras, Região Metropolitana de Curitiba. Segundo as investigações do Cope (Centro de Operações Policiais Especiais), seis pessoas participaram do crime, que teria ocorrida pela disputa de poder entre grupos neonazistas.

Todos eles foram detidos, mas soltos através de habeus corpus. “Pelo que o promotor me disse, o julgamento deve até o fim de maio”, conta a mãe de Renata, Vilma Waechter. “Ela era minha única filha, meu objetivo de vida. A nossa dor não vai passar, mas com o julgamento vamos ter pelo menos uma sensação de justiça”, afirma.

A demora no julgamento, diz Vilma, vem sendo uma estratégia dos advogados da defesa. “Eles estão fazendo de tudo para atrasar e achar brechas na lei”, afirma. O mandante do crime seria Ricardo Barollo, que é de São Paulo. Jairo Fischer é de Teotônia-RS e Rodrigo Mota, Gustavo Wendler e Rosana Almeida são de Curitiba. João Guilherme Correa, o último acusado, morava em Pato Branco.

Fonte: band.com.br
http://www.band.com.br/noticias/cidades/noticia/?id=100000499168

quinta-feira, 8 de março de 2012

Em dois meses, polícia registra três ataques de grupos neonazistas no RS

Em dois meses, polícia registra três ataques de grupos neonazistas no RS

Vídeo com reportagem na página da matéria, link.

Em Caxias do Sul, em janeiro, um jovem de 17 anos foi esfaqueado.
Para delegado, nova geração destes grupos 'é preocupante'.

Fábio Almeida Da RBS TV
Material apreendido com suspeitos de praticarem atos neonazistas no RS (Foto: Fábio Almeida/RBS TV)Material apreendido com suspeitos de praticarem atos neonazistas no RS (Foto: Fábio Almeida/RBS TV)

Somente nos dois primeiros meses de 2012, a polícia registrou três ataques de grupos neonazistas com vítimas no Rio Grande do Sul. Além de Porto Alegre, as ações também ocorreram em Caxias do Sul, na Serra, onde um jovem de 17 anos foi esfaqueado no dia 15 de janeiro. Os grupos não são novidade no estado. Desde 2002, foram diversos materiais apreendidos e pelo menos 35 pessoas indiciadas. Um dos casos mais violentos foi o atentado contra jovens judeus que foram esfaqueados em um bar de Porto Alegre, em 2005.

A reportagem da RBS TV localizou a família do menino agredido em Caxias, mas eles não quiseram gravar entrevistas, como medo de novos ataques. "Além do adolescente que foi identificado e que formalizou um registro de ocorrência, temos notícia de outro que foi agredido naquele mesmo dia. Estamos efetuando diligências no sentido de identificar este jovem (agressor)", diz a delegada Suely Rech, da Polícia Civil.

Pichação neonazista em Caxias do Sul. O 14 representa o número de palavras de um slogan racista: "Devemos assegurar a existência de nosso povo e um futuro para as Crianças Brancas". O 88 representa a repetição da oitava letra do alfabeto, o H, de Hiel Hit (Foto: Fábio Almeida/RBS TV)Pichação neonazista em Caxias do Sul
(Foto: Fábio Almeida/RBS TV)

No dia seguinte às agressões, materiais como facas, bastão retrátil e soqueiras, uma delas com o símbolo da cruz de ferro, uma honraria militar usada pelos nazistas durante a Segunda Guerra, foram apreendidos. Ainda em Caxias do Sul, uma pichação em um muro marca um território. Segundo os moradores do bairro Santa Lúcia, as marcas foram deixadas depois de uma festa no início do ano. Homens de preto e com a cabeça raspada faziam uma comemoração.

"O movimento neonazista é cíclico. Eles partem para ação, há uma comunidade, onde se encontra toda uma manifestação. Também tem a imprensa registrando, então eles recuam. Deixam passar algum tempo e voltam", comenta Jair Kruschke, do Movimento de Justiça e Direitos Humanos.
saiba mais

Para o delegado Paulo César Jardim, que acompanha os neonazistas no estado há mais de 10 anos, é preocupante a nova geração destes grupos. "Eles adoram decorar o corpo com inúmeras tatuagens, adoram fazer pose, tirar fotografias mostrando que são machões. Mas quando vamos conversar, dialogar sobre ideologia, alguns livros, algumas obras, eles se perdem. Eles não sabem conversar sobre aquilo que eles dizem que acreditam", diz.

Em Porto Alegre, na madrugada do último dia 4 de fevereiro, câmeras de segurança registraram grande movimentação em frente a um bar na Avenida Independência, região central da cidade. Em seguida, foi verificada uma correria e o início de uma briga. "Era um rapaz franzino, que estava com um skate na mão, usava dreads no cabelo, devia ter uns 18, 19 anos. Ele foi agredido por um grupo de 5, 6, até 7 pessoas grandes, de cabeça raspada, que batiam nele covardemente, todos ao mesmo tempo, pelas costas", conta uma testemunha que não se identifica.

Esta mesma testemunha também assistiu a uma outra cena que assustou muita gente na mesma noite. "Eles foram andando pela Independência e começaram a bater no peito, esticar o braço e gritar heil, heil, heil. Também gritavam Porto Alegre é nossa e coisas do tipo. Para mim foi ali o momento que ficou claro o que estava acontecendo", acrescenta o jovem.

Na sequência de ataques deste ano, o que chama a atenção da polícia são os laços com uma organização internacional e a ousadia dos neonazistas gaúchos ao revelar a conexão. O grupo que está agindo na Serra e em Porto Alegre prega o ódio e racismo, e que se espalha por todo o mundo, a Blood and Honour (Sangue e Honra). No site da organização, imagens indicam a ligação: neonazistas gaúchos, chamados de Divisão do Sul, que chegam a substituir a suástica pelo brasão da bandeira do estado.

Fonte: G1
http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2012/03/em-dois-meses-policia-registra-tres-ataques-de-grupos-neonazistas-no-rs.html

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Milhares assinalaram bombardeamento de Dresden

Milhares de alemães assinalaram hoje, em Dresden, no Leste da Alemanha, as vítimas do bombardeamento aliado de 1945 e protestaram contra uma concentração de neo-nazis, que queriam instrumentalizar o aniversário, noticia a AFP.

Ao fim da tarde, treze mil pessoas formaram uma cadeia humana no centro da capital saxã para dizer não à extrema-direita, segundo a polícia.

Esta manifestação é "uma declaração clara contra o nacional-socialismo, o racismo e a violência", declarou o autarca da cidade de Dresden, Dirk Hilbert.

Antes, cerca de 2.500 pessoas tinham participado numa marcha contra a extrema-direita e o nazismo, segundo a polícia e as associações "Dresden sem nazis" e outros 150 tinham depositado flores no cemitério de Heide, onde estão sepultados muitas das cerca de 25 mil vítimas, que morreram em três dias de bombardeamentos anglo-norte-americanos, realizados em fevereiro de 1945.

Ao início da noite, mais de 1.600 neo-nazis tinham-se reunido, face aos quais se concentravam milhares de contra-manifestantes -- entre cinco mil a seis mil, segundo os organizadores -, que gritavam "nazis fora!", sem que registassem incidentes.

Desde há anos, que a extrema-direita procura instrumentalizar, para fins de propaganda, o aniversário do terrível bombardeamento, com bombas incendiárias, que destruiu grande parte desta cidade do leste alemão entre 13 e 15 de fevereiro de 1945.

Fonte: Lusa/Diário de Notícias
http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=2302872&seccao=Europa

Vídeo reportagem euronews:
Milhares de alemães lembram vítimas de bombas de 1945 e denunciam neonazismo

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Alemanha: Governo alemão decide criar um registro central de neonazistas

Banco de dados vai centralizar informações sobre ativistas de extrema direita tidos como violentos. Objetivo é facilitar investigações sobre crimes de motivação neonazista.

A Alemanha espera vencer a luta contra os crimes cometidos por neonazistas com a ajuda de um banco de dados central com quase 10 mil registros. O governo alemão decidiu nesta quarta-feira (18/01) criar um arquivo que une informações das autoridades regionais e nacionais de segurança sobre extremistas de direita tidos como violentos e seus contatos.

A intenção é identificar com maior rapidez conexões dentro de certos grupos. O exemplo veio do banco de dados antiterrorismo, no qual estão registrados há anos dados sobre ativistas islâmicos tidos como perigosos.

No novo banco de dados estão informações como nome, endereço e data de nascimento. Uma ferramenta de busca permite descobrir dados adicionais, como número de conta corrente, telefone, e-mail e ficha policial. Por insistência da ministra alemã da Justiça, Sabine Leutheusser-Schnarrenberger, essa ferramenta de pesquisa terá, a princípio, validade de quatro anos. Um possível prorrogação deverá ser definida depois de uma avaliação dos benefícios do recurso.

A criação do registro é uma consequência da descoberta tardia de que a série de assassinatos neonazistas que abalou a opinião pública na Alemanha, em novembro passado, foi cometida por um grupo de neonazistas. A motivação extremista do assassinato de nove imigrantes e uma policial só foi reconhecida anos depois dos crimes. Segundo especialistas, a falha na investigação foi provocada pela falta de troca de informações entre os muitos serviços de investigação envolvidos.

Crimes desvendados com anos de atraso

O trio de Zwickau: Zschäpe,
Böhnhardt e Mundlos
No início de novembro, após a descoberta de dois corpos carbonizados num trailer em chamas na cidade de Eisenach, no estado da Turíngia, a polícia alemã reuniu provas de que um mesmo trio neonazista fora responsável pela morte de uma policial, em 2007, e o assassinato de oito pequenos comerciantes turcos e um grego, ocorridos entre 2000 e 2006. A autoria, o motivo e a correlação entre os crimes permanecia desconhecida até então.

Os dois corpos encontrados no trailer eram de Uwe Mundlos e Uwe Böhnhardt, ativistas de extrema-direita procurados pela polícia por diversos roubos a bancos, juntamente com Beate Zschäpe, a companheira de moradia deles. O trio formava o núcleo de um grupo autointitulado Clandestinidade Nacional-Socialista (NSU, na sigla em alemão). Zschäpe incendiou o apartamento em que morava com Mundlos e Böhnhardt em Zwickau, também na Turíngia, e se entregou à polícia poucos dias depois.

As armas de serviço da policial morta e de seu colega foram encontradas no trailer incendiado. Nas ruínas do apartamento, os investigadores acharam a arma que matou os comerciantes estrangeiros, cujos assassinatos eram até então um mistério.

Suspeita se recusa a depor

As investigações sobre a série de assassinatos cometidos pelos neonazistas se mostra mais difícil do que o esperado porque a principal acusada se nega a falar. O diretor do Departamento Federal de Investigações (BKA), Joerg Ziercke, afirmou em Berlim nesta quarta-feira que a principal suspeita, Beate Zschäpe, ainda se recusa a falar com os investigadores.

"Os outros suspeitos que estão sob custódia também são muito monossilábicos", disse o chefe da BKA. Ele, entretanto, se mostrou confiante de que, devido à contundência das provas, "alguns dos acusados logo falarão". Além de Zschäpe, há quatro outros suspeitos de cumplicidade em prisão preventiva.

MD/dpa/rtr
Revisão: Alexandre Schossler

Fonte: Deutsche Welle (Alemanha)
http://www.dw.de/dw/article/0,,15674170,00.html

Ver mais:
Berlim aprova criação de banco de dados central sobre neonazistas (EFE/Terra)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Clandestinidade Nacional-Socialista causa alarme na Alemanha

A ministra alemã da Justiça disse que
era hora de analizar a atuação do
serviço secreto sobre a cena neonazi.
A pior hipótese parece se confirmar: a justiça alemã crê que uma dezena de assassinatos até agora sem esclarecimento são obra de uma mesma célula neonazista.

Neste domingo (13.11.2011), durante uma visita à cidade de Leipzig, a chanceler alemã, Angela Merkel, admitiu se sentir preocupada pelo que pode se esconder por detrás de dez assassinatos atribuídos a um comando neonazi, cometidos na última década em distintas partes de Alemanha. O caso deixa em evidência estruturas e procedimentos “que não podíamos imaginar. Por isso devemos prestar atenção sempre a qualquer forma de extremismo”, apontou a chefe de governo alemão.

O ministro do Interior, Hans-Peter Friedrich, repetiu Merkel, qualificando os assassinatos pela primeira vez como atos de terrorismo. “Ao que parece estamos lidando com uma nova forma de terrorismo de extrema-direita”, disse Friedrich, aludindo aos resultados parciais das investigações. Elas sugerem que uma mesma célula neonazi tirou a vida de oito pequenos empresários turcos e um grego, entre os anos de 2000 e 2006, e a uma policial alemã, em 2007. Nenhum desses casos havia sido resolvido.

Os três supostos assassinos não eram de todo desconhecidos das autoridades alemãs. Na década de noventa eles se ligaram ao grupo de extrema-direita Defesa da Pátria, da Turíngia; mas a polícia perdeu o rastro deles. “Isto demonstra a tendência deste e outros governos em ignorar o extremismo de direita e o perigo que representam sua ideologia e sua estrutura”, assinalou a presidenta do Partido Verde, Claudia Roth, no sábado (12.11.2011). A se confirmar as suspeitas dos investigadores, este seria um dos piores casos de violência neonazi na Alemanha desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Se autodenominavam como Clandestinidade Nacional-Socialista

O achado dos cadáveres desses neonazis permitiu
relacionar assassinatos até então não resolvidos.
Os investigadores começaram a relacionar os assassinatos quando dois dos três suspeitos, Uwe M. e Uwe B., apareceram mortos em um automóvel que eles mesmos incendiaram, imediatamente antes de se suicidar com uma pistola. Os dois neonazis haviam acabado de roubar um banco - sua fonte de financiamiento, segundo o seminário Der Spiegel – quando perceberam que vários policiais haviam seguido a pista deles. A arma registrada da agente assassinada foi encontrada no automóvel dos homens.

A terceira integrante do grupo neonazi, Beate Z., foi presa em 8 de novembro, acusada de haver ateado fogo à casa que os três compartilhavam na cidade alemã de Zwickau, Estado federado da Saxônia, com a intenção aparente de destruir toda informação comprometedora. Der Spiegel informou que a pistola usada para matar os nove imigrantes foi encontrada na habitação comum. Outro achado importante: um vídeo de quinze minutos com testemunhos dos neonazis.

No vídeo, o trio - autodenominado Clandestinidade Nacional-Socialista - confessa ter assassinado os empresários e a agente policial, mostra fotografias de algumas das vítimas e atribuem a si outros atentados; entre eles, a explosão de uma bomba em 2004 que deixou 22 pessoas feridas numa rua de Colônia habitada sobretudo por imigrantes turcos. O grupo adverte na gravação que, “se não se produzem mudanças fundamentais na política, na imprensa e na liberdade de expressão”, realizaria novos ataques.

Forças de segurança alemãs estariam implicadas?

Uwe M., Beate Z. e Uwe B, os três membros do
grupo neonazi Clandestinidade Nacional-socialista.
Os dez assassinatos já haviam causado certo grau de comoção na Alemanha, mas a nova reviravolta que tomaram as averiguações pertinentes converteram o assunto em um delicado tema de política interna; não só porque volta a realçar a inconsistência da luta contra a violência racista e xenófoba praticada sistematicamente pela ultradireita, uma censura que se faz ao Estado, no geral, sem que ninguém dê um passo a frente para responder pelas omissões. Senão porque, neste caso, instituições concretas poderiam terminar assumindo responsabilidades.

Longe da prisão de uma quarta pessoa, suspeita de ter facilitado sua permissão para conduzir e até seu passaporte para apoiar as atividades dos neonazis em questão, o que atraiu a atenção da opinião pública alemã neste 13 de novembro foi a reportagem do diário Bild, segundo o qual novos indícios apontam inclusive que os neonazis podiam ter cúmplices nas forças de segurança, que podiam estar implicadas nos crimes cometidos pelo grupo Clandestinidade Nacional-Socialista ou, na melhor das hipóteses, ter conhecimento deles, o que explicaria como tiveram tanto sucesso atuando durante mais de dez anos sem serem descobertos.

Citando fontes governamentais - entre elas, o especialista em assuntos de política interna, Hans-Peter Uhl –, o jornal alemão reportou o confisco de documentos de identidade na casa dos neonazis, que em geral, só são obtidos por investigadores que trabalham incógnitos para o serviço de inteligência alemão. A ministra da Justiça, Sabine Leutheusser-Schnarrenberger, disse que seria necessário esclarecer como se se deu a atuação do serviço secreto no seio das organizações de extrema-direita na última década; o PKG, Grêmio Parlamentar de Controle, que supervisiona o trabalho do executivo e dos serviços de inteligência, dedicará-se nessa tarefa nos próximos dias.

Autor: Evan Romero-Castillo
Editora: Claudia Herrera Pahl

Fonte: Deutsche Welle (Alemanha)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,15529659,00.html
Tradução: Roberto Lucena

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Removida tumba de Rudolf Hess, lugar de perigrinação neonazi

Removida a tumba de Rudolf Hess, substituto de Hitler
Sua sepultura em Wunsiedel havia se convertido num centro de peregrinação neonazi
JUAN GÓMEZ - Berlim - 21/07/2011

A tumba de Rudolf Hess em Wunsiedel (Alemanha) antes
de ser desmantelada- MICHAEL DALDER (REUTERS)
A sepultura do figurão nazi Rudolf Hess em Wunsiedel, Baviera, foi removida entre as quatro e seis da madrugada da quarta-feira, segundo publicou hoje o diário de Munique Süddeutsche Zeitung. Desaparece assim a tumba do comparsa ao qual Adolf Hitler ditou "Minha Luta", o programa político do regime que organizou o Holocausto. Seus restos mortais serão queimados e espalhados em alta mar, depois da comunidade cristã evangélica de Wunsiedel denegar a seus descendentes o prolongamento do arrendamento do sepulcro.

Os neonazis seguem considerando-o um "mártir"

Desde que Hess se enforcou com um cabo en sua cela de Spandau em 1987, o local havia se convertido numa meca de romarias neonazis. Os ultradireitistas do partido NPD e outros grupelhos de mesma ideologia nazi organizavam uma marcha comemorativa a cada 17 de agosto, na qual se homenageava o "mártir" Hess. Este havia se livrado da forca nos Julgamentos de Nuremberg por haver protagonizado um extravagante salto de paraquedas sobre a Escócia em 1941. Segundo alegou, para negociar a paz com o Reino Unido. Sua conhecida participação nos crimes do nazismo lhe valeu, não obstante, uma condenação à prisão perpétua em 1946. Ele a cumpriu até os 93 anos sob vigilância de soldados aliados na prisão de criminosos de guerra de Berlim-Spandau.

Hess se enforcou em sua cela 42 anos depois de seu chefe dar um tiro em seu bunker situado poucos quilômetros ao sudeste de Spandau. Foi o único prisioneiro de Spandau a partir de 1966, quando saíram em liberdade os também destacados nazis Albert Speer e Baldur von Schirach. Ao contrário de Speer ou Karl Dönitz, com os quais compartilhou o pátio da prisão de Spandau, Hess não maquiou sua biografia nem negou seus entusiasmos nazis. Assim, os neonazis seguem o considerando um "mártir", sobre cujas vida e morte seguem espalhando falsidades e lendas. No fim das contas, Hess se encarregou de pôr por escrito os dislates antissemitas, racistas e belicistas de seu amigo Hitler, com quem esteve preso depois do fracassado putsch de Munique de 1923. O livro resultante, que chamaram de "Minha luta", foi uma best-seller nos 12 anos que durou a ditadura nazi.

A proibição das marchas comemorativas desde 2005 não impediu que Wunsiedel, pitoresca localidade de 10.000 habitantes próxima à fronteira com a República Tcheca a qual Hess ia nas férias, contasse até esta semana entre os principais lugares de perigrinação para neonazis de todo o mundo. Segundo o Süddeutsche Zeitung, uma das netas de Hess se opôs primeiro a que removessem os restos mortais de seu avô. As autoridades locais conseguiram convencê-la para que aceitasse a exumação de seus restos e evitar de uma vez por todas que o sepulcro familiar continuasse atraindo grupos de neonazis e simpatizantes da ideologia de seu avô. Depois de sua morte foi demolida também a prisão de Spandau.

Fonte: El País(Espanha)
http://www.elpais.com/articulo/internacional/Desmantelada/tumba/Rudolf/Hess/lugarteniente/Hitler/elpepuint/20110721elpepuint_1/Tes
Tradução: Roberto Lucena

Ver também:
Túmulo de Rudolf Hess é destruído para pôr fim à peregrinação neonazista (avidanofront/DW)
Preventing Neo-Nazi Pilgrimages (Spiegel, Alemanha)
Desmantelan la tumba del lugarteniente de Hitler (infobae.com)
Restos mortais de vice de Adolf Hitler são queimados (AP/Paraná Online)

Vídeo(matéria, em espanhol):
Rudolf Hess se queda sin tumba y los neonazis sin lugar...

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