Complemento do post da lista de discussão Holocausto-doc com a tradução adicional(minha) do comentário de Hans Münch confirmando o extermínio físico e o uso de eufemismos nazis pra camuflar a intenção quando ficasse registrada em documento.
"Material para Tratamento Especial"
http://www.holocaust-history.org/auschwitz/19420826-dessau/
Este documento de 26 de agosto de 1942, dá a permissão ao campo de concentração de Auschwitz de enviar um caminhão a Dessau, a fim de retirar o "material para o tratamento especial." Dessau era um dos dois lugares onde o veneno Zyklon-B era fabricado. O "tratamento especial", ou "Sonderbehandlung", era o código nazista para o extermínio.
Transcrição(alemão):
[...]Fahrgen. für einen LKW. nach Dessau zur Abholung von Material für Sonderbeh. wird hiermit erteilt. [...]
Tradução:
[...]Permissão a um caminhão para Dessau, para retirar o material para o tratamento especial, é concedida através deste.[...]
Nota:
1. Hilberg, Raul, The Destruction of the European Jews, 1960, p. 568: "The Zyklon was produced by two companies: The Dessauer Werke and Kaliwerke at Kolin." In 1985 edition, p. 888.
__________________________________________________________
PERGUNTA: Mas será que "Sonderbehandlung" significava mesmo gaseamento?
RESPOSTA: Entrevista concedida pelo SS-Untersturmführer Dr. Hans Münch que foi apresentada pela televisão sueca:
http://www.nizkor.org/hweb/people/m/muench-hans/swedish-television-interview.html
Entrevistador: Eu tenho que perguntar uma coisa. Céticos afirmam que "tratamento especial" poderia significar qualquer coisa. Não teria que ser propriamente exterminação.
Münch: "Tratamento especial" na terminologia do campo de concentração significa extermínio físico. Se era uma questão referente a um punhado de pessoas, onde nada além que gasear fosse o que valesse a pena pra elas,
elas eram gaseadas.
Entrevistador: Então "tratamento especial" era gasear?
Münch: Sim, absolutamente.
Texto: José da Silva
http://br.groups.yahoo.com/group/Holocausto-Doc/message/128
Tradução adicional(trecho da entrevista de Hans Münch): Roberto Lucena
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terça-feira, 11 de maio de 2010
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 34
Traduzido por Leo Gott
34. Como se poderia manter um programa tão massivo em segredo, sem que os judeus que iriam ser exterminados soubessem?
O IHR diz (edição original):
Não se poderia ter mantido em segredo. O fato é que nunca foram realizados gaseamentos em massa em lugar algum. Os rumores sobre o extermínio são provenientes unicamente de fontes judaicas.
O IHR diz (edição revisada):
Não se poderia ter mantido em segredo. O fato é que nunca foram realizados gaseamentos em massa em lugar algum. As histórias sobre extermínios se originaram como propaganda sobre atrocidades cometidas na guerra.
Nizkor responde:
Os nazistas dedicaram um grande esforço para manter em segredo o processo de extermínio, ainda que no final foi revelado. Por exemplo, ver o testemunho do Dr. Hans Münch, que disse que fez público os gaseamentos e o processo de extermínio:
Ver também o veredito de um tribunal alemão em 1943 contra o SS-Untersturmführer Max Taubner, que além de revelar a existência do processo de extermínio, também deixa claro que o acusado deveria ser castigado por tirar fotografias do processo:
Os poloneses que viviam perto dos campos sabiam que estava tendo lugar um extermínio, já que viam chegar em trens centenas de milhares de judeus aos campos que não podiam alojar nem a décima parte deles, e porque a quantidade de comida que se levava aos campos era muito menor que a necessária para alimentar a tanta gente. Viam que os trens saíam do campo carregados com roupas e pertences das vítimas, além de sentir os cheiros de carne queimada. Sabiam que isto estava ocorrendo e não contaram ao mundo.
Finalmente, observe-se a eliminação da frase "unicamente de fontes judaicas". Quando o revisionismo começava sua caminhada, não lhe importava jogar ao público seus pré-juizos. Hoje em dia, trata de dirigir-se ao público em geral e está mais cuidadoso. Este fenômeno é observado com frequência.
34. Como se poderia manter um programa tão massivo em segredo, sem que os judeus que iriam ser exterminados soubessem?
O IHR diz (edição original):
Não se poderia ter mantido em segredo. O fato é que nunca foram realizados gaseamentos em massa em lugar algum. Os rumores sobre o extermínio são provenientes unicamente de fontes judaicas.
O IHR diz (edição revisada):
Não se poderia ter mantido em segredo. O fato é que nunca foram realizados gaseamentos em massa em lugar algum. As histórias sobre extermínios se originaram como propaganda sobre atrocidades cometidas na guerra.
Nizkor responde:
Os nazistas dedicaram um grande esforço para manter em segredo o processo de extermínio, ainda que no final foi revelado. Por exemplo, ver o testemunho do Dr. Hans Münch, que disse que fez público os gaseamentos e o processo de extermínio:
...haveria sido algo completamente inútil que em pouco tempo haveria causado que
minha família e eu tivéssemos sido liquidados, já que a Gestapo estava tão
organizada e as ameaças por não respeitar o sigilo que rodeava os extermínios de
Auschwitz eram tão claramente expressos que todos evitavam contar inclusive a
seus melhores amigos. A experiência nos ensinou que qualquer pessoa que falasse
sobre o tema era rapidamente caçado, já que a Gestapo seguia o rastro de
qualquer rumor que se difundisse sobre Auschwitz.
Ver também o veredito de um tribunal alemão em 1943 contra o SS-Untersturmführer Max Taubner, que além de revelar a existência do processo de extermínio, também deixa claro que o acusado deveria ser castigado por tirar fotografias do processo:
Por tirar fotografias dos incidentes ou deixar fazer fotos, por levar a
revelar as origens das fotografias e por mostrá-las a sua mulher e amigos,
o acusado é culpado de um delito de desobediência. Estas fotos poderiam supor um
dos maiores perigos para a segurança do Reich se cairem em mãos erradas...
Os poloneses que viviam perto dos campos sabiam que estava tendo lugar um extermínio, já que viam chegar em trens centenas de milhares de judeus aos campos que não podiam alojar nem a décima parte deles, e porque a quantidade de comida que se levava aos campos era muito menor que a necessária para alimentar a tanta gente. Viam que os trens saíam do campo carregados com roupas e pertences das vítimas, além de sentir os cheiros de carne queimada. Sabiam que isto estava ocorrendo e não contaram ao mundo.
Finalmente, observe-se a eliminação da frase "unicamente de fontes judaicas". Quando o revisionismo começava sua caminhada, não lhe importava jogar ao público seus pré-juizos. Hoje em dia, trata de dirigir-se ao público em geral e está mais cuidadoso. Este fenômeno é observado com frequência.
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Hans Münch, médico de Auschwitz
Declaração de Hans Münch em Auschwitz, 1995.
"Eu, Dr. Hans Münch, certifico que, como médico da SS de serviço em Auschwitz em 1944, testemunhei o processo de seleção das pessoas que iriam continuar a viver e os que iriam morrer. Outros médicos da SS de plantão nos campos fizeram seleções na plataforma onde os transportes chegavam. Eles também fizeram seleções nos quartéis. Eu era isento de fazer seleções porque eu tinha recusado a fazê-las.
Eu ainda atesto que vi milhares de pessoas serem gaseadas aqui em Auschwitz. As crianças, os idosos, os doentes e aqueles incapazes de trabalhar foram enviados às câmaras de gás. Eram seres humanos inocentes: judeus, ciganos, homossexuais, opositores políticos de Hitler - qualquer um que não concordasse com a idéia de Hitler de uma raça ariana pura.
Estou assinando este papel por minha própria vontade para ajudar a documentar a intolerância cruel dos meus colegas da SS.
Eu, um ex-médico da SS, testemunhei a queda de Zyklon-B nas saídas de ar de fora das câmaras de gás. O Zyklon-B começou a funcionar assim que ele foi lançado a partir de latas. Os efeitos do gás foram observados através de um olho-mágico por um médico designado ou oficial da SS de plantão. Depois de três a cinco minutos, a morte podia ser confirmada, e as portas eram abertas como um sinal de que os cadáveres estavam prontos para serem cremados.
Este é um pesadelo que continuo a viver cinquenta anos depois.
Eu sinto muito que de alguma maneira eu tenha sido parte disso. Sob as circunstâncias prevalecentes eu fiz o melhor que podia para salvar o máximo de vidas possível. Juntar-me à SS foi um erro. Eu era jovem. Era um oportunista. E uma vez que entrei, não havia maneira de sair."
(assinado)
Dr. Hans Münch
27 de janeiro, 1995, Auschwitz
(6 testemunhas)
Link com a cópia (digitalização) do documento: http://www.nizkor.org/ftp.cgi/people/m/muench.hans/ftp.cgi?people/m/muench.hans//images/auschwitz-declaration-950127.jpg
Fonte: Nizkor (declaração em Auschwitz)
http://www.nizkor.org/ftp.cgi/people/m/muench.hans/ftp.cgi?people/m/muench.hans//auschwitz-declaration.950127
http://www.nizkor.org/hweb/people/m/muench-hans/auschwitz-declaration.html
Tradução: Roberto Lucena
Atualização: mudança de texto e tradução, 06 de março, 2014.
Ver mais:
Is Dr Munch a confused old man or a defiant Nazi? (The Independent, Reino Unido)
"Eu, Dr. Hans Münch, certifico que, como médico da SS de serviço em Auschwitz em 1944, testemunhei o processo de seleção das pessoas que iriam continuar a viver e os que iriam morrer. Outros médicos da SS de plantão nos campos fizeram seleções na plataforma onde os transportes chegavam. Eles também fizeram seleções nos quartéis. Eu era isento de fazer seleções porque eu tinha recusado a fazê-las.
Eu ainda atesto que vi milhares de pessoas serem gaseadas aqui em Auschwitz. As crianças, os idosos, os doentes e aqueles incapazes de trabalhar foram enviados às câmaras de gás. Eram seres humanos inocentes: judeus, ciganos, homossexuais, opositores políticos de Hitler - qualquer um que não concordasse com a idéia de Hitler de uma raça ariana pura.
Estou assinando este papel por minha própria vontade para ajudar a documentar a intolerância cruel dos meus colegas da SS.
Eu, um ex-médico da SS, testemunhei a queda de Zyklon-B nas saídas de ar de fora das câmaras de gás. O Zyklon-B começou a funcionar assim que ele foi lançado a partir de latas. Os efeitos do gás foram observados através de um olho-mágico por um médico designado ou oficial da SS de plantão. Depois de três a cinco minutos, a morte podia ser confirmada, e as portas eram abertas como um sinal de que os cadáveres estavam prontos para serem cremados.
Este é um pesadelo que continuo a viver cinquenta anos depois.
Eu sinto muito que de alguma maneira eu tenha sido parte disso. Sob as circunstâncias prevalecentes eu fiz o melhor que podia para salvar o máximo de vidas possível. Juntar-me à SS foi um erro. Eu era jovem. Era um oportunista. E uma vez que entrei, não havia maneira de sair."
(assinado)
Dr. Hans Münch
27 de janeiro, 1995, Auschwitz
(6 testemunhas)
Link com a cópia (digitalização) do documento: http://www.nizkor.org/ftp.cgi/people/m/muench.hans/ftp.cgi?people/m/muench.hans//images/auschwitz-declaration-950127.jpg
Fonte: Nizkor (declaração em Auschwitz)
http://www.nizkor.org/ftp.cgi/people/m/muench.hans/ftp.cgi?people/m/muench.hans//auschwitz-declaration.950127
http://www.nizkor.org/hweb/people/m/muench-hans/auschwitz-declaration.html
Tradução: Roberto Lucena
Atualização: mudança de texto e tradução, 06 de março, 2014.
Ver mais:
Is Dr Munch a confused old man or a defiant Nazi? (The Independent, Reino Unido)
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