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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

A mente de Rosenberg, ideólogo do Holocausto, exposta. "Alfred Rosenberg. Diarios (1934-1944)" [livro]

Madrid, 7 set (EFE).- Pela primeira vez serão publicados mais de 400 páginas do diário de cabeceira do nazista Alfred Rosenberg com o título de "Alfred Rosenberg. Diarios (1934-1944)", o testemunho inédito em primeira pessoa de uma dos ideólogos do Holocausto, a quem foi apelidado por Hitler como "o pai da Igreja nacional-socialista".

Assim, esses diários, que saem amanhã em castelhano, num volume publicado pela Crítica (editora), completam-se com um amplo prólogo e 23 documentos com os discursos e artigos do nazi e os comentários dos editores do livro, os alemães Jürgen Matthäus e Frank Bajohr.

Além disso, o volume, que ocupa mais de 700 páginas, inclui também outros arquivos que ajudam a completar esta radiografia de uma das mentes mais influentes do Partido Nacional-Socialista da Alemanha.

E é um desses documentos, precisamente, onde se recolhe a proposta de Rosenberg (Talim, 1893 - Nuremberg, 1946) de levar a cabo o "extermínio biológico de todo o povo judeu na Europa".

Contudo, chama a atenção a sutileza desses "Diários" na hora de se referir ao Holocausto por parte de Rosenberg, a quem se cuidou de não incluir em suas memórias comentários explícitos sobre o extermínio judeu.

Mas isto não é algo novo nas memórias que se conhecem dos dirigentes nazistas, pois o mesmo cuidado se pode observar nos diários de Josef Goebbels, competidor, de fato, de Rosenberg, a quem mostra sua aversão pelo ministro da Propaganda de Adolf Hitler, referindo-se a ele, por exemplo, como "foco de pus".

Para a publicação desses "Diários", seus editores elaboraram uma primeira parte de moto que a introdução aporta pequenas pinceladas sobre a vida de Rosenberg e de seu papel num dos episódios mais terríveis da História do século XX.

Neste sentido, também abarca a história do paradeiro dos diários, que foram encontrados em 2003 depois de ter estado até 1993 em poder de Robert M.W. Kempner, um dos assessores legais estadunidenses durante os julgamentos no Tribunal Militar de Nuremberg e promotor no procedimento conhecido como "o caso dos ministérios".

Depois da morte de Kempner, em 93, o Museu do Holocausto estive mais de uma década buscando os documentos que faltavam, entre eles este diário, que o promotor havia retido ilegalmente, foi encontrado completo em 2013 e passou a fazer parte do Museu do Holocausto.

Depois desta introdução, as páginas dão passo ao conteúdo "reproduzido" dos diários de Rosenberg. Inclusive conservam seus "erros de ortografia, abreviaturas, rasuras, sublinhados e incoerências", segundo indicam os editores.

As anotações daquele que foi ministro para Assuntos do Leste do Führer se interrompem em 3 de dezembro de 1944, última data na qual Rosenberg escreve, a partir de seu refúgio em Berlim.

Alfred Rosenberg nasceu em Talim (Estônia) no seio de uma família germano-báltica e posteriormente cursou Arquitetura em Riga e Moscou e chegou à Alemanha em 1918, onde não tardou para se introduzir nos círculos nacionalistas alcançando certo renome como autor de textos políticos de orientação antissemita e anticomunista, antes de se unir ao regime nazista.

Ao fim de seus dias, foi acusado em Nuremberg de crimes contra a humanidade, crimes de guerra, participação na preparação de uma guerra de agressão e crimes contra a paz, acusações das quais foi declarado culpado e condenado à pena de morte. Foi executado na forca, em 16 de outubro de 1946.

Os editores do livro foram Frank Bajohr, desde 2013 diretor de pesquisa do Centro de Estudos do Holocausto no Institut für Zeitgeschichte em Munique, e Jürgen Matthäus, que desenvolve seu trabalho profissional no Museu Memorial do Holocausto em Washington DC.

eca/crs/ram
Cultura | 07/09/2015 - 16:38h
Elena Cortés.

Fonte: La Vanguardia (Espanha)
http://www.lavanguardia.com/cultura/20150907/54436319188/la-mente-de-rosenberg-ideologo-del-holocausto-al-descubierto.html
Título original: La mente de Rosenberg, ideólogo del Holocausto, al descubierto
Tradução: Roberto Lucena

Observação: este diário havia sido divulgado, online, pelo USHMM, anos atrás. Só que pelo tamanho do livro o material exibido pelo museu na época não foi integral (suponho).

Esta edição em espanhol saiu primeiro que a edição em inglês do livro, pelo menos no site de uma loja de vendas grande dos EUA o título em inglês ainda está em reserva. Tanto que já saíram algumas matérias do lançamento do livro todas em jornais da Espanha. Redundante dizer, mas... (tem gente que só entende com a menção), não saiu o título traduzido no Brasil e nem indicação de que irá sair.

sábado, 7 de setembro de 2013

Morre Rochus Misch, ex guarda-costas de Hitler

Capa do livro com o testemunho de Rochus Misch,
ex-guarda costas de Hitler
Foto: Reprodução RFI
Morreu nesta sexta-feira em Berlim Rochus Misch, 96 anos, guarda-costas de Adolf Hitler, e uma das únicas testemunhas vivas dos últimos momentos que antecederam o suicídio do Führer no fim da guerra.

Misch, oficial adjunto da SS, a polícia nazista, morreu de um ataque cardíaco em sua casa em Berlim, segundo sua família. Poucos dias antes do fim da guerra, ele estava encarregado do atendimento telefônico na chancelaria.

Em seus depoimentos, que deram origem a um livro e a um DVD, ele contesta as versões de jornalistas e historiadores sobre os últimos momentos antes da queda de Hitler.

"Era menos 'teatral' do que normalmente é descrito. O pior, era o silêncio. Todo mundo falava em voz baixa e ninguém sabia o porquê. Para mim era o bunker da morte", declarou.

Questionado, sobre os melhores momentos de sua vida, Misch costumava mostrar fotos da residência de Hitler na Bavária. "Sim, foi o melhor período da minha vida. Maravilhoso, como estar de férias. O chefe sempre estava relaxado neste lugar", conta.

"No fim da guerra, se alguém queria falar com Hitler, seja Goebbels, Göring ou algum outro, era preciso passar por mim. Eu que atendia os telefonemas", descreve.

Michus conta ter visto no dia 30 de abril de 1945 os corpos de Hitler e Eva Braun depois do suícidio serem levados para jardim da Chancelaria para serem incinerados.

Preso em 1945, Misch passou nove anos nos campos soviéticos. O ex-capitão da SS Günther Schwägermann, que hoje tem 98 anos, ex-auxiliar de Goebbels, é o último sobrevivente do bunker.

Fonte: RFI (Portugal)
http://www.portugues.rfi.fr/europa/20130906-morre-rochus-misch-ex-guarda-costas-de-hitler

terça-feira, 26 de março de 2013

Fritz Dietrich (Nazi) - Massacres na Letônia

Fritz Dietrich (nasceu em 6 de agosto de 1898, executado em 22 de outubro de 1948) era um oficial alemão da SS que tinha um doutorado (Ph.D.). Seu nome também é visto escrito como Emil Diedrich.[1]

Resumo de sua trajetória

Dietrich adquiriu o status de SS-Obersturmbannführer. De setembro de 1941 a novembro de 1943 ele serviu como policial chefe da SS (SS und PolizeiStandortführer ) em Liepāja (em alemão: Libau), Letônia. As unidades de polícia sob seu comando conduziram inúmeros massacres de judeus e outras pessoas em Liepāja. O maior de todos os massacres de Liepāja ocorreu em três dias, numa segunda-feira, 15 de dezembro, a quarta-feira, 17 de dezembro de 1941. Em 13 de dezembro, Karzemes Vārds publicou uma ordem de Dietrich que pedia que todos os judeus na cidade permanecessem em suas residências na segunda-feira, 15 de dezembro a 16 de dezembro de 1941. [2]

Julgamento por crimes de guera

Depois da segunda guerra ele foi julgado, condenado e setenciado a pena de morte por crimes de guerra, mas não por suas ações na Letônia. Dietrich tinha ordenado o fuzilamento de sete prisioneiros aliados que tinham saltado de paraquedas de aeronaves avariadas.[3] Em 1948 Dietrich foi enforcado na prisão de Landsberg.[4] Os julgamentos de Dietrich e outros ficaram conhecidos como "Flyers Cases" (Casos dos Aviadores) e foram parte do que ficou conhecido como os Julgamentos de Dachau por crimes de guerra.

Notas

[1] Ezergailis, The Holocaust in Latvia, página 288.
[2] Ezergailis, The Holocaust in Latvia, páginas 293 a 294
[3] United States vs. Fritz Dietrich and others, Case Nos. 12-1545 and 12-2272 (File US115), resumido dos Crimes Nazis no Julgamento
[4] Klee, The Good Old Days, página 290.

Referências

- Ezergailis, Andrew, The Holocaust in Latvia 1941-1944—The Missing Center, Historical Institute of Latvia (in association with the United States Holocaust Memorial Museum) Riga 1996 ISBN 9984-9054-3-8
- Klee, Ernst, Dressen, Willi, and Riess, Volker, eds. "The Good Old Days" -- The Holocaust as Seen by its Perpetrators and Bystanders, MacMillan, New York 1991 (translation by Deborah Burnstone) ISBN 0-02-917425-2

Fonte: texto extraído da Wikipedia em inglês, com as notas (transcritas no final da tradução) no próprio verbete
http://en.wikipedia.org/wiki/Fritz_Dietrich_%28Nazi%29
Tradução: Roberto Lucena

Observação: vários verbetes (com fontes e que servem pra consulta rápida) da Wikipedia em inglês não possuem tradução pro português.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Arquivos do julgamento de Eichmann

Pra quem quiser consultar e/ou vasculhar documentos, no site Nizkor, seguem os links da transcrição (em inglês) dos páginas do julgamento de Adolf Eichmann, realizado na primeira metade dos anos sessenta. Registro dos processos no Tribunal Distrital de Jerusalém.

Página inicial: O Julgamento de Adolf Eichmann
http://www.nizkor.org/hweb/people/e/eichmann-adolf/transcripts/

Indo direto aos volumes:
http://www.nizkor.org/hweb/people/e/eichmann-adolf/transcripts/Sessions/

"Bem, então, tendo sido solicitado por Sr., Meritíssimo, para dar uma resposta bem clara aqui, devo dizer que considero este assassinato, este extermínio dos judeus, como sendo um dos crimes mais hediondos da história da humanidade."
(Adolf Eichmann, 13 de julho de 1961)

terça-feira, 12 de junho de 2012

Rudy de Mérode, um colaboracionista fascista francês

Rudy de Mérode, nome real Frédéric Martin (1905, Silly-sur-Nied, Moselle - ?, provavelmente na Espanha) foi um colaboracionista francês durante a ocupação alemã da França na Segunda Guerra Mundial.

Vida

Originário de Luxemburgo, sua família emigrou para França e foram naturalizados como cidadãos franceses nos anos de 1920. Estudou engenharia em Estrasburgo e então na Alemanha, onde ele foi recrutado pela Abwehr em 1928. Em 1934 participou dos trabalhos de construção da Linha Maginot e repassou os planos (aos quais teve acesso) para os serviços da Inteligência alemã. Desmascarado como um espião em 1935, foi condenado em 1936 a 10 anos de cadeia (os quais serviu numa prisão de Clairvaux) e 20 anos de exílio da França.

Durante a queda da Batalha da França, centenas de milhares de prisioneiros fugiram pelas estradas da França. em 14 de junho, em Bar-sur-Aube, um grupo de prisioneiros foi evacuado da prisão central em Claivaux, incluindo Rudy de Mérode e outros espiões, que se aproveitaram da anarquia instalada para escapar e pedir ajuda aos alemães.

Em julho de 1940, ele retornou para Paris e organizou sozinho um centro de Inteligência militar alemão no Hotel Lutetia. Anexo a uma fonte do escritório no número 18 da rua Pétrarque em Paris como um disfarce, ele espionou para Abwehr ao lado de outro agente da SD, o holandês Gédéon van Houten (chamado de barão d'Humières).

Primeiramente ele reuniu a inteligência através de uma equipe de trinta pessoas sob suas ordens, que ele treinou por conta própria. A maioria deles eram foragidos da Justiça e ele os usou para conseguir equipamentos e para construções. Sua equipe requisitou varios apartamentos e hoteis particulares sob o pretexto de serem franceses ou (mais frequentemente) policiais alemães.

Sua especialidade era comboios bancários, de dinheiro vindo de diversas fontes ou na forma de objetos de ouro, jóias, arte ou lingotes. Em 1941, estabeleceu-se no boulevard 70 Maurice Barrès em Neuilly-sur-Seine, mas van Houten e de Mérode separaram-se após um desentendimento em 1942.

Com a ajuda do DSK (Devisenschutzkommando) abriu cofres de bancos, comprando objetos de ouro e prata de seus proprietários a um preço subvalorizado ou, no caso deles se recusassem a cooperar, ele os deportaria. Se a propriedade pertencesse a judeus, era totalmente confiscada e da Gestapo levava o proprietário preso e, muitas vezes deportava. A equipe da "gestapo de Neuilly" confiscou mais de 4 toneladas de ouro, e a rede de 'de Mérode' acumulou enormes somas de prata e prendeu e deporou mais de 500 pessoas.

Fuga pra Espanha

No início de 1944, a Abwehr o acusou de secretamente ter montado um escritório na Espanha. Primeiramente se alojou em Saint-Jean-de-Luz, em meados de 1945, inicialmente era para ficar em San Sebastián antes de chegar a Madrid, onde ele se autoproclamou como "o príncipe de Mérode". Em 1953, ele ainda vivia na Espanha, agora a 60 km ao norte de Madrid em uma fábrica de tijolos. Ele nunca voi levado à justiça e a data da sua morte permanece desconhecida até hoje.

Referências
  • Magazine Historia Hors Série n°26 1972 por Jacques Delarue
  • Les comtesses de la Gestapo ed. Grasset, 2007 by Cyril Eder, ISBN 978-2-246-67401-6
  • Baptiste Roux, Figures de l'Occupation dans l'œuvre de Patrick Modiano, Paris, L'Harmattan, 1999, 334 p. (ISBN 2-7384-8486-7)
Fonte: Extraído do verbete da Wikipedia (em inglês e francês).
Tradução: Roberto Lucena

Ver mais em:
BS Encyclopédie (em francês)

Seção sobre nazismo e Holocausto:
Les grandes idéologies. Le nazisme et la shoah

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Museu exibe carta inédita de Hitler

O Museu de Tolerância de Los Angeles, nos Estados Unidos, começou a exibir uma carta inédita de Adolf Hitler, datada de 1919. O documento mostra que o ódio pelos judeus já fazia parte do mentor do holocausto desde que ele era apenas um cabo do Exército alemão.

A veracidade da carta, de quatro páginas, assinada por Hitler, na época um sobrevivente da 1ª Guerra Mundial, foi comprovada por um especialista em caligrafia.

Na carta, o futuro ditador alemão afirma que um governo poderoso poderia reduzir a ameaça dos judeus se negasse a eles os seus direitos. Mas o objetivo final seria a eliminação de todos os judeus juntos.

Sobreviventes do holocausto foram os primeiros a ver a carta exibida no museu.

Fonte: Correio do Estado/G1
http://www.correiodoestado.com.br/noticias/museu-exibe-carta-inedita-de-hitler_127272/

Ver mais:
Early anti-Semitic Hitler letter on display in LA (abc7)
1919 Hitler letter unveiled at Museum of Tolerance (dailybreeze.com)

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Walter Rauff - Criador das câmaras de gás móveis era triplo espião

O Arquivo Federal alemão irá divulgar na próxima semana em Koblenz um vasto conjunto de documentos que, segundo foi anunciado, confirmam as suspeitas de recrutamento do criminoso de guerra Walter Rauff pelos serviços sercretos da Alemanha Federal (BND), já nos anos 50. Procurando desfazer-se do lastro de um passado demasiado presente, o presidente do BND, Ernst Uhrlau, admite agora a vergonha que esse recrutamento representa. Mas Rauff trabalhou também para os serviços secretos da Síria e de Israel.

Walter Rauff, ao ser detido pela
polícia chilena, em dezembro de 1962




O volumoso acervo documental cuja divulgação está prometida para os próximos dias totaliza 900 páginas e confirma que o ex-agente dos serviços de segurança das SS trabalhou no pós guerra para o BND, da democrática Alemanha Federal. Rauff já em tempos revelara esse "emprego" a jornalistas, mas tudo então tomado como mera fanfarronada de um veterano da repressão nazi, a procurar fazer-se interessante na monotonia do pós-guerra.




O criador das "câmaras de gás móveis"

Walter Rauff era em 1933, quando o partido nazi ascendeu ao poder, um oficial da Marinha de Guerra, com o posto de tenente e a idade de 27 anos. Aí conhecera anteriormente o famigerado Reinhard Heydrich, também oficial da Marinha. Quando este passou a chefiar o RSHA (Serviço Central de Segurança do Reich, que reunia várias polícias) chamou Rauff para o seu lado e fez dele um dos seus braços direitos.

Depois de um breve interregno em que regressara à Marinha, Rauff retomou as funções policiais e continuou a sua ascensão meteórica, mesmo depois de a resistência checa ter liquidado o seu protector Heydrich. Em 1945, no final da guerra, com 39 anos, atingira a patente de coronel.

Entre as façanhas que lhe permitiram essa ascensão conta-se o desenvolvimento das câmaras de gás móveis, utilizadas para matar prisioneiros judeus e deficientes físicos ou mentais. As vítimas eram mortas por sufocação em camiões fechados, em que se lançava gases tóxicos. O equipamento foi usado primeiro no campo de concentração de Sachsenhausen, e depois também na capital lituana, Riga, e em campos de extermínio em Chelmno (Polónia) e Poltava (Ucrânia). Até serem substituídas pelas grandes instalações destinadas ao extermínio, as câmaras de gás móveis custaram a vida a um número de pessoas que é calculado entre 97.000 e 200.000.

Do Norte de África a Itália

Nessa fase, Rauff fora destacado para o Norte de África, à cabeça de um Einsatzkommando, que era suposto proceder ao extermínio dos judeus à medida que o Afrikakorps de Rommel fosse avançando no terreno. Na Tunísia, Rauff levou ainda a cabo verdadeiros massacres contra a comunidade judaica local.

Na fase final da guerra, esteve no norte de Itália e participou activamente na repressão contra a resistência em Milão, Turim e Génova. Aquando da insurreição de Milão, esteve a ponto de ser linchado por uma multidão e escapou por pouco. Foi depois capturado pelas tropas norte-americanas, que o deixaram fugir do campo de prisioneiros de Rimini. Segundo a sua ficha na CIA, ele pôde então esconder-se em conventos locais graças ao apoio do bispo católico Alois Hudal.

Espião duplo para a Síria e para Israel

Depois da fuga, Rauff foi recrutado para os serviços secretos sírios por um certo capitão Akram Tabara e partiu para Damasco, onde ficou, a partir de 1948, ao serviço do presidente sírio Hosni Zaim. Foi temporariamente detido na sequência de um golpe de Estado que derrubou Zaim, mas acabou por ser libertado e deixar o país.

A arregimentação de Rauff para os serviços secretos sírios, numa fase em que este e outros regimes árabes se encontravam em pé de guerra com o recém-nascido Estado de Israel, surgia, entretanto, ao senso comum como prova de uma convergência entre esses regimes e os restos do nazismo contra um inimigo comum.

As revelações de Elam e Whitehead

Mas o jornalista judeu Shraga Elam e o seu colega norte-americano Dennis Whitehead desenterraram há três anos documentos que lançavam uma nova luz sobre a história. Segundo esses documentos, então divulgados no diário israelita Haaretz, Rauff terá estado simultaneamente sob as ordens dos serviços secretos israelitas. Essa ligação era já conhecida da CIA em 1950.

Segundo o historiador residente do Haaretz, Tom Segev, Rauff já terá ido para a Síria sob ordens israelitas. Era precisamente o seu passado de criminoso do Holocausto que o tornava, aos olhos dos sírios, insuspeito de alguma simpatia pelo Estado de Israel.

Ainda segundo Elam e Whitehead, Rauff foi depois para o Egito sob ordens israelitas, com o plano de organizar o assassínio de diversas figuras políticas inquietantes para Israel. Mas o plano não chegou a concretizar-se e Rauff partiu então para a América Latina, com a ajuda dos serviços secretos israelitas.

No Chile, ao serviço da espionagem alemã

Na América Latina, Rauff estabelceu-se no Chile, como comerciante de gado. Foi aí que o BND o recrutou, com o intuito de obter informações provenientes da Cuba revolucionária. Aparentemente, a actividade de Rauff saldou-se num fracasso e decepcionou o seu novo patrão - os serviços secretos alemães. Por isso chegou a ser-lhe cortado o vencimento, segundo Klaus Wiegrefe em Der Spiegel.

Em 1962, a política falou mais alto que a polícia e o Governo da Alemanha Federal pediu ao Chile a extradição de Rauff. O refugiado foi temporariamente detido, mas o Supremo Tribunal chileno recusou o pedido de extradição, a pretexto de os crimes em causa já terem prescrito segundo a lei chilena, e mesmo a chegada ao poder de Salvador Allende não mudou a segurança que o país oferecia ao criminoso nazi.

Com o golpe de Estado de Pinochet circularam rumores sobre uma activa participação de Rauff no aparelho repressivo da ditadura. Novos pedidos de extradição foram, em todo o caso, rejeitados por Pinochet. Um provinha de Israel, em 1984, outro de uma especial amiga do ditador, Margareth Thatcher. Mas foi também em 1984 que Rauff morreu - enterrado com honras e rituais nazis pela comunidade germânica refugiada no Chile.

Fonte: RTP(Portugal)
http://www.rtp.pt/noticias/?t=Criador-das-camaras-de-gas-moveis-era-triplo-espiao.rtp&article=482924&visual=3&layout=10&tm=7

sábado, 12 de março de 2011

Quem foi Oswald Pohl

Oswald Pohl em Nuremberg,
sentenciado à pena de morte
(1892-1951), chefe da principal secretaria econômico-administrativa das SS (Wirtschafts Verwaltungshauptamt, WVHA). Pohl entrou no Partido Nazista em 1926 e na SS em 1929. Seu talento como organizador chamou a atenção do chefe da SS Heinrich Himmler, que fez de Pohl chefe da principal secretaria de administração das SS em 1935.

Em 1939, Pohl foi nomeado diretor ministerial do Ministério do Interior. Nessa posição, ele rapidamente construiu empresas SS com a ajuda de apoiadores nazistas de várias indústrias alemãs. Em 1942 as atividades de Pohl foram reunidos sob um novo local: a WVHA, que foi responsável pela inspecção do campo de concentração, e dos projetos de trabalho de mais de 500.000 prisioneiros do campo de concentração, que às vezes eram escondidos para trabalhar para empresas alemãs. Este fez de Pohl um dos homens mais poderosos e proeminentes nas SS.

Pohl também trouxe a idéia de mandar de volta à Alemanha todos os pertences pessoais de judeus que foram gaseados - incluindo o cabelo, dentes de ouro, roupas, alianças e outras jóias etc - e usá-las ou transformá-las em dinheiro. Esta operação foi em toda parte a ênfase das SS para serem eficientes e financeiramente independentes de outros países. Depois da guerra, Pohl foi preso e condenado à morte. Ele foi executado em 1951.

Fonte: Shoah Resource Center (Yad Vashem)
http://www1.yadvashem.org/odot_pdf/Microsoft%20Word%20-%205731.pdf
Tradução: Roberto Lucena

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Criminoso nazista morre na Alemanha antes de ir a julgamento

Samuel Kunz foi guarda no campo
de concentração de Belzec
Aos 89 anos, Samuel Kunz, número três da lista de criminosos nazistas mais procurados do Centro Simon Wiesenthal, faleceu na Alemanha antes que pudesse ser julgado por seus crimes.

Morreu na última quinta-feira (18/11), aos 89 anos, Samuel Kunz, número três da lista de criminosos nazistas mais procurados do Centro Simon Wiesenthal, especializado na procura de criminosos do regime de Hitler. Acusado de participação no assassinato de mais de 420 mil judeus durante o Holocausto, Kunz faleceu em casa, em uma cidade alemã próxima a Bonn, antes que fosse levado a julgamento.

Samuel Kunz deveria ser julgado pelo assassinato de prisioneiros judeus durante o período em que era guarda do campo de concentração de Belzec, na Polônia ocupada pelos nazistas, entre janeiro de 1942 e julho de 1943.

"O tribunal ia tomar uma decisão sobre a abertura de um processo que provavelmente começaria em fevereiro", afirmou o procurador Andreas Bendel, chefe do departamento para a elucidação de crimes nazistas em Dortmund, no oeste da Alemanha.

Caso de Kunz veio à tona
durante investigações sobre
Demjanjuk (foto)
O passado de Kunz veio à tona durante a investigação de John Demjanjuk, que foi a julgamento no último ano sob acusação de ajudar a matar 27.900 judeus. Assim como Demjanjuk, Kunz serviu no Exercito soviético, tornando-se guarda de um campo depois de ser capturado por alemães.

Samuel Kunz havia reconhecido abertamente, perante investigadores encarregados do inquérito a John Damjanjuk, ter trabalhado no campo de extermínio de Belzec. "Era evidente para nós que os judeus eram exterminados e depois queimados no local". "Sentíamos o cheiro todos os dias", declarou.

Sentimento de frustração

Efraim Zuroff, diretor do Centro Simon Wiesenthal em Jerusalém, expressou sua "profunda frustração" pelo fato de o acusado não ter sido julgado e culpa abertamente a Alemanha pela impunidade.

"O fato de Samuel Kunz ter vivido na Alemanha sem penalidade por tantas décadas é o resultado de falhas no processo criminal que ignora qualquer criminoso do Holocausto que não tivesse sido um oficial".

Segundo Zuroff, apesar da impunidade, o caso colocou o conturbado tema em pauta novamente. "O único consolo é que ele foi acusado, foi exposto e pelo menos uma pequena parte da justiça foi feita", afirmou.

MDA/afp/lusa/rtr
Revisão: Carlos Albuquerque

Fonte: Deutsche Welle(Alemanha)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,6256191,00.html

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Alemanha abre processo contra ex-criminoso nazista

BERLIM — A Promotoria alemã informou nesta quarta-feira que iniciou um processo contra o ex-guardião de um campo de extermínio nazista de 90 anos, acusado de participar do assassinato de 430.000 judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

Samuel Kunz, que reconheceu ter trabalhado no campo de extermínio de Belzec, situado na Polônia sob ocupação alemã, entre 1942 e 1943, foi informado na semana passada das acusações contra ele, informou à AFP um porta-voz da Procuradoria da cidade de Dortmund (oeste).

Kunz também é acusado da morte de outros dez judeus em dois incidentes diferentes, que também ocorreram em Belzec, indicou o porta-voz, Christoph Goeke.

Kunz negou envolvimento nos assassinatos.

Depois dos julgamentos de Nuremberg depois da guerra, quando os principais líderes nazistas foram condenados à morte, as autoridades alemãs examinaram mais de 25.000 casos, mas a imensa maioria não gerou processos.

Fonte: AFP
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5gAS6QIwqs4n9dJG51b7mFHPWnRaw

Matérias:
Testemunha no julgamento de Demjanjuk acusada de cumplicidade na morte de 430 mil judeus (Lusa, Portugal)
German Nazi suspect charged over 430,000 deaths (BBC)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Vídeo recria destruição de Varsóvia durante 2ª Guerra Mundial

Simulação quer educar a nova geração sobre destruição que aconteceu na Polônia

Uma simulação de cinco minutos ajuda a educar a nova geração sobre a destruição da cidade de Varsóvia, na Polônia, ocorrida durante de Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

O vídeo foi produzido por 40 especialistas, que demoraram dois anos para finalizá-lo. Ele documenta, utilizando recursos do cinema em três dimensões (3D), os chocantes escombros a que Varsóvia foi reduzida pela Alemanha Nazista, durante a tentativa de extermínio de judeus.

Os produtores usaram imagens históricas para criar uma simulação de um voo sobre a cidade no início de 1945, que mostra colapso de pontes, casas queimadas sem telhado, e o Gueto de Varsóvia, que concentrou maior comunidade judaica na época do Holocausto.

Jan Oldakowski, o diretor do Museu do Levante de Varsóvia (Warsaw Uprising Museum), diz que o vídeo, legendado em polonês, é destinado principalmente para os jovens que não percebem o grau de destruição da maior cidade da Polônia entre 1939 e 1945.

Vídeo: Miasto ruin. Przelot nad zburzoną Warszawą w kwietniu 1945.
http://www.youtube.com/watch?v=HHYo8HBTHVA


Fonte: R7
http://noticias.r7.com/internacional/noticias/filme-recria-destruicao-de-varsovia-durante-2-guerra-mundial-20100728.html

terça-feira, 6 de julho de 2010

Comandante de Treblinka e seu cão

Abaixo, uma pequena história sobre o comandante do campo de Treblinka, Kurt Franz, e seu cão, Barry.

Trecho em inglês:
Mostly, when Franz made the rounds of the Lower Camp and the extermination area, his dog Barry accompanied him (Barry's first owner was Paul Groth, Sobibor). Depending on his mood, Franz set the dog on inmates who for some reason had attracted his attention. The command to which the dog responded was, "Man, go get that dog!" By "Man" Franz meant Barry; the "dog" was the inmate whom Barry was supposed to attack. Barry would bite his victim wherever he could catch him. The dog was the size of a calf so that, unlike smaller dogs, his shoulders reached to the buttocks and abdomen of a man of average size. For this reason he frequently bit his victims in the buttocks, in the abdomen and often, in the case of male inmates, in the genitals, sometimes partially biting them off. When the inmate was not very strong, the dog could knock him to the ground and maul him beyond recognition. But when the defendant Franz was not around, Barry was a different dog. With Franz not there to influence him, he allowed himself to be petted and even teased, without harming anyone. (Donat, p.313)

Tradução:
Normalmente, quando Franz fazia as rondas do Campo Baixo e da área de extermínio, seu cão Barry o acompanhava (o primeiro dono de Barry foi Paul Groth, Sobibor). Dependendo de seu humor, Franz atiçava o cachorro sobre prisioneiros que por alguma razão haviam chamado sua atenção. A ordem à qual o cão respondia era "Homem, vá pegar o cachorro!". Por "homem", Franz se referia a Barry. O "cão" era o interno que Barry deveria atacar. Barry mordia sua vítima onde quer que ele pudesse pegá-la. O cão era do tamanho de um bezerro, de tal forma que, diferente de cães menores, seus ombros alcançavam as nádegas e abdome de um homem de estatura mediana. Por essa razão, ele freqüentemente mordia suas vítimas nas nádegas, no abdome e, muitas vezes, no caso de internos do sexo masculino, nos genitais, algumas vezes arrancando-os. Quando o prisioneiro não era muito forte, o cão podia derrubá-lo ao chão e atacá-lo até deixá-lo irreconhecível. Mas quando o réu Franz não estava por perto, Barry era um cachorro diferente. Sem Franz no local para influenciá-lo, ele deixava que o
afagassem e até mesmo lhe provocassem, sem fazer mal a ninguém. (Donat, p.313)
Fonte: Death Camps site
http://www.deathcamps.org/treblinka/perpetrators.html
Tradução: Marcelo Oliveira
http://br.groups.yahoo.com/group/Holocausto-Doc/message/6297

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Gal. Vasily Petrenko e Auschwitz - Entrevista

General Vassily Petrenko*: entrevistado por Sanchia Berg para o 'Today', 'BBC Radio 4', 25 de Janeiro de 2001

"'As primeiras coisas que percebi no campo foram as construções em chamas, então eu disse para meus homens(a tropa) - 'O que está havendo lá?' Os soldados disseram que eles eram depósitos que haviam sido incendiados pelos alemães. Então eu disse, 'Bem, há qualquer um deixado em pé e que eu possa dar uma olhada e ver o que há dentro?' E eles disseram, 'Sim, nós apagamos o incêndio em dois deles.' Nós andamos, e eu entrei num e a primeira coisa que eu vi foi uma pilha de maletas - e elas estavam abertas. Elas estavam lotadas de botas de crianças.'

'...Eu já sabia que os alemães tinham campos especiais para matar pessoas. Quando vi todo esse material eu percebi imediatamente. Eu não tinha qualquer necessidade de ver outra coisa além disso, este era um lugar onde muitas pessoas foram assassinadas. Eu mesmo vi pilhas de óculos para as crianças pequenas - que é o que os Nazis estavam como se - quando eles mataram as crianças eles não arremessassem seus óculos quebrados. Eles mantiam todos eles e os armazenavam meticulosamente.'

'Não era apenas óculos e sapatos e roupas, claro havia também enormes feixes de cabelo de mulheres. De primeir não percebi do que se tratava, então alguém me contou, um dos oficiais da Inteligência. Esse é o cabelo de mulheres assassinadas pelos alemães e eu perguntei, 'Quantas mulheres você tem que matar pra conseguir esse monte de cabelo?' É uma coisa terrível até pra se pensar sobre e uma cois horrível de se ver.'

'Eu tinha lágrimas em meus olhos, Eu era apenas um indivíduo comum - Eu nunca havia feito qualquer crueldade - Eu nunca havia tido contato com qualquer coisa tão criminosa em toda minha vida. As atrocidades que eu vi lá, cometidas pelos alemães, eram horríveis...terrível...a pior coisa que você poderia imaginar.'"

'...ao mesmo tempo, eu era o oficial comandante - Eu tinha que tentar manter meus sentimentos em cheque. Não obstante, lágrimas estavam descendo de meus olhos, eu estava realmente transtornado. Eu estava absolutamente terrificado.'

'Eu penso que é absolutamente necessário ter uma dia de lembrança disto[como o 'Dia da Memória do Holocausto']. O mundo precisa saber o que aconteceu - e quem era culpado. As pessoas precisam saber os detalhes para impedir que isso aconteça novamente.'"


*No texto original exibido no site da BBC(link inativo) anos atrás e que acompanhava o áudio, escreveram o nome do General soviético como Vassily Petrenko, com dois 'esses', ao invés de Vasily Petrenko com um 'esse' apenas.

Fonte: BBC
Entrevistadora: Sanchia Berg
http://www.bbc.co.uk/history/worldwars/genocide/
Foto: Soho remembers humanity's shame (BBC)
http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/1137167.stm
General Vassily Petrenko : interviewed by Sanchia Berg for 'Today', BBC Radio 4, 25th January 2001
'Um dos libertadores de Auschwitz recorda'
"Audio: What General Vassily Petrenko a Russian Officer witnessed after liberation: in 1945, the Russian army liberated the Nazi concentration camp at Auschwitz. General Vassily Petrenko was a commanding officer who witnessed the appalling scenes in the early days after the liberation. Hear the audio of interview to Sanchia Berg."
http://www.bbc.co.uk/history/worldwars/genocide/general_petrenko_interview.shtml
http://literacyworks.org/kouroshfoundation/v6/1_holocaust_evidence.html
(Link do texto e áudio: inativo)
Tradução: Roberto Lucena

terça-feira, 11 de maio de 2010

"Tratamento especial" era extermínio físico por gaseamento em Auschwitz

Complemento do post da lista de discussão Holocausto-doc com a tradução adicional(minha) do comentário de Hans Münch confirmando o extermínio físico e o uso de eufemismos nazis pra camuflar a intenção quando ficasse registrada em documento.

"Material para Tratamento Especial"
http://www.holocaust-history.org/auschwitz/19420826-dessau/

Este documento de 26 de agosto de 1942, dá a permissão ao campo de concentração de Auschwitz de enviar um caminhão a Dessau, a fim de retirar o "material para o tratamento especial." Dessau era um dos dois lugares onde o veneno Zyklon-B era fabricado. O "tratamento especial", ou "Sonderbehandlung", era o código nazista para o extermínio.

Transcrição(alemão):

[...]Fahrgen. für einen LKW. nach Dessau zur Abholung von Material für Sonderbeh. wird hiermit erteilt. [...]

Tradução:

[...]Permissão a um caminhão para Dessau, para retirar o material para o tratamento especial, é concedida através deste.[...]

Nota:
1. Hilberg, Raul, The Destruction of the European Jews, 1960, p. 568: "The Zyklon was produced by two companies: The Dessauer Werke and Kaliwerke at Kolin." In 1985 edition, p. 888.
__________________________________________________________

PERGUNTA: Mas será que "Sonderbehandlung" significava mesmo gaseamento?

RESPOSTA: Entrevista concedida pelo SS-Untersturmführer Dr. Hans Münch que foi apresentada pela televisão sueca:
http://www.nizkor.org/hweb/people/m/muench-hans/swedish-television-interview.html

Entrevistador: Eu tenho que perguntar uma coisa. Céticos afirmam que "tratamento especial" poderia significar qualquer coisa. Não teria que ser propriamente exterminação.

Münch: "Tratamento especial" na terminologia do campo de concentração significa extermínio físico. Se era uma questão referente a um punhado de pessoas, onde nada além que gasear fosse o que valesse a pena pra elas,
elas eram gaseadas.

Entrevistador: Então "tratamento especial" era gasear?

Münch: Sim, absolutamente.

Texto: José da Silva
http://br.groups.yahoo.com/group/Holocausto-Doc/message/128
Tradução adicional(trecho da entrevista de Hans Münch): Roberto Lucena

domingo, 2 de maio de 2010

Inteligência alemã pode divulgar informações sobre Adolf Eichmann

BERLIM, Alemanha — Um tribunal alemão anunciou nesta sexta-feira a disposição de tornar públicas as informações do serviço de inteligência sobre Adolf Eichmann, um dos arquitetos do Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial.

A decisão do tribunal administrativo federal de Leipzig foi tomada depois de um pedido de um jornalista residente na Argentina que deseja consultar as 3.400 páginas dos arquivos do BND (o serviço alemão de inteligência). Os documentos, que datam dos anos 50 e 60, estão relacionados com Eichmann, considerado um dos organizadores do genocídio dos judeus pelo regime nazista.

O tribunal julgou obsoletos os argumentos apresentados até agora pela chancelaria, à qual o BND está subordinado, para manter os arquivos fechados.

Segundo o tribunal, os fatos são muito antigos para causar algum prejuízo à política alemã no Oriente Médio ou à colaboração dos serviços de inteligência alemãos com o de outros países.

No entanto, autorizou à chancelaria fornecer novos argumentos, se assim o desejar.

Adolf Eichmann, um tenente-coronel da SS, foi brevemente detido pelos americanos ao final da Segunda Guerra Mundial, mas conseguiu escapar e viver na Alemanha de maneira clandestina durante vários anos. Em 1950 refugiou-se - com um nome falso - na Argentina, até que os serviços de inteligência israelenses o encontraram e capturaram.

Foi julgado em Israel, tendo sido condenado à morte por enforcamento, em 1962.

Fonte: AFP
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5ghEorsZWidNHqam_xzTiTS8NYP3w

domingo, 7 de março de 2010

1961: Julgamento de Adolf Eichmann

Calendário Histórico
1961: Julgamento de Adolf Eichmann

(Foto) Sequestrado pelo serviço secreto de Israel na Argentina, onde vivia sob nome falso, Eichmann foi condenado à morte

No dia 11 de abril de 1961, iniciou-se em Jerusalém o julgamento de Adolf Eichmann, responsável pela deportação de centenas de milhares de judeus para campos de concentração.

O prédio do tribunal em Jerusalém parecia uma fortaleza. Centenas de policiais controlavam as saídas. Especialmente para os 500 jornalistas que faziam a cobertura do julgamento, foi montada uma sala com telégrafos e telefones. Protegido por vidros blindados, o réu insistiu o tempo todo em sua inocência.

O julgamento de Adolf Eichmann, chefe da Seção de Assuntos Judeus no Departamento de Segurança de Hitler, foi o segundo maior julgamento de nazistas depois do processo de Nurembergue, que aconteceu logo em seguida à Segunda Guerra Mundial. A condenação de Eichmann foi baseada no depoimento de mais de 100 testemunhas, em duas mil provas e 3.500 páginas do protocolo da polícia israelense.

O mundo esperava ver um monstro, um anti-semita brutal, um nazista fanático. O réu, por sua vez, passou a imagem de um burocrata que teria apenas assinado documentos. Os peritos lhe atestaram a condição de subalterno de pouca iniciativa própria e sem senso de responsabilidade. Após o julgamento, que foi transmitido pela televisão, intelectuais chegaram a se confessar chocados com o fato de Eichmann não ter sido um seguidor fanático de Hitler.

Ele insistia que apenas cumpriu ordens e jamais preocupou-se em questioná-las. Apenas um exemplo: em março de 1944, Eichmann foi mandado à Hungria, onde organizou a deportação de 800 mil judeus. Em menos de dois meses, 147 trens com 434 mil pessoas para as câmaras de gás de Auschwitz.

Execuções "desumanas" para os carrascos

Da mesma forma como colaborou com o regime nazista, ele cooperou com a polícia e a Justiça de Israel, mas nunca demonstrou qualquer forma de arrependimento. A partir de sua escrivaninha, havia coordenado a perseguição, o roubo e a deportação de milhares de judeus, marcados para morrer nos campos de concentração. Eichmann conhecia o destino dos prisioneiros. Assistiu às execuções em massa a tiros e nas câmaras de gás e chegou a considerá-las "desumanas", não para as vítimas, e sim para os carrascos.

Eichmann foi preso por soldados norte-americanos em 1945 e não revelou sua identidade. Um ano depois, conseguiu fugir com outros presos e começou a trabalhar no norte da Alemanha como lenhador, sob nome falso. Em 1950, fez contato com a Odessa, uma organização secreta de ex-oficiais da SS, que o ajudou a fugir. Na Itália, teve o apoio de um padre franciscano que conhecia sua identidade e lhe providenciou documentos falsos.

Sequestro e transporte para Israel

Com o nome de Ricardo Klement, ele emigrou para a Argentina e mais tarde também transferiu para lá mulher e filhos. O serviço secreto israelense Mossad o descobriu e o sequestrou em 1960. Depois de passar 11 dias amarrado a uma cama, foi obrigado a assinar um documento em que aceitou seu julgamento num tribunal israelense.

O Mossad teve sorte, pois talvez não tivesse conseguido retirar o prisioneiro clandestinamente da Argentina, caso a esposa de Eichmann tivesse registrado queixa na polícia em Buenos Aires. Para isso, ela teria que revelar a verdadeira identidade da família. O que, por outro lado, poderia ter poupado a vida de Eichmann, se fosse julgado por seus crimes nazistas na Alemanha, onde não existe pena de morte.

Enquanto aguardava o julgamento, escreveu suas memórias, nas quais insiste em sua condição de mero cumpridor de ordens superiores durante a Segunda Guerra Mundial. O julgamento de Eichmann durou um ano e terminou com sua condenação à morte. A execução aconteceu pouco antes da meia-noite de 31 de maio de 1962.

Rachel Gessat (rw)

Fonte: Deutsche Welle
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,785685,00.html

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Ex-nazista é condenado à prisão perpétua por crimes de guerra

Nesta terça-feira, Josef Scheungraber, ex-comandante de infantaria do exército nazista de Hitler, agora com 90 anos, foi sentenciado a prisão perpétua. A pena é referente a participação de Scheungraber no assassinato de dez civis em um vilarejo em Toscana, na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial.

Apesar do ex-militar negar as acusações, e alegar ter passado a guarda dos tais civis para outros militares alemãs, e não saber o que se deu com eles depois, um tribunal em Munique, condenou o idoso. O julgamento durou cerca de onze meses e aconteceu em um tribunal especial de guerras.

O crime aconteceu em 26 de junho de 1944, quando Scheungraber tinha 25 anos. Apenas uma testemunha prestou depoimento. Gino Massetti, que tinha apenas 15 anos na época, contou que soldados nazistas fuzilaram uma senhora de 74 anos e mais três homens. Ele aformou que mais onze pessoas foram presas.

O condenado, que vive há muitos anos em Ottobrunn, Munique, era tenente comandante de uma tropa de engenheiros de infantaria e chegou a receber homenagens de autoridades locais por seus feitos na segunda Guerra.

Fonte: Redação SRZD
http://www.sidneyrezende.com/noticia/50740+ex+nazista+e+condenado+a+prisao+perpetua+por+crimes+de+guerra

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Nazi de 89 anos será julgado pelo extermínio de 29 mil judeus

«Ivan o Terrível»
Nazi de 89 anos será julgado pelo extermínio de 29 mil judeus

Berlim – Após várias tentativas de evitar o tribunal, John Demjanjuk, 89 anos, vai ser julgado na Alemanha pelo extermínio de 29 mil pessoas de religião judaica no campo de concentração de Sobibor, Polónia, em 1943.

Perante as câmaras de televisão John Demjanjuk dava sinais de importante debilidade física, mas quando as câmaras não estavam presentes renascia a vitalidade. Assim, uma equipa de médicos considerou o antigo guarda do campo de extermínio de Sobibor está em condições de participar no seu processo em duas sessões diárias de 90 minutos cada que terá lugar em Munique, Alemanha.

«Ivan o Terrível» como ficou conhecido John Demjanjuk, ucraniano, que nega as acusações, está detido numa prisão de Munique desde 12 de Maio. No entanto o seu nome permanecia no topo da lista dos criminosos de guerra nazis mais procurados do centro Simon Wiesenthal.

John Demjanjuk é acusado pelo centro Simon Wiesenthal de ter conduzido homens, mulheres e crianças para as câmaras de gás do campo de extermínio de Sobibor.

Em 1988 John Demjanjuk foi condenado à morte em Israel depois de ter sido identificado por sobreviventes da Shoah (Holocausto) como o guarda mais temido do campo de extermínio de Treblinka, também na polónia, onde foram massacradas 870 mil pessoas. Em 1993 o Tribunal Supremo israelita decide anular a pena devido a duvidas na identidade real de «Ivan o Terrivel».

O centro Simon Wiesenthal acaba por conseguir obter provas que John Demjanjuk teria «trabalhado» em três outros campos de extermínio, dos quais Sobibor.

Fonte: Jornal Digital(PNN Portuguese News Network)
http://www.jornaldigital.com/noticias.php?noticia=18803

quarta-feira, 13 de maio de 2009

"Revisionista" F. Toben é preso na Austrália

Australiano é condenado à prisão por negar Holocausto

Sydney (Austrália) - O australiano Frederick Toben foi condenado hoje a três meses de prisão por negar repetidamente o Holocausto em textos publicados na internet e por possuir material revisionista.

Toben, um historiador e professor aposentado de 64 anos, foi considerado culpado de desacato por descumprir em várias ocasiões a ordem judicial que lhe obrigava a deixar de insultar os judeus no portal do Instituto de Adelaide.

O juiz do Tribunal Federal da Austrália do Sul concluiu hoje que Toben descumpriu as ordens da corte ditadas em 2002 e em 2007 para que deixasse de violar a lei australiana contra a discriminação racial, ao se referir aos judeus que se ofendem com a negação do Holocausto como seres com "uma inteligência limitada".

Os advogados de Toben apelarão contra a sentença num prazo de duas semanas.

Fonte: EFE/Último Segundo
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/05/13/australiano+e+condenado+a+prisao+por+negar+holocausto+6094943.html

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

ZDF revela que médico nazi fugitivo está morto desde 1992

Aribert Heim, um dos criminosos do regime nazi mais procurados do mundo, conseguiu mesmo escapar à justiça. Segundo a televisão alemã, o médico que utilizou cobaias humanas em experiências clínicas morreu em 1992 no Egito.

Heim, mais conhecido por 'Doutor Morte', viveu durante décadas no Cairo, onde se converteu ao Islão, revelou esta quarta-feira a ZDF, que encontrou o seu passaporte e outros documentos pessoais num hotel onde o criminoso nazi terá morado.

O falecimento de Heim é confirmado por várias testemunhas e pelo filho do médico que sacrificou um número indeterminado de pessoas durante experiências clínicias realizadas no campo de concentração austríaco de Mauthausen.

Segundo relatos de um sobrevivente, Heim injectou água, veneno, petróleo e outras substâncias no coração de vários prisioneiros, para estudar a sua morte. Terá ainda mutilado, decapitado e mergulhado em água a ferver várias vítimas.

Depois da Segunda Guerra Mundial, Heim viveu na Alemanha Ocidental, até a polícia o ter identificado como o 'Doutor Morte', em 1962. O médico desapareceu então para nunca mais ser visto pelas autoridades.

Chegou a especular-se que Heim vivia no Chile, em Espanha, nos Balcãs, ou que viveu no Canadá até ter sido assassinado por militantes anti-fascistas.

Sabe-se agora que morreu no Cairo, em 1992, vítima de cancro. Usava o nome de Tarek Hussein Farid, e professava então a fé islâmica.

Citado pela Associated Press, o 'caçador' de fugitivos nazis Efraim Zuroff disse esperar pela confirmação oficial da notícia, que admitiu poder ser «arrasadora» para as vítimas dos crimes da Alemanha de Adolf Hitler.

Fonte: SOL com agências
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Internacional/Interior.aspx?content_id=125257&tab=community

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