Pros que achavam que o bispo inglês que negou o Holocausto havia dado um tempo à sucessão de polêmicas(ou escândalos) seguidas de sua expulsão da Argentina, eis que novamente ele tenta se superar, mais um mico do Bispo, agora "profetizando"(escatologia a solta):
Bispo vê em novo "11 de setembro solução" para a crise
CIDADE DO VATICANO - O bispo tradicionalista britânico Richard Williamson, que recentemente causou polêmica ao minimizar as mortes de judeus no Holocausto, publicou um texto em seu blog no qual prevê um "novo 11 de setembro" como motivo de uma terceira guerra mundial.
Segundo ele, o conflito armado seria a solução encontrada pelas potências mundiais para pôr fim à atual crise econômica.
"Em relação à crise econômica, é só o começo", escreve o bispo, que por causa de suas declarações tidas como antissemitas foi expulso da Argentina, onde dirigia um seminário.
"Os ocidentais e seus políticos estão tão fora da realidade que só uma devastadora terceira guerra mundial poderia levá-los de volta a ela: a guerra se apresentará a estes políticos como a única saída possível para os insolúveis problemas econômicos", prossegue.
Segundo Williamson, há o risco de que "outro 11 de setembro" seja "fabricado" para dar início à guerra.
Em outro trecho da mensagem, o bispo se refere ao Concílio Vaticano II, reforma impulsionada pela Igreja na década de 1960 que promoveu mudanças como o direito à liberdade religiosa e a reforma litúrgica, em que o latim deixou de ser usado nas missas.
À época, o arcebispo francês Marcel Lefebvre, conservador, opôs-se fortemente à medida. Foi Lefebvre quem ordenou Williamson bispo -- nomeação desconsiderada posteriormente pela Santa Sé, que excomungou o britânico.
Para ele, o Concílio Vaticano II fez com que a Igreja tenha deixado de"combater a heresia, e os católicos voltaram a combater bestas sem cérebro na arena".
Williamson, de 58 anos, viu-se envolvido em uma grande polêmica ao dizer, durante uma entrevista à televisão sueca, que o número de mortos no Holocausto seria de no máximo 300 mil, e não de 6 milhões, como é divulgado oficialmente. Além disso, afirmou que nenhum judeu foi assassinado nas câmaras de gás do regime nazista.
Pouco antes de dar estas declarações, o bispo teve sua excomunhão da Igreja Católica revista pelo papa Bento XVI. A postura do britânico, porém, levou figuras da comunidade internacional a exigirem que o Vaticano cobrasse dele uma retratação pública.
O pedido de desculpas de Williamson, que voltou à Grã-Bretanha, veio em uma carta, mas a Santa Sé considerou que ele em nenhum momento questionou suas posições.
Fonte: DCI(Portugal)
http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=2&id_noticia=276693
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terça-feira, 10 de março de 2009
sábado, 24 de janeiro de 2009
Papa reabilita bispo que nega o Holocausto
Por Philip Pullella
VATICANO (Reuters) - O papa Bento 16 reabilitou neste sábado um bispo tradicionalista que nega o Holocausto, apesar de advertências de líderes judaicos de que isso causaria sérios prejuízos nas relações entre católicos e judeus e fomentaria o antissemitismo.
O Vaticano informou que o papa emitiu um decreto que remove a excomunhão de quatro bispos tradicionalistas que foram excluídos da Igreja Católica em 1988 por terem sido ordenados sem permissão da Santa Sé.
Os quatro bispos lideravam a ultraconservadora Sociedade de São Pio 10 (SSPX), que tem cerca de 600 mil membros e rejeita modernizações na doutrina e nos cultos dos católicos romanos.
O Vaticano afirmou que as excomunhões foram retiradas depois que os bispos expressaram o desejo de aceitar os ensinamentos da Igreja e a autoridade papal.
Ao pôr fim a um cisma que afetou a Igreja Católica por 20 anos, o decreto parece prestes a desencadear uma das mais sérias crises nas relações entre católicos e judeus nos últimos 50 anos.
"Não temos intenção de interferir nos assuntos internos da Igreja Católica. No entanto, a ânsia de trazer um negador do Holocausto de volta para a Igreja vai causar danos às relações entre a Igreja e os judeus", disse à Reuters o embaixador de Israel no Vaticano, Mordechai Lewy.
Um dos quatro bispos, o britânico Richard Williamson, fez uma série de declarações negando a totalidade do Holocausto Nazista dos judeus europeus, fato aceito pelos historiadores atuais.
Em comentários à TV sueca, transmitidos na quarta=feira, ele disse: "Acredito que não houve câmaras de gás e também que somente 300.000 judeus morreram em campos de concentração nazistas, em vez de 6 milhões."
Williamson afirmou ainda: "Acredito que as provas históricas são amplamente contrárias a que 6 milhões tenham sido deliberadamente mortos em câmaras de gás, como uma política deliberada de Adolf Hitler."
O rabino David Rosen, que fica em Israel e chefia a seção de assuntos inter-religiosos do Comitê Judaico Americano, disse à Reuters:
"O papa anterior, João Paulo 2o, designou o antissemitismo como pecado contra Deus e o homem. A negação da amplamente documentada Shoah (Holocausto, em hebraico) é antissemitismo em sua forma mais ostensiva."
Ao ser indagado sobre os comentários de Williamson, o principal porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse que eles eram totalmente "extrínsecos" em relação à suspensão da excomunhão.
"Este ato (o decreto) se refere à suspensão da excomunhão. Ponto", disse Lombardi aos repórteres. "Não tem nada a ver com opiniões pessoais, que são abertas a críticas, mas não pertinentes a este decreto."
Fonte: Reuters
http://noticias.uol.com.br/ultnot/reuters/2009/01/24/ult27u69950.jhtm
VATICANO (Reuters) - O papa Bento 16 reabilitou neste sábado um bispo tradicionalista que nega o Holocausto, apesar de advertências de líderes judaicos de que isso causaria sérios prejuízos nas relações entre católicos e judeus e fomentaria o antissemitismo.
O Vaticano informou que o papa emitiu um decreto que remove a excomunhão de quatro bispos tradicionalistas que foram excluídos da Igreja Católica em 1988 por terem sido ordenados sem permissão da Santa Sé.
Os quatro bispos lideravam a ultraconservadora Sociedade de São Pio 10 (SSPX), que tem cerca de 600 mil membros e rejeita modernizações na doutrina e nos cultos dos católicos romanos.
O Vaticano afirmou que as excomunhões foram retiradas depois que os bispos expressaram o desejo de aceitar os ensinamentos da Igreja e a autoridade papal.
Ao pôr fim a um cisma que afetou a Igreja Católica por 20 anos, o decreto parece prestes a desencadear uma das mais sérias crises nas relações entre católicos e judeus nos últimos 50 anos.
"Não temos intenção de interferir nos assuntos internos da Igreja Católica. No entanto, a ânsia de trazer um negador do Holocausto de volta para a Igreja vai causar danos às relações entre a Igreja e os judeus", disse à Reuters o embaixador de Israel no Vaticano, Mordechai Lewy.
Um dos quatro bispos, o britânico Richard Williamson, fez uma série de declarações negando a totalidade do Holocausto Nazista dos judeus europeus, fato aceito pelos historiadores atuais.
Em comentários à TV sueca, transmitidos na quarta=feira, ele disse: "Acredito que não houve câmaras de gás e também que somente 300.000 judeus morreram em campos de concentração nazistas, em vez de 6 milhões."
Williamson afirmou ainda: "Acredito que as provas históricas são amplamente contrárias a que 6 milhões tenham sido deliberadamente mortos em câmaras de gás, como uma política deliberada de Adolf Hitler."
O rabino David Rosen, que fica em Israel e chefia a seção de assuntos inter-religiosos do Comitê Judaico Americano, disse à Reuters:
"O papa anterior, João Paulo 2o, designou o antissemitismo como pecado contra Deus e o homem. A negação da amplamente documentada Shoah (Holocausto, em hebraico) é antissemitismo em sua forma mais ostensiva."
Ao ser indagado sobre os comentários de Williamson, o principal porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse que eles eram totalmente "extrínsecos" em relação à suspensão da excomunhão.
"Este ato (o decreto) se refere à suspensão da excomunhão. Ponto", disse Lombardi aos repórteres. "Não tem nada a ver com opiniões pessoais, que são abertas a críticas, mas não pertinentes a este decreto."
Fonte: Reuters
http://noticias.uol.com.br/ultnot/reuters/2009/01/24/ult27u69950.jhtm
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