Grupo de extrema direita estaria enviando e-mails incitando o boicote ao Mundial por uma suposta 'guerra contra os brancos'
A Polícia sul-africana investiu esta semana contra uma organização de ideologia política de extrema direita, conhecida como The Suidlanders, que planejaria sabotar a Copa do Mundo, informou hoje o diário "Tribune".
Foto: Reprodução
Eugene Terreblanche, líder da extrema direita, foi assassinado
As batidas aconteceram em Pretória e Mpumalanga e chegam pouco depois das tensões raciais vividas nas últimas semanas pela África do Sul em virtude do assassinato de Eugene Terreblanche, líder radical, por dois jovens negros.
A investigação da Polícia está relacionada com uma série de e-mails enviados ao exterior incitando o boicote ao Mundial. As mensagens partiram do site boycott-2010-world-cup.co.nr.
O e-mail enviado se refere a uma suposta guerra contra os sul-africanos brancos e instiga os estrangeiros a se manter longe do país durante o Mundial, assegurando que há uma guerra civil.
Segundo fontes consultadas pelo diário, os planos da organização de sabotar o Mundial devem ser levados muito a sério.
O número de filiados ao Suidlanders disparou desde o assassinato de Terreblance e suas estruturas clandestinas já começaram a se mobilizar.
Segundo o jornal, que cita fontes de dentro do Suidlanders, a organização contratou antigos membros das forças especiais e está fazendo estoque de armas e munição, além de apostar em ações que levem à desestabilização social e que fomentem a xenofobia em bairros negros do país.
Embora o porta-voz da Polícia Vish Naidoo tenha rejeitado fazer comentários sobre o assunto, voltou a frisar que as forças de segurança sul-africanas estão perfeitamente preparadas para lidar com qualquer eventualidade que possa surgir durante o Mundial.
Fonte: EFE
http://copa2010.ig.com.br/africa+do+sul+descobre+complo+para+sabotar+a+copa/n1237584760622.html
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segunda-feira, 19 de abril de 2010
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Assassinato de líder da extrema-direita reaviva tensões raciais na África do Sul
VENTERSDORP (AFP) - O assassinato no sábado do líder de ultradireita sul-africano Eugene Terre'Blanche, que dedicou a vida à defesa da supremacia dos brancos e à manutenção do apartheid, provocou a fúria de seu movimento, decidido a vingar a morte, ao mesmo tempo que o presidente Jacob Zuma pediu calma.
O Movimento de Resistência Afrikaner (AWB), grupo criado por Terreblanche que se opôs com violência à transição pós-apartheid, no começo dos anos 1990, se reunirá em 1º de maio para decidir como responder à morte do líder, que segundo a polícia teria sido assassinado por dois empregados de uma fazenda por uma discussão pela falta de pagamento dos salários.
"Decidiremos as ações para vingar a morte de Terre'Blanche. Vamos agir, e nossas ações específicas serão decididas na conferência de 1º de maio", declarou à AFP o secretário-geral do AWB, André Visagie.
"Ele foi morto a golpes de facões e com tubos de encanamento. Ele foi agredido até a morte", destacou, acrescentando que pediu aos membros do movimento, que pedem vingança, para que "fiquem calmos".
O medo e o ódio eram palpáveis em Ventersdorp (noroeste), povoado de origem de Terre'Blanche e ex-bastião do AWB.
Em frente à fazenda do ex-líder de extrema-direita, onde seu corpo foi encontrado no sábado, dezenas de seus partidários se reuniram.
"Eles (os negros, ndr) matam nossos fazendeiros", declarou um deles, que pediu para ter sua identidade preservada por medo de "represálias".
"Matar um idoso assim, enquanto dormia, não há do que se orgulhar", acrescentou. Terre'Blanche tinha 69 anos.
O assassinato reaviva as tensões raciais em um país onde a cor da pele continua sendo um fator de divisão, 16 anos depois do fim oficial do regime do apartheid.
Consciente do que o caso pode provocar, o presidente Zuma pediu calma e que "os sul-africanos não permitam aos agentes provocadores se aproveitar da situação para incitar, ou para alimentar, o ódio racial".
Ao fim do dia deste domingo, Zuma fez um novo apelo à "unidade" política e à "responsabilidade" dos dirigentes políticos do país em suas declarações.
Pedidos semelhantes foram feitos pelo ministro da Polícia, Nathi Mthethwa, e pelo comissário nacional, Bheki Cele, que receberam neste domingo familiares da vítima, segundo a agência de notícias SAPA.
Enquanto isso, o Congresso Nacional Africano (ANC, no poder) informou, por sua vez, que nada pode justificar o homicídio de Terre'Blanche.
"Lançamos um apelo a todos os sul-africanos para que se abstenham de qualquer especulação, os autores (do crime) se entregaram às autoridades a cargo de aplicar a lei", informou o ANC em um comunicado.
Eugene Terre'Blanche, 69 anos, dedicou a vida a defender a superioridade dos brancos. À frente de milícias paramilitares e com um emblema parecido com a suástica nazista, foi contrário ao fim do apartheid no início dos anos 1990.
Ele foi preso em 2001 pela tentativa de assassinato de um guarda negro e deixou a penitenciária em 2004 por bom comportamento. Depois disso caiu em relativo esquecimento.
O corpo do extremista foi encontrado no sábado em sua fazenda de Ventersdorp, na Província do Noroeste. A polícia prendeu dois trabalhadores agrícolas, de 15 e 21 anos, que haviam discutido com Terre'Blanche por um problema salarial.
Os dois, que acusam o chefe de ter se recusado a pagar o salário mensal de 300 rands (40 dólares, 70 reais) e de ter agredido física e verbalmente os dois, serão levados a um tribunal na terça-feira.
Apesar da motivação não parecer política, o AWB vinculou o assassinato de seu líder à recente polêmica sobre uma canção que pede a "morte dos boers" (fazendeiros brancos). A música se tornou famosa entre o movimento jovem do Congresso Nacional Africano (ANC), o partido que governa o país.
Dois tribunais proibiram a canção que, segundo a oposição e várias associações, estimula a violência racial. Mas o ANC defendeu a música em nome da memória da luta contra o apartheid.
Fonte: AFP
http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/afsul_pol__tica_homic__dio
O Movimento de Resistência Afrikaner (AWB), grupo criado por Terreblanche que se opôs com violência à transição pós-apartheid, no começo dos anos 1990, se reunirá em 1º de maio para decidir como responder à morte do líder, que segundo a polícia teria sido assassinado por dois empregados de uma fazenda por uma discussão pela falta de pagamento dos salários.
"Decidiremos as ações para vingar a morte de Terre'Blanche. Vamos agir, e nossas ações específicas serão decididas na conferência de 1º de maio", declarou à AFP o secretário-geral do AWB, André Visagie.
"Ele foi morto a golpes de facões e com tubos de encanamento. Ele foi agredido até a morte", destacou, acrescentando que pediu aos membros do movimento, que pedem vingança, para que "fiquem calmos".
O medo e o ódio eram palpáveis em Ventersdorp (noroeste), povoado de origem de Terre'Blanche e ex-bastião do AWB.
Em frente à fazenda do ex-líder de extrema-direita, onde seu corpo foi encontrado no sábado, dezenas de seus partidários se reuniram.
"Eles (os negros, ndr) matam nossos fazendeiros", declarou um deles, que pediu para ter sua identidade preservada por medo de "represálias".
"Matar um idoso assim, enquanto dormia, não há do que se orgulhar", acrescentou. Terre'Blanche tinha 69 anos.
O assassinato reaviva as tensões raciais em um país onde a cor da pele continua sendo um fator de divisão, 16 anos depois do fim oficial do regime do apartheid.
Consciente do que o caso pode provocar, o presidente Zuma pediu calma e que "os sul-africanos não permitam aos agentes provocadores se aproveitar da situação para incitar, ou para alimentar, o ódio racial".
Ao fim do dia deste domingo, Zuma fez um novo apelo à "unidade" política e à "responsabilidade" dos dirigentes políticos do país em suas declarações.
Pedidos semelhantes foram feitos pelo ministro da Polícia, Nathi Mthethwa, e pelo comissário nacional, Bheki Cele, que receberam neste domingo familiares da vítima, segundo a agência de notícias SAPA.
Enquanto isso, o Congresso Nacional Africano (ANC, no poder) informou, por sua vez, que nada pode justificar o homicídio de Terre'Blanche.
"Lançamos um apelo a todos os sul-africanos para que se abstenham de qualquer especulação, os autores (do crime) se entregaram às autoridades a cargo de aplicar a lei", informou o ANC em um comunicado.
Eugene Terre'Blanche, 69 anos, dedicou a vida a defender a superioridade dos brancos. À frente de milícias paramilitares e com um emblema parecido com a suástica nazista, foi contrário ao fim do apartheid no início dos anos 1990.
Ele foi preso em 2001 pela tentativa de assassinato de um guarda negro e deixou a penitenciária em 2004 por bom comportamento. Depois disso caiu em relativo esquecimento.
O corpo do extremista foi encontrado no sábado em sua fazenda de Ventersdorp, na Província do Noroeste. A polícia prendeu dois trabalhadores agrícolas, de 15 e 21 anos, que haviam discutido com Terre'Blanche por um problema salarial.
Os dois, que acusam o chefe de ter se recusado a pagar o salário mensal de 300 rands (40 dólares, 70 reais) e de ter agredido física e verbalmente os dois, serão levados a um tribunal na terça-feira.
Apesar da motivação não parecer política, o AWB vinculou o assassinato de seu líder à recente polêmica sobre uma canção que pede a "morte dos boers" (fazendeiros brancos). A música se tornou famosa entre o movimento jovem do Congresso Nacional Africano (ANC), o partido que governa o país.
Dois tribunais proibiram a canção que, segundo a oposição e várias associações, estimula a violência racial. Mas o ANC defendeu a música em nome da memória da luta contra o apartheid.
Fonte: AFP
http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/afsul_pol__tica_homic__dio
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