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domingo, 18 de outubro de 2015

Candidata a prefeita na Alemanha é esfaqueada por receber refugiados

Foto: Bild.de/Reprodução.A candidata foi esfaqueada
quando fazia campanha em um mercado
A chanceler Angela Merkel expressou o seu "choque" neste sábado com o ataque contra a candidata à prefeitura de Colônia

Uma política alemã foi esfaqueada neste sábado por motivos aparentemente "racistas", vinculados à política de recepção de refugiados, no momento em que migrantes entram na União Europeia (UE) pela Eslovênia, depois que a Hungria fechou a fronteira com a Croácia.

Poucas horas depois de dois novos naufrágios que mataram pelo menos 16 migrantes mortos nas costas da Grécia e Turquia, a chanceler Angela Merkel expressou o seu "choque" neste sábado com o ataque contra a candidata à prefeitura de Colônia (oeste) Henriette Reker, em um clima de grande tensão provocada pela política migratória do governo.

"A chanceler expressou seu choque e condenou o ato", disse à AFP uma porta-voz do governo.

A Alemanha deve receber em 2015 até um milhão de refugiados, um recorde sem precedentes.

A candidata foi esfaqueada quando fazia campanha em um mercado, anunciou a polícia regional.

Reker, gravemente ferida no pescoço, era a responsável pela recepção dos refugiados na prefeitura de Colonia, explicou Wolfgang Albers, chefe de polícia da Renânia do Norte-Vestfália.

"Neste contexto, privilegiamos uma ação política" disse.

O agressor, um alemão desempregado há muito tempo e detido depois do crime, "disse que cometeu o ato com uma motivação racista", indicou o chefe de polícia de Colônia, Norbert Wagner.

Reker, candidata sem partido, mas apoiada pelos conservadores (CDU) de Angela Merkel, é uma das candidatas favoritas à prefeitura de Colônia, a quarta maior cidade da Alemanha, com 980.000 habitantes.

Ela sofreu "ferimentos graves", mas o quadro é "estável", afirmou Albers.

Ao mesmo tempo, os migrantes que tentam chegar ao norte da Europa pelos Bálcãs começaram a entrar na Eslovênia neste sábado, depois que a Hungria fechou a fronteira com a Croácia.

A Eslovênia recebeu durante a manhã os primeiros ônibus de migrantes procedentes da Croácia. Poucas horas depois, os primeiros refugiados chegaram à fronteira com a Áustria, confirmando que o "corredor" para o oeste prometido pela Eslovênia está operacional.

O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) expressou satisfação e destacou que as autoridades eslovenas asseguram o fluxo de refugiados, principalmente da Síria, Iraque e Afeganistão.

O governo esloveno informou conversações com a Croácia (em Zagreb) para criar "um ou dois" pontos de atendimento aos migrantes.

A Hungria fechou na sexta-feira os principais pontos de passagem de migrantes na fronteira com a Croácia, bloqueada agora em vários trechos por uma grande cerca de alambrados.

Mais de 170.000 migrantes entraram na Hungria pela fronteira com a Croácia desde 15 de setembro. Os dois países estabeleceram uma colaboração para assegurar o trânsito diário.

Novos naufrágios fatais

Os milhares de migrantes que tentam entrar na Europa pela Grécia, Macedônia e Sérvia prosseguem com as viagens extremamente arriscadas.

Doze migrantes morreram afogados neste sábado quando a embarcação em que viajavam naufragou na costa da Turquia, informou agência de notícias turca Anatólia.

A Guarda Costeira do país conseguiu recuperar os corpos que estavam em um bote de madeira que partiu da estação balneária de Ayvalik (noroeste) com destino à ilha grega de Lesbos, segundo a agência.

As equipes de emergência também resgataram 25 passageiros da embarcação, que pediram ajuda com seus telefones celulares.

Mais cedo, a Guarda Costeira da Grécia anunciou a morte de quatro migrantes, três crianças e uma mulher, no naufrágio de uma embarcação no mar Egeu.

Onze pessoas que estavam no mesmo bote foram resgatadas e as equipes de emergência procuram uma criança que está desaparecida.

Quase 300 migrantes morreram no mar Egeu em 2015, durante tentativas de fugir dos conflitos e da pobreza em seus países, informou a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Mais de 600.000 migrantes atravessaram o Mediterrâneo desde janeiro, segundo a OIM, sendo que mais de 466.000 desembarcaram na Grécia. Mais de 3.000 pessoas morreram na travessia.

Fonte: Diário de Canoas
http://www.diariodecanoas.com.br/_conteudo/2015/10/noticias/mundo/230218-candidata-a-prefeita-na-alemanha-e-esfaqueada-por-receber-refugiados.html

Ver mais:
Polícia alemã suspeita de xenofobia em ataque a Reker (Terra/DW)

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Alemanha endurece legislação contra crimes racistas

Beate Zschäpe, única sobrevivente do NSU, é julgada
pelo Tribunal de Munique desde maio de 2013.
REUTERS/Michael Dalder
RFI
O governo alemão aprovou nesta quarta-feira (27) um projeto de lei que pretende endurecer as leis contra crimes racistas. A decisão acontece durante o julgamento da única sobrevivente do grupo neonazista Clandestinidade Nacional-Socialista (NSU), acusado de dez mortes e dois atentados.

O Conselho de ministros adotou também as propostas de uma comissão parlamentar encarregada de esclarecer as falhas da investigação dos crimes cometidos pelo NSU. Todas elas alertam para as motivações racistas e xenófobas do grupo.

Entre 2000 e 2007, o grupo formado por Beate Zschäpe, Uwe Mundlos e Uwe Böhnhardt assassinou dez pessoas, oito deles de origem turca, cometeu dois atentados à bomba e realizou diversos assaltos a bancos. Mundlos e Böhnhardt se suicidaram em 2011. Zschäpe, de 38 anos, é julgada desde 2013 pelo Tribunal de Munique, no sul da Alemanha.

O projeto de lei, que ainda deve ser aprovado pelo Parlamento, sugere que as autoridades considerem o caráter racista de alguns crimes. O projeto de lei também repassa à Justiça federal a gestão das investigações relacionadas a grupos extremistas.

“Nós temos o dever de impedir que esses tipos de crime nunca mais se repitam”, disse hoje, em um comunicado, o ministro alemão da Justiça, Heiko Maas, referindo-se ao NSU. Para ele, o grupo pôde agir durante muito tempo sem ser punido.

O porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, classificou o trio como “uma célula terrorista” e lembrou o quanto chocou a Alemanha com os assassinatos de dez pessoas em sete anos.

Falhas policiais

A comissão de investigação parlamentar sobre o NSU finalizou, em agosto de 2013, um relatório de mil páginas sobre as falhas policiais que resultaram na continuação das atividades do grupo.

O documento ressalta a falta de coordenação entre as autoridades de várias regiões onde os crimes foram registrados. O documento também aponta na demora dos investigadores em oficializar a hipótese que as ações do grupo visavam principalmente a comunidade turca na Alemanha.

Fonte: RFI
http://www.portugues.rfi.fr/geral/20140827-alemanha-endurece-legislacao-contra-crimes-racistas

quinta-feira, 8 de maio de 2014

O atirador Frazier Glenn Miller e o revisionismo (negacionismo) do Holocausto

Conforme prometido, mas evitei criar o post na sequência do evento pois podem remover vários links onde havia participação desse cidadão. O Glenn Miller é autor do atentado letal deixando 3 vítimas (judias) numa escola dos EUA, leiam neste link. Mas não surpreende que estas pessoas com perfis violentos circulem em sites e grupos negacionistas nos EUA. O F. Miller circulava no fórum neonazi e/ou "supremacista branco" dos EUA chamado VNN.

Eu coloco o "e/ou" pois a linha que separa o neonazismo do supremacismo em alguns países é literalmente tênue ou nenhuma. Digamos que em geral os neonazis (ou neofascistas) possuem uma organização partidária mais 'arrumada' em alguns países. A Klan é mais ativa nos EUA.

Não localizei no momento o link que eu havia salvo do VNN onde falavam do cidadão anos atrás, de qualquer forma, pra deixar registrado, ele era figura do VNN. Atenção com os links pois este aqui é de um blog racista (supremacista) dos EUA que comenta o caso. No SPLC (que é uma organização que combate esse tipo de extremismo nos EUA) comentam este mesmo caso e o fórum VNN dando apoio ao assassino, confiram no link. Mais um link do SPLC com um post do atirador no fórum, link.

Eu evito, mas muitas vezes é impossível não citar, colocar esses links de sites racistas de fora pois a maioria (esmagadora) dos "revis" lusófonos leem esse blog (apesar de só alguns deles comentarem), e se eles quiserem reproduzir porcaria como esse tipo de texto ou blog do link acima, que façam isso indo à fonte do lixo e não por terem visto o link aqui. Tem sites de alguns países infinitamente piores que os brasileiros ou portugueses, mas já temos violência demais pra lidar no país (que continua sendo um dos ou principal problema do país hoje) pra ficar importando mais esse tipo de porcaria de fora.

Há uma entrevista com o assassino dada à Carolyn Yeager que é outra negacionista e supremacista dos EUA conforme já citado aqui. Os links de entrevista dele à ela estão Aqui e aqui, com a seguinte descrição:
Saturday Afternoon with Carolyn Yeager, Live, May 11th, 2-4PM Eastern (11AM -1PM Pacific) on The White Network. "Interview with Glenn Miller, creater of the White Patriot Party"

[fglennmiller]

Carolyn begins a series of programs with personalities active during the 60's through 90's in American White racial activism. Frazier Glenn Miller founded and built the only White people's party ever in the U.S. - the White Patriot Party – in 1980, with a peak membership of 3000. He has been personally involved with all of the main figures and the history of the time period, so he has much to tell us.

Phone calls will be taken in the 2nd hour only (no undisclosed numbers), or email carolyn@carolynyeager.net

See you then,
Tradução:
Tarde de Sábado (Saturday Afternoon) com Carolyn Yeager, ao vivo, 11 de maio, de 2-4 da tarde horário do Leste (11 da manhã à 1:00 da tarde, fuso do Pacífico) na The White Network ("Rede Branca"). "Entrevista com Glenn Miller, criador do Partido Patriota Branco"

[fglennmiller]

Carolyn começa uma série de programas com personalidades ativas durante os anos 60 até os anos 90 no ativismo racial branco dos EUA. Frazier Glenn Miller fundou e construiu o único partido do povo branco nos EUA - o Partido Patriota Branco - em 1980, with a peak membership de 3000. Ele esteve pessoalmente envolvido com todas as principais figuras e no histórico daquele período, então ele tem muito a nos contar.

Chamadas de telefone serão recebidas apenas na segunda hora do programa (não revelaremos o número do telefone), ou por email carolyn@carolynyeager.net

Vejo vocês então.
Mesmo sabendo que isso seja algo remoto de ocorrer na cabeça dessas pessoas, pois se fossem providos de consciência não se engajariam nesse tipo de porcaria (em pleno século XXI), mas ainda me pergunto se não rola alguma crise de consciência de alguma dessas pessoas, vez ou outra, em ficarem tão próximas de gente (assassinos em potencial) que mata de forma gratuita pessoas por racismo e crendices racistas estúpidas. Esse tipo de discurso racista e crendice acaba invariavelmente nesse tipo de ataque quando algum mais desajustado arruma meios de extravasar sua raiva cultivada por muito tempo. Ou seja, quando um mais estourado põe em prática o extremismo que prega.

O cenário racista nos EUA com a Klan sempre foi violento e pelo visto não mudou nada, apesar da eleição "simbólica" do Obama pelo aspecto étnico da coisa (ficou só no simbolismo mesmo) já que politicamente o cara é um fiasco (deu até apoio à extrema-direita na Ucrânia). A Klan ou seus membros estão envolvidos em quase todo tipo de organização extremista de direita e racista nos Estados Unidos, e internamente em alguns partidos.

Faço questão de frisar essas questões pois vez ou outra algum radical de direita começa discussões tentando negar a matriz ideológica desse tipo de extremismo em outros países e mesmo aqui no Brasil com retórica achando que vão "levar no papo" a gente repetindo panfleto. Cito como exemplo ainda uma discussão esdrúxula num post antigo (sobre o conflito na Ucrânia), onde tive que ler que eu tinha "mágoa" (sic) da direita e coisas desse tipo sem nunca ter discutido em profundidade questões de direita e esquerda no cenário brasileiro no blog, até porque é impossível discutir se pouca gente comenta. E mesmo levando em conta que o blog sempre aborda o extremismo de direita de matriz fascista, ou seja, o assunto extrema-direita aqui tem tudo a ver com a questão da negação do Holocausto etc, acho que não seria necessário eu repetir algo tão óbvio se o povo (generalizando) não fosse tão estúpido ou cínico a ponto de ignorar essas questões.

Se alguém não sabe o que é fascismo e quer ficar repetindo como papagaio sites que ficam criando confusão sobre esses termos, fiquem à vontade, mas não esperem concordância do pessoal aqui. O nível de discussão política no país anda muito baixo há bastante tempo e principalmente pelo nível de interlocução e intelectual da direita brasileira, que é terrível.

Dizer que alguém tem "mágoa" em vez de criticar o que a pessoa pensa argumentando o porque discorda não é discussão política e sim choro infantil, coisa de gente despolitizada sem argumento, que em muitos casos leu algum texto esdrúxulo e cheio de "certezas" solto na internet e resolveu sair pregando pra "catequizar" as pessoas.

Em parte esse tipo de retórica mimada e chorona é típica da extrema-direita, um discurso apelativo, moralista e emocional, sem base alguma ou calcado em fantasias/mitos, cheio de senso comum rasteiro.

O que disse acima eu sei que é óbvio pra muita gente mas pra milhares, infelizmente, não é. Então se faz necessário chamar sempre a atenção desses que não têm convicção política sólida e se deixam levar por bobagens que leem na web. Não se faz política assim, na base da "catequese" como se fosse religião.

P.S. não confundam esse "Glenn Miller" com esse aqui (o mais antigo e maestro). O antigo Glenn Miller não merece essa comparação por conta do homônimo.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Ex-líder da Ku-Klux-Klan, detido por fazer "coisas" com um travesti negro em um carro

Frazier Glenn Miller quis livrar sua cara argumentando que havia contratado o travesti com a intenção de golpeá-lo, mas que no final "uma coisa levou à outra".

Segundo o então promotor federal J. Douglas McCullough, Miller foi detido "fazendo coisas que para o promotor não é cômodo dizer em voz alta".

"Sua detenção foi impactante devido às posturas pessoais que ele sempre teve", acrescentou McCullough sobre o agora confidente do FBI.

Frazier Glenn Miller, antigo líder da Ku-Klux-Klan, acusado de matar três judeus no Kansas no início deste mês, foi detido pela polícia de Raleigh há um ano quando fazia coisas comprometedoras no assento traseiro de um carro com um travesti negro, segundo informou o New York Magazine.

Segundo o então promotor federal J. Douglas McCullough, Miller, que havia fundado o Partido Patriota Branco da Carolina do Norte e atualmente é confidente do FBI, ele foi detido "fazendo coisas que para o promotor não é cômodo dizer em voz alta".

"Sua detenção foi impactante devido às posturas pessoais que ele sempre teve", disse McCullough, que não quis dar mais detalhes sobre o relatório do incidente.

"Os detalhes são bem mais lascivos e preferiria não dizer nada mais. Creio que os fatos falam por si mesmos e as pessoas podem tirar suas próprias conclusões sobre a incongruência de suas ações", acrescentou.

Miller, de 73 anos, quis melhorar sua imagem argumentando que havia contratado o travesti com a intenção de golpeá-lo, mas que no final "uma coisa levou à outra".

O ex-dirigente da Ku-Klux-Klan escreveu uma vez: "Os homens brancos, para não se sentirem rechaçados por suas mulheres, se deitam com as que são negras, acelerando mais rapidamente seu próprio desaparecimento racial. A razão pela qual ninguém vê mais homens brancos e mulheres negras juntos em público é porque os brancos temem os negros".

Fonte: 20minutos.es (Espanha)
http://www.20minutos.es/noticia/2126012/0/exlider-ku-klux-klan/detenido/travesti-negro-coche/
Tradução: Roberto Lucena

Comentário: pra quem "pegou o bonde andando". Esse post está relacionado a este aqui do dia 15 de abril, do atentado cometido por este Frazier Miller um dia antes com vítimas fatais, supremacista branco e ex-membro da Klan, nos EUA.

É curioso que um cara que vive uma neurose constante com discursos e crença de "superioridade racial" tenha essas taras "raciais". O que mostra como são dissimulados.

Como eu havia comentado, eu iria fazer um post mostrando a ligação dele com os negacionistas, mas como não daria pra salvar as páginas antes de colocar os links (pois poderiam apagar), eu resolvi deixar de lado pois havia chances dos "revis" que publicaram coisas junto com ele, apagassem links, mesmo sendo de sites estrangeiros. Inclusive uma "revi", C. Yeager (confiram este link pra ver quem é) tinha um post sobre esse cara no site dela, não sei se ainda está lá mas caso tenha apagado eu cheguei a salvar a página (por via das dúvidas).

Como é citado no link acima sobre o Partido Nazi dos EUA o qual ela fazia parte, o site tece umas loas ao atirador do massacre de Virginia Tech. Resumindo a questão: tudo "gente boa" e bastante "equilibrada" (conteúdo muito irônico pros mais desavisados que não prestarem atenção às aspas).

Pelo que citei acima, é por essa razão que é tão ruim fazer um post sobre o assunto com crime no meio. Os "revis" podem sair apagando rastros do que é publicado embora a polícia daquele país já deva ter visto (e salvo) os rastros desse cara.

Vou tentar fazer o post depois, mas não garanto, pois é bem chato tirar prints de páginas antes pra postar, principalmente de algo bem visível.

Alguns "desavisados" ou gente dando uma de "João-sem-braço" adoram fazer perguntas idiotas do porquê se "associa" neonazistas, supremacistas com negadores do Holocausto. É esta a razão desses posts, mostra como uma coisa anda bem junto da outra porque a maioria deles costuma negar ou "ignorar" estes fatos. Se chegam a negar os crimes dos nazis, negar (cinicamente) essas ligações entre extremistas de direita e negadores chega a ser o de 'menos'.

terça-feira, 16 de julho de 2013

França prende neonazi norueguês suspeito de planejar ataque terrorista

França prende músico norueguês suspeito de planejar ataque terrorista
Por iG São Paulo | 16/07/2013 12:50

Descrito como neonazista, Vikernes recebeu manifesto de Breivik, que deixou 77 mortos na Noruega há quase 2 anos

Um norueguês neonazista simpatizante do assassino em massa Anders Behring Breivik foi preso nesta terça-feira sob suspeita de planejar "um grande ataque terrorista", disseram autoridades francesas.

Julgamento: Breivik é considerado são e sentenciado a 21 anos por ataques
AP. Foto de 1994 mostra o músico Varg Vikernes, que foi preso na França sob suspeita de terrorismo

O escritório do procurador de Paris identificou o suspeito como Kristian "Varg" Vikernes. Em uma declaração, o Ministério do Interior disse que o suspeito foi preso em sua casa em Correze, no centro rural da França. Segundo o órgão, Vikernes representa "uma ameaça potencial à sociedade".

A mulher francesa de Vikernes, Marie Cachet, também foi presa, disse o escritório do procurador. Ela recentemente adquiriu quatro rifles, afirmou o Ministério do Interior. Investigadores estão agora avaliando como as armas de fogo foram obtidas e qual o objetivo de sua aquisição.

Descrito pelas autoridades francesas como neonazista, Vikernes recebeu no passado uma cópia do manifesto de Breivik, que deixou 77 mortos na Noruega em 2011.

Infográfico: Saiba como extremista executou plano de ataque na Noruega

Breivik colocou uma bomba no centro de Oslo e lançou um ataque a tiros na ilha de Utoya em julho de 2011. Ele foi sentenciado a 21 anos no ano passado.

Imagem: TV exibe vídeo de Breivik estacionando van com explosivos

Vikernes, 40, era conhecido nos círculos noruegueses de black metal no início dos anos 90 sob o nome artístico de Count Grishnackh. Ele tocou em várias bandas de black metal, incluindo a Mayhem.

Em 1994, ele foi sentenciado a 21 anos pela morte a facadas de Oystein Aarseth, membro da Mayhem, e por ataques incendiários contra três igrejas. Após ser solto em 2009 depois de servir 16 anos, ele se mudou para a França com sua mulher e três filhos.

Depois de ser libertado da prisão, ele continuou a gravar músicas sob o nome de Burzum. Em seu site, Vikernes debateu o manifesto de Breivik, mas também o criticou por matar noruegueses inocentes.

Endosso: Extrema direita apoia visão de Breivik sobre Islã

O manifestou de 1,5 mil páginas de Breivik descreveu sua planejada cruzada contra os muçulmanos, que ele dizia "estarem tomando o controle da Europa e que poderiam apenas ser derrotados por uma violenta guerra civil".

*Com AP e BBC

Fonte: BBC/AP/IG
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2013-07-16/franca-prende-musico-noruegues-suspeito-de-planejar-ataque-terrorista.html

Ver mais:
França prende norueguês suspeito de preparar ataque terrorista (RFI, Portugal)

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Idoso espancado por suposto trio neonazista morre em Ipeúna, SP

Felipe Turioni Do G1 São Carlos e Araraquara. 01/06/2013 12h48 - Atualizado em 01/06/2013 19h55
[Vídeo da matéria no link do site]

Morreu na manhã deste sábado (1º), em Ipeúna (SP), o guardador de carros Benedito Oliveira, de 71 anos, que foi espancado por três supostos neonazistas em abril, em Rio Claro (SP). Segundo informações do filho da vítima, Donizete Oliveira, o idoso morreu em casa, onde estava desde que recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Rio Claro, na terça-feira (28), após 32 dias de uma nova internação. A causa da morte ainda não foi divulgada.

“Deram alta porque já não tinha mais o que fazer, ele estava sem reação”, afirmou Oliveira sobre o pai. Ele estava internado para tratar de doenças contraídas na primeira internação. Após a agressão, ele ficou 15 dias internado e havia recebido alta no dia 20 de abril, mas passou mal e voltou ao hospital no dia 27. Benedito Oliveira não falava e se alimentava por uma sonda.

O guardador de carros Benedito Oliveira permance internado em Rio Claro (Foto: Reprodução/EPTV)

Segundo o filho dele, o sentimento após a morte do pai é de indignação. “Indignação com tudo o que aconteceu, desde a agressão até a falta de amparo, até para ser tratado precisamos comprar a sonda, porque a saúde pública não dá, não tivemos assistência e as autoridades deveriam dar uma olhada para mais essa vítima da violência”, comentou Oliveira.

O enterro será neste domingo (2), às 10h, no Cemitério São João Batista, em Rio Claro.

O caso

Jovens suspeitos de espancar idoso
em Rio Claro (Foto: Rodrigo Sargaço / EPTV)
O guardador de carros trabalhava na madrugada do dia 6 de abril, no Centro de Rio Claro, quando foi agredido por três jovens. Um conseguiu fugir, mas dois deles foram presos em flagrante pela Guarda Municipal. Eles disseram ser do Paraná, mas trabalhavam em Rio Claro.

Os dois jovens detidos possuem tatuagens racistas no corpo e o delegado que fez a ocorrência, Mário Antônio de Oliveira, informou que eles disseram não gostar de negros e pobres. Eles ainda relataram a um guarda municipal que 'negros têm que morrer mesmo'.

A Polícia de Ponta Grossa confirmou que os rapazes são suspeitos de integrar um grupo neonazista, mas em depoimento eles negaram. Eles foram levados para a penitenciária de Itirapina. O terceiro suspeito do crime não foi identificado pela polícia.

Fonte: G1/Canal Rio Claro
http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2013/06/idoso-espancado-por-suposto-trio-neonazista-morre-em-ipeuna-sp.html
http://www.canalrioclaro.com.br/noticia/16290/idoso-espancado-por-suposto-trio-neonazista-morre-em-ipeuna.html

Ler a notícia do caso aqui:
Idosos negros são atacados por neonazistas em Rio Claro

terça-feira, 9 de abril de 2013

MP avalia possível denúncia contra neonazista que teria agredido morador de rua em BH

Rapaz postou foto no Facebook onde aparece supostamente enforcando a vítima
Ramon Guerra, do R7 MG | 09/04/2013 às 18h02

neonazista. O próprio membro de grupos extremistas publicou a imagem no Facebook

O Ministério Público Estadual (MPE) confirmou, na tarde desta terça-feira (9), que está avaliando a possibilidade de denunciar o rapaz neonazista que teria agredido um morador de rua na região da Savassi, em Belo Horizonte. O caso começou a repercutir na última sexta-feira (5), quando o próprio jovem, de 25 anos, identificado como Donato Di Mauro postou uma imagem da ação no Facebook.

A assessoria de imprensa do órgão informou que o pedido de investigação partiu do Centro Nacional de Defesa dos Direitos Humanos da População em Situação de Rua (CNDDH), e encaminhado para a Promotoria de Direitos Humanos. Ainda não há a definição de qual promotor será o responsável pelo caso. Não há prazo para a definição sobre o início [ou não] da investigação.

Segundo Maria do Rosário de Oliveira Carneiro, advogada da CNDDH, os responsáveis pelo Centro, que é um projeto da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, chegaram até o caso da suposta agressão através da imprensa.

— Recolhemos as denúncias e fazemos buscas ativas na imprensa. Um dos objetivos do centro é combater a violência contra a população em situação de rua. Com indícios, nós analisamos e pedimos providências.

A advogada afirma que o homem que aparece na imagem supostamente sendo agredido por Di Mauro ainda não foi localizado. A intenção é que, com a investigação do Ministério Público, órgãos públicos ligados também à Prefeitura de BH possam ajudar na busca da vítima.

Dados do CNDDH mostram que, em pouco mais de dois anos, 90 moradores de rua foram mortos somente em Belo Horizonte. O risco para quem vive nas ruas chega a ser 50 vezes maior do que para o restante da população.

Fonte: R7
http://noticias.r7.com/minas-gerais/noticias/mp-avalia-possivel-denuncia-contra-neonazista-que-teria-agredido-morador-de-rua-em-bh-20130409.html

Ver ,mais:
Imagem de neonazista enforcando negro com corrente em Belo Horizonte provoca revolta (R7)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Um Shamir não muito esperto

Um notável moonbat judeu antissemita Israel Shamir recentemente escreveu:
Gilad reiterou: foi a RAF que repetidamente rejeitou a necessidade de bombardeio de Auschwitz

Outro movimento de propaganda sionista. O campo foi uma instalação de internamento, que contou com a Cruz Vermelha (ao contrário do centro de internamento dos EUA em Guantánamo). Se fosse bombardeado, os internos iriam morrer - ou como resultado do bombardeio, ou devido à fome porque os suprimentos não chegariam. Na verdade, Gilad aconselharia bombardear Guantánamo? Esta ideia de "bombardear Auschwitz" só faz sentido apenas se alguém aceita a visão de "complexo industrial de extermínio", a qual foi formada só bem depois da guerra.
Claro, a Cruz Vermelha (CICV) foi deixada inspecionar apenas o principal campo de Auschwitz, não estamos falando de Birkenau

Os fundamentos para bombardear Auschwitz já incluíam informações sobre os gaseamentos (baseado no relatório Vrba-Wetzler e outras fontes), que estava disponível muito antes da guerra acabar.

Shamir é claramente ignorante em história, mas pensa que ele pode discuti-la de qualquer forma. Além disso, ele vergonhosamente regurgita lixo negacionista.

Ele também elogia negacionistas:
Da mesma forma, os revisionistas têm tarefas religiosas e metafísicas, mesmo que usem algumas palavras e conceitos científicos. Jurgen Graf deixou isto claro em seu importante livro, mas o mesmo foi relatado por Mahler, Zundel e outros.
Livro importante? Desculpe, qual livro importante foi escrito pelo moonbat negacionista Juergen Graf?

Em outra parte, ele escreve:
Os inocentes historiadores revisionistas ficaram tão animados quando se divertiram com a idéia de "finalmente descobrir a verdade". Eles prepararam os seu bem elaborados livros e diagramas de consumo de gás e de calor no corpo.
Quais historiadores "revisionistas"?

E claro que neste artigo em seu site, está repleto de habituais banalidades "revisionistas".

Tirem suas próprias conclusões.

Atualização: ver também este artigo, basicamente, do mesmo negacionista idiota, e o comentário de Shamir, repleto do mesmo. Mas especialmente recheado com esta pequena dose de demagogia:
Você então afirma: "Zundel é um odiador de judeus". Ora, ninguém tem que amar os judeus.
Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Sergey Romanov
http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2006/05/shamir-not-very-sharp.html
Tradução: Roberto Lucena

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Ministro alerta para disseminação de ideologia neonazista no Leste alemão

Ministro alerta para disseminação de
ideologia neonazista no Leste alemão
Ministro do Interior da Alemanha demonstra preocupação com disseminação de ideologias neonazistas no Leste alemão, mas vê com ceticismo proibição de partido de extrema direita.

"Estou preocupado que em algumas regiões do Leste da Alemanha os neonazistas marcam presença e se infiltram propositalmente na sociedade civil para atingir suas metas. Não deveríamos permitir que isso aconteça", afirmou o ministro alemão do Interior, Hans-Peter Friedrich, ao jornal berlinense Der Tagesspiegel.

O ministro chamou também a atenção para o fato de que a Alemanha, como país que vive de exportações, não possa de forma alguma se apresentar como nação xenófoba. "Se queremos vender nossas mercadorias em todos os lugares do mundo, temos também que nos mostrar abertos aos que se interessam pelo nosso país", salientou Friedrich. Especialmente no Leste alemão, lembrou o ministro, o êxodo da população é notável, o que faz com que haja uma grande demanda de força de trabalho estrangeira.

"NPD em decadência"

Friedrich, por outro lado, confirmou em entrevista ao jornal berlinense sua postura de ceticismo frente a um novo requerimento de proibição do partido de extrema direita NPD perante o Tribunal Constitucional Federal. "O NPD é um partido totalitário, avesso aos princípios constitucionais, que não tem absolutamente nada a ver com a nossa democracia. Mas a postura de um partido não basta para proibi-lo", explicou o ministro da conservadora União Social Cristã (CSU).

Friedrich sugeriu, inclusive, que o NPD possa sair fortalecido de um novo confronto em nível jurídico visando sua proibição. Os últimos resultados eleitorais, alertou o ministro, demonstraram que o NPD está "em plena decadência".

Hans-Peter Friedrich, ministro
alemão do Interior
Friedrich vê também como problemática, no caso de um novo processo para a proibição do partido de extrema direita, a conduta frente aos informantes das autoridades de segurança dentro do NPD: "Nós nos encontramos em um dilema: de um lado, ficamos sabendo através dos informantes o que o NPD de fato pensa e quer. Por outro lado, não podemos utilizar este material porque não podemos dizer perante o tribunal os nomes verdadeiros destes informantes".

Mesmo assim, Friedrich rejeita a ideia de publicação aberta dos nomes dos informantes. Pois com isso, acredita o ministro, "todo o sistema de informantes das autoridades de segurança perderia sua função. E precisamos destes informantes, sobretudo no combate ao extremismo", argumentou o ministro.

Em 2003, um processo de proibição do NPD na Alemanha acabou fracassando em função da problemática que envolve os informantes dos serviços secretos. As provas da inconstitucionalidade do partido vinham em parte dos informantes, que são, ao mesmo tempo, membros do NPD. Os juízes responsáveis pelo caso viram aí um conflito de interesses dos informantes e revidaram, por isso, o pedido de proibição do partido.

Novo dossiê sobre o NPD

Além do Partido Social Democrata (SPD), diversos políticos da União Democrata Cristã (CDU), nas esferas federal e estadual, defendem um novo requerimento de proibição do NPD. Segundo informações divulgadas pela mídia, o serviço de proteção à Constituição reuniu, em um novo dossiê, mais de 3 mil provas da inconstitucionalidade do partido.

O ministro do Interior, bem como os secretários estaduais da pasta, irão se reunir no dia 5 de dezembro, a fim de avaliar este material e tomar uma nova decisão a respeito de um possível novo processo para proibir o NPD.

SV/dpa/afp/dapd/rtr
Revisão: Roselaine Wandscheer

Fonte: Deutsche Welle (Alemanha)
http://www.dw.de/dw/article/0,,16274771,00.html

quarta-feira, 23 de março de 2011

Bispo negacionista Williamson enfrentará novamente a justiça alemã

O bispo negacionista Williamson enfrenta novamente a justiça alemã

O prelado é acusado de incitação ao ódio racial e contratou para sua defesa um advogado de ideias neonazistas
LAURA LUCCHINI - Berlim - 23/03/2011

Um novo processo contra o bispo lefebvriano britânico Richard Williamson terá lugar a partir do próximo mês de julho na cidade de Ratisbona, na Alemanha, segundo deu-se a conhecer hoje a Promotoria. Williamson, que é conhecido por suas teses negacionistas do Holocausto judeu, é acusado na Alemanha de incitação ao ódio racial. O julgamento, inicialmente programado para novembro de 2010, foi adiado porque Williamson quis trocar de advogado.

As acusações contra Williamson se centram em uma entrevista realizada na Alemanha pela televisão sueca na qual o polêmico bispo, de 71 anos, pôs em dúvida o número de vítimas do Holocausto e a existência das câmaras de gás: "Creio que as provas históricas falam fortemente contra o fato de que seis milhões de judeus foram gaseados intencionalmente nas câmaras de gás como estratégia aleivosa de Adolf Hitler. (...) Creio que não houve câmaras de gás". Segundo o bispo, as vítimas judias do regime nazi na Alemanha não superariam a 200 ou 300.000.

Ainda que a entrevista não fosse destinada ao público alemão, foi realizada em Zaitzkofen, próximo de Ratisbona, onde está a sede da Irmandade Pio X a qual pertence Williamson, e por esta razão se considera que a justiça local é a quem deve processar Williamson.

Na Alemanha, negar o Holocausto ou suas fases é considerado um delito de incitação ao ódio racial e é passível de processo de até seis anos de reclusão. Em abril de 2010 o tribunal de Ratisbona condenou a Williamson o pagamento de uma multa de 12.000 euros, a qual a juíza Karin Frahm rebaixou para 10.000 euros. Tanto o bispo como a Promotoria recorreram desta decisão.

As controvertidas declarações, retransmitidas na Suécia em princípios de 2009, provocaram um grande escândalo já que coincidiram com o levantamento por parte do Vaticano da excomunhão que pesava, desde 1988, sobre o bispo britânico e outros três seguidores do cismático francês Marcel Lefebvre, fundador da Irmandade Pio X. O alvoroço que esta história causou na Alemanha obrigou a chanceler democrata-cristã Angela Merkel a confrontar o Papa Benedito XVI: "Se uma decisão do Vaticano chega a causar a impressão de que o Holocausto pode ser negado, esta decisão tem que ser esclarecida. Por parte do Papa e do Vaticano têm que se afirmar muito claramente que não se pode haver negação", condenou então Merkel.

Depois, Ratzinger reconheceu erros no levantamento da excomunhão deste religioso, e disse que se inteirou de suas teses negacionistas só depois de haver revogado sua excomunhão. Tanto a questão do caso Williamson como o escândalo dos abusos sexuais a menores no seio da Igreja Católica estão entre os momentos mais críticos do pontificado de Benedito XVI.

Em novembro passado, a revista Der Spiegel denunciou que Williamson escolheu para dirigir sua defesa, Wolfram Nahrath, notório membro da extrema-direita alemã, filiado ao neonazi Partido Nacional Democrata (NPD) e último chefe da proibida organização juvenil ultradireitista Wiking Jugend (Juventude Viking).

Fonte: El País(Espanha)
http://www.elpais.com/articulo/sociedad/obispo/negacionista/Williamson/enfrenta/nuevamente/justicia/alemana/elpepusoc/20110323elpepusoc_3/Tes
Tradução: Roberto Lucena

Ver mais:
El polémico obispo negacionista del Holocausto será juzgado en Alemania (laverdad.es/EFE, Espanha)

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Neonazi sueco condenado pelo furto da placa de Auschwitz

Ex-líder Neonazi Anders Högström
Condenado por incitar furto de letreiro de Auschwitz


O ex-líder neonazi sueco Anders Högström foi esta quinta-feira condenado, na Polônia, a dois anos e oito meses de prisão, por ter incitado ao furto do letreiro do antigo campo de concentração de Auschwitz, anunciou o porta-voz do Tribunal de Cracóvia.

Os dois cúmplices de Högström, os poloneses Andrzej Strychalski e Marcin Auguscinski, foram condenados a dois anos e seis meses de prisão e a dois anos e quatro meses de cadeia, respetivamente, noticiaram as agências internacionais. As penas somam-se a outras, decretadas em março, num primeiro processo, a outros três arguidos polacos, condenados a entre dezoito meses e dois anos e meio de prisão.

Högström vai cumprir a pena na Suécia, adiantou o porta-voz do Tribunal de Cracóvia, Rafal Lisak. Na abertura do processo, o arguido declarou-se culpado e aceitou, de antemão, a pena de dois anos e oito meses de cadeia pedida pelo Ministério Público. O letreiro irônico "Arbeit Macht Frei" (O Trabalho Liberta) desapareceu da entrada principal do antigo campo de concentração nazi de Auschwitz, na Polónia, a 18 de dezembro de 2009. Três dias depois, foi encontrado numa casa de campo.

Os autores materiais do furto foram presos horas depois da descoberta, graças à colaboração de cidadãos. O campo de concentração de Auschwitz foi um dos principais palcos do Holocausto, onde se estima que tenham morrido, entre 1940 e 1945, mais de um milhão de pessoas, a maioria judeus, nas câmaras de gás ou por fome, doença e trabalhos forçados. Atualmente, o recinto é um museu.

Fonte: Lusa
http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1745792&seccao=Europa

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Skinhead condenado a prisão perpétua na Rússia, mas ainda ficam muitos em liberdade

«Skinhead» condenado a prisão perpétua, mas ainda ficam muitos em liberdade

Um membro de um grupo de «skinheads» (cabeças rapadas) foi hoje condenado a prisão perpétua por um tribunal de Moscou por ter assassinado 15 pessoas por “motivos nacionalistas”.

Outro «skinhead», cúmplice nos crimes, terá de cumprir uma pena de 22 anos de prisão de alta segurança.

Segundo a acusação, entre outubro e dezembro de 2007, Vassili Krivetz, de 22 anos, e Dmitri Ufimtsev, de 23 anos, juntaram-se a outros jovens com base na ideia da superioridade racial dos russos em relação às pessoas de origem não eslava.

Entre os meses de outubro de 2007 e maio de 2008, os jovens mataram cidadãos do Tadjiquistão, Uzbequistão, Azerbaijão, Turquia e Rússia. Os crimes foram cometidos, na maioria dos casos, em estações do metropolitano de Moscou com o emprego de facas, martelos e barras metálicas.

Depois dos crimes, os «cabeças rapadas» roubavam as vítimas.

Krivetz foi detido em 2008. Inicialmente, negou as acusações, mas acabou por reconhecer alguns assassínios e colaborar com a justiça.

Durante a investigação prévia, quando Krivetz foi levado a uma estação de metro da capital russa onde assassinara um músico idoso “porque era judeu”, conseguiu fugir, tendo sido detido um ano depois.

O julgamento decorreu sob fortes medidas de segurança.

Este é o terceiro «skinhead» russo a ser condenado a prisão perpétua.

A incidência de ataques racistas na Rússia sofreu aumento de 39% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2009, enquanto cresceu o número de grupos radicais neonazistas, que são mais de 150, informou nesta quinta-feira o Ministério do Interior.

"Aumentou o número de grupos radicais que baseiam a sua ideologia na intolerância étnica, racial e religiosa", declarou o general Serguei Guirko, chefe do Instituto de Pesquisas Científicas do Ministério do Interior.

Segundo Guirko, existem atualmente na Rússia mais de 150 grupos radicais neonazis, que põem em prática a sua ideologia através da violência e de assassinatos por motivos étnicos, racistas e religiosos. Em 2007, foram registrados 356 ataques deste tipo, número que saltou para 460 em 2008 e para 548 em 2009.

"O ano 2010 não é uma exceção. No primeiro semestre, foram registrados 370 ataques, o que representa 39% mais que no mesmo período do ano passado", detalhou Guirko, citado pela agência Interfax. Os números poderiam ser ainda maiores, porque, como afirmou Guirko, muitos ataques extremistas são classificados inicialmente como delitos cometidos por outros motivos, "já que os grupos extremistas se caracterizam pela sua ligação a círculos criminosos".

A ONG de direitos humanos Sova denunciou, no início de outubro, que 23 pessoas morreram e outras 242 ficaram feridas em ataques xenófobos no país em 2010. O principal alvo deste tipo de ataques são imigrantes procedentes do Cáucaso e da Ásia Central, membros de movimentos juvenis alternativos e representantes de minorias sexuais.

Fonte: SIC(Portugal)/Da Rússia
http://darussia.blogspot.com/2010/10/skinhead-condenado-prisao-perpetua-mas.html
http://sic.sapo.pt/online/noticias/mundo/Skinhead+condenado+a+prisao+perpetua+por+tribunal+de+Moscovo.htm

Observação: o link original do SIC, que foi citado acima, encontra-se indisponível ou dando erro, o que obrigou a ter que copiar o mesmo texto que fora previamente postado no blog Da Rússia.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Ciganos têm história marcada pelo preconceito

Grupo faz parte de uma das minorias étnicas mais marginalizadas na Europa

Foto: Crianças ciganas do grupo Rom sorriem em acampamento na periferia de Sofia, capital da Bulgária
Nikolay Doychinov/19.08.2010/AFP

Muitos, quando ouvem a palavra “cigano”, pensam em povos nômades que prevêem o futuro. Há diversas teorias sobre a origem destes povos, pois não existem muitos registros sobre sua história inicial.

Somente a partir de meados do século 18, os primeiros livros sobre os ciganos europeus foram publicados, e quase todos os autores reforçaram ainda mais os estereótipos negativos. Muitos acreditam que sua origem vem do Egito, outros da Índia ou do Paquistão.

Hoje, eles vivem espalhados pelo mundo, e grande parte deles se concentra na Europa, continente no qual sofreram o maior massacre de sua história.

No período da Alemanha nazista, eles foram um dos principais alvos do massacre contra minorias. Além dos judeus, os ciganos foram exterminados durante o Holocausto (1939-1945) e alguns historiadores apontam que 25% de tal população desapareceu. Os ciganos foram também reprimidos e perseguidos em outros locais na Europa como Itália e Espanha.

Os ciganos fazem parte de uma das minorias étnicas mais marginalizadas da Europa. A Suíça foi um dos primeiros países a instituir leis contra os ciganos em seu território, por volta de 1470.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), grande parte da população cigana migrou para os Estados Unidos, onde aglomera cerca de 1 milhão de ciganos. Aproximadamente 8 milhões vivem na Europa e, hoje, formam a maior minoria sem um país.
Atualmente uma das maiores ameaças contra o grupo está no movimento neonazista e em outros de caráter nacionalista. A rede CNN veiculou recentemente um programa especial sobre a minoria. As crianças ciganas desacompanhadas são o principal alvo de grupos nacionalistas violentos, de acordo com a série.

Segundo o jornal The New York times, a crise econômica mundial de 2008 intensificou as discriminação contra os ciganos, pelo velho estereótipo dos ciganos de praticar pequenos crimes.

O relatório do Banco Mundial (BM) de 2008 afirma que em alguns casos os ciganos são até dez vezes mais pobres que o resto da população europeia. Sua expectativa de vida é entre 10 e 15 anos menor que a média e sofrem altos níveis de discriminação nos setores de educação, trabalho, casa e saúde.

Em 2006, o Conselho da Europa iniciou uma campanha para tentar combater a questão.

Confira também
França inicia deportação de ciganos

Fonte: AFP/R7(Brasil)
http://noticias.r7.com/internacional/noticias/ciganos-tem-historia-marcada-pelo-preconceito-20100819.html

domingo, 25 de julho de 2010

Germar Rudolf - "revisionistas" - biografia - 04

Germar Rudolf

Germar Rudolf (nasceu em 29 de outubro de 1964 em Limburg an der Lahn), é um químico alemão e negador do Holocausto. Ele usou o sobrenome de sua primeira esposa, Scheerer, até os dois se divorciarem.

Provisoriamente ele foi membro do Die Republikaner, um partido de extrema-direita alemão.

Depois de terminar sua educação secundária em 1983 em Remscheid, Rudolf estudou Química em Bonn, completando seus estudos em 1989. Como estudante, ele participou da A.V. Tuisconia Königsberg zu Bonn e da K.D.St.V. Nordgau Prag zu Stuttgart. Ambas são fraternidades católicas alemãs pertencentes ao Cartellverband der katholischen deutschen Studentenverbindungen. Ele foi expulso em 1995 por justa causa por ter violado os princípios de fraternidade com suas publicações.

Terminando os estudos de pós-graduação PhD depois do serviço militar, ele ficou temporariamente empregado no Instituto Max Planck para Pesquisa do Estado Sólido em Stuttgart, no começo de outubro de 1990. Durante este tempo ele escreveu um ensaio, com o título de "Relatório sobre a formação e verificabilidade de compostos cianeto nas câmaras de gás de Auschwitz" com a procuração do procurador de Düsseldorf Hajo Herrmann, um ex-piloto da Luftwaffe qualificado na categoria de Oberst(Coronel).

Herrmann usou o ensaio de Rudolf na defesa do general da Wehrmacht e proeminente ativista nazista Otto Ernst Remer, acusado de incitação contra pessoas, por ofensa criminosa da lei alemã. Em seu ensaio, o disputado "Relatório Rudolf", Rudolf afirma ter coletado amostras das construções das câmaras de gás no campo de extermínio de Auschwitz, achando apenas pequenos traços de compostos cianeto no que restou dos muros. O relatório foi contestado desde então por Richard Green e Jamie McCarthy do The Holocaust History Project.

Em 1993, Rudolf foi expulso do Instituto Max Planck por uso não autorizado do nome do instituto para conseguir amostras analisadas que foram tiradas de locais das câmaras de gás em Auschwitz e Birkenau. He apelou sem sucesso da decisão. Desde então, ele tem dado consultoria em processos sobre negação do Holocausto e ofensas relacionadas, recebendo suporte financeiro de patrocinadores e pelo trabalho como editor.

Consequências legais: Fuga, deportação e aprisionamento

Em 1994, Rudolf foi condenado a 14 meses de prisão pela corte do distrito de Tübingen por causa do "Relatório Rudolf". (Negação do Holocausto é crime na Alemanha). Rudolf evitou de ser preso ao fugir para Espanha, Inglaterra e finalmente para Chicago, EUA. Lá, ele soliciou asilo político, mas seu pedido foi negado.

Enquanto isso, a investigação criminal continuou na Alemanha. Em agosto de 2004, a corte do distrito de Mannheim sequestrou uma conta bancária apanhando cerca de €200,000(euros). Rudolf e seus associados tinham ganho esse dinheiro pela venda de publicações de negação do Holocausto.

Em 11 de setembro de 2004, Rudolf casou-se com uma cidadã norte-americana. Porém, seu pedido de asilo foi rejeitado em Novembro daquele ano com base de que o pedido foi "frívolo." Em 19 de outubro de 2005, Rudolf foi preso e deportado para Alemanha em 15 de novembro. Na chegada, ele foi preso pelas autoridades policiais e transferido para prisão em Baden-Württemberg.

Publicações

Depois de Rudolf deixar o Instituto Max Planck, ele começou a publicar vários livros negando o Holocausto. Rudolf encontrou a Castle Hill Publishers em Hastings, Inglaterra. Além disso, ele é muito próximo e associado à organização "revisionista" belga Vrij Historisch Onderzoek (VHO).

Dissecting the Holocaust(Dissecando o Holocausto)

"Dissecting the Holocaust"(Dissecando o Holocausto) foi editado e teve co-autoria de Rudolf sob o nome de Ernst Gauss. A publicação em língua alemã com o título de Grundlagen zur Zeitgeschichte resultou em mais indiciamentos sendo feitos contra Rudolf. Entre os contribuidores do trabalho estão outros "experientes" "revisionistas" como o Professor Robert Faurisson, Jürgen Graf, Carlo Mattogno, Udo Walendy e Friedrich Paul Berg. Incluso como um apêndice consta uma longa resenha do trabalho escrito por um historiador profissional e destacado especialista em história militar e diplomática soviética-alemã, Joachim Hoffmann.

Fonte: antisemitism.org.il
Tradução: Roberto Lucena

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sábado, 12 de junho de 2010

Detidos cinco integrantes de um grupo de música neonazi

Neonazis passaram a quarta-feira a disposição do Tribunal de Instrução 5 de El Vendrell


Material confiscado pelos Mossos d'Esquadra.

A Divisão de Inteligência realizou dois registros em Sabadell e Santa Oliva

Os "Mossos d'Esquadra" detiveram na segunda-feira passada lunes, dia 7, em Santa Oliva (Tarragona), Sabadell, Barberà del Vallès e Sant Vicenç de Castellet (Barcelona) quatro integrantes de um grupo de música por apologia ao nazismo e homofobia, e um outro por posse ilícita de armas.

Segundo informou a polícia catalã, o grupo possui letras de canções que supostamente fomentam o ódio e a discriminação contra homossexuais, judeus e outros grupos sociais, e enalteciam o regime nazi, e que difunciam em concertos ao vivo, na Internet e em CDs.

Os agentes detiveram Juan M.V., de 23 anos, próximo de Santa Oliva; Daniel M.M., de 23 e próximo de Sant Vicenç de Castellet; Luis Alberto P.L., de 22 e próximo de Sabadell; Daniel M.H., de 23 e próximo de Barberà del Vallès, assim como Juan Jaime M.V., de 56 anos e próximo de Santa Oliva - por posse ilegal de armas-.

Os investigadores da Divisão de Inteligência realizou dois registros em Sabadell e Santa Oliva, onde apreenderam propaganda xenófoba, simbologia neonazi, material nacional-socialista(nazista) e armas.

Os cinco detidos passaram a quarta-feira a disposição do Tribunal de Instrução número 5 de El Vendrell por delitos contra o exercício dos direitos fundamentais e contra a comunidade internacional, assim como um delito de posse ilegal de armas.

Fonte: Elmundo.es, Europa Press(Barcelona, Espanha)
http://www.elmundo.es/elmundo/2010/06/11/barcelona/1276280461.html
Tradução: Roberto Lucena

Outras matérias:
Tribunal espanhol condena 14 membros de grupo neonazista

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Polícia teria descoberto complô para sabotar Copa

Grupo de extrema direita estaria enviando e-mails incitando o boicote ao Mundial por uma suposta 'guerra contra os brancos'

A Polícia sul-africana investiu esta semana contra uma organização de ideologia política de extrema direita, conhecida como The Suidlanders, que planejaria sabotar a Copa do Mundo, informou hoje o diário "Tribune".

Foto: Reprodução
Eugene Terreblanche, líder da extrema direita, foi assassinado

As batidas aconteceram em Pretória e Mpumalanga e chegam pouco depois das tensões raciais vividas nas últimas semanas pela África do Sul em virtude do assassinato de Eugene Terreblanche, líder radical, por dois jovens negros.

A investigação da Polícia está relacionada com uma série de e-mails enviados ao exterior incitando o boicote ao Mundial. As mensagens partiram do site boycott-2010-world-cup.co.nr.

O e-mail enviado se refere a uma suposta guerra contra os sul-africanos brancos e instiga os estrangeiros a se manter longe do país durante o Mundial, assegurando que há uma guerra civil.

Segundo fontes consultadas pelo diário, os planos da organização de sabotar o Mundial devem ser levados muito a sério.

O número de filiados ao Suidlanders disparou desde o assassinato de Terreblance e suas estruturas clandestinas já começaram a se mobilizar.

Segundo o jornal, que cita fontes de dentro do Suidlanders, a organização contratou antigos membros das forças especiais e está fazendo estoque de armas e munição, além de apostar em ações que levem à desestabilização social e que fomentem a xenofobia em bairros negros do país.

Embora o porta-voz da Polícia Vish Naidoo tenha rejeitado fazer comentários sobre o assunto, voltou a frisar que as forças de segurança sul-africanas estão perfeitamente preparadas para lidar com qualquer eventualidade que possa surgir durante o Mundial.

Fonte: EFE
http://copa2010.ig.com.br/africa+do+sul+descobre+complo+para+sabotar+a+copa/n1237584760622.html

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Assassinato de líder da extrema-direita reaviva tensões raciais na África do Sul

VENTERSDORP (AFP) - O assassinato no sábado do líder de ultradireita sul-africano Eugene Terre'Blanche, que dedicou a vida à defesa da supremacia dos brancos e à manutenção do apartheid, provocou a fúria de seu movimento, decidido a vingar a morte, ao mesmo tempo que o presidente Jacob Zuma pediu calma.

O Movimento de Resistência Afrikaner (AWB), grupo criado por Terreblanche que se opôs com violência à transição pós-apartheid, no começo dos anos 1990, se reunirá em 1º de maio para decidir como responder à morte do líder, que segundo a polícia teria sido assassinado por dois empregados de uma fazenda por uma discussão pela falta de pagamento dos salários.

"Decidiremos as ações para vingar a morte de Terre'Blanche. Vamos agir, e nossas ações específicas serão decididas na conferência de 1º de maio", declarou à AFP o secretário-geral do AWB, André Visagie.

"Ele foi morto a golpes de facões e com tubos de encanamento. Ele foi agredido até a morte", destacou, acrescentando que pediu aos membros do movimento, que pedem vingança, para que "fiquem calmos".

O medo e o ódio eram palpáveis em Ventersdorp (noroeste), povoado de origem de Terre'Blanche e ex-bastião do AWB.

Em frente à fazenda do ex-líder de extrema-direita, onde seu corpo foi encontrado no sábado, dezenas de seus partidários se reuniram.

"Eles (os negros, ndr) matam nossos fazendeiros", declarou um deles, que pediu para ter sua identidade preservada por medo de "represálias".

"Matar um idoso assim, enquanto dormia, não há do que se orgulhar", acrescentou. Terre'Blanche tinha 69 anos.

O assassinato reaviva as tensões raciais em um país onde a cor da pele continua sendo um fator de divisão, 16 anos depois do fim oficial do regime do apartheid.

Consciente do que o caso pode provocar, o presidente Zuma pediu calma e que "os sul-africanos não permitam aos agentes provocadores se aproveitar da situação para incitar, ou para alimentar, o ódio racial".

Ao fim do dia deste domingo, Zuma fez um novo apelo à "unidade" política e à "responsabilidade" dos dirigentes políticos do país em suas declarações.

Pedidos semelhantes foram feitos pelo ministro da Polícia, Nathi Mthethwa, e pelo comissário nacional, Bheki Cele, que receberam neste domingo familiares da vítima, segundo a agência de notícias SAPA.

Enquanto isso, o Congresso Nacional Africano (ANC, no poder) informou, por sua vez, que nada pode justificar o homicídio de Terre'Blanche.

"Lançamos um apelo a todos os sul-africanos para que se abstenham de qualquer especulação, os autores (do crime) se entregaram às autoridades a cargo de aplicar a lei", informou o ANC em um comunicado.

Eugene Terre'Blanche, 69 anos, dedicou a vida a defender a superioridade dos brancos. À frente de milícias paramilitares e com um emblema parecido com a suástica nazista, foi contrário ao fim do apartheid no início dos anos 1990.

Ele foi preso em 2001 pela tentativa de assassinato de um guarda negro e deixou a penitenciária em 2004 por bom comportamento. Depois disso caiu em relativo esquecimento.

O corpo do extremista foi encontrado no sábado em sua fazenda de Ventersdorp, na Província do Noroeste. A polícia prendeu dois trabalhadores agrícolas, de 15 e 21 anos, que haviam discutido com Terre'Blanche por um problema salarial.

Os dois, que acusam o chefe de ter se recusado a pagar o salário mensal de 300 rands (40 dólares, 70 reais) e de ter agredido física e verbalmente os dois, serão levados a um tribunal na terça-feira.

Apesar da motivação não parecer política, o AWB vinculou o assassinato de seu líder à recente polêmica sobre uma canção que pede a "morte dos boers" (fazendeiros brancos). A música se tornou famosa entre o movimento jovem do Congresso Nacional Africano (ANC), o partido que governa o país.

Dois tribunais proibiram a canção que, segundo a oposição e várias associações, estimula a violência racial. Mas o ANC defendeu a música em nome da memória da luta contra o apartheid.

Fonte: AFP
http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/afsul_pol__tica_homic__dio

sábado, 3 de abril de 2010

Neonazista admite ter planejado assassinato de Obama em 2008

Pena de Daniel Cowart pode chegar a 75 anos; mais de 100 negros estavam na lista do americano

WASHINGTON - Um americano neonazista do Tennessee acusado de planejar o assassinato de vários negros americanos em 2008, inclusive o do então candidato à presidência Barack Obama, admitiu na noite da segunda-feira, 29, sua culpa ante os oito processos enfrenta por ligação com os crimes, informou o Departamento de Justiça dos EUA, segundo a o canal CNN.

Arquivo/Associated PressFoto do acervo pessoal de Cowart; ele carrega suástica tatuada no braço direito.

Daniel Cowart, de 21 anos, admitiu conspirar com Paul Schlesselman, do Arkansas, em um plano para matar mais de 100 negros. Ambos se descrevem como neonazistas e foram presos em 2008 depois de uma tentativa de roubo frustrada em Jackson, cidade do Tennessee.

Cowart se declarou culpado por ameaçar de morte e de tentar causar danos corporais a um candidato presidencial, conspiração, depredação de propriedade religiosa e por cometer vários outros crimes relacionados ao uso e porte de armas para fins criminosos.

O companheiro de Cowart, Schlesselman, havia admitido a culpa nos crimes em janeiro. Ele será julgado em 15 de abril e pode pegar até 10 anos de prisão. Já a pena de Cowart, segundo o Departamento de Justiça, pode chegar a até 75 anos.

Fonte: Estadão
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,neonazista-admite-ter-planejado-assassinato-de-obama-em-2008,531281,0.htm

Matéria de 27 de outubro de 2008:
Abortado plano neonazi para matar Barack Obama e realizar massacre no Tennessee

Matéria de 19 de abril de 2009:
Movimento de extrema-direita pode estar crescendo nos EUA

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Hungria aprova lei que penaliza negação do Holocausto

O Parlamento da Hungria aprovou nesta segunda-feira em Budapeste uma lei que penaliza a negação do Holocausto na Segunda Guerra Mundial com até três anos de prisão. Segundo a lei, que foi proposta pelo governante partido social-democrata, negar em público o Holocausto ou apresentá-lo "como algo insignificante" poderá ser uma infração passível de pena.

Para os social-democratas, a lei é necessária na Hungria devido ao crescente antissemitismo na vida cotidiana. Entretanto, a maioria social-democrata no Parlamento rejeitou a proposta da oposição conservadora que previa a penalização da negação dos "crimes contra a humanidade dos regimes nacional-socialistas e comunistas".

Estiveram presentes à votação de hoje representantes das organizações judaicas do país, assim como sobreviventes do Holocausto. Durante a Segunda Guerra Mundial, quase 600 mil dos 800 mil judeus húngaros foram assassinados pelos nazistas.

A maior parte destas pessoas foram deportadas e assassinadas em campos de extermínio de Áustria, Alemanha e Polônia, principalmente no campo polonês de Auschwitz. Apenas 130 mil judeus húngaros sobreviveram ao Holocausto. Atualmente, a comunidade judaica do país conta com cerca de 100 mil pessoas.

Fonte: EFE
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4279373-EI8142,00-Hungria+aprova+lei+que+penaliza+negacao+do+Holocausto.html

sábado, 20 de fevereiro de 2010

O negador do Holocausto condenado Zundel será solto

BERLIM — Um promotor alemão disse que o ativista de extrema-direita Ernst Zundel será em breve solto da prisão depois de cumprir seus cinco anos de sentença por negação do Holocausto.

O promotor de Mannheim, Andreas Grossmann, disse que o senhor de 69 anos Zundel será solto no dia 1 de Março.

Zundel esteve em custódia desde que foi deportado do Canadá em 2005 e está conseguindo o crédito pelo tempo que ficou preso antes de seu julgamento. Ele foi condenado em 2007 pela soma de 14 acusações de incitação de ódio por anos de atividades antissemitas, incluindo a contribuição na web de um site devotado à negação do Holocausto - um crime na Alemanha.

Zundel tinha arguido que teve negado seu direito à liberdade de expressão.

Grossmann disse que não está claro onde Zundel irá quando for solto mas que ele tem parentes próximo a Stuttgart(Estugarda).

Fonte: AP
http://www.google.com/hostednews/ap/article/ALeqM5io4Yp9wnD1DM1cJ8OaHutNGbBqGQD9DTRD481
Tradução: Roberto Lucena

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