Recife, povo, bandeira de Pernambuco, 3x Presidente Lula
Os bolsonaristas ou bolsolavistas além de provocarem tumulto e arruaça artificial no país desde o término da eleição bloqueando estradas em alguns estados, atanazando a vida do povo comum, bancados por empresários de quinta categoria e pelo "agronegócio", vulgo ruralismo, as forças que destruíram a indústria no país, principalmente a engenharia endossando a Lava Jato do Paraná "made in USA" e fornecendo material ou condições materiais pra esse lumpem fazer arruaça, não cansados da vergonha que são e da imundície que provocam ao país durante anos, agora estão relinchando sobre a bandeira histórica e revolucionária de Pernambuco, bandeira que tem 205 anos (mais de dois séculos, antes da maioria de parte dos ancestrais de vocês virem pro Brasil ela já tremulava, bando de imbecis), confundida com a bandeira do arco-íris do movimento LGBT ou LGBTQIA+ (colocam tanta letra depois que o nome perde o sentido original) pelo comportamento obtuso do Qatar e despreparo pra receber um evento desse tipo, coisa que a FIFA está careca de saber, mais do que a careca do presidente fanfarrão daquela entidade.
Evento que não recebeu um elogio de organização, embora a maioria das pessoas queiram ver jogos e não politicagem barata, mas os caras se superaram e atacam um símbolo histórico do país (pois ao contrário do que alguns idiotas no Brasil dizem, é sim símbolo histórico, com destaque até no panteão de bandeiras no congresso, "alguns" é forma de dizer, o Brasil virou fábrica em série de gente burra e idiota, orgulhosos de ser ignorantes, isso deveria ser motivo de vergonha sempre e não orgulho) que é mais velho do que a existência formalizada daquele paiseco artificial da Península arábica, um ex-enclave ou preposto britânico, como Hong Kong, uma colônia, sem tradição, cevada no wahabismo saudita (fundamentalismo islâmico), com locais artificiais, levantados do nada com o dinheiro fácil do petróleo daqueles países (da exploração de petróleo), explorando trabalho escravo de indianos e entupidos de preconceito.
Quando se fala em preconceito, vira-latice e afins a ralé bolsonarista fica atiçada com o rabinho abanando querendo endossar imundície. Imbecis, o arco-íris da bandeira histórica tem 3 cores, tem sentido étnico, é a junção das três etnias que compuseram o Estado, "mito fundador" depois repassado pro país, via Gilberto Freyre, não tem, nunca teve nada a ver com questão LGBT exceto pela exaltação da diversidade (étnica) se quiserem interpretar assim, mas há mais o sentido de que a união dos diferentes no país fez o mesmo e se transforma em força. Não a toa impusemos uma derrota a vocês na eleição, a região a qual o estado é parte e tem peso (como na história do a´país), quando se mexe com a parte histórica do país, o berço do Brasil, onde o país nasceu, essa parte responde e dobra os dementes e insolentes (foi o que aconteceu), e não nos dobraram desde 2013 quando começa a série de ataques a governos populares no país apoiados e tramados pela elite sem vergonha do mesmo alinhada ao governo dos Estados Unidos pela aproximação do Brasil com os BRICS e ascensão econômica do país também.
Bandeira original de 1817, sem a cor verde no arco-íris e com três estrelas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. O sol também é diferente, lembra o da bandeira da Argentina
. A bandeira é fruto da Revolução de 1817, originalmente com três estrelas, com uma listra branca no arco-íris (mudaram pra verde quando adotaram como bandeira estadual) e com um "sol" mais pálido, resgatada no século XX como bandeira oficial e definitiva do estado.
Quem não respeita tradição são vocês, ralé olavista-bolsonarista, quem não respeita tradição é um país criado em 1971, país artificial com engenharia moderna comprada e sistema religioso-político medieval, ditadura islâmica fundamentalista cevada no fanatismo saudita. Há uma cruz na bandeira representando a religiosidade do povo do estado também. Leiam isso antes de sair por aí relinchando ignorância, confraria de imbecis.
O que foi citado acima foi guerra de verdade e não a arruaça anti-país e imbecil que vocês praticam há anos contra o Brasil.
Ralé bolsonarista ou olavista, recolham-se à insignificância de vocês e não paguem mais esse mico, essa coisa vexatória e vergonhosa. Um sujeito no Qatar pisar na bandeira é um ato de agressão e grosseria extrema, nem recolher, recolheu pra checar a própria cretinice ou neurose com essas questões LGBT. Se é que foi isso e não ato de fanatismo religioso quando viu uma cruz na mesma.
"Ah, tem que respeitar as tradições dos outros", no dia que usar uma bandeira secular do meu estado for ofensa a alguém eu quero mais é que essa pessoa se exploda e vá pro quinto dos infernos, e não quero ser respeitoso ou simpático com aquele "país artificial" de araque do Oriente Médio nem a quem defende esse tipo de patifaria, todo mundo sabe que essa Copa só foi colocada ali cevada por propina das "Arábias" e a corrupção perene da FIFA e a política externa predatória obtusa da Europa (que tolerou isso), fora o atrito histórico FIFA x Inglaterra onde a FIFA evita colocar uma Copa naquele país pelos ataques que a mídia britânica (e até norte-americana) faz a essa entidade há muito tempo, porque a Inglaterra não teve sua vontade atendida de sediar mundial de novo desde 1966.
Essas "Copas de luxo" de gueto "gourmet" da FIFA (de classe média alta pra cima) são um evento asqueroso, onde alguns times ainda salvam alguma coisa do que havia no passado e tem ficado nisso, não existe mais o encanto do passado que projetou esses eventos apesar da população em vários países deixarem de lado essas questões e mesmo assim assistirem as partidas, mas o ato de sediar esses eventos vem se tornando penoso.
Quem ficar "irritadinho" com o tom, bate a cabeça na parede que passa, detesto "gente porcelana" que se dói com tudo mas não se incomoda quando os outros são agredidos e apenas estão no revide legítimo. Aquele paiseco não pediu desculpas e eu não tenho que ser educado com aquele entulho ou com imbecis que endossam patifaria no alto da própria estupidez orgulhosa parida por aquele palhaço de Campinas, Olavo de Carvalho e a encarnação política dele (também de Campinas-SP) chamada Bolsonaro, tampouco com lixo aqui no país passando pano e reproduzindo asneira sem parar 24 horas por dia. Vão ler algo que preste que o mal de vocês são as "parcas luzes" que sempre padeceram, falta de senso de pátria, de comunidade, de solidariedade e de visão social e humanitária com o país.
Recado pros entulhos no próprio estado, antes de relinchar com o resto da escumalha do país vão conhecer a história do próprio estado e parar de passar vergonha em público, ralé imunda, vocês são uma ferida sem cicatrização que ganhou contorno definitivo em 1932 apesar de remontar o conchavo que deixou a monarquia portuguesa no país apoiada pelas oligarquias imundas agrárias que avacalham o país até hoje. O "agro não é Pop", o "agro" (agronegócio, ruralismo) é um atraso mesmo, e não adianta tentarem pinçar exceções aqui e ali porque a maioria é horrível.
País não se desenvolve com ruralismo ("agronegócio") e sim com indústria e tecnologia, o que essa horda destruiu esses anos, com corpo mole da Odebrecht e cia, que deveriam ter revidado contra essa corja da Lava Jato.
Não sei se esse post terá muitos interessados, pois de certa forma é datado, a eleição passou e ele fala de fatos ainda relativos a ela, num cenário de conflito bélico na fronteira do país. Mas houve um aumento de acessos ao blog, mesmo sem atualização, devido às últimas eleições no país em 2018. Redundante repetir isso (acho que já comentei no post anterior), mas não consegui comentar nada referente à questão eleitoral/política, porque o país afundou tanto (num poço sem fundo, aparente), com tanta idiotice, que gerou desgosto de discutir qualquer coisa sobre isso.
E não falo de idiotice só da direita brasileira (eleitorado), quisera eu que fosse, conhecida historicamente por ser provinciana, corrupta, entreguista e submissa, sem projeto de país, mas teve estupidez pra todos os gostos, como a campanha apelativa, xucra do PT (dominado há algum tempo por sua "ala paulistocêntrica") com o slogan vazio "barbárie x civilização" falando de "fascismo"a torto e a direito (banalização) e colocando a culpa pela derrota nos outros em vez de si mesmo, em vez de assumir a fraqueza do candidato que substituiu o Lula (que jamais deveria ter aceitado apoiar o Fernando Haddad, o "menino do Insper"), no Bannon (um mercenário sem vergonha já escanteado nos EUA), em "fake news" (outro termo importado dos EUA que não significa nada, manipulação em comunicação sempre houve, a dita "grande mídia" é a principal difusora de manipulação, mas porque perdeu o monopólio de manipular notícia pra internet começou a demonizar a rede) e em discussões idiotas.
Diversionismo, em vez de se discutir o país a sério, de discutir um projeto nacional pro Brasil ficaram falando em distrações, tolices, bobagens.
O Haddad e o Bolsonaro no segundo turno representam o mesmo espectro de domínio que pariu o golpe (à direita e à esquerda, é um "revival MMDC" da elite paulista), candidatos do "paulistocentrismo" ou da elite de São Paulo (FIESP e cia), que olha pro país como algo atrelado ao umbigo dela, elite bandeirante, que em vez de forjar o desenvolvimento do país num todo, não possuem e nunca possuíram projeto nacional algum exceto o de manter a ferro e fogo o status-quo de centro do poder no país como um capataz de outras potências, no caso os EUA. Não só essa elite como seus puxadinhos país afora (é a elite hegemônica do país, a que detém a maior força e que joga o país no abismo desde a República Velha e a tentativa frustrada deles com o golpe de 1932, onde perderam o conflito pra Getúlio Vargas e se vingaram depois sabotando todo projeto de desenvolvimento nacional pro Brasil, são uma elite anti-nacional, anti-Brasil, por isso é um escárnio usarem a cor da bandeira do país em "protestos" quando significam a subjugação do Brasil perante seus mandatários do Hemisfério Norte).
*Favor não confundir o termo "paulistocentrismo", porque usa um radical toponímico, com "povo", o termo é relativo à elite de São Paulo e um projeto de domínio do país da mesma, e não se reduz somente a esta elite e sim aos grupos alinhados à mesma (vide a Rede Globo, com sede no estado do Rio de Janeiro) e seus capachos. Mas voltando ao post...
Ao pessoal que passou a ler o blog, aos que já liam e ao pessoal de fora do país (tem muita gente fora do Brasil que lê este blog, então acaba virando um ponto de informação sobre o que se passa no Brasil, já que a dita "grande mídia" do país não vai mencionar o que é descrito aqui e em poucos canais pela web), sinto informar, mas crer que Steve Bannon, por mais manipulação que tenha (tem mais fama, é um fanfarrão mercenário atrás de grana, a ideologia do Bannon é o dinheiro, quem tiver mais compra a figura dele), tenha sido responsável pela figura pífia do Fernando Haddad ter perdido eleição no segundo turno (Haddad é o "menino do Insper", pra quem não sabe o que é, já que eu costumo colocar apelidos em figuras, é hábito, o Insper é uma meca neoliberal de São Paulo onde é entupido de tucanos, o Haddad é parte da "tchurma", é o "tucaninho fofo" "vermelho").
O Haddad é e sempre foi fraco, pífio como político, perdeu a reeleição em São Paulo (capital) pra prefeito pruma figura grotesca, deprimente e deplorável chamada João Dória, porque o povo vendo dois políticos de direita preferiu votar no político legítimo da direita em vez da farsa "fofinha" "identitária" que o PT de São Paulo (onde fica a cúpula do partido, o comando que rifou o Lula) quis lançar como "grande aposta", o PT de São Paulo que foi varrido das urnas no próprio estado de São Paulo onde tinha sua maior base. Foi varrido porque endireitou, deixou de representar o povo e as causas populares, vive em estado de negação sobre a questão do Imperialismo e de defesa do país.
A conta pela negligência, da irresponsabilidade, da inconsequência acabou por chegar e uma figura grotesca (mais uma) como Bolsonaro conseguiu se eleger em cima da rejeição ao PT (principalmente nas regiões Sul-Sudeste do país) e da figura pífia do Fernando Haddad, outro equívoco do Lula, como foi o da figura de Dilma Rousseff, dois políticos fracos, que traíram o próprio Lula, principalmente a Dilma e seu "ministro de ferro", o José Eduardo Cardozo (também do PT de São Paulo e do grupo "Mensagem ao Partido", ou seria o "Desmonte do Partido"?). O grupo "Mensagem ao Partido" do PT é uma espécie de "New Labourização" do mesmo, com figuras que hoje se encontram no ostracismo e sem voto, como o derrotado político Tarso Genro no Rio Grande do Sul, o Cardozo e o próprio Haddad, a Dilma é próxima a essas figuras, do PT gaúcho, que virou "puxadinho" predileto do PT de São Paulo, as duas UDNs de macacão.
Em suma, se alguém (geralmente mais à esquerda, mas o post é informativo) quer realmente saber porque uma figura grotesca como Bolsonaro, deputado do "baixo clero", que não fez nada em 27 anos no congresso nacional a não ser protagonizar idiotices pra TV, com um séquito de idiotas do mesmo "nível", vai ter que sair do "senso comum" difundido por mídia de banqueiro (como o site 247, do Daniel Dantas) e outras "mídias fofinhas" New Left, pós-modernas, identitárias e ver a última eleição sob o prisma geopolítico, da guerra híbrida que tomou de assalto o país desde 2013 com aquelas famosas "marchas de 2013" (o "junhismo de 2013") que nos jogou no atoleiro atual.
Quando um povo vai à rua "protestar", sem entender o que se passa no mundo, costuma fazer besteira, o curioso é que por eu dizer isso na época (vai fazer 6 anos já) eu passava por "chato" por destoar do "senso comum" do país (à esquerda e à direita, a direita nem conta muito porque o que se rotula como direita no país, eleitorado, é de uma indigência intelectual e mental fora do comum, desculpando a generalização). Quem quiser dar uma lida em posts passados sobre isso, confiram aqui, e toda a sabotagem que rolou contra os eventos Copa do Mundo e Olimpíadas que culminaram no atoleiro atual, e a própria "operação Lava Jato", uma operação Cavalo de Troia, cópia da "Mani pulite" da Itália, forjada nos Estados Unidos (idealizada) pra sabotar países por dentro usando o judiciário e o mote de "combate à corrupção", só povos com profunda baixa auto-estima caem nesse "conto do vigário", parabéns aos envolvidos. E não isento o PT de culpa nessa zona toda que se abateu sobre o país, só que o povo precisa entender o que está em jogo e quem é quem nesse lamaçal sem precedentes.
Com o conflito escancarado e aberto pelo petróleo da Venezuela, protagonizado pelos Estados Unidos da América, eu acho que a posição da turma que nega a ação dos EUA sobre a América do Sul ficará cada vez mais difícil de se "manter de pé" (o negacionismo do imperialismo), porque não é só gente de direita que nega isso, tem toda uma ala "liberalizada" que se proclama de esquerda que vive negando a ação dos Estados Unidos contra os países da América Latina, e meu recado a essa gente é "chega", mas chega mesmo de mentira e negação. A postura pueril de vocês jogou o país nesse abismo, parem de agir como inconsequentes e tenham mais responsabilidade sobre o que se passa, procurem entender primeiro pra tomar posição.
Isto é um resumo, porque a gente acaba se perdendo com tanta informação acumulada, e tinha até um post que eu gostaria de fazer sobre a traição de Dilma (é isso mesmo que leram, peço às pessoas boas que defenderam o governo dela que parem de defender essa figura) contra Lula, ela e seu super-ministro, o Cardozo. Se há uma coisa que ninguém deve tolerar são traidores, se o campo popular quiser retomar algum protagonismo no país terá que se libertar dessas figuras nefastas, capitulacionistas e se distanciar desse "identitarismo" neoliberal que essa ala direitista do PT quer impor junto com o puxadinho deles no Rio de Janeiro e Porto Alegre, o partido do "Solzinho" (o PSOL), querendo copiar o Partido Democrata dos EUA num país com desigualdade monstruosa vivendo sob um golpe de estado desde 2013 praticamente, ano que começa toda essa guerra híbrida, todo esse caos sobre o país. Povo emocional demais costuma pagar caro pelos danos, sejam mais frios e usem a cabeça pra raciocinar, não pra agir de "impulso".
Antes de prosseguir com o post, embora creio que muita gente sabe do que se passa (se não sabe, passará a saber), gostaria que lessem essas matérias, ou basta ver os títulos:
Agora, revejam esta foto abaixo, de uma faixa que ficou famosa em uma das "manifestações" da extrema-direita liberal (neocon) do país pra derrubar a presidente da República, de como esta extrema-direita golpista e sem vergonha se identifica com um elemento desses, fixem bem a imagem às matérias acima:
"Somos milhões de Cunhas"
"Somos milhões de Cunhas", ou seja, eles são, em "alma", como o Eduardo Cunha, o dos 184 anos de prisão e notório chantagista que solapou o país durante o ano de 2015 inteiro (com ajuda da mídia oligopolizada e sem vergonha do país, capitaneada pela Rede Globo, e pelos neocons "liberais" que "surgiram do nada" pra "lotar ruas") e fechou com "chave de ouro" com um pedido de Impeachment contra a presidente do país no último dia 2 de dezembro (isso mesmo, em pleno mês de dezembro, do ano que "nunca acaba"): Acuado, Cunha acolhe pedido de impeachment contra Dilma Rousseff
Peço desculpas se no decorrer do post eu fugir do tema, pois seria mais fácil narrar o que se passa (seria mais fácil falar) do que detalhar em linguagem escrita, mas vai assim mesmo.
Vou colocar estes posts sobre esses acontecimentos recentes numa tag (marcador) única, pra facilitar que leiam tudo em série, pois ficará mais compreensível o que se passa vendo em perspectiva (na cronologia, ano após ano).
Os posts ficarão na tag "golpismo", que vem desde a Copa do Mundo e aquelas "marchas de junho de 2013", a Revolução Colorida que não atingiu seu intento que era a derrubada de presidente naquela ocasião, mas tirou do limbo essa extrema-direita golpista e todo tipo de oportunista político que vê nesses episódios uma forma de "se dar bem", mesmo que se ferre depois, como o Carlos Lacerda que apoiou e conspirou pelo golpe de 1964 e depois foi perseguido pela ditadura que ajudou a promover.
Alguém, com bom senso, acha que tudo isso foi um "grande caos" que emergiu do "nada"? Só se for trouxa ou ingênuo (sinto se magoar com esse tipo de afirmação). Agora está ficando bem nítido o que vem se passando desde 2013.
Deram sinal verde em Washington pra setores radicais da direita brasileira (setores golpistas, organizados, articulados) atacarem a democracia do país (sabotarem politicamente, criarem o "caos") como não faziam antes, já que não vencem eleição.
Não basta vencer, tem que debilitar a democracia do país pra tornar o país vulnerável a chantagem política de grupos organizados (setor financeiro, lobistas) com forte presença no congresso nacional, pra atacar direitos da população e a economia do país.
Por que cito Washington (capital dos Estados Unidos)?
Porque desde a segunda guerra não há qualquer movimento político dessa envergadura, visando entregar recursos do país (privatizações) e colocar governos alinhados aos EUA, sem o dedo dos Estados Unidos. Vide o Consenso de Washington e a era FHC, o ataque a Vargas já em 1954 (a ofensiva sempre se dá visando os recursos do país), que com sua morte evitou o golpe na ocasião e por aí vai.
Não só no Brasil como em quase todo o mundo. Isso não é uma "teoria da conspiração" (quisera eu que fosse). Isso é História que a maioria da população (ou uma parcela significativa) se orgulha em não saber, não conhecer. Depois ficam "boiando" com cara de trouxas sem saber do que se passa, sem saber se posicionar.
A quem quiser ver como foi tramado o golpe de 1964, que repercute negativamente até hoje na vida pública do país, assistam o documentário "O dia que durou 21 anos" que narra toda a tramoia dos EUA (Estados Unidos) armando o golpe, já com Kennedy. Confiram o link: Documentário: O Dia que Durou 21 Anos. Como e quem armou o golpe de 1964 no Brasil
Obviamente (espero), a postura das Forças Armadas hoje têm sido exemplar, de pleno respeito à Constituição, já que muita gente reclama que estão "atacando as FA", não é ataque, até porque é uma parte fundamental do Estado, só que havia uma tradição de golpes que acabavam servindo a interesses externos. Espero que uma visão mais nacional (não anacrônica e com paranoias do passado e sectarismo) sobre o país seja dominante nas FA.
Sim, estou sendo categórico: esta extrema-direita ou direita radical só está fazendo estas coisas no país porque possuem algum respaldo do governo norte-americano (respaldo externo), mesmo que este negue (as tramoias deles sobre isto só aparecerão décadas mais tardes, se não quiserem levar o Wikileaks em consideração). Nenhum grupo de extrema-direita neocon faria isso no Brasil sem aval externo, pois seriam isolados facilmente.
Até algum tempo atrás chamavam essas acusações sobre a participação dos EUA no golpe de 1964 de "paranoia da esquerda", mesmo com pilhas de indícios, hoje já não negam mais pois a verdade vem à tona, mesmo com décadas de atraso.
A quem andou "dormindo", já houve golpe em Honduras e no Paraguai (golpe branco) muito recentemente. Os golpes nunca "surgem" do nada.
Sei que tem gente que fica surtando quando alguém usa esses termos como "conspiração", "golpe", verdade etc, pois os ditos "revisionistas" (negacionistas) costumam usar o discurso (tenho que citar isso pois o blog comenta este assunto), só que o uso desses termos no caso deles (na maioria das vezes) é pra retórica fascistoide em cima de um fato da segunda guerra, assunto que não causa mais tanta repercussão com o tanto de desgraças que emergiram nos últimos anos (Estado Islâmico, crise nos EUA/Europa etc). Portanto, a quem ficar "magoadinho" com os termos, vá encher o saco de outro. A questão é coisa séria e não pretexto pra melindre de terceiros. Vamos parar de frescura que esses chiliques emocionais saturaram.
Mas voltando à questão relevante, o que se passa, se você olhar em perspectiva, começou em 2013 (não vamos entrar na década passada, pois já havia ensaios destes ataques, que só não davam resultado porque houve uma transformação do país, mudança de status) com as tais "marchas de junho" (ficaram conhecidas assim), onde o povo saiu como "manada" às ruas igual àquela cena do filme "Forest Gump" quando ele sai correndo aleatoriamente sem direção e um monte de gente segue atrás dele atrás de "alguma coisa" (ideal etc) e ele apenas estava correndo por correr.
A cena do filme ilustra bem o que houve em 2013, por parte da maioria que aderiu sem uma pauta definida a essa "manifestação" desconexa onde esses setores organizados da direita golpista (direita radical), que é parte da mídia (a Rede Globo está apoiando o golpe ao legitimar o ato do Eduardo Cunha, atitude parecida com a de 1964 quando apoiou outro golpe, e o faz diariamente), aproveitaram esse "tumulto", esse "efeito manada" da população, pra incitar uma dose de irracionalidade política (ódio, revolta sem direção) pra solapar a democracia do país, pois qualquer movimento desconexo, sem rumo, acaba de alguma forma causando danos à democracia, ainda mais quando isto passa a ter apoio de grupos poderosos do país e de fora.
Voltando à questão mais relevante (de novo), pois isto diz respeito a todos no país, se você acha que essas "brincadeiras" de Eduardo Cunha, Aécio Neves, Temer e cia não sobrará pra você, tenho uma notícia a lhe dar: vai sobrar pra todo mundo, não há espaço pra "A" ou "B" ficar em "cima do muro".
Aliás, esse estado de coisas só chegou a esse extremo porque muita gente nesse país costuma ficar em cima do muro (por comodismo ou mesmo estupidez política, achando que quem se posiciona é "idiota", quando o idiota é o covarde) deixando a corda esticar ao extremo, quando poderiam ter cortado todos esses extremistas se tivessem tido coragem de dizer "basta" a eles, se tivessem noção do que está por trás desses "movimentos do bem" pra "moralizar a política" no país, dos ditos "apartidários" (que votam em tucanos, extrema-direita, Caiados e outros).
Pra alguém que ainda não percebeu o que move a "insanidade" (entre aspas, pois este pessoal que está tumultuando, os cabeças, sabem o que estão fazendo) desse pessoal, é o famoso "mais do mesmo":
Há no Brasil setores da elite (classe dominante) que querem se alinhar aos Estados Unidos totalmente entregando o patrimônio público brasileiros (pré-Sal, Petrobras, programa nuclear do país etc) a grupos privados estrangeiros, como fizeram com a Vale do Rio Doce (não preciso citar o crime ambiental que a Vale, privatizada, causou recentemente, e que a mídia oligopolizada demorou dias pra "ver", depois de ficarem "chocados" com o terrorismo na França, síndrome de vassalo, de vira-lata, colonizado).
Pra esses setores (banqueiros, alguns empresários com um liberalismo dogmático, os que encarnam o patrimonialismo) qualquer gesto de soberania do Brasil, projeto nacional etc é visto como algo a ser combatido. Eles são fieis capachos das corporações dos EUA e do governo norte-americano, como parte dos governos de direita da América Latina (a maioria absoluta desde a redemocratização da maioria dos países e mesmo antes disso).
E como fazem isso?
Pegam algum caso de corrupção etc (estão começando a entender o que há por trás da retórica moralista?) e começam a fazer estardalhaço em torno disso com a mídia, diariamente, descendo o porrete de forma seletiva (pois partidos que são uma barreira a esse projeto neoliberal é algo a ser batido), sempre empurrando pra debaixo do tapete qualquer "aliado" (político ligado ao PSDB, que é o partido que defende esta ordem, junto com setores do PMDB e algumas legendas historicamente entreguistas) que esteja envolvido em falcatrua.
Por isso que aquela operação Lava-Jato, que deveria se tornar algo sério, emblemático (apurar tudo, não isentando qualquer culpado, de qualquer partido, e verificando desde o começo das irregularidades do grupo infrator na Petrobras, ainda no governo FHC ou antes), está condenada a se tornar um retumbante fiasco (pode provocar perda de 1% do PIB, ou traduzindo, a operação já custou mais caro que a própria corrupção supostamente investigada, resumidamente, nem pra apurar corrupção esses malas, pra não usar termo pior, fazem a coisa direito) por ser conduzida com fins eleitoreiros, políticos, politicagem ordinária.
Essa Lava-Jato começou a fazer água quando ocorreu a prisão inconsequente do Almirante da Marinha, Othon Luiz, cabeça do programa nuclear do país, com décadas de serviços prestados ao país, um assunto seríssimo de Estado, defesa nacional, pelo juiz celebridade que vive aparecendo em palestras de grupos empresariais de mídia, quando um juiz em outros países (EUA, França etc) jamais se atreveria a se intrometer desta forma em assuntos delicados como este, tanto que o caso passou pro Rio de Janeiro e saiu das mãos do juiz do Paraná. As "forças ocultas" do Estado devem ter se movimentado (nada contra, se isto ocorreu, agiram bem).
Nem se fizessem roteiro de filme ficção surrealista daria uma trama tão surreal como essa, e tão ridiculamente mal feita, pelo extremismo (radicalismo) de alguns envolvidos na coisa (mídia, juiz do Paraná etc).
Quando o ataque é seletivo demais, até o mais reticente que fica "aplaudindo" o linchamento (de início) começa a desconfiar de que há algo de podre na coisa (na condução do caso).
Aos que ficarem irritadinhos pela crítica à condução do caso no Paraná, vou ser curto e grosso: eu não acredito em "super-heróis", eu não preciso de "heróis", essa transposição popularesca (apelativa) de "heróis" de filmes pra vida real é coisa de gente estúpida. É um troço tão cretino e estúpido que chega a ser ridículo comentar, mas como gente estúpida e radical abunda neste país, então a gente é obrigado a ser curto e direto com esse comportamento messiânico e fantasioso de parte da população, comportamento causado por dificuldades em interpretar fatos, falta de firmeza no que se pensa ou "crê".
Todos esses fatos citados acima (marchas de junho, Lava-Jato, pedido de Impeachment, movimentos de ruas estimulados por TVs, locautes de caminhoneiros etc) estão interligados, ou seja, esse "caos" que essa direita tocou não foi aleatório, foi algo tramado, muito bem planejado, que deu pra visualizar muito bem após o gesto desmedido do vice-presidente da República, Michel Temer, o maçom (agora dá pra entender porque tem tanta página da maçonaria no FB apoiando golpe), articulando grupos pra apoiar o pedido de "impeachment" sem vergonha do cidadão Eduardo Cunha. A quem não assistiu (vou procurar vídeo melhor depois e coloco), esse é breve e resume bem, o ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes foi curto e direto sobre a tramoia, que é golpe de estado (crime), ou o famoso "golpe branco" (golpe institucional, com pretexto ordinário, ilegítimo, sem forças armadas):
Em suma, eu ia fazer um post melhor mas se esperasse mais não iria sair nada e não posso me omitir sobre o que se passa.
Acho que todo democrata de verdade (não os pseudo-democratas que se dizem "liberais" no Brasil, esses neocons que seguem gente como Olavo de Carvalho e cia), deve se posicionar com veemência contra esse golpismo que se arrasta desde 2013 (pra fixar uma data mais óbvia, e próxima dos fatos recentes). Não precisa gostar de governo "A" ou "B" ou com a política do mesmo, mas a democracia do país foi conseguida a duras penas e é um retrocesso abrir um precedente desses que não vai acabar num afastamento "paraguaio"** (explico a expressão abaixo também), que arrastaria o país pro buraco décadas a fio, tal qual o de 1964. Esse pessoal do "caos" não tem nada a perder, se eles tivessem consciência política (cívica) não estariam fazendo isso, fora os burros (a manada) que vai "na onda" (os famosos "bucha de canhão", que eles descartam quando conseguem o intento).
Não se iludam, esse pessoal é o mesmo que deu o golpe em 1964 (são herdeiros mentais dos golpistas de 1964 e antes, já que houve tentativa de golpe antes de 1964, que não deu certo graças a um general nacionalista e democrata, General Teixeira Lott). Comentei isso várias vezes nos outros posts sobre manifestações, o Eduardo Cunha e o Michel Temer só vestiram a carapuça que tanto negavam, pois muita gente não tomou uma posição firme achando que essa fanfarronice desse pessoal acabaria pelo cansaço (eu mesmo cheguei a achar isso) e não vai acabar sem dizer "basta" a eles. E por boa parte do país não costumar ter interesse em História do Brasil (um povo que desconhece sua própria História é alvo fácil de manipulação).
Não vou esperar que publicação A, B ou C, que nunca comentam a coisa sob perspectiva (o que chega a ser ridículo), como se o Brasil não tivesse relevância geopolítica alguma (o Brasil é membro dos BRICS, aquele bloco que a Rússia faz parte, a mesma Rússia encurralada pelos EUA na Ucrânia e que sofre boicote dos EUA na guerra civil na Síria), o que é uma atitude ridícula, cretinice.
Caso alguém que não tinha opinião formada, leia este post e os anteriores (irei organizar em série na tag que eu citei acima), sendo redundante (acabei escrevendo de novo porque já havia escrito o parágrafo), não precisa gostar de governo A ou B, apenas defender a democracia do país dessa rapinagem organizada com discurso "moralista" (que eu sempre chamo de "udenista") de que estão "preocupados com o país" e outras baboseiras do tipo.
Acho que a ficha caiu pra muita gente quando o "excelentíssimo" presidente da Câmara, Sr. E. Cunha, abriu o processo de Impeachment (golpe branco) pra tentar salvar a própria pele (primeiramente), mas o ato dele não é um ato "tresloucado" só pra salvar a pele, como faz parecer, é algo calculado e tramado por grupos mais fortes que ele, que o usaram e usam enquanto for possível, caso o povo não interrompa esse festival de insanidades, dizer um "basta" a esses grupos "liderados" por "Pokemons com fome" e esse "populacho medonho"* (explico a expressão depois ou abaixo, nas notas, até porque uso com frequência e é bom registrar, pois podem acabar gostando e depois eu não poderei alegar que eu usava isso).
A Time andou listando o "Pokemon subnutrido" como "gente influente", quando a Time começa a dar destaque a golpistas é sinal de que há fumaça nos EUA, a Time andou até dando destaque a Marine Le Pen (suavizando a imagem dela, extrema-direita, não vou discuti-la aqui). A Time é aquela publicação que, se eu não estiver enganado, é parte daquele grupo Time-Life que deu dinheiro pra Globo em 1964, caso Time-Life, a DW, publicação alemã, também adora dar eco a esses golpistas, nunca os chama pelo nome ou o termo "extrema-direita", na Europa sabem usar o termo, mas no Brasil é como se não houvesse "extremos políticos", caso sui generis no mundo.
Era pro país estar pensando nas festas de fim de ano, mas graças ao "murismo" (ficar em cima do muro) dos bons, que tinham alguma noção de que há algo de estranho nessa narrativa da grande mídia, vamos ter que enfrentar o problema. Comigo não há meio termo pra golpista. Caso alguém que leia se identifique politicamente com os grupos golpistas, não espere de mim cordialidade, considero vocês inimigos e como tal irei tratá-los.
Notas:
*populacho medonho: a elite usa o termo "populacho" (ralé, gentinha, Zé Povinho, escória etc) como pejorativo pra povo, "populares". Como essa claque de ódio é muito ordinária, apesar de se "acharem" o "último bastião moral do país", é um verdadeiro populachomedonho. Os termos "populacho" e "medonho" se encontram nos links (dicionário), rs. Nada mais justo chamar a suposta "elite" pelo que eles adoram chamar os outros, mesmo porque eles são medonhos mesmo (abomináveis).
**paraguaio: isso é gíria, não é relativo ao nacional (a quem nasce no Paraguai, apesar do nome). Ficarei devendo o termo no dicionário. Mas pra quem não conhece (já que muita gente de fora lê o blog e não conhece certos termos do país), o Paraguai é conhecido por vender muito contrabando, produto falsificado, então costuma-se usar o termo "paraguaio" pra designar algo chinfrim, de quinta categoria (relativo à muamba, produto falsificado). Há também outra origem pro termo que é a do "Cavalo Paraguaio". Apesar de alegarem que é um termo discriminatório ao Paraguai (que o termo estaria associado ao povo etc), o termo é mais usado por conta do aspecto da "muamba" (contrabando, mercadoria falsificada), mas devido à questão da Guerra do Paraguai, acabam enviesando o termo, que é comum nas ruas mesmo com o rótulo de "pejorativo" etc.
Prefiro deixar anotado (quando é possível) o uso de certos termos do que alguma pessoa mal intencionada atribua significados aos mesmos pra fins 'marotos'.
P.S. texto sujeito a correções (faltam vários links, serão colocados depois).
Seus olhares se cruzavam no plasma em câmara lenta, num plano eterno digno de um Western de Sergio Leone. Casillas frente a Buffon. Sós ante o perigo, com um muro de silêncio entre eles inquebrantável ao gritaria das arquibancadas. Nas casas, o respeitável se benzia e pensava, "outra vez nas quartas não, por deus. Outra vez não" e segurava a respiração a cada lançamento.
Árbitros fazendo a saudação fascista no Mundial de 1934
Aquelas paradas de Santo, de De Rossi e Di Natale, e aquele último penal de Cesc, acabaram por desmontar um velho mito: o da maldição das quartas, que nos condenava, verão após verão, ao frango da derrota e à depressão nacional. Desde então, e até pouco tempo, só vitória.
O velho tópico de que a história são ciclos, o mesmo que se atrevem a dizer os entendidos em economia, cumpre-se neste caso. Igual a maldição que se rompia num Espanha-Itália, este havia tido uma partida similar, só que em 1934 e em circunstâncias políticas muito diferentes.
Dizem que Benito Mussolini só havia assistido a uma partida de futebol em toda sua vida, mas isto não lhe impediu de se aperceber das possibilidades políticas e propagandísticas que o jogo da bola podia lhe proporcionar. O fascismo, desde suas origens, exaltava dentro de seus valores supremos a juventude (o hino fascista italiano, Giovenezza, era todo um exemplo disto), a ação, a força e a mesma violência. Não é de estranhar, portanto, que todos os regimes fascistas potenciaram a prática desportiva como forma de educar os jovens com visando um cumprimento melhor dos deveres para com a pátria, e como fórmula para forjar o caráter e a disciplina que, supunha-se, devia ter um "bom" fascista.
Logo o esporte, que começava a se converter num entretenimento de massas, obteve para os fascistas uma nova dimensão: igual ao cinema e outros espetáculos da moda, podia ser usado como suporte propagandístico. O doutrinamento era fundamental num regime totalitário e eles sabiam perfeitamente como chegar ao povo. Bem conhecido é o caso das Olimpíadas de Berlim, em 1936, que Hitler desenhou como a apoteose da "modernidade" hitlerista, ainda que um afro-americano, Jesse Owens, acabasse por lhe roubar o protagonismo ao se alçar pela primeira vez na história com quatro medalhas de ouro no atletismo. Mais desconhecido para o público é o uso que o fascismo italiano e o nazismo tentaram fazer do futebol: durante este artigo tentaremos recolher vários exemplos do ocorrido em torno dos encontros dos mundiais de 1934 e 1938.
A batalha futebolística do "fáscio"
Mussolini se empenhou em celebrar na Itália o segundo mundial da história, depois de não conseguir para seu país o que fora celebrado no Uruguai em 1930 e que acabaria com a vitória da própria anfitriã. Para ele, não duvidou em pressionar a Suécia, a outra candidata a albergar a competição, que acabou por ceder às pressões do gabinete do Duce: uma vez conseguida a celebração do acontecimento em terras transalpinas, só restava assegurar o sucesso da azzurra. Mussolini se dirigia a Giorgio Vaccaro, presidente da Federação Italiana de Futebol e membro do Comitê Olímpico Italiano, da seguinte maneira:
—Não sei como fará, mas a Itália deve ganhar este campeonato.
—Faremos todo o possível...
—Não me compreendeu bem, general... a Itália deve ganhar este Mundial. É uma ordem.
A vitória italiana de 1934 começaria a ser gestada desde o mesmo mundial de 1930. Depois da vitória uruguaia, diversos emissários italianos convenceriam ao argentino Luis Monti para que se filiasse pela Juventus de Turim, depois de lhe oferecer 5.000 dólares mensais de soldo, uma casa e um carro. Toda uma fortuna que o argentino não pode rechaçar. A intenção da filiação era de poder nacionalizá-lo alguns anos depois, como fariam com outros futebolistas antes do mundial. Com Monti, somariam-se seus compatriotas Atilio Demaría, Enrique Guaita e Raimundo Orsi, assim como o brasileiro Guarisi, que reforçariam a seleção azzurra. Ante as críticas recebidas por "filiar" estrangeiros, nacionalizados convenientemente pelo governo fascista, o selecionador, Vittorio Pozzo, sentenciou: "Se podem morrer pela Itália, podem jogar pela Itália".
O treinador italiano Vittorio Pozzo observa uma partida. Foto: FIFA.com
Pela primeira vez a competição se desenvolveria com um formato de eliminatórias em partida única, com prorrogação de 30 minutos e repetição do encontro em caso de continuar o empate depois da prorrogação. No mundial da Itália se reuniram 16 equipes, depois de uma fase prévia de classificação desenvolvida em diferentes regiões. Inglaterra, como já ocorrera durante o mundial do Uruguai, negou-se a participar por não ter concedido a organização do campeonato.
A Itália chegou com cartazes anunciando o campeonato, no que se representavam jovens atletas saudando com o braço alto. As partidas se iniciavam ao grito de "Itália, Duce", depois do qual, e depois de fazer a saudação fascista desde o centro do campo, os azzurri saíam disparados pela vitória. Desde o palco, Mussolini, acompanhado por hierarcas do regime e cercado por milhares de camisas negras, a milícia do partido fascista, seguia com interesse as evoluções do combinado nacional. Não podiam falar. O que para eles constituía uma pressão atroz, convertia-se em medo para seus adversários. A grande vitória fascista estava em marcha.
Na partida de estreia das quartas de final as seleções da Espanha e Itália se enfrentavam no estádio Giuseppe Berta de Florença, ante uns 43.000 espectadores desejosos de ver uma vitória italiana no encontro que acabaria por se parecer mais a uma batalha que a uma partida de futebol. Até sete espanhóis caíram lesionados numa eliminatória na qual consigna dos italianos, que levaram o jogo além dos limites do regulamento, respondia ao lema fascista: "Vencer ou morrer".
A Espanha, superior em técnica e classe à Azzurra, chegava à investida liderada pelo melhor porteiro da história até o momento, Ricardo Zamora, "o Divino" e pelo goleador Lángara, no ataque. A esquadra espanhola acabava de vencer o Brasil com um resultado de três gols a um. Durante esta partida, Zamora se converteria no primeiro goleiro a pegar uma penalidade máxima na história dos mundiais, depois de pegar um pênalti da estrela carioca, Leônidas.
Foto da seleção espanhola em 1934 com Zamora segurando a bola
"Foi um encontro espetacular, dramático e jogado com uma intensidade muitas poucas vezes vista", assim resumiria Jules Rimet, o francês inventor do negócio dos mundiais, uma partida que passaria para a história do cálcio como "A batalha de Florença".
Passou à frente do placar a Espanha com um tento de Regueiro, no minuto 31, mas ao filo do descanso os italianos conseguiram empatar com uma jogada digna do pior pátio de recreio: Ferrari arremataria ao fundo das redes um chute, não muito perigoso, enquanto Schiavio agarrava Zamora para que não pudesse bloquear o esférico. O colegiado Louis Baert, de origem belga, não quis ver a clara violação do regulamento.
A segunda parte começaria com todo um massacre nas fileiras espanholas, provocado pela violência inusitada da esquadra italiana: Zamora, Ciriaco, Lafuente, Iraragorri, Gorostiza e Lángara acabariam o encontro, depois da pertinente prorrogação, com diferentes lesões que lhes impediria de jogar a partida de desempate do dia seguinte. A pior parte ocorreria com a estrela espanhola, Ricardo Zamora, que sairia da cidade italiana com duas costelas rotas depois de uma trombada com um jogador italiano, que nem sequer fora marcada como falta pelo árbitro belga.
Imagem do gol italiano
Durante a partida de desempate os italianos seguiram a mesma estratégia: a violência como forma de parar o jogo espanhol. Desta vez foram Bosh, Chacho, Regueiro e Quincoces os lesionados ante a passividade arbitral. A injustiça chegou a seu ponto máximo quando o árbitro, desta vez o suíço René Mercet, anulou gols legais de Regueiro e Quincoces, por inexistentes fueras de jogo, enquanto validava em definitivo o tento do mítico Giuseppe Meazza, o mesmo que hoje dá nome ao estádio do Milan, apesar de que o italiano Demaría estava obstaculizando a Nogués, porteiro que substituía o lesionado Zamora.
A atuação arbitral foi tão comentada que Mercet, quando regressou a seu país, foi expulso por toda a vida da arbitragem, tanto pela FIFA como pela federação de seu país.
Em semifinais a arbitragem voltou a ser igualmente "discutida". Os italianos conseguiram com a vitória frente ao "Wunderteam" austríaco. O time maravilha, como era conhecida a excelente seleção liderada por Matthias Sindelar, nada pode fazer frente ao gol impedido que o juiz deu como válido.
A equipe austríaca, que havia extasiado meia Europa com seu jogo, voltava a seu país sem saber que Hitler se cruzaria em breve por seu caminho, rompendo a trajetória desportiva daquela legendária seleção. Mas isso contaremos mais adiante.
Em dez de junho de 1934 se celebrava em Roma a grande final do campeonato, enfrentando-se as seleções da Itália e Checoslováquia, outra seleção das que, em teoria, tinham certa superioridade sobre os transalpinos. Para a final se designou o mesmo árbitro que havia apitado as semifinais frente a Áustria, o sueco Ivan Eklind.
A seleção checoslovaca se apresentava no campeonato com uma esquadra cheia de talento, com futebolistas de grande estatura em suas fileiras como Nejedly, Planicka, "o Zamora do Leste" ou Svoboda. A Itália de Vittorio Pozzo, o inventor do sistema do catenaccio, dispôs de um sistema de jogo com posição piramidal, um 5-3-2 que os italianos denominaram "O Método".
Logo os checos mostrarem sua vontade de não ser simples convidados para a festa latina, o que fez com que se instalasse o nervosismo no palco quando, ao chegar o descanso, o marcador mostrava um empate zerado. Diz a lenda que, quando Pozzo arengava com seus pupilos no vestiário, apresentou-se um enviado do Duce com a seguinte mensagem: "Senhor Pozzo, você é o único responsável do sucesso, mas que Deus o ajude se chega a fracassar". Como contestação, 'Il vecchio maestro' se dirigiu aos jogadores com estas palavras: "Não me importa como, mas hoje devem ganhar ou destruir o adversário. Se perdemos, todos ficaremos muito mal".
No minuto 70 os checos abriram o marcador graças a um grande tento de Vladimir Puc. Três minutos depois, Svoboda acertaria a bola no travessão que pode mudar o curso da história mas Pozzo, velho zorro, fez algumas mudanças táticas que modificariam o destino do encontro. A nove minutos do final, Orsi, com um forte chute, empatou. Durante a prorrogação, Shiavio, com passe de Guaita, bateria o goleiro checoslovaco, Planicka, dando o triunfo à Itália.
A grande vitória fascista fora alcançada. Mussolini organizaria uma cerimônia para comemorar a gesta no dia seguinte, ao que os jogadores acudiram com o uniforme da partida. O Duce já tinha a vitória que aguardava com ânsia desde 1930, a vitória que permitiria exaltar, ainda mais, ante o mundo, e ante os próprios italianos sobretudo, o caráter heroico e guerreiro da "raça latina".
Depois a gesta, as benesses que o fascismo havia prometido aos jogadores se converterem, em alguns casos, em fel. Luis Monti relataria, muitos anos depois, como tudo mudou depois do mundial. Especialmente relevante foi o caso de Guaita, um dos estrangeiros filiados e nacionalizados pelo governo de Mussolini que, depois dos mimos e do sucesso, acabou sendo exilado.
Enrique Guaita jogava no Roma, mas o time favorito do fascismo era outro. A cidade de Roma se divide, ainda hoje, entre os seguidores do Roma, majoritariamente de esquerdas e do Lázio, de direitas, pelo que era lógico que a equipe escolhida pelos fascistas para encarnar seus valores fosse este último.
Vê-se que alguma mente privilegiada do fascismo, lê-se a ironia, teve uma grande ideia para desativar o Roma e que a Lazio tivesse mais fácil o caminho no campeonato. O plano era simples: mandar boa parte da equipe romana para o front, concretamente para a Abissínia, uma louca aventura imperialista com a qual o Duce pretendia reverdecer os louros do Império Romano mas que, ao contrário do que eles supunham, não estava resultando num caminho de rosas. A reação de Guiata, que queria conservar sua vida acima de tudo, foi a de fugir para a França junto com outros companheiros. Posteriormente, continuou sua carreira futebolística em seu país de origem, a Argentina.
O homem de papel que desafiou o Führer
Em 1938, o mundial seria celebrado na França, graças ao empurrão do mesmíssimo Jules Rimet. A situação política evidenciava um caminho inevitável para uma nova conflagração mundial, que em boa parte parte estava ocorrendo na Espanha seu mais imediato precedente. Por esse motivo, a seleção espanhola não pode participar do campeonato, que se viu salpicado em cada partida pelas rivalidades políticas.
Outro país que dispunha, igual com a Espanha, de um grande seleção e que não pode participar do mundial por questões políticas foi a Áustria, que havia renunciado participar estando classificada. A história do "Wunderteam" correria tragicamente paralela a de sua pequena nação.
Em 12 de março de 1938, a Alemanha de Hitler anexaria a Áustria, convertendo-a pela força em mais uma província alemã. Aquela mostra imperialista, que passaria para a história com o nome de "Anschluss", significava também a desaparição da equipe austríaca, igualmente que já havia ocorrido com todos os símbolos da independência desse país.
Matthias Sindelar durante um lance de jogo
A anexação supôs o princípio do fim da maior estrela da história do futebol austríaco, Matthias Sindelar, conhecido como "O homem de papel", pela delicadeza de seus movimentos no terreno de jogo. Sindelar gozava de uma grande fama, dentro e fora de seu país, e era o líder, tanto de sua seleção como do Áustria de Viena. Mas os nazis cruzaram seu caminho.
Restavam apenas uns poucos meses para a celebração do Mundial de 1938, quando o governo alemão pensou que, uma vez que a Áustria formava já parte da Alemanha, os melhores jogadores desse país poderiam reforçar a esquadra teutônica. O "Wunderteam", que só havia perdido quatro das últimas 50 partidas jogadas, tinha suas horas contadas. Até oito jogadores da equipe passariam a defender a camisa alemã, mas antes disso os nazis idealizaram uma parte de despedida que, por sua vez, devia se converter na grande festa da raça ariana. Evidentemente, contava com a vitória alemã.
Contudo, os de Sindelar, que em princípio jogaram aterrorizados pelo medo, decidiram não perder o único que lhes restava: o orgulho. "O homem de papel" começou a fazer das suas. Os austríacos acabariam ridicularizando com seu jogo os alemães e a partida acabariam num dois a zero para o "Wunderteam".
O momento máximo do encontro chegaria depois de um dos gols da partida, marcado pelo próprio Mathias Sindelar. Depois do tento, correria para celebrá-lo frente ao palco das autoridades, repleto de mandachuvas do partido nazi e presidido pelo próprio Führer, realizando uma dança/malabarismo que, naqueles tempos, à parte de ser algo totalmente inusual, foi tomado como uma tremenda falta de respeito e todo um desafio ao poder nazi. O atacante ficaria sentenciado por toda a vida.
Depois da partida, Sindelar se negaria a formar parte da seleção nazi no Mundial da França, para isto aludiria falsas lesões e, inclusive, chegaria a anunciar sua retirada do esporte. Desde então se converteria num indesejável para o nazismo, que não lhe permitiria nem jogar o futebol em seu país nem, muito menos, cruzar as fronteiras para competir fora.
Em 22 de janeiro de 1939 os bombeiros de Viena encontrariam seu corpo em sua casa, junto com o de sua parceira. Haviam aberto o condutor de gás para liquidar suas vidas. Ninguém sabe o que se passou ao certo, pois o caso acabou oculto. Muitos apontam a Gestapo, outros a depressão que lhe causou em não poder voltar a jogar futebol. o caso é que o totalitarismo encerrou a carreira a um dos melhores futebolistas de sua época.
Vencer ou morrer em camisa negra
Mas apesar de reforçar a seleção com os melhores jogadores da Áustria, a equipe alemã, que tantas esperanças havia dado a Hitler, não pode suceder na glória futebolística à outra potência fascista, a Itália, que seguiria reinando até depois da Segunda Guerra Mundial.
O Mundial de 1938 poderia ter sido uma oportunidade de confraternização na Europa do pré-guerra, mas foi só uma mostra a mais do frio e temível ambiente que se vivia nos países europeus durante aquele tempo: todo mundo sabia que, mais cedo ou mais tarde, a guerra acabaria por ser, outra vez, uma terrível realidade.
Assim, Mussolini, disposto a voltar a utilizar o futebol para sua política propagandística, decidiu comandar sua seleção pessoalmente. Para isto, organizou um ato no Palazzo de Venezia, no que os jogadores acudiram com o uniforme fascista, e que culminou com a vitória com um discurso ante o multidão desde a sacada.
Durante a partida de oitavas de final, contra a Noruega, os italianos realizaram a saudação fascista, também conhecida como romano, antes de começar o encontro, desatando a ira do público francês e ganhando sua animosidade para o resto do campeonato. Mas a grande contenda política teve lugar poucos dias depois, no encontro de quartas de final entre os italianos e os anfitriões do torneio, os franceses.
Mussolini não havia deixado nada ao azar assim que, para o dia no qual tinham que enfrentar seus odiados adversários, os italianos apareceriam com uns uniformes negros, em homenagem aos "camisas negras", a força paramilitar do partido fascista. O desafio, ante 61.000 espectadores franceses, e algum ou outro exilado italiano, foi total. Enfrentavam-se duas formas de ver o mundo, a fascista italiana e a República democrática francesa, num clima asfixiante que não tardaria em explodir. Quando os italianos chegaram ao centro do campo realizaram a saudação fascista, obtendo como resposta uma sonora vaia que não cessaria durante toda a partida. Apesar da pressão do público, a Itália voltaria a conseguir a vitória com um resultado de três a um.
A seleção italiana, de negro, saúda de braço erguido
Depois de vencer os brasileiros em uma das semifinais, enfrentariam na grande final a Hungria, a qual venceriam por quatro a dois, com gols duplos de Piola e Colaussi, no estádio de Colombes de Paris. Os italianos voltariam a jogar a partida com as camisas negras, símbolo de guerra do fáscio. Antes da partida, Vittorio Pozzo recebeu um telegrama pessoal por parte do Duce que rezava assim: "Vincere o morir", vencer ou morrer.
Depois de duas vitórias consecutivas na Copa do Mundo da FIFA, a Itália de Pozzo entraria para a história do futebol como uma das melhores seleções nacionais de todos os tempos. A Segunda Guerra Mundial acabaria com o reinado desta equipe, e com os mundiais durante 12 anos privando a uma grande geração de futebolistas a seguir desfrutando o que mais amavam, o futebol, e iniciando uma nova etapa na história deste esporte que, também veria como outros regimes de diversas índoles tratariam de usar a bola para seus interesses políticos. E assim, até o dia de hoje...
A seleção italiana celebra o Mundial sobre o terreno do jogo. Foto: FIFA.com
Infelizmente não foi possível fazer o post logo depois do jogo, mas são episódios, novamente, que não dá pra deixar passarem batidos.
Eu não gosto de citar esta revista Carta Capital pois inclusive já critiquei pesado (e critico) matérias sensacionalistas dela (e com interpretações equivocadas) sobre fascismo, extrema-direita e neonazismo, mas esta matéria deve ser lida. Pra entender o que se passou, leia sobre o caso Aranha. O Grêmio (clube gaúcho) foi punido com a desclassificação da Copa do Brasil (não teve direito ao jogo de volta) pelo caso de racismo contra o goleiro do Santos.
Seguiu-se depois do episódio, uma tentativa cretina da mídia (ou de parte dela) de, ao invés de relatar com precisão o que ocorria e condenar os fatos (racismo) sem histeria, a mídia criou sensacionalismo barato sobre o episódio e pior, tentou forçar que o goleiro fosse falar com a torcedora flagrada xingando-o de "macaco" (não foi a única, só teve o "azar", entre aspas, de ser ela flagrada e não todos os envolvidos) tentando novamente atenuar as agressões e botar panos quentes na questão do racismo no Brasil.
Pois bem, segue a matéria da CC (eu uso essa abreviação pra citar a revista que mencionei acima) que relata o que se passou no jogo Grêmio 0x0 Santos no estádio do Grêmio, agora pelo campeonato brasileiro (outra competição) depois do episódio.
A cena final da saída do Aranha pro vestiário é grotesca. Não dá pra entender o que se passa na cabeça dessas pessoas (os repórteres que começam a indagá-lo e fazer de conta que não houve problema algum durante mais esse jogo), com perguntas cínicas e ainda com direito a riso amarelo de uma repórter no final (está tudo gravado no vídeo). O link da revista: Vaias a Aranha são a vitória do racismo na Arena do Grêmio
Aqui o vídeo direto caso alguém não queira clicar no link acima:
O goleiro foi ironicamente agredido neste jogo com expressões (relatadas por quem cobriu o jogo) como "branquelo", etc, já que com medo, os racistinhas não usaram o termo "macaco". E mais uma vez, não generalizando que todo torcedor do Grêmio é racista pois isto pode acontecer em outros clubes, mas boa parte da torcida apoio o ato anterior, pois cabia a mesma refletir e se comportar de outra forma no estádio, mas a minoria que repudia isto acaba pagando junto do bando de canalhas covardes que só se manifestam em bando, como manada.
Vale a pena clicar no link da matéria pois tem todos os links do que transcorreu na semana do jogo, com declarações de gente que perdeu oportunidade de ficar calado e o pior de tudo, depois do pífio 7x1 sofrido pra Alemanha na Copa do Mundo, dentro do Brasil, o resultado mais humilhante e vexatório em 100 anos de história da seleção brasileira de futebol, o Sr. Felipe Scolari volta à cena com mais pérolas de quem já deveria ter deixado o futebol depois dessa derrota humilhante.
Humilhante em todos os sentidos, posso errar ao citar isto pois estou citando de memória, mas o Brasil nunca perdeu um jogo por mais de 2 gols dentro do Brasil, o pior resultado do Brasil em Copas até este ano foram os 3x0 pra França na final da Copa de 1998 com o Ronaldo grogue em campo, isso em 100 anos de história, e o cidadão (junto com outro ex-técnico em atividade, Parreira, vulgo Pé de Uva, que também foi responsável por essa lambança na Copa) me toma de 7x1, com um time mal treinado, mal convocado e sem fazer nada pra impedir o massacre no jogo, mandando jogador endurecer pra parar o jogo rival etc.
Aí chega a imprensa trololó desse país e começa o choro histérico com complexo de vira-lata chamando o time alemão de super time, o mesmo que só havia ganho de 2x1 da Argélia no sufoco na prorrogação e 1x0 pros Estados Unidos. Façam-me o favor. Com todo respeito ao time alemão que não tem nada a ver com isso e foi o time/seleção mais coeso da Copa, mereceu ganhar apesar de que um 7x1 daquele jeito sempre deixa em dúvida se é um time fora de série ou se o resultado foi uma aberração (a goleada, e eu acho que foi mesmo), mas ele foi lá e cravou os gols contra a selepífia do Felipão, como todo time profissional e sério faz, eles não têm nada a ver com essa postura ridícula dessa velharia que ainda dirige time de futebol no país por conta de cartolas (dirigentes de clube) obtusos, que se submetem aos desatinos da CBF e da Rede Globo.
O mais engraçado desses 7x1 é que teve gente na Espanha e em outros países se "doendo" mais que os brasileiros. Acusavam sempre o país de sofrer pelo futebol, "país do futebol" e bla bla bla, mas o povo soube encarar o fato à altura, calando a claque. Perde-se e ganha em jogo, ninguém morre (em condições normais). Mas foi engraçado ver, por exemplo, jornal da Espanha todo "doído" com essa derrota como se isto fosse afetar a moral de um povo por eles não conhecerem o outro lado do Brasil, de que nem todo brasileiro tem complexo de vira-lata e não se rebaixa diante de uma derrota em esporte (que vale frisar novamente, é parte do jogo, por mais que a gente não queira perder). Como se o torcedor não tivesse direito de chorar por uma derrota humilhante, até isso quiseram nos tirar o direito.
Faltou dignidade e hombridade principalmente à imprensa espanhola, grosseira desde o princípio como já frisei aqui, com o Brasil e com a seleção brasileira. Quiseram comparar a seleção nacional deles (com todo respeito) à seleção brasileira, o que é uma piada. "Ah, mas no momento atual", caramba, história de seleções se faz com o todo e não só com o momento, quem tem mais títulos e finais é o Brasil em relação à Espanha e dezenas de países, fora que tomaram de 5x1 da Holanda e saíram logo na primeira fase. Querer ignorar um histórico pra agredir é atestado de cretinice e de falha de caráter. Sem querer ser chato mas já sendo, vão ter que ganhar muita Copa e comer muito feijão pra chegar perto, mas muito mesmo, quem sabe daqui a 100 anos se o Brasil não ganhar mais título algum. Só estou comentando isso pra ter uma ideia do disparate da comparação que só encontra coro com os vira-latas estúpidos no Brasil. Nem no "top 2" (das seleções com dois títulos, Uruguai, Argentina, destacando que a Argentina é um Uruguai com cinco finais, rsrsrsrs) vocês chegaram ainda pra pensar no "top 4" (das seleções com 4 títulos ou mais, sem falar em finais).
Desculpando o desabafo acima sobre o mundial (tava preso desde a Copa, eu realmente adquiri repulsa a essa comissão técnica do Brasil da Copa de 2014, deveriam ter abandonado o futebol depois desse resultado ridículo e humilhante), mas voltando ao assunto, o Felipe Scolari (Felipão) ainda solta uma dessas contra o Aranha jogando a torcida do Grêmio contra o cara: Felipão: "Vê se eles vão cair na esparrela do Aranha"
Tradução de um dos títulos acima "Se você pensou que Mourinho (técnico português) era louco... espere até conhecer "Big Phil" (Big Phil obviamente é "Felipão", na Inglaterra chamavam ele por esse apelido, tradução parcial do apelido dele em português).
É surreal, bizarro a que ponto o futebol desse país chegou, não me refiro só ao nível técnico e ao comportamento de papagaio vociferado principalmente pela mídia pra imitar o futebol feio de outros países ignorando a tradição do futebol brasileiro que foi penta campeão por seus méritos e estilo próprio.
Antes de finalizar o post, reafirmo que apoio integralmente o goleiro do Santos sobre a questão.
Como eu disse no outro post, pode-se questionar se foi ou não a melhor ação a ser tomada, mas lembrando, cada pessoa sente e reage de uma forma, não existe um padrão fixo pra reagir a agressões, quem agride que aguente o troco, mas nunca, jamais se deve rechaçar o direito do goleiro de se manifestar e reagir às agressões, como ele acha que é o certo, como alguns panacas andaram fazendo ou querendo que ele ande de cabeça baixa.
Fiquei felizmente surpreso e impressionado com a personalidade e conscientização do Aranha com a questão do racismo, ele não sucumbiu à pressão sem vergonha da mídia em instante algum e deixou esses panacas desorientados. Quando falo de pressão sem vergonha, é que levaram até a torcedora agressora do caso pra programa de futilidades de uma emissora de TV (infelizmente ainda a maior do país, mas sem o poder de décadas atrás) pra fazer firula. O racismo velado (que a gente chama de "cordial") no Brasil ficou escancarado mais uma vez, só que dessa vez com revide à altura.
Como eu disse, eu não sei se eu reagiria dessa forma em relação a preconceito (falta o post sobre a questão regional) pois eu costumo revidar agressões com ironia, mostrando que o agressor é um imbecil pra fazê-lo se sentir mal, mas não é todo mundo que suporta certos tipos de pressão e, por mais que a gente esteja calejado com isso, qualquer pessoa pode estourar. Mas não dá pra negar que a reação firme e briosa do Aranha já é sim um marco histórico contra o racismo, no futebol e no país.
E antes que chegue algum idiota (pois esse é o termo correto pra chamar quem vem falar besteira) vindo com o papo de "o Brasil só fala em futebol e bla bla bla", alguns pontos:
1. O futebol é o esporte mais visto e acompanhado em todo mundo, não é só o Brasil que fala em futebol ou o leva a sério, é uma atividade econômica hoje de peso, só gente muito estúpida querendo posar de "esperto" nega isso e repete mantras de 'radicaizinhos' idiotas com aquela ideia de "futebol ópio da massa". E não é só gente radical de esquerda (sofrendo de esquerdismo) que diz isso, tava cheio de radicalzinho de direita repetindo as mesmas idiotices da dita "esquerda radical" durante e após a Copa do Mundo.
2. O futebol, como a música e outras manifestações culturais/artísticas, é um componente de destaque de um povo, países investiam e investem pesado em atletas em Olimpíadas pra projetar uma imagem de supremacia pro mundo, como o basquete é pros Estados Unidos etc. Então não irei me privar do futebol, e nem ninguém deve, porque um bando de imbecis neste país passaram a malhar tudo no país por questões partidárias mal dissimuladas ou mesmo burrice mal camuflada.
3. Ninguém é forçado a gostar ou assistir futebol, mas quem não gosta tem sim que respeitar quem gosta se querem que os demais respeitem quem gosta de outra coisa, e parar com esses clichês ordinário, de gente estúpida, de que "isso só acontece no Brasil" bla bla bla, o Real Madrid e o Barcelona são espanhóis (esse último até quando eu não sei, rsrsrs) e são máquinas de fazer dinheiro (divisas) pra Espanha. A esse pessoal chato, parem de falar bobagens por não acompanhar o esporte.
4. A imprensa desportiva brasileira junto com a imprensa normal (salvo exceções) é um esgoto a céu aberto. Muito ruim, péssima, só se salvam poucas coisas como a cobertura do vôlei e em alguns casos a cobertura de automobilismo. O que tem de mané comentando futebol é uma festa (de desgraça), é um circo de horrores, fora o horário dos jogos alterado por charminho do Império televisivo de certa emissora do país que contribuiu (pela cobertura ridícula e invasiva que fazem) pro desmantelo da seleção brasileira na Copa (não só nessa como em várias outras). Tá na hora disso acabar.
Deixo aqui meu total apoio ao técnico Dunga. Não sei se ele dará jeito a esta zona que é a CBF e o que se tornou a seleção brasileira, porque se não ganhar título em mundial o técnico de seleção é queimado, mas como desportista e pessoa que tem apego e respeito à camisa da seleção, ele é 100% ao contrário de muito jornalista babaca da mídia brasileira que só fala bobagem sobre o esporte e não conhece nada da história do mesmo. Agora vão à TV criticar o povo, pois é só isso que restou a vocês já que estão isolados depois dessa sequência de palhaçadas.
Como comentei antes, eu iria comentar a série de absurdos que saiu durante a Copa cometidos pela imprensa estrangeira principalmente, só que com esse evento da ofensiva/massacre em Gaza (que já vai em mais de mil mortos, pra ser mais preciso, 1139 mortos e subindo), não havia/há clima pra discutir a questão de uma forma melhor.
Eu prometi que iria condenar os ataques de um jornal espanhol (embora eu tenha visto matérias hostis em outros jornais da Espanha), mas infelizmente não deu pra fazer o post na Copa.
Falar em imprensa estrangeira é ser genérico, houve pontos positivos da imprensa estrangeira com destaque pra imprensa francesa cobrindo a Copa (a França sempre teve uma boa ligação política e cultural com o Brasil e demonstrou isso mais uma vez no mundial, cobertura honesta, sem excesso) e mesmo da imprensa norte-americana. A imprensa britânica foi bipolar, foi um morde e assopra constante com sua briga particular com a FIFA e certo espírito de porco atacando o evento pra outros fins (até as Olimpíadas) sem respeitar a escolha do país, mas segurou a "onda" no decorrer do mundial quando a "catástrofe" anunciada não ocorreu. A DW alemã também foi um destaque negativo com matérias tendenciosas ao extremo (e já vem fazendo isso há algum tempo). Mas houve uma imprensa que despontou negativamente pra valer nessa questão a ponto de ser destacada aqui: a imprensa espanhola. Com destaque principal pro jornal El País, disparado o que mais atacou de forma irresponsável, sensacionalista e distorcida o país antes, durante e após a Copa, o que provoca reações inamistosas de brasileiros com a Espanha.
Eu não sou muito de voltar atrás com elogio, até porque não dá pra mudar de opinião conforme a dança, mas já cheguei a elogiar a parte de segunda guerra que sai nesse jornal na versão espanhola, mas isso não me impedirá de criticar pesadamente o viés anti-Brasil, eleitoreiro e até xenófobo desse jornal, que pertence ao grupo Prisa (Espanha).
Por que eu disse eleitoreiro? Porque o grupo deste jornal é próximo politicamente a um certo partido brasileiro de cor azul, oriundo de São Paulo (estado), e de multinacionais espanholas (exemplo1, exemplo2) no Brasil, e dá pra notar que há um ataque direcionado visando as eleições no Brasil este ano, um claro gesto de intromissão externa indevida onde não são chamados. Analisar os países é uma coisa, sugerir e insinuar pro povo via matérias, que são editoriais disfarçados, é intromissão indevida. Mas isso só ocorre porque uma parte da sociedade brasileira permite o comportamento cretino de órgãos de imprensa interna e externa, com seu famoso complexo de vira-latas, falta se senso de nação e uma postura que beira a estupidez. Só que há outra parte da sociedade do país, que é maioria (e deveriam demonstrar o repúdio a esse tipo de postura cada vez e de forma aberta), que tem senso de pátria/nação e que não tolera isso e eu me incluo nesta parte.
Eu havia salvo vários links das matérias que esse jornal soltava pra fazer este post, sempre de forma negativa atacando tudo no país ou usando a Copa para campanha eleitoral, exemplo: La careta del gigante, um texto idiota, de outro idiota liberal radical de um país vizinho (Vargas-Llosa, o que concorreu com o Fujimori), explorando a Copa pra fazer politicagem rasteira. Essa matéria (e todas as outras) eu vi durante a Copa, vários textos com cunho eleitoral, isso não é jornalismo, é porcaria.
Daria um post só pra apontar as besteiras dele no texto, mas só pra ilustrar uma bem escancarada:
"donde el equipo carioca dio una pobre imagen haciendo esfuerzos desesperados para no ser lo que fue en el pasado sino jugar un fútbol de fría eficiencia, a la manera europea."
Time carioca? O que esse cara fumou? rs. Nem localizar os estados do país esse cara sabe. Carioca é quem nasce na cidade do Rio de Janeiro, capital do Estado do Rio de Janeiro (capital e Estado possuem o mesmo nome), e fluminense é quem nasce no Estado do Rio, e não é nem nunca foi sinônimo de brasileiro a não ser como atestado de ignorância, apesar da imprensa do Rio sempre forçar a barra com essa questão criando atrito com o resto do país pois a História do Brasil não se resume nem nunca se resumiu a um único estado ou cidade. Mas isso mostra o grau de "conhecimento" do cara sobre o país, é um erro tão grosseiro que já dá uma ideia do que viria depois.
É ruim coletar matéria por matéria (coloquei a matéria acima pra ilustrar a coisa), por isso decidi que se sair (ou mesmo as passadas) alguma matéria muito esdrúxula neste jornal, e for o caso, eu comento aqui no blog, mas pra quem lia os textos parecia que havia uma disputa 'particular' entre esses países coisa que só passa na cabeça da redação desse jornal, pois por mais desigual que o Brasil seja (e é), não dá pra comparar um país continental e o peso econômico dele (em recursos etc, vide a posição do Brasil com os BRICS) com um país com desenvolvimento praticamente bancado pela União Europeia na sombra da União Soviética (quando essa ainda existia), sem recursos naturais relevantes e que inclusive tem dificuldade de se entender com suas ex-colônias.
Esse é outro assunto a ser tratado mais pra frente pois um dos colunistas desse jornal fez uma comparação ridícula entre períodos do Espanha e Brasil, com um viés arrogante e tolo, que só quem desconhece a história e a dimensão do país o faz. E esse tipo de matéria de quinta categoria ainda repercute no país por conta do viés eleitoreiro da grande mídia brasileira. Em outro país esse tipo de publicação seria rechaçada de cara ou ignorada pela imprensa local.
Não quero fazer comparações entre países, cada país do mundo tem sua relevância, suas particularidades etc, mas soa como esnobismo, ignorância e prepotência esse tom usado por essas pessoas nesses textos desse jornal da Espanha, a petulância chama atenção.
Mas ainda não tinha caído a ficha da real motivação desses ataques. Eu pensava que se tratava de pura xenofobia, uma vez que o clima entre os dois países não anda lá muito amistoso há bastante tempo (mesmo a mídia brasileira, tendo má reputação, ainda relata esses casos de atrito pois a mesma tem medo de ser barrada um dia nesse país), com brasileiros sendo barrados em aeroportos espanhóis de forma deliberada. Mas o intuito do jornal pode ser um misto das duas coisas, eleitoreiro e xenófobo.
Este ato constante de barrar brasileiros em aeroportos da Espanha (inclusive de gente que nem ficaria lá, só estava de trânsito e iria pra outros países, Link1, Link2), já provocou reação do governo brasileiro e a reciprocidade de tratamento e até visita do ex-rei da Espanha tentando "apaziguar" o "problema" e os "ânimos", que a meu ver não passa de formalismo barato e o Brasil deveria endurecer o tom com este país como resposta, pra deixar claro o seguinte: não somos ex-colônia espanhola, não temos laços culturais pra ter essa "intimidade forçada" que esse jornal tenta forjar, e por aí vai. Estão tentando forjar uma intimidade entre países que simplesmente não existe, e não por culpa do Brasil.
Temos laços com outros países (citei a França acima, por exemplo), e não temos que aturar delírio sub-imperialista querendo dizer ao Brasil como e de que forma o país deve se comportar. Isso é uma afronta sem tamanho e de uma arrogância fora do comum. Os comentários aqui não são sobre o povo espanhol, ou da maior parte dele, que é vítima desses grupos também, embora parcela da população (como em todo país) compartilha dessa mentalidade tacanha do jornal, e sim ao governo espanhol (de qualquer partido, esquerda ou direita) e Estado espanhol de uma forma geral. "Amizade forçada" não é algo bem-vindo, que fique bem claro isso. Não sou só eu que compartilho dessa opinião no Brasil, muita gente no país pensa do mesmo jeito e até de forma dura do que o que citei acima, só que a mídia brasileira faz "questão" de "ignorar" essas questões achando que as pessoas não saberão se ela não "comentar". Com a internet ninguém precisa dela pra externar posições.
Pra quem não está familiarizado com essa questão, há até hoje problemas de aproximação entre a Espanha e suas ex-colônias no continente americano, existe o termo pejorativo "sudaca" pra se referir de forma "não muito amistosa" (preconceituosa) a sulamericanos. Pra nós do Brasil esse termo não têm sentido algum, pois como disse acima, não há uma ligação cultural entre Brasil e Espanha apesar da proximidade dos idiomas, não é próxima ao Brasil. Soa até como piada às vezes pois ninguém tem a Espanha como referencial no Brasil (com todo respeito ao país, mas isso é um fato), se viesse de Portugal talvez o tempo fechasse (pelas ligações históricas entre os países, o idioma oficial português não foi aceito ao acaso), mas pros demais países vizinhos esse problema acontece, em maior ou menor intensidade e no resto da América espanhola (América Central, do Norte). Vira e mexe esse jornal vive dando pitaco nos governos desses países de forma agressiva e editorial, visivelmente se intrometendo em assuntos estritamente internos, como se ainda a Espanha mandasse nesses países.
Na Copa das Confederações e no mundial houve relatos de xingamentos racistas com o Brasil com a expressão "mono", que quer dizer (em espanhol) macaco. Velho racismo usado contra negros. Novamente isso vira anedotário pois "mono" em português só tem sentido como oposto de "estéreo", relativo a som, aos ouvidos do país esse xingamento não têm impacto (sentido) sonoro e escrito algum, ainda mais por não haver, como já citei acima, um contato cultural relevante entre Brasil e Espanha exceto quando algum jogador brasileiro vai jogar naquele país, e fica por aí.
Não quero diminuir a relevância histórica da Espanha, eu mesmo tenho curiosidade sobre a história daquele país, mas a imagem geral da Espanha no Brasil (pra maior parte do povo) é essa e não é um jornal com atitude hostil que irá modificar isso.
Uma das razões pro futebol ser um esporte tão apaixonante, e me refiro mais à disputa de seleções do que de clubes, é que é um esporte completo, até geopolítica entra em campo às vezes quando não deveria, além de outras questões políticas como o racismo. E como fica claro nos links das matérias acima, não somos nós brasileiros que não sabemos perder, ninguém gosta de perder mas não saber perder é muito feio, a imprensa de fora achava que iria ocorrer um maremoto no Brasil se a seleção brasileira perdesse, o que era e sempre foi um exagero ridículo (sentiram mais a derrota do Brasil do que os brasileiros), e a seleção não só perdeu como ainda sofreu uma goleada histórica (7x1 pra Alemanha) e estamos vivos, independente disso. Como ocorreu depois de 1950 contra o Uruguai, ninguém morreu por isso, apesar da choradeira eterna da imprensa do Rio em torno do "Maracanço" que acabou por mitificar algo que não tem tanta importância pois o Brasil foi penta campeão do mundo depois disso e disputou mais seis finais. O futebol é ainda só um esporte, apesar de tudo (dos desmandos da FIFA, lavagem de dinheiro nos clubes etc).
Assunto bem interessante pra outro post já que alguns "revis" de fora andaram misturando as crenças racistas deles com o jogo da semifinal sem entender nada de futebol. Ver um neonazi "revi" exaltar a seleção multicultural da Alemanha (que vai de encontro ao que eles pregam) não deixa de provocar uma satisfação por dentro, rs.
"Ah, mas a Espanha pode estar querendo se aproximar do Brasil e você está sendo hostil..."; bem, não tenho nada contra que qualquer país no mundo se aproxime do Brasil, pelo contrário, acho isso bom, bem-vindo, vide a celebração que foi a Copa com algumas exceções (parte das torcidas de países vizinhos no mundial, é um assunto a ser tratado noutro post). Sempre cito o caso francês como exemplo, talvez seja um dos países europeus mais próximos ao Brasil, e também a Alemanha que tem parcela do país sendo seus descendentes e o caso francês e alemão são até mais destacados no Brasil que Portugal (antigo colonizador), quando se esperava que Portugal fosse mais próximo do Brasil e não é. Só que ninguém se aproxima de país algum com um comportamento agressivo e ofensivo como esse descrito acima, intrometendo-se dessa forma num pleito eleitoral e até no mundial do país, com comportamentos que remetem aos imperialismos do século XIX e antes dele. Pelo contrário, a continuar assim criarão um ranço sério anti-espanhol no Brasil. Como já comentei, muita gente já anda reparando esse comportamento direcionado.
Há muitos brasileiros que quando leem esse tipo de comentário do post começam a dar piti histérico pois, de tão acostumados a serem submissos a quem eles julgam "mais poderosos", eles começam a tentar reprimir quem se rebela contra esse tipo de abuso querendo abafar o assunto, mas um aviso a esse pessoal: libertem-se desse comportamento, submissão não é educação, essa submissão de vocês leva inclusive a brasileiros serem atacados fora do país porque vocês passam a imagem de gente submissa demais, covarde e medrosa, muitos de vocês confundem submissão com cortesia e educação que são coisas distintas, diferentes. Tratar a todos igualmente é questão de educação e princípios e algo a ser celebrado e exaltado sempre, baixar a cabeça não.
Já li comentário imbecil de um fake, faz tempo, fazendo piadinha aqui na ocasião daquele caso da brasileira na Suíça quando se chegou a conclusão de que ela forjara um ataque neonazi contra ela mesma, que beirava a cretinice. Eu me pergunto o que se passa na cabeça desse tipo de lunático e o porquê dele (e quem pensa como ele) ainda não ter saído do Brasil. Já que julgam esse país tão ruim deveriam ser coerentes e procurar cair fora, ninguém quer saber de choro compulsivo e doentio desse tipo de pessoa, não deixarão saudades alguma. Mas não, eles fazem o oposto disso, ficam grudados ao país de forma doentia querendo que os outros sintam "pena" deles, comovam-se com esse sentimento de auto-piedade deles, comportamento asqueroso e desprezível.
Voltando à questão... eu tendo a boicotar esse jornal daqui pra frente, que inclusive já usei em várias traduções aqui sobre temas relacionados à segunda guerra e racismo, não me sinto confortável reproduzindo textos dele sabendo do que comentei acima (exceto se for pra criticar), mesmo que prestem ou sejam interessantes, sabendo desse viés anti-Brasil por motivos 'n' (o viés pode se dar por qualquer uma das hipóteses citadas acima ou todas juntas), porque quando a gente coloca matéria de um jornal a gente também divulga a publicação, então é melhor cortar (ir à raiz do problema).
Não é tolerável que jornais estrangeiros se intrometam em questões internas do país achando que todo brasileiro aceita passivamente essa postura porque uma parte imbecil do país, que não possui senso cívico ou de pátria algum, fiquem batendo "palmas" pra esse comportamento cretino, ou querendo insuflar ódio anti-brasileiro nos demais países latinoamericanos já que essa publicação é ou era bastante lida no resto da América Latina (na parte espanhola). Faço questão de avisar e comentar o assunto pois é um assunto que ultrapassa a opinião pessoal e são coisas de atritos entre Estados/países e estão cruzando a linha vermelha (expressão usada para indicar o limite extremo aceitável, depois disso surge conflitos).
Tá dado o recado. Se ocorrer ataques xenófobos ao Brasil na imprensa espanhola, haverá´revide, o famoso "bateu, levou". Se o governo não toma atitude o povo pode tomar. Se não sabem se comportar ou respeitar o país por bem, vão se comportar e respeitar por mal, de qualquer jeito. Espero que o governo brasileiro pare com esse tom brando/ameno em questões internacionais ignorando esse tipo de ataque traiçoeiro, cínico e deliberado de alguns países ou da imprensa de alguns países por conta da proximidade idiomática do português com o espanhol. Colonialismo ibérico no Brasil de novo, não.
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P.S. eu não havia lido este texto (de 2013) que fala no mesmo problema citado acima só que de forma mais detalhada porque enfoquei mais a questão cultural e histórica da coisa, pois isso é o que influi no comportamento desses grupos. A quem quiser ler: El Pais Brasil, cavalo de Tróia das empresas espanholas (Link original).
O comportamento do jornal é idêntico ao descrito na matéria do link e ao que comentei acima, não só na versão brasileira como na original em espanhol. Não sei se tocam que estão sendo rechaçados mas isso não é problema nosso. Coisas desse tipo costumavam passar batidas, mas os tempos são outros.