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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Reichskommissariat Kaukasus (Comissariado do Reich para o Cáucaso)

O Reichskommissariat Kaukasus (Comissariado do Reich para o Cáucaso) foi uma administração civil sobre os territórios caucasianos da URSS conquistados pelo Reich durante a guerra no Oriente (Leste). Alguns desses territórios foram conquistados e ocupados pelo Reich e seus aliados entre novembro de 1941 e março de 1943 [1]. Durante a ocupação, o Ministério do Leste queria, com o apoio de Hitler, a implementação de uma administração militar, prelúdio para uma posterior administração civil, preparada pelo Ministério do Leste a ser posta em prática no decorrer do ano de 1942. Mas Hitler decide o contrário durante o verão [2]. Assim, ele permite uma política de suporte às populações caucasianas: Wilhelm List (oficial) implementa, a partir de setembro de 1942, os governos para cada povo, mas que possuem, na prática, nenhum poder. [2]

O sucesso no início do verão de 1942 pressagia o rápido controle dos territórios caucasianos, mas a estratégia soviética de retirada constante, combinada com um endurecimento soviético na base do Cáucaso, torna aleatória a conquista. [3]

Durante as semanas ou meses de ocupação dessas regiões, os alemães tentam se apresentar aos olhos das populações nativas como os defensores da fé e da especificidade cultural dos povos do Cáucaso [1], incentivando uma vida cultural nacional [2]. Alguns diplomatas do Reich proporão até a independência, como um protetorado alemão. [2]

Estes projetos, já minados pelas práticas das unidades de ocupação (com entregas forçadas de comida, com requisições de mão-de-obra [2]) desmoronou após a evacuação dos territórios em questão, principalmente após a derrota em Stalingrado em março de 1943. [2]

Referências:

1. ↑ a e b Christian Baechler, Guerre et exterminations à l'Est, p. 294
2. ↑ a, b, c, d, e e f Christian Baechler, Guerre et exterminations à l'Est, p. 295
3. ↑ Ph.Masson, Histoire de l'Armée allemande, p. 210.

Bibliografia:

1. Chistian Baechler, Guerre et extermination à l'Est. Hitler et la conquête de l'espace vital. 1933-1945, Paris, Tallandier,‎ 2012, 524 p. (ISBN 978-2-84734-906-1)
2. Philippe Masson, Hitler chef de guerre, Perrin, 2005, (ISBN 978-2-262-01561-9).
3. Philippe Masson, Histoire de l'Armée allemande 1939-1945, Perrin, Paris, 1994, (ISBN 2-262-01355-1).

Fonte: verbete da Wikipedia francesa
https://fr.wikipedia.org/wiki/Reichskommissariat_Kaukasus
Título original: Reichskommissariat Kaukasus
Foto: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Reichskommissariat_Caukasus.png
Tradução: Roberto Lucena

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Um "revisionista" "menor" admite os fuzilamentos de judeus pelos Einsatzgruppen!

Um "revisionista" "menor" admite os fuzilamentos de judeus pelos Einsatzgruppen
Ou como poderia dizer, os amantes da demagogia patética, a mesma a qual os negadores do Holocausto usam frequentemente.

Como de costume, David Irving postou algum lixo em seu site, e desta vez é uma carta de Paul Grubach sobre o que Irving chama de uma "concessão conformista menor sobre o discurso de Himmler em Posen em 1943".

No verão de 2006 o Professor Jeffrey Herf publicou seu livro The Jewish Enemy: Nazi Propaganda During World War II and the Holocaust (O Inimigo judaico: Propaganda nazista durante a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto) (Belknap Press da Editora Harvard University). Foi dito que este é um dos livros mais importantes sobre o Holocausto na última década.
Eu gostaria de chamar sua atenção para uma admissão feita pelo professor Herf que realmente corrobora a tese "revisionista" do Dr. Arthur Butz.

Em Outubro de 1943, Heinrich Himmler fez um discurso em Posen, na Polônia ocupada. Este discurso é considerado por muitos como a prova absoluta de que os nazistas tinham uma política de exterminar todos os judeus da Europa, principalmente através do uso de câmaras de gás homicidas.
Hum... não. O discurso é de fato um pedaço de evidência (um dos muitos) de que os nazistas tinham uma política para exterminar os judeus. Isto é tudo. Nenhum método específico é mencionado explicitamente no discurso, e ninguém, que eu saiba, afirma que o discurso prova diretamente e especificamente gaseamentos. Então Grubach cometeu uma falácia do espantalho..

Vamos supor que Himmler realmente fez os comentários atribuídos a ele.

Observem a retórica usual "revisionista" de "Se eu não posso desacreditá-lo, vou tentar lançar uma dúvida razoável sobre ele de qualquer maneira".

Eis a passagem chave em questão:
"Eu [Himmler] agora estou me referindo à evacuação dos judeus, ao extermínio do povo judeu. Isso é algo que pode ser dito facilmente: " O povo judeu será exterminado ", é o que diz cada membro do Partido, 'isso é muito óbvio, está em nosso programa - a eliminação dos judeus, o extermínio será feito'".

Himmler continuou: "A maioria de vocês aqui sabe o que significa quando 100 cadáveres ficam próximos um do outro, quando 500 cadáveres deitados ou quando 1.000 estão perfilados. Para fazer isso e ao mesmo tempo ter permanecido uma pessoa decente ... isto nos tornou muito duros."

Herf escreve que, em seu discurso, "Himmler se referia apenas aos métodos iniciais dos assassinatos dos Einsatzgruppen e não disse nada sobre os alegados campos de extermínio, câmaras de gás e crematórios, [p.233]."

Herf está admitindo que Himmler está se referindo apenas aos fuzilamentos em massa de judeus, que ocorreram na Frente Oriental, e esse discurso não diz absolutamente nada sobre os alegados "campos de extermínio, câmaras de gás e crematórios".
Observe como Grubach tenta enganar os leitores usando o verbo "admitir". A palavra implica que é geralmente assumido pelos historiadores que Himmler, de alguma forma, explicitamente mencionou as câmaras de gás e crematórios em seu discurso, e apenas raros pesquisadores honestos realmente "admitem" que isso não é verdade. Que monte de... deixa pra lá.

Já no início dos anos 1970, Arthur Butz fez um importante ponto "revisionista" da única parte da lenda do extermínio que contém uma partícula de verdade, que é a de que os Einsatzgruppen exterminaram alguns judeus russos por fuzilamentos em massa (Veja em Hoax of the Twentieth Century, p. 241).

Professor Butz escreveu:
"Na época da invasão da Rússia em junho de 1941, houve uma ordem do Führer declarando, em antecipação de uma política idêntica Soviética, que a guerra com a Rússia não seria travada com base nas regras tradicionais de guerra. Medidas necessárias estavam sendo tomadas para combater a atividade partisan, e a Himmler foi dado o poder de "agir de forma autônoma sob sua própria responsabilidade." Todo mundo sabia que isso significava execuções de partisans e pessoas que colaboraram com partisans. A suja tarefa foi atribuída a quatro Einsatzgruppen ... que tiveram um total de cerca de 3.000 homens ... Houve ocasião de observarmos os vários casos que os judeus fizeram, de fato, representar uma ameaça de segurança para a retaguarda alemã na guerra ... a tarefa dos Einsatzgruppen era lidar com tais perigos [partisan anti-alemão e guerrilha] por todos os meios necessários, por isso não é necessário dizer muito mais para supor que os Einsatzgruppen devem ter fuzilado muitos judeus, apesar de não se saber se "muitos" significa 5.000, 25.000 ou 100.000. Naturalmente, muitos não-judeus também foram executados (pp. 241-242)."
Butz, sendo o cara desonesto que é, tenta ofuscar coisas fingindo que os assassinatos praticados pelos EG de (alguns) judeus como um perigo de segurança, não era, bem, direcionados só a judeus. Mas, como escrevi em outro lugar
Eu acho que só dá pra mencionar que de acordo com a mensagem nº 412 de 1942/09/02, cerca de 138.272 pessoas mortas pelos EG-A, 55.556 eram mulheres e 34.464 eram crianças.

Somente os idiotas e negacionistas vão argumentar que isso era algum tipo de ação anti-partisan.

Na verdade, destas 138.272 pessoas, só 56 eram partisans e 136.421 eram judeus.
Ou tomando o relatório Jaeger, com a sua clara divisão das vítimas em homens, mulheres e crianças, como
20.9.41 em Nemencing
128 judeus, 176 judias, 99 crianças judias

22.9.41 em Novo-Wilejka
468 judeus, 495 judias, 196 crianças judias

24.9.41 em Riess
512 judeus, 744 judias, 511 crianças judias

25.9.41 em Jahiunai
215 judeus, 229 judias, 131 crianças judias

27.9.41 em Eysisky
989 judeus, 1,636 judias, 821 crianças judias

Sim, é preciso ser um verdadeiro idiota para negar o óbvio plano de extermínio (pelo menos dos judeus soviéticos).

Herf está agora admitindo que Himmler está se referindo apenas aos fuzilamentos em massa de judeus pelos Einsatzgruppen na frente oriental, algo que nunca foi negado por "revisionistas" do Holocausto.

Ah, sim, esta coisinha de "admitindo" novamente. Isso é como as sensações "revisionistas" são feitas. Lembra do exagero do "Diretor do Museu de Auschwitz F. Piper admitindo isto ou aquilo"? Nada muda.
O chefe da polícia secreta não estava se referindo às alegadas "câmaras de gás" de Hitler acompanhadas dos crematórios, e os chamados campos de extermínio. Portanto, esta passagem não pode ser usada por historiadores ortodoxos do Holocausto para "provar" que os nazistas tinham uma política para exterminar os judeus em "câmaras de gás".

Obrigado, Dr. Herf por corroborar este ponto-chave "revisionista" sobre o Holocausto!

Assim, o ponto redundante, e nunca contestado, de que Himmler não menciona as palavras "crematórios" e "câmaras de gás" em seu discurso é na verdade um "ponto-chave "revisionista" sobre o Holocausto"? Obrigado por tal admissão embaraçosa, o Sr. Grubach!

Agora, Grubach, sendo o estúpido negacionista que é, ignora a frase-chave no discurso de Himmler:
Agora estou me referindo à evacuação dos judeus, ao extermínio do povo judeu.
Então, não. Himmler não se refere apenas aos assassinatos em massa dos Einsatzgruppen. Ele diretamente, e sinceramente, equiparou a deportação com o extermínio. E certamente, a maior parte dos judeus evacuados foram exterminados nos campos de extermínio, principalmente por gás, como sabemos a partir de numerosos testemunhos e de alguns documentos. Assim, enquanto Himmler não menciona explicitamente o assassinato por gás em seu discurso (e ninguém nunca deu a entender que ele fez), seu discurso serve como uma confirmação do fato que a maior parte dos judeus deportados foram realmente eliminados. E já que eles foram deportados para os campos, este discurso também, indiretamente, confirma a existência de campos de extermínio.

Isto é muito para as habilidades de análise "revisionistas".

Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Sergey Romanov
http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2007/07/minor-revisionist-admits-einsatzgruppen.html
Tradução: Roberto Lucena

quarta-feira, 17 de março de 2010

David Glantz - Confronto de Titãs

Segue abaixo um comentário do livro "Confronto de Titãs (Como O Exercito Vermelho Derrotou Hitler)", lançamento no Brasil, que aborda a guerra na Frente Leste da Europa entre a União Soviética e a Alemanha nazista, escrito pelo coronel norte-americano David M. Glantz(especialista no conflito) e Jonathan M. House, com indicação do livro e do vídeo com a entrevista do autor feita pelo forista Jorge na comunidade Segunda Guerra Mundial.

Com a presença do autor David Glantz, C&R Editorial lança livro sobre a guerra na Frente Leste
(Da Redação, 15 de julho de 2009)

Confronto de Titãs – Como o Exército Vermelho Derrotou Hitler será lançado no Brasil, com a presença do próprio autor, que pela primeira vez vem ao país, e estará na Livraria Cultura, na noite de 23 de julho, para uma histórica noite de autógrafos.

Até hoje, a Frente Leste permanece como um dos terrenos menos conhecidos, e mais polêmicos, no estudo histórico do maior conflito armado da História da Humanidade. As próprias dimensões da linha de combate que opôs de um lado, as forças armadas alemãs (Wehrmacht) de Hitler, e do outro, o Exército Vermelho, desafiam a fácil compreensão.

Basta dizer que, enquanto em novembro de 1942, o Reino Unido celebrava com euforia a vitória na Batalha de El Alamein, onde os britânicos derrotaram quatro divisões alemãs e uma força dos aliados italianos destes, infligindo 60.000 perdas para o Eixo; em Stalingrado, na Rússia, o Exército Vermelho cercava e (mais tarde) aniquilava todo o 6º Exército alemão, boa parte do 4º Exército Panzer e ainda esmagava os 3º e 4º Exércitos romenos, erradicando mais de 50 divisões e mais 300.000 homens da ordem da batalha do Eixo. Porém, até hoje, nomes como Anzio, Midway, Normandia, Ardenas e outros, soam muitíssimo mais familiares que aqueles referentes aos colossais embates no Leste – Kursk, Bagration, Kuban, Sebastopol, Orel, e outros.

Por tudo isso, a C&R EDITORIAL tem orgulho em colocar ao alcance do leitor brasileiro a primeira edição em língua portuguesa da obra-prima do coronel Glantz e do tenente-coronel House, considerada inquestionavelmente como o melhor e mais completo estudo já publicado, com compromisso de referência histórica, sobre a luta entre a Wehrmacht e o Exército Vermelho.

David M. Glantz

No prefácio desta primeira edição em língua portuguesa, o diretor da C&R EDITORIAL, Claudio Lucchesi, observa que “a sabedoria popular que diz que ‘a História é escrita pelos vencedores’. Mas nem sempre é assim, e no tocante à Frente Leste na 2ª Guerra Mundial, a gigantesca arena aonde se enfrentaram titanicamente a Wehrmacht e o Exército Vermelho, o historiador norte-americano Geoffrey P. Megargee observa que ‘os perdedores foram aqueles que escreveram os livros de História’. É fato. Por mais de 50 anos, terminado o maior conflito armado do século 20, prevaleceram absolutas no Ocidente as fontes germânicas sobre o que aconteceu (e ainda, como e porque) na chamada Frente Leste, ou Oriental”. Daí a importância da obra de David M. Glantz.

Comentário da Revista Asas:
http://www.revistaasas.com.br/index.php?ASA=show_news&id=1005&LE=atual

Entrevista de David Glantz sobre o livro:

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