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quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Mais sobre "Erradicação biológica (biologische Ausmerzung)"

Retornando a 2015, nesta publicação, conduzi Mattogno a se esforçar em sua ridícula tarefa (feita aqui, pág. 281-282) de neutralizar o relatório de imprensa de Rosenberg de 18 de novembro de 1941. Agora gostaria de expandir isso citando uma observação feita por Alex J. Kay, neste livro, que inclui uma excelente discussão sobre o papel de Rosenberg no processo de planejamento de ocupação da URSS até julho de 1941. Em 20 de junho de 1941, Rosenberg usou o termo "evacuação" para se referir à fome, não à deportação, dos russos étnicos, a quem Hitler havia decidido que não deveriam sobreviver ao bombardeio das principais cidades, principalmente Leningrado e Moscou (e posteriormente Kiev).

O trecho de Rosenberg veio no discurso apresentado no Tribunal Militar Internacional como 1058-PS; Hartley Shawcross leu o seguinte extrato ao tribunal em 27 de julho de 1946:

O objetivo de alimentar o povo alemão está neste ano, sem dúvida, no topo da lista das alegações da Alemanha no Oriente, e os territórios do sul e do Cáucaso do Norte terão de servir como um balanço para a alimentação do povo alemão. Não vemos absolutamente nenhuma razão para qualquer obrigação da nossa parte em alimentar também o povo russo com os produtos desse excedente de território. Sabemos que esta é uma necessidade desprovida de todos os sentimentos. Uma evacuação muito extensa será necessária sem qualquer dúvida, e é certo que o futuro dará anos muito difíceis para os russos [tradução em National Conspiracy and Aggression, III, pág. 716-717].

O uso por Rosenberg da "expulsão" como um eufemismo para a morte em massa, portanto, teve origem na contribuição de Rosenberg aos planos de fome pré-Barbarossa, iniciada por Backe, mas não explicitamente aprovadas por Rosenberg até este discurso de "evacuação". Como Kay mostra (aqui, pág. 689), Rosenberg estava usando "evacuação" para eufemizar as mortes de 30 milhões de pessoas.

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2017/12/more-on-biological-eradication.html
Texto: Jonathan Harrison
Título original: More on "Biological eradication (biologische Ausmerzung)"
Tradução: Roberto Lucena

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Guerra e extermínio no Leste. Hitler e a conquista do espaço vital 1933-1945 - Christian Baechler (livro)

O peso da herança e a parte da ideologia nazista

Os dois primeiros capítulos do livro nos permite medir o grau de importância do preconceito contra os eslavos. Ele é anterior à aparição da ideologia nazi, mas será explorado com sucesso por ela. E tudo isso apesar do fato de que desde a Idade Média, alemães e eslavos viveram juntos em muitas partes da Europa Oriental.

Se o mito do "Drang nach Osten" ("Empurrar para o leste") é relativamente bem conhecido, o livro mostra a evolução dos sentimentos alemães em relação a poloneses e russos. A manutenção da unidade da Prússia e depois do Império, conduz a uma política repressiva em relação a eles. Os poloneses são estereotipados como inferiores e sujos .... Uma caricatura que vai piorar após a Primeira Guerra Mundial e da restauração de um estado polonês às custas dos territórios alemães. O caso dos russos é mais complexo, na verdade, a Rússia e a Prússia foram aliadas ao longo do século 19. Os contatos entre as elites são numerosos. A Rússia parece mesmo um pouco com a Alemanha, como um poder que está por ascender. No entanto, torna-se um inimigo em potencial quando termina a tradicional aliança. Portanto, o russo passa a ser caracterizado com uma série de semelhanças com o polonês (sujeira etc ...).

A ideologia nazista retornará os diversos estereótipos e lhes sobreporá uma visão racial. Os eslavos representam a principal força de trabalho a ser explorada neste espaço vital que tanto a Alemanha necessita. Mas a germanização dessas terras não será acompanhada por eles (eslavos), eles estão destinados a ser governados, não são qualificados como aptos a ser germanizados. Também os russos, na ideologia hitlerista, são apresentados como dominados por judeus e submissos ao comunismo, duas razões adicionais para eliminá-los.

O começo da implementação da política nazista

Os capítulos seguintes analisam a evolução das relações entre a Alemanha nazista e seus vizinhos, e da implementação da política nazista na Polônia ocupada. O autor nos leva aqui ao coração do processo de decisão do Terceiro Reich. Como em outras áreas, existem muitas organizações com poderes rivais mal definidas que concorriam e dependia dos principais oficiais nazistas: Himmler, Goering, Rosenberg .... O debate entre funcionalistas e intencionalistas se encontra aí também, mas o autor escolhe o caminho do meio.

Segue-se, portanto, do interior da política nazista para a Polônia. A Polônia recusa a adesão no pacto anti-Komintern, o que iria torná-la um estado vassalo da Alemanha nazi, quando Hitler então decide eliminá-la como Estado. O benefício da hesitação de todas as democracias ao longo dos anos 30 é o que deseja Stálin para ganhar tempo e espaço.

Uma vez conquistada a Polônia, coloca-se em prática a implementação de uma política dirigida contra os judeus e as elites: intelectuais, dirigentes, clérigos... O espaço polonês se destina a ser colonizado, seus habitantes devem ter reduzidos seus status ao trabalho manual servil. Vários projetos vão surgindo, tudo inacabado, mas alguns ainda levam à transferência da população, "evacuada" para abrir espaço para os colonos alemães. Os colonos são geralmente transferidos dos "Volskdeustche" (alemães étnicos) de outros países e são arbitrariamente distribuídos para os novos locais de residência, na maioria das vezes como chefes da exploração em fazendas agrícolas. O destino dos judeus poloneses é objeto de debate amargo entre o Gauleiter dos territórios anexados ao Reich e Frank, que é chefe do Governo Geral.

A Barbarossa e suas consequências

A maior parte do livro trata do destino da URSS. Todos os aspectos são abordados. Quais as motivações ideológicas e econômicas do ataque na preparação e implementação deste plano militar. A ocasião permite ao autor mostrar como o Estado-maior alemão aceitou, sem vacilar, a maioria das diretivas à imagem do tratamento aos comissários. Ele não esquece do sofrimento de milhões de prisioneiros de guerra que morreram em condições terríveis. Mas mostra também as diferenças que aparecem entre os militares (e até mesmo entre os políticos) sobre o destino dos diversos povos da URSS, quando o desfecho do conflito se torna mais incerto.

A ocupação nazista do espaço soviético é o tema de um capítulo específico. Os aspectos práticos da ocupação nazista são revistos, a exploração dos territórios e o destino reservado à população. No melhor dos casos, ela seria explorada como trabalho escravo. Muitas vezes são vítimas das operações militares: despojados de suas casas, de sua comida e tudo o que pode servir são forçados a abandonar. A população também paga um preço alto na luta contra partisans, que acabam por justificar, os olhos dos alemães, essas atrocidades. O capítulo dedicado ao extermínio dos judeus soviéticos é a oportunidade que o autor avalia as diferentes teorias a respeito de sua gênese.

A evocação dos vários planos de reestruturação do espaço soviético e da hierarquia racial de seus ocupantes, permite ver o quão longe chegou a imaginação de vários teóricos nazistas. Tudo foi planejado para a seleção de indivíduos para reter apenas os mais propensos a ser "germanizados" para a criação de colônias agrícolas da SS... Novamente, não há concorrência, ou mesmo oposição entre os projetos de uns e outros.

Enfim, a atitude dos alemães frente ao que acontecia na Europa Oriental permite mostrar que as atrocidades foram amplamente conhecidas. Mas sua magnitude subestimada, ao mesmo tempo em que as faixas mais jovens que não conhecem o assunto sobre o regime nazista, aderem largamente ao tema pela propaganda.

Conclusão

Uma síntese recente sobre os temas que estão sendo discutidos: a data de decisão da implantação do extermínio, a atitude do exército e da população alemã frente as atrocidades... As 400 páginas do livro (acompanhado de uma centena de páginas de notas) deve ser lido com interesse. Além disso, o autor preocupa-se em recordar os principais pontos no final de cada capítulo.

O professor primeiramente encontrou no livro material para fundamentar seu curso sobre as guerras do século XX e o totalitarismo nazista. Tema que foi objeto de análise do documento da prova do 1°S durante a sessão de junho de 2012 (discurso de Himmler em Posen em 1943).

Artigo de François Trébosc, professor de história da geografia no liceu Jean Vigo, Millau

Christian Baechler. Guerre et extermination à l’est. Hitler et la conquête de l’espace vital 1933-1945. Tallandier. 2012; 528 páginas
Quarta-feira, 12 de setembre de 2012, por François Trebosc

Fonte: La Cliothèque
http://clio-cr.clionautes.org/guerre-et-extermination-a-l-est-hitler-et-la-conquete-de-l-espace.html
http://holocaust-doc.blogspot.com.br/2015/09/christian-baechler-guerre-et-extermination-a-lest-hitler-et-la-conquete-de-lespace-vital-1933-1945.html
Título original: Christian Baechler - Guerre et extermination à l’est. Hitler et la conquête de l’espace vital 1933-1945
Tradução: Roberto Lucena

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Reichskommissariat Kaukasus (Comissariado do Reich para o Cáucaso)

O Reichskommissariat Kaukasus (Comissariado do Reich para o Cáucaso) foi uma administração civil sobre os territórios caucasianos da URSS conquistados pelo Reich durante a guerra no Oriente (Leste). Alguns desses territórios foram conquistados e ocupados pelo Reich e seus aliados entre novembro de 1941 e março de 1943 [1]. Durante a ocupação, o Ministério do Leste queria, com o apoio de Hitler, a implementação de uma administração militar, prelúdio para uma posterior administração civil, preparada pelo Ministério do Leste a ser posta em prática no decorrer do ano de 1942. Mas Hitler decide o contrário durante o verão [2]. Assim, ele permite uma política de suporte às populações caucasianas: Wilhelm List (oficial) implementa, a partir de setembro de 1942, os governos para cada povo, mas que possuem, na prática, nenhum poder. [2]

O sucesso no início do verão de 1942 pressagia o rápido controle dos territórios caucasianos, mas a estratégia soviética de retirada constante, combinada com um endurecimento soviético na base do Cáucaso, torna aleatória a conquista. [3]

Durante as semanas ou meses de ocupação dessas regiões, os alemães tentam se apresentar aos olhos das populações nativas como os defensores da fé e da especificidade cultural dos povos do Cáucaso [1], incentivando uma vida cultural nacional [2]. Alguns diplomatas do Reich proporão até a independência, como um protetorado alemão. [2]

Estes projetos, já minados pelas práticas das unidades de ocupação (com entregas forçadas de comida, com requisições de mão-de-obra [2]) desmoronou após a evacuação dos territórios em questão, principalmente após a derrota em Stalingrado em março de 1943. [2]

Referências:

1. ↑ a e b Christian Baechler, Guerre et exterminations à l'Est, p. 294
2. ↑ a, b, c, d, e e f Christian Baechler, Guerre et exterminations à l'Est, p. 295
3. ↑ Ph.Masson, Histoire de l'Armée allemande, p. 210.

Bibliografia:

1. Chistian Baechler, Guerre et extermination à l'Est. Hitler et la conquête de l'espace vital. 1933-1945, Paris, Tallandier,‎ 2012, 524 p. (ISBN 978-2-84734-906-1)
2. Philippe Masson, Hitler chef de guerre, Perrin, 2005, (ISBN 978-2-262-01561-9).
3. Philippe Masson, Histoire de l'Armée allemande 1939-1945, Perrin, Paris, 1994, (ISBN 2-262-01355-1).

Fonte: verbete da Wikipedia francesa
https://fr.wikipedia.org/wiki/Reichskommissariat_Kaukasus
Título original: Reichskommissariat Kaukasus
Foto: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Reichskommissariat_Caukasus.png
Tradução: Roberto Lucena

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Babi Yar ou Babij Jar (o filme), massacre nazi na Ucrânia

A quem quiser assistir (aviso, o filme tem cenas fortes), esse filme nunca foi divulgado no Brasil e é pouco conhecido fora, filme sobre os massacres na ravina de Babi Yar (que tem mais de uma grafia, o que é problemático, mas essa é a mais usada) que ocorreu na Ucrânia, próximo à Kiev (capital), durante a ocupação da União Soviética pelos nazistas. Massacre em Babi Yar link1, link2.

Nos dois primeiros dias de massacres, cerca de 33.771 judeus ucranianos foram mortos nesta ravina, e no total da guerra, entre (estimativa) 110-150 mil pessoas (incluso o número de judeus mortos, Romanis/ciganos, cidadãos ucranianos e prisioneiros soviéticos) perderam a vida nesta ravina vitimados pelas forças de ocupação nazista (Einsatzgruppen).

Ficha do filme, com ajuda da Wikipedia (tradução):

Título: Babiy Yar ou Babij Jar
Dirigido por Jeff Kanew
Estrelando: Michael Degen
Lançado em 3 de julho, 2003
Duração: 112 min.
País: EUA; Idioma: inglês

Filmado na Europa e com lançamento limitado nos cinemas, o filme narra os assassinatos em massa de setembro de 1941, de milhares de judeus, prisioneiros soviéticos (POWs), comunistas, ciganos (Romanis), nacionalistas ucranianos e outros civis por Divisões da SS alemã neste local, uma ravina de Kiev (capital da Ucrânia).

Sinopse do filme (em inglês): Babij Jar (2003), NYTimes

Cena do massacre (reconstituição do filme), caso tenha sensibilidade com imagens fortes ou cenas desse tipo, não assista:


Atualização de link (01.10.2018):
https://www.youtube.com/watch?v=g_gttjKFJDo
https://youtu.be/g_gttjKFJDo


quarta-feira, 17 de março de 2010

David Glantz - Confronto de Titãs

Segue abaixo um comentário do livro "Confronto de Titãs (Como O Exercito Vermelho Derrotou Hitler)", lançamento no Brasil, que aborda a guerra na Frente Leste da Europa entre a União Soviética e a Alemanha nazista, escrito pelo coronel norte-americano David M. Glantz(especialista no conflito) e Jonathan M. House, com indicação do livro e do vídeo com a entrevista do autor feita pelo forista Jorge na comunidade Segunda Guerra Mundial.

Com a presença do autor David Glantz, C&R Editorial lança livro sobre a guerra na Frente Leste
(Da Redação, 15 de julho de 2009)

Confronto de Titãs – Como o Exército Vermelho Derrotou Hitler será lançado no Brasil, com a presença do próprio autor, que pela primeira vez vem ao país, e estará na Livraria Cultura, na noite de 23 de julho, para uma histórica noite de autógrafos.

Até hoje, a Frente Leste permanece como um dos terrenos menos conhecidos, e mais polêmicos, no estudo histórico do maior conflito armado da História da Humanidade. As próprias dimensões da linha de combate que opôs de um lado, as forças armadas alemãs (Wehrmacht) de Hitler, e do outro, o Exército Vermelho, desafiam a fácil compreensão.

Basta dizer que, enquanto em novembro de 1942, o Reino Unido celebrava com euforia a vitória na Batalha de El Alamein, onde os britânicos derrotaram quatro divisões alemãs e uma força dos aliados italianos destes, infligindo 60.000 perdas para o Eixo; em Stalingrado, na Rússia, o Exército Vermelho cercava e (mais tarde) aniquilava todo o 6º Exército alemão, boa parte do 4º Exército Panzer e ainda esmagava os 3º e 4º Exércitos romenos, erradicando mais de 50 divisões e mais 300.000 homens da ordem da batalha do Eixo. Porém, até hoje, nomes como Anzio, Midway, Normandia, Ardenas e outros, soam muitíssimo mais familiares que aqueles referentes aos colossais embates no Leste – Kursk, Bagration, Kuban, Sebastopol, Orel, e outros.

Por tudo isso, a C&R EDITORIAL tem orgulho em colocar ao alcance do leitor brasileiro a primeira edição em língua portuguesa da obra-prima do coronel Glantz e do tenente-coronel House, considerada inquestionavelmente como o melhor e mais completo estudo já publicado, com compromisso de referência histórica, sobre a luta entre a Wehrmacht e o Exército Vermelho.

David M. Glantz

No prefácio desta primeira edição em língua portuguesa, o diretor da C&R EDITORIAL, Claudio Lucchesi, observa que “a sabedoria popular que diz que ‘a História é escrita pelos vencedores’. Mas nem sempre é assim, e no tocante à Frente Leste na 2ª Guerra Mundial, a gigantesca arena aonde se enfrentaram titanicamente a Wehrmacht e o Exército Vermelho, o historiador norte-americano Geoffrey P. Megargee observa que ‘os perdedores foram aqueles que escreveram os livros de História’. É fato. Por mais de 50 anos, terminado o maior conflito armado do século 20, prevaleceram absolutas no Ocidente as fontes germânicas sobre o que aconteceu (e ainda, como e porque) na chamada Frente Leste, ou Oriental”. Daí a importância da obra de David M. Glantz.

Comentário da Revista Asas:
http://www.revistaasas.com.br/index.php?ASA=show_news&id=1005&LE=atual

Entrevista de David Glantz sobre o livro:

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Não mencione Lebensraum

Numa recente leitura de Mark Weber, e uma resposta adequada por Michael Shermer, expuseram algumas contradições de como negadores aproximam a motivação de Hitler em invadir a Polônia e a URSS. Resumi três dessas contradições abaixo.

Primeiramente, negadores pretendem fingir que as ações de Hitler eram defensivas. Ele estava rodeado por outras forças; ele precisava recuperar a terra roubada da Alemanha em Versailles; e Stalin estava acelerando por um ataque a oeste. As óbvias refutações desses pontos - o fato de que a aproximação britânica era apaziguar em vez de provocar; o fato de que Stalin estava expurgando seus generais; o fato de que Hitler sempre tomou muito mais território do que estava em disputa e declarou sua intenção de tomar isso permanentemente - sempre caiu como surdez aos ouvidos pró-nazis.

Onde a contradição aparece é no fato de que negadores então afirmam (como Weber fez quando entrevistado por Shermer) que o mundo teria sido um lugar melhor se a Alemanha houvesse ganho a guerra e o comunismo houvesse sido destruído. De repente uma guerra de auto-defesa torna-se uma guerra justificável de aniquilação. A pretensa defensiva não é nem de perto mantida quando a vitória gloriosa sobre o comunismo é tratada.

Em segundo lugar, segue-se as lágrimas derramadas sobre a derrota nazi em que na medida teria sido necessário para assegurar a vitória - incluindo fome em massa da população soviética e dos judeus - tornaria-se justificável. Ninguém não pode desejar os fins sem desejar os meios.

Terceiro, negadores são também assim forçados a aceitar aquilo que eles não podem mencionar: Lebensraum(Espaço Vital) e Holocausto. O anti-comunismo para Hitler era ipso facto uma reordenação étnica da Europa usando (apropriando a excelente frase de Nick Terry) "uma economia política de valor racial." Weber satisfeito reconhece que negadores compartilham esta fantasia eugênica, mesmo assim uma vez mais eles se esquivam das conclusões óbvias: nenhum Lebensraum poderia ter sido alcançado sem assassínio em massa. Não havia nenhum lugar para enviar os judeus uma vez que se tornou óbvio que os soviéticos não iriam simplesmente dobrar-se.

A falácia da 'defensiva de Hitler' não é portanto apenas apologia: é negação dos fatos que emanam da realidade agressiva de Hitler.

Fonte: Holocaust Controversies
Texto(inglês): Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2008/12/dont-mention-lebensraum.html
Tradução: Roberto Lucena

Definição de Lebensraum: em português "Espaço Vital", de maneira simples, seria o espaço geográfico ou territorial reivindicado ou reclamado pelo regime nazista para expandir o Reich ariano no qual a "raça ariana" desenvolveria-se e se utilizaria de todos os recursos naturais dos territórios conquistados, mediante a expulsão, eliminação ou escravização dos povos conquistados(eslavos, judeus, etc).

Na wikipedia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Espa%C3%A7o_vital

Fotos: BBC, site da Casa da Conferência Wannsee
http://www.ghwk.de/2006-neu/haeftlinge.jpg
sobre a foto do cartão russo para tropas alemães, fonte
http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/1980410:BlogPost:48439

Mais sobre Lebensraum(Espaço Vital):
http://www.bbc.co.uk/history/worldwars/wwtwo/hitler_lebensraum_01.shtml

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