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domingo, 15 de novembro de 2015

Hilmar Wäckerle, primeiro comandante de Dachau

Hilmar Wäckerle na batalha de
Grebbeberg, Países Baixos. Original
de waroverholland.nl
Hilmar Wäckerle nasceu em 24 de novembro de 1899 em Forchheim, no norte da Baviera. Aos catorze anos, já começava a Grande Guerra, entrou na escola de oficiais do exército bávaro. Depois de três anos, antes de completar os 18, foi destinado ao regimento de infantaria da Bavária nº2, "Príncipe herdeiro" em agosto de 1917, um dos regimentos mais prestigiados (e com maior índice de baixas) do antigo Reino da Bavária.

Em setembro de 1918, o alferes (Fähnrich) Wäckerle foi ferido gravemente. Recuperou-se do armistício no hospital, longe do front, compartilhando desta forma a mesma experiência de Hitler. No pós-guerra, depois de ingressar no Freikorps Oberland, de 1921 a 1924, estudou engenharia agrícola na Universidade Técnica de Munique, ainda que não consta se se relacionou com quem fora seu condiscípulo de 1919 a 1922, Heinrich Himmler, um ano mais jovem. Hilmar também ingressou no NSDAP um ano antes que Himmler, mas deixou de pagar as cotas e se distanciou da política ao terminar seus estudos. Não solicitou ingressar na SS até 1929, quando Heinrich já era seu Reichsführer. Depois de dois anos de teste, foi admitido como SS-Mann com o número 9.729. Também voltou a ingressar no NSDAP em 1 de maio de 1931, com o número de 500.715. Hilmar nesses momentos era administrador de uma propriedade agrícola em Kempten. Seu irmão, Emil, também era membro da SS.

Em fevereiro de 1933, com Hitler recém nomeado chanceler em 30 de janeiro, Wäckerle chega a SS-Hauptsturmführer (capitão). Em março, Freidrich Jeckeln, chefe da SS do sul da Alemanha, nomeia-o comandante do primeiro campo de concentração da SS, em Dachau. Desde 30 de janeiro, por toda a Alemanha proliferou todo tipo de cárceres "selvagens", casas ou prisões onde Gauleiters (chefes do partido) e grupos da SA detinham e torturaram seus inimigos políticos. Nesses momentos o cargo oficial de Himmler é o de chefe da polícia da Bavária, e decide criar um grande campo centralizado para "reeducar" esquerdistas e inimigos do Estado. A desculpa é o incêndio do Reichstag, que se supõe a um chamamento de um levante comunista. Na realidade quem se levanta são os homens do NSDAP, com o apoio de outros grupos de extrema-direita, como o Stahlhelm.

A primeira denúncia contra Hilmar Wäckerle, como comandante de Dachau, foi feita por Sophie Handschuch pela morte de seu filho. Outros prisioneiros que morreram nesses primeiros dias foram o doutor Rudolf Benario, Fritz Dressel, Sepp Götz, Ernest Goldmann, Arthur Kahn e Erwin Kahn, além de Karl Lehrburger e Wilhelm Aron, judeus. A promotoria também determinou que Herbert Hunglinge havia se suicidado por não poder aguentar as condições de sua reclusão. Em maio, as investigações do promotor se ampliaram para as mortes de Sbastian Nefzger, Leonard Hausmann, o doutor Alfred Strauss e Louis Schloss, esses dois últimos, judeus.

Supõe-se que Himmler destituiu Hilmar Wäckerle de seu cargo em Dachau por todas essas mortes, ainda que só o fez pra manter as aparências. Também é possível que influíra que se conseguisse fugir um deputado comunista, que publicou em agosto o primeiro escrito sobre a vida e morte nos campos de concentração da Alemanha. De todas as formas, Wäckerle foi elevado a SS-Sturmbannführer (comandante) em 01 de março de 1934, menos de um ano depois de sua destituição em Dachau.

Desenvolveu o resto de sua carreira na Waffen-SS, e teve seu momento de glória na invasão dos Países Baixos, em maio de 1940, ao comando do III batalhão do regimento Der F6uhrer. Disfarçou seus homens com uniformes holandeses para tomar pontes de surpresa, e utilizou prisioneiros de guerra como escudos humanos. Estima-se que uns cinquenta prisioneiros holandeses morreram por este tipo de tática. Foi ferido duas vezes, e ainda que fora indicado para a cruz de cavalheiro da cruz de ferro, teve que se conformar com a cruz de ferro de 1ª classe.

Morreu numa emboscada no começo da Barbarossa, no comando da SS-Infanterie-Regiment Westland, da SS-Division (mot) Wiking próximo da atual Lviv, Ucrânia (Lemberg para os alemães, Lvov para os poloneses), em 2 de julho de 1941. Sua morte desencadeou um pogrom em 9 de julho na zona, no qual soldados de sua unidade mataram a uns 600 judeus.

Notas:

1. Tom Segev: Soldiers of Evil, Berkley Books, 1991, pg. 64-68
2. George H. Stein, Las Waffen-SS, pg. 272
3. Richard Rhodes, Los amos de la muerte. Los Einsatzgruppen y la solución final, Seix Barral pg. 109-111
4. A descrição mais detalhada do massacre para vingar sua morte, em Pontolillo, pg. 162
5. Site: http://www.waroverholland.nl/index.php?page=chapter-11---myth-and-reality

Fonte: Blog Antirrevisionismo (Espanha)
https://antirrevisionismo.wordpress.com/2015/11/14/hilmar-wackerle-primer-comandante-de-dachau/
Título original: Hilmar Wäckerle, primer comandante de Dachau
Tradução: Roberto Lucena

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

O Fenômeno dos Voluntários (tropas multiétnicas do Terceiro Reich) - parte 03

Civis dinamarqueses dão boas-vindas aos
Free Corps Danmark, uma unidade da Waffen-SS,
depois do retorno do front no Leste em Agosto de 1942.
Cerca de 8 mil voluntários dinamarqueses lutaram
sob a bandeira dos Free Corps (Batalhão da Liberdade)
  e do 25º Regimento Motorizado.
Ideologia e raça: A Grande Alemanha

O ideal "germânico" que a propaganda da SS e outros bandos di regime nazi frequentemente promoviam emergia da panóplia de correntes ideológicas que rodam o fin de siècle europeu. Enraizado em conceitos do Völkisch, o pensamento germânico colocou valor preeminente sobre a pureza racial em uma sociedade. Com o tempo, essa ideologia tornou-se mutuamente não-cristã e antissemita. Cheio de romantismo, misticismo e utopismo, atraiu poucos seguidores como um movimento intelectual. No entanto, a sua influência sobre a população em geral, leia-se, população geral que lia textos germânicos ou outra literatura romântica refletindo o pensamento germânico, não pode ser avaliada. [15]

As próprias construções ideológicas de Hitler certamente favoreceram a inclusão dos ideais germânicos em qualquer programa do Estado nazista. Embora o Führer nunca articulou precisamente o seu pensamento, seus componentes principais permaneceram sendo o antissemitismo, a expansão territorial agressiva, e uma visão histórica abrangente que enfatizou a vida nacional como uma luta contínua pela sobrevivência. [16]

Hitler consistentemente identificou nacionalidade com "raça". O status racial do indivíduo permanecia inalterado; daí, nações inteiras tiveram seus destinos determinados com base em critérios raciais sob a ordem nazista das coisas. Hitler aceitava a raça germânica como claramente superior. Ele viu isso tendo que criar valores culturais únicos que valessem a pena, e, portanto, serem moralmente destinados a dominar o mundo. Sob a direção de Hitler, as forças armadas alemãs deixaria seu destino para o ocidente e sul e "retomaria o programa expansionista germânico onde ele havia parado 600 anos atrás, e pressionaria mais uma vez sobre as rotas das ordens medievais das cruzadas para as terras do leste." [17]

Quando isto se tornou a concreta expressão do pensamento e ação germânicas, Hitler se mostrou bastante indiferente para formar qualquer utopia germânica. Por exemplo, a ocupação da Dinamarca e da Noruega pela Alemanha ocorreu por motivos estratégicos, não por necessidade ideológica. Esta realidade não impediu que a propaganda nazista em usar doutrinas germânicas numa tentativa de impressionar noruegueses e dinamarqueses agora mantidos em cativeiro. Hitler e seu círculo até falaram da construção do Império germânico, mas o cinismo perspicaz de ingenuidade em tais assuntos permanecia quase impossível. 18

Em última análise, Heinrich Himmler tornou-se o defensor mais agressivo do Reich germânico, não Hitler. Este último insistiu que qualquer definição final, legal ou política, do mundo nazista, teria que esperar por uma conclusão bem sucedida da guerra. A política germânica de Himmler previu a coordenação e a anexação do Norte e Noroeste da Europa, usando partidos colaboracionistas e propaganda alemã no processo. Não provando ser muito atraente para as populações em cativeiro, que, mesmo assim, dobravam-se à letra da norma alemã, se não o espírito. Em último caso, as esperanças de Himmler de um Império Germânico repousava sobre os ombros dos voluntários estrangeiros, que, se recrutados em número suficiente, ganhariam apoio para uma associação Pangermânica com o Terceiro Reich. Serviram em conjunto contra o inimigo em comum - o frequentemente rotulado como "inimigo judeu-bolchevique do mundo" - ligados por braços comuns das SS, produziriam um quadro capaz de converter as populações pacatas em submissas em casa. [19] [20]

Mesmo após as primeiras ofensivas contra a Rússia terem falhado, Himmler continuou convencido de ambos, da vitória final e da realização final de um Império Germânico, com um exército SS multinacional guardando as marchas orientais do império contra as hordas asiáticas. Ele viu o Império Pan-germânico não meramente como uma extensão da antiga Grande Alemanha, mas como parte de um processo que conduziria a um Império "gótico-germânico" que se estende até os Urais, e talvez até mesmo a um "Império Gótico-Franco Carolíngio" cujas dimensões ainda não haviam sido estabelecidas! [20]

Cartaz de recrutamento da Waffen-SS
nos países da Escandinávia, Holanda
e Bélgica para a luta contra o
'inimigo judeu-bolchevique'
Essas noções excitavam tanto os líderes da SS que eles tão facilmente confundiam ovo com galinha. Assim Berger, o chefe de recrutamento, afirmou em um discurso perante generais da Wehrmacht que, "a SS viu o Reich Germânico como seu objetivo final desde 1929, quando o Reichsführer SS [Himmler] assumiu o comando." De acordo com esta visão do passado, a SS então, mais ou menos, empreendeu a missão de "construir um Reich germânico para o Führer". [21]

A SS ficou firme na vanguarda do movimento pangermânico, usando seu prestígio, influência e instituições para dar impulso à agenda germânica. O sucesso de Himmler em estabelecer escritórios administrativos a uma "polícia superior e a SS" na Noruega, Dinamarca, Holanda e Bélgica, deram a ele muito mais da mesma influência que ele recebia no Reich. Algumas medidas concretas em consonância com a ideologia pangermânica surgiram com a conquista em direção ao leste e o assentamento planificado da terra por colonos alemães começara. Nos países de origem, os líderes nativos dos partido e muitos de seus seguidores receberam a classificação da SS. Organizações da SS nativas foram formadas em todos os países nórdicos ocupados se estendendo do Sul à Valônia belga, que recebeu tardiamente o status de "Germânica" em 1943. [22]

Através da própria direção do movimento germânico, a SS revelaram suas fraquezas fatais. Na forma típica da mão pesada, a SS insistiu que o pangermanismo significava a subordinação total ao Terceiro Reich e a suas hierarquias. Qualquer noção de igualdade pangermânica manteve-se operacional apenas em teoria, ou nos sonhos dos colaboradores. Políticas nacionais não tiveram qualquer papel no império definido pela SS, o que reduziu os estados nórdicos ocupados ao patamar de Gaue (províncias) dentro do Terceiro Reich. Veremos que noções germânicas da ideologia pouco afetaram os métodos pelos quais a Alemanha e especialmente a SS iriam tratar as populações em cativeiro da Europa. [23]

Notas:

Nota 15: George L. Mosse, The Crisis of German Ideology: Intellectual Origins of the Third Reich (New York: Grossett and Dunlap, 1963), 13-125, passim; Hans-Dietrich Loock, "Zur 'Grossgermanischen Politik' des Dritten Reiches," Vierteljahrshefte für Zeitgeschichte 8:1 (January 1960): 38. University courses in Germanic Philology, such as those offered before the war at Louvain, may have influenced students and had some impact on the volunteer movement; Interviews with Franz Vierendeels, Groot-Bijaarden, Belgium, 29 May 1982 and Léon Degrelle, Madrid, 8 June 1982.

Nota 16: Eberhard Jäckel, Hitler's Weltanschauung: A Blueprint for Power (Middletown, CT: Wesleyan University Press, 1972), 117-21.

Nota 17: Rich, Hitler's War Aims, vol. 1, Ideology, the Nazi State, and the Course of Expansion (New York: W. W. Norton, 1973),, xlii, 4-7.

Nota 18: Loock, "Zur 'Grossgermanischen Politik,'" 39. See also his Quisling, Rosenberg und Terboven (Stuttgart: Deutsche Verlags-Anstalt, 1970), 263.

Nota 19: Loock, "Zur 'Grossgermanischen Politik'," 40-56.

Nota 20: Bernd Wegner, "Der Krieg Gegen des Sowjetunion 1942/43" (esp. subsection "Germanische und Volksdeutsche Freiwillige") in Horst Boog, et al., Der Global Krieg: Die Ausweitung zur Weltkrieg und der Wechsel der Initiative, 1941-1943 (Stuttgart: Deutsche Verlags-Anstalt, 1990), 836.

Nota 21: Loock, "Zur 'Grossgermanischen Politik,'" 56.

Nota 22: Ibid., 57; Rich, Hitler's War Aims, 2: 348-93. Wegner, Waffen-SS, 334.

Nota 23: Loock, "Zur 'Grossgermanischen Politik,'" 62-63; Wegner, Waffen-SS, 332-39.

Fonte: A European Anabasis — Western European Volunteers in the German Army and SS, 1940-1945; Gutenberg-e (Columbia University Press)
Autor: Kenneth W. Estes
http://www.gutenberg-e.org/esk01/frames/fesk01.html
Fonte de uma das fotos: Pinterest
https://www.pinterest.com/pin/560487116102599333/
Tradução: Roberto Lucena

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domingo, 22 de junho de 2014

Direita pró-Dugin versus Direita Radical Anticomunista (e outras direitas radicais) no Brasil

O "embate" do século... esse "quebra pau" (entre aspas) vou assistir da arquibancada (rsrsrs).

Procurando algo sobre o Dugin (Link2), acabo me deparando com essa peça de 'humor involuntário' que mostra o quanto o extremismo surtado, com base em distorções e senso comum, radicalizado ao extremo (inflado pela grande mídia brasileira que tem incitado esse tipo de extremismo, principalmente em algumas revistas e jornais conhecidos, publicando literalmente idiotices e propaganda da guerra fria em pleno século XXI), torna-se algo caricato em si mesmo, quando não representa um risco real à integridade de grupos num país.

A direita brigando pra ver quem é a "verdadeira direita" ou quem está mais à direita lembra aqueles embates da esquerda radical (por exemplo, o PSTU) querendo se mostrar como a "verdadeira esquerda", rs.

Uma outra amostra se encontra aqui nos comentários. É o tipo de "discussão" perdida porque esse pessoal é tão bitolado que ao invés de tentarem entender a divisão do que se entende por direita ficam tentando pregar ou desvencilhar o fascismo (nazismo é um tipo de fascismo) da própria direita (neste caso por desonestidade e panfletagem). O fascismo é um dos seguimentos de direita, não o único. Mesmo que você aponte um teórico (historiador) como o francês René Rémond (que era de direita) num dos comentários, que teorizou essas divisões de direita na França (mostrou como ela se divide na França, o modelo serve pra outros países como o Brasil que segue mais as divisões ideológicas da Europa), esse pessoal continua ignorando e fazendo pregação estéril.

Se alguém quiser rir (tem tanta besteira que acho que até os "revis" vão discordar do seu "irmão de armas"), pode acessar o link abaixo do Stormfront. O Stormfront, é um site/fórum racista dos EUA criado por um ex-"guru" da Klan, talvez o maior fórum supremacista (neonazi) do mundo. Eles abriram uma seção em português quando esses negacionistas começaram a ter destaque no Brasil com a ascensão do Orkut. Pelo menos foi quando a coisa começou a ter algum destaque na mídia e pela web no Brasil.

Pra adiantar, o post é de um "revi" se queixando do "esquerdismo" (rsrsrs) do resto dos "revis" ou como ele chama, da "direita revisionista", vendo "comunismo" em tudo. Tudo o que ele discordar é "comunismo". É mais ou menos a retórica rasa que é difundida em parte da mídia brasileira, rotula-se tudo mesmo sem dizer o que significa ou sem saber o significado das coisas, puro fanatismo e ignorância pesada. Caso dê pra comentar, depois eu coloco o texto inteiro no post e destaco (ou noutro post), mas salvei em pdf caso apaguem. Segue abaixo:

Sua opinião sobre a 'direita revisionista'

Só um trecho:
"Em 2008 lá estavam eles no orkut espalhando a idéia de que haviam negros na SS, usando como 'provas' meia dúzia de fotos de soldados negros com capacetes alemães. Em 2010 eles já estavam apoiando cotas para negros nas universidades brasileiras, baseando-se na idéia de que, se haviam negros na SS alemã, então também deveriam haver negros nas universidades brasileiras."
Essa da propaganda sobre negros na Waffen-SS (que seria uma divisão da SS) ocorreu e ocorre sim, e não é algo original do Brasil. Foi feita uma tradução de propaganda de fora. Tem alguns fóruns neonazis russos com pilhas de fotos disso, que na verdade são divisões árabes (do Norte da África) e indianos na Waffen-SS etc.

A questão foi rebatida neste texto sobre estrangeiros na Waffen-SS e suas tropas "multiétnicas", mas havia sim esse tipo de besteirol no Orkut, inclusive com uma comunidade fácil de achar (se não apagaram com medo) de um cara (muito idiota. por sinal) com fake e nick sugestivo exótico de ditador africano espelhando essas idiotices.

É estranha essa germanofilia que esse pessoal manifesta que confunde uma idolatria à Alemanha com idolatria ao nazismo. Aliás, eles de fato são idólatras do nazismo, tanto faz se o nazismo fosse alemão ou não. Eles acham que Alemanha (país) e nazismo (ideologia) são uma coisa só, quando país/Estado é uma coisa e ideologia/regime é outra coisa, e nação também é outra coisa, confusão que os nazistas pregaram a exaustão mas só repete quem quer. Parece banal ter que comentar isso mas muita gente de fato não faz distinção entre os termos, que não são sinônimos.

Acesso à informação está aí a disposição de quase todo mundo, não há desculpa da maioria hoje não saber dessas coisas quando são indagados sobre essas questões, basta procurar o significado e assimilar (aprender). O que existe é uma falta de interesse real em aprender e uma procura demasiada em ler retórica pra passar por "esperto", "culto", "sabichão", algo que só impressiona pessoas extremamente tolas.

Mas essa das cotas é nova, não sabia disso (que tinha "revi" NS defendendo isso), rsrsrsrs.

Mas é 'curioso' o comentário do cara, por ele então não haveria negros nas Universidades brasileiras (dá pra deduzir isso)... interessante... ah, esses "revis" sempre defendendo o "interesse" da "coletividade" brasileira. E obviamente no entendimento dessas criaturas, o termo "coletivo" é coisa de comunista. Fora as outras bizarrices (idiotices) ao tentar criar mitificações em cima de crenças racistas pessoais ignorando a própria história/formação do país.

É aquele velho ponto que bato na tecla sobre o ensino brasileiro deixar de lado a discussão dessas questões (da formação do país, do ensino de História do Brasil que é uma verdadeira calamidade, pois se fosse bom não haveria essa proliferação de gente pregando besteira sem um mínimo de conhecimento porque não aprenderam nada no colégio), com um roteiro ultrapassado e que continua propagando a mitificação (imagem) feita do Brasil na Era Vargas. Como se já não bastasse a mídia fazer isso.

O próprio negacionismo e racismo no país se prolifera em cima dessa ignorância sobre História do Brasil, aí partem pra remendar o problema criando leis de criminalização, que é isso mesmo: remendo e não solução. Leis pra criminalizar não irão reparar (minar a crença racista que se propaga no desconhecimento e ignorância) ou conter um contingente de gente que cresceu ouvindo bobagem (senso comum, racismo, preconceito regional etc) como "verdades absolutas", isso é feito pela educação e não pela criminalização simplesmente, não menosprezando o valor da legislação antirracista do Brasil, mas eu considero aquilo um remendo e não uma solução. Coloca-se uma lei avançada e tende a se achar que com isso irão acabar com o racismo deixando o ensino precário repetindo as mesmas idiotices de geração em geração, fora a questão do ambiente doméstico que muitas vezes agrava ainda mais essas crenças.

Coisas como a ideologia do branqueamento nem sequer são mencionadas em escolas, o que é algo criminoso já que cria uma realidade mitificada do país em cima de distorções históricas, como se o Brasil nunca tivesse tido racismo institucional na escravidão e como se o país tivesse "começado" a existir na ascensão do Rio de Janeiro (cidade) e São Paulo (século XIX e século XX) quando na realidade o país surge em 1500 do choque entre índios (nativos) e portugueses, mais de meio milênio de história já se passaram até o presente e não um século e meio como fazem nesse recorte regional que a mídia adora martelar pra moldar a cultura do povo.

P.S. e está havendo Copa, por sinal, uma das melhores Copas da história até o momento. Os "pessimistas" atacaram tanto a Copa que o veneno que lançaram acabou se voltando contra eles. Ainda farei um post sobre essa questão da mídia e das "teorias da conspiração" que os "revis" seguem ou propagam pois em virtude da idiotice deles qualquer crítica ao sistema ou à mídia acaba caindo em descrédito ou pode vir a ser manipulada por quem não gosta de tais críticas. Pra turma do #naovaitercopa, fiquem aí se contorcendo de raiva já que a sabotagem de vocês não deu certo (e depois ainda vão negar que um dia fizeram isso) e o povo finalmente rechaçou firmemente essa propaganda cretina que parte da mídia brasileira e parte da mídia estrangeira (com destaque bastante negativo pra imprensa espanhola que não vi fazer uma notícia positiva sobre o mundial) fizeram junto com os grupos mercenários mascarados, apoiados por partidecos com interesses "difusos", fazendo baderna dentro do país.

sábado, 15 de março de 2014

Himmler e a Waffen-SS: suas ideias claras sobre crimes de guerra

Na hora de desculpar ou dissimular os crimes de guerra da Waffen-SS desde o começo da segunda guerra mundial costuma-se tirar dos tópicos: que isto ocorreu devido ao calor do combate, devido à inexperiência dos soldados, quando se contesta outros crimes semelhantes dos adversários... mas todos eles estavam implícitos na concepção nacional-socialista da guerra, e não só contra os "subumanos" eslavos. Himmler tinha muito claro como deveriam se portar os nacional-socialistas muito antes da guerra. Estas foram suas palavras em um discurso dos chefes de grupo (rango da SS equivalente a general de divisão), celebrado em Munique em 8 de novembro de 1938:
Ele disse ao comandante do estandarte "Alemanha" [a segunda grande unidade das embrionárias Waffen-SS, equivalente a um regimento mecanizado] que considero correto - e isto vale também para qualquer guerra vindoura - que nunca deve haver um prisioneiro SS. Antes têm que acabar com sua vida. No nosso bando tampouco haverá prisioneiros. As guerras do futuro não serão um escarcéu, senão uma confrontação de povos, numa luta de vida ou morte [...] Por outra parte — e por muito bondoso e decente que queiramos ser em cada caso individual - seríamos absolutamente impiedosos quando tratarmos de salvar um povo da morte. Então não importaria que tivéssemos que tombar (matar) mil pessoas numa cidade. Eu o faria, e esperaria também que vocês o fizessem.
Longerich, Peter: Heinrich Himmler. Biografía. (Heinrich Himmler. Biographie, 2008)
Tradução de Richard Gross. RBA Libros, Barcelona 2009. pág. 234.

Fonte: blog antirrevisionismo (Espanha)
http://antirrevisionismo.wordpress.com/2011/01/07/himmler-waffen-ss-crimenes-guerra-1938/
Tradução: Roberto Lucena

sexta-feira, 14 de março de 2014

Goebbels: os nacionalistas dos estados bálticos e da Ucrânia, influenciados pelos judeus

Um dos paradoxos do pensamento nazi: Goebbels acusa "os judeus" das dificuldades que começam a ter os alemães com os nacionalistas da Letônia, Estônia, Lituânia e Ucrânia. Vários nacionalistas em boa proporção colaboraram com os nazis para matar e saquear seus compatriotas judeus. As cifras de judeus são dadas nas atas da "Conferência Wannsee" de 20 de janeiro passado são muito esclarecedoras. Dos 11 milhões de judeus que estimam ainda existir na Europa, só há uma única região que consideram completamente "livre de judeus": a Estônia.
6 de março de 1942

Um relatório do SD dá conta de forma minuciosa da situação na Rússia ocupada. É muito mais inquietante do que geralmente se crê. O perigo partisan aumenta semana a semana. os partisans judeus detentores de algumas grandes zonas da Rússia ocupada, implementaram nelas um regime de terror. Os movimentos nacionalistas, por sua parte, adquiriram maior insolência do que supúnhamos a princípio. E isto pode se aplicar tanto aos estados bálticos como na Ucrânia. Em todas as partes os judeus se movem procurando nos criar dificuldades. É compreensível, portanto, que muitos deles tenham que pagar seus delitos com sua vida. De qualquer forma, estou convencido que quanto maior for o número de judeus que liquidemos, mais consolidaremos a vida na Europa depois da guerra. Não é possível se deixar levar pelo sentimentalismo. Os judeus são a desgraça da Europa. Precisam ser eliminados; caso contrário correremos perigo de sermos eliminados por eles.

A situação alimentar é muito difícil nas zonas ocupadas do Leste. Milhares e dezenas de milhares de pessoas morrem de fome sem se atrever a mover um dedo. Durante muitos anos teremos que fazer frente a grandes problemas e excepcionais dificuldades. Muita água passará pelo Reno antes que essa zona tenha sido integrada na economia europeia e seus ricos produtos estejam a disposição do nosso povo.
Joseph Goebbels: Diarios (The Goebbels Diaries. Edição de Louis P. Lochner)
Tradução de Eduardo de Guzmán. Editora Los libros de Nuestro Tiempo, José Janés diretor. Barcelona 1949. pág. 128.

Fonte: blog antirrevisionismo (Espanha)
http://antirrevisionismo.wordpress.com/2008/05/14/goebbels-los-nacionalistas-de-los-estados-balticos-y-ucrania-influenciados-por-los-judios/
Tradução: Roberto Lucena

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

A memória viva de Stepan Bandera (o fascista antissemita "herói nacional" na Ucrânia)

A memória viva de Stepan Bandera
por Paulo Marcelino, p.marcelino@netcabo.pt

Imagem de Stepan Bandera.
Líder de grupo fascista ucraniano
Em Lvov, ou Lviv, no final de Janeiro foi realizada uma homenagem a Stepan Bandera, nacionalista ucraniano que liderou um movimento de guerrilha nas décadas de 1930 a 1950 pela independência da Ucrânia. O seu lema principal era "limpar" a Ucrânia de indivíduos de outras nacionalidades, em especial de russos e polacos, embora as suas atividades de "purificação" étnica se estendessem a ciganos, húngaros, checos e judeus. Colaborou na altura ativamente com o exército alemão na altura da ocupação nestas ações.

A região da Volynia-Galitsia é uma extensa região da Ucrânia ocidental, sul da Polônia e Lituânia. Foi aí que no século XIV Danilo Galitsi fundou um estado efêmero que perdurou cerca de 100 anos até ser dominado por polacos, lituanos e pelas invasões mongóis.

Será esta a gênese da atual Ucrânia, as origens históricas da sua nacionalidade, que se desenvolveu bem mais tarde em termos de literatura, língua e cultura autônoma.

Já a cidade de Lvov, ou Lviv em ucraniano foi fundada por um nobre polaco, Lev, em 1256 e significa literalmente "dos Leões" de lev, leão. Essa zona do país esteve grande parte sob influência polaca, mas também sob domínio letão e do império austro-húngaro.

Nota disso o teatro de Lviv, réplica do mesmo em Viena, magnificente e belo.

Pertança da Polônia até 1939, quando os russos invadiram a região ao encontro do exército alemão que em 1 de setembro de 1939 invadiu a Polônia, pensando Stalin que criara uma zona tampão para o futuro avanço do exército alemão na Rússia soviética, por mais obtusa que esta ideia se tenha provado.

Em 1933 Stepan Bandera cria um movimento revolucionário com vista à instauração de um estado ucraniano puro, onde não tinham lugar outras nacionalidades.

Criou pouco depois o Exército de Libertação da Ucrânia (bandeiras vermelho/negras visíveis nas manifestações transmitidas pela TV), que atuou ativamente a partir de então.

A missão era no fundo uma limpeza étnica, forçando fundamentalmente os polacos a saírem dessas zonas geográficas. Quando os alemães nazis invadiram a União Soviética, foi um ativo colaboracionista.

Foi nessa altura que as suas "limpezas" deram mais resultado. Estima-se que cerca de 70000 polacos foram exterminados, apesar de uma relação dúbia com os judeus, também participou na sua exterminação; às suas mãos "desapareceram" cerca de 200.000 judeus.

A colaboração cessou em 1943, pois foi entretanto preso pelos próprios alemães, mas em 1944 o exército soviético entrou e ele reiniciou as suas atividades bélicas na zona.

Aproveitando o esforço militar a ocidente, o seu movimento guerrilheiro cresceu em atividade e de fato no final dos anos 40 ocupou uma região de cerca de 160000 km2 na zona.

Progressivamente o novo poder soviético foi tomando conta da situação e o movimento decresceu em importância militar, confinou-se a pequenos grupos de guerrilha nas montanhas dos Cárpatos (de uma beleza digna de visita) e pereceu já na década de 50, Lviv esteve sob lei marcial até 1955.

Stepan Bandera foi assassinado pelos serviços secretos soviéticos no final de Janeiro de 1959 em Munique, efeméride que foi relembrada em Lviv.

O movimento "Svoboda" da atual contestação ucraniana não relega as ideias de limpeza étnica de Stepan Bandera. O seu líder foi a semana passada espancado algures na Ucrânia e prontamente assistido na Lituânia.

Os movimentos do ex-boxeur Klitshko (com o curioso nome de UDAR, que significa MURRO) e de Iatseniuk desmarcaram-se deste movimento mais extremista.

Mas observando com atualidade tudo isto, parece que a Europa revive os momentos de 1933, ano da chegada ao poder do partido de Adolf Hitler.

A aposta no nacionalismo e na pureza da raça, faz eco no crescendo de nacionalismos europeus estúpidos, materializados no recente referendo Suíço, mas também em Le Pen, no Sobbit (Jobikk) húngaro ou na Aurora Dourada grega.

A contestação ucraniana, não isenta de razão ou justificação, se entendida contra um poder de oligarcas com negócios florescentes no Ocidente, aproveita as diferenças seculares entre etnias e nacionalidades, que em vez de funcionarem com impulso para um mundo livre, multicultural e daí interessante, funciona como uma separação irreparável que só serve a desagregação, o conflito e a dependência externa.

Será a Ucrânia a próxima Iugoslávia? Sob o imparável impulso alemão que conquista territórios sem uso da força? Ou caminhamos para um impensável futuro próximo.

Que se recorde Stepan Bandera como europeu da década de 30 e 40, pré-guerra e que se tirem os devidos ensinamentos.

Que estes fatos não se esqueçam hoje, para que na nossa memória fiquem os momentos mais marcantes da nossa maior fragilidade e nossa maior fortaleza: que se preservem as diferenças em nome de uma Europa unida pela diferença e pela diversidade. E que estende de Lisboa a Vladivostok, como dizia De Gaule.

E aguardemos o fim das Olimpíadas de Sotshi, após o que tudo se esclarece e o verniz estala; para recordar a história daquela zona geográfica, tudo é escrito sobre muitos cadáveres...

Fonte: Diário de Notícias (Portugal)
http://www.dn.pt/inicio/opiniao/jornalismocidadao.aspx?content_id=3693616&page=-1
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Correção: sobre a foto com um agrupamento nazista onde eu apontei (tacitamente) que o do centro seria o Bandera, agradeço a correção feita aqui que aponta que o nazi ao centro é Reinhard Gehlen.

Eu gosto de colocar fotos nos posts e muitas vezes na pressa não dá pra checar todas (se não é foto de um assunto muito específico como foto do genocídio, muitas vezes confiro pelo "tato"), encontrei a foto dos nazis acima numa página de um grupo que denuncia atrocidades deste grupo fascista do Bandera contra poloneses (étnicos) na Ucrânia na época da segunda guerra, só que não lembro o link (acha-se fácil no banco de imagens do Google pelo nome "Stepan Bandera"). De cara achei estranha a foto, apesar dos dois terem algumas semelhanças físicas, porque o fardamento do Gehlen é de oficial da Wehrmacht (exército), que tem aquela águia com a suástica aos pés no fardamento e outras insígnias de oficial de exército, o Bandera não usaria fardamento de oficial do exército alemão.

Como o Bandera era ucraniano, só poderia 'lutar' com os nazis, ou no próprio agrupamento fascista dele (UPA) ou pela Waffen-SS como voluntário estrangeiro, sendo que os voluntários estrangeiros da Waffen-ss não usavam este fardamento de oficial da Wehrmacht, e na gola, em vez do emblema da SS (que só alemães usavam) cada unidade com voluntários de vários países usava uma insígnia pra cada grupo étnico ou país. Só como exemplo, mirem a gola deste agrupamento croata da Waffen-SS, não consta o SS dos oficiais alemães.

Este é um voluntário sueco, mirem a gola com a insígnia da unidade sueca da Waffen-SS. Curiosamente achei um voluntário finlandês com uma insígnia da SS (não só essa foto, algumas), embora a unidade finlandesa possuísse sua insígnia, mas o normal seria usar a insígnia étnica do grupo ao qual ele pertence pela classificação racista nazista.

Este assunto do uniforme é um assunto a ser tratado depois pois. Apesar de aparentar ser banal, o assunto é relevante para identificar os diversos grupos nazis em fotos pois há uma campanha de "revisionistas" (negacionistas) tentando alegar que estrangeiros que eram vistos como inferiores pela doutrina racista nazista seriam "aceitos" pelo exército alemão e isso colocaria em "cheque" o racismo nazista. É algo tão ridículo que eles nem sequer comentam quais e como/de que forma esses grupos eram aceitos no esforço de guerra nazista. Leiam este texto que trata do assunto (ainda falta completar a tradução inteira dividida em partes):
O Fenômeno dos Voluntários (tropas multiétnicas do Terceiro Reich) - parte 01
O Fenômeno dos Voluntários (tropas multiétnicas do Terceiro Reich) - parte 02

A Waffen-SS era o braço militar (tropa) da SS (Schutzstaffel) que era a milícia do Partido Nazi, não eram parte do Exército alemão (Heer) embora tenham lutado juntos.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Tatuagem nazi leva ao afastamento de candidato da FN (Front National, França)

Por France Press, publicado por Luís Manuel Cabral

Tatuagem de Bastien Durocher revelada online
junto com o símbolo da Divisão Charlemagne
A divulgação de uma tatuagem nazi no braço de um candidato da Frente Nacional às eleições municipais de março levou o partido a retirá-lo das listas eleitorais para evitar polêmicas.

Um candidato do partido de extrema-direita Frente Nacional (FN), às eleições municipais de março, em França, foi excluído das listas eleitorais após a difusão de fotografias suas onde se podia ver uma tatuagem nazi, informou o cabeça de lista do partido por Châteauroux esta sexta-feira.

"Na sequência das legítimas preocupações geradas pela revelação de uma tatuagem de cariz nazi de um apoiante da Frente nacional de Châteauroux (centro do país), foi decidido que Bastien Durocher será retirado da lista da União Azul Marinho (Rassemblement Bleu Marine)", afirmou Matthew Colombier em comunicado.

Na fotografia, Durocher surge com o braço esquerdo tatuado com o símbolo da "Divisão Charlemagne" das "Waffen-SS" que durante a Segunda Guerra Mundial era composta por voluntários franceses. Colombier tinha afirmado inicialmente que não iria "retirar a confiança" ao candidato da sua lista mas, a direção do partido decidiu afastá-lo, seguindo uma estratégia que pretende evitar a diabolização da Frente Nacional e que é seguida há vários anos pela presidente Marine Le Pen.

Bastien Durocher afirmou hoje no jornal "La Nouvelle République que a sua tatuagem tinha sido feita durante a "adolescência" e que tencionava removê-la. No entanto, as imagens difundidas online pelo grupo "Resistência Antifascista" denunciaram a ideologia racista do candidato e levaram agora ao seu afastamento do ato eleitoral do próximo mês.

Fonte: Diário de Notícias (Portugal)/France Press (França)
http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=3686946

Ver mais:
Fotografia. Candidato da extrema-direita francesa afastado por tatuagem neonazi (Notícias ao Minuto, Portugal)
Extrema-direita francesa afasta candidato por tatuagem neonazi (TSF, Portugal)
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Observação 1: Sobre esta Divisão Charlemagne, eu inclui o link no texto acima (basta clicar no nome da divisão) do Axisforum sobre ela (está em inglês), que é especializado em discussão sobre segunda guerra. Ou ver o verbete da Wikipedia em inglês sobre esta divisão:
33rd Waffen Grenadier Division of the SS Charlemagne (1st French)

Aos desavisados, o Axisforum (ou Axis History, é um site que é mais conhecido pelo fórum de discussão embora tenha a parte informativa nele de primeira) não é um fórum neonazista, pois muita gente pode confundir por conta do tema que ele aborda. O rigor com banimento de negacionistas nele é pesado e o conteúdo é de primeira, quem for pego pregando negação do Holocausto e afins acaba sendo banido, até porque a "contribuição" com o "conhecimento" desse pessoal negacionista sobre segunda guerra beira a irrelevância, sendo que todo e qualquer comentário de gente com esse perfil político é enviesado pras crenças lunáticas "mágicas" do fascismo que eles idolatram. Só comento isso porque o grau de histeria com esses assuntos no Brasil anda elevado, e o desconhecimento sobre os temas seguem nessa mesma proporção (desconhecimento pesado), o que facilita a proliferação de fascistas no Brasil pois um público com um conhecimento ou análise crítica precários sobre esses assuntos e outros, além de falta de humanismo como postura política, não representa um obstáculo à pregação desse tipo de doutrina de caráter extremista segregador no país.
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Observação 2: a quem não leu ou viu, recomendo que leiam este texto (está dividido em partes e não foi finalizado ainda, o original está em inglês) sobre a formação dessas tropas multiétnicas da Waffen-SS pois vários grupos de extrema-direita (fascistas e neonazis) no Brasil e no exterior, utilizam o episódio dessas tropas pra propagar, de forma ridícula pois só um ignorante mal intencionado leva uma coisa dessas a sério sem checar nada, que o Reich nazista não era racista, algo que beira o ridículo pois mesmo nessas tropas, quem não se enquadrasse nos critérios "raciais" nazis, não tinha acesso a promoções ou mesmo fazer parte do grupo "seleto" dos "arianos" (segundo a denominação nazista), fora toda a doutrina racista nazi.

Boa parte do voluntariado dessas tropas se deu por questões ideológicas, vários agrupamentos simpáticos ao nazismo e fascismo, grupos de extrema-direita anti-comunistas, alistavam-se nessas tropas pra combater na União Soviética e em outros países o "inimigo bolchevique". Em geral as pessoas fanáticas que se dizem anti-comunistas, são fascistas ou bem extremistas (sendo que boa parte não se assume), isso frequentemente os leva a aproximações com grupos nazifascistas, embora não vivamos mais a polarização da Guerra Fria. Vários grupos no Brasil, principalmente na mídia brasileira, alimentam essa paranoia de guerra de décadas passadas (por politicagem e disputa política com governos) que perderam totalmente o significado original e são anacrônicas, mas prum fanático qualquer crendice que combine com a "visão de mundo" dele "faz sentido".

Sobre o que apontei, e este é o tipo de propaganda que fazem, este blog neonazista verdade1945, aparentemente de alguém de Santa Catarina (Estado), faz a propaganda que citei acima, postagem de 2007. Os responsáveis pelo site pelo visto não foram condenados pela justiça brasileira por apologia do nazismo sendo que o post está no ar há uns 7 anos e a impunidade alimentando esses grupos.

Link do texto sério sobre essas tropas multiétnicas segue aqui: O Fenômeno dos Voluntários (tropas multiétnicas do Terceiro Reich) - parte 01. Há a parte 02 (o link está no post) mas falta traduzir o resto.

Quem quiser ver todos os textos sobre o assunto, clique nas tags Waffen-SS e Tropas Multiétnicas

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

A crise da Ucrânia: fascistas (extrema-direita) perto do poder (Black Blocs atuam)

Eu iria tentar traduzir essa matéria da BBC "Ukraine's far-right Svoboda party hold torch-lit Kiev march" (Partido de extrema-direita Svoboda da Ucrânia segura tochas acesas em marcha em Kiev), mas vai que ela coloca a tradução em português (se bem que a matéria é de janeiro e até agora, nada), tornaria a tradução aqui desnecessária.

Em todo caso, não vou esperar pra que saia algo mais detalhado nesses sites de notícia até porque dá pra comentar o caso, e "sabe-se lá porque" estão evitando de comentar abertamente o que se passa naquele país (eu imagino o "porquê", mas como não há provas e sim impressões, não dá pra afirmar categoricamente o porquê do silêncio da imprensa brasileira com esse caso, mesmo suspeitando-se dos motivos).

Vou colocar abaixo a tradução de uma matéria de outubro de 2012, ou seja, matéria de quase 2 anos, por isso não tem influência no "calor do momento" atual, que mostrava o perfil desse partido de extrema-direita (fascista de fato) na Ucrânia, é ele quem está conduzindo os "protestos" na Ucrânia e ninguém sabe o que pode sair disso.
Ucrânia: Partido antissemita Svoboda de extrema-direita
31 outubro de 2012

O partido de extrema-direita Svoboda, obteve quase 12% dos votos nas recentes eleições parlamentares da Ucrânia, provocando preocupação entre os grupos judaicos da Europa.

Esta é a primeira vez na breve história da Ucrânia, país que se tornou independente em 1991, que uma facção de extrema-direita entra no parlamento. O partido obteve só 1 por cento dos votos emitidos nas eleições anteriores de 2007. Svoboda, que significa literalmente "Liberdade", obteve um importante apoio no oeste da Ucrânia, na fronteira com a União Europeia.

O membro do Parlamento Judaico Europeu, o rabino Levi Matusof, implorou as pessoas a "condenarem energicamente ao ostracismo e isolar sem ambiguidades, àqueles que buscam de maneira inequívoca o renascimento da ideologia mais obscura da história europeia".

A UE foi testemunha de um aumento geral do apoio a partidos de extrema-direita desde o início da crise econômica mundial em 2008, com partidos como o Jobbik na Hungria e o Golden Dawn (Aurora Dourada) na Grècia obtendo representação em seus respectivos parlamentos nacionais, apesar de proclamar posturas abertamente antissemitas.

Fonte: jewish news one
http://es.jn1.tv/video/news?media_id=68050
Tradução: Roberto Lucena
Black Bloc fascista do Svoboda na Ucrânia
Pra quem quiser ler mais, outra matéria de 2012 sobre o Svoboda narrando a mesma coisa (em espanhol):
Demostración de fuerza de los ultranacionalistas de Svoboda en Ucrania

E aqui um em português, observem nas fotos que um "militante" (Black Bloc) deste partido está escorado num muro/mureta com vários símbolos White Power pichados. Link:
Manifestantes Estão Morrendo nas Ruas de Kiev
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Pra quem não entendeu nada da "revolta", vou tentar citar eventos que tornará fácil entender o que está se passando naquele país.

1. A Ucrânia teve um movimento fascista forte, OUN, que despontou antes da segunda guerra chegando a proclamar a independência da Ucrânia em 1941 (tem até um fascista que é "herói nacional" por lá, Stepan Bandera), sendo suprimidos pelos nazis, pois estes tinham planos de extermínio e escravização de eslavos e expansão do Lebensraum, espaço vital do Reich nazista pra ser colonizado por alemães germanizando a região.

2. Vários ucranianos lutaram na Waffen-SS pela Alemanha nazi, ver [14th Divisão Waffen Grenadier da SS (1st Ukrainian)] e aqui, e alguns serviram como guardas em campos de concentração/extermínio. Inclusive há desfiles saudando essa unidade feitos por nacionalistas (fascistas) da Ucrânia tentando resgatar a "honra" deles. Pra ver as fotos: link1, link2, link3.

3. A Ucrânia tem um ranço histórico com a Rússia em virtude do Holodomor (A relação problemática da Ucrânia com o Holocausto. Ambos: vítimas e perpetradores - Parte 01) que ocorreu no regime stalinista, e esse evento se tornou parte da identidade nacional ucraniana desde sua independência de fato em 1991 depois da fragmentação da União Soviética.

4. Os herdeiros desses grupos fascistas ucranianos são fortes na política ucraniana desde a proclamação de independência deste país, até com a direita tradicional.

5. Como citei acima, qualquer movimento da Rússia em relação à Ucrânia, é visto como hostilidade e isso dá margem pros fascistas incitarem revoltas populares usando como pretexto a rixa histórica com a Rússia. Pra piorar a situação, há disputa de potências em relação à Ucrânia (Estados Unidos e União Europeia versus Rússia, que tinha parte da elite política da Ucrânia próxima a Moscou).

6. O reator de Chernobyl fica na Ucrânia, um dos maiores acidentes nucleares do século XX. Na época quem mandava nessas Repúblicas era Moscou, capital da União Soviética (e obviamente vista como ato russo aumentando o rancor histórico explorado pelos ultranacionalistas/fascistas da Ucrânia).

As marchas estavam comemorando o 105º aniversário
de Stepan Bandera, nazifascista ucraniano (retrato dele)
7. O ministro da Ucrânia assinalou um acordo com a Rússia que foi o estopim da revolta, em detrimento à aproximação com a União Europeia, e os fascistas tomaram as ruas com Black Blocs no meio causando baderna e mortes (curioso como há "mascarados" em toda zona de conflito e quando algo grave ocorre eles somem, Egito, Ucrânia, Brasil...).

8. Em suma, o que vocês estão vendo é um partido fascista, o Svoboda, aproveitando-se politicamente dessa querela que inflamou a população (a parte que fica ao redor de Kiev fala ucraniano, tem uma parte da Ucrânia próxima à Rússia que falam russo, mesmo dentro da Ucrânia) pra tentar chegar ao poder ou se aproveitar disso.

Eu diria que os dirigentes europeus novamente brincam com fogo, ou estão querendo apagar incêndio com gasolina, e todo mundo sabe das consequências disso no passado. Eles acham que as coisas não se repetem mas estão literalmente brincando com dinamite de forma que já beira a irresponsabilidade. Eles acham que têm controle sobre grupos fanáticos ultranacionalistas (que se comportam como "tribos"), mas historicamente esses mesmos grupos se mostram "indomáveis" uma vez chegando ao poder, e começam a se proliferar por outros países onde ainda não chegaram ao poder, como na França (que não é um país qualquer, é uma potência nuclear e militar).

Pelo visto estão à espera de outro Bonaparte (não precisa nem citar o cabo austríaco) pra tocar fogo na Europa inteira. Incrível (no sentido negativo) o papel desempenhado pela chanceler da Alemanha, Merkel, nessas questões já que ela tem papel de liderança na UE. Primeiro deixou a Grécia quebrar e todo mundo sabe o caos que tomou conta daquele país com neonazis se fortalecendo. Depois (ou antes) Espanha, Portugal, Itália, Bósnia e vai se alastrando, efeito dominó.

A continuar nesse ritmo em breve a União Europeia será só uma "barra" de vidro oca só esperando que alguém estilhace pra decretar seu fim. Novamente com os fascistas protagonizando.

Eu fiz esse resumo aqui porque acho difícil que saia algo mais detalhado (citando os episódios que citei acima) em sites de notícia, mas vai que... como eu sei que andam lendo esse blog (muita gente), já me deparei com matérias postadas aqui que saíram logo depois em alguns sites, um "súbito" interesse por esses assuntos, digo isso porque não acredito em coincidência e o povo lê em silêncio, sem comentar etc. Não acho ruim que isso ocorra pois é bom informar o povo pra que o mesmo não embarque em "aventuras" (Black Blocs, marchas forjadas radicais) pra depois se arrependerem de terem apoiado esse tipo de porcaria anti-democrática.
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Há outro ponto a destacar que já citei acima, e pra não precisar abrir outro post só pra comentar o caso brasileiro vai nesse mesmo, que é a presença novamente dos grupos Black Blocs, os mascarados que andam tocando o terror no Rio e o governo fluminense simplesmente não "consegue" desbaratar esses bandos.

Postura que acho estranha pois não é difícil desbaratar isso. Em PE, depois da primeira destruição que fizeram, e não foi pequena, esses grupos foram dispersos muito rapidamente pela ação da polícia e não apareceram mais (não foi muito noticiado isso, "curiosamente"...), fora que a população do Estado (ao contrário de outros) não é muito passiva quando a confrontam (os Black Blocs não representam o povo), podendo partir pra agressão física contra eles, sendo que a população, por estar em maior número, o estrago que ela fizer pode ser feio (pra eles). Daí fica a pergunta do porquê da inação contra esses bandos mascarados em outros estados. Qual o propósito disso (da inação)?

Última declaração deles é uma ameaça a delegações na Copa do Mundo (link), depois de causarem a morte de um inocente (o cinegrafista) por motivo banal. Já deveriam ter tirado do ar essas páginas deles e identificado os autores/responsáveis. Não é necessário, por oportunismo e inconsequência, a proposta de leis esdrúxulas "anti-terroristas", pois ao proporem isso estão fazendo o "jogo" desses bandos.

P.S.1 ao pessoal radicalzinho que está em campanha contra governos, caso queiram comentar, favor deixar as paranoias de lado e sectarismos e tratar o assunto de forma séria. Se vierem com teoria da conspiração de sites/revistas/jornais de (extrema) direita pra fazer panfletagem ordinária, eu corto. O problema do fascismo é coisa séria, não é pra ser tratado com esse tipo de infantilidade sectária como alguns (ou muitos) vem tratando achando que autoritarismo se resume a "revis".

P.S.2 Caso alguém queira ler, eu não li o texto todo, só passei a vista (está em inglês), aqui tem um resumo basicamente com o que listei acima (e mais coisas) sobre as origens dessa "revolta" na Ucrânia. Link: Nazi and Fascist Roots of the Ukrainian Pro-EU Protest Movement (As raízes nazi e fascista do movimento de protesto pró-UE ucraniano)

Atualização 1: 19:00, dia 17.02.2014. Acréscimo dos links sobre a divisão ucraniana da Waffen-SS e desfiles neofascistas na Ucrânia louvando essa unidade.

Atualização 2: 08:25, dia 02.03.2014. A crise na Ucrânia, os desdobramentos (um resumo)

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Oficiais da Waffen-SS que também serviram em campos de concentração, extermínio e Einsatzgruppen

Belzec - SS guardas
Entre os aficionados da história militar, em ocasiões existe certa confusão sobre se os membros da SS armadas (SS-Verfügungstruppe, mais adianta a Waffen-SS) eram simplesmente soldados profissionais, e que não tinham nada a ver com o pessoal dos campos de concentração (SS-Totenkopfverbände) ou da SS "normal" (SS Allgemeine). Ou seja, se as siglas comuns era algo assim como uma simples coincidência, e que o pessoal de uma organização não tinha nada a ver com as outras. Que Theodor Eicke, primeiro inspetor do Konzentrationslager havia morrido como comandante da divisão Totenkopf foi apenas uma coincidência. Que Joaquim Peiper houvera servido entre janeiro e março de 1936 em Dachau, e que como ajudante administrativo da oficina de Himmler, participasse na planificação da administração da Polônia, e visitasse com ele os campos de concentração, guetos etc, não elimina o fato de que fora um destacado oficial de combate.

Na continuação reproduzo duas tabelas com os oficiais da Waffen-SS que por sua vez serviram em campos de concentração, inclusive de extermínio, assim como nos Einsatzgruppen. O serviço nessas unidades se dava tanto antes como depois de estarem destinados a unidades de combate, e os motivos podiam ser muito diversos: pessoal destinado à frente oriental como castigo, feridos incapacitados para o serviço no front, ou simples necessidade de suas capacidades profissionais, segundo as circunstâncias de cada um. Por exemplo, Josef Mengele, o famoso médico de Auschwitz desde 1943, foi recrutado em 1940 pela Wehrmacht, e foi voluntário da Waffen-SS, servindo na 5ª Divisão SS "Wiking", onde ganhou a cruz de ferro de 2ª e 1ª classe. Uma ferida numa perna fez com que em 1942 ele se declarasse não apto para o front.

Evidentemente esta tabela conta apenas os oficiais, não suboficiais e tropa, que também serviram na execução do genocídio. O Einsatzgruppen A, por exemplo, adscrito ao grupo de exércitos Norte, de 990 integrantes, 340 pertenciam a Waffen-SS. Outro terço era das distintas polícias do Reich, e o restante do pessoal de serviço (condutores, intérpretes, operadores de comunicações...) fornecidos pela Wehrmacht.

Terá que recordar que um dos objetivos declarados da Waffen-SS era proporcionar às forças policiais o prestígio que implicava ao participar do combate, e que ninguém pudesse lhes repreender que haviam se dedicado a trabalhos de retaguarda enquanto a nação lutava na frente de guerra. Enquanto as unidades estrangeiras, em sua imensa maioria oficiais e suboficiais eram alemães ou Volksdeutsche (alemão étnico). No final da guerra muitos batalhões de polícia auxiliar ou serviços uniformizados de populações deste (estonianos, letões, ucranianos, e em menor proporção lituanos) passaram como batalhões inteiros a servir em campos de concentração ou trabalhos antipartisans da Waffen-SS. Isto não significava que se converteram em membros da mesma de pleno direito, só que serviam nelas; em muitas ocasiões não levavam no pescoço as runas da SS, senão símbolos nacionais. Seus membros condecorados, inclusive os escassos oficiais e suboficiais, não foram inscritos no livro de honra da Waffen-SS.

Número
Divisão
Oficiais que serviram em Kz/ Ks / campos de  extermínio
Oficiais que
serviram nos Einsatzgruppen
«Leibstandarte Adolf Hitler»
16
3
«Das Reich»
39
1
«Totenkopf»
159
1
«Polizei»
29
3
«Wiking»
45
-
«Nord»
57
-
«Prinz Eugen»
23
-
«Florian Geyer»
28
1
«Hohenstaufen»
22
2
10ª
«Frundsberg»
20
-
11ª
«Nordland»
12
-
12ª
«Hitlerjugend»
6
1
13ª
«Handschar» (Kroatische Nº 1)
9
-
14ª
«Galizische» o Galicia (Ukrainische Nº 1)
5
1
15ª
Lettische Nº12
5
-
16ª
«Reichsführer-SS»
17
1
17ª
«Götz von Berlichingen»
15
-
18ª
«Horst Wessel»
7
1
19ª
Lettische Nº2
3
1
20ª
Estnische Nº1
7
1
21ª
«Skanderbeg»
4
-
22ª
«Maria Theresia»
3
-
23ª
«Kama» (Kroatische Nº 2) Foi dissolvida em fins de 1944. Os restos se trasladaram para a Nederland, com o mesmo número 23.
5
-
23ª
Nederland, formada depois da dissolução da divisão 23ª “Kama”.
-
24ª
«Karstjäger»
1
-
25ª
«Hunyadi» (Ungarische Nº 1)
2
-
26ª
«Hungaria» (Ungarische Nº 2)
3
-
27ª
«Langemarck» (Flämische Nº 1)
5
-
28ª
«Wallonien»
0
-
29ª
(anteriormente «Brigada Kaminski», Russische Nº 1)
3
1
29ª
Italienische Nº 1
30ª
Russische Nr. 2
2
-
30ª
Weißruthenische Nº 1
2
-
31ª
31ª SS-Freiwilligen Grenadier Division
2
-
32ª
«30 Januar»
-
33ª
Ungarische Nº 3
-
33ª
«Charlemagne»
1
-
34ª
«Landstorm Nederland»
6
-
35ª
35ª SS-Polizei Grenadier Division
1
-
36ª
36ª Waffen Grenadier Division der SS
7
1
37ª
«Lützow»
0

38ª
«Nibelungen»
0
1

Glodsworthy, Terry: Valhalla’s Warriors: A history of the Waffen SS. Dog Ear Publishing. Indianapolis, Indiana, 2007 (mostra duas tabelas separadas). Sua fonte são os livros de French L. MacLean: The Camp Men: The SS Officers Who Ran the Nazi Concentration Camp System y The Field Men: The SS Officers Who Led the Einsatzkommandos – the Nazi Mobile Killing Units, Schiffer Military History, 1999 y 2001. De uns mil e cem oficiais da SS estudados por MacLean com responsabilidades no sistema concentracionário, uns quinhentos haviam servido na frente, na Waffen-SS. As cifras não são definitivas, por exemplo. Recentemente Trang ampliou o número de oficiais da Totenkopf implicados, de 159 para mais de duzentos.

Fonte: Blog antirrevisionismo (Espanha)
Título original: Oficiales de las Waffen SS que también sirvieron en campos de concentración, exterminio, y Einsatzgruppen
http://antirrevisionismo.wordpress.com/2013/04/15/oficiales-de-las-waffen-ss-que-tambien-sirvieron-en-campos-de-concentracion-exterminio-y-einsatzgruppen/
Trecho do livro: Glodsworthy, Terry: Valhalla’s Warriors: A history of the Waffen SS.
Tradução: Roberto Lucena

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

O Fenômeno dos Voluntários (tropas multiétnicas do Terceiro Reich) - parte 02

Mão-de-obra das Forças Armadas e o recrutamento da SS

Soldado da Legião "Freies Arabien"
"Legião Árabe Livre"
No início da guerra na Europa, a organização Waffen-SS que acabaria por implantar a maior parte da mão de obra estrangeira usada na guerra, apenas recentemente havia ganho o reconhecimento oficial como uma força militar. A SS (Schutzstaffel) originou-se na década de 1920 como uma força especial de segurança do Partido Nazista, que protegia Hitler e seus principais funcionários quando eles excursionavam pela Alemanha. Com a elevação de Heinrich Himmler como chefe dos 280 homens da SS em 1929, seu caráter final começou a tomar forma. Após a tomada do poder pelos nazistas e a derrubada da milícia revolucionária nazi (SA) pela SS em 1934 , esta organização se institucionalizou como a guardiã do movimento e começaram a demonstrar sua influência, como tentáculos, através da hierarquia nazista e dos quadros econômicos, jurídicos , sociais e educacionais da nova Alemanha. [06]

Funções quase militares dentro do já crescente SS debruçavam-se sobre um largo guarda-costas, o Verfügungstruppen (tropas especiais de impostos), que havia formado quatro regimentos de infantaria motorizada em 1938. Rigorosamente selecionados pela maleabilidade política e ideológica e características raciais corretas, estas tropas exerceram funções cerimoniais de rotina, mas não tinha nenhuma função militar clara. [07] A única base legal para sua existência decorre do decreto de Hitler de 17 de Agosto de 1938, que lhes designou como uma unidade militar ativa obediente a sua direção e independente da Wehrmacht ou da polícia alemã.

Armados, treinados, e estabelecidos como formações militares convencionais, as tropas da SS receberam armas, equipamentos, munições e publicações de doutrina e tática do Exército. Eles estavam sujeitos à mobilização, mas até aquele momento o Exército poderia exercer sua autoridade de inspeção só em matéria de treinamento com armas e somente com a permissão de Himmler. Além disso, o serviço nos regimentos da SS, eventualmente, contavam para cumprimento da obrigação de serviço militar de um cidadão alemão. [08] Como "exército" pessoal de Hitler, os regimentos Verfügungstruppen lutaram nas primeiros campanhas da Blitzkrieg, subordinados aos comandantes de campo da Wehrmacht, mas administrativamente independentes, sob a burocracia de Himmler.

 Essa dicotomia foi parcialmente corrigida quando negociações estendidas com o Alto Comando das Forças Armadas sobre a composição, formação e papel da força militar SS culminou na ordem de 2 de Março de 1940, que designou, pela primeira vez, os regimentos de guarda, divisões recém-formadas e unidades de apoio como a "Waffen (Armada)-SS". Este ato foi o mais próximo que a SS armada viria a ser oficialmente designada como membro de direito da Wehrmacht. Embora a Waffen-SS continuou a operar taticamente sob o comando do Exército e da Wehrmacht e seu recrutamento, formação, equipamento e doutrina permaneceram em conformidade com as normas da Wehrmacht, Himmler ainda controlava a atual administração e treinamento da força para o momento em que as unidades individuais fossem usadas no front. [09] [10]

Acadêmicos há muito tempo pensaram que a exclusão da Waffen-SS de ter um status militar oficial frustrou a busca de Himmler por seu reconhecimento como "o quarto ramo da Wehrmacht." Sabemos agora que as ambições de Himmler excedeu em muito essa meta, e que ele procurou substituir as forças armadas convencionais por uma ordem superior, ideologicamente preparada e revolucionária. Sua principal luta foi centrada no recrutamento e expansão. Desde o início de seu serviço de campo eficaz na era da Blitzkrieg, a Waffen-SS procurou ter um papel como uma força armada de elite e permanente postura como tropa de choque do partido. Os líderes da SS imaginaram a eventual substituição das forças armadas regulares como um desenvolvimento necessário para a transformação da Alemanha para no "Reich de Mil Anos" da Nova Ordem, que só poderia ser policiado por uma força militar politicamente doutrinada. Tais motivos dificilmente poderiam ser admitidos nos primeiros dias, especialmente quando Hitler tinha prometido consistentemente a cada um dos diversos serviços militares, a responsabilidade exclusiva pela defesa do Estado alemão. [10]

A obtenção de mão de obra para as novas divisões Waffen-SS tornou-se a principal responsabilidade do brigadeiro-general da SS Gottlob Berger, um homem de considerável capacidade de organização, que no final de 1939 estabeleceu um escritório nacional de recrutamento na sede da SS em Berlim para coordenar as atividades dos escritórios locais de vários distritos militares. Com o apoio entusiasmado de Himmler, Berger explorou brechas deixadas para a SS pelo Alto Comando das Forças Armadas (OKW). Este último tinha alocado recrutas para 1940 entre o Exército, Marinha e Força Aérea na relação 66-9-25. O recrutamento da Waffen-SS não foi levado em consideração nesta alocação. Pelo contrário, a SS recebeu autoridade simplesmente para preencher divisões especificamente autorizadas, regimentos e tropas de apoio necessários. Berger e seus assessores impiedosamente exploraram este acordo de cavalheiros, no qual o OKW não fiscalizou a execução detalhada da política da SS. Os recrutadores da SS ignoraram todos os limites implícitos e pegaram tantos voluntários em idade de recrutamento quanto a propaganda poderia atrair. [12]

Não contente com tais subterfúgios burocráticos, Berger também procurou fontes de mão de obra não diretamente controladas pelo OKW, incluindo homens que não eram cidadãos do Reich alemão. Alemães étnicos, ou Volksdeutsche, a partir de territórios anexados ou ocupados mostravam-se como promessa para um pool de recrutamento, especialmente quando a guerra deixou partes da Europa Oriental sob controle alemão. Finalmente, os chamados povos "nórdicos" do norte da Europa, finlandeses, suecos, dinamarqueses, noruegueses e holandeses poderiam cumprir as exigências raciais dos recrutadores da SS e, ao se tornarem voluntários, não constariam das estatísticas de recrutamento do OKW. Cem desses países nórdicos tinham entrado no serviço da SS em 1940. Depois de abril do mesmo ano, os escritórios de recrutamento de Berger foram atrás deles a sério. [12]

Sem os frutos do combate, no entanto, a Waffen-SS não poderia ter crescido em mão de obra e quantidade de material como o fez. As ações de um Verfügungsdivision e vários regimentos motorizados na Batalha da França, como parte da ponta de lança mecanizada, estabeleceu o seu valor na visão de Hitler, que era o mais importante. A justificação para uma maior expansão foi encontrada na campanha em curso contra a Rússia, de modo que a força de campo da SS dobrou entre a queda da França e o início da ofensiva da "Barbarossa", como a invasão da União Soviética era conhecida. [13]

Dada essa expansão, os planos megalomaníacos de Himmler e seu chefe de recrutamento pareceram um pouco viáveis. Ao final de 1941, a Waffen- SS tinha emergido como um segundo exército, e, graças à sua formação ideológica, constituiu "uma alternativa nacional-socialista intransigente ao tradicional estabelecimento militar". Contanto que ele perseguiu um papel ativo no cumprimento confiável da "missão histórica" de Hitler, como um instrumento pessoal de seu destino, a Waffen-SS podia se sentir segura. A imagem cultivada pela SS como um corpo ideológico único, separado do Exército, e mais estreitamente ligada à autoridade política e do partido, seria proteger ainda mais a sua posição após a tentativa de assassinato em 20 de julho de 1944 sobre Hitler, no qual vários oficiais do Exército alemão participaram. Esta tentativa manchou o Exército aos olhos de Hitler e fez com que Himmler elevasse a SS ao status de único braço viável portador da nação, apesar do fato de que a guerra foi a seguir chegando a seu final, e por sua vez, com a fatal derrota alemã. [14]

Notas:

Nota 6: Gerald Reitlinger, The SS: Alibi of a Nation 1922-1945 (New York: Viking Press, 1957) has been supplanted by Robert Koehl's The Black Corps as the standard authority. However, its narrow concept of the Waffen-SS as an armed formation designed for internal security must be replaced by notions of the SS as an emerging revolutionary state in its own right, and the Waffen-SS as its future army, as asserted by Bernd Wegner, The Waffen-SS: Organization, Ideology, and Function. (Oxford: Basil Blackwell, 1990), 360-65. Back.

Nota 7: Stein, Waffen-SS, xxv-xxxii.

Nota 8: Ibid., 22; Alfred Schickel, "Wehrmacht und SS," Wehrwissenschaftliche Rundschau 19:5 (May 1969): 247-50.

Nota 9: Stein, Waffen-SS, 49; Schickel, "Wehrmacht und SS," 257; Helmut Krausnick, Hans Buchheim, Martin Broszat and Hans-Adolph Jacobsen, Anatomy of the SS State (New York: Walker, 1968), 260-74.

Nota 10: Stein, Waffen-SS, 48. Wegner, Waffen-SS, 128-29.

Nota 11: Stein, Waffen-SS, 35-36, 48; Wegner, Waffen-SS, 209 ff. On the organization of Berger's office, see Gerhard Rempel, "Gottlob Berger and Waffen-SS Recruitment, 1939-1945," Militärgeschichtliche Mitteilungen (MGM) 27:1 (1980): 107-22. General Alfred Jodl, Chief of Staff, OKW, commented in his diary entry for 25 May 1940, "the plan for a limitless expansion of the SS is alarming." Schickel, "Wehrmacht und SS," 260. Berger became head of the SS Central Office in August of 1940, but this only added duties of overseeing ideological training; Wegner, 209-12.

Nota 12: The OSS estimated that some 442,000 Volksdeutsche, including Alsatians, were available for military service, with 15,000 more coming of age each year. National Archives and Records Administration, Military Records Division, Record Group 226, OSS (R & A) document 1238, 25 September 1943. Luxemburgers and some Alsatians were considered citizens of the Reich under a complex set of rules. See Norman Rich, Hitler's War Aims, vol. 2, The Establishment of the New Order (New York: W. W. Norton, 1974), 23-35, 166; Willard A. Fletcher, "The German Administration in Luxemburg, 1940-42," The Historical Journal 13:3 (March 1970): 533-44. Bernd Wegner, "Auf dem Wege zur pangermanischen Armee," MGM 28 (1980): 101-3. For a statistical breakdown of early volunteers by nationality, see Kurt G. Klietmann, Die Waffen-SS: eine Dokumentation (Osnabrück: Munin, 1965), 501.

Nota 13: Schickel, "Wehrmacht und SS," 260.

Nota 14: Ibid., 262-64; Wegner, "Auf dem Wege," 103, 113n; Stein, Waffen-SS, 17. Wegner later enlarged and detailed the Himmler vision of a new army decisively in his masterly Waffen-SS; see especially 346-59.

Fonte: A European Anabasis — Western European Volunteers in the German Army and SS, 1940-1945; Gutenberg-e (Columbia University Press)
Autor: Kenneth W. Estes
http://www.gutenberg-e.org/esk01/frames/fesk01.html
Tradução: Roberto Lucena

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Fotos: Legion Freies Arabien (http://de.wikipedia.org/wiki/Legion_Freies_Arabien)
Free Arabian Legion (http://en.wikipedia.org/wiki/Free_Arabian_Legion)
Category:Legion "Freies Arabien"
(http://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Legion_%22Freies_Arabien%22)

Comentário: Eu acho desnecessário repetir o comentário que fiz no primeiro post desse texto, mas... como sei que muita gente nem lê os links (com a parte 01), acho melhor repetir aqui já que o texto está dividido em várias partes.

A escolha da foto do post foi intencional pois a mesma costuma aparecer em sites "revisionistas" (e similares de extrema-direita, neonazis etc) espalhando informações distorcidas intencionalmente sobre o assunto, como propaganda para insinuar que o regime nazi não era racista por conta do uso destas tropas de voluntários da Waffen-SS, sem qualquer explicação do contexto de como essas tropas foram montadas (como é explicado na tradução acima e no site com o texto completo de Kenneth W. Estes).

Já vi "revi" alegar que este assunto é "escondido", afirmação esta que beira a comédia e pura má fé, pois como podem ver acima, o que não falta na web (e fora da web) são informações sobre o assunto, livros etc, mas obviamente que nenhum revimané vai procurar algo que preste pra ler a não ser a literatura batida deles com distorções e mentiras de extremistas. Basta a pessoa saber procurar o assunto e não cair no comodismo e preguiça (ou devido a uma certa credulidade no que o credo revimané diz) de sair repetindo como papagaio o primeiro texto distorcido que lê em sites "revis" na web. Se impressionar porque desconhece um assunto é uma coisa, agir como idiota sem procurar saber do que se trata é outra coisa completamente diferente, não caiam na segunda opção.

A foto do post anterior foi tirada do site Axis History Factbook da seção sobre os voluntários estrangeiros da subsseção Deutsche-Arabische Bataillon Nr 845. A bibliografia está no site, ou estava, pois mudaram as páginas do Axisforum, numa sequência tentarei atualizar isso. As fotos acima foram dessa vez tiradas da Wikipedia em alemão e inglês.

terça-feira, 30 de julho de 2013

França bane mais dois grupos de extrema-direita - Oeuvre Française

O governo socialista da França baniu outro grupo de extrema-direita junto com sua milícia jovem depois do assassinato do ativista antifascista Clément Méric. A Oeuvre Française (Obra Francesa) e o Jeunesses Nationalistes (Juventude Nacionalista) são milícias privadas que pregam racismo, antissemitismo e xenofobia, de acordo com o Ministro do Interior Manuel Valls.

Fundada em 1968, a Oeuvre française é o mais antigo dos muitos grupúsculos da extrema-direita francesa.

A organização é abertamente antissemita e já esteve envolvido em algumas das manifestações mais radicais contra a lei deste ano sobre o casamento gay, como na interrupção de uma reunião que um dos arquitetos da lei, o deputado socialista Erwann Binet, deveria abordar.

A Jeunesses Nationalistes foi fundada em 2011 sob a liderança de Alexandre Gabriac, um conselheiro regional em Rhône-Alpes who que foi expulso da Frente Nacional de Marine Le Pen após fotos com ele fazendo a saudação nazista tornarem-se públicas.

As duas organizações são mais ativas na cidade francesa de Lyon.

O grupo mais velho "propaga uma ideologia xenófoba e antissemita e ideias racistas e negacionistas (negação do Holocausto)" e declara seu apoio a líderes do regime colaboracionista do Marechal Philippe Pétain durante a ocupação alemã da França (República de Vichy), Valls disse a repórteres, após uma reunião de gabinete na quarta-feira, que votou a favor da proibição .

Ministro do interior francês Manuel Valls fala com
jornalistas depois do encontro de gabinete da
quarta-feira. Reuters/Philippe Wojazer. por RFI
"Este grupo é organizado como uma milícia privada com campos de treinamento de estilo militar", disse ele, acrescentando que a Jeunesses Nationalistes "propaga ódio e violência, glorifica a colaboração e presta homenagem a milícias [Pétainistas] e as Waffen-SS".

Gabriac, por exemplo, continuou desafiador.

"A crença de que a proibição de nossos grupos, com um pedaço de papel, vai parar a nossa determinação e nosso progresso é uma fantasia", twittou ele. "O futuro é nosso."

Após a morte de Méric mês passado, o governo proibiu as três organizações mais implicados no assassinato, a Troisième Voie, a Jeunesses Nationalistes Révolutionnnaires e a Envie de Rêver.

A Envie de Rêver apelou contra sua dissolução ao Conselho de Estado, o mais alto tribunal de recurso na França, com o fundamento de que a proibição se tratava de um abuso de poder.

Fonte: RFI
http://www.english.rfi.fr/france/20130724-france-bans-two-more-far-right-groups
Tradução: Roberto Lucena

Observação: não saiu nenhuma matéria no país sobre isso.

Quem quiser ler mais detalhes sobre o assunto, conferir o texto do blog Droite(s) extrême(s) sobre o caso (em francês):
Dissolution de l’Oeuvre française, plus ancien groupe d’extrême droite en activité (Le Monde, França)

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