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sábado, 20 de setembro de 2014

Descobrem câmaras de gás no campo de extermínio de Sobibor numa escavação arqueológica

Escavações no local em 2009.
Foto: Yad Vashem
AJN.- "Este descobrimento tem uma grande importância na investigação do Holocausto", disse o Dr. David Silberklang, investigador do Yad Vashem.

Aproximadamente 250.000 judeus foram assassinados nesse lugar, o qual os nazis demoliram e cobriram com árvores para encobrir seus crimes. Também se encontraram bens pessoais das vítimas.

Uma escavação arqueológica na Polônia descobriu a localização das câmaras de gás no campo de extermínio de Sobibor, anunciou hoje o Yad Vashem, segundo o jornal israelense The Jerusalem Post.

Cerca de 250.000 judeus foram assassinados em Sobibor, mas em 14 de outubro de 1943, uns 600 presos se rebelaram e escaparam brevemente. Entre 100 e 120 prisioneiros sobreviveram à revolta e 60 deles à guerra. Depois do levante do campo, os nazis arrasaram a zona e plantaram pinheiros para ocultar seus crimes.

A escavação arqueológica no lugar, que é conduzida por uma equipe internacional de especialistas desde 2007, descobriu milhares de pertences pessoais dos presos, incluindo joias, perfumes, medicamentos e utensílios.

Esta semana foi descoberto um poço que foi utilizado pelos prisioneiros do Campo 1, onde ocorreu a revolta. Esses também continham objetos pessoais que pertenciam a prisioneiros judeus já que os guardas alemães haviam arrojado basura nele quando o lugar estava sendo destruído.

O Dr. David Silberklang, investigador do Instituto Internacional para Investigação do Holocausto, do Yad Vashem, disse: "O descobrimento da localização exata das câmaras de gás no Campo de Sobibor tem uma grande importância para a pesquisa do Holocausto".

Além disso, acrescentou que era importante entender que "não há restos de nenhum judeu que trabalhou na área das câmaras de gás, e portanto, esses resultados são os únicos que restaram dos que foram assassinados".

Fonte: AJN (espanhol)
http://www.prensajudia.com/shop/detallenot.asp?notid=39513
Tradução: Roberto Lucena

Ver mais:
Escavações revelam câmara de gás em campo de concentração na Polônia (blog A Vida no Front)

Mais detalhes em:
Archaeologists unearth hidden death chambers used to kill a quarter-million Jews at notorious camp (Washington Post, EUA)
Archeological Digs Reveal Sobibór Gas Chambers (Yad Vashem)
Archaeological Excavations at Sobibór Extermination Site


sábado, 19 de outubro de 2013

"Meu avô nazi, Amon Goeth, teria me matado"

Adotada na infância, mulher descobre ser neta de comandante nazista
Jennifer Teege | AFP

Jennifer Teege foi adotada e sabia pouco
sobre história da família biológica
A alemã-nigeriana Jennifer Teege descobriu já adulta ser neta de Amon Goeth, o célebre comandante nazista do campo de concentração de Plaszow, em Hamburgo, no norte da Alemanha.

Goeth tornou-se mundialmente conhecido ao ser retratado no filme A Lista de Schindler, o grande vencedor do Oscar de 1994, que conta a estória, baseada em fatos reais, de como um industrial alemão salvou mais de 1 mil judeus da morte ao empregá-los em sua fábrica durante a Segunda Guerra Mundial.

Teege é fruto de um breve relacionamento entre sua mãe, filha de Goeth, e um estudante nigeriano. Ela, que acaba de publicar o livro Amon, My Grandfather Would Have Shot Me ("Amon, meu avô, teria atirado em mim", em tradução livre), contou, em entrevista ao serviço Mundial da BBC, como a descoberta de suas raízes mudou sua vida.

Leia o relato.

"Há cinco anos, eu estava em um biblioteca em Hamburgo, no norte da Alemanha, e vi um livro envolvido em um pano vermelho que imediatamente chamou minha atenção.

O título, traduzido para o inglês, era I Have to Love My Father, Right? (Eu tenho que amar meu pai, certo?, em tradução livre). Estampava na capa a foto pequena de uma mulher que me parecia familiar.

Então comecei a folheá-lo. Havia muitas fotos e à medida que virava as páginas, percebi que havia algo errado.

No final, a autora resumia alguns detalhes sobre a mulher da capa e sua família e percebi que se encaixavam perfeitamente com o que eu sabia sobre a minha família biológica.

E entendi que se tratava de um livro sobre a história da minha família.

A mulher na foto era minha mãe e seu pai era Amon Goeth, comandante do campo de concentração de Plaszow, perto de Cracóvia.

Adoção

Minha mãe não tinha me contado nada. Ela me deu à adoção pouco depois que nasci, então não cresci com ela.

Poucas semanas depois do meu nascimento, fui entregue a um orfanato e, às vezes, recebia visitas da minha mãe. Aos sete anos, fui adotada por uma família e, depois disso, não tive mais contato com minha mãe, com exceção de uma vez.

Eu já tinha mais de 20 anos, e ela provavelmente não me contou nada para me proteger – provavelmente ela achou que seria melhor se não soubesse nada sobre meu passado real, sobre a verdade, sobre minha família, sobre meu avô.

E fiquei totalmente chocada quando descobri a história, era como se alguém tivesse puxado meu tapete.

Eu levei o livro para casa e o li da primeira à última página. Havia detalhes sobre a minha mãe, sobre minha avó e meu avô, Amon Goeth.
Libertação

Goeth no campo de concentração de Plaszow.
Ele foi condenado à morte por crimes de guerra.
Com o tempo, comecei a sentir o impacto daquela história sobre mim. Por ter sido adotada, eu sempre soube muito pouco sobre meu passado. E ter me confrontado com ele foi algo muito sério.
Amon Goeth | Museu do Holocaust

Eu tinha assistido ao filme A Lista de Schindler, em que Ralph Fiennes (ator inglês) faz o papel do meu avô. Mas nunca poderia imaginar que eu e Goeth éramos ligados geneticamente e isso foi muito angustiante.

Senti-me parte de sua história, mas ao mesmo tempo distante – o que não aconteceu com minha mãe, porque ela cresceu com a minha avó e deve ter sido muito difícil para ela deixar o passado para trás.

Eu tento não deixar o passado para trás, mas quero colocá-lo no lugar ao qual ele pertence. Isso não significa que eu vou ignorá-lo, mas não quero deixar que ele domine a minha vida.

Eu não sou um reflexo dessa parte da família, mas ainda estou muito conectada a ela. E espero achar uma forma de integrá-la à minha vida.

É uma história única, muito atípica e de significado profundo. Aborda a questão universal de como lidar com o peso do passado no presente e deveria mostrar como este passado pode ser libertador".

Fonte: BBC Brasil
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/10/131003_avo_nazista_escritoria.shtml

Ver mais:
My Nazi grandfather, Amon Goeth, would have shot me (BBC)

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Himmler - O pior homem de Hitler (biografia)

Sempre quando dá, geralmente em posts sobre livros, eu dou umas alfinetadas nas editoras nacionais por não lançarem ou relançarem títulos importantes sobre segunda guerra, embora entenda o motivo pra deixarem isso um pouco de lado: a ênfase do público "leitor" por livros "amenos" e coisas do gênero. Mas quando lançam algo de peso vale sempre ser destacado e elogiado. Traduziram pro português a biografia em alemão do historiador Peter Longerich sobre Himmler.

Abaixo vou colocar o texto que saiu na Isto É (Revista) divulgando o lançamento, embora o livro fora mencionado aqui antes (Biografia exaustiva revela Heinrich Himmler, post de 2008) só que uma matéria apenas sobre o livro e não sobre o lançamento dele em português.

O discurso de Himmler em Posen (ou Poznan), Polônia ocupada, sobre o extermínio de judeus se encontra aqui traduzido:
Discurso de Himmler em Posen sobre o extermínio de judeus (pra ver mais posts clique na tag Discurso de Himmler em Posen)

Links em inglês:
THHP, Nizkor, Holocaust Controversies, áudio com legenda em inglês

O pior homem de Hitler

Biografia revela em detalhes o percurso sanguinário de Heinrich Himmler, idealizador dos campos de concentração nazistas que eliminaram dois terços dos judeus da Europa
Ana Weiss

Confira o trecho de um discurso feito em 1943, na Polônia, em que Himmler fala sobre o massacre dos judeus:

Adolescente mimado, baixinho e com problemas de estômago e relacionamento – que só aumentaram durante sua vida –, Heinrich Himmler sonhava empunhar uma arma no front, o que nunca aconteceu. A biografia do braço mais mortífero de Adolf Hitler, traduzida para o português, mostra que o menino de aparência doentia, o soldado frustrado, o agrônomo subalterno sem capacidade para se tornar independente dos pais foram camadas superficiais sobre o núcleo central da personalidade do organizador do genocídio nazista: o de manipulador das fraquezas humanas.

“Heinrich Himmler – uma Biografia” (Objetiva), escrito por Peter Longerich, professor de história moderna alemã na Universidade Real de Holloway, de Londres, foi considerado pela imprensa alemã e norte-americana a melhor pesquisa sobre uma personalidade da SS, a polícia-sustentáculo do regime de Adolf Hitler. O levantamento do historiador, uma das maiores autoridades em estudos do Holocausto, chega ao País em um volume de 909 páginas, que cerca por ângulos múltiplos a história do nazista de carreira, responsável direto pelo projeto de extermínio em campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial.

No entreguerras, funcionário de uma fábrica de adubos nas redondezas de Munique, Himmler se filiou ao Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP), ou Partido Nazista. O “frágil e apagado” filho de um funcionário público, que era sustentado pelas marmitas enviadas pela mãe, galgou uma carreira meteórica na Schutzstaffel, a SS, segundo o autor, usando de uma técnica simpática aos olhos do Führer: agradar a superiores e aterrorizar a todos que estão embaixo.

CARREIRISMO
Heinrich Himmler, em 1943, dois anos antes de ser capturado (acima), e nos anos 30, em visita a Dachau (abaixo). O modelo de prisão e
extermínio da Alemanha hitlerista lhe valeu acúmulo de cargos

Nomeado interinamente como primeiro superintendente da polícia de Munique, Himmler acelerou sua ascensão dando início às detenções em massa de civis em 1933. Foi um dos pioneiros no uso da custódia preventiva (prisão de pessoas por tempo indeterminado sem nenhum controle judicial). Subiu por isso a assessor político do Ministério do Interior, o que colocava sob a sua alçada toda a polícia política do Estado. Nesse contexto, criou, em uma antiga fábrica de pólvora na cidade de Dachau, o campo de concentração que serviu de modelo de aprisionamento, tortura, humilhação, morte e incineração dos supostos inimigos do regime hitlerista. Em menos de um mês de funcionamento, conta o livro, a palavra Dachau dispensava qualquer apresentação em território alemão.

O sucesso do empreendimento de Himmler levou à criação dos demais campos, que passaram a ocupar também outros países europeus, concentrando atividades que ajudavam-no a ter cada vez mais o Reich em suas mãos: linhas de produção de armamentos, experiências biológicas com cobaias humanas e assassinatos coletivos em câmaras de gás. Até a prerrogativa de espancar e matar prisioneiros serviu de moeda ao líder: ganhavam o direito de bater, violar e matar por decisão própria apenas os que fossem promovidos à alta patente. Subordinados só matariam com autorização superior.

ESPECIALISTA

O livro é a primeira tradução de Peter Longerich no Brasil

Um regulamento disciplinar penal criado por ele pregava que, nos campos, qualquer conduta que fosse interpretada como tentativa de provocação ou rebelião poderia ser punida com a morte. Foram milhões delas – a incineração de cadáveres em escala industrial nunca permitiu a contagem exata das baixas. Segundo o historiador, poucos homens fizeram tanto pela Solução Final – eufemismo hitlerista para a extinção dos judeus – como o soldado frustrado Heinrich Himmler.

Quanto mais temido, mais Himmler subia no pódio nazista. O autor mostra que na procura por assessores e funcionários privilegiava “existências fracassadas”, formando assim um séquito de funcionários gratos e endividados. Um deles foi Theodor Eicke, que o chefe da SS tirou “do ponto mais baixo da sua existência” para ocupar o disputado posto de inspetor dos campos de concentração. Funcionário de patente inferio da SS, Eicke recebeu a proposta de emprego quando cumpria prisão por construir explosivos para uso pessoal no horário de trabalho. Foi necessário um atestado médico comprovando saúde mental para libertar e contratar o novo subordinado. Quem assinou a liberação foi o médico Werner
Heyde, nomeado depois chefe de laudos de descendência genética (atestados da impureza racial de judeus, ciganos, testemunhas de Jeová, homossexuais, eslavos e representantes ou simpatizantes dos partidos extintos pelo regime vigente). A promoção seguinte o levou ao posto de líder das mortes por eutanásia. Hitler chamava de eutanásia a “concessão do assassinato por misericórdia diante de doenças incuráveis”. Cabia à SS detectar e diagnosticar tais deformações que “enfraqueciam a raça humana”.

O autor tenta se eximir de conclusões psicológicas sobre o líder. Mas fala de uma moral dupla e volta sempre às técnicas desenvolvidas para a humilhação e o terror, que muitas vezes transcendiam seu projeto profissional. Uma das conclusões de Longerich é que o extermínio nazista era apenas o primeiro passo de Himmler rumo a um derramamento de sangue maior. O projeto foi interrompido em 1945. Capturado pelos aliados com seus assessores, ordenou que todos permanecessem vivos (as altas patentes viviam munidas de cápsulas de cianureto para o suicídio em caso de captura). Apresentou-se ao inimigo como líder, comeu um lanche e então se envenenou, abandonando seus subordinados.

Fonte: Isto É (Revista)
http://www.istoe.com.br/reportagens/325388_O+PIOR+HOMEM+DE+HITLER

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Diferentes abordagens do holocausto dominam mostra de cinema judaico em Lisboa

terça, 21 maio 2013 11:15. Publicado por Roni Nunes

Será a 1ª edição de uma mostra totalmente dedicada ao cinema judaico

A Judaica, como foi intitulada, ocorre em Lisboa, no cinema São Jorge, entre os dias 22 e 25 de maio, contando com oito longas-metragens de ficção e quatro documentários. Os filmes são provenientes de diversos países e todos, sem exceção, são fortemente marcados por possuir um pano de fundo histórico e social relevante.

Como dificilmente poderia ser de outra forma, o doloroso tema do holocausto domina o evento – mas com abordagens muito diferentes das habituais tragédias sentimentais do cinema de Hollywood. Conforme esclarece a diretora executiva do evento, Elena Piatok, “o tema pesa e há muitos títulos focados nele, que é incontornável. Mas as obras escolhidas não mostram o habitual, aquilo que já se viu em outros filmes. Tentei evitar a abordagem no estilo de Hollywood”, salientou.

Os filmes foram escolhidos dentro de eventos do mesmo género lhe pareceram mais adequados a um público alargado, com temáticas mais universais. “Tentei que fosse a mais abrangente possível – que falasse de música, de humor, que incluísse documentários. Espero que as pessoas gostem. Tentei abrir ao máximo o leque dentro das minhas poucas possibilidades em termos de orçamento”. A ideia da mostra partiu de uma constatação muito simples: eventos semelhantes existem por toda a Europa, tanto na ocidental como na oriental, para além dos Estados Unidos. “Até em Xangai existe. A cultura judaica é internacional, não tem fronteiras”, observa.

As honras da sessão de abertura cabem ao filme Comboio da Vida, segunda obra do realizador franco-romeno de origem judaica Radu Mihaileanu, que o ano passado esteve em cartaz em Portugal com A Fonte das Mulheres. Entre a programação de ficção, três obras recentes merecem destaque: Lore, de Cate Shortland, Hannah Arendt, de Margarethe von Trotta, e Zaytoun, o novo filme de Eran Riklis – realizador de A Viagem do Diretor, que esteve em cartaz por cá em 2011. Mahler no Divã (Felix Adlon e Percy Adlon), O Tempo Perdido (Anna Justice), O Quinto Céu (Dina Zvi-Riklis) e Simon e Os Carvalhos (Lisa Ohlin) completam a programação de ficção.

Entre os documentários, destaque para O Apartamento, uma incrível história do pós-2ª Guerra reconstituída a partir dos restos de cartas e fotografias de uma idosa recém falecida, e Hava Nagila, obra que utiliza do humor para reconstruir, a partir da mais famosa música judaica, a história da cultura do seu povo através dos tempos. A Mala de Hana, uma versão sobre o holocausto direcionada aos mais jovens, e Nunca te Esqueças de Mentir, filme sobre a infância na Polónia ocupada pelos nazis, são os outros trabalhos selecionados.

Fonte: C7nema (Portugal)
http://www.c7nema.net/festival/item/39029-diferentes-abordagens-do-holocausto-dominam-mostra-de-cinema-judaico-em-lisboa.html

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Um "revisionista" "menor" admite os fuzilamentos de judeus pelos Einsatzgruppen!

Um "revisionista" "menor" admite os fuzilamentos de judeus pelos Einsatzgruppen
Ou como poderia dizer, os amantes da demagogia patética, a mesma a qual os negadores do Holocausto usam frequentemente.

Como de costume, David Irving postou algum lixo em seu site, e desta vez é uma carta de Paul Grubach sobre o que Irving chama de uma "concessão conformista menor sobre o discurso de Himmler em Posen em 1943".

No verão de 2006 o Professor Jeffrey Herf publicou seu livro The Jewish Enemy: Nazi Propaganda During World War II and the Holocaust (O Inimigo judaico: Propaganda nazista durante a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto) (Belknap Press da Editora Harvard University). Foi dito que este é um dos livros mais importantes sobre o Holocausto na última década.
Eu gostaria de chamar sua atenção para uma admissão feita pelo professor Herf que realmente corrobora a tese "revisionista" do Dr. Arthur Butz.

Em Outubro de 1943, Heinrich Himmler fez um discurso em Posen, na Polônia ocupada. Este discurso é considerado por muitos como a prova absoluta de que os nazistas tinham uma política de exterminar todos os judeus da Europa, principalmente através do uso de câmaras de gás homicidas.
Hum... não. O discurso é de fato um pedaço de evidência (um dos muitos) de que os nazistas tinham uma política para exterminar os judeus. Isto é tudo. Nenhum método específico é mencionado explicitamente no discurso, e ninguém, que eu saiba, afirma que o discurso prova diretamente e especificamente gaseamentos. Então Grubach cometeu uma falácia do espantalho..

Vamos supor que Himmler realmente fez os comentários atribuídos a ele.

Observem a retórica usual "revisionista" de "Se eu não posso desacreditá-lo, vou tentar lançar uma dúvida razoável sobre ele de qualquer maneira".

Eis a passagem chave em questão:
"Eu [Himmler] agora estou me referindo à evacuação dos judeus, ao extermínio do povo judeu. Isso é algo que pode ser dito facilmente: " O povo judeu será exterminado ", é o que diz cada membro do Partido, 'isso é muito óbvio, está em nosso programa - a eliminação dos judeus, o extermínio será feito'".

Himmler continuou: "A maioria de vocês aqui sabe o que significa quando 100 cadáveres ficam próximos um do outro, quando 500 cadáveres deitados ou quando 1.000 estão perfilados. Para fazer isso e ao mesmo tempo ter permanecido uma pessoa decente ... isto nos tornou muito duros."

Herf escreve que, em seu discurso, "Himmler se referia apenas aos métodos iniciais dos assassinatos dos Einsatzgruppen e não disse nada sobre os alegados campos de extermínio, câmaras de gás e crematórios, [p.233]."

Herf está admitindo que Himmler está se referindo apenas aos fuzilamentos em massa de judeus, que ocorreram na Frente Oriental, e esse discurso não diz absolutamente nada sobre os alegados "campos de extermínio, câmaras de gás e crematórios".
Observe como Grubach tenta enganar os leitores usando o verbo "admitir". A palavra implica que é geralmente assumido pelos historiadores que Himmler, de alguma forma, explicitamente mencionou as câmaras de gás e crematórios em seu discurso, e apenas raros pesquisadores honestos realmente "admitem" que isso não é verdade. Que monte de... deixa pra lá.

Já no início dos anos 1970, Arthur Butz fez um importante ponto "revisionista" da única parte da lenda do extermínio que contém uma partícula de verdade, que é a de que os Einsatzgruppen exterminaram alguns judeus russos por fuzilamentos em massa (Veja em Hoax of the Twentieth Century, p. 241).

Professor Butz escreveu:
"Na época da invasão da Rússia em junho de 1941, houve uma ordem do Führer declarando, em antecipação de uma política idêntica Soviética, que a guerra com a Rússia não seria travada com base nas regras tradicionais de guerra. Medidas necessárias estavam sendo tomadas para combater a atividade partisan, e a Himmler foi dado o poder de "agir de forma autônoma sob sua própria responsabilidade." Todo mundo sabia que isso significava execuções de partisans e pessoas que colaboraram com partisans. A suja tarefa foi atribuída a quatro Einsatzgruppen ... que tiveram um total de cerca de 3.000 homens ... Houve ocasião de observarmos os vários casos que os judeus fizeram, de fato, representar uma ameaça de segurança para a retaguarda alemã na guerra ... a tarefa dos Einsatzgruppen era lidar com tais perigos [partisan anti-alemão e guerrilha] por todos os meios necessários, por isso não é necessário dizer muito mais para supor que os Einsatzgruppen devem ter fuzilado muitos judeus, apesar de não se saber se "muitos" significa 5.000, 25.000 ou 100.000. Naturalmente, muitos não-judeus também foram executados (pp. 241-242)."
Butz, sendo o cara desonesto que é, tenta ofuscar coisas fingindo que os assassinatos praticados pelos EG de (alguns) judeus como um perigo de segurança, não era, bem, direcionados só a judeus. Mas, como escrevi em outro lugar
Eu acho que só dá pra mencionar que de acordo com a mensagem nº 412 de 1942/09/02, cerca de 138.272 pessoas mortas pelos EG-A, 55.556 eram mulheres e 34.464 eram crianças.

Somente os idiotas e negacionistas vão argumentar que isso era algum tipo de ação anti-partisan.

Na verdade, destas 138.272 pessoas, só 56 eram partisans e 136.421 eram judeus.
Ou tomando o relatório Jaeger, com a sua clara divisão das vítimas em homens, mulheres e crianças, como
20.9.41 em Nemencing
128 judeus, 176 judias, 99 crianças judias

22.9.41 em Novo-Wilejka
468 judeus, 495 judias, 196 crianças judias

24.9.41 em Riess
512 judeus, 744 judias, 511 crianças judias

25.9.41 em Jahiunai
215 judeus, 229 judias, 131 crianças judias

27.9.41 em Eysisky
989 judeus, 1,636 judias, 821 crianças judias

Sim, é preciso ser um verdadeiro idiota para negar o óbvio plano de extermínio (pelo menos dos judeus soviéticos).

Herf está agora admitindo que Himmler está se referindo apenas aos fuzilamentos em massa de judeus pelos Einsatzgruppen na frente oriental, algo que nunca foi negado por "revisionistas" do Holocausto.

Ah, sim, esta coisinha de "admitindo" novamente. Isso é como as sensações "revisionistas" são feitas. Lembra do exagero do "Diretor do Museu de Auschwitz F. Piper admitindo isto ou aquilo"? Nada muda.
O chefe da polícia secreta não estava se referindo às alegadas "câmaras de gás" de Hitler acompanhadas dos crematórios, e os chamados campos de extermínio. Portanto, esta passagem não pode ser usada por historiadores ortodoxos do Holocausto para "provar" que os nazistas tinham uma política para exterminar os judeus em "câmaras de gás".

Obrigado, Dr. Herf por corroborar este ponto-chave "revisionista" sobre o Holocausto!

Assim, o ponto redundante, e nunca contestado, de que Himmler não menciona as palavras "crematórios" e "câmaras de gás" em seu discurso é na verdade um "ponto-chave "revisionista" sobre o Holocausto"? Obrigado por tal admissão embaraçosa, o Sr. Grubach!

Agora, Grubach, sendo o estúpido negacionista que é, ignora a frase-chave no discurso de Himmler:
Agora estou me referindo à evacuação dos judeus, ao extermínio do povo judeu.
Então, não. Himmler não se refere apenas aos assassinatos em massa dos Einsatzgruppen. Ele diretamente, e sinceramente, equiparou a deportação com o extermínio. E certamente, a maior parte dos judeus evacuados foram exterminados nos campos de extermínio, principalmente por gás, como sabemos a partir de numerosos testemunhos e de alguns documentos. Assim, enquanto Himmler não menciona explicitamente o assassinato por gás em seu discurso (e ninguém nunca deu a entender que ele fez), seu discurso serve como uma confirmação do fato que a maior parte dos judeus deportados foram realmente eliminados. E já que eles foram deportados para os campos, este discurso também, indiretamente, confirma a existência de campos de extermínio.

Isto é muito para as habilidades de análise "revisionistas".

Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Sergey Romanov
http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2007/07/minor-revisionist-admits-einsatzgruppen.html
Tradução: Roberto Lucena

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Soldau

Otto Rasch deu uma declaração à SS em Berlim, em junho de 1943, em que descreveu as funções de Soldau. O testemunho, que se encontra aqui, afirma que o propósito original de Soldau era liquidar prisioneiros políticos poloneses discretamente. Rasch também afirma (pág. 3) que Soldau foi posteriormente usado para matar doentes mentais, como também está documentado em NO-2908.

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2011/12/soldau.html
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Hitler sabia do Holocausto. "Todas as medidas contra os judeus devem ser discutidas diretamente com o Führer"

Em 6 de dezembro de 1939 Heinrich Himmler desejava discutir na chancelaria do Führer, sob o comando de Rudolf Hess, uma série de medidas contra os judeus.

O Chefe de Gabinete da Chancelaria é Martin Bormann, que está acostumado a trabalhar diretamente com Hitler e é especialista em lhe livrar de miudezas. Um ano e meio mais tarde, quando Hess decidiu voar até a Escócia, Bormann se verá recompensado con a chefia suprema da Chancelaria.

Mas regressemos a dezembro de 1939. A segunda guerra mundial tinha três meses de andamento. Está se tentando chegar a algum tipo de acordo com o Reino Unido e a França, agora que a Polônia não mais existe. Há que renegociar com a URSS as linhas de influência. E a ocupação da Polônia. As medidas as quais Himmler deseja fazer, em concreto, são sobre o que fazer com as linhas de telefone que ainda são propiedade de judeus, e se se deve adotar algum tipo de insígnia para os identificar.

A resposta de Bormann está conservada no Bundesarchiv Berlin NS 18alt/842: “o Reichshführer SS discutirá todas as medidas contra os judeus diretamente com o Führer”.

Fonte do livro: Peter Longerich: The Unwritten Order. Hitler’s Role in the Final Solution. Tempus, Charleston 2001. pg. 45-46.
Fonte: blog antirrevisionismo(Espanha)
http://antirrevisionismo.wordpress.com/2011/07/09/todas-las-medidas-contra-los-judios-han-de-ser-discutidas-directamente-con-el-fuhrer/
Tradução: Roberto Lucena

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Filme com propaganda nazi do Gueto de Varsóvia (revisado e artigo atualizado)

Uma equipe de um filme nazista, conduzida por Willy Wist, rodou cerca de uma hora de filmagem para um filme propaganda do Gueto de Varsóvia em maio de 1942. Um resumo das cenas que eles filmaram pode ser encontrado aqui, junto com o testemunho de Jonas Turkow (de 1948) do porquê do filme ter sido rodado. Cenas descartadas daquele filme foram encontradas por Adrian Wood em 1998 e então compiladas, juntamente com a filmagem formal, em um documentário intitulado "A Film Unfinished"(Um filme inacabado). O documentário documentary intercala as cenas com as entradas dos diários, como as de Czerniakow e Lewin, que descrevem a preparação e filmagem do filme. E também recria o testemunho de Wist do processo dos crimes de guerra. O documentário se encontra no youtube dividido em seis partes, colocadas aqui para fins educacionais: partes 1, 2, 3, 4, 5 e 6. A parte final consiste principalmente de cadáveres e cenas de enterro.

Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2011/05/nazi-propaganda-film-from-warsaw-ghetto.html
Tradução: Roberto Lucena

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Alterações técnicas nas vans assassinas - Holocausto (Chelmno)

Tradução: Alterações técnicas nas vans assassinas.
Carta de Willy Just para o SS-Obersturmbannführer Walter Rauff, 5 de Junho 1942.

Assunto: Alterações técnicas para os veículos especiais já em operação e aqueles em produção.

Desde dezembro de 1941, por exemplo, 97 mil foram processados usando-se 3 vans sem nenhuma falha de desenvolvimento destes veículos. A bem-conhecida explosão em Kulmhof (Chelmno) deve ser tratada como caso especial. Foi causada por falha prática. Instruções especiais têm sido dadas aos escritórios competentes de forma a evitar tais acidentes. As instruções também são voltadas para assegurar um considerável aumento no grau de segurança.

Experiências operacionais indicam que as seguintes alterações técnicas são apropriadas...

2) As vans são normalmente carregadas com 9 a 10 pessoas por metro quadrado. Com as maiores vans especiais Saurer isto não é possível porque embora elas não se tornem sobrecarregadas, sua manobrabilidade é muito prejudicada. Uma redução na área de carga parece desejável. Isto pode ser alcançado pela redução do tamanho da van em cerca de 1 metro. A dificuldade referida não pode ser alcançada pela redução do tamanho da carga. Pois uma redução no número necessitaria de um período maior de operação porque o espaço livre teria que ser preenchido com CO2. Em contraste, uma área de carga menor que é completamente cheia requer um período de operação muito mais curto já que não há espaço livre...

3) A mangueira de conexão entre a exaustão e a van frequentemente enferruja porque ela é corroída internamente pelos líquidos que caem nela. Para prevenir isto a peça de conexão deve ser movida para o gás ser alimentado de cima para baixo. Isto prevenirá que líquidos caiam nela.....

4) A iluminação deve ser melhor protegida contra danos do que atualmente.... Têm sido sugerido que a iluminação deve ser dispensada porque alegadamente ela nunca é usada. Contudo a experiência mostra que quando a porta traseira é fechada e portanto se torna escura, a carga pressiona com força em direção à porta.... Isto torna difícil o fechamento da porta. Além disso, têm sido observado que o barulho sempre começa quando as portas são fechadas, presumidamente devido ao medo trazido pela escuridão. (Just)

Fonte: "Nazism: A History in Documents and EyeWitness Accounts, 191-1945", vol. 2, document 913
Colaboração e tradução: Antonio Freire

O texto em inglês também se encontra no link: Nazi Correspondence Regarding Gassing Vans (Jewish Virtual Library)

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