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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Coleção de arte nazista contém obras-primas até então desconhecidas

Atualizado em 5 de novembro, 2013 - 13:27 (Brasília) 15:27 GMT
Reprodução de obra de Chagall (AP)

Quadros foram encontrados durante investigação de evasão fiscal
Obras até então desconhecidas de grandes pintores estão entre as cerca de 1,4 mil peças encontradas em uma valiosa coleção de arte que havia sido confiscada pelos nazistas, anunciaram autoridades alemãs.

A coleção foi encontrada em Munique, em 2012, durante uma investigação de evasão fiscal por parte de autoridades alemãs. Mas o caso só veio a público agora em uma reportagem na revista alemã Focus.

Um curador que está analisando a coleção - com quadros que se supõe terem sido confiscada de instituições e colecionadores judeus durante o nazismo - disse à BBC que o catálogo inclui obras que se pensava que estavam destruídas e outras cuja existência era desconhecida.

Entre elas estão quadros não registrados de artistas como Marc Chagall, Otto Dix, Max Liebermann e Henri Matisse.

Há também obras de Pablo Picasso, Henri de Toulouse-Lautrec e Gustave Courbet.

Com base nisso, historiadores da arte de todo o mundo estão preparando adendos a biografias de diversos artistas modernistas.

Por sua vez, promotores afirmam que ainda estão tentando identificar a quem as obras pertenciam originalmente.

Segredos

O editor de artes da BBC, Will Gompertz, ressalta, porém, que há frustração no meio artístico com a falta de informações fornecidas pelas autoridades alemãs a respeito da coleção - dos cerca de 1,4 mil quadros encontrados, só foram dados detalhes de dois deles.

O caso todo está envolto em sigilo. O catálogo inteiro não será postado online, e pessoas que achem que suas famílias podem ser as donas originais das obras devem tomar a iniciativa de buscar as autoridades.

Questionada em entrevista coletiva o porquê da demora em trazer o assunto a público, a Promotoria alemã afirmou que teria sido "contraproducente" divulgar o caso e que mantém informações em segredo por motivos "práticos e legais".

Investigadores dizem ter "provas concretas" de que ao menos parte da coleção fora tomada pelos nazistas de seus donos originais ou foram consideradas "degeneradas" pelo regime.

Reinhard Nemetz, chefe da Promotoria de Augsburg, disse que a coleção - com 121 quadros emoldurados e outros 1.258 sem moldura - foi encontrada no apartamento de um homem chamado Cornelius Gurlitt, investigado por evasão fiscal.
Obras descobertas do artista Otto Dix (Reuters)

Autoridades alemãs foram criticadas
pela demora em revelar a descoberta
Segundo a Focus, Gurlitt é filho de um colecionador de arte que teria sido recrutado pelos nazistas para vender obras confiscadas no exterior. Depois da Segunda Guerra Mundial, o colecionador alegou que sua coleção fora destruída durante um bombardeio.

Um conhecido dele disse que Gurlitt herdou a coleção após a morte de sua mãe, ainda que aparentemente não a tenha declarado. Ele teria se tornado um recluso mercador de arte em Munique, que vendia os quadros quando precisava de dinheiro. Seu paradeiro é desconhecido e não se sabe ainda se ele sequer cometeu algum crime.

O que se sabe é que estava em posse de uma coleção estimada em 1 bilhão de euros (mais de R$ 3 bilhões).

'Qualidade excepcional'

Representantes de associações judaicas questionaram a demora da Alemanha em revelar a coleção e fizeram um apelo para que ela seja devolvida a seus donos originais - alegando que coleções privadas de arte do Terceiro Reich eram em sua maioria de posse de judeus.

Mas alguns leiloeiros argumentaram que pelo menos parte da coleção recém-descoberta foi comprada pelo pai de Gurlitt por preços irrisórios, em 1938, de uma outra coleção, de obras em posse do governo.

O especialista em arte Meike Hoffmann disse que algumas das obras da coleção estão sujas, mas não danificadas.

"Os quadros são de qualidade excepcional e têm valor muito especial para especialistas", diz ele. "Muitos sequer eram conhecidos até agora."

Fonte: BBC Brasil
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/11/131105_colecao_arte_nazista_pai.shtml

Ver mais:
http://www.dgabc.com.br/Noticia/492579/alemanha-colecao-inclui-obras-de-arte-desconhecidas?referencia=minuto-a-minuto-topo (Dgabc, Brasil)
http://www.dw.de/tesouro-de-munique-inclui-obras-de-arte-in%C3%A9ditas/a-17206936 (DW, Alemanha)

terça-feira, 29 de março de 2011

Projeto resgata obras de compositores perseguidos pelo nazismo

Kletzki: judeu, parou
de compor após o nazismo
Pesquisadores de uma universidade do Texas buscam registros e obras de músicos que foram forçados a interromper a carreira após a chegada dos nazistas ao poder.

O músico Timothy Jackson, professor da Universidade do Norte do Texas, em Denton, nos Estados Unidos, vem trabalhando num projeto importante para a música: resgatar os trabalhos de dez compositores que ficaram "perdidos" na história. Sobretudo por conta da ascensão do nazismo na Alemanha.

Um desses compositores é Paul Kletzki. Nascido em 1900 na cidade polonesa de Lodz, Kletzki logo se tornou uma das estrelas do cenário musical alemão. Respeitado por compositores e maestros, alcançou particular sucesso em Weimar, com suas sinfonias e concertos ao piano.

Só que Kletzki era judeu, e os compositores judeus eram proscritos pelos nazistas, não interessando a que tipo de música se dedicassem. "Quando Paul Kletzki estava começando a estourar, Hitler chegou ao poder (em 1933) e o compositor percebeu que seu futuro estava arruinado", conta Jackson.

Primeiramente, Kletzki fugiu para a Itália. Em seguida foi para a Rússia e logo depois para a Suíça. Traumatizado com as atrocidades dos nazistas – ele perdeu os pais e a irmã na perseguição – Kletzki parou de compor em 1942 e enterrou os papéis com suas músicas dentro de uma caixa.

Arte desenterrada

A caixa foi descoberta em 1964, mas o compositor não pôde ir ao local abri-la. Apenas após a sua morte, em 1973, a viúva, Yvonne, viu que todas as composições permaneciam intactas. Ela repassou todo o trabalho do marido para Timothy Jackson e desde então várias das composições de Kletzki foram gravadas em CD. A última gravação, um concerto de piano, chegou a ser indicado ao Grammy deste ano.

De acordo com o curador musical do Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos, Bret Werb, vários compositores perseguidos pelo regime nazista vêm sendo redescobertos e seus trabalhos resgatados após vários anos, em pesquisas realizadas em diversos lugares do mundo. Werb ressalta que a Internet tem facilitado e intensificado o intercâmbio de informações. Com isso, se sabe cada vez mais sobre esse período perdido.

"Não fosse isso, grande parte da música produzida naquele tempo ficaria perdida", diz Werb. "É nosso dever dar uma segunda chance àqueles que foram injustiçados no passado".

Mesmo doente, Oppel foi
chamado pelos nazistas
Músico na guerra

Outro nome importante revelado pelas pesquisas foi o do músico Reinhard Oppel. Jackson chegou a ele quando estava pesquisando sobre músicos contemporâneos do famoso teórico de música Heinrich Schenker, de Viena, logo no começou de seu projeto, no início dos anos 1990. Oppel e Schenker haviam sido professores na Universidade de Kiel.

O pastor Kurt Oppel, de 80 anos de idade e residente em Heidelberg, era filho de Reinhard Oppel. Ele lembra que seu pai era um homem incomum e interessante, que conseguia ser "dócil e colérico ao mesmo tempo". Ele era, sobretudo, um músico. Ele aprendeu a tocar órgão aos seis anos de idade, antes mesmo de entrar para a escola, e trombone, aos 60.

Reinhard Oppel nunca fizera segredo da sua má vontade em relação aos nazistas. Aos 62 anos de idade, já enfrentando graves problemas cardíacos, foi chamado para uma inspeção militar. Ele morreu em 1941.

Após a guerra, seu filho Kurt foi para a Alemanha Ocidental, deixando as obras parcialmente enterradas ou em caixas de margarina numa casinha de jardim de amigos da família.

Compositores perdidos

O pesquisador Jackson também busca também detalhes da história de sua própria família. Sua mãe foi uma artista e cresceu sob a sombra do Holocausto. Por meio de suas buscas, ele espera descobrir mais "compositores perdidos". O professor afirma que grande parte de suas descobertas acabam vindo à tona por "acaso", dependendo de quanto os familiares pretendem resgatar de seus ancestrais.

"Nós esperamos que suas músicas não sejam relacionadas a arte proibida ou de compositores exilados, ou mesmo consideradas músicas do Holocausto. Mas que as obras sejam vistas, simplesmente, como música", defende Werb.

Autora: Christina Bergmann (msa)
Revisão: Roselaine Wandscheer

Fonte: Deutsche Welle
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,14941773,00.html

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Divulgado arquivo digital com mais de 20 mil obras roubadas pelos nazis aos judeus

Várias organizações judaicas divulgaram esta segunda-feira um vasto arquivo digital com mais de 20 mil obras de arte confiscadas pelos nazis, incluindo dezenas de peças de Picasso e de Goya, entre outros autores.

Com a elaboração desta base de dados, as organizações judaicas pretendem facilitar o regresso das obras roubadas pelos nazis em França e na Bélgica durante a II Guerra Mundial aos seus proprietários originais.

Este trabalho, que pode ser visitado aqui [http://www.errproject.org/jeudepaume/], foi promovido pelo Museu do Holocausto em Washington e pela Conferência sobre as Reivindicações Materiais dos Judeus contra a Alemanha, com sede em Nova Iorque.

Até agora existiam várias listas, entre elas a dos Arquivos Nacionais dos Estados Unidos e a dos Arquivos Alemães, mas não havia uma única base de dados com o nome e a descrição dos objetos roubados.

Para este trabalho, as organizações contaram com a ajuda do próprio regime nazi, que deixou como herança uma lista exaustiva das obras roubadas pela Einsatzstab Reichsleiter Rosenberg, a unidade militar do Terceiro Reich dedicada às obras de arte desviadas.

De facto, a identificação das obras foi possível graças aos documentos que os nazis processaram em Jeu de Paume, o edifício localizado nos Jardins de Tuileries, em Paris, onde as obras roubadas eram armazenadas antes de serem vendidas ou divididas entre os altos oficiais do Reich, informam as organizações.

A lista online, que está disponível neste momento, contém obras que foram retiradas aos judeus e inclui peças de Vermeer, Rembrandt e Leonardo. Há ainda registo de mais de 80 obras de Picasso, cerca de 20 de Goya e várias de Miró e de Dalí.

No entanto, as organizações explicam que esta lista inclui apenas uma pequena parte dos cerca de 650 mil trabalhos que foram roubados às famílias, a galerias e a colecionadores judeus aquando da invasão de França.

Muitas das obras foram devolvidas mas "milhares delas continuam desaparecidas".

Em declarações à BBC, o presidente da Conferência, Julius Berman, afirmou que "agora é da responsabilidade dos museus, das galerias e das casas de leilões analisarem as peças que possuem e determinarem se se trata de arte roubada às vítimas do Holocausto".

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
Lusa

Fonte: SIC Notícias(Portugal)
http://sic.sapo.pt/online/noticias/vida/divulgado+arquivo+digital+com+mais+de+20+mil+obras+roubadas+pelos+nazis+aos+judeus.htm

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