quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Deputado da extrema-direita húngara pede “lista de judeus”

Marton Gyongyosi, deputado húngaro de extrema-direita, quer lista com judeus que possam ser “risco de segurança nacional”. Associações judaicas e o Governo húngaro já criticaram estas palavras. Gyongyosi já pediu desculpa.

(Foto) Membros da Guarda Húngara, grupo ligado ao Jobbik e acusados de serem uma unidade paramilitar, numa cerimónia Karoly Arvai/REUTERS

Foi durante uma sessão parlamentar que o vice-presidente da bancada parlamentar do Jobbik, o partido de extrema-direita da Hungria, afirmou ser necessária uma lista com os nomes de judeus húngaros que pudessem representar um “risco de segurança nacional”.

As declarações do vice-presidente da bancada parlamentar do Jobbik foram prontamente reprovadas por vários sectores da sociedade húngara. O Governo húngaro, de direita, lançou um comunicado em reacção às declarações de Gyongyosi, em que garantia: “O Governo quer deixar claro que todos os cidadãos vão ser protegidos de insultos como este”

O comunicado dizia também que o Governo húngaro tem tomado “a acção mais firme possível contra qualquer forma de racismo e comportamento anti-semita” e que tem feito “tudo para poder assegurar que vozes mali-intencionadas incompatíveis com as normas europeias sejam travadas”.

Em declarações à agência Reuters, o director das Congregações Judaico-Húngaras, Gusztav Zoltai, sobrevivente do Holocausto, disse: “É claro que [estas declarações] servem apenas um propósito político.” Mas acrescentou: “A pessoas como eu isto gera um medo imenso.”

Durante o Holocausto morreram entre 500.000 e 600.000 judeus húngaros, de acordo com os número do Centro de Memória do Holocausto em Budapeste.

Jobbik acusado de ter ala militar

Marton Gyongyosi - fascista húngaro que
pediu lista de judeus daquele país
O Jobbik é o terceiro partido com maior representação parlamentar na Hungria. O partido foi fundado em 2003, mas só se estreou nas eleições legislativas de 2010, onde recolheu uns expressivos 16,67% dos votos.

O partido liderado por Gábor Vona é frequentemente ligado a posição anti-semitas, anti-imigração e xenófobas. Um dos assuntos recorrentes deste partido é a minoria étnica roma da Hungria.

É pública a existência de um grupo chamado “Guarda Húngara” que tem ligações ao Jobbik - foi, aliás, fundada por Gábor Vona. São várias as acusações de este grupo agir como um grupo paramilitar, responsável por atacar vários imigrantes, especialmente ciganos, na Hungria. Estas acusações são refutadas pelo Jobbik, que alega que este grupo nunca teve armas e que, por isso, não pode ser olhado como uma milícia.

PÚBLICO. 27/11/2012 - 14:39

Fonte: Público (Portugal)
http://www.publico.pt/mundo/noticia/deputado-da-extremadireita-hungara-pede-lista-de-judeus-1575172

Comentário: mais de uma vez teve gente negando o caráter antissemita e de reabilitação do nazismo do negacionismo do Holocausto. Será que com essas notícias recentes ainda virá gente negar o óbvio? Se deixar esses grupos fascistas repetem o que fizeram na Segunda Guerra, e o pior é que a sociedade civil em alguns países está deixando a coisa crescer. As milícias do Jobbik também são acusadas de perseguir ciganos na Húngria.

Ver mais:
Líder de direita na Hungria causa indignação ao pedir lista de judeus no país (Diário Digital, Portugal)
Hungria: judeus ameaçam a "segurança", diz deputado A Tarde/Agência Estado
Neonazi pide listas de judíos como en el Holocausto (Infobae)
Hungria: Partido de extrema-direita quer referendo sobre presença na UE TSF

3 comentários:

Unknown disse...

Desde 1945, vivemos na Ditadura Judaica Global, chamada de "holocau$to", onde todo mundo tem que pedir desculpas para os Racistas Judeus!

Roberto disse...

Toda vez que leio esses comentários antissemitas de gente do Leste europeu começo a achar que as ditaduras por lá não foram tão ruins como eles "alegam"... Pra governos lidarem com fascistas fanáticos que repetem as mesmas idiotices (crenças) antissemitas desde o tempo de Hitler não dá pra ser muito cordial.

Roberto disse...

É no mínimo curioso defensores de ditaduras fascistas criticarem "ditaduras" ou supostas ditaduras, rsrsrs.

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