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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Algumas fotos de Robert Capa da guerra - Parte 01

Robert Capa, pseudônimo" de Endre Friedmann (nome verdadeiro dele), de origem húngara (nasceu ainda no Império Austro-Húngaro), foi um dos maiores fotógrafos de guerra do século XX. Chegou a cobrir cinco guerras: a guerra civil espanhola, a segunda guerra sino-japonesa (China-Japão), a segunda guerra mundial (na Europa), a guerra árabe-israelense (1948) e a primeira guerra da Indochina (que viria a se tornar o Vietnã), local onde ele morreu depois de pisar em uma mina terrestre. Embora, pra ser exato, tanto a segunda guerra sino-japonesa e a guerra civil espanhola são parte da Segunda Guerra Mundial.

Há pouco foi lançada uma exposição, "Capa in Color", com fotos coloridas dele nunca antes expostas, em Nova York (EUA): link1, link2.

Leia mais sobre essas fotos coloridas desta exposição nesses links: link3, link4, link5, link6, link7.

Segue abaixo algumas fotos dele sobre esses conflitos (em preto e branco). Particularmente, não gosto de fotos em preto e branco, prefiro fotos coloridas.

Irei inverter a ordem original dos posts de onde as fotos têm origem pois a última parte tem uma foto engraçada que faz muito tempo que vi, que é a de um piloto com o número de aviões nazis abatidos representados por suásticas na fuselagem do avião, achei essa foto emblemática. O outro blog (acho que deve ser da França) dividiu as fotos em 4 partes mas vou colocar somente em duas, embora tenha mais fotos no livro autobiográfico dele de nome "Slightly Out of Focus" (Ligeiramente fora de foco) lançado em português, link do livro no Google Books em inglês.

As fotos dele sobre a guerra civil espanhola principalmente e as do Dia D são muito conhecidas, incluindo fotos da França liberta (dos fascistas) onde aconteceu o episódio de represália a mulheres que se relacionaram com nazistas na ocupação da França junto com os colaboracionistas homens.

Usaram estas fotos (como esta aqui), com manipulação política (porque a maioria desconhece esses fatos) disseminando posts com as várias fotos deste episódio, na "web brasileira" (no Facebook principalmente, que está se revelando um estrupício fora do comum entupido de porcaria e estupidez de todo tipo, nunca mais critico o Orkut), pra relativizar o papel dos nazis na ocupação da França junto com os fascistas franceses.

De memória, não lembro deste outro fato ter sido citado nos posts espalhados (espalharam as fotos de mulheres com cabelo raspado, inclusive há um filme, com Charlize Theron e Penélope Cruz, sobre a ocupação que acho que menciona isso no fim), mas os colaboracionistas homens, a maioria, foram fuzilados por membros da Resistência Francesa, pois na libertação da França, pela ausência óbvia de Estado (ordem) e governo no meio do tumulto do fim do conflito, só a força militar poderia conter excessos e nem sempre é possível conter linchamentos de colaboracionistas sem julgamento, depende e muito da fúria da população no momento, o mesmo ocorreu na Itália liberta dos fascistas. Os nazis costumavam fuzilar (torturar também) os membros da Resistência Francesa e mesmo quem colaborava com a mesma (cidadãos franceses comuns, judeus franceses etc) porque estes queriam livrar seu país dos nazis.

Vem disso a fúria do povo contra os colaboracionistas. É extremamente fácil, de uma situação confortável, condenar as imagens (de revanche) mais de 70 anos depois sem nem saber do que se passou, o curioso é que boa parte dos que condenam são os primeiros a vibrar com linchamentos de pobres no Brasil ignorando o que seja um Estado de Direito ("Estado de Direito" pra essas pessoas só existe pra eles, o resto do país não faz parte disso, eis uma deturpação monstra causada pela cultura autoritária e tosca do país), essa "moral relativa e distorcida" (de acordo com as circunstâncias e com simpatias por regimes fascistas) dessas pessoas é simplesmente tibieza de caráter e cinismo por não assumirem publicamente que são fascistas e que gostam desse tipo de regime. Não vou nem listar as inúmeras parvoíces que a gente lê ditas por essa (extrema) 'direita patropi' do país e seu orgasmo com a barbárie.

Acho "curioso" os fáscios (força de expressão, é habitual da parte deles fazer isso) nunca mencionarem as coisas dentro do contexto que ocorreram (pra variar), só que o mais grotesco deste episódio citado acima não foi nem o uso político por parte da extrema-direita, e sim que essas fotos foram disseminadas por vários sites/Páginas de matizes ideológicos variados, o que torna a coisa mais bizarra e banal ainda. Tudo isso (provavelmente, é uma hipótese razoável já que não dá pra cravar cabalmente o intuito de cada pessoa, nem ler mentes, mas... dá pra deduzir racionalmente e de forma lógica o porquê de certas coisas ocorrerem) pra atrair cliques e míseros acessos, uma espécie de vale-tudo dos cliques.

A que ponto chega a banalização da guerra e a forma banal e idiotizada/ignorante (e muitas vezes cínica e vazia) com a qual o povo lida com assuntos sérios. Postura altamente condenável.

Clique nas descrições para ver as fotos.. Parte 4

Fotos tiradas do blog: Nikohk

Levi R. Chase, piloto norte-americano (Robert Capa)

1ª tropa de assalto à praia de Omaha, Normandia, Dia D (Robert Capa, 1944)

"Slightly out of focus" (Ligeiramente fora de foco, livro), a foto mais famosa de Capa, Dia D (Robert Capa, 1944)

Fazendeiro siciliano indicando o caminho a um soldado norte-americano (Robert Capa, 1943)

Robert Capa

Parte 3

Robert Capa com norte-americano da Primeira Divisão Airborne (1945)

Madrid, guerra civil espanhola (Robert Capa, 1936)

Barcelona, guerra civil espanhola (Robert Capa, 1939)

Alemanha, provavelmente um suicida ou alguém alvejado na janela (Robert Capa, 1939)

Prisioneiros alemães (Robert Capa)

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

‘Dia D’, de Antony Beevor. A verdade sobre a Normandia

Antony Beevor volta a fazê-lo. Conseguiu, em pouco menos de vinte dias chegou ao mais alto posto nas listas de venda com seu último ensaio, "Dia D", sobre o desembarque na Normandia das forças aliadas durante a II Guerra Mundial. O livro saiu à venda na Espanha no último dia 10 e é editado pela Editorial Crítica.

Beevor declarou que a batalha da Normandia tem sido mitificada por culpa do cinema e da televisão, e que muita gente tem um conceito errôneo do que na realidade significou o desembarque das tropas aliadas, sem conseguir distinguir realidade e ficção.

"Não foram heróis todos os que participaram do desembarque da Normandia"
Com este livro, Antony Beevor pretende desmontar esta imagem irreal de uma das batalhas mais famosas da história. Ele nos fala das vítimas civis, os franceses que sofriam baixas por parte dos dois lados rivais, o penoso avanço pelo território francês, as miseráveis dimensões entre os chefes militares, e o pior de qualquer guerra: os feridos, os desnudos e os mortos.

Através de cartas privadas, diários de soldados e antigas entrevistas, o historiador pode reconstruir este sangrento episódio de nossa história, da história de todos. Beevor continua com sua particular mescla de rigor histórico junto a uma especial habilidade para se conectar com os protagonistas da história, conseguindo um complexo equilíbrio entre os aspectos pessoais e os detalhes bélicos da contenda.

Antony Beevor, educado em Winchester e Sandhurst, foi oficial regular do exército britânico. Abandonou o exército depois de cinco anos de serviço e se mudou pra Paris, onde escreveu sua primeira novela. Seus ensaios, traduzidos para mais de trinta idiomas e publicados em castelhano pela Ed. Crítica, foram recompensados com vários prêmios, especialmente Stalingrado (2000), merecedor do Samuel Johnson Prize, o Wolfson History Prize e o Hawthornden Prize, e Berlim. A queda, 1945 (2002), que ficou conhecido em uma dúzia de edições em espanhol.

"O perigo é que o conhecimento histórico da maioria das pessoas procede de filmes e séries de televisão, mais que dos livros. Vivemos numa sociedade pós-literária onde a imagem é mais importante e poderosa que a palavra."
Se vocês gostam de historia, como eu, estão com sorte, e isso que a história contemporânea não é minha favorita. Beevor consegue engatar com seus livros como se fossem a melhor das novelas. Além disso, estou de acordo com a frase que se diz de ‘uma sociedade pós-literária’, na qual muitas vezes se dá por certo verdades pelo simples fato de vê-las na televisão. Por certo, vale a pena dar uma olhada na página do livro na editora já que inclui bastante informação adicional.

Um livro, enfim, para disfrutar da história.

Via | Europa Press

Fonte: Papel en blanco(Espanha)
http://www.papelenblanco.com/ensayo/el-dia-d-de-antony-beevor-la-verdad-sobre-normandia
Tradução: Roberto Lucena

Ver mais:
Beevor's D-Day (The Telegraph, Reino Unido)

domingo, 6 de setembro de 2009

El País - Especial sobre o fim da Segunda Guerra (com fotos)

O jornal El País(Espanha) elaborou um miniespecial sobre a Segunda Guerra com fotos e comentários acerca do fim da guerra, vale a pena conferir(os comentários das fotos estão em espanhol):
Link: El País - Especial Segunda Guerra

Uma pequena mostra(comentário da foto traduzido):

Uma checada sobre o Dia D
O historiador Antony Beevor traz uma nova visão sobre o desembarque da Normandia

Morte
A maioria dos historiadores franceses consideram que a batalha da Normandia salvou o resto da França. "A estratégia de rechaçar qualquer retirada fez com que o exército alemão fosse destruído na Normandia e que não lutasse durante sua retirada. Isso sim, para os normandos foi um desastre", disse o historiador inglês. (NATIONAL ARCHIVES / 26-G-2397)

2009-09-03

sábado, 6 de junho de 2009

Celebração pelos 65 anos do 'Dia D'. Libertação da Europa do regime hitlerista

Obama chega à Normandia para comemorações do Dia D

Na França, ele disse que 'impasse' no Oriente Médio tem que ser superado.
Data marcou início da ofensiva na Europa contra tropas alemãs em 1944.

Da EFE


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegou neste sábado (6) a Caen, na região francesa da Normandia, para participar das comemorações pelo 65º aniversário do Dia D, durante as quais também fará uma reunião com o colega francês, Nicolas Sarkozy.

Veja fotos das comemorações

Acompanhado de sua esposa, Michelle, Obama chegou a Caen a bordo de uma versão reduzida de seu avião Air Force One tradicional, procedente de Paris.

Após uma cerimônia de recepção na Prefeitura de Caen, os dois chefes de Estado realizarão uma reunião na qual devem discutir assuntos como a situação no Oriente Médio e a crise econômica mundial.

As conversas continuarão durante um almoço de trabalho, após o qual se deslocarão rumo a Colleville, onde se encontra o Memorial e Cemitério Americano, para participar das comemorações do desembarque aliado na Normandia nas praias denominadas Omaha, Utah, Juno, Gold e Sword, no que marcou o começo da ofensiva na Europa em 6 de junho de 1944.

(Foto) Os casais presidenciais Niclas Sarkozy e Carla Bruni e Barack e Michelle Obama na chegada a prefeitura de Caen (Foto: Thierry Chesnot/AFP)

Também estarão presentes nas comemorações o príncipe Charles, o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, e o chefe de Governo do Canadá, Stephen Harper, representando os países que participaram do Dia D.

Obama, que visitou ontem o campo de concentração de Buchenwald, na Alemanha, tem um interesse pessoal em participar dos eventos deste sábado. Um de seus tios-avôs e seu próprio avô desembarcaram na Normandia nos dias seguintes ao Dia D.

Oriente Médio

Em Caen, Obama afirmou que o "impasse atual" no Oriente Médio tem que ser "superado" por israelenses e palestinos, cujos destinos são "interligados".

"Temos que superar o impasse atual", declarou Obama durante uma entrevista coletiva conjunta com seu colega francês, Nicolas Sarkozy, antes das comemorações. "Espero das duas partes (israelenses e palestinos) que reconheçam que seus destinos são interligados", acrescentou.

(Foto) Primeiras-damas Michelle Obama e Carla Bruni-Sarkozy (Foto: Bob Edme/AP)

Irã

O presidente francês também falou sobre questões internacionais durante este sábado. Ele denunciou as "declarações insensatas" do iraniano Mahmud Ahmadinejad sobre o Holocausto.

"Não podemos aceitar as declarações insensatas do presidente Ahmadinejad" sobre o Holocausto, afirmou Sarkozy. "A Europa, a França e os Estados Unidos são totalmente solidários sobre este assunto", destacou o presidente francês. Da mesma forma, "a França e os Estados Unidos concordam plenamente" sobre o fato de que o Irã não pode ter a arma nuclear, acrescentou.

"O Irã é um grande país, uma grande civilização. Queremos a paz e o diálogo com o Irã, Queremos ajudar este país a se desenvolver, mas não queremos a disseminação da arma nuclear", prosseguiu Sarkozy.

O presidente Ahmadinejad negou diversas vezes a existência do Holocausto. Em 3 de junho, ele voltou a qualificar o massacre de judeus em grande escala durante a Segunda Guerra Mundial de "uma enorme enganação".

Fonte: EFE
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1185180-5602,00-OBAMA+CHEGA+A+NORMANDIA+PARA+COMEMORACOES+DO+DIA+D.html

Link do vídeo:
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1052151-7823-DIA+D+CERIMONIA+MARCA+ANOS+DE+DESEMBARQUE+NA+NORMANDIA,00.html

Ver mais: Tom Hanks e Spielberg participam de aniversário do Dia D
http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI3809430-EI8142,00.html

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