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segunda-feira, 24 de novembro de 2014
Sugestão de leitura ao Juan Arías do El País (Espanha), aquele que não entende o Brasil - Sobre as emrpeiteiras brasileiras e a ditadura (Livro)
Aos ditos "coxinhas" que acham normal esculhambarem o Brasil, o aviso de sempre, não venham pedir ou "ordenar" que eu tolere esta postura ofensiva e preconceituosa contra o Brasil, pois sempre disse que não tolero e não tolerarei, quer seja de estrangeiro ou brasileiro. Eu não digo isso de "bravata", quando eu ironizo algo eu sempre comento que é uma ironia, mas isso é um aviso literal mesmo. E nem se iludam que vão me comover com esse coitadismo de vocês achando normal ser achincalhando por um estrangeiro xenófobo e ignorante sobre o Brasil por achar normal esse tipo de postura.
Digo isso porque já fui abordado desta forma (gente tentando defender quem faz isso) e o único efeito prático da abordagem foi me deixar mais linha dura. Eu já disse mais de uma vez em posts que essa postura imbecil de achincalhe do país ou de autodepreciação de vocês cria incidentes diplomáticos pro Brasil, e mantenho o que disse.
Mas voltando ao assunto, eu não sei como dão espaço a um cidadão desses comentar as asneiras que ele professa na mídia brasileira, asneiras já bem conhecidas. E não sou só eu que acho que ele só diz besteira. Mas talvez a explicação de sempre (que em 99% dos casos quase sempre está correta) explique o motivo: a mídia oligopolizada do Brasil usa este gringo, por assim dizer (gringo é como se chama estrangeiros no Brasil e também em outros países de língua espanhola, o termo não é propriamente brasileiro ou português) pra malhar o país com a simples "credencial" de "ser estrangeiro".
Essa imprensa espanhola de uns tempos pra cá enfiou na cabeça que o Brasil é "ex-colônia" da Espanha e vem repetindo o tratamento "carinhoso" com que tratam suas ex-colônias, o que obviamente vai acabar em atrito pois brasileiro não tem a mesma paciência ou tolerância dos países ex-colônias espanholas com o chilique "Marca Espanha", ainda mais depois dos casos de deportação de brasileiros em aeroportos daquele país por xenofobia. Pra não citar a xenofobia explícita quando perderam de 3x0 do Brasil na Copa das Confederações com direito a "urros" de "monos" (macacos) no twitter.
Mas como eu dizia, isso mesmo que você leu, este cidadão tem a "credencial de ser estrangeiro" e não a de escrever algo sério sobre o Brasil. A mídia explora aquele velho complexo de inferioridade (complexo de vira-latas) de parte da população, que é um ponto de vulnerabilidade nacional, que acaba por dar crédito a uma idiotice proferida por alguém de fora, mesmo dita por um idiota, quando 100% do que esse cara publica naquele diário anti-brasileiro espanhol (o El País) é senso comum rasteiro que a gente escuta ou lê vomitado a torto e a direito por uma direita radical extremamente ignorante e anticívica e antipatriótica. Eu costumo associar o termo civismo a patriotismo, pois dá um caráter humanista ao termo, já que muita gente tem medo (e com razão) de quando se utiliza esta palavra pois foi muito difamada e banalizada pelos fascistas.
A última dele foi essa asneira patética falando sobre o caso da Petrobras e a operação Lava-Jato, que trata de corrupção envolvendo empreiteiras (iniciativa privada) com a estatal, via contratos e propina pra se assinar contratos. Aqui o texto:
Apenas a indignação da sociedade brasileira acabará com a corrupção
Temos um "gênio" acima, um "filósofo" que entende com "profundidade" a "alma" do povo brasileiro, repetindo clichês e senso comum que a gente vê o "povão" dizer por estupidez e falta de senso crítico.
Francamente, como é que um jornal coloca uma coisa dessas pra comentar? Bem, vendo os lixos que publicam no Brasil dá pra entender a razão. Se é pra demonizar, alguém com um texto sério jamais seria chamado pra publicar neste jornal.
Mas qual a queixa? Este jornal espanhol tem uma política (agenda) clara de demonizar o Brasil, a política e partidos no país, repetindo o discurso da mídia oligopolizada brasileira. Insuflando o radicalismo no país. Isso é feito de caso pensado, não é uma simples "escolha editorial" do jornal.
Mas como costumo dizer, já temos quem faça esse papel de porco no Brasil (a mídia oligopolizada nativa, que faz esse papel até melhor que a espanholada), não é necessário que um jornal estrangeiro, arrogante, com tinturas xenofóbicas contra o Brasil venha dar lição de moral ou dizer aos brasileiros o que se deve ou não fazer, quando é cúmplice do desmantelo provocado pela elite tacanha e arcaica da Espanha.
Eu diria que é inaceitável uma coisa dessas estar acontecendo, mas quem mandou o governo dar boas-vindas a essa porcaria? Agora aguenta.
Eu já escrevi na página deste jornal que: não somos ex-colônia da Espanha, não falamos espanhol e só iremos falar este idioma como segunda língua, jamais como primeira (agora a briga é pessoal), nossos laços culturais, pro bem ou pro mal, são com Portugal e as outras nações que tiveram mais impacto na formação do país, e a Espanha não tem um papel relevante nisto, até porque é um país que sempre manifestou um ranço anti-português fora do comum que quando este ranço é sobreposto, ele é repassado pela Espanha e por espanhóis (generalizando, não são todos obviamente) contra o Brasil por considerá-lo "coisa de português". Isso existe, começando pela hostilidade como tratam quando alguém escreve em português, como se fosse uma língua muito distante do espanhol quando é o idioma mais próximo do espanhol.
Tanto que em muitos países vizinhos ainda hoje existe um ranço anti-brasileiro por conta desse ranço espanhol anti-português, que sofre metamorfose e se volta contra o Brasil. Apesar de que com a criação do Mercosul e integração da região, muito deste ranço tem sido superado, mas ainda está longe de uma integração total regional, mas chegaremos lá. E isto não se dará com "ajuda" da Espanha e sua postura arrogante e hostil com suas ex-colônias.
Esse jornal espanhol constantemente achincalha os países latinoamericanos de fala espanhola, achincalhe mesmo, 90% das matérias ou mais são depreciativas/negativas, não são matérias elucidativas, é algo que remonta um certo saudosismo da elite espanhola achando que ainda manda em suas ex-colônias, vulgo imperialismo cultural de ressentido, já que hoje este país não tem poder algum sobre a maioria desses países ex-colônias espanholas. E essa postura acaba criando uma animosidade do povo nativo desses países com os espanhóis comuns, que pagam o pato pela postura cretina deste jornal e da imprensa espanhola. Embora se o povo se cala e não critica a postura é porque uma parte dele não discorda desta mentalidade.
Quando me refiro à Espanha, falo em geral da elite e da mídia de lá.
Uma coisa é fato, o problema narrado acima existe, e não sei qual é a desse jornal pois só vai aprofundar um ranço brasileiro contra a Espanha com essa postura hostil. E é problema dele ou da Espanha, eles não deveriam subestimar a postura brasileira quando costuma revidar, não costuma ser algo ameno.
Se eles acham que esse tom grosseiro agrada ("ah, é o jeito deles"), eu e muitos brasileiros não gostamos. A maioria dos jornais de fora quando cobrem o Brasil não têm essa postura, eles estudam e avaliam o Brasil e a forma de dialogar com o povo. Não é o caso deste jornal espanhol que se comporta como se fosse "velho conhecido" nosso e não é. Confunde a proximidade idiomática com "irmandade", um erro pra lá de grosseiro que ignora a rixa entre Portugal e Espanha durante séculos.
Como eu disse, nem a imprensa dos EUA (que o Brasil tem um histórico de aversão, apesar da cultura norte-americana ser presente em peso no país) adota esse tom quando fala com o Brasil. Se nem a maior Superpotência do planeta faz isso, o que essa elite espanhola tem na cabeça achando que aqui é a "casa" deles ou que somos "hermanos"? Piada.
Mas indo ao ponto, como sugestão de leitura ao criador do arianismo , o "Bispo de Arías" (trocadilho, rsrsrsrs), pra ele ao invés de emitir discurso idiota sem entender nada de História do Brasil (o cara está há 15 anos no Brasil e pelo visto nunca leu nada sobre o país a não ser jornal) e emitir uma opinião mais embasada, deixo aqui um link que me foi repassado sobre o envolvimento de empreiteiras com o regime militar (1964-1985), e tem matéria que diz que a o envolvimento empreiteiras e governos (municipais, estaduais etc) começou pra valer ainda com JK na construção do Brasília (o que é muito provável, foi uma farra de dinheiro público e endividamento pra construção de Brasília), que é a origem do começo dessa propina privada vinda de empreiteiras pra licitar obras em estados (unidades da federação), prefeituras, Petrobras etc.
A quem acha que essa relação de empreiteiras (iniciativa privada) e Petrobras (e outras obras, como estradas, viadutos etc) é algo novo, isso é "mais velho que a fome" (como se diz no popular). E óbvio que sei que a maioria sabe ou tem ideia dessas coisas, é preciso ser muito ingênuo ou idiota pra nunca ter ouvido de roubo de empreiteira, ao contrário do que a mídia fica tentando desviar (direcionando o assunto só prum partido).
Só repete besteira quem quer ou quem não quer que se apure tudo, independente de partidos políticos (tem que se APURAR TUDO, e TODOS, doa a quem doer, igualitariamente, sem "regime de exceção" desse ou daquele partido), como é o caso do espanhol citado acima que pelo visto está horrorizado porque o "escândalo" chegará aos tucanos do PSDB que são seus irmãos ideológicos e amigos já que ele vive em um transe onde o PSOE (uma espécie de PSDB espanhol que levou a Espanha à crise econômica atual) é uma "coisa fora de série", pois este jornal é bem próximo do PSDB no Brasil e do PSOE na Espanha. Não sei o que o PSDB tem com a Espanha, quer dizer, tenho fortes suspeitas, pois é incrível a presença e entrada de multinacionais espanholas trazidas por esses caras (Santander, Iberdrola, Telefonica etc) e agora o El País do grupo Prisa.
O livro/tese sobre as empreiteiras e o regime militar é este:
Estranhas Catedrais. A ditadura dos empreiteiros: as empresas nacionais de construção pesada, suas formas associativas e o Estado ditatorial brasileiro, 1964-1985
539 páginas no PDF. Um resumo de 12 páginas pode ser lido aqui. E uma resenha aqui abaixo, link (Ed. da UFF)
Resenha: Um histórico sobre os “gigantes que nunca dormiram" é a inspiração e fio condutor da pesquisa, agora traduzida no livro Estranhas Catedrais, de Pedro Henrique Pedreira Campos. A análise crítica identifica na ditadura civil-militar brasileira do período 1964-1988 a origem da inserção, contaminação e subordinação do tecido orgânico de Estado aos interesses do segmento dos empreiteiros. Em foco, o crescimento e consolidação das principais empresas do setor de construção pesada no Brasil, numa articulação que, segundo Pedro Henrique, propiciou o desenvolvimento expressivo, a modernização capitalista e a internacionalização das “gigantes do setor”. Ao demonstrar as injunções políticas, estratégias e práticas que permeiam as relações da iniciativa privada e poder público e sua legitimação por “intelectuais orgânicos”, a publicação constata e fornece elementos de compreensão acerca de “Estado, Poder e Classes Sociais no Brasil”, conforme sugere o Prefácio, assinado pela historiadora Virgínia Fontes.
Pois é, Arías, da próxima vez que for falar merd* do Brasil, e você vai falar, ou melhor, escrever, dá uma lidinha na história do país antes pra pelo menos não soltar tanta pérola ridícula e imbecil sobre o país ou não escrever tanta besteira.
Não é porque uma parcela da população fica depreciando o país, e ele sabe disso, por sofrer de complexo de vira-latas crônico que a outra parte odeia ou não tem senso de pátria. Não queira tomar o todo por uma parte, isso é visão rasa e limitada. Não vai nessa de que todas as pessoas que repetem a ladainha de "Brasil é o pior país do mundo, o Brasil não presta", não são mal vistas pelo povo.
Nem se iluda que a maioria do povo irá ficar contra o país porque meia dúzia de imbecis (uma parte) estão fazendo comentários depreciativos por politicagem ordinária e burrice. Se você conhecesse de fato o Brasil não diria esse arsenal de esterco que esse jornal espanhol publica. E não é o primeiro texto relatando o problema, já fiz este outro post aqui citando o problema e farei quantos mais forem necessários, no famoso bateu-leva:
O viés anti-Brasil da imprensa espanhola escancarado na Copa. Destaque para o jornal El País
Jornal El País retira artigo on-line que compara Merkel a Hitler
Ao Juan Arías, nunca ouviu falar das obras faraônicas da ditadura com as empreiteiras brasileiras? Como você pode falar do Brasil se desconhece essas coisas? Se não tem conhecimento mínimo sobre a ditadura militar no Brasil e os impactos disso até hoje? Onde vários grupos empresariais (empreiteiras, emissoras de TV) de hoje se consolidaram nesse período, até fazendo coisa alguma como a Transamazônica, um gasto de dinheiro fora do comum pra nada. Ou a Ponte Rio-Niterói, ou Itaipu e outras obras da época.
Não critico a construção de Itaipu e algumas dessas construções, critico o gasto faraônico feito pelo regime militar e omitido atualmente pela mídia por politicagem e motivos não-nobres/obscuros, o que é discutido aqui é como há gente cara de pau que alega que o fato de propina e enriquecimento de empreiteiras seja algo novo. Que se "choquem" com isso quando todo mundo sempre teve ideia de que isso existia, não só na com a Petrobras como em obras em todos os estados (UFs, Unidades Federativas), municípios etc.
É preciso o sujeito ser cara de pau, ou ter muita audácia pra afirmar que essa corrupção de empreiteiras é algo novo. Das três uma: ou é ignorante (na melhor hipótese, mas um ignorante é sempre uma praga), estúpido ou está agindo com má fé (ou os três juntos). O terceiro caso é sempre o mais provável.
No caso dele os textos da figura são um misto de má fé com senso comum vejista versão "Marca Espanha", ignorância misturada com um ranço xenofóbico eurocêntrico.
Créditos pra foto do cartaz da Volkswagen que faz propaganda do Fusca que supostamente iria percorrer a Transamazônica quando fosse finalizada, sendo que nunca foi e dificilmente será, pra este blog com várias propagandas e matérias da época:
Ditadura Militar: propaganda, terrorismo e manifestações populares
Atualização do post (revisão de texto): 25.11.2014
terça-feira, 28 de outubro de 2014
A mídia (interna e externa) ataca de novo: a repetição da mitomania do "país dividido"
1. Eu ia citar só a imprensa brasileira no título, mas com o reforço de fora (de sites estrangeiros) que operam em língua portuguesa, vale também mostrar o tamanho da imundície (manipulação) proferida nestas eleições de 2014 no país, e mostrarei mais abaixo o porquê disso ser uma manipulação:
DW, MSN/Reuters, BBC, BBC de novo.
Não vou nem procurar o link daquele pasquim espanhol (El País), pois já foi citado num dos links acima e a mitomania ali não tem fim. A quem quiser saber o porquê do teor do comentário sobre este jornal, ler isto aqui.
2. E logo em seguida começam a lançar lentamente a refutação ao que espalharam porque começam a surgir contestações a mais essa mentira de tantas que a mídia partidarizada lançou ao longo das eleições:
BBC, Globo.
A quem quiser ver mais basta jogar a combinação país dividido+brasil+eleições no Google que vem um monte de resultados com essa ladainha, fora a TV repetindo a mesma baboseira a exaustão. Refiro-me a esses sites caso os portais não os forem removendo um a um com o decorrer do tempo pra apagar o vestígio da manipulação.
Por que faço questão de frisar esta questão da mídia? Pra mostrar o nível de distorção e manipulação da coisa. Isto não é nem nunca foi uma prerrogativa ou contestação dos ditos "revis" tão citados e rebatidos aqui, a manipulação da mídia existe mesmo, só que nunca teve ênfase no Holocausto (objeto de obsessão dos "revis").
Há uma saturação no país, pelo menos minha há, com a podridão desta mídia brasileira, que agora conta com reforço externo dessas publicações "neutras" da BBC, DW, El País tentando direcionar opinião no país pros interesses políticos deles (seguem uma agenda política econômica mesmo que não afirmem, alguém desatento não nota, mas quem é atento percebe de cara).
As pessoas que leem este post e acham que a mídia brasileira é séria (salvo exceções), talvez eu irrite ou choque vocês, embora eu já tenha batido nesta tecla antes, mas não é.
Eu digo o seguinte: filtrem o que leem e procurem se informar sobre economia, ideologia e o que determinados grupos de mídia defendem economicamente, caso contrário você sempre será um bobo recebendo carga de informação sem nem saber se a mesma procede ou não. Informação boa não "cai do céu", você é que tem que aprender a filtrar. Com uma mídia podre a coisa fica pior, obviamente. E repito novamente: isto não é uma contestação "revisionista", esta pauta foi "sequestrada" pois é algo mais proveniente da esquerda, mas não só desta, é algo de interesse público acima de tudo como foi feito no Reino Unido após o escândalo do News of the World.
Ou vamos pôr as coisas de forma suprapartidária pois o problema atinge a todos indistintamente: a manipulação que a mídia faz é um problema de todos, da sociedade. Não há democracia plena com uma mídia corrompida que manipula o tempo todo, onde ninguém mais identifica algo sério de algo manipulado (uma mídia que manipula cai em descrédito, ou deveria cair se parte do povo brasileiro não fosse tão crédula, ingênua e refratária).
E como se prova que a afirmação de "país dividido" é falsa? Pelo mesmo método que se usa com "revis". Digamos que de tanto a gente ler distorção daqueles caras, isto torna extremamente fácil notar distorção em qualquer fonte ou meio de comunicação.
Vejam estas votações em outros países que já citei no post anterior:
______________________________________________
Estados Unidos, 2000, George W. Bush x Al Gore. Link.
George W. Bush perde na votação 'normal' pra Al Gore mas leva a presidência pelos colégios eleitorais. W. Bush (Republicano) teve 47,87% dos votos e Al Gore (Democrata) 48,38%.
Algum de vocês ficou ouvindo a exaustão que os Estados Unidos estavam divididos com uma votação bizarra como a votação acima, digna de contestação? A resposta é: Não.
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Estados Unidos, 2012, caso mais recente, Obama x Mitt Romney. Link.
Obama (Democrata), concorrendo à reeleição, teve nada mais nada menos que exatos 51,01%, e Romney (Republicano) teve 47,16%. Obama teve menos votos que Dilma no Brasil percentualmente.
Novamente pergunto: algum de vocês ouviu a mídia brasileira ou de fora repetir a exaustão que os Estados Unidos estavam divididos por conta do percentual de votação? A resposta é: não, de novo.
________________________________________________
França, 2012, Hollande x Sarkozy. Link.
Vamos mudar de continente e de país, Sarkozy concorria à reeleição contra o candidato da coalizão de esquerda F. Hollande. Na votação final vejam só que coincidência de resultados com o do Brasil em 2014:
Hollande teve 51,63% dos votos e Sarkozy (que não se reelegeu) teve 48,37%.
Pergunto novamente: alguém ouviu a mídia falar de país dividido na França com "convicção"? A resposta é: Não.
________________________________________________
Agora voltemos ao Brasil:
Dilma teve este ano exatamente 51,62%, e Aécio Neves teve 48,38%.
Alarde da mídia no Brasil: "o país está dividido". Então este deve ser mesmo um país "excepcional", tão fora do comum com uma mídia "fora de série" (é essa a maior excepcionalidade brasileira: a mídia).
Viram a diferença de "tratamento"? ... pois é.
Vou dar até um desconto (de uns 10%) pra mídia estrangeira, pois esta geralmente repete as baboseiras que leem da mídia brasileira achando que essa é uma "imprensa séria"/"fonte séria" (salvo exceções) de informações, mas como eles sabem da partidarização política da mídia do país, não dá mais pra passar a mãozinha na cabeça da mídia de fora e achar que estão agindo de boa fé ao reproduzirem esse conteúdo por não filtrarem o mesmo, intencionalmente ou não. No mínimo o fazem por preguiça, mas de boa fé definitivamente não é.
Viram como é fácil manipular? Quantas pessoas vocês já viram repetindo como papagaio o "mantra" de país dividido sem nem entender que o voto não foi regional e sim por ideologia e classe social de Norte a Sul, como é na maior parte do mundo e em quase todas as eleições desde 1989? Muita gente, suponho. Tanto que rola nas notícias denúncias com mais chiliques regionais de "Nordeste isso e aquilo" por esse pessoal ignorante ao extremo com alguma compulsão por escrever cretinice na rede e compartilhar com todo mundo.
Quantas pessoas se questionaram sobre essa suposta divisão do país? Poucas, mas o número aumenta graças à internet que virou uma espécie de monitoramento da grande mídia com credibilidade pra lá de comprometida.
Entendem porque evito colocar texto de mídia brasileira aqui? Não há condições, salvo exceções.
Como quando se trata de um assunto específico e de agência estrangeira eles tentam não distorcer, ou de sites portugueses e espanhóis quando se referem à segunda guerra ou a um assunto que não há disputa política. Mas a mídia espanhola e portuguesa estão quase no mesmo patamar de distorção da mídia brasileira (se não for pior). Quando falam do Brasil são de uma pobreza e repetição de clichês atrozes, sem falar da manipulação.
É insuportável e vergonhoso conviver com uma imprensa dessas. E a maioria das pessoas, por burrice (o nome é esse mesmo, não tem outro, não se trata aqui de ideologia pois isso afeta a todos indistintamente), acha esse tipo de atitude da grande mídia brasileira "normal".
Aí começam a te xingar disso e daquilo mas nunca atacam ou criticam o cerne da questão: a "mídia santa" do país que manipula informação pra fins eleitoreiros e políticos, minando a própria democracia.
Vou frisar novamente aqui: este post não trata de Holocausto ou segunda guerra, estes dois temas talvez sejam um dos poucos assuntos que a mídia não tenta distorcer porque se o fizesse tomaria pau de todo lado, mas distorcem quando omitem o passado autoritário do país e a atuação de grupos de extrema-direita no mesmo, bem como nunca informam sobre o teor de cada seguimento político do país, independente de concordar com os mesmos ou não.
Por isso que eu já disse e repetirei quantas vezes for necessário: sou totalmente a favor da regulação da mídia no Brasil.
A quem acha que esta questão é algo "bolivariano" e aqueles clichês ridículos batidos, isso já ocorreu no Reino Unido (Link2), França, Alemanha e Estados Unidos. E tem mais aqui (sobre regulação em 10 países). Ou seja, quatro países "bolivarianos" pra vocês ficarem repetindo o mantra retórico ideológico na ausência de neurônios.
O mais engraçado é ver gente que se diz "liberal" defender mídia oligopolizada, algo que afeta diretamente a concorrência numa economia de mercado e gera supercontrole na mão de poucos grupos privados (famílias). Mais concorrência das mídias significa melhor conteúdo e diversificação do mesmo, mas obviamente que isso não interessa a essa meia dúzia que controla quase tudo.
Os tais "liberais" do Brasil, que de "liberais" só têm o nome mesmo, vivem idolatrando o tal "deus mercado liberal", repetindo e enchendo o saco alheio com uma ideologia que afunda todo país que se instala quando aplicado de forma radical como eles pregam, caso da Espanha, Portugal, Brasil nos anos 90 etc, mas nunca falam da regulação do mercado da mídia brasileira. Por quê?
O maior propulsor do nazismo e do fascismo na Europa não foi uma reação, como muita gente prega, à União Soviética (apesar de que o 'fantasma' dela assombrava ou era usado como pretexto pelas elites de vários países domarem sindicatos etc), e sim as crises que o liberalismo radical provocou nas economias dos países europeus e mundo afora.
Crise de todo tipo, não só econômica. E a mesma ideologia liberal radical vem criando crises agora mundo afora como nos Estados Unidos com a quebradeira que elegeu o Obama que prometia "recuperar" aquele país e se saiu como um fiasco. A mesma ideologia que quebrou Portugal, Espanha, Itália, Grécia e arrasa países sem pena.
Não a toa que no colapso grego recente um grupo neonazi ou de extrema-direita (Aurora Dourada) emergiu como força política naquele país, repetição do que já ocorrera antes no século XX. O povo cansado migra prum nacionalismo radical como resposta "ao que aí está".
Depois aparece gente querendo combater esse tipo de extremismo com repressão sem entender as causas da ascensão desse tipo de grupo por defenderem esse liberalismo radical e corporações. Os grupos radicais/extremados crescem nas crises provocadas pelo liberalismo radical que é bastante difundido no Brasil pela mídia oligopolizada do país e por sites avulsos espalhados pela internet.
Por isso que estou revendo se é adequado se falar sobre grupos exóticos "revis" (que não enchem uma Kombi), quando há grupos muito piores organizados detonando a democracia do país e inflando um clima de radicalização no mesmo com essa retórica "anti-esquerda" da guerra fria, porque são avessos a qualquer projeto nacional, mesmo moderado, liderado por qualquer governo federal no Brasil, quer seja de esquerda ou direita.
Por essa razão eu afirmo que esta questão da mídia não é uma questão a ser tratada com polarizações e sim algo suprapartidário (acima de partidos), que interessa a quem apoia um projeto nacional soberano contra essa agenda liberal radical proposta por determinados partidos políticos ou candidatas personalistas como a radical Marina Silva com discurso despolitizado antidemocrático pois rejeita partidos como numa ditadura.
Quero ver o pessoal (sem indiretas) que saiu às ruas em 2013, com todo o estardalhaço que foi feito em torno daquilo (com reivindicações difusas que elegeram um congresso pior que o de 2010), sair às ruas defendendo a regulação da mídia. Vamos ver se as passeatas eram só rebeldia pueril (alienação política e revolta difusa) ou se podem tornar algo sério em prol do país.
Agora que a eleição passou já dá pra discutir essas questões abertamente já que iriam chiar se o assunto fosse abordado no decorrer da mesma.
DW, MSN/Reuters, BBC, BBC de novo.
Não vou nem procurar o link daquele pasquim espanhol (El País), pois já foi citado num dos links acima e a mitomania ali não tem fim. A quem quiser saber o porquê do teor do comentário sobre este jornal, ler isto aqui.
2. E logo em seguida começam a lançar lentamente a refutação ao que espalharam porque começam a surgir contestações a mais essa mentira de tantas que a mídia partidarizada lançou ao longo das eleições:
BBC, Globo.
A quem quiser ver mais basta jogar a combinação país dividido+brasil+eleições no Google que vem um monte de resultados com essa ladainha, fora a TV repetindo a mesma baboseira a exaustão. Refiro-me a esses sites caso os portais não os forem removendo um a um com o decorrer do tempo pra apagar o vestígio da manipulação.
Por que faço questão de frisar esta questão da mídia? Pra mostrar o nível de distorção e manipulação da coisa. Isto não é nem nunca foi uma prerrogativa ou contestação dos ditos "revis" tão citados e rebatidos aqui, a manipulação da mídia existe mesmo, só que nunca teve ênfase no Holocausto (objeto de obsessão dos "revis").
Há uma saturação no país, pelo menos minha há, com a podridão desta mídia brasileira, que agora conta com reforço externo dessas publicações "neutras" da BBC, DW, El País tentando direcionar opinião no país pros interesses políticos deles (seguem uma agenda política econômica mesmo que não afirmem, alguém desatento não nota, mas quem é atento percebe de cara).
As pessoas que leem este post e acham que a mídia brasileira é séria (salvo exceções), talvez eu irrite ou choque vocês, embora eu já tenha batido nesta tecla antes, mas não é.
Eu digo o seguinte: filtrem o que leem e procurem se informar sobre economia, ideologia e o que determinados grupos de mídia defendem economicamente, caso contrário você sempre será um bobo recebendo carga de informação sem nem saber se a mesma procede ou não. Informação boa não "cai do céu", você é que tem que aprender a filtrar. Com uma mídia podre a coisa fica pior, obviamente. E repito novamente: isto não é uma contestação "revisionista", esta pauta foi "sequestrada" pois é algo mais proveniente da esquerda, mas não só desta, é algo de interesse público acima de tudo como foi feito no Reino Unido após o escândalo do News of the World.
Ou vamos pôr as coisas de forma suprapartidária pois o problema atinge a todos indistintamente: a manipulação que a mídia faz é um problema de todos, da sociedade. Não há democracia plena com uma mídia corrompida que manipula o tempo todo, onde ninguém mais identifica algo sério de algo manipulado (uma mídia que manipula cai em descrédito, ou deveria cair se parte do povo brasileiro não fosse tão crédula, ingênua e refratária).
E como se prova que a afirmação de "país dividido" é falsa? Pelo mesmo método que se usa com "revis". Digamos que de tanto a gente ler distorção daqueles caras, isto torna extremamente fácil notar distorção em qualquer fonte ou meio de comunicação.
Vejam estas votações em outros países que já citei no post anterior:
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Estados Unidos, 2000, George W. Bush x Al Gore. Link.
George W. Bush perde na votação 'normal' pra Al Gore mas leva a presidência pelos colégios eleitorais. W. Bush (Republicano) teve 47,87% dos votos e Al Gore (Democrata) 48,38%.
Algum de vocês ficou ouvindo a exaustão que os Estados Unidos estavam divididos com uma votação bizarra como a votação acima, digna de contestação? A resposta é: Não.
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Estados Unidos, 2012, caso mais recente, Obama x Mitt Romney. Link.
Obama (Democrata), concorrendo à reeleição, teve nada mais nada menos que exatos 51,01%, e Romney (Republicano) teve 47,16%. Obama teve menos votos que Dilma no Brasil percentualmente.
Novamente pergunto: algum de vocês ouviu a mídia brasileira ou de fora repetir a exaustão que os Estados Unidos estavam divididos por conta do percentual de votação? A resposta é: não, de novo.
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França, 2012, Hollande x Sarkozy. Link.
Vamos mudar de continente e de país, Sarkozy concorria à reeleição contra o candidato da coalizão de esquerda F. Hollande. Na votação final vejam só que coincidência de resultados com o do Brasil em 2014:
Hollande teve 51,63% dos votos e Sarkozy (que não se reelegeu) teve 48,37%.
Pergunto novamente: alguém ouviu a mídia falar de país dividido na França com "convicção"? A resposta é: Não.
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Agora voltemos ao Brasil:
Dilma teve este ano exatamente 51,62%, e Aécio Neves teve 48,38%.
Alarde da mídia no Brasil: "o país está dividido". Então este deve ser mesmo um país "excepcional", tão fora do comum com uma mídia "fora de série" (é essa a maior excepcionalidade brasileira: a mídia).
Viram a diferença de "tratamento"? ... pois é.
Vou dar até um desconto (de uns 10%) pra mídia estrangeira, pois esta geralmente repete as baboseiras que leem da mídia brasileira achando que essa é uma "imprensa séria"/"fonte séria" (salvo exceções) de informações, mas como eles sabem da partidarização política da mídia do país, não dá mais pra passar a mãozinha na cabeça da mídia de fora e achar que estão agindo de boa fé ao reproduzirem esse conteúdo por não filtrarem o mesmo, intencionalmente ou não. No mínimo o fazem por preguiça, mas de boa fé definitivamente não é.
Viram como é fácil manipular? Quantas pessoas vocês já viram repetindo como papagaio o "mantra" de país dividido sem nem entender que o voto não foi regional e sim por ideologia e classe social de Norte a Sul, como é na maior parte do mundo e em quase todas as eleições desde 1989? Muita gente, suponho. Tanto que rola nas notícias denúncias com mais chiliques regionais de "Nordeste isso e aquilo" por esse pessoal ignorante ao extremo com alguma compulsão por escrever cretinice na rede e compartilhar com todo mundo.
Quantas pessoas se questionaram sobre essa suposta divisão do país? Poucas, mas o número aumenta graças à internet que virou uma espécie de monitoramento da grande mídia com credibilidade pra lá de comprometida.
Entendem porque evito colocar texto de mídia brasileira aqui? Não há condições, salvo exceções.
Como quando se trata de um assunto específico e de agência estrangeira eles tentam não distorcer, ou de sites portugueses e espanhóis quando se referem à segunda guerra ou a um assunto que não há disputa política. Mas a mídia espanhola e portuguesa estão quase no mesmo patamar de distorção da mídia brasileira (se não for pior). Quando falam do Brasil são de uma pobreza e repetição de clichês atrozes, sem falar da manipulação.
É insuportável e vergonhoso conviver com uma imprensa dessas. E a maioria das pessoas, por burrice (o nome é esse mesmo, não tem outro, não se trata aqui de ideologia pois isso afeta a todos indistintamente), acha esse tipo de atitude da grande mídia brasileira "normal".
Aí começam a te xingar disso e daquilo mas nunca atacam ou criticam o cerne da questão: a "mídia santa" do país que manipula informação pra fins eleitoreiros e políticos, minando a própria democracia.
Vou frisar novamente aqui: este post não trata de Holocausto ou segunda guerra, estes dois temas talvez sejam um dos poucos assuntos que a mídia não tenta distorcer porque se o fizesse tomaria pau de todo lado, mas distorcem quando omitem o passado autoritário do país e a atuação de grupos de extrema-direita no mesmo, bem como nunca informam sobre o teor de cada seguimento político do país, independente de concordar com os mesmos ou não.
Por isso que eu já disse e repetirei quantas vezes for necessário: sou totalmente a favor da regulação da mídia no Brasil.
A quem acha que esta questão é algo "bolivariano" e aqueles clichês ridículos batidos, isso já ocorreu no Reino Unido (Link2), França, Alemanha e Estados Unidos. E tem mais aqui (sobre regulação em 10 países). Ou seja, quatro países "bolivarianos" pra vocês ficarem repetindo o mantra retórico ideológico na ausência de neurônios.
O mais engraçado é ver gente que se diz "liberal" defender mídia oligopolizada, algo que afeta diretamente a concorrência numa economia de mercado e gera supercontrole na mão de poucos grupos privados (famílias). Mais concorrência das mídias significa melhor conteúdo e diversificação do mesmo, mas obviamente que isso não interessa a essa meia dúzia que controla quase tudo.
Os tais "liberais" do Brasil, que de "liberais" só têm o nome mesmo, vivem idolatrando o tal "deus mercado liberal", repetindo e enchendo o saco alheio com uma ideologia que afunda todo país que se instala quando aplicado de forma radical como eles pregam, caso da Espanha, Portugal, Brasil nos anos 90 etc, mas nunca falam da regulação do mercado da mídia brasileira. Por quê?
O maior propulsor do nazismo e do fascismo na Europa não foi uma reação, como muita gente prega, à União Soviética (apesar de que o 'fantasma' dela assombrava ou era usado como pretexto pelas elites de vários países domarem sindicatos etc), e sim as crises que o liberalismo radical provocou nas economias dos países europeus e mundo afora.
Crise de todo tipo, não só econômica. E a mesma ideologia liberal radical vem criando crises agora mundo afora como nos Estados Unidos com a quebradeira que elegeu o Obama que prometia "recuperar" aquele país e se saiu como um fiasco. A mesma ideologia que quebrou Portugal, Espanha, Itália, Grécia e arrasa países sem pena.
Não a toa que no colapso grego recente um grupo neonazi ou de extrema-direita (Aurora Dourada) emergiu como força política naquele país, repetição do que já ocorrera antes no século XX. O povo cansado migra prum nacionalismo radical como resposta "ao que aí está".
Depois aparece gente querendo combater esse tipo de extremismo com repressão sem entender as causas da ascensão desse tipo de grupo por defenderem esse liberalismo radical e corporações. Os grupos radicais/extremados crescem nas crises provocadas pelo liberalismo radical que é bastante difundido no Brasil pela mídia oligopolizada do país e por sites avulsos espalhados pela internet.
Por isso que estou revendo se é adequado se falar sobre grupos exóticos "revis" (que não enchem uma Kombi), quando há grupos muito piores organizados detonando a democracia do país e inflando um clima de radicalização no mesmo com essa retórica "anti-esquerda" da guerra fria, porque são avessos a qualquer projeto nacional, mesmo moderado, liderado por qualquer governo federal no Brasil, quer seja de esquerda ou direita.
Por essa razão eu afirmo que esta questão da mídia não é uma questão a ser tratada com polarizações e sim algo suprapartidário (acima de partidos), que interessa a quem apoia um projeto nacional soberano contra essa agenda liberal radical proposta por determinados partidos políticos ou candidatas personalistas como a radical Marina Silva com discurso despolitizado antidemocrático pois rejeita partidos como numa ditadura.
Quero ver o pessoal (sem indiretas) que saiu às ruas em 2013, com todo o estardalhaço que foi feito em torno daquilo (com reivindicações difusas que elegeram um congresso pior que o de 2010), sair às ruas defendendo a regulação da mídia. Vamos ver se as passeatas eram só rebeldia pueril (alienação política e revolta difusa) ou se podem tornar algo sério em prol do país.
Agora que a eleição passou já dá pra discutir essas questões abertamente já que iriam chiar se o assunto fosse abordado no decorrer da mesma.
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Espanha financiou ditadura argentina de Videla
Foto: Jorge Rafael Videla e o rei Juan Carlos da Espanha |
"Arquivos secretos revelam que o rei Juan Carlos da Espanha, banqueiros e os principais funcionários do governo de Suárez assinaram acordos econômicos milionários com o sangrento regime argentino", indica o diário espanhol Público
A Espanha financiou a ditadura argentina de Jorge Rafael Videla, segundo publicou hoje o diário espanhol Público, que mostra arquivos secretos dos acordos assinados pelo rei Juan Carlos, banqueiros e funcionários do governo de Adolfo Suárez.
O rei Juan Carlos disse ao embaixador argentino na Espanha, Leandro Enrique Anaya, em 1976 que "A Espanha estava no melhor estado anímico para realizar operações comerciais e financeiras com a República Argentina", segundo os arquivos em poder do jornal Publico.
Quatro dias depois da reunião entre Anaya e o rei, a Argentina anunciava a assinatura de um convênio com a Espanha para retomar a venda de carne, paralisada há seis anos.
Além disso, segundo o Público, o então ministro da Economia argentino, José Alfredo Martínez de Hoz, e o ministro de Comércio espanhol, José Lladó, assinaram nesse mesmo ano um documento pelo qual ambos os estados concordavam em "pôr em prática um programa de cooperação econômica e financeira".
Por este acordo, a Espanha venderia a Argentina "bens de equipamentos, barcos com características especiais, dragas e outros elementos flutuantes, assim como equipamentos de carga e descarga para portos, locomotivas e demais materiais ferroviários e outros equipamentos e instalações industriais" por um valor total de 290 milhões de dólares. Fonte (ANSA).
Ver as notas completas em:
España financió a la dictadura de Videla
La dictadura de Videla y España intercambiaron apoyos, medallas y regalos
Los documentos secretos de los acuerdos comerciales de España con la dictadura de Videla
Los documentos secretos del intercambio de apoyos y condecoraciones de España con la dictadura de Videla
Fonte: Elonce.com
http://www.elonce.com/secciones/nacionales/390226-diario-afirma-que-el-gobierno-de-espaa-financi-la-dictadura-argentina-de-videla.htm
Tradução: Roberto Lucena
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Observação: o texto traduzido acima foi curto, embora conste os links do jornal Público (da Espanha) com todos os detalhes e os documentos que revelam todo o conteúdo das matérias. Tem texto melhor resumido nos links abaixo, caso alguém tenha interesse em ler (em espanhol), com citação do falecido dono do Santander, como neste trecho aqui:
Arquivos secretos revelam que o rei Juan Carlos, os principais funcionários do governo de Adolfo Suárez, e banqueiros como Emilio Botín (Santander) assinaram acordos econômicos milionários que engrossaram os cofres do governo militar, cujo plano de extermínio requeria centenas de milhares de dólares.Extraído daqui: Los documentos que prueban que España financió la dictadura (Info News)
Ler mais aqui:
Revelan documentos que probarían cómo España financió a la dictadura de Videla (Clarín)
La España del Rey Juan Carlos financió a la dictadura argentina que encabezaba Videla (La Gaceta)
Como eu não cheguei a olhar (e por isso não posso afirmar, mas é algo que sempre aparece em destaque), não vi destaque algum no jornal El País sobre este assunto. O El País é (ainda) o principal jornal da Espanha, mas também comete os mesmos erros da mídia 'partidarizada' do Brasil, principalmente quando falam atualmente no Brasil.
O Público é um jornal com viés de esquerda na Espanha, mas na questão da memória histórica ele sempre faz muitas matérias sobre a ditadura franquista com muita informação.
Acho curioso que um colunista deste jornal El País (que tem uma edição em português agora), além dos comentários com 'certo' tom ofensivo e raso (por repetir o senso comum de certo público no Brasil sobre o país, sem profundidade alguma e cheio de estereótipos, que não mereceria nem comentário se a mídia idiotizada do Brasil não reproduzisse as baboseiras dele como "algo sério" pra justificar covardemente suas aversões ao próprio país), muitas vezes comparar a Espanha pós-Franco com o Brasil (ou usar isso como parâmetro), ignorando a História e potencial de cada país (e dimensões).
É algo que sempre constrange (pelos erros que ele comete) a atitude dele, quando a única coisa comparável nos dois países é o grau de irracionalidade/fanatismo, estupidez, autoritarismo, submissão/entreguismo da direita desses dois países e o completo desprezo das elites da Espanha e do Brasil (ou de parte delas) pelo próprio povo. Por sinal, essa semelhança bizarra é uma das coisas que mais tem chamado minha atenção sobre a Espanha, e em parte por eu ter lido muita coisa da história daquele país, que em termos históricos é um país rico, mas com histórias não muito gloriosas pro próprio povo pelo caráter elitista, autoritário, retrógrado, religioso extremado e de pouca visão da elite daquele país.
Queria ver o que ele teria a dizer desse "primor" de "valores democráticos" da Monarquia espanhola ajudando uma das ditaduras mais sangrentas do continente americano no século XX, já que vive dando pitaco ou sugerindo pra "brasileiros agirem assim e assado" quando deveria olhar mais pras falhas autoritárias do seu próprio país, que não é um modelo de democracia como ele costuma "exaltar". Isso pra não entrar em detalhes sobre a história do "desenvolvimento" da Espanha pós-Franco.
1. A quem achar estranho a razão deste meu comentário acima sobre o jornal, ler este post aqui. Eu disse que não iria 'aliviar' nas críticas por conta da hostilidade do jornal. Vejam pelo seguinte ângulo: é um escárnio um jornal estrangeiro vir a outro país ficar se intrometendo e sugerindo, com tom arrogante, de como o povo deve agir, com matérias partidárias em prol de determinado partido em período eleitoral. Não dá pra simplesmente ser cordial com um comportamento imperialista (apesar da falta de relevância militar e cultural da Espanha com o Brasil), grosseiro e hostil desses. Mas sou justo, eu também critico outras publicações (pelo mesmo motivo), mas o tom hostil deste jornal chama atenção.
2. A quem achar estranho o assunto "ditadura argentina", ler este outro post aqui. Não lembro se detalhei nele (acho que não), ou em algum outro post perdido que, em virtude do desconhecimento profundo de boa parte das pessoas sobre a história do país, isso abre caminho fértil pro negacionismo e outros tipos de "revisionismos". A ditadura no país vizinho deve ser lida até pra se ter dimensão sobre todo processo de implementação de ditaduras na América do Sul que não foi algo isolado (restrito ao Brasil).
Voltando ao que discutíamos... infelizmente, uma parte dos brasileiros é muito ingênua e padece daquele velho "complexo de vira-latas" de achar que tudo fora é "perfeito" e tudo no Brasil é ruim, ou que o comentário de um colunista desses é "bom" por ser "de fora" quando idiotice nunca foi "privilégio" de brasileiros, o que acaba incentivando esse tipo de postura hostil desses cronistas de fora. Ou desses brasileiros acharem tolamente que todo e qualquer jornal é um "poço de isenção"/"neutralidade" (crer nisso é algo que beira a idiotice) e seriedade.
Em outras palavras, essas pessoas por não saberem confrontar o problema da intromissão jornalística externa, por sua submissão em demasia, acabam incentivando esse tipo de comportamento hostil desses "colunistas" e jornais, e isto gera atritos, pois nem todo brasileiro compartilha deste sentimento de submissão e parte, inevitavelmente, pro revide. Ou seja, quem costuma criar esse tipo de atrito quase sempre é a turma do "complexo de vira-latas" submissa, com suas desculpas ridículas e esfarrapadas pra justificar os atos hostis e não a parte que revida. A parte que revida é tão somente consequência do problema, nunca a origem do mesmo.
Quero deixar claro que qualquer pessoa pode emitir crítica sobre qualquer país, sociedade etc, não existe país especial que ninguém não possa opinar ou criticar, o Brasil incluso, só que ao se fazer críticas pelo menos deveriam fazê-las com mais precisão e seriedade, sem estereótipos, sem que o comentário soe como pitaco, chute ou mesmo agressões, principalmente quando se trata de uma postura vinda da própria imprensa.
segunda-feira, 28 de julho de 2014
O viés anti-Brasil da imprensa espanhola escancarado na Copa. Destaque para o jornal El País
Como comentei antes, eu iria comentar a série de absurdos que saiu durante a Copa cometidos pela imprensa estrangeira principalmente, só que com esse evento da ofensiva/massacre em Gaza (que já vai em mais de mil mortos, pra ser mais preciso, 1139 mortos e subindo), não havia/há clima pra discutir a questão de uma forma melhor.
Eu prometi que iria condenar os ataques de um jornal espanhol (embora eu tenha visto matérias hostis em outros jornais da Espanha), mas infelizmente não deu pra fazer o post na Copa.
Falar em imprensa estrangeira é ser genérico, houve pontos positivos da imprensa estrangeira com destaque pra imprensa francesa cobrindo a Copa (a França sempre teve uma boa ligação política e cultural com o Brasil e demonstrou isso mais uma vez no mundial, cobertura honesta, sem excesso) e mesmo da imprensa norte-americana. A imprensa britânica foi bipolar, foi um morde e assopra constante com sua briga particular com a FIFA e certo espírito de porco atacando o evento pra outros fins (até as Olimpíadas) sem respeitar a escolha do país, mas segurou a "onda" no decorrer do mundial quando a "catástrofe" anunciada não ocorreu. A DW alemã também foi um destaque negativo com matérias tendenciosas ao extremo (e já vem fazendo isso há algum tempo). Mas houve uma imprensa que despontou negativamente pra valer nessa questão a ponto de ser destacada aqui: a imprensa espanhola. Com destaque principal pro jornal El País, disparado o que mais atacou de forma irresponsável, sensacionalista e distorcida o país antes, durante e após a Copa, o que provoca reações inamistosas de brasileiros com a Espanha.
Eu não sou muito de voltar atrás com elogio, até porque não dá pra mudar de opinião conforme a dança, mas já cheguei a elogiar a parte de segunda guerra que sai nesse jornal na versão espanhola, mas isso não me impedirá de criticar pesadamente o viés anti-Brasil, eleitoreiro e até xenófobo desse jornal, que pertence ao grupo Prisa (Espanha).
Por que eu disse eleitoreiro? Porque o grupo deste jornal é próximo politicamente a um certo partido brasileiro de cor azul, oriundo de São Paulo (estado), e de multinacionais espanholas (exemplo1, exemplo2) no Brasil, e dá pra notar que há um ataque direcionado visando as eleições no Brasil este ano, um claro gesto de intromissão externa indevida onde não são chamados. Analisar os países é uma coisa, sugerir e insinuar pro povo via matérias, que são editoriais disfarçados, é intromissão indevida. Mas isso só ocorre porque uma parte da sociedade brasileira permite o comportamento cretino de órgãos de imprensa interna e externa, com seu famoso complexo de vira-latas, falta se senso de nação e uma postura que beira a estupidez. Só que há outra parte da sociedade do país, que é maioria (e deveriam demonstrar o repúdio a esse tipo de postura cada vez e de forma aberta), que tem senso de pátria/nação e que não tolera isso e eu me incluo nesta parte.
Eu havia salvo vários links das matérias que esse jornal soltava pra fazer este post, sempre de forma negativa atacando tudo no país ou usando a Copa para campanha eleitoral, exemplo: La careta del gigante, um texto idiota, de outro idiota liberal radical de um país vizinho (Vargas-Llosa, o que concorreu com o Fujimori), explorando a Copa pra fazer politicagem rasteira. Essa matéria (e todas as outras) eu vi durante a Copa, vários textos com cunho eleitoral, isso não é jornalismo, é porcaria.
Daria um post só pra apontar as besteiras dele no texto, mas só pra ilustrar uma bem escancarada:
É ruim coletar matéria por matéria (coloquei a matéria acima pra ilustrar a coisa), por isso decidi que se sair (ou mesmo as passadas) alguma matéria muito esdrúxula neste jornal, e for o caso, eu comento aqui no blog, mas pra quem lia os textos parecia que havia uma disputa 'particular' entre esses países coisa que só passa na cabeça da redação desse jornal, pois por mais desigual que o Brasil seja (e é), não dá pra comparar um país continental e o peso econômico dele (em recursos etc, vide a posição do Brasil com os BRICS) com um país com desenvolvimento praticamente bancado pela União Europeia na sombra da União Soviética (quando essa ainda existia), sem recursos naturais relevantes e que inclusive tem dificuldade de se entender com suas ex-colônias.
Esse é outro assunto a ser tratado mais pra frente pois um dos colunistas desse jornal fez uma comparação ridícula entre períodos do Espanha e Brasil, com um viés arrogante e tolo, que só quem desconhece a história e a dimensão do país o faz. E esse tipo de matéria de quinta categoria ainda repercute no país por conta do viés eleitoreiro da grande mídia brasileira. Em outro país esse tipo de publicação seria rechaçada de cara ou ignorada pela imprensa local.
Não quero fazer comparações entre países, cada país do mundo tem sua relevância, suas particularidades etc, mas soa como esnobismo, ignorância e prepotência esse tom usado por essas pessoas nesses textos desse jornal da Espanha, a petulância chama atenção.
Mas ainda não tinha caído a ficha da real motivação desses ataques. Eu pensava que se tratava de pura xenofobia, uma vez que o clima entre os dois países não anda lá muito amistoso há bastante tempo (mesmo a mídia brasileira, tendo má reputação, ainda relata esses casos de atrito pois a mesma tem medo de ser barrada um dia nesse país), com brasileiros sendo barrados em aeroportos espanhóis de forma deliberada. Mas o intuito do jornal pode ser um misto das duas coisas, eleitoreiro e xenófobo.
Este ato constante de barrar brasileiros em aeroportos da Espanha (inclusive de gente que nem ficaria lá, só estava de trânsito e iria pra outros países, Link1, Link2), já provocou reação do governo brasileiro e a reciprocidade de tratamento e até visita do ex-rei da Espanha tentando "apaziguar" o "problema" e os "ânimos", que a meu ver não passa de formalismo barato e o Brasil deveria endurecer o tom com este país como resposta, pra deixar claro o seguinte: não somos ex-colônia espanhola, não temos laços culturais pra ter essa "intimidade forçada" que esse jornal tenta forjar, e por aí vai. Estão tentando forjar uma intimidade entre países que simplesmente não existe, e não por culpa do Brasil.
Temos laços com outros países (citei a França acima, por exemplo), e não temos que aturar delírio sub-imperialista querendo dizer ao Brasil como e de que forma o país deve se comportar. Isso é uma afronta sem tamanho e de uma arrogância fora do comum. Os comentários aqui não são sobre o povo espanhol, ou da maior parte dele, que é vítima desses grupos também, embora parcela da população (como em todo país) compartilha dessa mentalidade tacanha do jornal, e sim ao governo espanhol (de qualquer partido, esquerda ou direita) e Estado espanhol de uma forma geral. "Amizade forçada" não é algo bem-vindo, que fique bem claro isso. Não sou só eu que compartilho dessa opinião no Brasil, muita gente no país pensa do mesmo jeito e até de forma dura do que o que citei acima, só que a mídia brasileira faz "questão" de "ignorar" essas questões achando que as pessoas não saberão se ela não "comentar". Com a internet ninguém precisa dela pra externar posições.
Pra quem não está familiarizado com essa questão, há até hoje problemas de aproximação entre a Espanha e suas ex-colônias no continente americano, existe o termo pejorativo "sudaca" pra se referir de forma "não muito amistosa" (preconceituosa) a sulamericanos. Pra nós do Brasil esse termo não têm sentido algum, pois como disse acima, não há uma ligação cultural entre Brasil e Espanha apesar da proximidade dos idiomas, não é próxima ao Brasil. Soa até como piada às vezes pois ninguém tem a Espanha como referencial no Brasil (com todo respeito ao país, mas isso é um fato), se viesse de Portugal talvez o tempo fechasse (pelas ligações históricas entre os países, o idioma oficial português não foi aceito ao acaso), mas pros demais países vizinhos esse problema acontece, em maior ou menor intensidade e no resto da América espanhola (América Central, do Norte). Vira e mexe esse jornal vive dando pitaco nos governos desses países de forma agressiva e editorial, visivelmente se intrometendo em assuntos estritamente internos, como se ainda a Espanha mandasse nesses países.
Na Copa das Confederações e no mundial houve relatos de xingamentos racistas com o Brasil com a expressão "mono", que quer dizer (em espanhol) macaco. Velho racismo usado contra negros. Novamente isso vira anedotário pois "mono" em português só tem sentido como oposto de "estéreo", relativo a som, aos ouvidos do país esse xingamento não têm impacto (sentido) sonoro e escrito algum, ainda mais por não haver, como já citei acima, um contato cultural relevante entre Brasil e Espanha exceto quando algum jogador brasileiro vai jogar naquele país, e fica por aí.
Não quero diminuir a relevância histórica da Espanha, eu mesmo tenho curiosidade sobre a história daquele país, mas a imagem geral da Espanha no Brasil (pra maior parte do povo) é essa e não é um jornal com atitude hostil que irá modificar isso.
Pra quem quiser ver as matérias: Link1, Link2, Link3.
Uma das razões pro futebol ser um esporte tão apaixonante, e me refiro mais à disputa de seleções do que de clubes, é que é um esporte completo, até geopolítica entra em campo às vezes quando não deveria, além de outras questões políticas como o racismo. E como fica claro nos links das matérias acima, não somos nós brasileiros que não sabemos perder, ninguém gosta de perder mas não saber perder é muito feio, a imprensa de fora achava que iria ocorrer um maremoto no Brasil se a seleção brasileira perdesse, o que era e sempre foi um exagero ridículo (sentiram mais a derrota do Brasil do que os brasileiros), e a seleção não só perdeu como ainda sofreu uma goleada histórica (7x1 pra Alemanha) e estamos vivos, independente disso. Como ocorreu depois de 1950 contra o Uruguai, ninguém morreu por isso, apesar da choradeira eterna da imprensa do Rio em torno do "Maracanço" que acabou por mitificar algo que não tem tanta importância pois o Brasil foi penta campeão do mundo depois disso e disputou mais seis finais. O futebol é ainda só um esporte, apesar de tudo (dos desmandos da FIFA, lavagem de dinheiro nos clubes etc).
Assunto bem interessante pra outro post já que alguns "revis" de fora andaram misturando as crenças racistas deles com o jogo da semifinal sem entender nada de futebol. Ver um neonazi "revi" exaltar a seleção multicultural da Alemanha (que vai de encontro ao que eles pregam) não deixa de provocar uma satisfação por dentro, rs.
"Ah, mas a Espanha pode estar querendo se aproximar do Brasil e você está sendo hostil..."; bem, não tenho nada contra que qualquer país no mundo se aproxime do Brasil, pelo contrário, acho isso bom, bem-vindo, vide a celebração que foi a Copa com algumas exceções (parte das torcidas de países vizinhos no mundial, é um assunto a ser tratado noutro post). Sempre cito o caso francês como exemplo, talvez seja um dos países europeus mais próximos ao Brasil, e também a Alemanha que tem parcela do país sendo seus descendentes e o caso francês e alemão são até mais destacados no Brasil que Portugal (antigo colonizador), quando se esperava que Portugal fosse mais próximo do Brasil e não é. Só que ninguém se aproxima de país algum com um comportamento agressivo e ofensivo como esse descrito acima, intrometendo-se dessa forma num pleito eleitoral e até no mundial do país, com comportamentos que remetem aos imperialismos do século XIX e antes dele. Pelo contrário, a continuar assim criarão um ranço sério anti-espanhol no Brasil. Como já comentei, muita gente já anda reparando esse comportamento direcionado.
Há muitos brasileiros que quando leem esse tipo de comentário do post começam a dar piti histérico pois, de tão acostumados a serem submissos a quem eles julgam "mais poderosos", eles começam a tentar reprimir quem se rebela contra esse tipo de abuso querendo abafar o assunto, mas um aviso a esse pessoal: libertem-se desse comportamento, submissão não é educação, essa submissão de vocês leva inclusive a brasileiros serem atacados fora do país porque vocês passam a imagem de gente submissa demais, covarde e medrosa, muitos de vocês confundem submissão com cortesia e educação que são coisas distintas, diferentes. Tratar a todos igualmente é questão de educação e princípios e algo a ser celebrado e exaltado sempre, baixar a cabeça não.
Já li comentário imbecil de um fake, faz tempo, fazendo piadinha aqui na ocasião daquele caso da brasileira na Suíça quando se chegou a conclusão de que ela forjara um ataque neonazi contra ela mesma, que beirava a cretinice. Eu me pergunto o que se passa na cabeça desse tipo de lunático e o porquê dele (e quem pensa como ele) ainda não ter saído do Brasil. Já que julgam esse país tão ruim deveriam ser coerentes e procurar cair fora, ninguém quer saber de choro compulsivo e doentio desse tipo de pessoa, não deixarão saudades alguma. Mas não, eles fazem o oposto disso, ficam grudados ao país de forma doentia querendo que os outros sintam "pena" deles, comovam-se com esse sentimento de auto-piedade deles, comportamento asqueroso e desprezível.
Voltando à questão... eu tendo a boicotar esse jornal daqui pra frente, que inclusive já usei em várias traduções aqui sobre temas relacionados à segunda guerra e racismo, não me sinto confortável reproduzindo textos dele sabendo do que comentei acima (exceto se for pra criticar), mesmo que prestem ou sejam interessantes, sabendo desse viés anti-Brasil por motivos 'n' (o viés pode se dar por qualquer uma das hipóteses citadas acima ou todas juntas), porque quando a gente coloca matéria de um jornal a gente também divulga a publicação, então é melhor cortar (ir à raiz do problema).
Não é tolerável que jornais estrangeiros se intrometam em questões internas do país achando que todo brasileiro aceita passivamente essa postura porque uma parte imbecil do país, que não possui senso cívico ou de pátria algum, fiquem batendo "palmas" pra esse comportamento cretino, ou querendo insuflar ódio anti-brasileiro nos demais países latinoamericanos já que essa publicação é ou era bastante lida no resto da América Latina (na parte espanhola). Faço questão de avisar e comentar o assunto pois é um assunto que ultrapassa a opinião pessoal e são coisas de atritos entre Estados/países e estão cruzando a linha vermelha (expressão usada para indicar o limite extremo aceitável, depois disso surge conflitos).
Tá dado o recado. Se ocorrer ataques xenófobos ao Brasil na imprensa espanhola, haverá´revide, o famoso "bateu, levou". Se o governo não toma atitude o povo pode tomar. Se não sabem se comportar ou respeitar o país por bem, vão se comportar e respeitar por mal, de qualquer jeito. Espero que o governo brasileiro pare com esse tom brando/ameno em questões internacionais ignorando esse tipo de ataque traiçoeiro, cínico e deliberado de alguns países ou da imprensa de alguns países por conta da proximidade idiomática do português com o espanhol. Colonialismo ibérico no Brasil de novo, não.
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P.S. eu não havia lido este texto (de 2013) que fala no mesmo problema citado acima só que de forma mais detalhada porque enfoquei mais a questão cultural e histórica da coisa, pois isso é o que influi no comportamento desses grupos. A quem quiser ler: El Pais Brasil, cavalo de Tróia das empresas espanholas (Link original).
O comportamento do jornal é idêntico ao descrito na matéria do link e ao que comentei acima, não só na versão brasileira como na original em espanhol. Não sei se tocam que estão sendo rechaçados mas isso não é problema nosso. Coisas desse tipo costumavam passar batidas, mas os tempos são outros.
Eu prometi que iria condenar os ataques de um jornal espanhol (embora eu tenha visto matérias hostis em outros jornais da Espanha), mas infelizmente não deu pra fazer o post na Copa.
Falar em imprensa estrangeira é ser genérico, houve pontos positivos da imprensa estrangeira com destaque pra imprensa francesa cobrindo a Copa (a França sempre teve uma boa ligação política e cultural com o Brasil e demonstrou isso mais uma vez no mundial, cobertura honesta, sem excesso) e mesmo da imprensa norte-americana. A imprensa britânica foi bipolar, foi um morde e assopra constante com sua briga particular com a FIFA e certo espírito de porco atacando o evento pra outros fins (até as Olimpíadas) sem respeitar a escolha do país, mas segurou a "onda" no decorrer do mundial quando a "catástrofe" anunciada não ocorreu. A DW alemã também foi um destaque negativo com matérias tendenciosas ao extremo (e já vem fazendo isso há algum tempo). Mas houve uma imprensa que despontou negativamente pra valer nessa questão a ponto de ser destacada aqui: a imprensa espanhola. Com destaque principal pro jornal El País, disparado o que mais atacou de forma irresponsável, sensacionalista e distorcida o país antes, durante e após a Copa, o que provoca reações inamistosas de brasileiros com a Espanha.
Eu não sou muito de voltar atrás com elogio, até porque não dá pra mudar de opinião conforme a dança, mas já cheguei a elogiar a parte de segunda guerra que sai nesse jornal na versão espanhola, mas isso não me impedirá de criticar pesadamente o viés anti-Brasil, eleitoreiro e até xenófobo desse jornal, que pertence ao grupo Prisa (Espanha).
Por que eu disse eleitoreiro? Porque o grupo deste jornal é próximo politicamente a um certo partido brasileiro de cor azul, oriundo de São Paulo (estado), e de multinacionais espanholas (exemplo1, exemplo2) no Brasil, e dá pra notar que há um ataque direcionado visando as eleições no Brasil este ano, um claro gesto de intromissão externa indevida onde não são chamados. Analisar os países é uma coisa, sugerir e insinuar pro povo via matérias, que são editoriais disfarçados, é intromissão indevida. Mas isso só ocorre porque uma parte da sociedade brasileira permite o comportamento cretino de órgãos de imprensa interna e externa, com seu famoso complexo de vira-latas, falta se senso de nação e uma postura que beira a estupidez. Só que há outra parte da sociedade do país, que é maioria (e deveriam demonstrar o repúdio a esse tipo de postura cada vez e de forma aberta), que tem senso de pátria/nação e que não tolera isso e eu me incluo nesta parte.
Eu havia salvo vários links das matérias que esse jornal soltava pra fazer este post, sempre de forma negativa atacando tudo no país ou usando a Copa para campanha eleitoral, exemplo: La careta del gigante, um texto idiota, de outro idiota liberal radical de um país vizinho (Vargas-Llosa, o que concorreu com o Fujimori), explorando a Copa pra fazer politicagem rasteira. Essa matéria (e todas as outras) eu vi durante a Copa, vários textos com cunho eleitoral, isso não é jornalismo, é porcaria.
Daria um post só pra apontar as besteiras dele no texto, mas só pra ilustrar uma bem escancarada:
"donde el equipo carioca dio una pobre imagen haciendo esfuerzos desesperados para no ser lo que fue en el pasado sino jugar un fútbol de fría eficiencia, a la manera europea."Time carioca? O que esse cara fumou? rs. Nem localizar os estados do país esse cara sabe. Carioca é quem nasce na cidade do Rio de Janeiro, capital do Estado do Rio de Janeiro (capital e Estado possuem o mesmo nome), e fluminense é quem nasce no Estado do Rio, e não é nem nunca foi sinônimo de brasileiro a não ser como atestado de ignorância, apesar da imprensa do Rio sempre forçar a barra com essa questão criando atrito com o resto do país pois a História do Brasil não se resume nem nunca se resumiu a um único estado ou cidade. Mas isso mostra o grau de "conhecimento" do cara sobre o país, é um erro tão grosseiro que já dá uma ideia do que viria depois.
É ruim coletar matéria por matéria (coloquei a matéria acima pra ilustrar a coisa), por isso decidi que se sair (ou mesmo as passadas) alguma matéria muito esdrúxula neste jornal, e for o caso, eu comento aqui no blog, mas pra quem lia os textos parecia que havia uma disputa 'particular' entre esses países coisa que só passa na cabeça da redação desse jornal, pois por mais desigual que o Brasil seja (e é), não dá pra comparar um país continental e o peso econômico dele (em recursos etc, vide a posição do Brasil com os BRICS) com um país com desenvolvimento praticamente bancado pela União Europeia na sombra da União Soviética (quando essa ainda existia), sem recursos naturais relevantes e que inclusive tem dificuldade de se entender com suas ex-colônias.
Esse é outro assunto a ser tratado mais pra frente pois um dos colunistas desse jornal fez uma comparação ridícula entre períodos do Espanha e Brasil, com um viés arrogante e tolo, que só quem desconhece a história e a dimensão do país o faz. E esse tipo de matéria de quinta categoria ainda repercute no país por conta do viés eleitoreiro da grande mídia brasileira. Em outro país esse tipo de publicação seria rechaçada de cara ou ignorada pela imprensa local.
Não quero fazer comparações entre países, cada país do mundo tem sua relevância, suas particularidades etc, mas soa como esnobismo, ignorância e prepotência esse tom usado por essas pessoas nesses textos desse jornal da Espanha, a petulância chama atenção.
Mas ainda não tinha caído a ficha da real motivação desses ataques. Eu pensava que se tratava de pura xenofobia, uma vez que o clima entre os dois países não anda lá muito amistoso há bastante tempo (mesmo a mídia brasileira, tendo má reputação, ainda relata esses casos de atrito pois a mesma tem medo de ser barrada um dia nesse país), com brasileiros sendo barrados em aeroportos espanhóis de forma deliberada. Mas o intuito do jornal pode ser um misto das duas coisas, eleitoreiro e xenófobo.
Este ato constante de barrar brasileiros em aeroportos da Espanha (inclusive de gente que nem ficaria lá, só estava de trânsito e iria pra outros países, Link1, Link2), já provocou reação do governo brasileiro e a reciprocidade de tratamento e até visita do ex-rei da Espanha tentando "apaziguar" o "problema" e os "ânimos", que a meu ver não passa de formalismo barato e o Brasil deveria endurecer o tom com este país como resposta, pra deixar claro o seguinte: não somos ex-colônia espanhola, não temos laços culturais pra ter essa "intimidade forçada" que esse jornal tenta forjar, e por aí vai. Estão tentando forjar uma intimidade entre países que simplesmente não existe, e não por culpa do Brasil.
Temos laços com outros países (citei a França acima, por exemplo), e não temos que aturar delírio sub-imperialista querendo dizer ao Brasil como e de que forma o país deve se comportar. Isso é uma afronta sem tamanho e de uma arrogância fora do comum. Os comentários aqui não são sobre o povo espanhol, ou da maior parte dele, que é vítima desses grupos também, embora parcela da população (como em todo país) compartilha dessa mentalidade tacanha do jornal, e sim ao governo espanhol (de qualquer partido, esquerda ou direita) e Estado espanhol de uma forma geral. "Amizade forçada" não é algo bem-vindo, que fique bem claro isso. Não sou só eu que compartilho dessa opinião no Brasil, muita gente no país pensa do mesmo jeito e até de forma dura do que o que citei acima, só que a mídia brasileira faz "questão" de "ignorar" essas questões achando que as pessoas não saberão se ela não "comentar". Com a internet ninguém precisa dela pra externar posições.
Pra quem não está familiarizado com essa questão, há até hoje problemas de aproximação entre a Espanha e suas ex-colônias no continente americano, existe o termo pejorativo "sudaca" pra se referir de forma "não muito amistosa" (preconceituosa) a sulamericanos. Pra nós do Brasil esse termo não têm sentido algum, pois como disse acima, não há uma ligação cultural entre Brasil e Espanha apesar da proximidade dos idiomas, não é próxima ao Brasil. Soa até como piada às vezes pois ninguém tem a Espanha como referencial no Brasil (com todo respeito ao país, mas isso é um fato), se viesse de Portugal talvez o tempo fechasse (pelas ligações históricas entre os países, o idioma oficial português não foi aceito ao acaso), mas pros demais países vizinhos esse problema acontece, em maior ou menor intensidade e no resto da América espanhola (América Central, do Norte). Vira e mexe esse jornal vive dando pitaco nos governos desses países de forma agressiva e editorial, visivelmente se intrometendo em assuntos estritamente internos, como se ainda a Espanha mandasse nesses países.
Na Copa das Confederações e no mundial houve relatos de xingamentos racistas com o Brasil com a expressão "mono", que quer dizer (em espanhol) macaco. Velho racismo usado contra negros. Novamente isso vira anedotário pois "mono" em português só tem sentido como oposto de "estéreo", relativo a som, aos ouvidos do país esse xingamento não têm impacto (sentido) sonoro e escrito algum, ainda mais por não haver, como já citei acima, um contato cultural relevante entre Brasil e Espanha exceto quando algum jogador brasileiro vai jogar naquele país, e fica por aí.
Não quero diminuir a relevância histórica da Espanha, eu mesmo tenho curiosidade sobre a história daquele país, mas a imagem geral da Espanha no Brasil (pra maior parte do povo) é essa e não é um jornal com atitude hostil que irá modificar isso.
Pra quem quiser ver as matérias: Link1, Link2, Link3.
Uma das razões pro futebol ser um esporte tão apaixonante, e me refiro mais à disputa de seleções do que de clubes, é que é um esporte completo, até geopolítica entra em campo às vezes quando não deveria, além de outras questões políticas como o racismo. E como fica claro nos links das matérias acima, não somos nós brasileiros que não sabemos perder, ninguém gosta de perder mas não saber perder é muito feio, a imprensa de fora achava que iria ocorrer um maremoto no Brasil se a seleção brasileira perdesse, o que era e sempre foi um exagero ridículo (sentiram mais a derrota do Brasil do que os brasileiros), e a seleção não só perdeu como ainda sofreu uma goleada histórica (7x1 pra Alemanha) e estamos vivos, independente disso. Como ocorreu depois de 1950 contra o Uruguai, ninguém morreu por isso, apesar da choradeira eterna da imprensa do Rio em torno do "Maracanço" que acabou por mitificar algo que não tem tanta importância pois o Brasil foi penta campeão do mundo depois disso e disputou mais seis finais. O futebol é ainda só um esporte, apesar de tudo (dos desmandos da FIFA, lavagem de dinheiro nos clubes etc).
Assunto bem interessante pra outro post já que alguns "revis" de fora andaram misturando as crenças racistas deles com o jogo da semifinal sem entender nada de futebol. Ver um neonazi "revi" exaltar a seleção multicultural da Alemanha (que vai de encontro ao que eles pregam) não deixa de provocar uma satisfação por dentro, rs.
"Ah, mas a Espanha pode estar querendo se aproximar do Brasil e você está sendo hostil..."; bem, não tenho nada contra que qualquer país no mundo se aproxime do Brasil, pelo contrário, acho isso bom, bem-vindo, vide a celebração que foi a Copa com algumas exceções (parte das torcidas de países vizinhos no mundial, é um assunto a ser tratado noutro post). Sempre cito o caso francês como exemplo, talvez seja um dos países europeus mais próximos ao Brasil, e também a Alemanha que tem parcela do país sendo seus descendentes e o caso francês e alemão são até mais destacados no Brasil que Portugal (antigo colonizador), quando se esperava que Portugal fosse mais próximo do Brasil e não é. Só que ninguém se aproxima de país algum com um comportamento agressivo e ofensivo como esse descrito acima, intrometendo-se dessa forma num pleito eleitoral e até no mundial do país, com comportamentos que remetem aos imperialismos do século XIX e antes dele. Pelo contrário, a continuar assim criarão um ranço sério anti-espanhol no Brasil. Como já comentei, muita gente já anda reparando esse comportamento direcionado.
Há muitos brasileiros que quando leem esse tipo de comentário do post começam a dar piti histérico pois, de tão acostumados a serem submissos a quem eles julgam "mais poderosos", eles começam a tentar reprimir quem se rebela contra esse tipo de abuso querendo abafar o assunto, mas um aviso a esse pessoal: libertem-se desse comportamento, submissão não é educação, essa submissão de vocês leva inclusive a brasileiros serem atacados fora do país porque vocês passam a imagem de gente submissa demais, covarde e medrosa, muitos de vocês confundem submissão com cortesia e educação que são coisas distintas, diferentes. Tratar a todos igualmente é questão de educação e princípios e algo a ser celebrado e exaltado sempre, baixar a cabeça não.
Já li comentário imbecil de um fake, faz tempo, fazendo piadinha aqui na ocasião daquele caso da brasileira na Suíça quando se chegou a conclusão de que ela forjara um ataque neonazi contra ela mesma, que beirava a cretinice. Eu me pergunto o que se passa na cabeça desse tipo de lunático e o porquê dele (e quem pensa como ele) ainda não ter saído do Brasil. Já que julgam esse país tão ruim deveriam ser coerentes e procurar cair fora, ninguém quer saber de choro compulsivo e doentio desse tipo de pessoa, não deixarão saudades alguma. Mas não, eles fazem o oposto disso, ficam grudados ao país de forma doentia querendo que os outros sintam "pena" deles, comovam-se com esse sentimento de auto-piedade deles, comportamento asqueroso e desprezível.
Voltando à questão... eu tendo a boicotar esse jornal daqui pra frente, que inclusive já usei em várias traduções aqui sobre temas relacionados à segunda guerra e racismo, não me sinto confortável reproduzindo textos dele sabendo do que comentei acima (exceto se for pra criticar), mesmo que prestem ou sejam interessantes, sabendo desse viés anti-Brasil por motivos 'n' (o viés pode se dar por qualquer uma das hipóteses citadas acima ou todas juntas), porque quando a gente coloca matéria de um jornal a gente também divulga a publicação, então é melhor cortar (ir à raiz do problema).
Não é tolerável que jornais estrangeiros se intrometam em questões internas do país achando que todo brasileiro aceita passivamente essa postura porque uma parte imbecil do país, que não possui senso cívico ou de pátria algum, fiquem batendo "palmas" pra esse comportamento cretino, ou querendo insuflar ódio anti-brasileiro nos demais países latinoamericanos já que essa publicação é ou era bastante lida no resto da América Latina (na parte espanhola). Faço questão de avisar e comentar o assunto pois é um assunto que ultrapassa a opinião pessoal e são coisas de atritos entre Estados/países e estão cruzando a linha vermelha (expressão usada para indicar o limite extremo aceitável, depois disso surge conflitos).
Tá dado o recado. Se ocorrer ataques xenófobos ao Brasil na imprensa espanhola, haverá´revide, o famoso "bateu, levou". Se o governo não toma atitude o povo pode tomar. Se não sabem se comportar ou respeitar o país por bem, vão se comportar e respeitar por mal, de qualquer jeito. Espero que o governo brasileiro pare com esse tom brando/ameno em questões internacionais ignorando esse tipo de ataque traiçoeiro, cínico e deliberado de alguns países ou da imprensa de alguns países por conta da proximidade idiomática do português com o espanhol. Colonialismo ibérico no Brasil de novo, não.
_______________________________________________
P.S. eu não havia lido este texto (de 2013) que fala no mesmo problema citado acima só que de forma mais detalhada porque enfoquei mais a questão cultural e histórica da coisa, pois isso é o que influi no comportamento desses grupos. A quem quiser ler: El Pais Brasil, cavalo de Tróia das empresas espanholas (Link original).
O comportamento do jornal é idêntico ao descrito na matéria do link e ao que comentei acima, não só na versão brasileira como na original em espanhol. Não sei se tocam que estão sendo rechaçados mas isso não é problema nosso. Coisas desse tipo costumavam passar batidas, mas os tempos são outros.
terça-feira, 26 de março de 2013
Jornal El País retira artigo on-line que compara Merkel a Hitler
O jornal espanhol El País retirou neste domingo de seu site uma artigo bastante crítico em relação à Alemanha, no qual a chanceler Angela Merkel era comparada a Adolf Hitler, o que provocou reações indignadas de alguns de seus leitores.
Na coluna publicada na edição regional andaluza de El País em seu site, Juan Torres López, professor de Economia da Universidade de Sevilha, escreveu que "Angela Merkel, como Hitler, declarou guerra ao resto do continente para garantir seu espaço econômico vital".
Angela Merkel "nos castiga para proteger suas grandes empresas e bancos e também para ocultar ante seu eleitorado a vergonha de um modelo que fez com que o nível de pobreza em seu país seja o mais alto dos últimos 20 anos, em que 25% de seus empregados ganhem menos de 9,15 euros/hora, ou que à metade de sua população corresponda um miserável 1% de toda a riqueza nacional", acrescentou Torres López.
"El País retirou de seu site o artigo 'Alemanha contra a Europa', assinado por Juan Torres López e publicado em sua edição na Andaluzia, porque continha afirmações que este jornal considera inapropriadas. El País lamenta que um erro na supervisão tenha permitido a publicação do citado material. As opiniões expressadas por Torres López só representam o autor", afirmou o jornal, em um comunicado.
Além de irritar alguns leitores pelo desrespeito para com Merkel, a coluna também provocou reações de outros internautas, que consideraram a retirada do artigo on-line um gesto de censura.
Fonte: AFP/Terra
http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/jornal-el-pais-retira-artigo-on-line-que-compara-merkel-a-hitler,57749c16d839d310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html
Ver mais:
Comparação de Merkel a Hitler leva "El País" a retirar artigo de opinião (Expresso, Portugal)
Merkel igual a Hitler? Estalou o verniz entre Espanha e Alemanha (tvi24, Portugal)
Na coluna publicada na edição regional andaluza de El País em seu site, Juan Torres López, professor de Economia da Universidade de Sevilha, escreveu que "Angela Merkel, como Hitler, declarou guerra ao resto do continente para garantir seu espaço econômico vital".
Angela Merkel "nos castiga para proteger suas grandes empresas e bancos e também para ocultar ante seu eleitorado a vergonha de um modelo que fez com que o nível de pobreza em seu país seja o mais alto dos últimos 20 anos, em que 25% de seus empregados ganhem menos de 9,15 euros/hora, ou que à metade de sua população corresponda um miserável 1% de toda a riqueza nacional", acrescentou Torres López.
"El País retirou de seu site o artigo 'Alemanha contra a Europa', assinado por Juan Torres López e publicado em sua edição na Andaluzia, porque continha afirmações que este jornal considera inapropriadas. El País lamenta que um erro na supervisão tenha permitido a publicação do citado material. As opiniões expressadas por Torres López só representam o autor", afirmou o jornal, em um comunicado.
Além de irritar alguns leitores pelo desrespeito para com Merkel, a coluna também provocou reações de outros internautas, que consideraram a retirada do artigo on-line um gesto de censura.
Fonte: AFP/Terra
http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/jornal-el-pais-retira-artigo-on-line-que-compara-merkel-a-hitler,57749c16d839d310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html
Ver mais:
Comparação de Merkel a Hitler leva "El País" a retirar artigo de opinião (Expresso, Portugal)
Merkel igual a Hitler? Estalou o verniz entre Espanha e Alemanha (tvi24, Portugal)
domingo, 6 de setembro de 2009
El País - Especial sobre o fim da Segunda Guerra (com fotos)
O jornal El País(Espanha) elaborou um miniespecial sobre a Segunda Guerra com fotos e comentários acerca do fim da guerra, vale a pena conferir(os comentários das fotos estão em espanhol):
Link: El País - Especial Segunda Guerra
Uma pequena mostra(comentário da foto traduzido):
Uma checada sobre o Dia D
O historiador Antony Beevor traz uma nova visão sobre o desembarque da Normandia
Morte
A maioria dos historiadores franceses consideram que a batalha da Normandia salvou o resto da França. "A estratégia de rechaçar qualquer retirada fez com que o exército alemão fosse destruído na Normandia e que não lutasse durante sua retirada. Isso sim, para os normandos foi um desastre", disse o historiador inglês. (NATIONAL ARCHIVES / 26-G-2397)
2009-09-03
Link: El País - Especial Segunda Guerra
Uma pequena mostra(comentário da foto traduzido):
Uma checada sobre o Dia D
O historiador Antony Beevor traz uma nova visão sobre o desembarque da Normandia
Morte
A maioria dos historiadores franceses consideram que a batalha da Normandia salvou o resto da França. "A estratégia de rechaçar qualquer retirada fez com que o exército alemão fosse destruído na Normandia e que não lutasse durante sua retirada. Isso sim, para os normandos foi um desastre", disse o historiador inglês. (NATIONAL ARCHIVES / 26-G-2397)
2009-09-03
terça-feira, 28 de julho de 2009
Juan Eslava Galán publica 'Uma história da guerra civil que não vai agradar a ninguém'
Foi o novelista Arturo Pérez-Reverte quem deu o título ao último ensaio de Juan Eslava Galán: "Uma história da guerra civil que não vai agradar a ninguém" (Planeta). É que Eslava Galán (Arjona, Jaén, 1948) tentou ser tão imparcial que está seguro que não convencerá a nenhum dos dois grupos do seu relato dos fatos.
"O fanatismo ideológico dos nacionalistas e republicanos ainda hoje lhes impede de contar tudo o que nos envergonha de nosso próprio passado", afirma o escritor.
Suas últimas duas novelas - Señorita ("Senhorita", prêmio Fernando Lara) e "La mula"(A mula), que será levada ao cinema - também são ambientadas na contenda. "A Guerra Civil me ocupa muito porque é uma ferida que não curou, um cadáver mal enterrado, que ainda cheira. Enquanto em outros países europeus, depois da Segunda Guerra Mundial, conseguiram superá-la", argumenta o ganhador do Prêmio Planeta 1987 com "Em busca do unicórnio". "Superá-la não é questão de tempo, senão de pensamento, de vontade".
O autor de "España contada para escépticos"(Espanha contada para céticos) pensa que a bibliografia dos historiadores espanhois se decanta face a um dos lados e, em sua opinião, só se encontra imparcialidade em estrangeiros como os britânicos Paul Preston e Gabriel Jackson. "Os autores ignoram os que não pensam como eles. Chama-me a atenção que os de esquerda não mencionam Ricardo de la Cierva, que tem uma obra extensíssima", é de se surpreender. "A Espanha tem um espírito cainita(vingativo) e já temos cultura suficiente para superar a guerra. Uma pessoa não tem culpa do que fez seu avô, mas aqui, por serem católicos, temos o estigma do pecado original", reflexiona.
Diálogos
Eslava Galán, que conta com uma grande biblioteca sobre a contenda, serviu-se de "entrevistas, das confissões que muitos escreveram e de uma documentação muito ampla. "Este livro fui escrevendo pouco a pouco", continua... "Tomava muitas notas do que lia e um dia decidi sistematizá-las e redigir. Isso me levou um ano e tive que reduzir muito porque não queria fazer vários volumes".
Finalmente, "Uma história da guerra civil que não vai agradar a ninguém" tem 376 páginas. "Foi um esforço esgotador para que se possa ler com ligeireza mas sem que se note o trabalho que esteve por trás do autor", disse. "Utilizei, por exemplo, diálogos para fornecer informação e quando se tratou de pessoas conhecidas reproduzi suas próprias palavras". O ensaísta, já cansado da Guerra Civil depois de escrever três livros seguidos sobre o tema, prepara agora uma novela ambientada na Idade Média, período da história sobre o qual versou sua tese de doutorado.
Fonte: El País(Espanha)
Elisa Silió - Madri - 13/04/2005
http://www.elpais.com/articulo/cultura/Juan/Eslava/Galan/publica/historia/guerra/civil/va/gustar/nadie/elpepicul/20050413elpepicul_3/Tes
Tradução: Roberto Lucena
"O fanatismo ideológico dos nacionalistas e republicanos ainda hoje lhes impede de contar tudo o que nos envergonha de nosso próprio passado", afirma o escritor.
Suas últimas duas novelas - Señorita ("Senhorita", prêmio Fernando Lara) e "La mula"(A mula), que será levada ao cinema - também são ambientadas na contenda. "A Guerra Civil me ocupa muito porque é uma ferida que não curou, um cadáver mal enterrado, que ainda cheira. Enquanto em outros países europeus, depois da Segunda Guerra Mundial, conseguiram superá-la", argumenta o ganhador do Prêmio Planeta 1987 com "Em busca do unicórnio". "Superá-la não é questão de tempo, senão de pensamento, de vontade".
O autor de "España contada para escépticos"(Espanha contada para céticos) pensa que a bibliografia dos historiadores espanhois se decanta face a um dos lados e, em sua opinião, só se encontra imparcialidade em estrangeiros como os britânicos Paul Preston e Gabriel Jackson. "Os autores ignoram os que não pensam como eles. Chama-me a atenção que os de esquerda não mencionam Ricardo de la Cierva, que tem uma obra extensíssima", é de se surpreender. "A Espanha tem um espírito cainita(vingativo) e já temos cultura suficiente para superar a guerra. Uma pessoa não tem culpa do que fez seu avô, mas aqui, por serem católicos, temos o estigma do pecado original", reflexiona.
Diálogos
Eslava Galán, que conta com uma grande biblioteca sobre a contenda, serviu-se de "entrevistas, das confissões que muitos escreveram e de uma documentação muito ampla. "Este livro fui escrevendo pouco a pouco", continua... "Tomava muitas notas do que lia e um dia decidi sistematizá-las e redigir. Isso me levou um ano e tive que reduzir muito porque não queria fazer vários volumes".
Finalmente, "Uma história da guerra civil que não vai agradar a ninguém" tem 376 páginas. "Foi um esforço esgotador para que se possa ler com ligeireza mas sem que se note o trabalho que esteve por trás do autor", disse. "Utilizei, por exemplo, diálogos para fornecer informação e quando se tratou de pessoas conhecidas reproduzi suas próprias palavras". O ensaísta, já cansado da Guerra Civil depois de escrever três livros seguidos sobre o tema, prepara agora uma novela ambientada na Idade Média, período da história sobre o qual versou sua tese de doutorado.
Fonte: El País(Espanha)
Elisa Silió - Madri - 13/04/2005
http://www.elpais.com/articulo/cultura/Juan/Eslava/Galan/publica/historia/guerra/civil/va/gustar/nadie/elpepicul/20050413elpepicul_3/Tes
Tradução: Roberto Lucena
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Napoleão e holocausto, por Kubrick?
(BR Press) - Os 13 longa-metragens que Stanley Kubrick realizou ao longo de sua carreira são amplamentes conhecidos pela mídia e o público. Obras como Laranja Mecânica, 2001: Uma Odisséia no Espaço e O Iluminado têm uma horda de fãs tão grande que criticá-las é quase uma ousadia. O que poucos cinéfilos conhecem, no entanto, são os filmes que Kubrick quis fazer mas não conseguiu.
Entre os arquivos doados pela família de Kubrick à Universidade de Artes de Londres, em 2007, estão diversos documentos relativos a, por exemplo, Aryan Papers, um filme sobre o holocausto que nunca saiu do papel. Segundo uma reportagem do jornal espanhol El País, a quantidade de material sobre o tema acumulada pelo diretor sugere um gigantesca dedicação ao projeto.
Kubrick, um judeu não praticante, se debruçou sobre diversos textos e fotos da época e chegou a fazer a prova fotográfica do figurino daquela que seria a personagem principal da obra: um judia polonesa que, junto com seu sobrinho, se passa por católica para fugir à perseguição nazista. Apesar do empenho do diretor, o projeto de Aryan Papers acabou abandonado definitivamente em 1993, depois que Spielberg lançou A Lista de Schindler.
Além do filme sobre o holocausto, Kubrick se envolveu também na produção de uma obra sobre o imperador francês Napoleão Bonaparte. E, de acordo com o El País, o teria feito durante nada menos que 30 anos. O altíssimo custo de realização do projeto, porém, teria sido a causa de seu insucesso.
Fonte: BR Press/Yahoo! Brasil
http://br.noticias.yahoo.com/s/14012009/11/entretenimento-napoleao-holocausto-kubrick.html
Entre os arquivos doados pela família de Kubrick à Universidade de Artes de Londres, em 2007, estão diversos documentos relativos a, por exemplo, Aryan Papers, um filme sobre o holocausto que nunca saiu do papel. Segundo uma reportagem do jornal espanhol El País, a quantidade de material sobre o tema acumulada pelo diretor sugere um gigantesca dedicação ao projeto.
Kubrick, um judeu não praticante, se debruçou sobre diversos textos e fotos da época e chegou a fazer a prova fotográfica do figurino daquela que seria a personagem principal da obra: um judia polonesa que, junto com seu sobrinho, se passa por católica para fugir à perseguição nazista. Apesar do empenho do diretor, o projeto de Aryan Papers acabou abandonado definitivamente em 1993, depois que Spielberg lançou A Lista de Schindler.
Além do filme sobre o holocausto, Kubrick se envolveu também na produção de uma obra sobre o imperador francês Napoleão Bonaparte. E, de acordo com o El País, o teria feito durante nada menos que 30 anos. O altíssimo custo de realização do projeto, porém, teria sido a causa de seu insucesso.
Fonte: BR Press/Yahoo! Brasil
http://br.noticias.yahoo.com/s/14012009/11/entretenimento-napoleao-holocausto-kubrick.html
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