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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Algumas fotos de Robert Capa da guerra - Parte 01

Robert Capa, pseudônimo" de Endre Friedmann (nome verdadeiro dele), de origem húngara (nasceu ainda no Império Austro-Húngaro), foi um dos maiores fotógrafos de guerra do século XX. Chegou a cobrir cinco guerras: a guerra civil espanhola, a segunda guerra sino-japonesa (China-Japão), a segunda guerra mundial (na Europa), a guerra árabe-israelense (1948) e a primeira guerra da Indochina (que viria a se tornar o Vietnã), local onde ele morreu depois de pisar em uma mina terrestre. Embora, pra ser exato, tanto a segunda guerra sino-japonesa e a guerra civil espanhola são parte da Segunda Guerra Mundial.

Há pouco foi lançada uma exposição, "Capa in Color", com fotos coloridas dele nunca antes expostas, em Nova York (EUA): link1, link2.

Leia mais sobre essas fotos coloridas desta exposição nesses links: link3, link4, link5, link6, link7.

Segue abaixo algumas fotos dele sobre esses conflitos (em preto e branco). Particularmente, não gosto de fotos em preto e branco, prefiro fotos coloridas.

Irei inverter a ordem original dos posts de onde as fotos têm origem pois a última parte tem uma foto engraçada que faz muito tempo que vi, que é a de um piloto com o número de aviões nazis abatidos representados por suásticas na fuselagem do avião, achei essa foto emblemática. O outro blog (acho que deve ser da França) dividiu as fotos em 4 partes mas vou colocar somente em duas, embora tenha mais fotos no livro autobiográfico dele de nome "Slightly Out of Focus" (Ligeiramente fora de foco) lançado em português, link do livro no Google Books em inglês.

As fotos dele sobre a guerra civil espanhola principalmente e as do Dia D são muito conhecidas, incluindo fotos da França liberta (dos fascistas) onde aconteceu o episódio de represália a mulheres que se relacionaram com nazistas na ocupação da França junto com os colaboracionistas homens.

Usaram estas fotos (como esta aqui), com manipulação política (porque a maioria desconhece esses fatos) disseminando posts com as várias fotos deste episódio, na "web brasileira" (no Facebook principalmente, que está se revelando um estrupício fora do comum entupido de porcaria e estupidez de todo tipo, nunca mais critico o Orkut), pra relativizar o papel dos nazis na ocupação da França junto com os fascistas franceses.

De memória, não lembro deste outro fato ter sido citado nos posts espalhados (espalharam as fotos de mulheres com cabelo raspado, inclusive há um filme, com Charlize Theron e Penélope Cruz, sobre a ocupação que acho que menciona isso no fim), mas os colaboracionistas homens, a maioria, foram fuzilados por membros da Resistência Francesa, pois na libertação da França, pela ausência óbvia de Estado (ordem) e governo no meio do tumulto do fim do conflito, só a força militar poderia conter excessos e nem sempre é possível conter linchamentos de colaboracionistas sem julgamento, depende e muito da fúria da população no momento, o mesmo ocorreu na Itália liberta dos fascistas. Os nazis costumavam fuzilar (torturar também) os membros da Resistência Francesa e mesmo quem colaborava com a mesma (cidadãos franceses comuns, judeus franceses etc) porque estes queriam livrar seu país dos nazis.

Vem disso a fúria do povo contra os colaboracionistas. É extremamente fácil, de uma situação confortável, condenar as imagens (de revanche) mais de 70 anos depois sem nem saber do que se passou, o curioso é que boa parte dos que condenam são os primeiros a vibrar com linchamentos de pobres no Brasil ignorando o que seja um Estado de Direito ("Estado de Direito" pra essas pessoas só existe pra eles, o resto do país não faz parte disso, eis uma deturpação monstra causada pela cultura autoritária e tosca do país), essa "moral relativa e distorcida" (de acordo com as circunstâncias e com simpatias por regimes fascistas) dessas pessoas é simplesmente tibieza de caráter e cinismo por não assumirem publicamente que são fascistas e que gostam desse tipo de regime. Não vou nem listar as inúmeras parvoíces que a gente lê ditas por essa (extrema) 'direita patropi' do país e seu orgasmo com a barbárie.

Acho "curioso" os fáscios (força de expressão, é habitual da parte deles fazer isso) nunca mencionarem as coisas dentro do contexto que ocorreram (pra variar), só que o mais grotesco deste episódio citado acima não foi nem o uso político por parte da extrema-direita, e sim que essas fotos foram disseminadas por vários sites/Páginas de matizes ideológicos variados, o que torna a coisa mais bizarra e banal ainda. Tudo isso (provavelmente, é uma hipótese razoável já que não dá pra cravar cabalmente o intuito de cada pessoa, nem ler mentes, mas... dá pra deduzir racionalmente e de forma lógica o porquê de certas coisas ocorrerem) pra atrair cliques e míseros acessos, uma espécie de vale-tudo dos cliques.

A que ponto chega a banalização da guerra e a forma banal e idiotizada/ignorante (e muitas vezes cínica e vazia) com a qual o povo lida com assuntos sérios. Postura altamente condenável.

Clique nas descrições para ver as fotos.. Parte 4

Fotos tiradas do blog: Nikohk

Levi R. Chase, piloto norte-americano (Robert Capa)

1ª tropa de assalto à praia de Omaha, Normandia, Dia D (Robert Capa, 1944)

"Slightly out of focus" (Ligeiramente fora de foco, livro), a foto mais famosa de Capa, Dia D (Robert Capa, 1944)

Fazendeiro siciliano indicando o caminho a um soldado norte-americano (Robert Capa, 1943)

Robert Capa

Parte 3

Robert Capa com norte-americano da Primeira Divisão Airborne (1945)

Madrid, guerra civil espanhola (Robert Capa, 1936)

Barcelona, guerra civil espanhola (Robert Capa, 1939)

Alemanha, provavelmente um suicida ou alguém alvejado na janela (Robert Capa, 1939)

Prisioneiros alemães (Robert Capa)

sábado, 7 de julho de 2012

U-507: O submarino que afundou o Brasil na Segunda Guerra

Livro-reportagem detalha episódio que jogou o Brasil na Segunda Guerra

A entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial completa 70 anos em agosto próximo. A decisão foi tomada pelo então presidente Getúlio Vargas depois que o submarino alemão U-507 torpedeou cinco navios nacionais, no litoral de Sergipe e da Bahia, entre os dias 15 e 17 de agosto de1942, causando a morte de 607 brasileiros. Uma semana depois, Vargas decretou estado de beligerância à Alemanha e à Itália e, no dia 31 de agosto, declarou guerra.

O episódio, ainda pouco conhecido dos brasileiros, é o tema do livro-reportagem “U-507 – O submarino que afundou o Brasil na Segunda Guerra”, que marca a estréia no mercado editorial do jornalista gaúcho Marcelo Monteiro, pela Editora Schoba, com prefácio de Luis Fernando Verissimo. A obra, que será lançada oficialmente em 20 de junho, às 19h30, na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi, em Brasília, é resultado de três anos e meio de pesquisas e entrevistas. Com cerca de 350 páginas, o livro-reportagem revela em detalhes os afundamentos dos mercantes Baependy, Araraquara, Aníbal Benévolo, Itagiba e Arará, mostrando o sofrimento das vítimas da carnificina nazista. A narrativa conta o drama de náufragos devorados por tubarões, de sobreviventes vagando por mais de dois dias sem água ou comida e da menininha que sobreviveu ao afundamento do Itagiba boiando por horas dentro de uma caixa de madeira vazia.

Até então, o Brasil procurava manter-se neutro no conflito. Mas, depois de romper relações diplomáticas com o Eixo – em função do ataque à base americana de Pearl Harbor, em dezembro anterior –, o País colaborava com o esforço de guerra ianque, exportando borracha e outros itens essenciais à indústria bélica dos Estados Unidos. Após o ataque aos navios brasileiros e diante da revolta da população, que saiu às ruas em protesto, depredando estabelecimentos comerciais pertencentes a imigrantes alemães, italianos e japoneses, Vargas viu-se obrigado a abandonar a condição de não beligerante.

Além de entrevistar sobreviventes dos naufrágios, Monteiro teve acesso ao diário de bordo de Harro Schacht, comandante do submarino alemão. Assim, além da rotina nos navios afundados, o livro também detalha, com base nos documentos nazistas, o cotidiano do próprio submersível, corrigindo alguns equívocos históricos, como o de que todos os vapores brasileiros teriam sido afundados com dois torpedos (somente o Baependy recebeu dois disparos) e trazendo uma nova – e talvez definitiva – versão para o episódio.

História viva

Entre os personagens localizados pelo autor está a alagoana Walderez Cavalcante, de 74 anos. Em 1942, com apenas quatro anos de idade, ela foi resgatada do naufrágio do Itagiba depois de permanecer cerca de quatro horas boiando dentro de uma caixa de transporte de Leite Moça. “O pessoal da baleeira me botou numa caixa de leite condensado da Nestlé, vazia, e me disse: ‘segure, não solte’”, lembra a psicóloga aposentada.

Outra náufraga entrevistada para o livro é Vera Beatriz do Canto, hoje com 74 anos, filha do capitão do Exército José Tito do Canto. Dias antes do ataque do U-507,a mãe de Vera, Noêmia, tivera um pesadelo: vira um navio preto, com centenas de pessoas vestindo preto e com um número 13 estampado no casco. No dia 13 de agosto de 1942, às 13 horas, o Itagiba partiu do armazém 13 do cais do porto do Rio de Janeiro em direção a Salvador. Essa seria a sua última viagem. No dia17, duas horas antes da chegada a Salvador, o vapor foi alvejado pelo submarino nazista, próximo ao Morro de São Paulo.

O soldado Dálvaro José de Oliveira era um dos soldados da tropa comandada pelo pai de Vera, que estava sendo transferida do Rio para Olinda (PE), onde seria formado o 7º Grupo de Artilharia de Dorso. Outro contingente de soldados do mesmo pelotão seguia no Baependy, que partira dois dias antes do Itagiba. No dia 15, o Baependy foi torpedeado. O Itagiba teria o mesmo destino no dia 17.Centenas de militares perderam a vida nos dois ataques alemães.

Às margens do Rio Una, em Valença, cidade para onde foram levados os náufragos e feridos dos naufrágios de Itagiba e Arará, o soldado Oliveira e seus colegas sobreviventes juraram vingança. Assim, em 1944, Oliveira embarcou para a Itália, onde ajudou a eliminar o nazifascismo. “Nossa vitória na guerra foi uma homenagem àqueles que morreram, inocentemente, nos navios mercantes brasileiros”,diz Oliveira, hoje com 92 anos, que até 2011 ocupava a presidência da Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira (ANVFEB).

Fonte: Portal FEB
http://www.portalfeb.com.br/u-507-o-submarino-que-afundou-o-brasil-na-segunda-guerra/

Ver mais:
Livro-reportagem relata como o Brasil participou da Segunda Guerra Mundial

domingo, 2 de outubro de 2011

Filme e livro revelam nova face de Erwin Rommel, o general de Hitler considerado justo

BERLIM - Um novo filme produzido na Alemanha questiona a consagrada versão do "bom nazista", tão cultivada pelo general Erwin Rommel (1891-1944) e sua família. O filme mostra que o general, famoso na guerra no Norte da África - que lhe rendeu o lendário apelido de Raposa do Deserto e a admiração até dos inimigos - era um carreirista disposto a fazer qualquer coisa pelos nazistas para galgar postos. Pior: ele teria se recusado a participar da conspiração para matar o ditador Adolf Hitler.

Condecorado na Primeira Guerra Mundial, Rommel optou por fechar os olhos sobre o que estava acontecendo na Alemanha nazista. Como admite seu filho Manfred Rommel - prefeito de Stuttgart, de 1976 a 1996 - ele não compartilhava do ódio aos judeus, mas aceitava a política de perseguição por admiração a Hitler.

Rommel ficou famoso na guerra na África, nas batalhas contra as tropas britânicas na Líbia. Figura central dos documentários de propaganda do regime feitos por encomenda do ministro Joseph Goebbels, o general era uma espécie de popstar do regime, admirado até pelos inimigos.

Os Afrika Korps, que ele comandava, nunca foram acusados de crimes de guerras. Soldados capturados durante sua campanha africana teriam sido tratados com humanidade. Além disso, ele teria ignorado ordens de matar tropas capturadas, soldados judeus e civis em todos os lugares onde esteve.

Os próprios ingleses contribuíram para a lenda do "bom nazista" em parte por um mal entendido da História. Winston Churchill, o então primeiro-ministro britânico, fez um comentário positivo sobre Rommel: "Ele merece a nossa atenção, porque, embora seja um soldado alemão leal, passou a odiar Hitler e os seus crimes e participou da conspiração de 1944, para salvar a Alemanha através da deposição do tirano louco."

Segundo a versão oficial, como Rommel era muito renomado, Hitler, ao descobrir sua suposta participação na conspiração para matá-lo, teria optado por dar um fim discreto ao general - Rommel concordou em cometer suicídio - e poupar sua família. Na época foi anunciado que ele teria morrido do coração. A verdade sobre a morte e a suposta traição só viria à tona anos depois, contribuindo ainda mais para a fama do "bom nazista", o sujeito que até o fim teria lutado internamente contra o tirano.

O filme, entretanto, começa a desfazer tal imagem. O general teria tido um papel destacado na guerra criminosa do nazismo, segundo o historiador Peter Steinbach, professor de história contemporânea da Universidade de Mannheim e diretor do Memorial da Resistência de Berlim, que assessorou a equipe do produtor Nico Hoffmann.

"Rommel", que deverá ser lançado no início do próximo ano, aborda os sete últimos meses de vida do general, tempo durante o qual ele teve a oportunidade de distanciar-se do seu ídolo, Hitler, apoiando o grupo de oficiais liderados por Claus von Stauffenberg, que planejava um atentado contra o ditador. Ele, entretanto, teria se recusado a participar.

Como uma figura trágica, um "Hamlet de uniforme", na expressão usada pelo jornal "Frankfurter Allgemeine Zeitung", ele hesitou, embora soubesse, como um militar inteligente, sobre o ataque iminente à Normandia, onde servia como comandante de um dos grupos que combateu os Aliados em 1944.

Hans Speidel e Eberhard Finckh, tentaram convencer Rommel a aderir ao grupo de resistência de Claus von Stauffenberg, que planejava matar Hitler. O ditador estaria como que "embriagado", disse Rommel a Speidel e Finckh. Os dois reagiram: "Se Hitler quer continuar lutando, precisamos matá-lo." Mas Rommel esquivou-se de uma decisão.

- Os altos militares apoiaram Hitler quase até o final. Alguns nacionalistas, porém, como foi o caso de Stauffenberg, passaram a ver o ditador como um problema ao constatar que ele estava comprometendo a Alemanha por um período muito longo, mesmo depois da guerra - constata Peter Steinbach.

O filme mostra exatamente como o carreirista Rommel - que fez tudo para subir na vida com a ajuda dos nazistas, teve sete promoções em um período curto de oito anos - hesitou quando teve a chance de tomar a decisão certa.

Mas ao mostrar a face real de Rommel a equipe do filme, dirigido por Niki Stein, com o conhecido ator de TV Ulrich Tukur no papel do general, causou protestos da família Rommel. Catherine Rommel, neta do general, escreveu uma carta de protesto tentando preservar a imagem do avô que nunca conheceu. Na carta, ela acusa a equipe de mostrar uma imagem falsa de Rommel, como o criminoso nazista e aproveitador.

Steinbach, que também é autor de uma biografia de Stauffenberg, o responsável pelo atentado malsucedido contra Hitler, está convicto de que se trata de um mal entendido histórico:

- Rommel não foi o bom nazista porque ser nazista e ser bom eram duas coisas inconciliáveis. O que houve foi que ele passou a duvidar de Hitler ao ver que este queria continuar a guerra até a autodestruição.

Na sua campanha de conquista, no Norte da África, Rommel não precisou sujar as mãos, mandando assassinar judeus, porque nas regiões ocupadas praticamente não havia judeus. Se não tivesse sido detido pelos ingleses e tivesse continuado a expansão, em aliança com as tropas fascistas de Benito Mussolini, o general teria alcançado territórios palestinos para onde haviam fugido judeus europeus. O plano de Hitler era também exterminar os judeus no Oriente Médio.

Graça Magalhães-Ruether (ciencia@oglobo.com.br)

Fonte: O Globo
http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2011/09/30/filme-livro-revelam-nova-face-de-erwin-rommel-general-de-hitler-considerado-justo-925484114.asp

sábado, 6 de junho de 2009

Celebração pelos 65 anos do 'Dia D'. Libertação da Europa do regime hitlerista

Obama chega à Normandia para comemorações do Dia D

Na França, ele disse que 'impasse' no Oriente Médio tem que ser superado.
Data marcou início da ofensiva na Europa contra tropas alemãs em 1944.

Da EFE


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegou neste sábado (6) a Caen, na região francesa da Normandia, para participar das comemorações pelo 65º aniversário do Dia D, durante as quais também fará uma reunião com o colega francês, Nicolas Sarkozy.

Veja fotos das comemorações

Acompanhado de sua esposa, Michelle, Obama chegou a Caen a bordo de uma versão reduzida de seu avião Air Force One tradicional, procedente de Paris.

Após uma cerimônia de recepção na Prefeitura de Caen, os dois chefes de Estado realizarão uma reunião na qual devem discutir assuntos como a situação no Oriente Médio e a crise econômica mundial.

As conversas continuarão durante um almoço de trabalho, após o qual se deslocarão rumo a Colleville, onde se encontra o Memorial e Cemitério Americano, para participar das comemorações do desembarque aliado na Normandia nas praias denominadas Omaha, Utah, Juno, Gold e Sword, no que marcou o começo da ofensiva na Europa em 6 de junho de 1944.

(Foto) Os casais presidenciais Niclas Sarkozy e Carla Bruni e Barack e Michelle Obama na chegada a prefeitura de Caen (Foto: Thierry Chesnot/AFP)

Também estarão presentes nas comemorações o príncipe Charles, o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, e o chefe de Governo do Canadá, Stephen Harper, representando os países que participaram do Dia D.

Obama, que visitou ontem o campo de concentração de Buchenwald, na Alemanha, tem um interesse pessoal em participar dos eventos deste sábado. Um de seus tios-avôs e seu próprio avô desembarcaram na Normandia nos dias seguintes ao Dia D.

Oriente Médio

Em Caen, Obama afirmou que o "impasse atual" no Oriente Médio tem que ser "superado" por israelenses e palestinos, cujos destinos são "interligados".

"Temos que superar o impasse atual", declarou Obama durante uma entrevista coletiva conjunta com seu colega francês, Nicolas Sarkozy, antes das comemorações. "Espero das duas partes (israelenses e palestinos) que reconheçam que seus destinos são interligados", acrescentou.

(Foto) Primeiras-damas Michelle Obama e Carla Bruni-Sarkozy (Foto: Bob Edme/AP)

Irã

O presidente francês também falou sobre questões internacionais durante este sábado. Ele denunciou as "declarações insensatas" do iraniano Mahmud Ahmadinejad sobre o Holocausto.

"Não podemos aceitar as declarações insensatas do presidente Ahmadinejad" sobre o Holocausto, afirmou Sarkozy. "A Europa, a França e os Estados Unidos são totalmente solidários sobre este assunto", destacou o presidente francês. Da mesma forma, "a França e os Estados Unidos concordam plenamente" sobre o fato de que o Irã não pode ter a arma nuclear, acrescentou.

"O Irã é um grande país, uma grande civilização. Queremos a paz e o diálogo com o Irã, Queremos ajudar este país a se desenvolver, mas não queremos a disseminação da arma nuclear", prosseguiu Sarkozy.

O presidente Ahmadinejad negou diversas vezes a existência do Holocausto. Em 3 de junho, ele voltou a qualificar o massacre de judeus em grande escala durante a Segunda Guerra Mundial de "uma enorme enganação".

Fonte: EFE
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1185180-5602,00-OBAMA+CHEGA+A+NORMANDIA+PARA+COMEMORACOES+DO+DIA+D.html

Link do vídeo:
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1052151-7823-DIA+D+CERIMONIA+MARCA+ANOS+DE+DESEMBARQUE+NA+NORMANDIA,00.html

Ver mais: Tom Hanks e Spielberg participam de aniversário do Dia D
http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI3809430-EI8142,00.html

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Historiadores alemães querem edição comentada do "Mein Kampf" de Hitler

Berlim, 24 Abr (Lusa) - Historiadores alemães voltaram a exigir a publicação de uma edição comentada do "Mein Kampf" (A Minha Luta), de Adolf Hitler, antes que expirem os direitos de autor, em 2015, e possa haver edições para fins propagandísticos.

Desta vez, o pedido veio do centro de Documentação da História do Nacional-Socialismo, em Nuremberga, cujos responsáveis defendem que deve haver uma edição científica, crítica e comentada antes de expirarem, 70 anos após a morte do ditador nazi, os direitos de autor do livro, confiados ao governo regional da Baviera.

A Baviera, um dos 16 estados federados alemães, passou a ter, em 1946, os direitos sobre "Mein Kampf", concedidos pelas potências aliadas que derrotaram a Alemanha nazi (Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia), com a condição expressa de não autorizar a respectiva publicação.

O livro, publicado por Hitler em duas partes, em 1925 e 1926, é uma espécie de "Bíblia" do nazismo, em que o ditador destila ódio contra os judeus e os considera responsáveis por todos os males da Alemanha de então, e expõe prematuramente a sua estratégia belicista, por exemplo.

A atribuição dos direitos de autor pelos aliados tem sido uma dor de cabeça para as autoridades alemãs, que nos últimos anos tem tentado impedir, quase sempre sem êxito, a publicação de "Mein Kampf" no estrangeiro.

Até em Israel, pátria dos judeus vítimas do Holocausto, há edições novas do livro, enquanto edições mais antigas podem também ser adquiridas com relativa facilidade nos antiquários.

Hoje em dia, quem não quiser gastar dinheiro poderá mesmo encontrar o texto integral de "Mein Kampf" na Internet.

Há anos que o Instituto de História Contemporânea de Munique (IfZ) vem pedindo autorização para publicar uma edição crítica do livro, cientificamente comentada.

Até agora, porém,os detentores dos direitos de autor têm hesitado, por respeito para com as vítimas do III Reich, embora compreendam os objectivos da ideia.

"Assim poderíamos dar a todos a possibilidade de reunir argumentos para a discusssão com os incorrigíveis", afirmou o director do IfZ, Udo Wengst, ao jornal Sueddeutsche Zeitung.

O IfZ tenciona publicar a referida edição comentada antes de 2015, e o tempo urge, porque tal exige, segundo Wengst, que um especialista em história do nazismo se ocupe da obra pelo menos durante três anos.

Segundo um dos historiadores do IfZ habilitado para fazer esse traballho, Dieter Pohl, será necessário "um enorme esforço", sobretudo porque no seu livro Hitler faz muitas afirmações não sustentadas por factos, e praticamente todas as linhas teriam de ser comentadas.

Para evitar uma edição de proporções desmedidas e inacessível ao grande público, o IfZ pretende, no entanto, limitar-se a descodificar as diversas versões existentes, e a explicar a origem dos pensamentos e afirmações de Hitler.

O reputado instituto já editou numerosas obras da época nazi, mas trata-se de publicações científicas, exaustivamente comentadas, e muito caras para serem adquiridas por neofascistas comuns.

Para a edição comentada do "Mein Kampf" atingir os fins pedagógicos em vista, teria de ser vendida, no entanto, por um preço razoável, ou mesmo colocada gratuitamente na Internet, propõe o IfZ.

Até agora, todas as tentativas para levar por diante o projecto científico esbarraram com a recusa do governo regional da Baviera, por respeito à memória das vítimas do Holocausto e para protecção dos judeus.

O professor Wengst considera este argumento "honroso", mas errado, e refere que, em recente conversa com um jornalista israelita, este lhe disse: "não precisamos dessa protecção".

FA

Fonte: LUSA - Agência de Notícias de Portugal
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=341931&visual=26

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 37

37. Como morreram?

O IHR diz:

Principalmente pelas contínuas epidemias de tifo que assolaram a Europa da guerra. Também por fome e por falta de cuidados médicos até o final da guerra quando quase todas as estradas e linhas de trem foram arrasadas pelos Aliados.

Nizkor responde:

Alguns morreram de tifo. Numericamente falando, a primeira causa da morte da maioria dos judeus foram os gaseamentos, seguida das execuções com armas de fogo.

Nos campos do "Altreich" (ver pergunta 1), a morte sobreveio principalmente por fome e enfermidades. Quanto aos prisioneiros lhes eram dada comida escassa e eles eram submetidos a um duro trabalho, as diferenças com o resto do campo são poucas. Em Auschwitz, que era na ocasião um campo de trabalho e um campo de extermínio, "selecionava-se" os prisioneiros com freqüência, gaseando os mais débeis. Assim, poucos chegavam a morrer de esgotamento, e em troca terminavam nas câmaras de gás.

Quando os Aliados chegaram aos campos da morte nazis da Alemanha, viram que o pessoal das SS estava bem alimentado e vestido, e a população local raras vezes estavam passando graves dificuldades relativamente. (Por outro lado, a população alemã das grandes cidades estavam sim sofrendo). Tudo isto pode se comprovar nas filmagens da libertação dos campos, onde se pode ver a população das cidades e povos vizinhos que os soldados americanos levaram aos campos para que fossem testemunhas do que ali ocorreu. Nenhuma das pessoas que se vê tinha aspecto de ter passado fome.

Existe além disso uma famosa fotografia de umas mulheres gordas das SS capturadas em Bergen-Belsen. Dezenas de milhares de prisioneiros morreram de fome em Belsen. Se você tivesse visto um filme de cadáveres esqueléticos introduzidos com escavadeiras em valas comuns, provavelmente é de Belsen. O contraste com as mulheres das SS é claro. Várias cenas da liberação de Bergen-Belsen demonstram esta questão.

Assim mesmo, quase nenhum prisioneiro aliado morreu de fome; simplesmente, havia pessoas as quais os nazis queriam manter vivas, e havia outras pessoas as quais os nazis queriam matar. Um grande número de prisioneiros de guerra soviéticos - uns três milhões - morreram por esta razão.

Fonte: Nizkor
Tradução: C. Roberto Lucena

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