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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

'Liberalização' da esquerda e crescimento da Extrema-direita

Este texto saiu originalmente no site Sputnik (em inglês: How the Liberalization of the Left Led to the Rise of the Far-Right) e mostra um dos motivos do caos atual em várias partes do mundo (Europa principalmente, ou mais especificamente o Reino Unido) e como a esquerda capitulou pra grupos considerados mais radicais (à direita). O texto fala sobre um livro que comenta as razões pra certa extrema-direita ter ganho força no Reino Unido e como a esquerda britânica afundou (só que o caso é ilustrativo também pro resto da Europa, Brasil etc).

A resposta sobre o surgimento do caos aparenta ser quase sempre a mesma: o neoliberalismo, ou como esta ideologia adentrou nas esquerdas (na Europa isso é bem visível, no Brasil idem) e implodiu a "coisa toda" por dentro (até com a capacidade de se opor à agenda neoliberal), porque no começo ela era exclusiva da direita. Leiam o texto abaixo e tirem suas próprias conclusões. O texto chegou a mim através de terceiros, então os créditos dos sites ficam no final (de onde li primeiramente, do site do Luís Nassif). Caso alguém (que leu o texto) encontre algum erro na tradução, favor avisar, caso eu não corrija antes).

E já me antecipando caso algum "desavisado" venha com a pergunta clássica de sempre: "o que isso tem a ver com Holocausto, segunda guerra etc?". O blog trata também da questão da extrema-direita, e isso não está isolado do caos que se passa hoje no Brasil e no resto do mundo, não há uma "só direita" agindo no mundo de forma homogênea, ela tem suas vertentes como a esquerda também. Fora que o fenômeno de ascensão de certa extrema-direita, provocado pelo neoliberalismo depois da queda da URSS, é algo real, não existe fenômeno isolado como "negação do Holocausto" e afins separados dessas coisas. Quem quiser ficar em uma bolha sem conectar os problemas e causas, fique por sua conta e risco. Essas questões era algo que sempre criticava naqueles conclusões banais que muita gente fazia sobre esses assuntos (como "propagação de neonazis na Europa", "as causas") quando as comunidades do Orkut ainda existiam. Achavam que era algo "marginal" ao sistema e nunca foi.

Muita gente só olhou pros negacionistas negligenciando o outro problema: o extremismo liberal, o mesmo que ajudou a parir o fascismo com a Europa destruída após a Primeira guerra mundial. Extremismo como o dessa corja liberal que solapou o país na era FHC e agora destrói tudo de novo com o golpe de estado de 2016, vide o que se passa no Brasil atualmente, o desmonte do Estado brasileiro tocado a "toque de caixa" pra aniquilar o país como nação ou qualquer bem-estar social da maioria da população, o que tornará o país terreno fértil pra todo tipo de "discurso salvacionista" demagógico, principalmente do bando entreguista. Extremismo liberal do qual partidecos "radicaloides" (inofensivos ao entreguismo) como PSOL e PSTU fazem parte, mesmo se dizendo "contrários" a isso.

Parece que com o aprofundamento do golpe o discurso mentiroso e demagogo do bando golpista (corrupto, vira-lata e entreguista) virou fumaça, eu sabia que isso iria acontecer, só não tinha ideia do tempo que iria levar pra "ficha cair" pra boa parte do país (já é um começo, mas é necessário ir além disso se quiserem ainda ter algum país de pé, a coisa é bem séria).

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'Liberalização' da esquerda e crescimento da extrema direita
03/02/2017, Neil Clark, SputnikNews


No brilhante livro que acabam de publicar(ing.) The Rise of the Right, [A Ascensão da Direita]* três criminologistas de renome Simon Winlow, Steve Hall e James Treadwell, dedicam-se a explicar o crescimento do nacionalismo de direita na Inglaterra.

Embora o livro se dedique principalmente à sociedade e à política inglesas, há ali lições valiosas para todos os leitores nos EUA e também no resto da Europa. De fato, posso até dizer que se a esquerda ocidental não ouvir com atenção o que Winlow et al têm a dizer, pode acontecer de ela ser varrida do palco para sempre.

A situação é realmente, muito, muito grave.

'O Horizonte Capitalista'

O problema básico identificado pelos autores é que a esquerda, que outrora punha as preocupações da vida diária dos trabalhadores no ponto central chave de seu programa, virou liberal.

Com o neoliberalismo tornando-se hegemônico, os principais partidos da esquerda e seus representantes tiraram os olhos da reforma econômica e passaram a combater 'guerras culturais'. Propriedade pública e o compromisso com igualitarismo genuíno saíram da pauta – e as políticas das identidades entraram. A conversa passou a ser só "tolerar" e "tolerar". Ninguém mais deu atenção à exploração e aos explorados.

"A esquerda perdeu o interesse no campo tradicional da economia política, e em vez dela, inaugurou novos teatros de conflito no campo da cultura. Falando em termos gerais, a esquerda aceitou o horizonte capitalista" – explicam Winlow et al. [BINGO! (NTs)]

A vida política na Grã-Bretanha tornou-se estéril, com Trabalhistas e Conservadores convergindo para promoverem uma agenda pró-capitalista, economicamente e socialmente liberal. A classe trabalhadora foi excluída desse consenso novo, aprovado na City, em Londres.

Nas eleições gerais de 2001, obrigados a escolher entre Tweedledum Tony Blair e Tweedledee William Hague, só 59% das pessoas deram-se o trabalho de sair para votar. Compare esse nível de engajamento e os 83,9% de comparecimento às urnas, em 1950. Mas naquele tempo, a classe trabalhadora estava adequadamente representada.


Os autores de Ascensão da Direita destacam que, embora a "dominação da classe trabalhadora pelo pensamento e pela política da classe média liberal não seja novidade" – basta pensar no papel que os Fabianos tiveram na história dos primeiros anos do Partido Trabalhista —, as coisas pioraram muitíssimo na era do pós-socialdemocracia.

Demonização do Socialismo

O ex-carpinteiro Eric Heffer, que morreu em 1991, é citado como "um dos últimos pesos pesados honestos e confrontacionais, classe-trabalhadora autênticos, que houve no Partido Trabalhista." Os autores explicam o modo como a CIA desempenhou o papel que lhe coube na destruição de toda a genuína esquerda socialista — como se lê no livro de H. Wilford, The CIA, the British Left and the Cold War: Calling the Tune?, citado no capítulo 3:

"Central nesse processo foi abandonarem a classe e voltarem-se para linguagem, identidade cultural e movimentos sociais (...) O hábito norte-americano liberal-progressivista de demonizar o socialismo, falando dele sempre no mesmo parágrafo em que falam do fascismo, foi importado para a Europa para garantir apoio mais sutil e mais atraente ao programa de demonização de que a direita conservadora passou a fazer meio de vida."

A CIA conseguiu exatamente o que queria.

Na era do neoliberalismo hegemônico, quem ouse desafiar a direita liberal, de um ponto de vista socialista, pode contar com ser denunciado/a pelos guardiões do Establishment como "Stalinista" ou, até, "de extrema direita." Até advogar um retorno às políticas econômicas muito mais justas de 1945-79 é visto como perigoso e absolutamente 'sem noção'.

A mídia-empresa 'liberal'

De volta aos anos 70s? Quando o fosso entre ricos e pobres na Grã-Bretanha foi o menor em toda a história, e o país ainda contava com uma base de manufatura — oh... você deve estar doido! Os parâmetros aceitáveis para o debate são hoje desesperadamente rasos, com a mídia-empresa "liberal" encarregada de manter todas as soluções alternativas, que beneficiariam as maiorias, "fora da conversa"

"A mídia-empresa liberal de direita e liberal de esquerda diferenciam-se porque têm ideias diferentes sobre Estado de Bem-Estar, multiculturalismo e impostos, mas é só pressentirem 'perigo', remoto que seja, de acontecer um retorno de qualquer coisa que se assemelhe a real política de esquerda... toda a mídia-empresa imediatamente se reúne e se apresenta como uma só voz" – dizem os autores.

Não pode portanto surpreender ninguém que, com as suas vozes persistentemente ignoradas pelos que antes se diziam seus representantes, a classe trabalhadora britânica tenha procurado outras vias?

A metade final de The Rise of the Right inclui entrevistas com trabalhadores e trabalhadoras que apoiam grupos de extrema direita como a English Defence League (EDL) [Liga Inglesa de Defesa]. Aqui fala Steppy, 39 anos, sobre por que não vota com os Trabalhistas:

Ascensão da Extrema Direita

"Aqueles brancos vagabundos (...) Tomaram conta do Partido Trabalhista. Estão tomando conta de tudo, por toda parte. E vejam o que estão fazendo. Primeira coisa, pegam os empregos dos patrões. Viram patrão e arranjam emprego para os amigos. Suas feministas são gente dessa raça. Falam de democracia, mas não há democracia aqui. Não nesse país…"

O preconceito antimuçulmanos é disseminado entre os entrevistados.

Islamofobia cresce na Europa. Tuítos ofensivos alcançam o mais alto ponto de disseminação de todos os tempos.

Muçulmanos converteram-se em bodes expiatórios para a ira, a frustração e a alienação que caracteriza a Liga EDL e outros grupos de extrema direita.

Mas o grande problema, como os autores demonstram, tem sido o sistema econômico voraz sob o qual vivemos, que é adversário absoluto dos melhores interesses das maiorias. O neoliberalismo destruiu completamente comunidades inteiras de trabalhadores, e o espírito de solidariedade que havia. Toda a solidão, toda a ansiedade foram criadas pelo neoliberalismo.

Tony, como vários outros entrevistados recordam com nostalgia a Grã-Bretanha de 40 anos passados:
"Tudo era muito melhor (...) Para pessoas como eu era muito melhor. Nos divertíamos na escola e, ora, tudo simplesmente parecia funcionar direito. Havia empregos. Todos trabalhavam. As pessoas viviam juntas."
De volta ao começo do jogo

Em vez de ouvir a trabalhadores como Tony, muitos representantes políticos da "esquerda" preferem seguir o mote ditado pelos colunistas da mídia "liberal" de classe média, e focar questões que aqueles colunistas daquela mídia creiam que seriam mas 'mais urgentes'. Se alguém ainda espera deter o crescimento da extrema direita, é preciso acabar com esse relacionamento doentio com a mídia-empresa.

No capítulo oito do livro, os autores argumentam que a esquerda "tem de recomeçar do começo, outra vez":

"Para nós a esquerda hoje têm de voltar à classe trabalhadora. Quem deve vencer a luta por justiça social e econômica são os trabalhadores, é a classe trabalhadora. Liberais de classe média não podem (de fato, jamais sequer tentarão) vencer aquela luta, 'em nome' dos trabalhadores mais pobres."

Os autores dizem que os 'de esquerda' têm de se dar conta de que o que conhecem como "contraculturalismo 'de tendência'" foi erro de proporções colossais. Em seguida, têm de começar a desfazer o dano que causaram.

Não se trata de abandonar a cultura, mas de "devolvê-la ao seu lugar não dominante". A prioridade tem de ser a reforma econômica, e em especial, pôr fim à ditadura do capital financeiro. Um banco de investimento nacional público, a renacionalização de indústrias chaves e a volta dos empregos – empregos adequados, de trabalho que faça sentido, bem pago, com contratos de tempo integral para áreas que hoje estão convertidas em terra abandonada, são itens que têm de voltar ao topo da agenda dos trabalhistas.

A ascensão da extrema direita não é inevitável, nem é irreversível. Mas a esquerda está condenada para sempre, a menos que reaprenda a fazer campanha pelas questões arroz-com-feijão das classes trabalhadoras, e se separe bem claramente do pensamento da elite que dá apoio ao neoliberalismo. Se o líder trabalhista britânico Jeremy Corbyn ainda não encomendou um exemplar de The Rise of the Right, sugiro que o faça logo, o mais depressa possível.*****

* The Rise of the Right, English Nationalism and the Transformation of Working-Class Politics— Simon Winlow, Steve Hall and James Treadwell, fevereiro, 2017, Policy Press.

Fonte:
Sputnik/jornal GGN (site Luís Nassif)/Blog do Alok (tradução: Coletivo Vila Vudu)
http://jornalggn.com.br/blog/almeida/liberalizacao-da-esquerda-e-crescimento-da-extrema-direita

segunda-feira, 4 de julho de 2016

78 dias de Golpe de Estado (começou no dia 17 de abril de 2016). "Prestar continência" em Olimpíadas depois no golpe é um escárnio contra o país. O COI deveria ter bom senso e parar de "ignorar" o que se passa

Primeiramente: Fora, Temer. Já que a "coisa" pegou, mas precisa se tornar realidade.

Eu ia fazer este post no dia 18 de abril (um dia após a votação do golpe na Câmara de deputados), mas tive tanto nojo (e o nojo não passou, é algo profundo, é um sentimento de repulsa e asco fora do comum) da parcela da população que apoiou essa palhaçada (farsa) capitaneada por Michel Temer, Eduardo Cunha, PSDB, Globo, FIESP e afins, no efeito manada (se tivessem cabeça não fariam tanta besteira décadas a fio, e não vale passar a mão na cabeça desses pulhas, eles têm total responsabilidade sobre o que se passa) que me pergunto se esse povo é digno de algum respeito. Escrever algo com muita raiva não é prudente. Se esta parcela da população queria ser odiada, conseguiram. Lamento, de fato, de ter nascido no mesmo país dessa parcela populacional, não pelo Brasil e sim por essa parcela da população, a menos que mostrem algum arrependimento por serem tão estúpidos e manipuláveis. Deem urras por terem nascido no Brasil (país que tanto odeiam mas ficam fantasiados com camisa da CBF pra esconder o ódio ao próprio país), em outro país vocês já teriam provocado uma guerra civil com a imundície (mau comportamento) de vocês.

Golpistas Michel Temer e Eduardo Cunha
E antes que apareça algum "desbocado" (como são em sua grande maioria, esse pessoal não consegue nem dialogar racionalmente algo) mandando ir pra Cuba etc (frase padrão e chavão desses), este país é meu (o Brasil), não vou admitir que um bando de imbecis usando uma camisa da Nike da CBF (camisa feia por sinal, a Nike nem padrão sabe fazer, rs) digam a mim em qual país devo ficar ou ser, eu não preciso de um adereço (fantasia), como vocês, pra ser brasileiro. Não preciso de fantasia da CBF usada pra esconder preferência político-partidária, pois essa gente que urrou pelo golpe é tão escrota que não tem coragem de levantar a bandeira do PSDB porque no fundo sentem vergonha disso, vivem numa realidade fantasiosa sonhando com uma guerra fria que não existe mais (a URSS acabou no começo dos anos 90), mesmo votando nesses tucanos há décadas.

Em países normais, usar a bandeira de partidos é algo normal, é parte de uma democracia ao contrário do que esses ignorantes no país pregam, o povo fora (a maioria pelo menos) não costuma se esconder na bandeira do próprio país pra fazer canalhice contra o país (exceto extremistas obtusos), uma vez que a bandeira é símbolo de todos os brasileiros (a bandeira não é, nunca foi e jamais será propriedade privada de vocês, nem as cores do país).

À direita, os bandos montados pelos golpistas com seus ídolos.
À esquerda, o cabeça do golpe no Congresso ao lado de um dos herdeiros da Rede Globo,
a emissora golpista de 1964 e 2016. Todos golpistas.
Não estou tratando aqui de escolha política de A ou B, de alguém ser liberal ou não, de direita, de esquerda etc, e sim de gente que apoia golpes de estado contra seu próprio país, provocando uma ruptura na democracia, golpes esses que beneficiam petroleiras estrangeiras (a Chevron, ou 'Standard Oil' e seu lobby na figura do traidor José Serra, matéria de 2010 pois sequer chega a ser "novidade", o 'molequinho' senador eleito pelo estado de São Paulo), o governo de outros países atacando os BRICS e qualquer política de desenvolvimento nacional autônoma, além da malta rentista do Brasil que quer voltar aos áureos tempos de antes de 2003 reavivando o Apartheid social que sempre impuseram ao país contra grande parte da população, parte esta anestesiada pelo Partido da Imprensa Golpista (ou oligopólio de mídia, liderado pela Globo) e sua lavagem cerebral diária defendendo o desmonte do Estado brasileiro, colocando o país em colapso na maior crise pós-segunda guerra mundial (a crise que assola o mundo e que essa mesma mídia tentou esconder da população, já que a maioria só assiste ou lê, quando lê, esses entulhos panfletários da mídia oligárquica do país).
Entreguistas do pré-Sal. E falta muito mais gente na imagem.
Desde o dia 17 de abril pra cá, o processo de deterioração desse governo golpista foi tão grande (provocado pelo mesmo, todo o governo golpista está metido em corrupção até a raiz do cabelo), mesmo que o próprio PT sequer promova ou ajude com passeatas contra o golpe em defesa da presidente afastada (pudera, comandado por um paquiderme como Rui Falcão, é disso pra pior), que o post inicial perdeu o sentido. Eu iria colocar uma foto do Eduardo Cunha sorrindo no dia da votação do golpe na Câmara sorrindo triunfal como se dissesse rindo que "o crime compensa", só que ele anda "meio" angustiado atualmente pois a malta golpista, que é mais psicopata que ele, quer se livrar do cidadão a todo custo, o problema é se ele abrir a boca e entregar todo mundo (virou um arquivo ambulante que incomoda muita gente que está na "mão" dele). É o acerto de conta do golpe, o núcleo duro do golpe (o Janot, Moro, Lava Jato, Globo, parte do PSDB) querem se livrar do PMDB e do Cunha pra reinarem sós e pegarem todo o butim, e o protagonista do golpe não pretende cair sem atirar pois o comportamento dele sempre foi de uma pessoa insana, politicamente anormal.

A votação do dia 17 de abril foi fruto da arrogância/prepotência da Rede Globo, achando que iria "arrasar" transmitindo aquele espetáculo de circo (ou de horrores) de quinta categoria com sua mentalidade "imperial" (a Globo é o que restou do arcaico Império Português no Brasil), com a pior câmara de deputados já eleita (fruto da "revolução colorida" de 2013 e a irracionalidade que despertou no povo), ela acabou por ridicularizar o próprio golpe que puxou ou foi uma das cabeças (pois há várias cabeças por trás disso). No lugar dessa foto, deixo abaixo uma cena do golpe de estado em 17 de abril (votação na Câmara controlada por Eduardo Cunha), em destaque um político imbecil do meu estado que sujou a bandeira de Pernambuco nessa votação, decerto não sabe nem o significado da bandeira o ignorante, é uma bandeira muito simbólica e valiosa pra ficar em mãos de gente tão tosca e podre. O Brasil feio, que todo mundo odeia, votou pelo golpe, o Brasil dos "vira-latas", que se odeiam e odeiam ao país porque se sentem um monte de entulho em relação ao mundo, com sua baixa autoestima crônica e estupidez política. A foto a que menciono saiu no El País, não lembro se a salvei, caso alguém encontre eu agradeço:
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/04/17/politica/1460924183_167143.html

"Somos milhões de Cunhas" (e são mesmo, não abandonem o
ídolo de vocês pelo caminho. Força! rs)
Mas eu queria comentar neste post o porquê do logo falando de boicote aos jogos do Rio. A razão é simples e não se trata de uma incoerência, já que critiquei pesado a sabotagem feita por essa corja de canalhas contra a Copa do Mundo no país (leiam mais aqui: tag marchas de 2013, copa do mundo, golpismo), coberta por uma mídia ignorante (principalmente a estrangeira, que parece estar querendo se redimir do mal que fez, porque cobriram toda essa palhaçada omitindo o extremismo, estilo Tea Party, dessa manada que apoiou o golpe, manada antidemocrática, classista e alienada, de forma genérica, tirando os cabeças por trás desses "movimentos", esses sabem bem o que estavam fazendo): a partir do momento que essa direita neoliberal e entreguista do país armou uma palhaçada colossal dessas contra o país, em pleno ano de um evento importante como as Olimpíadas, a mesma perdeu o sentido.

Por sinal, o COI está sendo irresponsável em não ter transferido esses jogos há mais de mês desde o golpe, correndo o risco de estourar confrontos em pleno andamento dele com repressão pesada (que será filmada pela mídia estrangeira). "Ah, mas nunca aconteceu isso antes", há sempre uma primeira vez e é uma vergonha que um Comitê Olímpico não tenha plano B pruma eventualidade, já que não é a primeira vez que há jogos conturbados, o último eu acho que foi as Olimpíadas de 1936 na Alemanha nazista (a que ponto a coisa chegou).

Não há clima no país pra jogos olímpicos, a mídia estrangeira está sendo ridícula (com algumas matérias que tenho visto) repetindo aquele terrorismo midiático mostrando problemas de infra-estrutura do Rio etc (que a maioria está careca de saber e não irão ser mudados em 4 anos ou 7), já que fizeram a mesma coisa na Copa, sendo que em termos de organização a Copa no Brasil colocou qualquer Eurocopa e afins abaixo da mesma em matéria de organização (lembram dos hooligans se pegando na França e estourando bomba em estádio?, "Ah, se fosse no Brasil..." rs). Tiveram que calar a boca depois da histeria que fizeram antes do evento em 2014, por puro preconceito e ignorância. Já tá ficando previsível esse discurso e chato.

O problema dos jogos no Rio (antes fosse) não é o Zika vírus ou infra-estrutura (quem for jogar não sentirá absolutamente nada) e sim político: estamos com um golpe de Estado no país, com um retrocesso brutal (o pior desde a ditadura de 1964, e os caras simplesmente ignoram este fato, acham que o país irá prestar atenção a porcaria de um evento em detrimento do próprio país, é muita calhordice da imprensa de fora ignorar essa questão, calhordice, estupidez, preconceito e ignorância. Aquela notícia de jogador de golfe (esse "esporte popular", imagino o tédio de assistir "partida de golfe", não sei como isso vira esporte olímpico, rs) deixando de vir por conta de vírus diz mais sobre a ignorância deles do que dos jogos em si. Se tivessem deixado de vir condenando o golpe, seria um motivo louvável, mas se atentam a coisas menores, porque em agosto a incidência do mosquito (vetor) é muito baixa (faz frio, nem isso sabem ou procuram saber?) e o impacto desse vírus Zika sobre homens é mínimo (o maior problema foi sobre mulheres grávidas). Eu não costumo relevar esse tipo de ignorância.

Ao pessoal que ler esse post e apoia o golpe, vou falar francamente de novo pois não tenho paciência pra ficar batendo boca com bobalhões (boa parte dos apoiadores são uma calamidade discutindo qualquer coisa, além da falta de educação explícita): eu sempre destaquei aqui que não me importo com a "opinião" de vocês sobre essas questões, deixei de levar a sério pois não são dignos disso (não merecem), não pensem que intimidam com provocação pueril e infantil, o insulto pode causar alguma irritação momentânea mas não altera uma vírgula do que foi dito, tudo o que foi relatado pode ser comprovado, só sobrou o "escárnio" pra vocês (se for possível fazê-lo pois andam calados porque no fundo sabem que fizeram uma besteira monumental). Digo isso porque vocês acham que podem censurar e intimidar a opinião alheia com esse tipo de ataque tosco que fazem na rede (fora os ataques de censura contra blogs mais conhecidos e de conteúdo mais voltado à política nacional etc), por irem de encontro (contra) ao que vocês pregam (esse monte de insanidades que colocaram o país de cabeça pra baixo desde 2013), mas digo e repito, não esperem de mim (e de milhões que não concordam com essa insanidade de vocês) cordialidade ou postura amena depois dessa punhalada que deram no país e na maioria da população, independente dos erros do PT no governo (que são vários, mas em geral não são o que vocês apontam, posso até fazer um post sobre isso depois). Não sou adepto do tal "republicanismo" kamikaze do PT (link2) que dá a outra face pra bater, eu jamais ofereço a outra face.

Antes de encerrar o post (era necessário o desabafo), não é curioso que o pessoal que sabotou a Copa - como esta cidadã aqui do vídeo abaixo (este vídeo se tornou emblemático naquele ano, resume todo o festival de insanidade que assola o país desde então) - tenha sumido?


Cadê o vídeo "Não vai ter Olimpíadas" atacando Temer e cia por parte desses "cidadãos conscientes"? rs.

Ué, a "revolta" passou quando os corruptos do PMDB assumiram (com o arrocho neoliberal e desmonte do Estado) apoiados pelos tucanos do PSDB? Quanta "indignação" seletiva. Como sempre apontei, este povo nunca ligou pra corrupção, o ataque sempre foi partidário e contra a maioria da população pobre do país. Nunca deram a mínima pra questão da desigualdade social do país, tanto quanto os direitos de maioria do povo, incluindo a própria classe média. A "indignação" passou quando os grupos que apoiam chegaram ao poder por vias tortas (golpe via Congresso apoiado pela mídia oligopolizada).

Cadê todo aquele urro (pseudo-indignação) contra eventos no país? Desapareceu? "Urro seletivo"? rs

Estão vendo que cedo ou tarde a máscara política "apartidária" de vocês cairia por terra, uma a uma? É sempre uma questão de tempo, a verdade sempre aparece das ruínas provocadas por vocês (entreguistas). Na Argentina (e em alguns países vizinhos) chamam os entreguistas (do verbo "entregar", "dar") de "vendepátria", ou traidores, como queiram. É até um rótulo mais ilustrativo e certeiro. Ressalto isso pois tem muita publicação de esquerda (tosca) no país que copiam esses termos dos países vizinhos sem dizer de onde tiraram (chega a ser irritante, repetem o erro de forma pedante e nem curiosidade de olhar se a expressão é correta olham), como é o caso da expressão "EEUU" pra Estados Unidos, grafia inexistente na língua portuguesa (é uma grafia do castelhano).

Na época saíram mais dois vídeos, um sobre a Ucrânia e outro na Venezuela, com teor parecido (garotas com boa feição denunciando o "caos" desses países chamando o povo pra se rebelar e ir pra rua), similaridades, porque esses ataques "padrão" coincidentes nunca surgem do nada, um dia se descobrirá toda a 'palhaçada' por detrás disso, como hoje se sabe da participação do governo dos EUA no golpe de 1964 em detalhes. Fica o recado aos golpistas que começaram a palhaçada ainda em 2013 como o vídeo acima: não se iludam, vocês serão marcados pra sempre como golpistas, irão carregar essa cruz pra sempre, principalmente quando a ficha cair pra maioria da população (uma hora sempre cai).

O que disse acima também vale pros que disseram que são "isentões", o pessoal que diz estar "em cima do muro" (cuidado que o muro cai com vocês juntos, rs), com um bla bla bla insustentável sobre essa postura, mas que sempre tem um discurso que favorece os golpistas e o golpe. Vocês não são "isentões", são golpistas enrustidos, ou na melhor das hipóteses: covardes. Não há como se "isentar" no atual contexto, isso é, sobretudo, covardia (e tem seu preço histórico). Não pensem que por se declarar "isentos" que todo este processo que vocês deixaram ocorrer (por covardia) não irá sobrar pra vocês, pois vai.

Ao povo de fora que lê o blog, peço pra não confundir essas questões dos posts com a "extrema-direita" na Europa e afins, os contextos históricos são bem distintos embora a crise global atinja a todos. Digo isso porque sempre que se põe o termo "nacional" no meio há um pessoal que generaliza tudo e conduz a discussão pra outro rumo (vejo isso com frequência na esquerda brasileira, mal sabem definir "fascismo" e chamam tudo de "fascismo", e o pior, ainda ficam com raiva quando alguém critica isso mostrando os erros). Questões como essa (de soberania) nunca foram totalmente resolvidas na América do Sul e resto da América Latina, e sempre foram um entrave à própria democratização da região. Embora a sensação ruim que passa na Europa seja causada pelos mesmos sintomas (austeridade, neoliberalismo, desmonte dos Estados nacionais), pela globalização que só beneficia uma minoria em detrimento do maioria, globalização neoliberal que nunca deu a mínima pra democracia em qualquer país embora diga que pregue a "liberdade" (corromperam até a palavra "liberdade"). O que se passa na América do Sul não é um fato isolado do que se passa na Europa, mas as forças envolvidas possuem conotações diferentes em ambos continentes.

Aos que estão fora, também pensem duas vezes (ou dez) antes de vir a esses jogos. Não digo isso obviamente por conta do "Zika vírus" ou pelo alarde de sempre sobre infraestrutura e violência no país, isso é algo que já se tornou previsível ou banal (esse tipo de publicação), lembram da histeria antes da Copa de 2014 e o que aconteceu? A única tragédia de fato foi aqueles 7x1 nas semifinais (mas pensando bem, por um lado foi lindo ver aqueles coxinhas sofrendo no estádio, rs) e sim pela gravidade do contexto político.

Boa parte da população não está dando a mínima pra esses jogos depois do golpe de estado dado, pode ser que mude um pouco de ânimo (mais por conta dos atletas) quando acontecer, mas dessa vez será diferente de 2014. Ninguém irá mudar de postura porque a mídia estrangeira quer ou acha que manda na população do país (no caso, acham que mandam na parte não aloprada e não-golpista da população, há um golpe aqui e isto é real, ninguém vai ignorar o que se passa por conta da porcaria de um evento).

Se o povo brasileiro não aprender com a farsa que é este golpe de 1916 (a tragédia foi em 1964), não aprende mais. Há mais nuances sobre o golpe, mas vou me ater a essas questões como as Olimpíadas e o porquê do logo do boicote, não prestarei continência pra golpista em Olimpíadas, que a direita neoliberal golpista do país enfiem essas Olimpíadas naquele lugar que eles gostam tanto. Se este golpe servir de lição didática pro povo aprender a não se deixar levar pela mídia oligopolizada do país, terá servido pra algo (há coisas ruins que vêm pro bem e ajudam a mudar a mentalidade de um povo, até uma desgraça pode servir pra algo).

Digo aos brasileiros que têm consciência da gravidade da situação que passamos que se levantem, demonstrem sua repulsa contra o golpe e deixem quaisquer diferenças de lado, não esperem que partidos, centrais e cia tomem a defesa do país, seria bom que participassem, mas na ausência disso o povo pode e deve politicamente se posicionar contra a tirania plutocrática que usurpou o poder do país, tem obrigação cívica disso.

Uma coisa que sempre achei absurdo é gente que se diz "indignada" com Holocausto apoiar coisas como essa, é um contrassenso fora do comum. E as pessoas que criticam o golpe, mesmo em campos opostos, deveriam refletir melhor esse apoio que dão ao tal "revisionismo" ("ouro de tolo") achando que estão fazendo uma "crítica política" com isso, essa questão do "revisionismo" se tornou algo menor no mundo (isso teve seu auge de exposição na década passada) e há coisas mais relevantes a serem discutidas, até porque muito "baluarte" "nacionalista" (entre aspas) que eram admirados por vocês, como o Bolsonaro, mostrou como são uma caricatura da direita brasileira (são neoliberais no fundo, capitães do mato do Império) sobre essas questões do pré-Sal, soberania etc. Essa caricatura olavética escarrada são um bando de entreguistas, cobrem-se com a bandeira do país pra mascarar a entrega do patrimônio do país a petroleiras estrangeiras e desmonte do Estado brasileiro.

quinta-feira, 31 de março de 2016

Hoje, dia 31 de março, 2016, segunda Marcha Nacional contra o Golpe de Estado (branco) no Brasil, em defesa da Democracia no país

A quem não leu o outro post da marcha do dia 18 último, vou colocar o link aqui pois não irei me alongar comentando sobre a Marcha nacional de hoje, dia 31 de março de 2016, em defesa da Democracia do país e contra o golpe midiático-político promovido por um gangster que atormenta o país desde que foi eleito Presidente da Câmara em 2015 e sabota o governo federal desde que assumiu, o Eduardo Cunha, do PMDB, parceiro político-carnal do outro golpista do PMDB, o vice Michel Temer.

Eis o link:
Contra a tentativa de novo golpe de estado no Brasil e pela defesa da democracia do país. Marcha nacional hoje, dia 18 de março de 2016


Intelectuais estrangeiros assinam manifesto pela democracia no Brasil
Chomsky gravou vídeo de apoio a Dilma; 100 artistas e intelectuais no Planalto amanhã
Mais de mil intelectuais do mundo já aderiram ao manifesto internacional contra o golpe

A quem estranhar o teor destes posts sobre o golpe porque o blog tem outro tema e "bla bla bla", sinto, mas não ficarei passivo vendo a História acontecer na minha cara, vendo golpistas querendo destruir a democracia no país por conta de uma legião de analfabetos políticos insuflados por uma mídia venal, sem fazer nada pra conter/travar um golpismo sem vergonha aplicado por uma legião de pulhas sem vergonhas que sempre ferraram a vida do povo deste país (da maioria). Lamento pelos "off topics", mas ficar passivo olhando isso ocorrer é ser cúmplice da coisa, e não serei.

Quando esse assunto chato passar (pois de fato essa extrema-direita liberal tresloucada já cansou todo mundo faz tempo com esse rame-rame porque perderam eleição em 2014, mas não param porque a turma que fica "em cima do muro" não diz basta a eles duma vez), com o fim do golpismo, pois se houver golpe haverá resistência (os golpistas não se iludam sobre isso), que o país retorne à racionalidade.

Só lamento o grau de alienação que parte da população vive emergida, num caldo cultural de ódio porque leem muito pouco e não filtram informação que recebem como "bombardeios" na TV (não é normal ver tanta TV ligada na Globo em vários lugares, em consultórios médicos é direto uma TV ligada na Globo, é algo surreal, absurdo, nem certas ditaduras têm um controle psicológico tão grande de parte do povo como essa emissora tem).

À turma que foi pra "micareta" (carnaval fora de época) no dia 13 de março, organizada pela Rede Globo (cabeça do golpismo), taí a "luta contra corrupção" de vocês o que de fato era, esses pemedebistas, mais toda uma ala do PSDB usou vocês como bucha de canhão, junto com a FIESP (a Federação da elite entreguista de São Paulo, golpista em 1964, que plagia até pato holandês, num simbolismo ridículo, infantil) e a própria Rede Globo seguida pelo resto da mídia vendida (oligopolizada) que panfleta e incita ódio pra população em vez de informar seriamente (jornalisticamente) o que se passa no país.

Deixo aqui abaixo as mensagens de alguns brasileiros denunciando o golpe em curso, mascarado de "impeachment", em vários idiomas pro pessoal no exterior saber o que está ocorrendo no país já que boa parte da mídia estrangeira não noticia o que de fato se passa no país e alguns só retransmitem "notícias" (panfletos, distorções) da Globo e de jornais afinados com esta emissora.

Boa parte do mundo (ou a parte politizada e democrática dos demais países), a essa altura, já sabe do que anda se passando no país (do intento golpista). Já há muito apoio e denúncia ao golpe fora do Brasil, mas quanto mais gente souber e denunciar este golpismo fora, melhor, pois fura a blindagem da Globo e dos golpistas dentro do Brasil. Eles quiserem mexer com o povo achando que dar golpe em pleno 2016, com internet, seria fácil, e que o povo não nutre apreço com a democracia, mas os golpistas estão sentindo o gosto amargo da "brincadeira" suja a qual se lançaram e já entraram pra História por essa tentativa grotesca de rebaixar o país ao status de "República de Bananas" de novo. E em defesa do pré-Sal brasileiro, da soberania nacional colocada em risco por esses golpistas inconsequentes.

Vamos todos pra Marcha, que também ocorre em vários países. Aos brasileiros fora, procurem a embaixada e informações sobre concentração nessas capitais de outros países pelo Facebook e sites da Frente Brasil Popular ou pela web. Londres, Paris, Berlim, Nova York etc. O link pros vídeos estão no site Viomundo, do Azenha, quem quiser mandar vídeo neste estilo, tem email no site, link pra matéria:
http://www.viomundo.com.br/denuncias/brasileiros-denunciam-ao-mundo-o-golpe-de-estado-no-brasil-veja-os-videos.html

In German: *Psychologe prangert Putschversuch in Brasilien*


In English: *Brazilian's journalist denounces a coup against democracy in Brazil*


In Portuguese: *Jornalista denuncia golpe contra a democracia no Brasil*


In Italian: *Medico brasiliano denuncia colpo di stato in Brasile*


In Spanish: *Artista denuncia golpe en contra la democracia brasileña*


In French: *Artiste dénonce coup d'Etat contre la démocratie au Brésil*

sexta-feira, 18 de março de 2016

Contra a tentativa de novo golpe de estado no Brasil e pela defesa da democracia do país. Marcha nacional hoje, dia 18 de março de 2016

Vou deixar dois links aqui pra lerem, deste blog (https://alessandreargolo.wordpress.com/) já que não tive cabeça (paciência) pra descrever a nojeira dessa tentativa de golpe de Estado urdido pela Rede Globo, esse juiz Moro e aparatos do Estado ligados ao PSDB (na Polícia Federal e no Ministério Público) tramando contra o Estado pra fazer uma troca de governo e instauração de um Estado policial no país, ou em outros termos: uma ditadura judicial-midiático ou Estado autoritário com "carapaça" (aparência) de "democracia" onde quem se opor ao messianismo (atitude religiosa e fanática) desse juiz e dessa emissora de TV pode ser perseguido e não ter seus direitos constitucionais respeitados.

Leiam os links:
O golpe em curso deve ser confrontado e derrotado
https://alessandreargolo.wordpress.com/2016/03/17/o-golpe-em-curso-deve-ser-confrontado-e-derrotado/

Sérgio Moro tem que ser preso imediatamente
https://alessandreargolo.wordpress.com/2016/03/17/sergio-moro-tem-que-ser-preso-imediatamente/

Esses grupos também pretendem a implementação de um neoliberalismo radical (mais do que o da era FHC), entrega do pré-Sal a petroleiras estrangeiras e privatização da Petrobras, liquidar o Brasil nos BRICS e pôr abaixo a soberania e autonomia do país, além da entrega de outras divisas do país a grupos estrangeiros e privados.

A meta desses grupos conspiradores é destruir qualquer tentativa de um projeto soberano de país, com viés nacional (desenvolvimentista), a construção de um Estado de bem-estar social sólido no Brasil, aprofundamento da democracia do país e criarem um retrocesso social pra que o país volte ao patamar de antes de 2003.

À frente da "troça" está a elite (classe dominante) entreguista de São Paulo, que expressa sua força na FIESP (que se enfeitou para o golpe) com sua vassalagem nos demais estados (as "elites" subalternas a ela, submissas e igualmente entreguistas e anti-nacionais alinhadas a esta elite que promove retrocessos no país desde o suicídio de Vargas ou antes dele com a "República Velha" oligárquica e viciada), apoiados por uma classe média alta mesquinha, sem noção de pátria ou nação, sectária e segregadora, embora vivam agarrados à bandeira do país (apropriação indevida) e usarem a camisa da CBF (da seleção brasileira de futebol) pra cobrir o seu vazio existencial ou mesmo idiotice.

Curioso esse apego com a camisa da CBF depois dos 7x1 na Copa em que boa parte desse bando de golpistas contribuiu pro clima ruim da mesma com o "Não vai ter Copa". São uma gente desprovida de qualquer escrúpulo ou caráter, além do cinismo orgulhoso.

A micareta de domingo foi puxada fortemente por esses bandos na Av. Paulista pra gerarem imagens pra Rede Globo editar e manipular e inflar números pra deixar o resto da população 'acossada' com "medo" da fúria (fazem muito barulho) dessa minoria que causa impressão de maioria quando colocados (comparecem em peso) numa avenida ou em bloco. Nacionalmente esse evento continua sendo uma coisa puxada pela elite de São Paulo e não algo nacional, como foi o golpe de 1964 também.

As Forças Armadas do país devem defender a integridade do governo eleito democraticamente em 2014 ao lado da presidente eleita (como prevê a Constituição do país) e se colocar contra esses agentes golpistas tentando destruir a democracia e destruir a soberania do país criando um clima de submissão política a potências que historicamente exploram o Brasil há décadas. É uma questão de soberania, polarizações da Guerra Fria não fazem mais sentido, só pro "populacho" raivoso e ignorante dessa classe média mesquinha e servil.

Só lembrando que as Forças Armadas foram humilhadas durante os dois governos FHC (PSDB), o sociólogo vendilhão (como eu o chamo), onde mal se tinha dinheiro pra suprir comida em quartéis, com as FA todas sucateadas e o sociólogo submisso ainda assinou o tratado de Não-Proliferação nuclear colocando o país numa condição de vulnerabilidade e submissão a outros países. Um país continental não pode se defender de agressão externa por conta de um presidente salafrário (FHC) que agiu contra a soberania do país.

A quem achar estranho o teor das descrições acima sobre nação e nacionalismo (achar os termos fortes), eu tentarei explicar em outro post (eu já devia ter feito isso) o porquê disso.

Mas resumidamente: a extrema-direita na Europa tem um caráter ultranacionalista, discussão sobre nacionalismo naquele continente giram em torno do temor de ditaduras, xenofobia (genocídio) etc (III Reich e afins). No Brasil os grupos de extrema-direita em sua maioria são liberais e odeiam o próprio país (como no resto da América Latina, a mentalidade desses bandos é parecida, são orgulhosamente servis e raivosos), eles querem criar um pacto de servidão com outras potências em troca da mordomia de 10% da população em detrimento da ampla maioria. Por isso o ódio doentio dessa minoria da população com qualquer projeto de desenvolvimento progressista (democrático) do país, com um viés até racista/segregador por boa parte deles.

O judiciário brasileiro não deve se colocar acima dos outros poderes da República. Se querem fazer política, candidatem-se, criem partidos, lancem ideias, renovem a política, não golpes. Se alguém não gosta do que aí está, crie um partido e faça política, não golpismo bananeiro.

Outra falácia forte que rola desde 2013, pela estupidez de parte da população (ignorância) é a ideia de Democracia sem partidos.

Nenhuma Democracia existe sem partidos, quem defende um país sem partidos está defendendo um primitivismo político e sem debate político como o que pregam esses irracionais de extrema-direita solapando o Estado democrático com base em chavões batidos da Guerra Fria com a retórica falso moralista fanática "udenista" ("combate a comunismo", "corrupção" e baboseiras do tipo, retórica de retardados). Já se viu esse filme antes e o resultado foi um desastre: 21 anos de ditadura e todo retrocesso possível.

A Guerra Fria acabou em 1991, o mundo atual é outro, não tem sentido esse tipo de discurso em pleno século XXI no Brasil e em vários países.

A Globo insuflou multidão para confronto público aberto na divulgação da nomeação do Lula como Ministro da Casa-Civil. Pessoas poderiam ter morrido por conta da insanidade desta emissora. Eu assisti as imagens da emissora (no canal fechado Globonews) onde insuflaram uma massa de gente raivosa e fanática que cercou o Palácio do Planalto (sede do governo brasileiro) pedindo renúncia pra presidente da República, narrativa tendenciosa e irresponsável. Ninguém me contou, eu assisti (a contragosto já que essa emissora vem pregando ódio diariamente pra insuflar irracionais nas ruas, principalmente em São Paulo com conivência do governo do Estado de São Paulo em frente ao prédio da FIESP, os mesmos grupos do golpe de 1964).

Em outro país já teriam partido pra repressão a esse tipo de bando, há muito tempo. Eles flertam com os limites da tolerância numa Democracia.

A própria micareta (carnaval fora de época) na Av. Paulista domingo passado foi também conduzida por esta emissora de TV, que é uma concessão pública do Estado e não pode inflar grupos contra a própria democracia e derrubada de governos eleitos democraticamente (nas urnas).

Este gesto é Conspiração contra o Estado, contra a democracia do país e crime contra a República.

Que o mundo saiba do que se passa aqui já que parte da mídia estrangeira está boicotando as informações sobre o país, principalmente os jornais de Portugal e Espanha, ajudando a tramoia interna no país. Também destaco a Rede BBC (britânica) com uma cobertura porca e deplorável (enviesada ao extremo e desonesta). O jornal Diário de Notícias de Portugal é um festival de xenofobia anti-Brasil, parece que estão sentindo alegria dos conflitos no país por algum rancor por conta dos anos de destaque que o Brasil teve com o Lula à frente da presidência. Atitude de gente pequena. Voltando ao assunto...

Um juiz colocar um grampo contra a presidência da República é fim de linha. Em outro país ele já estaria preso (na melhor das hipóteses) e pegaria pena pesada por isso, e não solto posando de "herói". Os grampos ainda foram vazados em primeira mão para uma emissora de TV (a Globo) fazer ataque político diário e insuflar turbas de ódio de extrema-direita nas ruas. Isso é um ataque contra o Estado e a democracia. Muitos não se calarão diante desta afronta contra a soberania do país.

Lembrando do caso da prisão do Almirante Othon, clara tentativa de sabotagem do programa nuclear do país, algo inaceitável:
A prisão do pai do programa nuclear brasileiro

O STF (Supremo Tribunal Federal) tem culpa plena no que se passa ao deixar ele atuar como quis, passando por cima da Constituição, lei máxima do país. O povo não aceitará e nem se curvará a qualquer ditadura de toga no Brasil. Que a sociedade pense em uma Reforma Política no país onde se ponha limites claros (ou fiscalização pesada e punição severa) à ação política da esfera judicial no país pra que esse "protagonismo" político (inflado) do judiciário não se repita de novo, sob pena de destruírem a democracia do país em vez de preservá-la.

Ou o Supremo Tribunal Federal afasta este juiz messiânico da Lava Jato ou ele põe abaixo a própria operação (pois ele usa a operação pra fins políticos, desvirtuou tudo) pelo crime praticado (do grampo/escuta telefônica) ou esse indivíduo passa a achar que controla o país e ele não está acima do Brasil nem da República. O Supremo não pode fazer cara de "paisagem" fingindo que não houve nada, tem que ter punição severa ao que houve sob pena da República ser destruída, esfacelada por um bando de fanáticos e turbas de rua inflamadas por emissoras de TV com interesses obscursos.

Espero que o novo Ministro da Justiça enquadre os quadros golpistas dessa instituição, que estão solapando o Estado brasileiro e a própria instituição importante pro país.

Aviso à turma de "descontentes" (golpistas) que lerem o blog: eu não tenho (nunca tive) qualquer interesse em ser simpático com alienados, golpistas (apoiadores), radicais de direita lunáticos e quem está em cima do muro com esse tipo de questão, não há espaço pra "murismo", ou se está contra ou a favor do golpe, não existe "meio democrata", ou se é ou não é. "Ah, mas não é bem assim", sem esse papo de ficar em cima do muro. Já fizeram muita cagada com essa postura, começando por aquela de 2013 (do povo indo pras ruas como manada), está se tentando reparar o erro da manada.

A Globo e os agentes envolvidos nessa tramoia (uma tramoia diabólica) têm que pagar caro por tramarem novamente pra derrubada de governo no país como fizeram em 1964, algo impensável há alguns anos atrás onde se pensava que esses fantasmas haviam sido afastados de vez da vida política do país. Reduziram o país novamente ao "status" de República de Bananas, a turma dos "apartidários" (que visam atacar um só partido, é o único "apartidário" do mundo partidarizado, só nesse país surge uma aberração dessas).

Que o que se passa atualmente sirva de lição dura pro povo que ficou a favor desse amontoado de insanidades naquele "levante" alienado começado em 2013 com o "Vem pra rua" (a Revolução Colorida que desemboca agora no seu grau máximo de ódio e ataque). Não brinquem com coisa séria, não achem que o Brasil é uma "ilha isolada" do mundo (da geopolítica mundial) pois não é. Ninguém são quer que isso aqui vire uma "Nova Líbia" ou "Nova Síria", só os insanos e inconsequentes.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

[HB] Escapando da realidade com a Globo brasileira (NY Times)

No ano passado, a The Economist publicou um artigo sobre a TV Globo, a maior emissora do Brasil. Dizia que “91 milhões de pessoas, pouco menos do que a metade da população, sintoniza no canal todos os dias: o tipo de audiência que nos Estados Unidos só é obtida uma vez por ano, e apenas pela emissora que ganhou os direitos de exibir o Super Bowl”.

Os números podem parecer exagerados, mas basta dar uma volta no quarteirão para passar a considerá-los até que conservadores. Por toda parte há uma televisão ligada, em geral na Globo, e todos a estão encarando de forma hipnótica.

Não é de se espantar que um estudo de 2011 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) afirme que o percentual de residências com um aparelho de televisão (96,9%) é maior do que o das pessoas com uma geladeira (95,8%), e que 64% possui mais de um aparelho em casa. Outros estudos revelaram que os brasileiros passam 4 horas e 31 minutos assistindo à televisão nos dias úteis e 4 horas e 14 minutos nos fins de semana; 73% assistem à televisão todos os dias e apenas 4% nunca o fazem. (Eu sou uma dessas.)

Nesse universo, a Globo é onipresente. Embora sua audiência tenha diminuído nas últimas décadas, o share da emissora ainda é de 34%. Sua principal rival, a Record, tem 15%.

Mas o que significa essa presença esmagadora? Num país onde a educação é deficitária (a Organização pela Cooperação e Desenvolvimento Econômico recentemente nos colocou em 60o. lugar entre 76 países na performance média em exames de aptidão escolar), quer dizer talvez que um único conjunto de valores e perspectivas sociais está sendo amplamente difundido. Além disso, sendo a maior empresa de mídia da América Latina, a Globo é capaz de exercer uma influência considerável na nossa política.

Um exemplo: dois anos atrás, em um tímido pedido de desculpas, a Globo confessou ter apoiado a ditadura militar no Brasil, ocorrida de 1964 e 1985. “À luz da História, contudo”, disse o editorial, “não há por que não reconhecer, hoje, explicitamente, que o apoio foi um erro, assim como equivocadas foram outras decisões editoriais do período que decorreram desse desacerto original.”

Com esses perigos em mente, e em nome do bom jornalismo, passei um dia inteiro assistindo à programação da Globo, em uma terça-feira recente, a fim de verificar o que eu podia aprender sobre as ideias e valores promovidos pela emissora.

A primeira coisa a que a maioria das pessoas assiste todas as manhãs é o jornal local, depois o nacional. A partir desses programas, pode-se inferir que não há nada mais importante na vida do que o clima e o trânsito. O fato de que nossa presidente, Dilma Rousseff, enfrenta um risco sério de impeachment e de que seu principal oponente político, Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, está sendo investigado por corrupção, esses fatos recebem menos tempo de tela do que os detalhes dos congestionamentos. Os boletins são atualizados pelo menos seis horas por dia, com os âncoras papeando amigavelmente sobre o calor ou a chuva, como se fossem tias solteironas na hora do chá.

Dos programas matutinos, entendi que o segredo da vida é ser famoso, rico, vagamente religioso e “do bem”. Todos os apresentadores e convidados gostavam uns dos outros e sorriam o tempo todo. Foram contadas histórias inspiradoras de pessoas com deficiência que tiveram força de vontade para ter sucesso em suas profissões. Especialistas e celebridades discutiam esses e outros tópicos com notável superficialidade.

Decidi pular os programas vespertinos – em sua maioria, reprises de novelas e de filmes de Hollywood – e fui direto para as notícias do horário nobre.

Dez anos atrás, um âncora da Globo, William Bonner, comparou o espectador médio do Jornal Nacional ao Homer Simpson – incapaz de entender notícias complexas. Pelo que pude ver, esse padrão ainda se aplica. Um segmento sobre a crise hídrica em São Paulo, por exemplo, foi ilustrado por uma repórter no zoológico, que disse ironicamente: “Olha a cara de preocupação do leão com a falta d’água”.

Assistir à Globo significa acostumar-se a clichês e fórmulas batidas; muitos dos roteiros de jornais incluem pequenos trocadilhos no final, ou inanidades de pessoas que estão passando. “Dunga disse que gosta de sorrir”, disse uma repórter sobre o técnico da seleção brasileira de futebol. Às vezes, poucos segundos são devotados a notícias perturbadoras como o fato de que o estado de São Paulo decretou um sigilo de 15 anos dos dados operacionais e técnicos da rede hídrica, ao passo que longos minutos são gastos em tópicos como “o salvamento de um homem que estava se afogando [e que] provocou admiração e surpresa numa cidade do interior paulista”.

O resto da noite foi preenchido por novelas, através das quais pode-se concluir que as mulheres sempre usam maquiagem pesada, brincos enormes, unhas bem feitas, saias apertadas, saltos altos e o cabelo liso. (Segundo esses critérios, eu não sou uma mulher.) As personagens femininas podem ser boas ou más, mas unanimemente magras. Elas brigam por causa de homens. Seus objetivos máximos na vida são usar um vestido de noiva, dar à luz um bebê loiro e/ou aparecer na televisão. Pessoas normais têm mordomos, enquanto encanadores sarados realmente visitam e seduzem donas de casa entediadas.

Duas das três novelas em exibição falam sobre favelas, com pouca semelhança com a realidade. Politicamente, tendem ao conservadorismo. A regra do jogo, por exemplo, conta com um personagem que, em um episódio, se apresenta como um advogado de direitos humanos a serviço da Anistia Internacional só para contrabandear para dentro da prisão os materiais necessários para fazer uma bomba. A ONG fez uma reclamação pública, acusando a Globo de contribuir para a criminalização do trabalho de defensores dos direitos humanos no Brasil.

A despeito do alto nível técnico de produção, as novelas são dolorosas de assistir, com suas vastas doses de preconceito, melodrama, diálogos rasos e clichês.

Mas elas têm o seu efeito. No fim do dia, me senti menos preocupada com a crise hídrica ou com a possibilidade de outro golpe militar – exatamente como o leão apático e as mulheres vazias das novelas.

The International New York Times
11 de novembro de 2015
por Vanessa Barbara
Contributing Op-Ed Writer

Ps. O artigo original se referia erroneamente a 25 anos de sigilo nos dados operacionais e técnicos da rede hídrica.

Fonte: New York Times
http://www.nytimes.com/2015/11/11/opinion/international/escaping-reality-with-brazils-globo-tv.html
Tradução: site Seleta de Legumes
http://www.hortifruti.org/2015/11/10/escapando-da-realidade-com-a-globo-brasileira-traducao/



Observação 1: Vou usar a sigla "HB" pra todos os posts referentes a conteúdos ligados à História do Brasil. Verei se consigo atualizar os outros.

Observação 2: este texto ficará na parte de História do Brasil. Como considero a cobertura que a mídia (tanto a "grande", oligopolizada, como parte da dita "alternativa") muito aquém do que eu acho bom, tomo a liberdade de colocar textos que considero relevantes e que abordam a atualidade e presenta recente do país.

Esta questão da Rede Globo é muito problemática. Esta emissora ou grupo ("organizações", como ela usa o termo) é um resquício tenebroso da ditadura militar (1964-1985), totalmente alinhada ideologicamente com o governo dos Estados Unidos e que sempre minou qualquer ato de desenvolvimento do país visando a própria soberania plena do mesmo, desde a redemocratização do país em 1985.

Foi um erro dos militares não terem dividido essa emissora em várias partes, antes do fim da ditadura, aniquilando o poder "onisciente" e "onipresente" do todo poderoso dela (Roberto Marinho, já morto, mas não menos nefasto), uma figura sinistra da História do Brasil. São os famosos entreguistas que querem transformar o Brasil num colônia de exploração dos EUA e de outros países em troca do "quinhão" de controle deles. Não possuem qualquer senso pátrio ou escrúpulo.

O texto narra a deturpação que essa emissora cria no país. Isso porque o povo brasileiro lê pouco, tem uma educação precária (mas também tem aversão a ler, pois a educação precária não explica a falta de apego à leitura) e tem um vício por essa emissora, como se fosse uma doença. Chamaram atenção prum fato que eu não havia reparado antes, de como há TVs espalhadas nos recintos do país (bares, consultórios médicos etc), e é verdade, e o grosso delas sintonizadas na Globo. É algo doentio, dantesco, datado. O lado positivo em torno disso é que o pessoal mais novo só fica grudado nos tablets, não assistem mais essa emissora. O que põe em cheque o porquê das empresas brasileiras ainda anunciarem em massa nesse tipo de emissora (jornal e rádio, pois a Globo tem tudo isso, e até cinema) quando a divulgação via internet é mais barata e eficiente que essa mídia datada e apodrecida, onde os noticiários dela mais parecem horário político gratuito do PSDB (partido de oposição no Brasil).

A quem não sabe, a Globo apoiou o golpe de 1964, golpe tramado pelos EUA, e cresceu se valendo da ditadura que perseguiu os concorrentes, com dinheiro norte-americano (caso Time-Life). Esse "monstrinho" surgiu no formato atual na ditadura (apesar de ser mais antiga pois ela vem do jornal O Globo, que já era entreguista contra Vargas e o país), foi o pior legado que os militares deixaram pro país, pois ela sabota politicamente o país desde 1985 como "Estado paralelo". A Globo foi o aríete do neoliberalismo e privatizações no país durante o governo FHC (o garoto do Consenso de Washington). E hoje vem falar do caso da Vale em minas, empresa privatizada pelo valor de dois Youtubes que ninguém sabe aonde o dinheiro da privatização (uma merreca perto do valor da empresa) foi parar. E taí o desmantelo da mesma que funciona porcamente.

Mais recentemente, ela apoiou abertamente o Impeachment paraguaio (golpe branco) da atual Presidente do país, colocando transmissão ao vivo de micaretas na Avenida Paulista com a "turma" de extrema-direita. Um apoio tão escancarado que deixou muita gente perplexo com o descaramento da emissora. E erro do governo ao patrocinar com verba estatal um grupo que conspira contra a democracia do país. Sou plenamente a favor do corte de toda verba publicitária estatal a essa emissora e parte da imprensa do país. Se eles defendem liberalismo, que procurem captar recursos da iniciativa privada que tanto defendem e não sejam tão contraditórios atacando o Estado a todo instante pra pegar recursos do mesmo. Dona Dilma, se quer economizar, os milhões que vão pra Globo são uma bela economia. Crie e coragem e faça o que deve ser feito, o povo entenderá. Conspirar contra a democracia do país e contra a soberania do Brasil é crime grave e não deve ser tolerado.

Noutro país, uma emissora dessas já teria sofrido represálias sérias ou mesmo ter o canal cassado por crime de conspiração. E isso não é antidemocrático, quem atentou contra a democracia foi este grupo, como fez em 1964 e repete a dose. Só que os tempos são outros. A internet fura o noticiário enviesado e distorcido dessa emissora, por mais que ela tente manobrar a população (ela já não consegue fazer isso como décadas atrás).

E cuidado com o caso da FIFA, o FBI ainda não citou abertamente o caso de propina pra transmissão de jogos.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

[HB] Como em 1964, a conspiração do golpe para derrubar governo foi tramada durante 2015 (ou antes): a Globo, Cunha, Temer e o resto da tropa

Antes de prosseguir com o post, embora creio que muita gente sabe do que se passa (se não sabe, passará a saber), gostaria que lessem essas matérias, ou basta ver os títulos:

Procuradoria pede 184 anos de prisão para Eduardo Cunha
Justiça da Suíça multa Cunha por tentar impedir investigação de contas
Cunha: Dinheiro na Suíça é da venda de carne moída

Agora, revejam esta foto abaixo, de uma faixa que ficou famosa em uma das "manifestações" da extrema-direita liberal (neocon) do país pra derrubar a presidente da República, de como esta extrema-direita golpista e sem vergonha se identifica com um elemento desses, fixem bem a imagem às matérias acima:

"Somos milhões de Cunhas"


 "Somos milhões de Cunhas", ou seja, eles são, em "alma", como o Eduardo Cunha, o dos 184 anos de prisão e notório chantagista que solapou o país durante o ano de 2015 inteiro (com ajuda da mídia oligopolizada e sem vergonha do país, capitaneada pela Rede Globo, e pelos neocons "liberais" que "surgiram do nada" pra "lotar ruas") e fechou com "chave de ouro" com um pedido de Impeachment contra a presidente do país no último dia 2 de dezembro (isso mesmo, em pleno mês de dezembro, do ano que "nunca acaba"):
Acuado, Cunha acolhe pedido de impeachment contra Dilma Rousseff

A quem quiser ver mais insanidades desta "manifestação" dos golpistas (antes eles se valiam do "benefício da dúvida" pra negar a pecha, mas depois do ato de Cunha e apoio da mídia oligopolizada a pecha de golpista grudou na testa e não desgruda mais), podem clicar no post:
Carnaval-Manicômio: O desfile da extrema-direita - viúva de 1964 - nas supostas marchas "contra a corrupção" (O que virou o "vem pra rua" despolitizado de 2013)

Peço desculpas se no decorrer do post eu fugir do tema, pois seria mais fácil narrar o que se passa (seria mais fácil falar) do que detalhar em linguagem escrita, mas vai assim mesmo.

Vou colocar estes posts sobre esses acontecimentos recentes numa tag (marcador) única, pra facilitar que leiam tudo em série, pois ficará mais compreensível o que se passa vendo em perspectiva (na cronologia, ano após ano).

Os posts ficarão na tag "golpismo", que vem desde a Copa do Mundo e aquelas "marchas de junho de 2013", a Revolução Colorida que não atingiu seu intento que era a derrubada de presidente naquela ocasião, mas tirou do limbo essa extrema-direita golpista e todo tipo de oportunista político que vê nesses episódios uma forma de "se dar bem", mesmo que se ferre depois, como o Carlos Lacerda que apoiou e conspirou pelo golpe de 1964 e depois foi perseguido pela ditadura que ajudou a promover.

Alguém, com bom senso, acha que tudo isso foi um "grande caos" que emergiu do "nada"? Só se for trouxa ou ingênuo (sinto se magoar com esse tipo de afirmação). Agora está ficando bem nítido o que vem se passando desde 2013.

Deram sinal verde em Washington pra setores radicais da direita brasileira (setores golpistas, organizados, articulados) atacarem a democracia do país (sabotarem politicamente, criarem o "caos") como não faziam antes, já que não vencem eleição.

Não basta vencer, tem que debilitar a democracia do país pra tornar o país vulnerável a chantagem política de grupos organizados (setor financeiro, lobistas) com forte presença no congresso nacional, pra atacar direitos da população e a economia do país.

Por que cito Washington (capital dos Estados Unidos)?

Porque desde a segunda guerra não há qualquer movimento político dessa envergadura, visando entregar recursos do país (privatizações) e colocar governos alinhados aos EUA, sem o dedo dos Estados Unidos. Vide o Consenso de Washington e a era FHC, o ataque a Vargas já em 1954 (a ofensiva sempre se dá visando os recursos do país), que com sua morte evitou o golpe na ocasião e por aí vai.

Não só no Brasil como em quase todo o mundo. Isso não é uma "teoria da conspiração" (quisera eu que fosse). Isso é História que a maioria da população (ou uma parcela significativa) se orgulha em não saber, não conhecer. Depois ficam "boiando" com cara de trouxas sem saber do que se passa, sem saber se posicionar.

A quem quiser ver como foi tramado o golpe de 1964, que repercute negativamente até hoje na vida pública do país, assistam o documentário "O dia que durou 21 anos" que narra toda a tramoia dos EUA (Estados Unidos) armando o golpe, já com Kennedy. Confiram o link:
Documentário: O Dia que Durou 21 Anos. Como e quem armou o golpe de 1964 no Brasil

Obviamente (espero), a postura das Forças Armadas hoje têm sido exemplar, de pleno respeito à Constituição, já que muita gente reclama que estão "atacando as FA", não é ataque, até porque é uma parte fundamental do Estado, só que havia uma tradição de golpes que acabavam servindo a interesses externos. Espero que uma visão mais nacional (não anacrônica e com paranoias do passado e sectarismo) sobre o país seja dominante nas FA.

Sim, estou sendo categórico: esta extrema-direita ou direita radical só está fazendo estas coisas no país porque possuem algum respaldo do governo norte-americano (respaldo externo), mesmo que este negue (as tramoias deles sobre isto só aparecerão décadas mais tardes, se não quiserem levar o Wikileaks em consideração). Nenhum grupo de extrema-direita neocon faria isso no Brasil sem aval externo, pois seriam isolados facilmente.

Até algum tempo atrás chamavam essas acusações sobre a participação dos EUA no golpe de 1964 de "paranoia da esquerda", mesmo com pilhas de indícios, hoje já não negam mais pois a verdade vem à tona, mesmo com décadas de atraso.

A quem andou "dormindo", já houve golpe em Honduras e no Paraguai (golpe branco) muito recentemente. Os golpes nunca "surgem" do nada.

Sei que tem gente que fica surtando quando alguém usa esses termos como "conspiração", "golpe", verdade etc, pois os ditos "revisionistas" (negacionistas) costumam usar o discurso (tenho que citar isso pois o blog comenta este assunto), só que o uso desses termos no caso deles (na maioria das vezes) é pra retórica fascistoide em cima de um fato da segunda guerra, assunto que não causa mais tanta repercussão com o tanto de desgraças que emergiram nos últimos anos (Estado Islâmico, crise nos EUA/Europa etc). Portanto, a quem ficar "magoadinho" com os termos, vá encher o saco de outro. A questão é coisa séria e não pretexto pra melindre de terceiros. Vamos parar de frescura que esses chiliques emocionais saturaram.

Mas voltando à questão relevante, o que se passa, se você olhar em perspectiva, começou em 2013 (não vamos entrar na década passada, pois já havia ensaios destes ataques, que só não davam resultado porque houve uma transformação do país, mudança de status) com as tais "marchas de junho" (ficaram conhecidas assim), onde o povo saiu como "manada" às ruas igual àquela cena do filme "Forest Gump" quando ele sai correndo aleatoriamente sem direção e um monte de gente segue atrás dele atrás de "alguma coisa" (ideal etc) e ele apenas estava correndo por correr.

A cena do filme ilustra bem o que houve em 2013, por parte da maioria que aderiu sem uma pauta definida a essa "manifestação" desconexa onde esses setores organizados da direita golpista (direita radical), que é parte da mídia (a Rede Globo está apoiando o golpe ao legitimar o ato do Eduardo Cunha, atitude parecida com a de 1964 quando apoiou outro golpe, e o faz diariamente), aproveitaram esse "tumulto", esse "efeito manada" da população, pra incitar uma dose de irracionalidade política (ódio, revolta sem direção) pra solapar a democracia do país, pois qualquer movimento desconexo, sem rumo, acaba de alguma forma causando danos à democracia, ainda mais quando isto passa a ter apoio de grupos poderosos do país e de fora.

Voltando à questão mais relevante (de novo), pois isto diz respeito a todos no país, se você acha que essas "brincadeiras" de Eduardo Cunha, Aécio Neves, Temer e cia não sobrará pra você, tenho uma notícia a lhe dar: vai sobrar pra todo mundo, não há espaço pra "A" ou "B" ficar em "cima do muro".

Aliás, esse estado de coisas só chegou a esse extremo porque muita gente nesse país costuma ficar em cima do muro (por comodismo ou mesmo estupidez política, achando que quem se posiciona é "idiota", quando o idiota é o covarde) deixando a corda esticar ao extremo, quando poderiam ter cortado todos esses extremistas se tivessem tido coragem de dizer "basta" a eles, se tivessem noção do que está por trás desses "movimentos do bem" pra "moralizar a política" no país, dos ditos "apartidários" (que votam em tucanos, extrema-direita, Caiados e outros).

Pra alguém que ainda não percebeu o que move a "insanidade" (entre aspas, pois este pessoal que está tumultuando, os cabeças, sabem o que estão fazendo) desse pessoal, é o famoso "mais do mesmo":
Há no Brasil setores da elite (classe dominante) que querem se alinhar aos Estados Unidos totalmente entregando o patrimônio público brasileiros (pré-Sal, Petrobras, programa nuclear do país etc) a grupos privados estrangeiros, como fizeram com a Vale do Rio Doce (não preciso citar o crime ambiental que a Vale, privatizada, causou recentemente, e que a mídia oligopolizada demorou dias pra "ver", depois de ficarem "chocados" com o terrorismo na França, síndrome de vassalo, de vira-lata, colonizado).
Pra esses setores (banqueiros, alguns empresários com um liberalismo dogmático, os que encarnam o patrimonialismo) qualquer gesto de soberania do Brasil, projeto nacional etc é visto como algo a ser combatido. Eles são fieis capachos das corporações dos EUA e do governo norte-americano, como parte dos governos de direita da América Latina (a maioria absoluta desde a redemocratização da maioria dos países e mesmo antes disso).

E como fazem isso?

Pegam algum caso de corrupção etc (estão começando a entender o que há por trás da retórica moralista?) e começam a fazer estardalhaço em torno disso com a mídia, diariamente, descendo o porrete de forma seletiva (pois partidos que são uma barreira a esse projeto neoliberal é algo a ser batido), sempre empurrando pra debaixo do tapete qualquer "aliado" (político ligado ao PSDB, que é o partido que defende esta ordem, junto com setores do PMDB e algumas legendas historicamente entreguistas) que esteja envolvido em falcatrua.

Por isso que aquela operação Lava-Jato, que deveria se tornar algo sério, emblemático (apurar tudo, não isentando qualquer culpado, de qualquer partido, e verificando desde o começo das irregularidades do grupo infrator na Petrobras, ainda no governo FHC ou antes), está condenada a se tornar um retumbante fiasco (pode provocar perda de 1% do PIB, ou traduzindo, a operação já custou mais caro que a própria corrupção supostamente investigada, resumidamente, nem pra apurar corrupção esses malas, pra não usar termo pior, fazem a coisa direito) por ser conduzida com fins eleitoreiros, políticos, politicagem ordinária.

A Lava-Jato, que já chamam de "Vaza-a-Jato", pois parece uma "peneira" onde depoimento sigiloso chega à mídia vazado e é vendido por "japonês bonzinho" da Polícia Federal (ou seja, prática de corrupção na própria polícia):
‘Japa bonzinho’ da Lava Jato ganha fama, música e é candidato a hit de Carnaval. Assista o clip

Essa Lava-Jato começou a fazer água quando ocorreu a prisão inconsequente do Almirante da Marinha, Othon Luiz, cabeça do programa nuclear do país, com décadas de serviços prestados ao país, um assunto seríssimo de Estado, defesa nacional, pelo juiz celebridade que vive aparecendo em palestras de grupos empresariais de mídia, quando um juiz em outros países (EUA, França etc) jamais se atreveria a se intrometer desta forma em assuntos delicados como este, tanto que o caso passou pro Rio de Janeiro e saiu das mãos do juiz do Paraná. As "forças ocultas" do Estado devem ter se movimentado (nada contra, se isto ocorreu, agiram bem).

Nem se fizessem roteiro de filme ficção surrealista daria uma trama tão surreal como essa, e tão ridiculamente mal feita, pelo extremismo (radicalismo) de alguns envolvidos na coisa (mídia, juiz do Paraná etc).

Quando o ataque é seletivo demais, até o mais reticente que fica "aplaudindo" o linchamento (de início) começa a desconfiar de que há algo de podre na coisa (na condução do caso).

Aos que ficarem irritadinhos pela crítica à condução do caso no Paraná, vou ser curto e grosso: eu não acredito em "super-heróis", eu não preciso de "heróis", essa transposição popularesca (apelativa) de "heróis" de filmes pra vida real é coisa de gente estúpida. É um troço tão cretino e estúpido que chega a ser ridículo comentar, mas como gente estúpida e radical abunda neste país, então a gente é obrigado a ser curto e direto com esse comportamento messiânico e fantasioso de parte da população, comportamento causado por dificuldades em interpretar fatos, falta de firmeza no que se pensa ou "crê".

Todos esses fatos citados acima (marchas de junho, Lava-Jato, pedido de Impeachment, movimentos de ruas estimulados por TVs, locautes de caminhoneiros etc) estão interligados, ou seja, esse "caos" que essa direita tocou não foi aleatório, foi algo tramado, muito bem planejado, que deu pra visualizar muito bem após o gesto desmedido do vice-presidente da República, Michel Temer, o maçom (agora dá pra entender porque tem tanta página da maçonaria no FB apoiando golpe), articulando grupos pra apoiar o pedido de "impeachment" sem vergonha do cidadão Eduardo Cunha. A quem não assistiu (vou procurar vídeo melhor depois e coloco), esse é breve e resume bem, o ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes foi curto e direto sobre a tramoia, que é golpe de estado (crime), ou o famoso "golpe branco" (golpe institucional, com pretexto ordinário, ilegítimo, sem forças armadas):




Em suma, eu ia fazer um post melhor mas se esperasse mais não iria sair nada e não posso me omitir sobre o que se passa.

Acho que todo democrata de verdade (não os pseudo-democratas que se dizem "liberais" no Brasil, esses neocons que seguem gente como Olavo de Carvalho e cia), deve se posicionar com veemência contra esse golpismo que se arrasta desde 2013 (pra fixar uma data mais óbvia, e próxima dos fatos recentes). Não precisa gostar de governo "A" ou "B" ou com a política do mesmo, mas a democracia do país foi conseguida a duras penas e é um retrocesso abrir um precedente desses que não vai acabar num afastamento "paraguaio"** (explico a expressão abaixo também), que arrastaria o país pro buraco décadas a fio, tal qual o de 1964. Esse pessoal do "caos" não tem nada a perder, se eles tivessem consciência política (cívica) não estariam fazendo isso, fora os burros (a manada) que vai "na onda" (os famosos "bucha de canhão", que eles descartam quando conseguem o intento).

Não se iludam, esse pessoal é o mesmo que deu o golpe em 1964 (são herdeiros mentais dos golpistas de 1964 e antes, já que houve tentativa de golpe antes de 1964, que não deu certo graças a um general nacionalista e democrata, General Teixeira Lott). Comentei isso várias vezes nos outros posts sobre manifestações, o Eduardo Cunha e o Michel Temer só vestiram a carapuça que tanto negavam, pois muita gente não tomou uma posição firme achando que essa fanfarronice desse pessoal acabaria pelo cansaço (eu mesmo cheguei a achar isso) e não vai acabar sem dizer "basta" a eles. E por boa parte do país não costumar ter interesse em História do Brasil (um povo que desconhece sua própria História é alvo fácil de manipulação).

Não vou esperar que publicação A, B ou C, que nunca comentam a coisa sob perspectiva (o que chega a ser ridículo), como se o Brasil não tivesse relevância geopolítica alguma (o Brasil é membro dos BRICS, aquele bloco que a Rússia faz parte, a mesma Rússia encurralada pelos EUA na Ucrânia e que sofre boicote dos EUA na guerra civil na Síria), o que é uma atitude ridícula, cretinice.

Caso alguém que não tinha opinião formada, leia este post e os anteriores (irei organizar em série na tag que eu citei acima), sendo redundante (acabei escrevendo de novo porque já havia escrito o parágrafo), não precisa gostar de governo A ou B, apenas defender a democracia do país dessa rapinagem organizada com discurso "moralista" (que eu sempre chamo de "udenista") de que estão "preocupados com o país" e outras baboseiras do tipo.

Acho que a ficha caiu pra muita gente quando o "excelentíssimo" presidente da Câmara, Sr. E. Cunha, abriu o processo de Impeachment (golpe branco) pra tentar salvar a própria pele (primeiramente), mas o ato dele não é um ato "tresloucado" só pra salvar a pele, como faz parecer, é algo calculado e tramado por grupos mais fortes que ele, que o usaram e usam enquanto for possível, caso o povo não interrompa esse festival de insanidades, dizer um "basta" a esses grupos "liderados" por "Pokemons com fome" e esse "populacho medonho"* (explico a expressão depois ou abaixo, nas notas, até porque uso com frequência e é bom registrar, pois podem acabar gostando e depois eu não poderei alegar que eu usava isso).

A Time andou listando o "Pokemon subnutrido" como "gente influente", quando a Time começa a dar destaque a golpistas é sinal de que há fumaça nos EUA, a Time andou até dando destaque a Marine Le Pen (suavizando a imagem dela, extrema-direita, não vou discuti-la aqui). A Time é aquela publicação que, se eu não estiver enganado, é parte daquele grupo Time-Life que deu dinheiro pra Globo em 1964, caso Time-Life, a DW, publicação alemã, também adora dar eco a esses golpistas, nunca os chama pelo nome ou o termo "extrema-direita", na Europa sabem usar o termo, mas no Brasil é como se não houvesse "extremos políticos", caso sui generis no mundo.

Era pro país estar pensando nas festas de fim de ano, mas graças ao "murismo" (ficar em cima do muro) dos bons, que tinham alguma noção de que há algo de estranho nessa narrativa da grande mídia, vamos ter que enfrentar o problema. Comigo não há meio termo pra golpista. Caso alguém que leia se identifique politicamente com os grupos golpistas, não espere de mim cordialidade, considero vocês inimigos e como tal irei tratá-los.

Notas:

*populacho medonho: a elite usa o termo "populacho" (ralé, gentinha, Zé Povinho, escória etc) como pejorativo pra povo, "populares". Como essa claque de ódio é muito ordinária, apesar de se "acharem" o "último bastião moral do país", é um verdadeiro populacho medonho. Os termos "populacho" e "medonho" se encontram nos links (dicionário), rs. Nada mais justo chamar a suposta "elite" pelo que eles adoram chamar os outros, mesmo porque eles são medonhos mesmo (abomináveis).

**paraguaio: isso é gíria, não é relativo ao nacional (a quem nasce no Paraguai, apesar do nome). Ficarei devendo o termo no dicionário. Mas pra quem não conhece (já que muita gente de fora lê o blog e não conhece certos termos do país), o Paraguai é conhecido por vender muito contrabando, produto falsificado, então costuma-se usar o termo "paraguaio" pra designar algo chinfrim, de quinta categoria (relativo à muamba, produto falsificado). Há também outra origem pro termo que é a do "Cavalo Paraguaio". Apesar de alegarem que é um termo discriminatório ao Paraguai (que o termo estaria associado ao povo etc), o termo é mais usado por conta do aspecto da "muamba" (contrabando, mercadoria falsificada), mas devido à questão da Guerra do Paraguai, acabam enviesando o termo, que é comum nas ruas mesmo com o rótulo de "pejorativo" etc.

Prefiro deixar anotado (quando é possível) o uso de certos termos do que alguma pessoa mal intencionada atribua significados aos mesmos pra fins 'marotos'.

P.S. texto sujeito a correções (faltam vários links, serão colocados depois).

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